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1 ANEXO ÚNICO Três Corações, 30 de dezembro de 2013. Plano Municipal de Saneamento Básico Claudio Cosme Pereira de Souza Prefeito Municipal de Três Corações Cosme Ferreira do Nascimento Vice-Prefeito de Três Corações Responsável pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente Nelson Delu Filho Secretaria Municipal de Planejamento Antonio Carlos Guedes Secretaria Municipal de Saúde Vandrielen Novais S. Paulino Secretária Municipal de Obras: Mauro Pinto S. Junior

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ANEXO ÚNICO

Três Corações, 30 de dezembro de 2013.

Plano Municipal de Saneamento Básico

Claudio Cosme Pereira de Souza

Prefeito Municipal de Três Corações

Cosme Ferreira do Nascimento

Vice-Prefeito de Três Corações

Responsável pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente

Nelson Delu Filho

Secretaria Municipal de Planejamento

Antonio Carlos Guedes

Secretaria Municipal de Saúde

Vandrielen Novais S. Paulino

Secretária Municipal de Obras:

Mauro Pinto S. Junior

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Comitê de Coordenação e Elaboração do Plano Municipal de Saneamento

básico DECRETO: 2607/2013

Representante do Poder Público Municipal

Fábio Paranaíba Vilela

Gustavo Fonseca Pereira

Karina Junqueira Ximenes

Tatiana Vilela Carvalho

I – Representantes do Poder Publico Municipal

Claudia de Lourdes Ferreira Oliveira

Débora Santana Gomes Soares

Jairo dos Santos Borges

Leonan Reis Branquinho

Livia D’Oliveira Silva

Maura Aparecida Marchiori Magalhães

Patrícia da Costa Rodrigues

Sabrina Vilela Avelar Gibram

Simone Catarina Silva Archanjo

Sueli Inácia Valim

Thiago Guimarães Oliveira Silva

Cícero Caldeira

II – Representante do Poder Legislativo

Francisca Filomena Lodonho

III – Representante da concessionária de serviço público de fornecimento de água

e esgoto (COPASA)

Flávio Nagel

3

Estruturação do Plano Municipal de Saneamento Básico Municipal

Ms. Simone Catarina Silva Archanjo – Chefe de Divisão SEMMA

Bióloga, Pedagoga – Especialista em Gestão Escolar e Educação Ambiental –

Mestre em Biotecnologia Ambiental.

Fábio Paranaíba Vilela – Secretário Adjunto SEMMA

Técnico Agrícola.

4

ÍNDICE DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Introdução: --------------------------------------------------------------------------------------- 05 Histórico do município------------------------------------------------------------------------- 05 Emancipação Política Do Município De Três Corações------------------------------ 07 Caracterização do município----------------------------------------------------------------- 07 Localização do município--------------------------------------------------------------------- 07 Desenvolvimento Industrial e Econômico de Três Corações------------------------ 08 Aspectos Demográficos----------------------------------------------------------------------- 10 Indicadores Sociais do município----------------------------------------------------------- 10 Indicadores de Desigualdade-------------------------------------------------------------- 12 Percentual de Apropriação da Renda ----------------------------------------------------- 13 Uso e ocupação do solo----------------------------------------------------------------------- 16 Caracterização do município de Três Corações na bacia do Rio Verde--------- 17 Política de Saneamento Básico segundo o Plano Diretor---------------------------- 21 Objetivos do Plano de Saneamento Básico Municipal-------------------------------- 22 Abrangência do Plano de Saneamento Básico Municipal---------------------------- 23 Plano de mobilização para levantamento de dados para o PMSB----------------- 24 Descrição do Saneamento Básico na Zona Rural de Três Corações------------- 27 Fazenda Pedra Preta, Estação de São Tomé------------------------------------------ 27 Fazenda dos Pinheiros, Vargem------------------------------------------------------------ 28 Comunidade dos Correias, Comunidade Boa Esperança--------------------------- 29 Comunidade dos Mafras, Comunidade Rio do Peixe---------------------------------- 30 Comunidade do Barreiro, Comunidade Limeira----------------------------------------- 31 Comunidade Serra das Abelhas, Comunidade Flora --------------------------------- 32 Comunidade Japão, Comunidade São Bentinho --------------------------------------. 33 Comunidade Taquaral, Portão de Cambuquira----------------------------------------- 34 Abadia, Comunidade Cota-------------------------------------------------------------------. 35 Comunidade Canoa, Comunidade Cachoeirinha--------------------------------------. 36 Comunidade Porteira Pesada, Comunidade Bom Jardim --------------------------- 37 Comunidade Roseira, Comunidade Marmeleiro, Comunidade Rapa-------------. 38 Comunidade Ser rinha ------------------------------------------------------------------------ 39 Comunidade Campo Limpo, Comunidade Lagoa Macia ----------------------------- 40 Comunidade Cinco Lobo, Comunidade Facão ----------------------------------------- 41 Comunidade Atalho, Comunidade Barra mansa---------------------------------------- 42 Orientação com os alunos, professores, pais e visita a comunidade escolar--- 42 Resumo dos principais problemas levantados na Zona Rural de T.C------------- 44 Diagnóstico dos principais problemas encontrados na Zona Rural de TC------- 45 Metas para o plano de saneamento básico área rural de TC----------------------- 47 Descrição do Saneamento Básico na Zona Urbana de Três Corações---------- 48

Bairro Cinturão Verde Vila Sueli e Jardim Esperança-------------------------------- 49 Prolongamento do Parque Jussara e São Jerônimo---------------------------------- 53 Bairro Retrilha --------------------------------------------------------------------------------- 56 Bairro Nossa Senhora de Fátima e Vila Melo ------------------------------------------ 57 Bairro Ipiranga---------------------------------------------------------------------------------- 58 Bairros: Cotia, São Sebastião e Jardim Rio Verde------------------------------------. 61 Bairro Rio do Peixe----------------------------------------------------------------------------- 62 Bairro Vila Emília-------------------------------------------------------------------------------- 63 Bairro Jardim Paraíso-------------------------------------------------------------------------- 64

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Bairro Santo Afonso---------------------------------------------------------------------------- 66 Bairro Vila Fernão Dias------------------------------------------------------------------------ 68 Bairro Canto do Rio ---------------------------------------------------------------------------- 69 Bairro Santana, Bairro São José------------------------------------------------------------ 70 Bairro Nossa Senhora da Aparecida e Bairro Pero------------------------------------ 72 Bairro Vila Gesse e Vila Mariana----------------------------------------------------------- 73 Bairro Vila Lima---------------------------------------------------------------------------------- 73 Bairro Vilas Boas-------------------------------------------------------------------------------- 75 Bairro Vista Alegre, Bairro Bela Vista------------------------------------------------------ 76 Bairro Odilon Rezende, Bairro Comunidade Flora------------------------------------- 77 Bairro Amadeu Miguel------------------------------------------------------------------------- 78 Bairro Jardim América, Jardim Umuarama, São Conrado e Vila Rica -----------. 79 Bairro Chácara das Rosas e Triângulo---------------------------------------------------- 80 Bairro Estância dos Reis e Vila Viana----------------------------------------------------- 81 Bairro Santa Tereza, Centro-----------------------------------------------------------------. 82 Bairro Colônia Santa Fé e Bairro Cafezinho (Jardim das Oliveiras)--------------- 83 Bairro Jardim Planalto------------------------------------------------------------------------- 84 Bairro Jardim Belo Horizonte, Jardim Europa, Jardim Fabiana, Vila Rezende. 85 Bairro Jardim Orson, Monte Verde I e II, Morado do Sol e São Conrado-------- 86 Bairro Jardim Primavera, Bairros Vila Bela I e II---------------------------------------- 87 Bairro Monte Alegre, Feira de Gado-------------------------------------------------------. 88 Diagnóstico da Zona Urbana----------------------------------------------------------------- 90 Metas para o Plano de Saneamento Básico Área Urbana TC---------------------- 92 Relatório de destinação de resíduos mensal/2013------------------------------------- 94 Conclusão----------------------------------------------------------------------------------------- 97 Anexos------------------------------------------------------------------------------------------- 98

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Índice de imagens do Plano Municipal de Saneamento Básico

Figura 01 - Localização do município de Três Corações_________________12

Figura 02 - Mapa político do município_______________________________13

Figura 03 - Localização da Bacia Hidrográfica do Rio Verde _______________22

Figura 04 - Bacia do Rio Verde - Sub Bacias e municípios componentes______24

Figura 05 - Foto da audiência pública municipal__________________________30

Figura 06 - Mobilização na Pedra Preta ________________________________30

Figura 07 - Estação de São Tomé____________________________________31

Figura 08 - Mobilização na Fazenda dos Pinheiros_______________________31

Figura 09 - Mobilização na Comunidade da Vargem______________________32

Figura 10 - Problemas ambientais na comunidade dos Correias_____________32

Figura 11 – Mobilização Comunidade Boa Esperança_____________________33

Figura 12 – Mobilização na Comunidade dos Mafras______________________33

Figura 13 – Mobilização na Escola Municipal do Rio do Peixe ______________34

Figura 14 – Comunidade do Barreiro__________________________________34

Figura 15 – Comunidade Limeira _____________________________________35

Figura 16 – Mobilização com a comunidade da Serra das Abelhas___________35

Figura 17 – Mobilização na Comunidade de Flora _______________________36

Figura 18 – Fotos da Comunidade do Japão____________________________36

Figura 19 – Mobilização na Comunidade São Bentinho____________________37

Figura 20 – Mobilização e fossa negra na comunidade do Taquaral _________37

Figura 21 – Portão de Cambuquira____________________________________38

Figura 22 – Mobilização Comunidade da Cota___________________________39

Figura 23 – Mobilização Comunidade Canoa____________________________39

Figura 24 – Mobilização na Comunidade Cachoeirinha ___________________40

Figura 25 – Mobilização na Comunidade Porteira Pesada _________________40

Figura 26 – Mobilização na Comunidade Bom Jardim ____________________41

Figura 27 – Mobilização na Comunidade Roseira________________________41

Figura 28 – Mobilização na Comunidade Rappa _________________________42

Figura 29 – Mobilização na Comunidade Serrinha________________________43

Figura 30 – Comunidade Campo Limpo _______________________________43

Figura 31 – Comunidade Lagoa Macia ________________________________44

Figura 32 – Mobilização na Comunidade Cinco Lobos_____________________44

7

Figura 33 – Mobilização na Comunidade Facão__________________________45

Figura 34 – Mobilização na Comunidade Atalho _________________________45

Figura 35 – Mobilização Comunidade Barramansa _______________________46

Figura 36 – Mobilização na Escola Municipal de Flora ____________________46

Figura 37 – Mobilização na Escola Municipal Nelson Rezende Foneca _______47

Figura 38 – Mobilização na Escola Municipal Dona Miloca _________________47

Figura 39 – Mobilização na Escola Municipal Oneida Junqueira_____________47

Figura 40 – Mobilização na Escola Municipal Catiguá_____________________48

Figura 41 – Mobilização na Escola Municipal Henriqueta Gomes ____________48

Figura 42 – Visão do Bairro Cinturão Verde_____________________________53

Figuras 43 e 44 – Residências do Bairro Cinturão Verde___________________54

Figuras 44 e 45 – Residências do Bairro Cinturão Verde___________________54

Figuras 46 e 47 – Residências e sistemas viário do Bairro Cinturão Verde_____54

Figuras 48 e 49 – Casas do Bairro Cinturão Verde_______________________55

Figura 50 – Falta de calçamento em algumas ruas do Bairro Cinturão Verde___55

Figura 51 – Estrutura do Bairro Cinturão Verde__________________________55

Figuras 52 e 53 – Foto do Bairro Cinturão Verde_________________________56

Figuras 54 e 55 – Rio Verde confrontando o Bairro Cinturão Verde__________56

Figuras 56 e 57 – Esgoto lançado no Rio Verde_________________________56

Figura 58 – Rua Dona Glorinha de Paiva – Cinturão Verde________________57

Figura 59 – Residências do Prolongamento Parque Jussara e São Gerônimo__57

Figuras 60 e 61 – Sistema Viário dos bairros____________________________58

Figura 62 – Falta de pavimentação no bairro____________________________58

Figura 63 – Estrutura do calçamento do bairro___________________________58

Figuras 64 e 65 – Fotos dos bairros___________________________________59

Figura 66 e 67 ___________________________________________________59

Figuras 68 e 69 – Confronto com a ferrovia_____________________________59

Figuras 70 e 71 – Residências do Bairro Retirinho________________________60

Figuras 72 e 73 – Erosão no Bairro Retirinho____________________________61

Figura 74 – Erosão em ruas do Bairro Retirinho__________________________61

Figuras 75 e 76 – Residências Bairro Nossa Senhora de Fátima e Vila Melo __62

Figura 77 – Residências no Bairro Nossa senhora de Fátima e Vila Melo______62

Figura 78 – Bairro Ipiranga__________________________________________63

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Figura 79 e 80 – Ribeirão Espraiado__________________________________63

