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ANGOLA 30 DIAS
Janeiro 2018
Research
ATLANTICO
Índice
Sumário executivo
Mercado Monetário
Inflação
Mercado Cambial
Finanças Públicas
Economia Real
Economia Regional
Cobertura de Noticias
Tabela de Indicadores
Outras Publicações
Research
ATLANTICO
01.SumárioExecutivo
• A necessidade de se cumprir com os targets de inflação
contribuiu para que o Banco Nacional de Angola
enquanto responsável pela estabilidade
macroeconómica efectuasse a manutenção da política
monetária restritiva durante o ano transacto.
• A massa monetária seguiu tendência negativa, tendo os
agregados monetários reduzido ao longo do ano
transacto em relação ao período homólogo.
• Destaca-se que a partir de Março de 2017 todos
agregados monetários apresentaram tendência
decrescente na comparação homóloga, tendo o M2 e
M3 reduzido 0,11%, enquanto o M2 reduziu 3,16%, no
mês de Dezembro.
• A taxa de inflação apurada no mês de Dezembro situou-
se em 26,26% face ao período homólogo e 1,13% em
relação ao mês anterior, que representa uma redução
de 14,13 p.p. e 1,16 p.p. em comparação aos valores
apurados no início de 2017. Destaca-se que apesar da
variação mensal situar-se abaixo dos 2%, a variação
acumulada fixou-se acima das estimativas de fecho para
o ano estabelecida no Orçamento Geral do Estado, de
22,9%.
• A disponibilização moderada de moeda estrangeira e a
manutenção da taxa de câmbio marcaram o mercado
cambial ao longo do ano de 2017.
• O Banco Nacional de Angola (BNA) vendeu durante o
ano transacto cerca de 12,181 mil milhões USD que
corresponde a um aumento de 10% face ao ano anterior,
mas uma redução de 30% e 36% quando comparado
com o montante global disponibilizado em 2015 e 2014,
respectivamente.
• A redução das Reservas Internacionais Líquidas (RILs)
poderá ter influenciado as vendas de divisas. As RILs,
atingiram 13,30 mil milhões USD em Dezembro, que
representa uma redução de 32% face ao mês de
Janeiro.
• A proposta do Orçamento Geral do Estado que
encontra-se na Assembleia Nacional para aprovação até
15 de Fevereiro, aprovada na generalidade no dia 18 de
Janeiro de 2018, com 144 votos a favor e 56 abstenções,
prevê um défice fiscal de 2,9%, uma redução de 2,4 p.p.
em relação a taxa de 5,3% prevista para o fecho de
2017.
• O Tesouro Nacional conseguiu captar apenas 77% da
dívida interna estimada no Plano Anual de
Endividamento, de 3.494,32 mil milhões AOA.
• Destaca-se que a procura por Obrigações do Tesouro
atingiu 102% do montante colocado no mês de
Dezembro, cerca de 235,880 mil milhões AOA, que
poderá reflectir o aumento da procura por Obrigações
do Tesouro indexadas à taxa de câmbio, numa altura
em que os agentes económicos tinham necessidade de
se acautelarem face ao risco cambial.
• A produção petrolífera de Angola, segundo o último
relatório da Organização dos Países Exportadores de
Petróleo (OPEP), fixou-se em 1,633 milhões barris/dia
em Dezembro de 2017, que representa um incremento
de 44,8 mil barris/dia.
• O registo nacional corresponde ao segundo maior
aumento da produção de crude dentro da OPEP
durante o período em análise, antecedido pela Nigéria
que aumentou em 75,7 mil barris/dia, situando-se em
1,861 milhões barris/dia.
• As perspectivas do Banco Africano de Desenvolvimento
(BAD) para 2018 e 2019 apontam para um crescimento
económico de 2,4% e 2,8%, respectivamente.
• O relatório da instituição destaca como condições
favoráveis do país o aumento do fornecimento de
electricidade com a aprovação de novos projectos
neste domínio, tal como, a reabilitação de redes
ferroviárias e de estrada, incluindo corredores regionais
de ligação aos países vizinhos. Contrariamente, a
dependência do sector petrolífero constitui uma
condição desfavorável para o desenvolvimento do país.
• As perspectivas do BDA mantêm-se positivas para
outros países como a Nigéria e o Egipto, que poderão
beneficiar da melhoria do preço internacional de crude,
para o caso do primeiro, e do investimento e consumo
privado e público, referente ao segundo.
