angola 30 dias - atlantico
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ANGOLA 30 DIAS
SETEMBRO 2018
Research
ATLANTICO
Índice
Sumário executivo
Mercado Monetário
Inflação
Mercado Cambial
Finanças Públicas
Economia Real
Economia Regional
Cobertura de Notícias
Tabela de Indicadores
Outras Publicações
Research
ATLANTICO
01.SumárioExecutivo
• O Banco Central tem mantido uma trajectória de
moderação da política monetária contraccionista. O
Comité de Política Monetária (CPM) decidiu manter a
Taxa BNA em 16,5%, o coeficiente das reservas
obrigatórias em moeda nacional e estrangeira em 17% e
15%, respectivamente, na reunião de 21 de Setembro.
Adicionalmente, o CPM decidiu manter a taxa de juro da
Facilidade Permanente de Absorção de Liquidez em 0%.
• Em consequência, as taxas de juro de referência para a
política monetária mantiveram-se inalteradas nas
diferentes modalidades e maturidades, durante o mês
de Agosto, com excepção da taxa das Operações de
Mercado Aberto a 28 dias que reduziu 7 p.p., para 1,5%.
• A estratégia monetária reflecte o desempenho de
acordo com as expectativas de indicadores como o nível
geral de preços na economia, que durante o corrente
ano tem evoluído de forma moderada, quando
comparado à performance dos últimos 2 anos, altura em
que a taxa de inflação situou-se em 41,12% (2016) e
23,67% (2017).
• A taxa de inflação homóloga nacional atingiu 18,56% em
Agosto, que representa o mínimo desde Fevereiro de
2016 - o período em que o preço do petróleo atingiu o
segundo nível mais baixo desde que a crise no sector
teve início – e um decréscimo de 6,62 pontos
percentuais face à inflação observada em igual período
do ano anterior.
• O desempenho da inflação reflecte também a estratégia
do Banco Nacional de Angola (BNA) de adoptar um
conjunto de medidas para garantir a normalização do
funcionamento do mercado cambial. Assim sendo, ao
longo do mês de Setembro, o BNA retomou a venda de
divisas em moeda estrangeira aos bancos comerciais
sem especificação das operações ou importadores para
as quais os fundos devem ser vendidos.
• Por outro lado, a partir do dia 01 de Outubro do ano
corrente, o BNA deixou de efectuar vendas directas de
divisas, sendo que as solicitações para a aquisição de
divisas deverão ser feitas única e exclusivamente aos
bancos comerciais autorizados a exercerem a actividade
de comercialização de moeda estrangeira.
• As receitas fiscais não petrolíferas arrecadadas durante
os primeiros seis meses do ano corrente atingiram cerca
de 898 mil milhões AOA, um incremento de 18% face ao
período homólogo. O desempenho foi suportado pela
disponibilização de novas tecnologias de informação no
sistema tributário, contribuindo para a maior eficiência
do sector. O montante arrecadado durante o período
em análise representa cerca de 52% do valor global
estimado no OGE para 2018.
• Os dados divulgados pelo BNA demonstram que a
emissão de Títulos do Tesouro (TT) referente ao mês de
Setembro atingiu 113,84 mil milhões AOA, que
representa um incremento de 31% face ao período
anterior.
• A publicação de dados pelo Instituto Nacional de
Estatística (INE) sobre o desempenho da economia no
primeiro trimestre apontam para uma contracção de
2,2%, comparativamente ao período homólogo, mas que
equivale a uma melhoria de 2,1 p.p. em relação ao
trimestre anterior. Importa ressaltar que a economia
decresce pelo terceiro trimestre consecutivo, depois de
ter registado crescimento de 2% no segundo trimestre
de 2017.
• A produção petrolífera referente ao mês de Agosto
atingiu 1,448 milhões barris/dia, uma redução de 8 mil
barris/dia face ao mês anterior, com base em fontes
secundárias do relatório da OPEP. Os constrangimentos
estruturais do sector, aliado ao desinvestimento
assistido nos últimos anos, deverão continuar a
pressionar o desempenho do sector.
• O desempenho económico das economias africanas, a
exemplo de Angola, reflecte o impacto das medidas
macroeconómicas em curso e a recuperação da cotação
internacional das commodities, apesar da redução da
produção petrolífera apresentar-se como um possível
handicap, em consequência da diminuição dos
investimentos no sector.
02.Mercado Monetário
• O Comité de Política Monetária (CPM) do Banco Central
decidiu manter a Taxa BNA em 16,5%, o coeficiente das
reservas obrigatórias em moeda nacional e estrangeira
em 17% e 15%, respectivamente, na reunião de 21 de
Setembro. Adicionalmente, o CPM decidiu manter a taxa
de juro da Facilidade Permanente de Absorção de
Liquidez em 0%.