Figura 81 – Margens do Rio Verde____________________________________64

Figura 82 – Rua Cachoeirinha_______________________________________66

Figura 83 – Residências comprometidas na Vila Fernão Dias_______________67

Figura 84 – Residências do Bairro São José____________________________69

Figura 85 – Rua João Batista Mafra no Bairro Nossa Senhora Aparecida _____70

Figura 86 – Acesso ao Bairro Flora ___________________________________73

Figura 87 – Mobilização no Bairro Amadeu Miguel_______________________74

Figura 88 – Acesso ao Bairro Cafezinho_______________________________79

Figura 89 – Acesso ao Bairro Jardim Planalto___________________________79

Figura 90 – Residências do Bairro Feira de Gado________________________83

9

Plano Municipal de Saneamento Básico

Introdução

O Plano Municipal de Saneamento Básico é determinado pela Lei Federal

11.445/07, que institui a obrigatoriedade do Plano como instrumento para captar

recursos federais cujos programas valorizam ou até mesmo requer a existência

de um plano diretor de saneamento para a obtenção do recurso. É importante

ressaltar que Saneamento Básico abrange: abastecimento de água potável,

esgotamento sanitário, limpeza urbana, manejo de resíduos sólidos, drenagem e

manejo de águas pluviais. Todos estes requisitos serão considerados na

elaboração do Plano Municipal de Três Corações.

Com o uso de planejamentos e investimentos justificados, é possível evitar

o mau uso de recursos com a adoção de medidas pontuais e imediatistas,

gerando maiores benefícios para a população, no que ser refere à saúde e a

qualidade ambiental.

Compreende-se que a execução do Plano Municipal de Saneamento

Básico, consiste em uma maneira de auxiliar os municípios a realizarem um

diagnóstico, onde serão descrita a demanda de expansão e melhorias, bem como

a elaboração de metas para solução dos problemas e investimentos na qualidade

do Saneamento Básico, objetivando a promoção de saúde a todos os munícipes.

Histórico do Município:

As primeiras notícias sobre as terras onde hoje se situa o município de

Três Corações datam de 1737, quando Cipriano José da Rocha, ouvidor de

São João del-Rei, informa que, quando de passagem pela região, encontrou

roças e catas de mineração na região da Aplicação do Rio Verde.

Por volta de 1760, o português Tomé Martins da Costa se estabelece na

barranca direita do Rio Verde, embriagado pelo ouro abundante existente em

suas lavras. Após adquirir novas terras, constrói a fazenda do Rio Verde e

manda erigir uma capela sob a invocação dos Santíssimos Corações de Jesus,

Maria e José.

10

No ano de 1764, de passagem pela região em viagem de inspeção e

demarcação de limites, o governador da capitania de Minas Gerais, D. Luís

Lobo Diogo da Silva, visita Tomé em sua fazenda, encontrando alguns

casebres ao redor da capela.

Em 1790, o capitão Domingos Dias de Barros, genro de Tomé Martins

da Costa, pede licença para construir uma ermida no lugar da antiga capela,

que é inaugurada em 1801, tendo seu altar-mor trabalhado pelo mestre Ataíde.

Em 14 de julho de 1832 é instalada a freguesia dos Três Corações do Rio

Verde e a paróquia dos Três Sacratíssimos Corações. Em 6 de setembro de

1860, grandes comemorações na elevação a Vila da Freguesia dos Três

Corações do Rio Verde e na inauguração da Igreja Matriz. Em 1873, o

Presidente da Província de Minas Gerais sanciona Lei incorporando à Vila o

território pertencente à Freguesia.

O grande passo para o pleno desenvolvimento do município seria,

entretanto, dado no ano de 1884, quando a Vila recebe a visita do Imperador

D. Pedro II e a Família Imperial, para a inauguração da estrada de ferro Minas

& Rio. Inaugurada oficialmente em 22 de junho deste ano, fazia a conjunção

entre a Vila e a cidade de Cruzeiro, no estado de São Paulo. A repercussão

desta visita foi de tamanha relevância que, três meses depois, em 23 de

setembro de 1884, a Vila seria emancipada, sendo elevada à categoria de

cidade.

Em 7 de setembro de 1923, com a Lei 843, Três Corações do Rio Verde

passa a denominar-se apenas Três Corações.

Milho, café e leite são produzidos no município e seu Distrito Industrial, às

margens da BR 381 (Rodovia Fernão Dias) detém um grande número de

empresas de médio e grande porte, tais como a Mangels, Total Alimentos,

TRW, Descartáveis Zanatta, Heringer, entre outras. É nesta cidade que nasceu

o ex-jogador de futebol e atleta do século, Pelé.

11

Figura 01- Localização do município de Três Corações

Emancipação Política do Município de Três Corações

Existem três diferentes versões para a origem toponímica do município:

Conforme o historiador mineiro Alfredo Valadão, o nome da cidade originou-se

das voltas que o Rio Verde realiza ao redor da cidade. As tais voltas, vistas de

um panorama aéreo, são percebidas como formas que se assemelham a três

corações.

Uma versão não tão histórica, mas extremamente poética conta que três

boiadeiros, vindos de Goiás, renderam-se aos encantos de três moças da

localidade. Jacyra, Jussara e Moema despertaram o amor dos três boiadeiros

e conquistaram os três corações.

Hoje oficialmente aceita, a terceira versão descreve que Tomé Mart ins

da Costa, o fundador da cidade, ao construir a 1ª Capela no arraial, em 1761,

consagrou-a aos Santíssimos Corações de Jesus, Maria e José.

Três Corações foi emancipado como cidade em 23 de setembro de 1884 e

é atualmente considerado um município em crescente desenvolvimento.

Caracterização do município

- Área Urbana: 18,43 KM2

- Posição Geográfica: 807,57 KM2

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- Total: 826,00 KM2

- O município possui mais de 2.500 km de estradas municipais de terra batida.

- POPULAÇÃO: 72.796 HABITANTES

- IDH: 0,780

- PIB: 1,758 bilhões

- ALTITUDE: 839 m.

- POSIÇÃO GEOGRÁFICA: Paralelo de 21º 42\\\'00\\\'\\\' de altitude sul e

meridiano de 45º 15\\\'30\\\'\\\'W. Gr.

- MÉDIAS DAS TEMPERATURAS: Máxima 26,7º C.

- UMIDADE RELATIVA DO AR: 76,6% (média).

- CLIMA: Mesotérmico.

- SOLO: Argiloso Silicoso.

- ÍNDICE PLUVIOMÉTRICO: 1.554 mm.

Localização do Município:

NORTE: Varginha, 30 km - Carmo da Cachoeira, 35 km.

SUL: Conceição do Rio Verde, 44 km - Cambuquira, 18 km.

LESTE: São Bento Abade, 34 km - São Tomé das Letras, 38 km.

OESTE: Monsenhor Paulo, 46 km - Campanha, 36 km.

Figura 02 – Mapa político do município

Desenvolvimento Industrial e Econômico de Três Corações

13

A política de desenvolvimento industrial, associada à implantação de áreas

destinadas a novas empresas, tem concorrido de forma significativa, para a

diversificação da produção. Como resultado da conjugação de suas

potencialidades, recursos e sua estratégica posição geográfica, Três Corações

oferece inúmeras oportunidades de investimento. O município dispõe de um

Distrito Industrial, localizado às margens da Rodovia Fernão Dias (BR-381),

ocupando uma área de 2.634.944,47 m2, que a cada dia se firma como um dos

mais promissores pólo industriais do Sul de Minas. A cidade possui também um

mini-distrito, situado na estrada Três Corações/São Bento Abade, com área de

50.380 m2, pronta para receber empresas de pequeno porte.

Podemos citar como exemplo algumas indústrias de grande porte como

Mangels, Total Alimentos, São Marco, TRW, Descartáveis Zanatta, Heringer,

entre outras.

O principal recurso natural (mineral) é o quartzito, de grande aplicação no

ramo de construção civil. O município possui dinâmica atividade comercial, tanto

atacadista como varejista. No setor industrial destacam-se as indústrias de

produtos derivados do leite (leite em pó, manteiga, queijo), metalúrgicos

(esquadrias metálicas, botijão de gás, rodas de aço para automóveis, roda de liga

leve, fios de cobre, fundição), fábrica de ração, fertilizantes, couro, calçados, pré-

moldados de cimento, produtos químicos, refrigerantes, cromação e niquelação

de metais, móveis, piscinas de fibra de vidro, brinquedos de plástico, colchões,

aparelhos de sinalização, semáforos, desinfetantes, doces, bolsas e cintos de

couro, vassouras e confecções.

Na agricultura se destacam as culturas do Milho, Soja, Café e Leite, Feijão

e espécies frutíferas diversas.

Como meio de comunicação a cidade conta com algumas rádios (Tropical,

Conexão, Educativa), Jornais (Folha do Sul, Folha do Povo), a Prefeitura

Municipal de Três Corações mantém um site atualizado onde são divulgadas as

informações para os munícipes e a Câmara Municipal de Três Corações mantém

um canal de TV.

14

A cidade possui também a Escola de Sargento das Armas, vinculada ao

Ministério do Exército, que contribui para o fluxo de pessoas dentro do município,

além de dar visibilidade nacional ao município.

Indicadores Sociais do Município

A tabela 1 apresenta o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e seus

subíndices educação, longevidade e renda, indicadores que servem como

indicadores da qualidade de vida da população. Os dados mostram a evolução

destes índices ao longo dos anos de 1991 e 2000 para Três Corações e para o

Estado de Minas Gerais.