02.Mercado Monetário
• O Banco Nacional de Angola diante da necessidade de
cumprir com os targets de inflação, enquanto
responsável pela estabilidade macroeconómica,
manteve a política monetária restritiva durante o ano
transacto.
• O posicionamento do BNA em 2017 culminou com a
decisão do Comité de Política Monetária de aumentar a
taxa de juro de referência de 16% para 18%, reduzir a
taxa de facilidade permanente de absorção de liquidez
a 7 dias, de 7,25%, para 0%, bem como, reduzir o
coeficiente de reservas mínimas obrigatórias de 30%
para 21%, associada a retirada da elegibilidade das
Obrigações do Tesouro na constituição das reservas,
sendo que 2/3 poderiam ser constituídas com
Obrigações do Tesouro (OTs).
• A decisão de não remunerar as operações de absorção
de liquidez pode ter sido suportada pela necessidade
de canalizar maior liquidez para o mercado monetário
interbancário e o mercado de dívida pública.
• As operações de cedência de liquidez no mercado
monetário interbancário situaram-se em 2.353,743 mil
milhões AOA em 2017, que corresponde a um
incremento de 83% face ao período homólogo.
• Destaca-se que de Janeiro a Dezembro do ano
transacto as transações do MMI registaram aumento de
414%, fixando-se em 674,495 mil milhões AOA no último
mês de 2017.
• As taxas de juro Luibor não apresentaram tendência
definida ao longo do ano de 2017.
• As maturidades Overnight, 1 mês, 3 e 6 meses
registaram reduções durante o período em análise de
5,89p.p., 0,79p.p., 1,10p.p., e 0,10p.p., situando-se em
17,77%, 18,27%, 18,29% e 20,16%, respectivamente.
Paralelamente, a Luibor para as maturidades de 9 e 12
meses seguiram tendência ascendente, tendo
apresentado aumentos de 0,60p.p. e 1,21p.p., para
21,90% e 23,08%, respectivamente.
FONTE: BNA FONTE: BNA
Estrutura das Reservas ObrigatóriasTaxas de Juro do BNA
(%)
0
5
10
15
20
25
jan/15 jul/15 jan/16 jul/16 jan/17 jul/17 jan/18
Taxa BNA Cedência O/N Absorção O/N
Absorção 7 dias OMA 28 dias
0%
25%40%
80%67%
0%
100%
75%60%
20%33%
100%
dez/14 Fev/15 Jul/15 Dez/15 Abr/16 Dez/17
OT Moeda
R.O.(%)= 15 R.O.(%)= 20 R.O.(%)= 25 R.O.(%)= 30R.O.(%)= 25 R.O.(%)= 21
02.Mercado Monetário
• A massa monetária seguiu tendência negativa, tendo os
agregados monetários reduzido ao longo do ano
transacto em relação ao período homólogo.
• Destaca-se que a partir de Março de 2017 todos
agregados monetários apresentaram tendência
decrescente na comparação homóloga, tendo o M2 e M3
reduzido 0,11%, enquanto o M1 reduziu 3,16%, no mês de
Dezembro.
• As notas e moedas em poder do público registaram
aumento de 17,6% em 2017, tendo atingido 418,57 mil
milhões AOA em Dezembro. Entretanto, os depósitos à
ordem reduziram 1,3% entre Janeiro e Dezembro de
2017, situando-se em 3.313,54 mil milhões AOA.
• As reservas obrigatórias que os bancos comerciais
devem manter junto do banco central registou um
incremento de 33% em Dezembro face ao início do ano e
88% em comparação ao mês anterior, que poderá ser
justificado pela retirada da elegibilidade das Obrigações
do Tesouro para constituição das reservas obrigatórias.
• Paralelamente, as reservas livres reduziram 48% ao longo
do ano, fixando-se em 198,98 mil milhões AOA.
• A decisão do BNA de eliminação da obrigatoriedade de
constituição de cativos nos bancos comerciais para
aquisição de moeda estrangeira reflectiu-se sobre a base
monetária, ou seja, os cativos que os bancos comercias
apresentavam junto do BNA passou para 0, de 217,08 mil
milhões AOA em Janeiro.
• Relativamente as Reservas Internacionais Líquidas,
apurou-se uma tendência decrescente durante o ano de
2017, tendo atingido o menor nível em Dezembro ao
fixar-se em 13,30 mil milhões USD, uma redução de 36,1%
em relação ao registo de 20,8 mil milhões USD referente
a Dezembro de 2016.