• A decisão do BNA foi suportada pela desaceleração da
taxa de inflação, que durante o mês de Agosto atingiu
18,56%, em termos homólogos, tal como, a redução da
Base Monetária em moeda nacional, em 2,45%, em
termos homólogos.
• Com efeito, as taxas de juro nominais de referência para
a política monetária mantiveram-se inalteradas nas
diferentes modalidades e maturidades, durante o mês
de Agosto com excepção da taxa das Operações de
Mercado Aberto a 28 dias que reduziu 7 p.p., para 1,5%.
• As Operações de Redesconto realizadas pelo BNA no
mercado interbancário fixaram-se em 231,52 mil milhões
AOA em Agosto, um incremento significativo em
relação ao registo de 104,95 milhões AOA em Julho, que
representou o menor montante desde Maio de 2008.
• A absorção de liquidez pelo BNA por meio de
Operações de Mercado Aberto (OMA) situou-se em 40,1
mil milhões AOA, que representa uma redução de 60,4%
em relação ao mês anterior.
• As reservas bancárias referentes ao mês de Agosto
aumentaram 0,99%, ao situarem-se em 1.095,76 mil
milhões AOA, após terem reduzido de forma
consecutiva nos últimos três meses.
• As operações de permuta de liquidez no Mercado
Monetário Interbancário (MMI) referentes ao mês de
Agosto aumentaram 27% em cadeia com o mês anterior,
ao situar-se em 1.043,28 mil milhões AOA, o maior nível
transaccionado desde Janeiro de 2018.
• As taxas Luibor no MMI registaram um comportamento
descendente na generalidade das maturidades, com a
Luibor a 1, 3 e 12 meses a reduzirem 0,48 p.p., 0,33 p.p.,
e 0,36 p.p., para 16,07%, 16,81% e 18,52%,
respectivamente. Destaca-se que a Luibor Overnigth,
voltou a fixar-se acima da Taxa BNA, em Agosto, ao
registar aumento de 0,14 p.p., para 16,52%.
FONTE: BNA FONTE: BNA
Transacção de Liquidez InterbancáriaTaxas de Juro do BNA
14
18
22
ago/16 fev/17 ago/17 fev/18 ago/18
Taxa BNA Redesconto Cedência O/N
%
5%
10%
15%
20%
25%
0
300
600
900
1200
ago/15 fev/16 ago/16 fev/17 ago/17 fev/18 ago/18
Transacções Interbancárias Luibor Overnight Luibor 3 meses
Mil Milhões AOA
03.Inflação
• O nível geral de preços na economia tem evoluído de
forma moderada em 2018, quando comparado à
performance dos últimos 2 anos, altura em que a taxa de
inflação situou-se em 41,12% (2016) e 23,67% (2017).
• A taxa de inflação homóloga nacional situou-se em
18,56% em Agosto, que representa o mínimo desde
Fevereiro de 2016 - o período em que o preço do
petróleo atingiu o segundo nível mais baixo desde que a
crise no sector teve início – e um decréscimo de 6,62
pontos percentuais face à inflação observada em igual
período do ano anterior.
• A tendência decrescente da taxa de inflação tem sido
suportada pelo aumento da venda de divisas pelo BNA,
em 2018, alocação e controlo mais eficiente das divisas
cedidas, que tem garantido a satisfação das necessidades
de uma parcela mais ampla de agentes económicos que
compõe o lado da procura, “formalizando” parte
relevante da procura de divisas anteriormente
direccionadas ao mercado paralelo, apreciando a taxa de
câmbio neste segmento de mercado.
• A taxa de inflação nacional mensal situou-se em 1,21%,
tendo atingido o nível mais baixo em 2018, contribuindo
para uma inflação acumulada de 10,88% em Agosto.
• A classe de Alimentação e Bebidas não Alcoólicas
contribuíram em 42,1% para a evolução da inflação no
mês de Agosto. As classes de Vestuário e Calçado, a
segunda em termos de contributo, suportou 12,3% da
evolução, e a classe de Bens e Serviços Diversos
contribuiu com 9,6%.
• Em Agosto, as províncias que registaram maiores taxas
de inflação foram: Bengo com 1,82%, Cuanza Sul com
1,75%, Malanje com 1,68% e Uíge com 1,59%. As províncias
com taxas menores foram: Lunda-Sul com 0,70%, Namibe
com 0,79%, Cabinda com 0,90% e Huila com 0,94%.
• A inflação de Luanda atingiu 1,20%, em termos mensais, e
18,98% em termos homólogos.
