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ANEXO VII – MODELO DE RELATÓRIO DETALHADO DE EXECUÇÃO DO PROJETO RELATÓRIO PARCIAL: RELATÓRIO FINAL: Edital nº 030/2017: SELEÇÃO DE PROJETOS CULTURAIS E CONCESSÃO DE PRÊMIO AO DESENVOLVIMENTO E MANUTENÇÃO DO CINECLUBISMO NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO IDENTIFICAÇÃO DO PROPONENTE Nome: GABRIEL LAVINSKY JARDIM IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO Título: CineMóbile LOCAL DE REALIZAÇÃO DO PROJETO (Citar o local onde o projeto foi desenvolvido, indicando inclusive o endereço) Em Central Carapina, Serra, nos locais: Praça Central, Banco Passarela, Rua Amazonas, Campo de Jardim Central, e Projeto Legal. Na Praça Central de Feu Rosa, durante o Origraffes. Em Vitória, nos bairros Maria Ortiz, na Escola Juscelino Kubitschek, na horta da Rua Professor Álvaro Conde; no bairro Santa Martha, Rua Luís de Melo, 101; no Centro de Vitória, durante a Virada Cultural 2018. DATA OU PERÍODO DE REALIZAÇÃO DO PROJETO: Fevereiro a Outubro de 2018.

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ANEXO VII – MODELO DE RELATÓRIO DETALHADO DE EXECUÇÃO DO PROJETO

RELATÓRIO PARCIAL: RELATÓRIO FINAL:

Edital nº 030/2017:

SELEÇÃO DE PROJETOS CULTURAIS E CONCESSÃO DE PRÊMIO AO DESENVOLVIMENTO E MANUTENÇÃO DO CINECLUBISMO NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

IDENTIFICAÇÃO DO PROPONENTE

Nome: GABRIEL LAVINSKY JARDIM

IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO

Título: CineMóbile

LOCAL DE REALIZAÇÃO DO PROJETO (Citar o local onde o projeto foi desenvolvido, indicando inclusive o endereço)

Em Central Carapina, Serra, nos locais: Praça Central, Banco Passarela, Rua Amazonas, Campo de Jardim

Central, e Projeto Legal. Na Praça Central de Feu Rosa, durante o Origraffes. Em Vitória, nos bairros Maria Ortiz, na Escola Juscelino Kubitschek, na horta da Rua Professor Álvaro Conde; no bairro Santa Martha, Rua Luís de Melo, 101; no Centro de Vitória, durante a Virada Cultural 2018.

DATA OU PERÍODO DE REALIZAÇÃO DO PROJETO:

Fevereiro a Outubro de 2018.

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DETALHAMENTO DAS AÇÕES DO PROJETO

Descreva as principais ações/atividades realizadas no projeto, identificando o conteúdo, tempo de duração/execução de cada atividade, público-alvo e outras informações específicas importantes, de acordo com o detalhamento e cronograma previsto no

projeto. Utilize quantas linhas precisar.

As ações deste projeto foram realizadas ao longo do ano conforme previsto. Como descrito,

realizamos 12 sessões de cineclubes em lugares distintos, dentro da proposta de ocupação

cultural dos espaços públicos. Focamos nossa ação sobre a comunidade de Central Carapina,

Serra, apesar de agirmos também em outros bairros. Dentre tais sessões, duas foram

realizadas com intuito de fortalecer a formação de grupos culturais no bairro; além dessas doze

ações, realizamos outras duas de intercâmbio cultural, em que levamos moradores de Central

Carapina para o evento Origraffes de cultura urbana, em Feu Rosa, e para a Virada Cultural, no

centro de Vitória. Além disso, desempenhamos apoio a projetos e grupos nas comunidades, de

forma a fortalecer o surgimento de mais iniciativas culturais pelos próprios moradores, uma

das propostas deste projeto; assim como divulgação online de conteúdo feito por grupos com

propostas similares em página do facebook.

SESSÕES DE CINECLUBE

De forma geral, todas as sessões cineclubistas ocorreram com disponibilização de lanche

(geralmente alimentos diversos e sucos/refrigerantes), e com alguma oficina/ atividade

complementar como estratégia para realizar o princípio de “ocupação cultural dos espaços

públicos” deste cineclube. Sua duração total variava de acordo com a ação proposta, tendo

como média uma duração de quatro a cinco horas por sessão. Cabe ressaltar que por trás de

cada sessão, houve um envolvimento deste cineclube na elaboração de divulgação (anterior e

posterior às sessões) e no planejamento da ação com diversos atores comunitários e

oficineiros, com visitas ao local, etc. Durante as sessões, éramos também responsáveis pelo

registro fotográfico (ocasionalmente feito por membros da comunidade) e organização geral do

evento (realizando para isso a limpeza e arrumação do espaço, compra de alimentos para os

lanches, contatos para garantir a chegada de oficineiros convidados, etc.)

Segue a descrição detalhada de cada uma das doze sessões cineclubistas realizada ao longo do

ano por este projeto. Em primeiro parágrafo de cada sessão, consta uma objetiva descrição

das ações, e no segundo parágrafo, uma descrição mais descontraída com depoimentos e

avaliação dos executores. Mais imagens dessas ações, junto de seus materiais de divulgação,

estão disponíveis no ‘Acervo Fotográfico’, em CD anexo a este relatório.