• A redução acumulada em 2017 situou-se em 32%. Apesar
da melhoria do preço internacional de crude, o
compromisso do BNA em garantir a disponibilização de
divisas poderá ter influenciado a tendência decrescente
das RILs.
FONTE: BNA FONTE: BNA
Reservas Internacionais Líquidas
(mil milhões AOA)
Agregados Monetários
(var. homóloga)
-0,11%
-3,16%
-20%
-10%
0%
10%
20%
30%
40%
dez/15 abr/16 ago/16 dez/16 abr/17 ago/17 dez/17
M1 M2
13.000
16.000
19.000
22.000
25.000
abr/16 set/16 fev/17 jul/17 dez/17
03.Inflação
• A variação do índice de preços no consumidor ao longo
do ano transacto, tendo como referência o preço da
cidade capital, Luanda, apresentou de um modo geral
tendência decrescente, quer em termos mensais e
homólogo.
• A taxa de inflação apurada no mês de Dezembro situou-
se em 26,26% face ao período homólogo e 1,13% em
relação ao mês anterior, que representa uma redução de
14,13 p.p. e 1,16 p.p. em comparação aos valores apurados
no início de 2017. Destaca-se que apesar da variação
mensal situar-se abaixo de 2%, a variação acumulada
fixou-se acima das estimativas de fecho para o ano
estabelecida no Orçamento Geral do Estado, de 22,9%.
• As projecções para 2018 apontam para um crescimento
da inflação, situando-se em 28,7%, que representa um
aumento de aproximadamente 6 p.p. face ao ano
anterior. Entretanto, o Governo reconhece que a inflação
alta constitui uma das características da actual situação
macroeconómica do país, tendo estabelecido como um
dos objectivos no domínio da política monetária, garantir
a desaceleração da inflação e o seguimento de uma
trajectória sustentável de redução, segundo o Plano de
Estabilização Macroeconómica 2017-2018.
• A nível nacional, o índice de preços ao consumidor
encerrou o ano com uma variação de 1,20% em relação
ao mês de Novembro e 23,67% face ao período
homólogo. Importa ressaltar que ao longo de 2017 as
maiores variações no nível de preços registaram-se nas
províncias da Lunda-Norte, Luanda, Kwanza-Norte e
Lunda-Sul, com aumentos médios de 2,02%, 1,96%, 1,87%
e 1,82%, respectivamente.
• O índice de preços grossista encerrou o ano de 2017 com
uma variação mensal de 1,20% e homóloga de 15,47%,
destacando que os produtos importados apresentaram
maior contributo sobre a inflação global em detrimento
dos produtos nacionais cuja contribuição não ascendia os
30% ao longo do ano.
FONTE: INE e BNA FONTE: INE
Taxa de Inflação Homóloga (%)Taxa de Inflação e Massa Monetária (%)
27,5626,26
Jan. Fev. Mar. Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
2015 2016 2017
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
-8
5
18
31
44
dez/15 mar/16 jun/16 set/16 dez/16 mar/17 jun/17 set/17 dez/17
Inflação Homóloga M2 Inflação mensal (dir.)
04.Mercado Cambial
• A venda moderada de moeda estrangeira e a manutenção
da taxa de câmbio marcaram o mercado cambial ao
longo do ano de 2017. O Banco Nacional de Angola
(BNA) vendeu cerca de 12,181 mil milhões USD, que
corresponde a um aumento de 10% face ao ano 2016, mas
uma redução de 30% e 36% quando comparado com o
montante global disponibilizado em 2015 e 2014,
respectivamente.
• A redução das Reservas Internacionais Líquidas (RILs)
poderá ter influenciado a venda de divisas. As RILs,
atingiram 13,30 mil milhões USD, que representa uma
redução de 32% face ao mês de Janeiro.
• Relativamente a taxa de câmbio, a mesma manteve-se
inalterada durante o ano de 2017, sendo cada euro
comercializado a 185 AOA e cada dólar 165,92 AOA. No
entanto, no mercado paralelo, a unidade de cada nota de
euro chegou a ser comercializada a 550 AOA enquanto o
dólar atingiu 455 AOA.
• Entretanto, a partir de Agosto, com a entrada do novo
governo, o diferencial entre a taxa de câmbio formal e
informal ganhou um lugar de destaque nas políticas de
estabilização macroeconómica de curto prazo. Para tal, a
primeira medida adoptada pelo BNA foi o abandono do
regime cambial fixo e adopção do regime cambial de
flutuação administrada dentro de uma banda compatível
com a meta de inflação e o nível das RILs (que assegure 6
meses de importação). Importa destacar que o euro
passou a ser a referência para o mercado de câmbios de
Angola.