• No mesmo período, o Índice de Preços Grossista (IPG)
registou uma variação homóloga de 16,29%, tendo
reduzido 3,87 p.p. em relação a Agosto de 2017.
FONTE: INE FONTE: INE
Variação mensal da Taxa de Inflação
por província (%), Agosto
Taxa de Inflação
(%)
0,9
1,4
1,6
1,2
1,4
1,81,7
1,6
1,4 1,3
1,1 1,11,0
0,8
0,9
1,4
0,7
1,8
0
10
20
30
40
50
0
1
2
3
4
5
Mensal (esq.) Homóloga
04.Mercado Cambial
• O Banco Nacional de Angola continua a adoptar um
conjunto de medidas para garantir a normalização do
funcionamento do mercado cambial. Assim sendo, ao
longo do mês de Setembro, o BNA retomou a venda de
divisas em moeda estrangeira aos bancos comerciais sem
especificação das operações ou importadores para as
quais os fundos devem ser vendidos.
• Por outro lado, o Banco Central anunciou que a partir do
dia 01 de Outubro do ano corrente descontinuaria as
vendas directas de divisas, passando a prevalecer apenas
os leilões de divisas, o que resultará em maior poder de
decisão aos bancos comerciais no que se refere à
alocação de divisas na economia.
• Desde o final do mês de Agosto que o BNA tem
efectuado alguns leilões de vendas de divisas aos bancos
comerciais em moeda norte-americana (dólar), para a
cobertura de operações privadas, comerciais, atrasados
com comprovativo de entrada de mercadoria no país,
entre outros. Destaca-se que a venda de dólares aos
bancos não acontecia desde Outubro de 2016.
• Recentemente, o BNA reuniu-se com a Reserva Federal
norte-americana, com o intuito de recuperar a confiança
dos bancos correspondentes americanos.
• A venda de divisas apurada durante o mês de Setembro
atingiu cerca de 601,91 milhões EUR, que representa um
incremento de 57% face ao período homólogo.
Entretanto, em comparação ao mês de Agosto, verificou-
se uma tendência contrária, com uma redução de 51%. O
montante disponibilizado no nono mês, representa o
segundo valor mínimo comercializado desde o início de
2018.
• A taxa de câmbio apurada no final do mês de Setembro
atingiu 343,57 AOA por unidade de euro e 292,36 AOA
por cada dólar, uma variação acumulada de 85% e 76%,
respectivamente.
• A adopção do novo regime de câmbio e a liquidação das
necessidades de moeda estrangeira tem contribuído para
a convergência entre as taxas de câmbio no mercado
formal e informal, se levarmos em consideração que a
unidade de euro e dólar encontra-se a ser comercializada
a 425 e 370 AOA, respectivamente.
FONTE: BNA FONTE: BNA, Recolha própria
Evolução da Taxa de Câmbio
(AOA/EUR)
Venda de divisas
(milhões EUR)
601,9
mar/17 jun/17 set/17 dez/17 mar/18 jun/18 set/18
185,39
343,57
480,00
418,75
mar/17 jun/17 set/17 dez/17 mar/18 jun/18 set/18
câmbio formal câmbio informal
05.Finanças Públicas
FONTE: BloombergFONTE: BNA
Yield Eurobonds - Angola (%)Títulos do Tesouro
• As receitas fiscais não petrolíferas arrecadadas durante
os primeiros seis meses do ano corrente atingiram cerca
de 898 mil milhões AOA, um incremento de 18% face ao
período homólogo. O desempenho foi suportado pela
disponibilização de novas tecnologias de informação no
sistema tributário, contribuindo para a maior eficiência
do sector. O montante arrecadado durante o período em
análise representa cerca de 52% do valor global estimado
no OGE para 2018.
• A exploração diamantífera permitiu encaixar cerca de
12,139 mil milhões de AOA, desde o início do ano
corrente até ao mês de Julho, que representa um
incremento de 38% em relação ao mesmo período de
2017. O desempenho reflecte o incremento em 13% do
volume de diamantes e do preço médio, que atingiram
6,019 milhões de quilates e 127,78 USD/quilates,
respectivamente.
• Os dados divulgados pelo BNA demonstram que a
emissão de Títulos do Tesouro (TT) referente ao mês de
Setembro atingiu 113,84 mil milhões AOA, que representa
um incremento de 31% face ao período anterior. Porém
quando comparado com a média registada durante os
oito primeiros meses do ano, o montante emitido ficou
14% abaixo, sendo que a média situou-se em 133,07 mil
milhões AOA (a emissão de títulos iniciou em Fevereiro).