Indicadores / Índices

Três

Corações Minas Gerais

1991 2000 1991 2000

Índice de Desenvolvimento Humano

(IDH) 0,717 0,780 0,699 0,765

Longevidade 0,781 0,860 0,645 0,759

Educação 0,706 0,767 0,653 0,855

Renda 0,665 0,714 0,798 0,719

Tabela 1 - Índice de Desenvolvimento Humano Município de Três Corações e Estado de Minas Gerais 1991 e 2000 - Fonte: IBGE (2003)

Em 1991 o IDH do Município era de 0,717 superior ao do Estado que era

de 0,699. Na comparação com o IDH do ano de 2000, observa-se uma

considerável elevação do IDH do Município de Três Corações, que passou de

0,717 para 0,780, o que representa um crescimento de 8,78%. Já o estado de

Minas Gerais apresentou uma evolução menor neste período, subindo de 0,699

para 0,765 o que representa um crescimento de apenas 9,44%. Mesmo o Estado

tendo um crescimento maior na década, o Município ainda apresentava um índice

superior ao estadual.

O subíndice que registrou o pior descompasso com o Estado foi o de

renda. Em 1991, Minas Gerais possuía um sub-índice de renda de 0,798, 20 %

superior ao de Três Corações, que era de 0,665. Em 2000, o índice de Três

Corações aumentou 7,37%, indo para 0,714 enquanto o índice de renda no

15

estado de Minas Gerais caiu 10,98%, passando para 0,719. Mesmo com a queda

no índice estadual, o Município de Três Corações ainda continua com um índice

inferior ao do estado, que é superior ao do Município em apenas 0,005%.

Por outro lado, o subíndice que registrou o melhor desempenho em

comparação com o Estado foi o de longevidade: enquanto no Estado este

subíndice evolui de 0,645 para 0,759 (aumentando 17,67%), em Três Corações

este subíndice evoluiu de 0,781 para 0,860 (10,11%), o que mantém o índice de

longevidade de Três Corações superior ao estadual nas duas comparações: em

1991, o índice de longevidade em Três Corações (0,781) era superior ao estadual

(0,645) em 21,08%. Já em 2000, o índice mineiro era de 0,759, ao passo que o

índice de Três Corações era de 0,860, cerca de 13,30% superior ao índice

estadual.

A Tabela 02 apresenta o IDH e seus subíndices referentes à nova

metodologia de cálculo em 2000.

Município /

Estado IDH - 2000

IDH Educação

2000

IDH

Longevidade

2000

IDH Renda

2000

Três Corações 0,780 0,860 0,767 0,714

Minas Gerais 0,765 0,855 0,759 0,719

Tabela 02 - Índice de desenvolvimento humano (IDH) e seus subíndices. Três Corações e Minas Gerais, 2000 - Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano, 2000.

O Município de Três Corações apresentou um IDH Municipal superior à

média do Estado, uma vez que todos os subíndices que compõem o IDH se

apresentaram superiores aos estaduais, exceto o sub-índice de renda, único

subíndice no qual o estado de Minas Gerais é superior ao Município de Três

Corações.

Quando comparado o IDH do Município com o IDH dos Municípios da

microrregião, Três Corações apresenta o quarto melhor IDH, sendo superado

apenas pelos Municípios de Varginha, Campanha e Boa Esperança, cujos índices

apurados são 0,824, 0,784 e 0,783, respectivamente:

16

Indicadores de Desigualdade

Os índices de Gini (G) e de Theil (L) são as medidas de desigualdade mais

comumente usadas nos estudos sobre distribuição de renda. O índice de Gini

mede o grau de desigualdade existente na distribuição de indivíduos, segundo a

renda domiciliar per capita.

Seu valor varia de 0, quando não há desigualdade (a distribuição de renda

é perfeitamente igualitária), a 1, quando a desigualdade é máxima (apenas um

indivíduo detém toda a renda da sociedade e a renda de todos os outros

indivíduos é nula).

O índice de Theil (L) mede o grau de desigualdade existente na distribuição

de indivíduos, segundo a renda domiciliar per capita. É o logaritmo da razão entre

as médias aritméticas e geométricas das rendas individuais, sendo nulo quando

não existir desigualdade de renda entre os indivíduos e tendente ao infinito

quando a desigualdade tender ao máximo. Para seu cálculo excluem-se do

universo os indivíduos com renda domiciliar per capita nula.

A tabela 03 - apresenta a evolução dos indicadores de desigualdade de

renda ao longo dos anos 1991-2000 em Três Corações e no estado de Minas

Gerais.

Município/

Estado

Índice de

Gini, 1991

Índice de

Gini, 2000

Índice L de

Theil, 1991

Índice L de

Theil, 2000

Três Corações 0,57 0,57 0,57 0,56

Minas Gerais 0,61 0,62 0,70 0,67

Tabela 03 - Índice de Gini e Índice L de Theil Três Corações e Minas Gerais 1991 e 2000

Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano, 2000

O índice de Gini de Três Corações, que era de 0,57 em 1991, manteve-se

em 2000, enquanto o índice no Estado aumentou de 0,61 em 1991 para 0,62 em

2000. Isso retrata que a desigualdade na distribuição de renda apresentou uma

estabilidade no Município e uma leve tendência de aumento da desigualdade no

Estado.

17

O índice L de Theil de Três Corações, que em 1991 era de 0,57, reduziu-se

para 0,56 em 2000, o mesmo ocorrendo no Estado, onde, em 1991, era de 0,70 e

reduziu-se para 0,67 em 2000. A tendência em Campo Belo é a mesma

observada no Estado, embora de uma forma menos notável: enquanto a

desigualdade na distribuição de renda diminuiu de 0,70 para 0,67 (cerca de

4,29%) no Estado no período de 1991-2000, registra-se uma redução menos

acentuada dessa desigualdade no Município de Três Corações (1,75%).

Percentual de Apropriação da Renda (Entre Ricos e Pobres)

A Tabela 04 apresenta a proporção da renda apropriada pelos mais ricos e

mais pobres tanto para o Município de Três Corações quanto para o Estado de

Minas Gerais. O percentual de renda apropriada pelos 10% mais ricos em Três

Corações é inferior ao percentual obtido para o Estado de Minas Gerais. Os

percentuais de renda apropriada pelos 20, 40, 60 e 80% mais pobres da

população são sempre superiores à média percentual obtida para Minas Gerais.

Isso mostra que o Município de Três Corações tende a apresentar melhor

distribuição da renda em relação ao Estado de Minas Gerais.

Município /

Estado

Percentual

da renda

apropriada

10% mais

ricos da

população

Percentual

da renda

apropriada

20% mais

pobres da

população

Percentual

da renda

apropriada

40% mais

pobres da

população

Percentual da

renda

apropriada

60% mais

pobres da

população

Percentual da

renda

apropriada

80% mais

pobres da

população

Três

Corações 45,96 3,20 9,88 20,05 37,57

Minas Gerais 50,56 2,18 7,96 17,71 34,29

Tabela 04 - Percentual da renda apropriada Três Corações e Minas Gerais 2000 Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano, 2000

Outros indicadores sociais

18

A tabela 05 apresenta os dados sobre fecundidade, para o Município de

Três Corações e sua comparação como o Estado de Minas Gerais.

Município /

Estado

Taxa de fecundidade

total, 1991

Taxa de fecundidade

total, 2000 Variação

Três Corações 3,14 2,86 -8,92%

Minas Gerais 2,69 2,23 -17,10%

Tabela 05 - Fecundidade Três Corações e Minas Gerais1991 e 2000 Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano, 1991 e 2000.

A taxa de fecundidade de Três Corações em 1991 foi de 3,14, enquanto

que no Estado de Minas Gerais foi de 2,69. Em 2000, a taxa de fecundidade caiu

para 1,99 no Município, enquanto no Estado caiu para 2,23. Dessa forma, infere-

se que a fecundidade é maior no Estado de Minas Gerais que no Município de

Três Corações, além do fato de que o Município tem diminuído sua taxa de

fecundidade, acompanhando a tendência do estado.

De acordo com o relatório do Atlas de Desenvolvimento Humano, de

acordo com a Tabela 06 no ano 2000, Três Corações apresentava uma taxa de

mortalidade até um ano de idade de 25,74 para cada mil crianças nascidas vivas,

cerca de 8% menor que a do Estado que era de 27,75.

Município /

Estado

Mortalidade até um

ano de idade, 1991

Mortalidade até um

ano de idade, 2000 Variação

Três Corações 31,24 25,74 -17,61%

Minas Gerais 35,39 27,75 -21,59%

Tabela 06 - Mortalidade infantil em Três Corações e Minas Gerais1991 e 2000 Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano, 1991 e 2000

Uma situação similar aconteceu, no mesmo período, entre crianças até

cinco anos de idade (Tabela 08) Três Corações apresentaram taxas de

mortalidade de 20,89 para cada mil crianças nascidas vivas, cerca de 7% inferior

à do Estado que era de 30,37.

Município /

Estado

Mortalidade até

cinco anos de idade,

1991

Mortalidade até

cinco anos de idade,

2000

Variação

19

Três Corações 49,47 28,18 -43,04%

Minas Gerais 55,49 30,37 -45,27%

Tabela 07- Mortalidade infantil e Fecundidade Três Corações e Minas Gerais1991 e 2000 Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano, 1991 e 2000

De acordo com o relatório do Atlas de Desenvolvimento Humano (2000),

Três Corações é um dos Municípios que apresenta os melhores indicadores de

mortalidade infantil dentro da microrregião.

A expectativa de vida ao nascer em Três Corações, em 1991, era de 67,37

anos, no Estado era de 66,36 anos. Em 2000, a expectativa de vida elevou-se

para 71 anos (crescendo 5,39 %) no Município e para 70,55 anos no Estado de

Minas Gerais, que aumentou cerca de 6,31% (Tabela 08).

Município

/ Estado

Expectativa

de vida ao

nascer,

1991

Expectativa

de vida ao

nascer,

2000

Probabilidade

de

sobrevivência

até 40 anos,

1991

Probabilidade

de

sobrevivência

até 40 anos,

2000

Probabilidade

de

sobrevivência

até 60 anos,

1991

Probabilidade

de

sobrevivência

até 60 anos,

2000

Três

Corações 67,37 71,00 89,04 92,90 75,11 81,41

Minas

Gerais 66,36 70,55 87,86 90,51 69,33 76,95

Tabela 08- Esperança de Vida e Probabilidade de Sobrevivência Três Corações e Minas Gerais/ 1991 e 2000 Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano, 2000

A probabilidade de sobrevivência da população até 40 anos em Três

Corações, em 1991, era superior à do Estado de Minas Gerais em 1,23%. Em

2000, a probabilidade de sobrevivência cresceu tanto no Município (4,34%)

quanto no Estado (3,02%), sendo que o Município apresentou índices mais

elevados, portanto melhores, neste quesito. Em 2000, a probabilidade de

sobrevivência da população até 40 anos em Três Corações era superior à do

estado de Minas Gerais em 2,64%.

Algo parecido ocorre com a probabilidade de sobrevivência da população

até 60 anos. A probabilidade de sobrevivência da população até 60 anos em Três

20

Corações, em 1991, era superior à do Estado de Minas Gerais em 8,34%. Em

2000, a probabilidade de sobrevivência cresceu tanto no Município (8,39%)

quanto no Estado (10,99%), sendo que o Município apresentou índices mais

elevados, portanto melhores, neste quesito. Em 2000, a probabilidade de

sobrevivência da população até 40 anos em Três Corações era superior à do

estado de Minas Gerais em 5,80%.

Uso e ocupação do solo

Três Corações é um município rico em recursos hídricos, sendo banhada

por quatro rios, sendo eles: Rio do Peixe, Rio Palmela, Rio Lambari, e Rio Verde.