• Assim sendo, a taxa de câmbio passou a ser determinada
pelas transacções que ocorrem no mercado primário
através de leilões, destacando que desde o início do novo
regime a moeda nacional registou uma depreciação de
39% face ao euro, tendo a taxa de câmbio situado-se em
258,04 AOA por cada unidade da moeda, apurada no
leilão realizado no dia 30 de Janeiro de 2017.
• O limite mínimo e máximo de cada proposta dos bancos
comerciais deve ser de até 2% sobre a taxa de câmbio de
referência do dia do leilão. Destaca-se que os bancos
centrais têm até cinco dias após liquidação do leilão para
comercialização das divisas.
FONTE: BNA FONTE: BNA
Volume de Divisas Vendidas pelo BNA
(milhões USD)
Taxa de Câmbio
(mercado primário)
165,9
185,0
207,5
185,4
220,7
257,7
160
180
200
220
240
260
280
USD/AOA EUR/AOA
730,77
0
1.000
2.000
dez/15 abr/16 ago/16 dez/16 abr/17 ago/17 dez/17
05.Finanças Públicas
• A proposta do Orçamento Geral do Estado que
encontra-se na Assembleia Nacional para aprovação até
15 de Fevereiro, que foi aprovada na generalidade no
dia 18 de Janeiro de 2018, com 144 votos a favor e 56
abstenções, prevê um défice fiscal de 2,9%, uma
redução de 2,4 p.p. em relação a taxa de 5,3% prevista
para o fecho de 2017.
• O Orçamento prevê expansão das receitas e despesas.
As receitas registarão um aumento de 35% em relação à
projecção de fecho para 2017, situando-se em 4.404,2
mil milhões AOA. Paralelamente, as despesas registarão
um incremento de 21%, para 5.101,7 mil milhões AOA.
• O Tesouro Nacional conseguiu captar 77% da dívida
interna estimada no Plano Anual de Endividamento, de
3.494,32 mil milhões AOA. Destaca-se que a procura de
Obrigações do Tesouro atingiu 102% do montante
colocado no mês de Dezembro, cerca de 235,880 mil
milhões AOA, que poderá reflectir o aumento da
procura por Obrigações do Tesouro indexada à taxa de
câmbio, numa altura em que os agentes económicos
tinham necessidade de se acautelarem face ao risco
cambial.
• Relativamente a dívida externa, a yield dos Eurobonds
emitidos pelo país com maturidade em 2025, fixou-se
em 6,88% no último mês do ano, que corresponde a
uma redução de 3,35 p.p. em relação a taxa exigida no
início de 2017, de 10,23%. A tendência decrescente
poderá reflectir a melhoria do preço internacional de
crude ao longo do ano transacto, que atingiu 67
USD/barril em Dezembro, tal como, a definição de
políticas para o alcance da estabilidade
macroeconómica no curto prazo.
• O Ministro das Finanças foi autorizado pelo Decreto
Presidencial nº 14/18 de 24 de Janeiro, a recorrer a
emissão de Obrigações do Tesouro, sendo que os
recursos captados por meio desta emissão destinam-se
à amortização de dívida e ao financiamento de
projectos durante o período compreendido entre o
início do Ano Económico de 2018 e a aprovação do
Orçamento Geral do Estado para o mesmo período.
FONTE: SIGMA, PAE 2017 FONTE: BLOOMBERG
Títulos do Tesouro
(mil milhões AOA)
Yield dos Eurobonds (%)
10,24
9,06
8,32
6,88
dez/16 mar/17 jun/17 set/17 dez/17
477,65
544,06
689,62
971,67
820,05
925,99
732,52
1.015,76
I trim. 2017
II trim.2017
III trim. 2017
IV trim. 2017
Emissão prevista Venda efectiva
06.EconomiaReal
• O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) estima
que em 2017 a economia tenha registado crescimento
de 2,1%, sendo que para 2018 e 2019 aponta um
crescimento económico de 2,4% e 2,8%,
respectivamente. O relatório da instituição, African
Economic Outlook 2018, destaca como condições
favoráveis ao país, o aumento do fornecimento de
electricidade com a aprovação de novos projectos
neste domínio, tal como, a reabilitação de redes
ferroviárias e de estradas. Contrariamente, a
dependência do sector petrolífero constitui uma
condição desfavorável para o desenvolvimento do país.