• O custo de financiamento do Estado no mercado interno
não apresentou variações significativas, durante o mês
de Agosto, com excepção das Obrigações do Tesouro
indexadas as taxas de câmbio que registaram reduções
entre 1,75 p.b. e 2 p.b. nas diferentes maturidades.
• As taxas de juro dos títulos de curto prazo situaram-se
em 12,01%, 16% e 19,79%, nas maturidades de 91, 182 e
364 dias, respectivamente.
• O Governo procederá a privatização de seis projectos
agro-industriais por via de um concurso público
internacional. Os empreendimentos que passarão para a
gestão de entidades privadas poderá garantir maior
eficiência dos projectos e reduzir as despesas do Estado.
• O rendimento exigido pelos investidores para aquisição
da dívida emitida por Angola seguiram tendência
descendente na generalidade das maturidades, com
quedas entre 47 p.b. e 59 p.b., durante os meses de
Agosto e Setembro.
7,03
7,70
8,80
28-05-2018 28-06-2018 28-07-2018 28-08-2018 28-09-2018
2048 2028 2025
15%
17%
19%
21%
23%
25%
50.000
80.000
110.000
140.000
170.000
200.000
230.000
mar/18 abr/18 mai/18 jun/18 jul/18 ago/18 set/18
TT (esq.) BT 182 dias BT 364 dias
Milhões AOA
06.EconomiaReal
• Os dados divulgados pelo Instituto Nacional de
Estatística (INE) sobre o desempenho da economia no
primeiro trimestre apontam para uma contracção de
2,2%, comparativamente ao período homólogo, mas que
equivale a uma melhoria de 2,1 p.p. em relação ao
trimestre anterior. Importa ressaltar que a economia
decresce pelo terceiro trimestre consecutivo, depois de
ter registado crescimento de 2% no segundo trimestre
de 2017.
• E ainda, de acordo aos dados do INE, as actividades
que mais contribuíram e constituíram factores
importantes para o desempenho da actividade no PIB
do período em referência foram a “Extracção e
refinação do petróleo bruto e gás natural” com 33%,
seguida do “Comércio” com 15%, “Construção com 12%”
e a Administração Pública com 7%, reflexos de um
desempenho negativo na produção petrolífera, das
condições estruturais ainda desafiantes e das condições
monetárias restritivas na economia.
• O relatório da Conjuntura Económica referente ao
segundo trimestre reduziu 1 ponto, ao situar-se em -15
pontos, numa análise em cadeia com o trimestre
anterior. Entretanto, em relação ao período homólogo
registou uma melhoria de 6 pontos, sendo que no
segundo trimestre de 2017 o indicador de clima
económico atingiu -21 pontos. Destaca-se que o
indicador permanece em terreno negativo e abaixo da
média da série histórica.
• A produção petrolífera referente ao mês de Agosto
atingiu 1,448 milhões barris/dia, uma redução de 8 mil
barris/dia face ao mês anterior, com base nas fontes
secundárias do relatório da OPEP.
• No âmbito do reforço da cooperação bilateral, o
Governo português aumentou a linha de crédito de
apoio às exportações, de 1.000 milhões EUR para 1.500
milhões EUR.
• O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) fixou-se
em 0,581 pontos, uma classificação que coloca o país na
categoria de rendimento médio, na posição 147, de um
total 189 países apresentados no ranking, e reflecte uma
melhoria de 3 posições face a classificação de 2016.
Destaca-se que o Executivo através do Plano de
Desenvolvimento Nacional (PDN 2018-2022) estima que
o país venha a pertencer ao Grupo dos Países de
Desenvolvimento Humano Elevado (índice superior a
0,70), até 2025.
FONTE: OPEP FONTE: INE, 2018
Produção Petrolífera
(milhões barris/dia)Indicador de Clima Económico
-29
-34-32
-33
-24
-21
-17-15
-14-15
IT16 IIT16 IIIT16 IVT16 IT17 IIT17 IIIT17 IVT17 IT18 II T18
1,6151,639
1,595
1,692
1,613
1,666
1,638 1,646
1,5961,576
1,523 1,515 1,525
1,4441,456 1,448
1,673
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago
2017 2018 Quota
07.Economia Regional
• África Subsariana: A economia deverá crescer 3,2% em
2018 e 3,7% em 2019, segundo estimativas da
consultora Focus Economics, na última actualização
feita em Setembro. O desempenho das economias
deverá ser impulsionado por melhorias nas culturas, na
consolidação macroeconómica, no aumento da procura
mundial e na elevação do preço das commodities.