01. Sessão de Abertura na Praça de Central Carapina(13/04): Circo Teatro

Capixaba + Filme “Azur e Asmar”

Realização em conjunto com o

grupo Circo Teatro Capixaba, que

executou uma apresentação de

palhaçaria e oficina, seguida de

exibição do filme ‘Azur e Asmar’

(Michel Ocelot, 99 min.) na Praça

central do bairro. Durou cerca de 05

horas, e contou com cerca de 80

pessoas, de crianças a idosos.

Para essa sessão inicial no bairro de

Central Carapina, optamos por nos

juntar ao grupo parceiro Circo

Teatro Capixaba para realizar uma ação de maior escala na praça do bairro. Trouxemos

barracas de pipoca e apoiamos a realização do grupo de palhaços, aproximando-os das

lideranças comunitárias parceiras. O filme exibido, ‘As aventuras de Azur e Asmar’, que

trata do tema ‘Diferenças sociais/raciais’, foi escolhido por ser um filme divertido para

pessoas de todas as idades. Ao fim da sessão, realizamos um debate sobre esses

temas.

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02. Sessão ‘Ocupa Rua Amazonas’ (20/04) : Palco aberto + Filme “Saneamento

Básico”.

Sessão realizada em espaço aberto (Rua Amazonas), no bairro Central Carapina, com

ocorrência de palco aberto, exibição de curta metragem ‘Nada’ (Gabriel Jorge, 27 min.)

e longa ‘Saneamento Básico’ (Jorge Furtado, 1h 52m). Durou cerca de 04 horas, e

contou com aproximadamente vinte e cinco pessoas, de idades variadas.

Essa segunda sessão foi realizada em espaço aberto na rua como forma de explorar

potencialidades desse espaço comunitário para atividades culturais. De forma geral, foi

agradável o apoio que recebemos da comunidade durante a execução. Antecedendo o

filme, realizamos uma oficina de palco aberto com karaokê. O karaokê, por conta de seu

potencial agregador, passou a incorporar o leque de ações do cineclube. O filme exibido

foi ‘Saneamento Básico’, filme brasileiro que aborda de forma humorada, o universo dos

editais culturais, fazendo um divertido paralelo com a própria atividade que estávamos

realizando. Antes do filme, foi exibido o curta ‘Nada’, filme crítico sobre a difícil situação

de uma adolescente rapper que opta por não fazer vestibular. O curta sucedeu diversas

falas, com os jovens relatando suas experiências pessoais, e reflexões sobre o modelo

de educação no Brasil.

03. Sessão de Formação Cineclubista no Banco Passarela (29/04) : Filme “Narradores de

Javé”

Sessão realizada no Banco comunitário Passarela, em Central Carapina, com apresentação e roda

de conversa sobre ‘Cineclube e Comunidades’ realizada pelo convidado Luciano Guimarães,

seguido de exibição do longa ‘Narradores de Javé’ (Eliane Caffé, 100 min.). Durou cerca de 04

horas, e contou com cerca de 10 pessoas.

A proposta dessa ação era ser uma de duas sessões focadas na formação de um grupo que leve

adiante iniciativas cineclubistas / culturais no bairro de Central Carapina. Para isso, realizamos um

convite para a comunidade que foi divulgado através de bike de som, tendo sido convidados

especialmente figuras parceiras que tenham o potencial de dar continuidade a ações culturais junto

à comunidade. Convidamos o Luciano Guimarães, cineclubista desde a década de 90, para uma

roda de conversa junto de moradores da comunidade, sobre o potencial do cineclubismo e da

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produção cultural na lida com problemas cotidianos que as comunidades periféricas como Central

Carapina sofrem. Nessa oficina, que contou com a presença de cerca de cinco pessoas, foi

apresentado curtas produzidos pelo próprio Luciano, abordando o preconceito em uma periferia de

sua cidade natal, assim como mini documentários abordando o movimento cineclubista no Brasil.

Após essa atividade, apresentamos o filme “Narradores de Javé”, que conta de forma bem

humorada a estória de uma aldeia que pra se manter frente à ameaça da construção de uma mega

barragem na região, precisa juntar as memórias de seus narradores e transformá-las em um livro

que possa ser usado como evidência de seu patrimônio histórico. O filme, que foi exibido em frente

à rua, contou com a presença interna de cerca de 10 pessoas, número abaixo do que prevíamos,

provavelmente por ter sido realizado em um domingo. Foi sucedido por uma roda de conversa

sobre os temas abordados.

04. Sessão na Horta de Maria Ortiz (12/05): Oficina de gestão do lixo + Filme “Durval

Discos”.

Realização de sessão em Horta de Maria Ortiz (R. Prof. Álvaro Conde), contou com oficina de

gestão de lixo doméstico e confecção de composteira, seguido de roda de conversa e exibição do

longa ‘Durval Discos’ (Anna Muylaert, 1h 43m). A ação durou ao todo cerca de 03 horas, e contou

com cerca de quinze a vinte pessoas, de idades variadas.

Essa sessão foi proposta como a primeira de um conjunto de ações feitos fora de Central Carapina.