• Entretanto, a perspectiva de crescimento económico do
Banco Mundial (BM) mostra-se menos optimista em
relação ao BAD, sendo que para 2018 o BM prevê
expansão de 1,6%, que representa um revisão em alta de
0,7 p.p. em relação ao relatório Global Economic
Prospects divulgado em Junho de 2017. Importa
ressaltar que a mesma instituição estimou um
crescimento de 1,2% em 2017.
• O índice de produção industrial referente ao terceiro
trimestre de 2017 reduziu 2,3% quando comparado ao
período homólogo, mas aumentou 3,5% em relação ao
trimestre anterior. A variação homóloga foi influenciada
pela redução da produção da Indústria Extractiva, em
cerca de 4,2%, sendo que as restantes secções
apresentaram variações positivas, destacando a
Captação, Tratamento e Distribuição de Água e
Saneamento que apresentou maior aumento, de
aproximadamente 18,6%.
• A produção petrolífera de Angola, segundo o último
relatório da Organização dos Países Exportadores de
Petróleo (OPEP), fixou-se em 1,633 milhões barris/dia
em Dezembro de 2017, que representa um incremento
de 44,8 mil barris/dia. O registo nacional corresponde
ao segundo maior aumento da produção de crude
dentro da OPEP durante o período em análise,
antecedido pela Nigéria que aumentou em 75,7 mil
barris/dia, situando-se em 1,861 milhões barris/dia.
FONTE: OPEPFONTE: BM, BDA, OGE 2018
Produção Petrolífera
(milhões barris/dia)
Taxa de Crescimento Económico
(%)
1,581,63
1,2
2,1
1,11,6
2,4
4,9
BM BAD OGE 2018
2017 2018
07.Economia Regional
• África do sul: O Banco Central da África do Sul manteve
a taxa de juro de referência inalterada, fixa em 6,75%.
Para 2017 a instituição estimou um crescimento de
0,9%, o que supera as estimativas inicias de 0,7%.
Entretanto, para 2018 e 2019 as projecções foram
revistas para cima, situando-se em 1,4% e 1,6%,
respectivamente. A taxa de inflação encerrou o ano de
2017 em 4,7%, correspondente a uma redução de 1,9
p.p. em relação ao início do período em análise.
• Egipto: A taxa de inflação referente ao mês de
Dezembro atingiu 21,9% face ao período homólogo e
0,2% em relação ao mês anterior. Segundo o Banco
Africano de Desenvolvimento, o crescimento
económico apurado em 2017 situou-se em 4,1%,
impulsionado pelo investimento e o consumo privado e
público, tal como o saldo líquido das exportações.
• Moçambique: A taxa de inflação referente ao mês de
Dezembro atingiu 5,65%, que corresponde a uma
redução de 14,91 p.p. em comparação ao registo do mês
de Janeiro. A melhoria das infraestruturas, aumento dos
preços internacionais e a exportação de minérios serão
os principais impulsionadores da economia em 2018.
• Nigéria: O Banco Africano de Desenvolvimento antevê
uma recuperação do crescimento do produto interno
bruto nigeriano em 2017, de 0,8%, após contracção de
1,5% em 2016. Para os próximos dois anos as estimativas
são animadoras, prevendo-se uma expansão de 2,1% em
2018 e 2,5% em 2019. O crescimento será suportado
pelo fortalecimento do preço e da produção de
petróleo, tal como o desempenho mais forte da
agricultura.
• Quénia: O Comité de Política Monetária do Banco
Central do Quénia decidiu manter a sua taxa de juro de
referência inalterada, situando-se em 10%. A taxa de
inflação reduziu para 4,5% em Dezembro, após atingir
4,75% em Novembro. A redução do nível geral de
preços reflecte a queda dos preços dos alimentos como
resultado da melhoria da oferta de alimentos essenciais.