• África do Sul: A economia contraiu pelo segundo
trimestre consecutivo, ao variar -0,7% contra -2,6% no
primeiro trimestre de 2018, o que põe o país numa
recessão técnica, associada fundamentalmente à queda
no sector agrícola, transporte, comércio e indústria
transformadora. A economia continua a ser penalizada
pela situação de seca registada no país, e as incertezas
em volta do processo redistribuição de terras.
• Nigéria: O crescimento económico no segundo
trimestre fixou-se em 1,50% que equivale a um
abrandamento de 0,45 p.p. face ao nível apurado no
trimestre anterior, mas um aumento de 0,78 p.p. face
ao período homólogo. O desempenho económico foi
influenciado pela redução da produção petrolífera, que
segundo os dados da OPEP, reduziu 7%, para 1,656
milhões barris/dia, no período em análise.
• Tunísia: A taxa de crescimento da economia apurada no
segundo trimestre atingiu 2,8%, uma aceleração de 0,3
p.p. comparativamente a taxa verificada no período
anterior, e representa a maior taxa registada desde o
segundo trimestre de 2013. A melhoria do ambiente de
negócios e o incremento do sector do turismo
contribuíram para o registo.
• Ruanda: O crescimento económico apurado no segundo
trimestre atingiu 6,7%, que representa uma
desaceleração de 3,9 p.p. face ao período anterior. O
crescimento no sector industrial, agrícola e dos serviços
em 10%, 6% e 5%, respectivamente, impulsionaram o
desempenho da economia, numa altura em que a taxa
de desemprego atingiu 16%. Para 2018 o governo
estima que a economia venha a atingir uma taxa de
crescimento média de 7,2% uma expansão de 1,1 p.p.
face as taxas de 2017.
• Quénia: O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê
que a economia continue a registar um desempenho
positivo, com crescimento real do PIB a acelerar 5,7%
no primeiro trimestre de 2018. A aceleração do
crescimento reflecte principalmente o fortalecimento da
confiança após a conclusão do prolongado período
eleitoral, favoráveis condições climáticas e uma
recuperação contínua do turismo.
FONTE: Banco Centrais, Bloomberg, TRADING ECONOMICS FONTE: Banco Centrais, Bloomberg, TRADING ECONOMICS
Taxas de juro de Referência (%)Taxa de Inflação (%)
16,5
6,5
14,0
9,0
6,8
17,0
5,5
Angola África doSul
Nígeria Quénia Tunisia Gana Ruanda
Julho Agosto
19,0
5,1
11,1
4,4
7,5
9,6
0,6
18,6
4,9
11,2
4,0
9,9
Angola África doSul
Nígeria Quênia Tunisia Gana Ruanda
Julho Agosto
08.Cobertura de Notícias
• A conta de bens registou um superavit de 2,27 mil
milhões USD no mês de Agosto. As trocas comerciais
entre o país e o resto do mundo realizadas durante o
mês de Agosto resultaram num saldo superavitário de
2,27 mil milhões USD, um incremento de 16% face ao mês
anterior. O aumento do montante arrecadado com as
exportações em 9%, impulsionado pela expansão do
preço do petróleo nos mercados internacionais,
associado a redução das importações, impulsionaram o
desempenho do saldo da conta de bens. Destaca-se que
segundo a nota do BNA, as importações durante o
período em análise atingiram 1,3 mil milhões USD, sendo
que 327 milhões USD destinaram-se a compra de bens
alimentares, 276,59 milhões a compra de máquinas e
175,12 milhões USD a aquisição de combustíveis.
• O Indicador de Clima Económico (ICE) referente ao
segundo trimestre de 2018 atingiu -15 pontos. O ICE
apurado no segundo trimestre de 2018 continuou em
terreno negativo, o que reflecte os receios dos
investidores sobre a evolução da economia no curto
prazo, face à actual conjuntura macro e microeconómica
do país, marcada por incertezas com a introdução de
mecanismos legais que poderão alterar o paradigma dos
mercados. A implementação de medidas
macroprudenciais poderão contribuir para a inversão das
expectativas do empresariado nacional.
• O IDH de Angola atingiu o nível de Desenvolvimento
Humano Médio. O Índice de Desenvolvimento Humano
(IDH) fixou-se em 0,581 pontos, que situa o país na
categoria de rendimento médio, na posição 147, de um
total 189 países apresentados no ranking, uma melhoria
de 3 posições face a classificação de 2016. A
actualização das estatísticas, que foi feita pela
Organização das Nações Unidas (ONU), através da sua
agência de especialização, o Programa das Nações
Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), apresentou o
último relatório sobre a evolução do Desenvolvimento
Humano referente a 2017, onde se pode constatar uma
evolução positiva do IDH de Angola. Destaca-se que o
Executivo através do Plano de Desenvolvimento
Nacional (PDN 2018-2022) estima que o país venha a
pertencer ao Grupo dos Países de Desenvolvimento
Humano Elevado (índice superior a 0,70), até 2025.