No caso, foi escolhido a horta de Maria Ortiz,

um espaço próximo ao mangue que foi

apropriado pelos moradores para evitar que

continuasse a ser depositado lixo. Nesse

espaço, houve uma oficina sobre gestão do

lixo e compostagem, realizados em parceria

com o coletivo Oficina de Lixo do qual

fazemos parte, com uma roda de conversa

sobre os riscos da produção excessiva de lixo,

poluição, e formas de amenizar tais impactos.

Foi seguida pela confecção de composteira

doméstica, que foi ao final doada para um dos

moradores locais. Foi apresentado um vídeo

sobre ‘A revolução dos baldinhos’, movimento

de compostagem em periferia de

Florianópolis, e logo após, o longa ‘Durval

Discos’.

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05. Especial CineMão no Bar do Mãozinha (21/05): Curtas e vídeo arte + Filme “Mangue

Negro”.

Sessão realizada no Bar do Mãozinha, em frente à UFES de Goiabeiras. Contou com exibição do

curta ‘Chico’(Irmãos Carvalho, 22 min.), seguido do longa ‘Mangue Negro’ (Rodrigo Aragão, 1h

45m) e experimentação com vídeo arte. Contou com cerca de quinze pessoas na parte interna do

estabelecimento, de idade adulta, e teve uma duração aproximada de 04 horas.

Optamos nesta sessão por exlporar o contexto cultural próximo à UFES, sendo o bar do Mãozinha

um ponto de encontro de grupos de produção artística diversos. Realizamos a exibição do curta

‘Chico’, que aborda o racismo através de uma ficção científica passada nas favelas do Rio de

Janeiro, seguido do filme ‘Mangue Negro’, clássico do terror produzido pelo capixaba Rodrigo

Aragão e totalmente ambientado nos

mangues de Guarapari. Após o filme,

realizamos uma performance de vídeo

arte, com exibição de trechos de filmes

antigos acompanhado de músicas

ambiente. O dono do bar, seu Valdecir,

havia sido avisado do caráter público

desta sessão, e concordou em permitir

a presença de qualquer um que

quisesse assistir ao filme independente

do consumo. Também, o telão foi

posicionado de forma a ser visível do

lado de fora, atraindo atenção de

transeuntes para a sessão.

06. Sessão ‘Refugiados’ no cursinho popular Risoflora (16/06): Filme “Era o Hotel

Cambridge” + Oficina de Teatro.

Sessão cineclubista realizada na escola Juscelino Kubitschek (Maria Ortiz, Vitória), junto ao cursinho

popular Risoflora. Contou com exibição do longa ‘Era o Hotel Cambridge’ (Eliane Caffé, 1h 39m), debate

sobre o filme, e oficina de iniciação teatral com Eduardo Guimarães. Durou cerca de 4 horas ao todo,

contando com a presença de aproximadamente trinta pessoas, maioria jovens na faixa etária próximo a

dezesseis anos, e alguns adultos presentes.

A sessão foi organizada junto ao cursinho popular Risoflora, grupo parceiro de voluntários situado na

escola Juscelino Kubitschek em Maria Ortiz, que realiza aulas gratuitas aos sábados para jovens que não

tem recursos financeiros para pagar um cursinho. Através de conversas com os organizadores, ficou

decidido que realizariamos uma atividade com o tema ‘Refugiados’. Para isso, convidamos os alunos,

moradores do bairro e o público em geral para uma sessão no auditório da escola, com o filme “Era o

Hotel Cambridge”, filme que conta as estórias de ocupantes em prédios de São Paulo, alguns deles

imigrantes refugiados, narrando suas dificuldades de organização, os preconceitos que sofreram, seus

conflitos internos. Logo após a sessão, que contou com roda de debate, realizamos uma oficina de teatro,

ministrada pelo professor teatrólogo Eduardo Guimarães. Nessa oficina de duas horas, Eduardo focou na

iniciação teatral para então realizar uma encenação de momentos de fuga e preconceito frequentes na

experiência dos refugiados. A oficina, além de introduzir muitos jovens à prática teatral, também

possibilitou uma abordagem sensível, onde se pudesse estudar a condição dos refugiados não apenas

através de dados estatísticos, como também se “colocar na pele” deles, abordagem teatral frequente no

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Teatro do Oprimido.

07. Sessão com as crianças em Jardim Central (23/06) : Oficina de brincadeiras + Filme

“Meu pé de laranja lima”.

Sessão realizada em área aberta

Jardim Central, bairro adjacente a

Central Carapina, com oficina de

brincadeiras ministrada por Márcia

Castro, seguido de exibição do

longa ‘Meu pé de laranja lima’

(Marcos Bernstein, 1h 39m.). A

atividade total durou cerca de

quatro horas, havendo a presença

aproximada de 40 pessoas, a maior

parte crianças, e algumas mães,

além do público que transitava pelo

local.

O planejamento para essa sessão

veio de um pedido do parceiro

Jaderson Silva, que nos informou

do bairro Jardim Central,

considerada uma região carente de infraestruturas urbanas, e geralmente excluída de qualquer circuito

cultural. Com apoio da comunidade, realizamos a atividade junto às crianças do bairro (a maioria delas

nunca tendo ido a um cinema). Organizamos sessão na rua em frente ao campo de futebol, espaço mais

central da região. Convidamos uma Contadora de Estórias, a Márcia Castro para essa atividade, e

realizamos um cortejo para atrai pais e crianças para o evento. Após as dinâmicas, exibimos o filme “Meu

pé de laranja lima”, que aborda a infância e a necessidade das crianças de ter a figura paterna presente.