Como antigamente não havia a preocupação com a estruturação das cidades,

ocupação do solo foi realizada de forma desordenada.

O que se justificava inicialmente pela busca de fácil acesso aos recursos

hídricos, posteriormente reflete a falta de planejamento da distribuição

populacional, pois dos seus 826 km2 apenas em 18,43 Km2 é ocupado pela Área

Urbana, o restante da área é de ocupação rural, com apenas 10% da população

residindo na área rural.

Segundo Barbosa (2001), o crescimento desordenado, a invasão de áreas

protegidas, a ausência de planejamento e a precariedade das habitações, retratos

da realidade dos municípios populosos do Brasil e de todo terceiro mundo.

Dentro deste contexto o município de Três Corações, apresenta sérios problemas

sendo alvo de enchentes e alagamentos pontuais, ao longo dos anos

especificados: 1906, 1946, 1986, 2000, 2008, 2009, 2010, 2011 e 2013.

A ocupação desordenada do solo, somada com a falta de estrutura em

saneamento básico, torna o município vulnerável, tendo como os principais

problemas: o mau dimensionamento das galerias pluviais, falta de manutenção

adequada do sistema de drenagem pluvial, pontos com esgoto a céu aberto,

ligação irregular da água da rede pluvial na rede de esgoto.

Caracterização do município de Três Corações na bacia do Rio Verde

21

A bacia hidrográfica do rio Verde situa-se na mesorregião Sul/Sudoeste de

Minas, entre os paralelos 210 20’ a 220 30’, latitude sul, e 440 40’ a 450 40’,

longitude oeste; e está vizinha às bacias do Paraíba do Sul; Sapucaí; Mortes e

Jacaré; e Alto Rio Grande, conforme apresentado na figura abaixo:

Figura 03 – Localização da Bacia Hidrográfica do Rio Verde

Essa bacia constitui a Unidade de Planejamento e Gestão dos Recursos

Hídricos 4 (UPGRH GD4), e integra a bacia hidrográfica do Rio Grande, que se

insere nos territórios dos estados de Minas Gerais e São Paulo, perfazendo

143.437,79 km2, dos quais 60,2% em território mineiro, e 39,8% em terras

paulistas (IPT, 2008). A bacia em questão conta com uma área de drenagem de

6.891,4 km2, o que corresponde 4,25% da área total da bacia do Rio Grande, e a

1,17% da área total do Estado de Minas Gerais.

O Rio Verde nasce no limite dos municípios de Passa Quatro e Itanhandu,

na vertente ocidental da serra da Mantiqueira, a cerca de 2.600 m de altitude,

próximo à divisa de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. Correndo pela

encosta da serra, em direção oeste, com um percurso aproximado de 220 km, ele

22

deságua na represa de Furnas, no limite dos municípios de Elói Mendes e Três

Pontas, onde atinge a cota aproximada de 800 m.

O alto curso do Rio Verde localiza-se entre as suas nascentes e o

segmento situado na divisa municipal de São Lourenço. O relevo é representado

por cristas assimétricas e escarpas que coagissem com rampas coluvionares,

“mares de morro” e colinas convexas, vertentes íngremes e vales encaixados,

próprios do compartimento geomorfológico da Serra da Mantiqueira (BEATO et

al., 1999). O médio curso estende-se desse ponto até a montante da confluência

com o Rio Lambari, e o restante corresponde ao baixo curso.

Esses trechos estão subordinados ao compartimento depressão do Rio

Verde (BEATO et al., 1999), que corresponde ao encaixamento de uma drenagem

do tipo paralela, constituída pelo rio Verde e seus tributários Lambari e Baependi.

O relevo consta de uma seqüência de colinas, com vertentes suaves e vales

rasos de fundo amplo, interrompidas por alinhamento de cristas cortadas por

gargantas como na serra de Jurumirim, na passagem do rio Verde.

Em seu trajeto, dos altos de Passa Quatro e Itanhandu, até desaguar na

represa de Furnas, no limite de Elói Mendes e Três Pontas, o Rio Verde recebe

importantes afluentes, quais sejam: rio Passa Quatro, ribeirão do Carmo, rio

Lambari, rio São Bento, ribeirão do Aterrado, Rio Palmela e ribeirão Caeté, pela

margem esquerda e os rios Capivari, Baependi e do Peixe, o ribeirão Pouso Alto e

o ribeirão Espera, pela margem direita.

As sub-bacias desses 12 rios, e mais as pequenas sub-bacias cujos cursos

d’água vertem diretamente para o rio Verde, em seu Alto, Médio e Baixo curso

(aqui denominadas, respectivamente, sub-bacias do Alto, Médio e Baixo Rio

Verde), definem as 15 sub-bacias componentes da bacia do rio.

Verde que estão inseridas em 31 municípios.

As áreas dos municípios são bastante dispares quanto à extensão

territorial, variando de 53,84 km² em Olímpio Noronha, menor município da bacia,

a 825,12 km² em Três Corações o mais extenso, ficando a média territorial dos

municípios em torno de 500 km².

23

Figura 4 - Bacia do Rio Verde - Sub Bacias e municípios componentes

“Política de Saneamento Básico segundo o Plano Diretor”

Segundo o titulo III da Lei 0.192/2006 que aprova o Plano Diretor do

Município de Três Corações, a política de Saneamento básico especifica que:

24

Art. 20. A bacia hidrográfica localizada a montante da captação de água

para abastecimento público deverá ser especialmente protegida, conforme

abaixo:

I – Não serão permitidos usos que ameacem o assoreamento do curso

d’água, especialmente a extração de areia e outros usos que impliquem grandes

movimentos de terra dentro do perímetro urbano e zona de expansão urbana;

II – Não será permitido o uso do solo industrial para atividades

potencialmente poluidoras, sem que haja a previa aprovação pelos órgãos

competentes em relação ao destino dos resíduos produzidos nas etapas do

processo de industrialização;

III – Não será permitido o armazenamento de substâncias tóxicas que

coloque em risco o abastecimento de água e a saúde da população do município.

§ 1º. A administração deverá comunicar, através de edital publicado em

jornal local, ou, em sua falta, em jornal regional de ampla circulação a todos os

proprietários de estabelecimentos comerciais e industriais da região as

deliberações desta Lei, a importância do manancial, formas pelas quais os

proprietários podem colaborar na preservação da qualidade da água e a

necessidade de comunicar imediatamente à Concessionária de Abastecimento de

Água e Esgoto.

§ 2° A Administração Municipal deverá propor aos municípios vizinhos, que

integram a bacia hidrográfica referida no caput deste artigo, a elaboração e

execução de políticas comuns para preservação da qualidade da água do

manancial, e procurar inserir esta proposta nas ações prioritárias a serem

desenvolvidas pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Verde.

Metas de saneamento para o município de Três Corações segundo o

Plano Diretor

25

- Implantação de programas de reciclagem e coleta seletiva de lixo;

- Estudo técnico e jurídico para viabilidade do serviço de água e tratamento de

esgoto ser feito pelo Poder Público;

- Ações de saneamento e manejo de resíduos sólidos no meio rural;

- Criação de mecanismos para recomposição da mata ciliar em toda a bacia

hidrográfica do Rio Verde dentro dos limites do Município;

- Preservação das minas e nascentes;

- Programas de conscientização em regiões que utilizam alta concentração de

agentes químicos no meio rural.

Objetivos do Plano Municipal de Saneamento Básico

A confecção do Plano Municipal de Saneamento Básico atenderá toda a

população da cidade, este plano tem por objetivos:

• Garantir o acesso aos serviços com universalidade, qualidade, integralidade,

segurança, sustentabilidade (ambiental, social e econômica), regularidade e

continuidade;

• Definir critérios para a priorização dos investimentos, em especial para o

atendimento à população de baixa renda;

• Fixar metas físicas baseadas no perfil do déficit de saneamento básico e nas

características locais;

• Avaliar os impactos financeiros com base na capacidade de pagamento da

população;

• Estabelecer estratégias e ações para promover a saúde ambiental,

salubridade ambiental, a qualidade de vida e a educação ambiental nos aspectos

relacionados ao saneamento básico;

• Estabelecer condições técnicas e institucionais para a garantia da qualidade

e segurança da água para consumo humano e os instrumentos para a informação

da qualidade da água à população;

• Definir requisitos e ações para promover a redução na geração de resíduos

sólidos, estabelecendo práticas de reutilização e soluções de reciclagem;

26

• Deve-se, ainda, definir ações para promover a coleta seletiva e a inclusão

social e econômica de catadores de materiais recicláveis; e

• Definir as ações para o manejo sustentável das águas pluviais urbanas

conforme as normas de ocupação do solo incluindo: a minimização de áreas

impermeáveis; o controle do desmatamento e dos processos de erosão e

assoreamento; a criação de alternativas de infiltração das águas no solo; a

recomposição da vegetação ciliar de rios urbanos e a captação de águas de

chuva para detenção e/ou reaproveitamento.

Abrangência do Plano Municipal de Saneamento Básico

O Plano Municipal de Saneamento Básico, compreenderá o conjunto de

serviços, infraestrutura e instalações operacionais de abastecimento de água

potável, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, e

drenagem e manejo de águas pluviais, onde estabelece o seguinte para cada

serviço (exceto nos locais onde a responsabilidade do esgotamento sanitário e

abastecimento de água seja da concessionária).

“a) abastecimento de água potável: constituído pelas atividades, infraestruturas e

instalações necessárias ao abastecimento público de água potável, desde a

captação até as ligações prediais e respectivos instrumentos de medição;

b) esgotamento sanitário: constituído pelas atividades, infraestruturas e

instalações operacionais de coleta, transporte, tratamento e disposição final

adequados dos esgotos sanitários, desde as ligações prediais até o seu

lançamento final no meio ambiente;

c) limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos: conjunto de atividades,

infraestruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo,

tratamento e destino final do lixo doméstico e do lixo originário da varrição e

limpeza de logradouros e vias públicas;

d) drenagem e manejo das águas pluviais urbanas: conjunto de atividades,

infraestruturas e instalações operacionais de drenagem urbana de águas pluviais,

de transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de vazões de cheias,

tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas nas áreas urbanas.”

27

Antes do inicio dos trabalhos o município optou pela elaboração de um

plano único, compreendendo todos os serviços, ou de planos específicos para

cada um deles separadamente.

Os membros do Comitê de Coordenação e do Comitê Executivo para

elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico decidiu que será realizado

o agrupamento dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário,

que são diretamente interligados, mesmo que o município opte por elaborar

planos específicos.

PLANO DE MOBILIZAÇÃO PARA LEVANTAMENTO DE DADOS PARA O

PMSB

Para realizar plano de Mobilização para o Plano de Saneamento Básico o

município foi dividido em 7 áreas: 5 rurais e 2 urbanas, para a zona rural o critério

de divisão adotado foi à localização geográfica, a dimensão das áreas e a

possibilidade de acesso. A Zona Urbana foi dividida de acordo com as instalações

das Estações de Tratamento de Esgoto da empresa prestadora de serviços

COPASA, sendo uma área atendendo a captação Bacia do Rio Verde e a outra a

bacia de captação do Rio do Peixe.

Divisão da Área Rural:

Área 1 – Pedra Preta, Vargem, Cota, Taquaral, Estação São Tomé.

Área 2 – Cinco, Lobo, Mafras, Correias, Divisa, Barra Mansa, Rio do Peixe, Boa

Esperança, Atalho.