• As operações de redesconto do BNA reduziram 99% em
Julho do presente ano. As Operações de Redesconto
realizadas pelo BNA no mercado interbancário reduziram
99% em Julho, comparativamente ao mês anterior, ao
situarem-se em 104,95 milhões AOA, o menor montante
desde Maio de 2018. A redução poderá reflectir a
redução da necessidade de liquidez por parte dos
bancos comerciais em virtude da libertação de recursos
através da redução dos rácios de depósitos obrigatórios
mínimos, referente à decisão do Comité de Política
Monetária (CPM) do BNA no dia 17 de Julho do corrente
ano. Destaca-se ainda que neste mesmo período o BNA
absorveu em Operações de Mercado Aberto (OMA) o
montante de 101,29 mil milhões AOA no mês de Julho,
uma redução de 7,5% em comparação ao mês anterior.
• O nível de dolarização da economia aumentou 1 p.p. em
Julho de 2018. O rácio dos depósitos em moeda
estrangeira sobre o total de depósitos no sistema
bancário atingiu 42% em Julho, que corresponde a um
incremento de 1 p.p. face ao mês de Junho. A contribuir
para o aumento do indicador utilizado pelo BNA para
medir o peso dos depósitos em moeda estrangeira sobre
o total de depósitos, está o aumento dos depósitos em
moeda estrangeira em 1,6% enquanto os depósitos em
moeda nacional reduziram 0,6%. Ressalta-se, que em
função do processo de depreciação da moeda nacional
os depósitos em moeda estrangeira se estão a tornam
mais rentáveis e seguros, em detrimento dos depósitos
em kwanza, facto que poderá justificar o desempenho
do indicador. Destaca-se que o nível de dolarização
apurado é o maior desde Dezembro de 2013.
• A taxa de crescimento económica deverá contrair 1,1%
em 2018. A perspectiva sobre o crescimento económico
divulgada pelo vice-Governador do BNA, Manuel Dias,
demonstra que a economia nacional deverá contrair 1,1%
no ano corrente. Ao discursar na abertura do Xº
Encontro de Estatísticas do Bancos Centrais da CPLP, o
governante afirmou que as expectativas de uma taxa de
crescimento económica em terreno positivo deverá ser
verificada já em 2019. Destaca-se que as afirmações
surgem depois do Instituto Nacional de Estatística (INE)
ter apurado uma contração da -2,2% economia no
primeiro trimestre de 2018.
09.Tabela de Indicadores
Mercado Monetário e Mercado Cambial
FONTE: FMI
Indicadores Económicos de Países da África Subsariana
FONTE: BNA, INE e OPEP
2017 2018 2017 2018 2017 2018 2017 2018 2017 2018 2017 2018 2017 2018 2017 2018
ANGOLA 28,2 0,7 2,2 124,2 119,4 4.407,7 4.114,5 16,5 18,4 22,0 20,1 62,3 73,0 -4,5 -2,2 26,26 24,59
ÁFRICA DO SUL 56,5 1,3 1,5 349,3 370,9 6.179,9 6.459,2 28,4 29,0 32,9 33,2 52,7 54,9 -2,3 -2,9 4,72 5,63
BOTSWANA 2,2 2,2 4,6 17,2 18,6 7.877,0 8.443,1 32,7 30,5 32,3 31,8 15,6 14,9 10,8 8,3 2,95 3,50