O filme gerou comoção entre as crianças e adultos, tendo muitas crianças sido criadas apenas com apoio

da mãe ou outro parente. Uma pequena conversa se sucedeu ao evento.

08. Sessão Karaokê no Banco Passarela (14/07): Filme “5x Favela, Agora por nós mesmos”.

Sessão realizada no Banco comunitário

Passarela (Central Carapina, Serra),

contou com atividade ‘karaokê aberto’,

seguida de exibição do longa ‘5x

Favela, Agora por nós mesmos’

(Produção Carlos Diegues e Renata de

Almeida, 103 min.) e debate sobre o

filme. Durou cerca de 4 horas no total,

contando com a presença de

aproximadamente quinzes pessoas, de

crianças a idosos, além do público que

transitava pelo local.

O objetivo dessa sessão foi reafirmar o

espaço do Banco Passarela (que agrega

em si outros projetos sociais, dentre

eles o Ponto de Memória com apoio da

Secretaria de Cultura do Espírito Santo) como espaço de apoio às diversas iniciativas culturais no

bairro. Abrindo o portão para a rua, realizamos uma sessão de Karaokê. O resultado foi termos

atraído um público do mais diverso, que cantou músicas que variavam do Gospel ao Rock,

passando pelo Funk Brasileiro. Após 2 horas de karaokê, finalizamos a atividade e exibimos o filme

“5x Favela, Agora por nós mesmos”, grande produção nacional que retrata em forma de contos, a

cultura das favelas cariocas. Durante a sessão, muitas pessoas foram se agregando, a maioria não

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tendo conhecido esse ou outros exemplares do cinema brasileiro. Houve também uma conversa

sobre o cinema nacional, tendo contado com a participação de Antônio Estevão, cineasta e

produtor de “Sossego, o filme”.

09. Sessão Compostagem na Rua Luís de Melo (20/07) : Oficina de compostagem + Filme “A

Revolução dos cocos”.

Sessão realizada em garagem que dava de

frente pra Rua Luís de Melo, em Santa

Martha, Vitória. Contou com oficina de

confecção de composteira doméstica e roda

de conversa, seguido de exibição do curta

‘Lá do Alto’ (Luciano Vidigal, 5 min.) e o

longa ‘A revolução dos cocos’ (Dom

Rotheroe, 50 min.). A duração total foi de

cerca de 3 horas e meia, com presença

média de vinte e cinco pessoas, dentre elas

crianças, adultos e idosos, do bairro e de

fora.

Essa sessão veio com intuito de explorar

outras regiões para além do eixo Goiabeiras

/ Carapina, tendo sido realizada de forma a

ser visível da rua. A sessão contou com

oficina de compostagem doméstica,

realizada pelo coletivo Oficina de Lixo, e

seguido de uma longa roda de conversa sobre a gestão do lixo no contexto industrializado atual. Após

esse momento, exibimos um curta passado em favela do Rio de Janeiro (Lá do Alto), e o documentário “A

revolução dos cocos”, que aborda uma guerrilha ecológica na ilha de Bougainville, afetada pelo descaso

das mineradoras com a comunidade. Após o filme, houve um lanche e momentos de convivência com os

envolvidos.

10. Sessão Cultura Urbana na Praça de Central Carapina (15/09): Graffiti + Exibição de ‘A

Febre’.

Sessão realizada na praça de Central Carapina, consistiu em apoio, junto ao coletivo Ponto Central

(projeto de ponto de memória no bairro), na realização de feira de oportunidades. Nosso apoio

consistiu no convite do artista Marcelo Voodoo para uma oficina de grafitti, seguido da exibição do

documentário ‘A Febre’ (João Oliveira, 57 min.) e roda de conversa. Nossa participação no evento

durou cerca de 5 horas, tendo contado com público amplo durante a atividade de graffiti, e cerca

de quinze pessoas, adolescentes e adultos do bairro, durante exibição do documentário.

Essa sessão foi feita junto à Feira de Oportunidades, evento organizado pela comunidade visando

chamar atenção dos comerciantes, permitir um momento de troca e lazer para a família.

Trouxemos o Marcelo Voodoo, artista grafiteiro, para compor junto no evento. Houve música,

oficinas realizadas pelo Ponto Central, e ao fim, exibição do filme “A febre”, que reúne

depoimentos dos grafiteiros capixabas. O filme gerou uma roda de conversa ao final, em que

alguns dos moradores se mostraram curiosos com o universo do graffiti.

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11. Sessão Ponto de Memória (Projeto Ponto Central, no Banco Passarela)(29/09)

Sessão realizada no Banco Passarela junto ao projeto Ponto Central (ponto de memória no bairro)

do qual também fazemos parte, envolveu organização deste coletivo na exibição, em formato

cineclubista, do documentário ‘Narradores de Central’ (Produção Ponto Central, 62 min.),

desenvolvido pelo coletivo. A atividade durou cerca de 3 horas e contou com aproximadamente 18

pessoas, de crianças a idosos, alguns moradores antigos do bairro e lideranças convidadas

especialmente para essa exposição.