Área 3 – Lagoa Macia, Campo Limpo, Facão, Marmeleiro, Serrinha, Serra das

Abelhas, Três Córregos, Barro Cru.

Área 4 – Porteira Pesada, São Bentinho, Abadia, Cachoeirinha, Amadeu Miguel.

Área 5 – Canoa, Japão, Flora, Bom Jardim, Roseira, Grotão.

Divisão da Área Urbana

Área 6 – Vertentes do Rio do Peixe: Fhemig, Belo Horizonte, Alterosa, Bairro

Sitio Tapera, Nossa Senhora Aparecida, Vila Melo, Boa Ventura, Bela Vista, Vista

Alegre, Odilon Resende, Vilas Boas, Rio do Peixe I, Jardim Universo, Vila Lima,

Jardim Orion, Jardim das Acácias, Parque São José, Santana, Alto Peró, Peró II,

Nossa Senhora da Aparecida, Novo Horizonte, Parque dos Bandeirantes, Jardim

28

Europa, São Conrado, Morada do Sol, Jardim das Magnólias, Jardim Eldorado,

Jardim Eldorado II, Jardim das Hortências, Condomínio Elias Julio Matuck, Jardim

América, Condomínio Topázio, Jardim Umuarama.

Área 7 – Vertentes do Rop Verde: Prolongamento Parque Jussara, Parque

Jussara, São Gerônimo, Retirinho, Vila Bela I, Vila Bela II, Feira de Gado,

Cafezinho, Vila Melo, Boa Ventura, Centro, Monte Alegre, Vila Jessé, Vila

Mariana, Chácara das Rosas, Triângulo, Vila Militar (Atalaia), Jardim Esperança,

Vila Sueli, Cinturão Verde, Vila São Francisco, Santa Tereza, Condomínio Village

Dharma, Residencial Dharma, Prolongamento Jardim Rio Verde, Jardim Rio

Verde, Repartição da Rede, Vila Viana, Bairro São Sebastião, Alto da Boa Vista,

Vila Ipiranga, Nova Três Corações, Monte Verde I, Monte Verde II, Prolongamento

do Jardim Califórnia, Jardim Califórnia, Parque das Colinas, Bom Pastor, Santo

Afonso, Vila Fernão Dias, Recanto Bom Jardim, Vila Emílio, Espraiado, Vila

Rezende, Jardim Paraíso, Jardim Fabiana.

Para o desenvolvimento do Plano de Mobilização para o Saneamento

Básico Municipal, foi utilizado também para o levantamento de dados, sendo que

Zona Rural e Zona Urbana responderão a questionários específicos durante a

conscientização:

Zona Rural: A mobilização foi realizada através dos eventos de mobilização

religiosa, com reuniões envolvendo toda a comunidade, realizaram-se também

visitas específicas a residências, principalmente em locais onde se identificou

maior necessidade;

Zona Urbana: A mobilização foi feita nas escolas, onde além da

conscientização realizou-se também a aplicação dos questionários para

levantamento de dados. Após esta etapa realizou-se também a visita a pontos

críticos de acordo com a necessidade;

Em cumprimento ao Decreto número: 2645/2013 (ANEXO), o Poder

Municipal convocou a 1ª Audiência Pública sobre Saneamento Básico Municipal,

sendo esta amplamente divulgada com o objetivo de estimular a participação

popular e o planejamento participativo. Apresentou-se um pequeno diagnostico

para os participantes, expondo os problemas e potencialidades do município, logo

após do momento de inscrições, os participantes puderam se posicionar sobre a

realidade municipal;

29

Figura 05 - Foto da audiência pública municipal Foi criado pelo DECRETO Nº 2.607/2013 o Comitê de Coordenação e do

Comitê Executivo para elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico,

que coordenou as atividades de levantamento das informações , coleta, tabulação

de dados e elaboração do documento oficial.

Descrição do Saneamento Básico na Zona Rural de Três Corações

Para realização do Plano Municipal de Saneamento Básico foram

realizadas orientações e aplicação de questionário com as comunidades locais

em momentos específicos: após os eventos religiosos, em visitas as residências e

nas escolas em reuniões de pais e para os alunos do 5º e 9º ano, sendo

levantadas as seguintes informações:

Fazenda da Pedra Preta

Figura 06 – Mobilização na Pedra Preta

Principais problemas encontrados:

Não há coleta de lixo;

30

Plantação sem terraceamento ou bacias de contenção;

Não existe coleta de esgoto;

Existência de fossa negra ou lançamento de esgoto nos cursos de água.

Comunidade Estação de São Tomé

Figura 07 – Estação de São Tomé

Principais problemas encontrados:

Não há coleta de lixo municipal;

Descarte irregular de resíduos sólidos;

Esgoto lançado a céu aberto próximo a residências;

Lixo queimado;

Existência de fossas negras

Fazenda dos Pinheiros

Figura 08 – Mobilização na Fazenda dos Pinheiros

Principais problemas encontrados:

Não há coleta de lixo;

Não há coleta de esgoto municipal;

31

A água utilizada apresenta aspecto amarelado e cheiro forte.

Comunidade Vargem

Figura 09 – Mobilização na Comunidade da Vargem

Principais problemas encontrados:

Esgoto lançado a céu aberto;

Existência de fossas negras;

Falta de terraceamento e bacias de contenção, o que favorece a erosão e

assoreamento dos cursos d’ água;

Falta de coleta de lixo municipal.

Comunidade dos Correias

Figura 10 – Problemas ambientais na comunidade dos Correias

Principais problemas encontrados:

A água utilizada vem da nascente ou de cisternas;

Em sua maioria as famílias afirmaram dispensar o esgoto diretamente nos cursos

d’água;

O lixo é queimado;

Uma família relatou que contraiu Leptospirose;

32

Falta de terraceamento e bacias de contenção.

Comunidade Boa Esperança

Figura 11 – Mobilização Comunidade Boa Esperança

Principais problemas encontrados:

O esgoto é lançado no mesmo córrego, que é utilizado à água para consumo;

Não tem recolhimento de lixo, sendo o mesmo queimado;

Não há barreiras de contenção e plantação em curva de nível;

A água é utilizada nas residências sem nenhum tratamento prévio.

Comunidade Mafras

Figura 12 – Mobilização na Comunidade dos Mafras

Principais problemas encontrados:

Esgoto lançado diretamente nos cursos de água;

Os fazendeiros queimam o lixo;

A água é utilizada sem analise e nem tratamento;

33

Não é realizada a drenagem pluvial.

Alguns fazendeiros relataram a existência de locais para armazenamento de

agrotóxico.

Comunidade Rio do Peixe

Figura 13 – Mobilização na Escola Municipal do Rio do Peixe

Problemas encontrados:

A escola da comunidade é atendida por um poço artesiano, ainda assim a água

servida tem um tom amarelado;

Não há coleta de lixo para a comunidade, apenas para a escola;

O esgoto é lançado nos cursos de água e em alguns casos identificou-se a

existência de fossa negra.

Comunidade do Barreiro

Figura 14 – Comunidade do Barreiro

Principais problemas encontrados:

Pontos de esgoto a céu aberto;

Animais mortos em decomposição atingindo os cursos d”água;

Descarte de soro de leite nos cursos d’água;

Tem coleta de lixo, sendo a escola um ponto estratégico utilizado pela

comunidade.

34

Comunidade Limeira

Figura 15 – Comunidade Limeira

Principais problemas encontrados:

Não tem coleta de lixo;

Não há tratamento de esgoto;

Esgoto lançado a céu aberto no fundo do quintal em alguns casos;

Existência de fossas negras;

Inexistência de barreiras de contenção de água pluvial.

Comunidade Serra das Abelhas

Figura 16 - Mobilização com a comunidade da Serra das Abelhas

Principais problemas encontrados:

As estradas rurais estão em péssimas condições por conta da falta de drenagem

pluvial, necessitando de terraceamento e bacias de contenção;

Não há coleta de esgoto, sendo os mesmos descartados em fossa negra ou

diretamente nos cursos d’água; apenas uma casa apresenta fossa séptica

biodigestora;

35

É uma região rica em recursos hídricos;

Não há coleta de lixo, alguns moradores relatam descartar os resíduos na cidade,

outros queimam o material;

A maioria dos entrevistados tem filtro de barro em casa, a grande maioria

consome água diretamente sem tratamento.

É uma região de agricultura bem desenvolvida com predominância do café.

Comunidade Flora

Figura 17 – Mobilização na Comunidade de Flora

Principais problemas encontrados:

É um bairro rural, próximo ao Rio Verde, sendo constantemente atingido por

enchentes;

Tem coleta de esgoto e coleta de lixo;

A água servida é da Copasa.

A escola continua usando água de mina e sem analise.

Comunidade Japão

Figura 18 – Fotos da comunidade do Japão

36

Principais problemas encontrados:

O esgoto é lançado sem tratamento nos córregos de água;

Solicitam ajuda com a rede de esgoto, pois o mesmo é lançado sem qualquer

tratamento nos cursos de água, que está escura e com cheiro ruim;

Comunidade São Bentinho

Figura 19 – Mobilização na comunidade do São Bentinho

Principais problemas encontrados:

A comunidade utiliza o Córrego São Bentinho como despejo de esgoto;

Relatam a existência de várias nascentes nas propriedades;

A água servida é utilizada de cisternas ou de minas;

Em algumas partes da região o lixo é recolhido pela Prefeitura Municipal de Três

Corações;

Em algumas situações existem fossas negras, sem a distância necessária das

águas servidas.

Comunidade Taquaral

Figura 20 – Mobilização e fossa negra na comunidade do Taquaral

37

Principais problemas encontrados:

Existência de fossa negra destampada, sem cercamento na Escola Municipal

Nelson Resende Fonseca;

Os fazendeiros realizam aplicação de agrotóxico com aeronave, durante o

período escolar;

Existência de duas nascentes desprotegidas;

Existência de um poço artesiano, construído pela Prefeitura Municipal de Três

Corações, sem funcionamento, abandonado, pois a empresa contratada não

atingiu o limite devido para acesso a água do lençol freático;

Não existe coleta de esgoto e as fossas não respeitam a distância exigida dos

mananciais.

Há coleta de lixo parcial na região;

Comunidade Portão de Cambuquira

Figura 21 – Portão de Cambuquira

Principais problemas encontrados:

As crianças do Portão de Cambuquira estudam na Escola Nelson Resende

Fonseca estando sujeitos aos mesmos problemas relatados acima;

Não existe coleta de esgoto;

A água utilizada é retirada das nascentes e em muitos casos ocorre o lançamento

dos esgotos diretamente nos recursos hídricos;

Abadia: (Diagnóstico realizado em parceria com a UTAM)

Principais problemas encontrados:

38

Água não canalizada;

Utilizam água de nascentes, poços artesianos ou cisternas;

O esgoto não é coletado e o material é descartado diretamente na água ou em

fossas negras, estando às mesmas há 25m dos recursos hídricos;

Os resíduos sólidos urbanos são enterrados ou queimados.