FONTE: TRADING ECONOMICS FONTE: TRADING ECONOMICS
Taxas de juro de Referência (%)Taxa de Inflação (%)
6,8
16,0
18,8
20,5
14,0
10,0
6,8
18,018,8
20,5
14,0
10,0
África do Sul Angola Egipto Moçambique Nigéria Quênia
Novembro Dezembro
4,6
27,626,0
7,2
15,9
4,74,7
26,3
21,9
5,7
15,4
4,5
África do Sul Angola Egipto Moçambique Nigéria Quênia
Novembro Dezembro
08.Cobertura de Noticias
• A quantidade de notas e moedas em circulação fixou-se
em 348,660 mil milhões AOA. A quantidade de notas e
moedas em poder do público ao longo do mês de
Novembro registou uma redução de 0,27% face ao
período homólogo, que corresponde à decima
contracção consecutiva. O total de moedas e notas em
circulação fixou-se em 348,660 mil milhões AOA que em
termos mensais representa um aumento de 1,52% tendo
em consideração que em Outubro atingiu 343,443 mil
milhões AOA. Destaca-se que de Janeiro a Novembro
registou-se uma tendência decrescente na quantidade
de moedas e notas em circulação de -2,1%, que poderá
ser justificada pela política monetária restritiva adoptada
para fazer face ao aumento do nível geral de preços.
• A yield dos Eurobonds angolanos atingiu 6,88% em
Dezembro. A remuneração exigida pelos investidores
para aquisição dos Eurobonds emitidos por Angola com
maturidade em 2025 situou-se em 6,88% no mês de
Dezembro, tendo reduzido 3,40 p.p. desde o início de
2017 quando fixou-se em 10,27%. A yield apurada no
último mês de 2017 representou uma redução de 5,70
p.p. face ao mês anterior, tal como a terceira contracção
consecutiva. A tendência decrescente poderá ter sido
suportada pelo desempenho positivo do preço
internacional do crude, que encerrou o ano em 66,87
USD/barril, no caso do Brent que serve como referência
para as exportações do país. As estimativas de
crescimento económico optimistas também poderão ter
contribuído para a redução da yield.
• O montante de dívida pública no mercado secundário
fixou-se em 131,262 mil milhões AOA. O montante de
dívida pública negociado no mercando secundário ao
longo do mês de Dezembro situou-se em 131,262 mil
milhões AOA, que representa um incremento de 52%
face ao período anterior. Os negócios realizados no
ambiente multilateral representam cerca de 53%
enquanto o remanescente representou o ambiente
bilateral. O montante arrecadado corresponde a
realização de 476 negócios ao longo do período em
análise, um incremento de 86% em relação ao mês de
Novembro, repartidos em 408 que ocorreram no
multilateral e 68 no bilateral.
• A captação de dívida pública no IV trimestre de 2017
fixou-se em 971,67 mil milhões AOA. A venda efectiva de
Títulos do Tesouro ao longo do quarto trimestre de 2017
fixou-se em 971,671 mil milhões AOA que corresponde a
um incremento de 41% face ao período anterior.
Destaca-se que face ao montante previsto no Plano
Anual de Endividamento o Tesouro Nacional conseguiu
captar 96%. Paralelamente, o montante disponibilizado
no mercado fixou-se em 1.305,32 mil milhões AOA
durante o período em análise. Importa ressaltar que para
2017 a captação de dívida interna foi fixada em 3.494,32
mil milhões AOA.
• O saldo da balança comercial fixou-se em 873,175 mil
milhões AOA no III trimestre de 2017. As trocas
comerciais entre Angola e o resto do mundo ao longo
do terceiro trimestre de 2017 resultaram em um
superavit de 373,175 mil milhões AOA, que corresponde
a um incremento de 7% em comparação ao período
anterior, como resultado de uma redução das
importações, em 1,9% e um incremento de 3,4% das
exportações, sendo que a primeira fixou-se em 512,255
mil milhões AOA e a segunda em 1.385,430 mil milhões
AOA. Entretanto, a tendência foi inversa quando
comparada ao período homólogo, tendo-se apurado
uma redução de 3,9%. O combustível continuou a ser o
principal produto de exportação, com 74%, enquanto
que nas importações, as máquinas, equipamentos e
aparelhos destacaram-se com 22,2%.
• O Banco Mundial prevê crescimento do PIB de 1,6% em
2018. O relatório Global Economic Prospects de Janeiro
do ano corrente apresenta uma estimativa de
crescimento da economia angolana de 1,6% em 2018,
que supera em 0,7 p.p. a previsão divulgada no relatório
de Junho de 2017. O registo do Banco Mundial para
2018, representa uma recuperação da economia tendo-
se em consideração a estimativa de 1,2% de crescimento
estimado para 2017. A instituição de Bretton Woods
considera que a transição política bem sucedida,
associada ao desempenho positivo do sector petrolífero
poderão contribuir para a realização de reformas
estruturais que melhorem o ambiente de negócios.