Nessa sessão, realizada com vistas para a rua, exibimos o documentário ‘Narradores de Cental’,

que reúne depoimentos de diversos moradores, contando as estórias, dificuldades e conquistas que

fizeram o bairro ser o que é hoje. Ao final da sessão, houve uma conversa sobre a importância de

manter viva a memória e a cultura para o bairro.

12. Sessão final (25/10): formação cultural, exibição do curta ‘Pescadores Urbanos’ e longa

‘Que horas ela volta’ no Projeto Legal.

Sessão realizada no Projeto Legal (de assistência a jovens desamparados), em Central Carapina.

Contou com roda de conversa com a convidada Bárbara Ribeiro sobre produção cultural, como

ação de formação de grupos envolvidos em atividades culturais no bairro. Seguido a essa

conversa, estreamos o curta ‘Pescadores Urbanos’ (Produção Maré, 15 min.), produzidos por nós

através de edital de Coletivos Artístico Juvenis, seguido do longa ‘Que horas ela volta?’ (Anna

Muylaert, 1h 54 min.). A sessão total durou cerca de 4 horas, com um público estimado de 20

pessoas, a maioria adolescentes moradores do bairro.

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Dentro da proposta de ser uma ação de

formação cultural, buscamos realizar roda

de conversa com o público adolescente

que frequenta o Projeto Legal (Rede Aica)

em Central Carapina. O tema da roda era

Projetos Culturais, buscando através da

mostra de ações culturais diversas,

incentivar os interessados a se envolver

em projetos culturais. Para isso,

discutimos como é possível ter sustento

financeiro com esse caminho, apontando

para isso ações apoiadas por este edital, e

grupos culturais com abertura, como o

Slam Botocudos e as batalhas de rap, um

caminho que tem atraído jovens para

outras expressões artísticas. Após essa

conversa, realizamos a estreia do curta realizado por nós (coletivo Maré), o ‘Pescadores Urbanos’,

através do edital de Coletivos Artísticos Juvenis. O filme aborda a cultura dos pescadores na cidade

de Vitória. Tivemos uma roda rápida de comentários, onde descobrimos que alguns ali já estavam

iniciados em algum campo artístico (um deles produzia vídeo no youtube, outra estava estudando

a dança no funk). Ainda assim, a maioria não tinha uma iniciação ou sabia da existência de editais

da Secult que apoiam a continuidade de tais iniciativas. Apontamos alguns meios para começar a

trilhar esse caminho, se inteirando dos projetos no Banco Passarela, recomendando o Sesc Glória,

o Carlos Gomes, o Slam Botocudos e outros equipamentos e circuitos culturais. Por fim, exibimos o

filme ‘Que Horas Ela Volta’, de forma a apresentar um exemplo do cinema nacional

contemporâneo.

,

AÇÕES DE INTERCÂMBIO CULTURAL

Dentro da proposta de apoiar a formação cultural do público alvo, a comunidade de Central Carapina,

apostamos em ações de intercâmbio cultural pelo seu papel de “propiciar experiências valiosas no

desenvolvimento de práticas de ocupação cultural”1.Ao longo do ano, realizamos duas ‘ações de

intercâmbio’, uma delas para o festival Origraffes, em Feu Rosa, e outra, que ocorreu em dois dias, no

Viradão Cultural no Centro de Vitória. Em cada uma delas, houve divulgação extensa através de facebook,

whatsapp, e contato com parceiros. Nesse sentido, foi muito benéfico a interação deste projeto com o

Ponto Central, projeto de ponto de memória sediado no Banco Passarela. Através deste contato,

conseguimos trazer pra próximo moradores do bairro com potencial de agregar interessados em ações de

formação cultural. A adesão de modo geral foi gratificante, contando com uma quantidade de pessoas que

se envolveram nessas ações dentro do previsto.

Para executar essas ações, realizamos o apoio na acessibilidade, através da disponibilização de transporte

de ida e volta, assim como na aquisição de alimentos no local para os envolvidos e apoio geral na

indicação de lugares, organização do grupo, pontos de encontro para ida e volta, etc. A descrição de cada

ação segue abaixo:

Central Carapina / Festival Origraffes (Feu Rosa)(21/07)

Ação de intercâmbio cultural que consistiu

na viagem de ida e volta de Central

Carapina ao Festival Origraffes de cultura

urbana. A ação contou com envolvimento

de cerca de doze pessoas de Central

Carapina, tendo uma criança, adolescentes

e adultos, e se deu através de aproximadas

seis horas.

Foi realizado o transporte de ida e volta

através de dois ubers para o evento

Origraffes, evento internacional de cultura

urbana realizado na praça de Feu Rosa,

1 Extraído do projeto original.

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Serra. Além do grupo mais próximo a nós, foi realizada chamada aberta para esse intercâmbio,

divulgada no bairro através de whatsapp, boca a boca.

Central Carapina / Virada Cultural (Centro de Vitória)(07 e 08/09)

Ação de intercâmbio cultural, consistiu em duas viagens de ida e volta de Central Carapina até

Centro Histórico de Vitória, durante a Virada Cultural, em dois dias. Houve apoio ao grupo na

escolha de eventos que eles gostariam de se envolver. O tempo de ocorrência desses dois eventos

estimado foi de oito horas em um dia, e seis horas em outro dia. Contou com envolvimento

aproximado de 14 pessoas ao longo dos dois dias.