CAMARÕES 24,3 3,2 4,0 34,0 39,1 1.400,7 1.570,2 14,9 15,7 19,2 17,9 30,4 30,6 -2,5 -2,5 0,79 1,14
CONGO 4,3 -4,6 0,7 8,5 10,5 1.958,2 2.349,7 23,1 27,7 30,3 23,9 119,1 110,4 -12,7 3,0 1,79 1,76
REP. DEM. CONGO 86,7 3,4 3,8 41,4 42,6 478,2 477,8 10,4 11,2 12,9 11,1 15,7 14,5 -0,5 0,3 55,00 29,50
GANA 28,3 8,4 6,3 47,0 51,6 1.663,2 1.779,9 17,5 17,9 22,5 23,0 65,3 63,0 -4,5 -4,1 11,82 8,00
MAURÍCIA 1,3 3,9 3,9 12,4 13,3 9.794,1 10.437,1 24,0 24,0 27,3 27,3 60,2 59,9 -6,0 -7,4 4,21 5,88
MOÇAMBIQUE 29,5 3,0 3,0 12,7 14,3 429,3 472,0 26,6 23,4 32,1 30,9 102,2 110,1 -16,1 -16,9 7,16 6,50
NAMÍBIA 2,3 -1,2 1,2 12,7 13,3 5.413,1 5.627,1 33,6 32,4 39,8 40,1 43,6 50,2 -1,4 -3,6 5,17 5,75
NIGÉRIA 188,7 0,8 2,1 376,3 408,6 1.994,2 2.107,6 6,0 7,6 11,7 12,4 19,6 23,7 2,5 0,5 15,37 14,50
TANZÂNIA 50,0 6,0 6,4 51,7 56,7 1.033,6 1.110,1 15,9 15,8 18,6 20,2 38,2 39,3 -3,8 -5,4 3,97 5,00
QUÉNIA 46,7 4,8 5,5 79,5 88,3 1.701,6 1.837,7 18,7 19,0 27,2 26,5 50,4 53,7 -6,4 -6,2 4,50 5,06
ZÂMBIA 17,2 3,6 4,0 25,5 26,2 1.479,5 1.475,7 17,9 18,8 25,2 26,6 56,3 61,3 -3,3 -2,6 6,09 8,00
ZIMBABWE 14,9 3,0 2,4 17,5 19,4 1.175,7 1.270,7 22,5 23,0 32,1 26,2 78,4 75,2 -2,6 -2,7 3,50 7,90
DÍVIDA PÚBLICA
(%PIB)
BALANÇA
CORRENTE
(%PIB)
INFLAÇÃO
(%)PIB ( %) PIB NOMINAL
(USD )
PIB PER CAPITA
(USD)
RECEITA PÚBLICA
(%PIB)
DESPESA PÚBLICA
(%PIB)POPULAÇÃO
2015
dez/15 Dez Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago
TAXA DE CÂMBIO (MÉDIA)
AOA/USD 135,3 165,9 165,9 165,9 165,9 165,9 165,9 206,9 214,9 214,6 225,8 238,2 248,3 257,0 276,7
AOA/EUR 147,1 185,4 185,4 185,4 185,4 185,4 185,4 257,7 262,0 264,4 272,9 277,8 288,9 301,0 322,1
TAXA DE JURO CRÉDITO (181 D A 1 ANO. %)
EMPRESAS
MOEDA NACIONAL 15,11 15,26 15,51 15,41 15,43 15,44 16,12 17,9 21,33 21,72 22,60 22,88 22,31 21,81 22,82
MOEDA ESTRANGEIRA 12,97 8,50 8,45 8,45 8,45 8,45 8,45 8,45 n.d 9,00 n.d n.d n.d n.d n.d
PARTICULARES
MOEDA NACIONAL 10,14 15,25 17,82 17,38 17,52 18,34 17,7 18,06 16,15 20,15 17,21 20,76 20,28 17,67 15,94
MOEDA ESTRANGEIRA 2,65 9 8,15 10,24 10,76 9,8 10,48 8,64 14,00 n.d n.d n.d n.d n.d n.d
TAXA DE DEPÓSITOS (181 D A 1 ANO. %)
MOEDA NACIONAL 4,21 3,90 4,02 4,01 4,09 4,11 4,28 7,49 9,25 7,68 8,87 9,40 8,20 9,77 9,26
MOEDA ESTRANGEIRA 2,62 3,10 3,12 2,88 2,82 2,76 2,51 2,40 2,39 2,33 2,16 2,32 2,37 2,21 2,14
AGREGADOS MONETÁRIOS (USD )
M1 3.412,4 3.807,8 3.743,5 3.755,9 3.577,5 3.624,9 3.732,1 3.743,4 3.821,7 3.870,2 3.691,5 3.847,4 3.808,1 3.895,5 3.803,9
M2 5.703,7 6.446,7 6.421,0 6.391,5 6.314,3 6.387,9 6.517,6 6.901,1 6.961,8 6.981,1 7.030,6 7.285,4 7.322,4 7.350,4 7.490,3
M3 5.711,8 6.450,5 6.425,6 6.396,3 6.318,7 6.391,9 6.521,7 6.906,2 6.966,7 6.985,5 7.035,2 7.290,3 7.327,5 7.355,6 7.495,6