Comunidade Cota

Figura 22 – Mobilização Comunidade de Cota

Principais Problemas encontrados:

Água não canalizada;

Utilizam água de nascentes, poços artesianos ou cisternas;

O esgoto não é coletado e o material é descartado diretamente na água ou em

fossas negras,

Os resíduos sólidos urbanos são enterrados ou queimados

Comunidade Canoa

Figura 23 – Mobilização Comunidade Canoa

Principais Problemas encontrados:

39

Água canalizada;

Utilizam água de nascentes, poços artesianos ou cisternas;

O esgoto não é coletado e o material é descartado diretamente na água ou em

fossas negras,

Os resíduos sólidos urbanos são enterrados ou queimados

Comunidade Cachoeirinha

Figura 24 – Mobilização na Comunidade da Cachoeirinha

Principais problemas encontrados:

Parte desta área já tem água tratada da copasa

Água canalizada de cisternas, minas ou poços artesianos;

Esgoto lançado nos cursos hídricos ou fossas negras;

Parte da Cachoeirinha já é atendida por coleta de lixo.

Comunidade Porteira Pesada

Figura 25 – Mobilização na Comunidade Porteira Pesada

Principais problemas encontrados:

Utilizam água de cisterna e minas

Não há coleta de lixo;

Existência de fossa séptica;

Esgoto lançado sem tratamento em cursos d’água.

40

Comunidade Bom Jardim

Figura 26 – Mobilização na Comunidade Bom Jardim

Principais problemas encontrados:

Não há coleta de lixo;

O lixo é queimado, o material orgânico é enterrado ou usado na propriedade;

O esgoto não é coletado;

Á água é canalizada e retirada de cisternas e minas;

Comunidade Roseira

Figura 27 – Mobilização na Comunidade Roseira

Principais problemas encontrados:

Não há coleta de lixo;

O lixo é queimado, o material é enterrado ou usado na propriedade;

O esgoto não é coletado e lançado sem tratamento nos mananciais hídricos ou

fossas negras.

É uma região que sobrevive da plantação de café e da criação de gado.

Há um poço artesiano desativado.

Comunidade Marmeleiro:

Principais problemas encontrados:

41

Não há coleta de lixo;

O lixo é queimado, o material é enterrado ou usado na propriedade;

O esgoto não é coletado e lançado sem tratamento nos mananciais hídricos ou

fossas negras.

A região sobrevive da plantação do café, da criação de gado e de culturas anuais

como o milho;

Alguns fazendeiros alegaram que tem local de estocagem do agrotóxico, mas a

maioria não possui;

Todos destinam corretamente as embalagens de agrotóxico.

Comunidade Rapa

Figura 28 - Mobilização na Comunidade Rappa

Principais problemas encontrados:

Não há coleta de lixo;

O lixo é queimado, o material é enterrado ou usado na propriedade;

O esgoto não é coletado e lançado sem tratamento nos mananciais hídricos ou

fossas negras.

A região sobrevive da plantação do café, da criação de gado e de culturas anuais

como o milho;

A maioria dos entrevistados não possui local para armazenar o agrotóxico e sua

aplicação não é realizada com roupas apropriadas;

A doença mais registrada pelos entrevistados foi diarreia.

Comunidade Serrinha

42

Figura 29 - Mobilização na comunidade Serrinha

Principais problemas encontrados:

Não há coleta de lixo;

O lixo é queimado;

A água é canalizada de minas, nascentes e cisternas;

Não há coleta de esgoto, o mesmo é lançado nos mananciais ou em fossas

negras;

A região sobrevive da produção do leite e do café.

Comunidade Campo Limpo

Figura 30 – Comunidade Campo Limpo

Principais problemas encontrados

Não há coleta de lixo;

O lixo é queimado;

A água é canalizada de minas, nascentes e cisternas;

Não há coleta de esgoto, o mesmo é lançado nos mananciais ou em fossas

negras;

Uma família já contraiu leptospirose;

43

Os agrotóxicos não são armazenados em local apropriado.

A região sobrevive da criação do gado de leite, gado de corte, produção de café e

milho. Há um início de produção de trigo.

Comunidade Lagoa Macia

Figura 31 – Comunidade Lagoa Macia

Principais problemas encontrados:

Não há coleta de lixo;

O lixo é queimado;

A água é canalizada de minas, nascentes e cisternas;

Não há coleta de esgoto, o mesmo é lançado em fossas negras ou in natura nos

rios;

A região sobrevive da criação do gado de corte e produção de leite.

Comunidade Cinco Lobo

Figura 32 – Mobilização na comunidade Cinco Lobos

Principais problemas encontrados:

Não há coleta de lixo;

44

O lixo é queimado; o material orgânico utilizado dentro da propriedade;

A água é canalizada, sendo utilizada água de açude, cisterna e poços artesianos;

A região produz milho, café e leite;

Há a ocorrência de diarreias na comunidade;

Comunidade Facão

Figura 33 – Mobilização na Comunidade Facão

Principais problemas encontrados:

A região vive da criação de gado de leite e da produção de café;

Não há coleta de lixo e nem esgoto;

O lixo é queimado e o esgoto jogado in natura nos recursos hídricos;

A água domiciliar é utilizada a partir do filtro de barro.

Comunidade Atalho

Figura 34 – Mobilização na Comunidade Atalho

Principais problemas encontrados:

A região sobrevive da produção de leite, trigo e milho;

45

O lixo é queimado;

Não há coleta de esgoto, sendo lançado in natura nos recursos hídricos;

A água é canalizada de cisternas e minas;

Comunidade Barramansa

Figura 35 – Mobilização Comunidade Barramansa

Principais problemas encontrados:

Não há coleta de lixo;

A água é canalizada, sendo retirada de cisternas ou de minas;

O esgoto é lançado in natura em fossas negras;

Não há local especial para armazenamento de material;

É uma região rica em recursos hídricos;

Sobrevive da produção de culturas anuais, criação de gado e leite.

Etapa III - Visita as escolas que atendem as regiões, orientação com os

alunos, professores, pais e visita a comunidade próxima a escola:

22/08/2013 - Escola Municipal Renato Azeredo: Flora, Japão, Bom Jardim,

São Bentinho, Cachoeirinha, Canoa, Japão e Amadeu Miguel.

Figura 36 – Mobilização na Escola Municipal de Flora

46

05/09/2013 - Escola Municipal Nelson Resende – Taquaral.

Figura 37 – Mobilização na Escola Municipal Nelson Resende

Escola Municipal Dona Miloca – Estação de São Tomé, Cota.

Figura 38 – Mobilização na Escola Municipal Dona Miloca

Escola Municipal Oneida Junqueira – Vargem, Pedra Preta, Mafras.

Figura 39 – Mobilização na Escola Municipal Oneida Junqueira

Escola Municipal Rio Do Peixe II -: Atalho, Boa Esperança, Rio do Peixe,

Barra Mansa, Mafras, Lobo, Facão, Lagoa Macia, Campo Limpo

47

12/09/2013 - Escola Municipal Catigúa - Marmeleiro, Serrinha, Três

Córregos, Serra das Abelhas

Figura 40 – Mobilização na Escola Municipal Catiguá

17/09/2013 - Escola Municipal José Coelho Neto: Abadia e São Bentinho

Figura 41 – Mobilização na Escola Municipal Henriqueta Gomes

48

Resumo dos principais problemas levantados na Zona Rural do Município

de Três Corações

A zona rural do município de Três Corações é uma região muito extensa,

possuindo 3100 km de estradas rurais, o que dificulta o acesso e principalmente o

oferecimento de políticas públicas na área de saneamento básico: Coleta de Lixo,

Drenagem Pluvial, Coleta de esgoto e tratamento da água.

Diagnóstico dos principais problemas encontrados na zona rural de TC

Diagnóstico da Zona Rural

1.0 - Água Entrevistados Problemas levantados

1.1 - Fonte de abastecimento de água

Água consumida sem filtragem e cloração

1.2 - Poço artesiano 2%

Falta de bacias de contenção para melhoria da qualidade das estradas rurais

1. 3 - Cisterna 65%

1.4 - Nascentes 26% Algumas nascentes não são isoladas

1.5 - Outros 7%

Principais doenças causadas pela falta de tratamento de água: diarréia, dengue, esquistossomose, leptospirose, raiva, outros

Total: 100%

2.0 - Locais de Lançamento de Esgotamento Sanitário

21 - Em curso de água: 9% Lançamento de esgoto sanitário in natura

2.2 - Fossa Negra 87% Existência das fossas negras

2.3 - A céu aberto 3%

2.4 - Fossa séptica 0,7%

2.5 -Fossa séptica biodigestora 0,3%

Total: 100%

3.0 – Destinação Final do Lixo Doméstico

3.1 - Destinação de lixo doméstico

Falta da coleta de resíduos sólidos na zona rural

3.2 - Queimado 60% Condições das estradas rurais

3.3 - Enterrado 20% Lixo queimado e enterrado na maioria das vezes

3.4 - Coleta Municipal 5%

e outros (céu aberto,...) 15%

49

Total 100%

Resíduos do Curral (Esterco, restos de alimentos)

4 - Destinação

4.1 - Reaproveitamento na propriedade 70%

Resíduos de curral descartados nos recursos hídricos

4.2 - Comercialização 30%

Total 100%

Destinação de Medicamento Veterinário e Agrotóxico

5 - Destinação

5.1 - Desc. correto 78%

Deficiência no descarte dos medicamentos, uma vez que os agrotóxicos são recolhidos pelas lojas

5.2 - Desc. Incorreto 22%

Total 100%

Depósito na propriedade de Medicamento Veterinário e Agrotóxico

6 – Presença de Depósito

6.1 - Tem depósito 63% Deficiência no depósito deste tipo de material

6.2 - Não tem depósito 37%

Total 100%

50

METAS PARA O PLANO DE SANEAMENTO BASICO ÁREA RURAL DE TC

Descrição dos problemas: Falta de qualidade e quantidade da água utilizada para consumo;

Metas Cronograma Responsável

Realização de uma campanha entre os produtores rurais para isolamento das áreas de recarga do município

Até o final de 2016 SEMMA E SEMAP

Georreferenciamento completo da área rural Até o final de 2018 SEMMA E SEMAP

Construção de bacias de contenção ao longo das estradas rurais Serviço contínuo SEMOSP E SEMAP

Realização de analise da água em poços artesianos Até o final de 2015 Vigilância Sanitária

Orientação do produtor rural para realização do plantio em terraceamento e curvas de nível

A partir do ano de 2014 SEMMA E SEMAP

Implantação do sistema de monitoramento de água potável Até o final de 2014 Vigilância Sanitária

Descrição do problema: Falta de coleta de esgoto na zona rural; Esgoto lançado a céu aberto ou diretamente nos recursos hídricos; Existência de fossa negra.

Implantação de fossas anaeróbicas com o apoio da EMATER (Parceria entre PMTC e Produtores Rurais);

20 unidades 2014 (Boa Esperança) 30 unidades 2015 (Rio do Peixe II) 50 unidades até atender a todos os produtores rurais

SEMAP E SEMMA em parceria com os produtores rurais

Mapeamento da distância entre as fossas e os recursos hídricos; Até 2015 pela SEMMA SEMAP E SEMMA

Criação do setor de fiscalização do meio ambiente para a zona rural, abrangendo o armazenamento, o uso e descarte de agrotóxicos, medicamentos, esgoto e água até agosto de 2014.