Alguns dos beneficiados relataram ter tido uma experiência cultural rica, em que puderam assistir

a filmes no Teatro Carlos Gomes (alguns pela primeira vez), assistir show de música clássica e

contemporânea, e participar de oficinas diversas. A vivência foi muito valiosa, e o público de

Central Carapina se envolveu em atividades diversas, tendo alguns dos envolvidos sido registrado

pelo jornal Gazeta (ver figura abaixo).

Ações extras: O CineMóbile deu suporte

ao Projeto Ponto Central (projeto de ponto

de memória) na exibição de filme no dia

das crianças do bairro de Central Carapina.

O filme exibido foi o documentário

realizado pelo projeto parceiro Ponto

Central, que reúne relatos de moradores

contando a história do bairro. As parcerias

entre um projeto e outro foram diversas,

tendo o grupo com potencial de formação

cineclubista acolhido por este projeto, se

iniciado a partir de contatos com membros

do Projeto Ponto Central.

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Envolvimento nas mídias sociais

Frequentemente, tanto através da página da

internet (www.cinemobileblog.wordpress.com)

quanto da página no facebook

(@cinemobileES), realizamos a divulgação de

chamados e resultados das sessões propostas;

Mas, para além disso, aproveitando a

visibilidade que tais mídias dispunham,

realizamos postagens de ações de outros

grupos, artigos, vídeos disponíveis online,

entre outros. Em suma, apoiamos também a

divulgação de ações e materiais de propostas

similares realizados por outros grupos.

EFEITO MULTIPLICADOR DO PROJETO

Descreva os benefícios gerados pelo projeto, para os participantes e para a equipe envolvida em sua realização; os impactos no desenvolvimento cultural local; as parcerias e alianças firmadas e ampliação da abrangência do projeto. Informe, ainda, se houve um

produto cultural resultante do projeto e, caso afirmativo, descreva esse produto.

Este projeto trouxe benefícios para o público envolvido, principalmente a partir do acesso cultural que o

público abordado, geralmente desassistido de serviços culturais, recebeu. As atividades culturais, tanto a

exibição de filmes, como a realização de ocupações culturais em espaços públicos, incentivaram junto à

comunidade local, a apropriação desses espaços e equipamentos tecnológicos para a realização de mais

eventos similares, benéficos a medida em que propiciam momentos de lazer, de reunião com a

comunidade, de descanso para as mães que podem trazer suas crianças pra fora de casa, para idosos

desocupados, etc. Já para a equipe envolvida em sua realização, gerou primeiramente, maturidade para

o futuro desenvolvimento de projetos culturais, além de fortalecer mais ainda uma rede de parceiros

apoiadores de iniciativas culturais nos bairros abordados, com destaque para Central Carapina. Dessa

forma, esperamos que futuramente, novas parcerias e ações no âmbito cultural possam se desenrolar

nos locais trabalhados.

A ocupação de espaços públicos através deste projeto foi encarada como um exercício de apropriação do

espaço comum, o que se reverte no hábito, ou na facilidade, de gerar novas ocupações que proponham

desenvolvimento cultural na comunidade. Tais ocupações costumam se desdobrar em maior presença de

comerciantes (vendedores de comida eram frequentes nas ações maiores), o que ajuda a mobilizar a

economia comunitária.

As parcerias firmadas nas ações culturais (como, por exemplo, os diversos oficineiros convidados que

entraram em contato com as parcerias culturais dos bairros abordados) ampliam as possibilidades de

novas ações culturais na comunidade. Algumas dessas ações, diga se, trabalham através da auto

estima, e da identidade do bairro, especialmente em Central Carapina. Por exemplo, a realização e

exibição do documentário feito no bairro, ‘Narradores de Central’, produzido pelo Ponto Central com

apoio do Cinemóbile, possibilita o resgate e proteção da memória do bairro para as futuras gerações,

buscando assim a valorização do morador da comunidade.

Ao longo deste projeto, consolidamos e fortalecemos parcerias nas comunidades em que atuamos.

Dentre essas parcerias e seu envolvimento no projeto, podemos citar o Circo Teatro Capixaba, do

Caparaó, a Ane, o Nicolas, o Abraão e outros jovens de Central Carapina, alguns em situação de risco,

compondo portanto parcela especial do público alvo; moradores locais, e público frequentemente

interessado nas ações (dona Delva, seu Antônio Estevão, dentre outros); Luciano Guimarães

(cineclubista e agente cultural), moradores próximos à horta de Maria Ortiz (com destaque para o seu

Carlos, que nos incentivou a continuar frequentando a horta), diretores dos filmes Chico (Irmãos

Carvalho), Nada (Gabriel Jorge), A Febre (João Oliveira), Mangue Negro (Rodrigo Aragão), a equipe do

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Banco comunitário Passarela, a equipe do Projeto Ponto Central, seu Valdecir do Bar do Mãozinha, o

cursinho popular Risoflora, o professor de teatro Dudu Guimarães, a contadora de estórias Márcia

Castro, a comunidade de Jardim Central, o Vander morador de Santa Martha que cedeu sua garagem

para uma exibição, o artista Marcelo Voodoo, a cineasta Bárbara Ribeiro, a equipe do Projeto Legal, os

jovens envolvidos nas ações de intercâmbio cultural, e vários outros apoiadores com quem juntos

firmamos ações ao longo deste projeto. Importante ressaltar que em momentos diversos, esse projeto

ajudou a aproximar esses agentes entre si, possibilitando o surgimento de outras ações culturais. É

esperado que os bens duráveis adquiridos com o recurso deste projeto, como a piscina infantil e as

almofadas, assim como o projetor, caixa de som, telão (equipamentos adquiridos no primeiro

CineMóbile, em 2017) possam ser emprestados para esses parceiros, de forma a apoiar as ações

desenvolvidas por esses grupos.