TAXA LUIBOR (FIM DE PERÍODO, %)
O/N 11,31 23,35 22 19,7 17,36 16,14 17,77 19,45 19,99 20,12 20,05 21,02 21,94 16,38 16,52
30 DIAS 11,44 17,41 18,19 18,01 18,14 17,5 18,27 18,65 18,87 18,92 19,1 19,89 19,24 16,55 16,07
90 DIAS 11,88 18,23 18,94 18,81 19,1 18,58 18,92 19,82 19,87 19,89 19,79 19,83 20,02 17,14 16,81
180 DIAS 12,21 18,30 20,42 19,45 20,03 19,59 20,16 20,93 21,20 21,23 21,30 20,67 21,01 17,82 17,64
270 DIAS 12,56 19,65 21,43 20,9 21,95 21,73 21,9 22,51 22,37 22,44 22,59 21,68 21,96 18,28 18,13
360 DIAS 12,84 20,17 22,54 21,97 23,05 22,7 23,08 23,47 23,67 23,74 23,87 22,69 22,87 18,88 18,52
TAXA BÁSICA (FIM-DE-PERÍODO, %) 11 16 16 16 16 18 18 18 18 18 18 18 18 16,5 16,5
TAXA INFLAÇÃO (FIM-DE-PERÍODO, Y/Y, %) 14,27 41,95 26,95 27,46 28,96 27,56 26,26 25,15 23,36 22,32 21,32 20,65 20,16 19,51 18,98
RESERVAS INTERNACIONAIS (USD ) 24.265,8 21.399,3 15.647,6 15.156,9 15.266,3 14.245,7 13.343,4 13.059,6 12.813,3 13.077,6 12.954,7 14.614,5 13.260,0 14.002,0 12.560,0
PRODUÇÃO DE PETRÓLEO (MB/D) 1,85 1,72 1,64 1,64 1,71 1,58 1,63 1,62 1,61 1,52 1,52 1,58 1,44 1,46 1,45
INDICADORES 2016 2017 2018
2017 2018 2017 2018 2017 2018 2017 2018 2017 2018 2017 2018 2017 2018 2017 2018
ANGOLA 28,2 0,7 2,2 124,2 119,4 4.407,7 4.114,5 16,5 18,4 22,0 20,1 62,3 73,0 -4,5 -2,2 26,26 24,59
ÁFRICA DO SUL 56,5 1,3 1,5 349,3 370,9 6.179,9 6.459,2 28,4 29,0 32,9 33,2 52,7 54,9 -2,3 -2,9 4,72 5,63
BOTSWANA 2,2 2,2 4,6 17,2 18,6 7.877,0 8.443,1 32,7 30,5 32,3 31,8 15,6 14,9 10,8 8,3 2,95 3,50
CAMARÕES 24,3 3,2 4,0 34,0 39,1 1.400,7 1.570,2 14,9 15,7 19,2 17,9 30,4 30,6 -2,5 -2,5 0,79 1,14
CONGO 4,3 -4,6 0,7 8,5 10,5 1.958,2 2.349,7 23,1 27,7 30,3 23,9 119,1 110,4 -12,7 3,0 1,79 1,76
REP. DEM. CONGO 86,7 3,4 3,8 41,4 42,6 478,2 477,8 10,4 11,2 12,9 11,1 15,7 14,5 -0,5 0,3 55,00 29,50
GANA 28,3 8,4 6,3 47,0 51,6 1.663,2 1.779,9 17,5 17,9 22,5 23,0 65,3 63,0 -4,5 -4,1 11,82 8,00
MAURÍCIA 1,3 3,9 3,9 12,4 13,3 9.794,1 10.437,1 24,0 24,0 27,3 27,3 60,2 59,9 -6,0 -7,4 4,21 5,88
MOÇAMBIQUE 29,5 3,0 3,0 12,7 14,3 429,3 472,0 26,6 23,4 32,1 30,9 102,2 110,1 -16,1 -16,9 7,16 6,50
NAMÍBIA 2,3 -1,2 1,2 12,7 13,3 5.413,1 5.627,1 33,6 32,4 39,8 40,1 43,6 50,2 -1,4 -3,6 5,17 5,75
NIGÉRIA 188,7 0,8 2,1 376,3 408,6 1.994,2 2.107,6 6,0 7,6 11,7 12,4 19,6 23,7 2,5 0,5 15,37 14,50
TANZÂNIA 50,0 6,0 6,4 51,7 56,7 1.033,6 1.110,1 15,9 15,8 18,6 20,2 38,2 39,3 -3,8 -5,4 3,97 5,00
QUÉNIA 46,7 4,8 5,5 79,5 88,3 1.701,6 1.837,7 18,7 19,0 27,2 26,5 50,4 53,7 -6,4 -6,2 4,50 5,06
ZÂMBIA 17,2 3,6 4,0 25,5 26,2 1.479,5 1.475,7 17,9 18,8 25,2 26,6 56,3 61,3 -3,3 -2,6 6,09 8,00
ZIMBABWE 14,9 3,0 2,4 17,5 19,4 1.175,7 1.270,7 22,5 23,0 32,1 26,2 78,4 75,2 -2,6 -2,7 3,50 7,90
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