Até o final de 2014 SEMMA E SEGOV

Descrição do problema: Falta de coleta de lixo na zona rural, sendo os materiais queimados ou enterrados no meio ambiente

Criação de ecopontos em locais estratégicos, com a afixação de containers, usando as igrejas, escolas e comunidades como pontos de coleta de resíduos sólidos;

A partir de 2014 SEMMA, SEMAP, SEMOSP e SEDUC

Programa de capacitação para implantação de compostagem nas propriedades rurais;

A partir de 2014 SEMMA, SEMAP, SEMAP e EMATER

Orientar o produtor rural para adoção de praticas conservacionista mecânicas

A partir de 2014 SEMMA, SEMAP e EMATER

51

Definição das áreas rurais: Ordem de priorização: 1º - Cinco, Lobo, Mafras, Correias, Divisa, Barra Mansa, Rio do Peixe, Boa Esperança, Atalho. 2º - Canoa, Japão, Flora, Bom Jardim, Roseira, Grotão. 3º - Pedra Preta, Vargem, Cota, Taquaral, Estação São Tomé, 4º - Lagoa Macia, Campo Limpo, Facão, Marmeleiro, Serrinha, Serra das Abelhas, Três Córregos, Barro Cru 5º - Porteira Pesada, São Bentinho, Abadia, Cachoeirinha, Amadeu Miguel.

52

Descrição do Saneamento Básico na Zona Urbana de Três Corações

Três corações é um município em constante expansão, o que pode ser

comprovado pela quantidade de loteamentos residenciais que são apresentados a

Comissão Municipal de Loteamento. A equipe responsável pela elaboração do Plano

Municipal de Saneamento Básico utilizou os seguintes critérios para apresentação da

situação dos bairros em relação ao saneamento básico: 1) Limpeza urbana, a

prefeitura municipal de Três Corações oferece 99% coleta de lixo molhado na zona

urbana do município; a coleta de lixo seco é realizada atualmente em apenas 25%

dos bairros da zona urbana do município; 2) Drenagem pluvial: pode ser considerado

um sistema que precisa ser replanejado o mais rápido possível, para atender a atual

demanda e crescimento do município; 3) Abastecimento de água: Realizada em

98,5%da área urbana do município; 4) Coleta e tratamento do esgoto: A coleta é

realizada atualmente em 97,15% do município, já o tratamento está em fase de

implantação nas bacias do Rio do Peixe e do Rio Verde.

Cabe ressaltar que a equipe de elaboração do Plano Municipal de

Saneamento Básico, enviou para a empresa prestadora do serviço do município

Copasa, questionamentos sobre a coleta do esgoto, ampliação do sistema de

tratamento de esgoto para vertente do Rio Verde e efetivação do tratamento do

esgoto na vertente do Rio do Peixe, que embora já construída ainda não se encontra

em funcionamento. A concessionária apesar de participar de toda a elaboração do

Plano Municipal de Saneamento Básico, através do funcionário nomeado por ela para

compor a equipe: Senhor Flavio Nagel, não emitiu nenhuma informação oficial sobre a

situação atual da empresa do município. Seguirá em anexo no final do plano os

ofícios emitidos pelo grupo, inclusive pelo Excelentíssimo Senhor Prefeito Claudio

Cosme Pereira à COPASA que não foram respondidos pela concessionária.

É importante ressaltar que serão descritos abaixo os bairros estratégicos para

o Plano Municipal de Saneamento Básico e quando necessário, optou-se pelo

agrupamento dos bairros com as mesmas características. O documento referência

utilizado para elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico, foi o Plano

Local de Habitação e Interesse Social desenvolvido pela Unifenas no município no

ano de 2010.

53

BAIRRO CINTURÃO VERDE, VILA SUELI E JARDIM ESPERANÇA

São bairros muito próximos, tanto que há uma dificuldade de determinar o

começo de um e o término do outro. As casas são muito simples, atendendo famílias

de classe baixa. Os bairros Vila Sueli e Jardim Esperança não são atingidos por

enchentes e alagamentos, apenas o bairro Cinturão Verde.

Os bairros são atendidos por coleta de lixo molhado terça, quinta e sábado na

parte da manhã.

Há o fornecimento de água pela Copasa e coleta de esgoto, apesar deste

serviço no bairro Cinturão Verde, há o registro de fossas negras ao final da Avenida

Dona Glorinha de Paiva.

Inicia-se na Rua Dona Glorinha de Paiva até a Travessa Dona Glorinha de

Paiva, volve à esquerda e segue do lado esquerdo até o Rio verde, volve à esquerda

e segue do lado esquerdo margeando o Rio Verde até a Rua A, volve a esquerda e

segue do lado esquerdo até encontrar o ponto de partida.

Figura 42 – Visão do bairro Cinturão Verde

O bairro Cinturão Verde possui topografia plana na sua parte mais alta e

acidentada na parte baixa. É abastecido com água tratada pela COPASA e as casas

possuem hidrômetro para apuração do consumo. As vias públicas são servidas de

bueiros para captação das precipitações pluviais, com exceção da área baixa do

bairro próxima ao Rio Verde onde não existe captação das águas das chuvas.

54

Figura 43 e 44 – Residências do Bairro Cinturão Verde

As construções residenciais do bairro constituem-se de casas simples, térreas,

tipo econômico e os terrenos baldios são raros, observando-se, portanto, uma alta

densidade de construção. A maioria das casas é coberta com telhas de fibrocimento

simples, sendo poucas cobertas com laje e telha cerâmica. As casas em sua maioria

são cercadas com muro de tijolo ou bloco de cimento, gradil de estrutura metálica e

até por cerca de bambu.

Figura 44 e 45 – Residências do Bairro Cinturão Verde

Figura 46 e 47 – Residências e sistema viário do Bairro Cinturão Verde

55

Foram observadas áreas para trânsito de pedestre sem calçamento cimentado

ou com ladrilho hidráulico, encontrando-se na terra e em diversos lugares com

saliências e depressões que dificultam a passagem.

Figura 48 e 49 – Casas do Bairro Cinturão Verde

A parte baixa do bairro fica localizada próxima ao curso do Rio Verde. Esta área não possui calçamento em alguma das ruas, tais como Alameda dos Borges e a Travessa Angelina.

Figura 50 – Falta de calçamento em algumas ruas do Bairro Cinturão Verde

Foi informado por moradores que esta área localizada na parte baixa do bairro

sofreu enchentes nos anos de 1980, 1985 e 2000.

Figura 51 – Estrutura do Bairro Cinturão Verde

56

Um problema grave relacionado ao saneamento básico refere-se ao

lançamento de esgoto sem prévio tratamento diretamente no Rio Verde. Foram

relatados também casos de refluxo do esgoto na Travessa Angelina em consequência

da elevação das águas do Rio Verde.

Figura 52 e 53 – Foto do bairro cinturão verde

Figura 54 e 55 – Rio Verde confrontando o bairro Cinturão Verde

Figura 56 e 57 – Esgoto lançado no Rio Verde

57

Figura 58 - Rua Dona Glorinha de Paiva – Cinturão Verde

BAIRROS: PROLONGAMENTO DO PARQUE JUSSARA E SÃO GERÔNIMO

São bairros típicos de população de baixa renda, encontrando-se em

disposição seqüencial entre eles. São compostos por moradias isoladas, precárias,

com ocorrência de vários lotes vagos.

Figura 59 – Residências do Prolongamento do Parque Jussara e São Gerônimo

Em vários locais dos bairros foi constatado que as construções foram

executadas sem observância do nível do logradouro público, sendo algumas

construídas sobre taludes e outras em área de depressão abaixo do nível da via

pública. Pela disposição das construções conclui-se que não houve um planejamento

técnico adequado a expansão do aglomerado residencial, sugerindo que muitas casas

foram levantadas sem acompanhamento de profissional habilitado.

58

Figura 60 e 61 – Sistema Viário dos bairros

Figura 62 – Falta de pavimentação no bairro

As ruas possuem pavimentação asfáltica, com poucas exceções constituídas

por vias de terra batida e os bueiros e bocas de lobo para captação das águas pluviais são raros.

Figura 63 – Estrutura do calçamento do bairro

Os bairros possuem topografia mista, apenas os fundos do Bairro São

Gerônimo há o risco de enchente, no Ribeirão Agrinco pela retenção do Rio Verde. .

Em um determinado local, foi relatado um caso de deslizamento de terra ocasionado

durante a época das chuvas.

59

Figura 64 e 65 – Fotos dos bairros

Figura 66 e 67 –

As calçadas não possuem pavimentação em sua maioria e são bastante

estreitas, fugindo ao padrão. Existe uma ferrovia comercial que passa próxima aos

bairros e que corta uma rodovia que dá acesso a cidade de São Tomé das Letras, por

uma estrada vicinal.

Observou-se uma grande quantidade de lixo às margens da ferrovia.

Figura 68 e 69 – Confronto com a ferrovia

Os bairros são atendidos por coleta de lixo, nos seguintes horários:

60

Bairro Parque Jussara: Terça feira, quinta feira e sábado pela manhã;

Bairro São Gerônimo: Terça feira, quinta feira e sábado pela manhã;

Há abastecimento de água e coleta de esgoto realizada pela Copasa. Hà

registros de enchentes em parte do São Gerônimo

BAIRRO RETIRINHO:

É um conjunto habitacional criado pelo município para atendimento de famílias

vulneráveis, são casas populares.

Inicia-se na Avenida Prefeito Orlando Rezende de Andrade segue margeando

um barranco paralelo a Rua 1 (Vila Bella), segue margeando a Fazenda Retirinho até

encontrar novamente a Avenida Prefeito Orlando Rezende de Andrade, volve a direita

e segue do lado direito da Avenida Prefeito Orlando Rezende de Andrade até o inicio

desta demarcação.

O bairro é formado por casas populares padronizadas nas quais se observa a

construção sem contenção dos taludes, nos casos em que ocorre o desnível em

relação à via pública. Os lotes possuem em média duzentos metros quadrados.

Figura 70 e 71 – Residências do Bairro Retirinho

A pavimentação asfáltica é precária em algumas regiões do conjunto

habitacional, levando a indagação de que a topografia acentuada do bairro possa

estar contribuindo para a degradação da camada asfáltica. O limite do conjunto à Vila

Bela II aos fundos dos lotes necessita de procedimentos de contenção para prevenir

deslizamentos.

61

Figura 72 e 73 – Erosão no Bairro Retirinho

Em razão da declividade das ruas, agravado pelo volume de águas pluviais em

determinadas épocas do ano, ocorreu à perda dos meios-fios que delimitam as

calçadas, provocando erosão nas ruas, uma vez que o bairro não possui

equipamentos de captação de águas pluviais, em razão da declividade mencionada.

O desnível das casas em comparação a rua é muito pequena, o que dificulta o

escoamento das águas pluviais, visto que nas vias não existem drenagem de águas.

O bairro é atingido pelas águas pluviais do bairro a montante (Vila Bela I e II).

O bairro possui coleta de lixo molhado realizado pela PMTC nos seguintes

dias: terça, quinta e sábado pela manhã. O bairro é atendido pelo fornecimento de

água e esgoto realizado pela Copasa.

Figura 74 – Erosão em ruas do Bairro Retirinho

Bairro Nossa Senhora de Fátima, Vila Melo

A infraestrutura do Bairro Nossa Senhora de Fátima é relativamente boa, em

que pese alguns problemas pontuais que foram observados. O bairro Vila Melo, tem

uma declividade bastante acentuada.

62

Os bairros tem escassez de bueiros nas ruas para recepção das águas

pluviais, o que pode causar alguns transtornos quando houver um índice elevado de

precipitações.

O traçado viário do bairro Nossa Senhora de Fátima é formado por ruas e

calçadas estreitas, em sua maioria, abaixo dos padrões técnicos recomendados.