Além da formação dessa rede de parcerias, exercitando a interação entre grupos que não estavam

habituados a participar de ações culturais, percebemos o desenvolvimento pessoal de alguns membros

da comunidade que estiveram presentes durante as ações, com destaque para Jaderson Silva,

funcionário do Banco Passarela e apoiador-mor deste projeto, tendo nos apresentado a maior parte dos

grupos que realizam ações sócio culturais no bairro.

Em termos das ações de intercâmbio cultural, essas ocorreram através da assistência que fornecemos à

visita de membros de Central Carapina para dois grandes eventos culturais: o Origraffes e o Viradão

Cultural. Essas ações ajudam a firmar pontes entre o público envolvido e as práticas culturais realizadas

em contextos diversos dos quais são muitas vezes distanciados, tanto pelo completo desconhecimento

que têm dos circuitos culturais, quanto do receio de “entrar em espaços os quais não sentem

pertencer”2. Também, ajudou a conectar o Banco Passarela, parceiro fundamental neste projeto, a estas

pessoas, o que possibilita que futuras ações similares já tenham um público inicial mais interessado

dentro do bairro.

Foi notável neste ano o desenvolvimento do Banco Passarela, com apoio deste projeto, como espaço

incubador de ações culturais no bairro, tendo o mesmo sido beneficiado por edital de Ponto de Memória

(Projeto Ponto Central), do qual Gabriel e Yolanda, deste coletivo cineclubista, também fazem parte.

Houve ações diversas que intercruzavam as propostas do CineMóbile com o Ponto Central, seja através

de ajuda na realização de ações culturais e eventos, o que acabou trazendo o grupo do Ponto Central

(composta de outras cinco pessoas, moradores do bairro) mais próximo das práticas necessárias para as

atividades cineclubistas e culturais realizadas pelo CineMóbile. Também, neste projeto, realizamos apoio

na edição e exibição do documentário “Narradores de Central” que foi utilizado na última exposição do

projeto, e que reúne depoimentos e registros dos moradores que foram captados ao longo do ano. Tal

documentário está em posse do ponto de memória situado no Banco Passarela, e futuramente será

divulgado pelo mesmo grupo nas mídias sociais, de forma a expor o bairro de Central Carapina como

uma comunidade histórica.

Por fim, as ações de divulgação de ações deste projeto e similares, assim como artigos e vídeos pela

página do facebook (https://www.facebook.com/cinemobileES/), que atualmente conta com 170

seguidores, pôde contribuir para a disseminação de conteúdo relacionado a ações de ocupação cultural,

além de chamar atenção de públicos diversos para este projeto.

2 Esse “não pertencimento”, ou não identificação, é uma fala recorrente em alguns moradores de Central Carapina, quando

questionados dos motivos que o levam a não frequentar o Teatro Carlos Gomes, cinemas e outros espaços culturais.

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CONTRAPARTIDAS OFERECIDAS PELO PROJETO

Informe quais foram as ações de contrapartida oferecidas pelo projeto, de acordo com itens obrigatórios e/ou adicionais (item 12 do Edital).

O projeto foi executado de acordo com a concepção original apresentada para esta Secult. As ações

previstas foram realizadas, assim como divulgados os chamados para as sessões e seus resultados. As

divulgações eram feitas de acordo com cada contexto abordado.

Este projeto realizou ações visando envolvimento dos beneficiados com atividades culturais

desenvolvidas por esta Secult, através da visita a circuitos culturais externos que se deu na Virada

Cultural e no evento Origraffes, além de realizar a ocupação de espaços públicos comunitários. Os

intercâmbios realizados por este projeto possibilitaram o envolvimento dos beneficiados em

equipamentos culturais diversos, como o teatro Carlos Gomes, o Sesc Glória, a Rua Sete, dentre outros.

Todas as ações foram abertas à comunidade e ao público externo, tendo havido um cuidado de priorizar

a comunidade local como público alvo.

Foram realizadas ao longo do projeto atividades culturais, a maioria com caráter de lazer, especialmente

para as camadas da população menos assistidas por serviços culturais, visando também atuar em

regiões que passam por problemas diversos, seja de violência, infraestrutura urbana, preconceito,

exclusão de atividades para crianças e pessoas idosas.

Todas as ações foram feitas considerando o aspecto acessibilidade, que se deu tanto através de adoção

de percursos para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida; assim como a própria temática dos

filmes e atividades, pensada de acordo com o local abordado, sendo muito comum a exibição de filmes

nacionais, que não dependessem de legenda para ser assistidos.