• O índice dos produtos de preços vigiados registou
aumento de 0,03% na última semana de 2017. O índice
dos produtos de preços vigiados (IPPV) atingiu 27.582
pontos durante a última semana do ano de 2017 que
corresponde a um incremento de 0,03% em comparação
a semana de 18 a 22 de Dezembro do mesmo ano. Em
relação ao período homólogo verificou-se uma redução
de 0,66 p.p. na variação apurada que situou-se em
0,69%. Destaca-se que ao longo das últimas 6 semanas
do ano transacto o IPPV atingiu o nível mais elevado na
semana de 25 a 29 de Dezembro, sendo que o menor
valor apurou-se na segunda semana do mês de
Novembro quando fixou-se em 26.921 pontos.
09.Tabela de Indicadores
Mercado Monetário e Mercado Cambial
FONTE: FMI
Indicadores Económicos de Países da África Subsariana
FONTE: BNA, INE e OPEP
2016 2017 2016 2017 2016 2017 2016 2017 2016 2017 2016 2017 2016 2017 2016 2017
ANGOLA 27,4 0,0 1,3 96,2 121,0 3.514,0 4.294,0 19,5 18,9 23,6 25,6 71,6 62,8 -4,3 -6,1 45,00 20,00
ÁFRICA DO SUL 55,9 0,1 0,8 280,4 288,2 5.018,2 5.074,1 29,9 30,0 33,7 33,8 51,7 53,3 -3,3 -3,2 6,70 5,50
BOTSWANA 2,2 3,1 4,0 10,9 11,0 5.082,5 5.068,9 34,9 32,5 38,3 36,4 16,9 15,3 4,1 3,7 3,30 3,60
CAMARÕES 23,7 4,8 4,2 30,9 33,1 1.303,4 1.364,1 16,2 16,1 22,4 21,0 31,6 33,8 4,2 -4,0 2,20 2,20
CONGO 4,5 1,7 5,0 8,8 10,3 1.980,7 2.255,3 31,3 32,6 38,9 34,2 69,3 61,2 -8,2 -2,1 4,57 3,50
REP. DEM. CONGO 84,1 3,9 4,2 39,8 41,9 473,3 483,4 13,5 17,8 15,4 15,1 20,0 22,6 -0,8 5,2 2,45 3,00
GANA 27,6 3,3 7,4 42,8 46,6 1.550,8 1.648,3 19,4 19,2 23,2 21,2 66,0 62,2 -6,3 -6,0 13,50 8,00
MAURÍCIA 1,3 3,5 3,9 11,7 12,5 9.321,6 9.904,6 22,9 22,9 25,7 25,8 58,9 58,3 -4,3 -4,5 2,00 2,20
MOÇAMBIQUE 28,8 4,5 5,5 12,0 11,4 418,9 387,5 25,9 27,7 31,7 31,7 112,6 103,2 -33,5 -28,3 20,00 12,20
NAMÍBIA 2,3 4,2 5,3 10,2 10,9 4.427,9 4.702,9 30,6 30,4 39,8 38,7 42,0 46,9 -12,5 -6,9 7,30 6,00
NIGÉRIA 183,6 -1,7 0,6 415,1 413,7 2.260,3 2.192,5 5,7 7,1 10,3 11,1 14,6 15,5 -0,7 -0,4 18,50 17,00
TANZÂNIA 48,6 7,2 7,2 46,7 50,5 960,2 1.017,5 16,4 16,9 20,4 21,5 38,3 39,7 -8,8 -8,8 4,99 5,00
QUÉNIA 45,5 6,0 6,1 69,2 74,7 1.521,9 1.599,4 19,6 19,8 27,0 26,2 52,7 53,0 -6,4 -6,1 5,63 5,51
ZÂMBIA 16,7 3,0 4,0 20,6 20,9 1.230,7 1.213,4 18,1 17,9 27,1 26,1 56,1 58,8 -4,5 -2,2 9,50 8,70
ZIMBABWE 14,5 -0,3 -2,5 14,2 14,6 978,7 978,4 25,1 23,4 30,0 26,4 58,9 57,6 -7,5 -6,1 -1,20 6,00
DÍVIDA PÚBLICA
(%PIB)
BALANÇA
CORRENTE
(%PIB)
INFLAÇÃO
(%)PIB ( %) PIB NOMINAL
(USD )
PIB PER CAPITA
(USD)
RECEITA PÚBLICA
(%PIB)
DESPESA PÚBLICA
(%PIB)POPULAÇÃO
2015