A acessibilidade nas ações também se dava no acesso das sessões para o público externo, sendo o local

das ações não muito distante dos principais eixos das comunidades abordadas. Também, nos

preocupamos com a questão da violência, principalmente em Central Carapina, escolhendo sempre

horários e locais que fossem acessíveis para pessoas de todas as idades, gêneros e pertencimento social.

PÚBLICO PARTICIPANTE

Informe a faixa etária da população atingidas com o projeto. Informe a quantidade de público participante.

O público participante foi desde crianças até idosos, a depender do contexto em que era realizado a

atividade. O número médio de envolvidos por sessão foi de quinze a vinte pessoas, apesar de que nas

atividades realizadas em espaços mais abertos houve considerável quantidade de transeuntes que

assistia parcialmente às sessões. Houve sessões maiores (cerca de três neste projeto), que contaram

com uma quantidade elevada de pessoas (maior do que 30). Dessa forma, podemos estimar cerca de

300 pessoas diretamente afetadas por este projeto, sem contar as que foram indiretamente afetadas

(transeuntes, pessoas que aproveitaram da ocupação, etc.)

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AVALIAÇÃO DO PROJETO

Informe se foi realizada avaliação do projeto pelos participantes ou pela equipe responsável. Quais os aspectos levantados na avaliação.

Após cada sessão, era comum o grupo se reunir para fazer uma auto avaliação, quando possível junto

aos parceiros envolvidos, escutando deles suas percepções sobre as atividades, e formas de melhor

atingir os objetivos propostos no projeto. Também, era comum após cada ação, ser feitas sugestões que

serviam de esboço para novas ações.

Os principais aspectos levantados nas avaliações pós ações era a receptividade do público à ação. Nesse

sentido, dados como quantidade de pessoas, perfil do público, e seu envolvimento nas atividades, eram

observados e comentados. Um fator importante para checar o envolvimento do público nas atividades

era a vontade deles de conversar sobre as sessões após seu término, que geralmente buscamos

incentivar através de uma roda de conversa. Tais rodas são realizadas de forma descontraída, buscando

atrair o público para o diálogo, que é a parte chave por trás de cada ação nossa, momento essencial

para reavaliar nossas ações.

EQUIPE DO PROJETO

Relacione os principais envolvidos na execução do projeto e cite as funções desempenhadas. Utilize quantas linhas precisar.

Nome Função desempenhada no projeto

Gabriel Lavinsky Jardim Realização do projeto, oficinas, articulação de parcerias e de debates, divulgação.

Yolanda Maria Faustini P. Araújo Realização do projeto, oficinas, articulação de parcerias e de debates, divulgação.

Jaderson da Silva Articulação de parcerias e de debates, oficinas, apoio comunitário (Central Carapina), técnico e divulgação.

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DIVULGAÇÃO DO PROJETO E APRESENTAÇÃO PÚBLICA DE RESULTADOS

Informe como o projeto foi divulgado, antes do início de sua execução, e as ações realizadas para dar visibilidade aos resultados alcançados com a realização do projeto.

Houve uma ampla divulgação das ações através de parceiros comunitários, principalmente em Central

Carapina, onde Jaderson Silva comunicava aos familiares e amigos moradores do bairro sobre o projeto,

sendo comum, em Central Carapina, sermos reconhecidos por diversas pessoas e instituições do bairro

(um indicador positivo desses dois anos de envolvimento no bairro de Central Carapina). Também,

divulgamos o projeto entre amigos de Vitória e outras cidades, seja através do boca a boca, ou por

postagens frequentes no site (www.cinemobileblog.wordpress.com) ou página do facebook

(@cinemobileES). As postagens, além de convites para as sessões, traziam também textos, artigos,

filmes online recomendados pelo grupo para um público mais amplo.

Cada ação que propúnhamos era precedida por sua divulgação, que variava de acordo com o contexto e

público. Em geral, grande parte era feita com apoio de grupos parceiros que nos ajudavam na realização

das ações, muitos deles personagens influentes em suas comunidades. Dessa forma, whatsapp e boca a

boca foram formas mais utilizadas para que esses apoiadores convidassem pessoas interessadas em

participar das ações. Da nossa parte, realizamos a produção de cartazes, buscando de forma simples,

apontar as ações propostas, local e data, e destacar os apoiadores. Os cartazes eram compartilhados nas

mídias digitais, assim como impressas e coladas em pontos estratégicos, sendo o Banco Passarela, local

comum em Central Carapina, espaço de boa visibilidade para esse tipo de divulgação.

Ao término de cada ação, buscamos realizar uma divulgação com apanhado de fotos que eram, a

principio, compartilhados no site e na página de facebook supracitadas. A partir daí, os parceiros e

envolvidos costumavam compartilhar essas imagens para outros grupos de interesse comum,

geralmente pelo whatsapp / facebook.

Ao término do projeto, foi disponibilizado no site e na página de facebook um resumo com os registros

de todas as ações realizadas ao longo do ano (disponível em

https://wordpress.com/post/cinemobileblog.wordpress.com/538 ). Dessa forma, foram sendo divulgados

tanto o projeto e os chamados para as ações, como a apresentação pública dos resultados.

Vitória, 31/ 10 / 2018

_______________________________________ Assinatura do proponente