dez/15 Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
TAXA DE CÂMBIO (MÉDIA)
AOA/USD 135,3 165,9 165,9 165,9 165,9 165,9 165,9 165,9 165,9 165,9 165,9 165,9 165,9 165,9 165,9
AOA/EUR 147,1 185,4185,4 185,4 185,4 185,4 185,4 185,4 185,4 185,4 185,4 185,4 185,4 185,4 185,4
TAXA DE JURO CRÉDITO (181 D A 1 ANO, %)
EMPRESAS
MOEDA NACIONAL 15,11 15,32 15,26 16,85 15,33 15,41 15,41 15,64 15,58 15,39 15,51 15,41 15,43 15,44 16,12
MOEDA ESTRANGEIRA 12,97 9,80 8,50 8,20 8,29 6,68 6,68 6,68 9,59 8,40 8,45 8,45 8,45 8,45 8,45
PARTICULARES
MOEDA NACIONAL 10,14 14,46 15,25 15,99 16,04 20,39 15,5 15,66 17,11 16,57 17,82 17,38 17,52 18,34 17,7
MOEDA ESTRANGEIRA 2,65 8,98 9 8,5 5,55 7,07 7,36 7,36 7,36 9,67 8,15 10,24 10,76 9,8 10,48
TAXA DE DEPÓSITOS (181 D A 1 ANO, %)
MOEDA NACIONAL 4,21 3,90 3,90 4,07 3,86 3,90 3,95 4,03 4,13 3,96 4,02 4,01 4,09 4,11 4,22
MOEDA ESTRANGEIRA 2,62 3,02 3,10 3,02 3,18 2,90 2,86 2,77 2,83 3,02 3,12 2,88 2,82 2,83 2,59
AGREGADOS MONETÁRIOS (USD )
M1 3.412,4 3.862,8 3.807,8 3.760,4 3.660,7 3.617,6 3.667,6 3.607,0 3.663,5 3.650,2 3.743,5 3.755,9 3.577,5 3.624,9 3.732,1
M2 5.703,7 6.457,3 6.446,7 6.408,7 6.290,9 6.264,3 6.300,3 6.295,0 6.357,6 6.312,2 6.421,0 6.391,5 6.314,3 6.387,9 6.517,6
M3 5.711,8 6.461,1 6.450,5 6.412,5 6.294,8 6.267,6 6.303,5 6.299,0 6.360,9 6.315,6 6.425,6 6.396,3 6.318,7 639,9 652,7
TAXA LUIBOR (FIM DE PERIODO, %)
O/N 11,31 22,65 23,35 23,66 23,67 23,67 22,4 22,4 22,4 22,35 22 19,7 17,36 16,14 17,77
30 DIAS 11,44 15,19 17,41 19,06 19,27 19,28 18,68 18,63 18,57 18,63 18,19 18,01 18,14 17,5 18,27
90 DIAS 11,88 16,04 18,23 20,02 20,935263 21,05 20,57 20,32 20,15 19,99 18,94 18,81 19,1 18,58 18,92
180 DIAS 12,21 16,36 18,30 20,26 21,32 23,08 22,51 22,15 21,65 21,36 20,42 19,45 20,03 19,59 20,16
270 DIAS 12,56 17,71 19,65 21,3 22,403684 24,65 24,17 23,74 22,89 22,43 21,43 20,9 21,95 21,73 21,9
360 DIAS 12,84 18,15 20,17 21,87 22,897895 25,75 25,37 25,33 24,44 23,9 22,54 21,97 23,05 22,7 23,08
TAXA BÁSICA (FIM-DE-PERIODO, %) 11 16 16 16 1616 16 16 16 16 16 16 16 18 18
TAXA INFLAÇÃO (FIM-DE-PERIODO, Y/Y, %) 14,27 41,15 41,95 40,39 39,45 37,86 36,33 34,08 31,89 29,01 26,95 27,46 28,96 27,56 26,26
RESERVAS INTERNACIONAIS (USD ) 24.266 20.298 21.399 19.606 20.894,79 19.281,06 18.646,89 18.043,29 16.782,15 17.541,56 15.639,10 15.294,42 15.358,22 14.246,00 13.300,00
PRODUÇÃO DE PETRÓLEO (MB/D) 1,85 1,69 1,72 1,65 1,64 1,60 1,67 1,61 1,67 1,06 1,64 1,64 1,71 1,58 1,63
INDICADORES2016 2017
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