Figura 75 e 76 – Residências no Bairro Nossa Senhora de Fátima e Vila Melo

Figura 77 - Residências no Bairro Nossa Senhora de Fátima e Vila Melo

Os bairros são atendidos pela coleta de lixo molhado nos seguintes dias:

segunda-feira, quarta-feira e sexta-feira, na parte da tarde;

O abastecimento de água e a coleta de esgoto são realizados pela Copasa.

BAIRRO IPIRANGA:

O Bairro Ipiranga encontra-se localizado nas margens do Ribeirão Espraiado

e, em suas áreas mais baixas, sofre as consequências da elevação de suas

águas, na época das cheias, devido ao represamento do Ribeirão Espraiado

63

pela elevação do Rio Verde. Foram relatadas ocorrências de enchentes de até 1,20

metros em certas ocasiões.

Figura 78 – Bairro Ipiranga

É freqüente a colocação de entulho de rejeito de material da construção civil e

também de lixo na margem do Ribeirão Espraiado, na região onde se dá o término

das ruas. Importante salientar que ha ocupação as margens do ribeirão, onde

torna bastante vulnerável tais edificações.

Figura 79 e 80 – Ribeirão Espraiado

Os moradores se queixam de mau cheiro no Poço de Visita (PV) de inspeção

de esgoto, que, embora possua tampa não consegue reter a exalação de gás.

A proximidade das casas do curso do rio sugere que não foi observado o

distanciamento relativo à Área de Preservação Permanente.

O bairro Ipiranga possui sistema viário com ruas e calçadas estreitas e

construções térreas em sua maioria e é cortado por linha ferroviária de transporte de

carga.

O bairro é atendido por coleta de lixo molhado nas seguintes datas: terça-feira,

quinta-feira e sábado no período da tarde. E o lixo seco na segunda feira pela manhã.

64

O bairro é atendido pelo abastecimento de água e pela coleta de esgoto.

BAIRROS: COTIA, SÃO SEBASTIÃO E JARDIM RIO VERDE:

Os três bairros são extremamente distintos, principalmente em relação à

estrutura econômica das famílias e declividade dos terrenos, todos são atendidos pela

coleta de lixo molhado nos seguintes dias: terça-feira, quinta-feira e sábado. E o lixo

seco na segunda feira pela manhã.

Os bairros são atendidos pelo abastecimento de água e pela coleta de esgoto

realizado pela Copasa.

Existe uma deficiência em relação às galerias de drenagem pluvial, precisando

ser redimensionadas para atender a nova demanda local.

O Bairro Cotia caracteriza-se por sua localização em região acidentada, em

área de encosta e na margem do Rio Verde.

Diversas construções foram feitas nas encostas ou sobre barrancos, com

levantamento de escadarias para acesso as unidades habitacionais. Muitas delas

foram realizadas sem a necessária contenção por meio de muro de arrimo.

Apesar da localização próxima ao rio, o bairro São Sebastião não sofre

regularmente as consequências das enchentes.

Figura 81 – Margens do Rio Verde

Foram observadas também, áreas em que as edificações não respeitaram a

limitação administrativa de Área de Preservação Permanente.

BAIRRO RIO DO PEIXE:

O bairro e atendido pela coleta de lixo molhado nos seguintes dias: terças,

quintas e sextas no período da manhã.

65

O bairro é atendido pelo abastecimento de água e pela coleta de esgoto

realizado pela Copasa.

A drenagem pluvial é satisfatória, mas de acordo com a defesa civil

municipal em diversos pontos de lançamentos pluviais, a margem do córrego

entre os bairros Rio do Peixe e Jardim Primavera e Vilas Boas, ocorrendo

deslocamento de tubos ocasionando erosões progressivas.

BAIRRO VILA EMILIA:

O bairro é atendido pela coleta de lixo molhado nos seguintes dias: terças,

quintas e sábado no período da manhã.

O bairro é atendido pelo abastecimento de água e pela coleta de esgoto

realizado pela Copasa.

As ruas são constituídas por pisos intertravados, sofrendo com alagamentos

causados pelas águas pluviais dos bairros a montante (Santo Afonso e Jardim

Paraíso) e também pela elevação rápida do ribeirão espraiado.

BAIRRO JARDIM PARAÍSO:

Anteriormente denominado “Bairro Espraiado”, tem seu sistema viário

constituído por algumas ruas com pavimentação asfáltica; e, em sua maioria por vias

de terra sem qualquer pavimentação asfáltica ou de calçamento.

O acesso a uma parte do bairro se dá através de uma ponte de madeira

construída sob um córrego.

Existe queixa da população da ocorrência de alagamentos pontuais durante o

período chuvoso.

Existe iluminação pública em todo o bairro, inclusive nas vias que não possuem

calçamento e nem asfalto.

A distribuição dos lotes neste bairro é peculiar, uma vez que os tamanhos dos

terrenos fogem ao padrão, fazendo com que as propriedades se assemelhem a

pequenas chácaras, sendo comum a observação de criações de galináceos e

equinos.

66

As vias não possuem drenagem para escoamento das águas pluviais, o que

gera problemas de acúmulos das águas com produção de lama, que dificulta o

trânsito.

O fornecimento de água e a coleta de esgoto são realizados pela empresa

Copasa. O bairro é atendido pela Coleta de Lixo as terças, quintas e sábados na parte

da manhã.

Em uma parte do bairro há o relato da existência de fossas negras, na rua

Cachoeirinha.

Figura 82 - Rua Cachoeirinha

BAIRRO SANTO AFONSO:

Local é formado por construções residenciais térreas, edificadas em um

sistema viário que apresenta algumas ruas com meio fio e calçamento e outras com

meio fio e sem calçamento.

Foi observado que as construções foram efetivadas sem orientação técnica,

uma vez que tais construções são do tipo popular, levando-se a especulação de que

tenham sido identificadas sem prévia aprovação do projeto pela municipalidade. É

comum a construção de casas sobre taludes, sendo verificado, igualmente, que tais

taludes não receberam a contenção necessária, para arrimar o alicerce da

construção.

O bairro Santo Afonso é atendido pela coleta de lixo nos seguintes dias: Terça-

feira, quinta-feira e sábado pela manhã.

O bairro tem abastecimento de água e coleta de esgoto realizado pela Copasa.

Em alguns pontos como a Rua Walter Borges ainda ocorre à existência de fossas

negras.

67

A drenagem pluvial é deficiente, tendo poucos bueiros e que em sua maioria

encontram-se obstruídos, devido a disposição irregular de lixo, materiais de

construção e entulho, causando alagamentos nas edificações abaixo do nível das

ruas e nas áreas mais baixas do bairro.

BAIRRO VILA FERNÃO DIAS:

A Vila Fernão Dias é caracterizada por lotes em situação de desnível em

relação aos logradouros públicos.

As casas são construídas sobre barrancos sem nenhuma contenção, tratando-

se de construções precárias, muitas delas sem acabamento de reboco.

Figura 83 – Residências comprometidas na Vila Fernão Dias

Inversamente, nota-se também a construção de edificações abaixo do nível da

rua.

Foram relatados casos de enchentes em algumas regiões próximas ao rio.

Existem locais sem coleta de esgoto, apesar de grande parte do bairro ser

atendido pela Copasa em relação ao abastecimento de água e a coleta de esgoto.

Há deficiência no sistema de drenagem pluvial, existência de pontos com

alagamentos pontuais e risco de desmoronamento.

A coleta do lixo ocorre 3 vezes por semana.

BAIRRO CANTO DO RIO

68

O bairro se localiza nas proximidades da ESA- Escola de Sargento das Armas,

ocupando uma região de várzea, situada às margens do Rio Verde.

A densidade de construções é baixa, caracterizando-se por casas edificadas

próximas ao rio, provavelmente em Área de Preservação Permanente.

Existem construções no início da Rua Roberto Cruz edificadas nas

proximidades de uma linha férrea nos fundos do Rio Verde.

Tendo em conta a proximidade do Rio Verde, o bairro fica sujeito a frequentes

enchentes na época das chuvas.

O bairro é atendido pelo abastecimento água e esgoto, realizados pela

empresa Copasa; A coleta de lixo molhado ocorre 3 vezes por semana.

BAIRRO SANT’ANA:

O bairro é atendido pela coleta de lixo molhado 3 vezes por semana: segunda-

feira, quarta-feira e sexta-feira e coleta de lixo seco na quinta feira na parte da manhã.

O abastecimento por água potável e recolhimento do esgoto é realizado pela

empresa COPASA. Entretanto algumas casas térreas não possuem tal equipamento

público e os dejetos são lançados em um córrego a céu aberto.

As partes baixas não possuem sistemas de captação pluvial e as águas das

chuvas correm pelas vias públicas até verterem no córrego.

O sistema de captação de águas pluviais na parte alta é insatisfatório, o que,

ocasiona alagamentos em algumas casas na parte baixa, margeando o córrego,

havendo relatos também de enchentes de até 80 cm, com a elevação do Rio do

Peixe.

BAIRRO SÃO JOSÉ

O bairro é formado por região nivelada e partes mais altas, com existência de

ruas sem qualquer tipo de pavimentação.

69

Figura 84 – Residências do Bairro São José

As casas são muito precárias, denotando a execução sem acompanhamento

por responsável técnico, sendo freqüente a constatação de moradias em ruínas.

O bairro é servido por água encanada da Copasa, possuindo em certa parte

saneamento básico de esgoto. Entretanto algumas casas térreas não possuem tal

equipamento público e os dejetos são lançados em um córrego a céu aberto, que

atende ao Bairro Santana e Parque São José.

As partes baixas não possuem sistemas de captação pluvial e as águas das

chuvas correm pelas vias públicas até verterem do córrego.

O sistema de captação de águas pluviais na parte alta é insatisfatório, o que,

ocasiona inundações em algumas casas na parte baixa, margeando o córrego,

havendo relatos de enchentes de até 80 cm. O que é agravado pela falta de

drenagens pluviais ou outro método de contenção em uma área rural a montante do

bairro.

O bairro é atendido pela coleta de lixo molhado 3 vezes por semana: segunda-

feira, quarta-feira e sexta-feira e coleta de lixo seco na quinta feira na parte da manhã.

BAIRRO NOSSA SENHORA DA APARECIDA E BAIRRO PERÓ

Como o Bairro Peró e o Bairro Nossa Senhora Aparecida são muito próximos é

difícil separá-los, portanto optou-se por agrupá-los desta forma.

O sistema viário do bairro do Bairro Nossa Senhora Aparecida é constituído por

ruas estreitas, fora do padrão e sem planejamento.

Observa-se que não existe um padrão uniforme com relação às construções

residenciais, havendo casas modestas e outras de padrão de edificação mais

apurado.

70

Os bairros não sofrem consequências de enchentes. São atendidos pela coleta

de água e esgoto fornecidos pela Copasa, sendo que em ambos os bairros existem

fossas e cisternas, em sua maioria abandonados.

O Sistema de drenagem pluvial dos dois bairros neste caso é insatisfatório,

pois são bairros antigos e as galerias pluviais demonstram ineficiência.

Os bairros são atendidos pela coleta de lixo molhado 3 vezes por semana:

segunda-feira, quarta- feira e sexta feira, à tarde. A coleta de lixo seco ocorre, na

terça feira no período da tarde.

Figura 85 - Rua João Batista Mafra – Nossa Senhora Aparecida

BAIRRO VILA GESSÉ E VILA MARIANA

As ruas desses bairros possuem pavimentação de asfalto de cimento e as

calçadas são em sua maioria deficientes. As casas são de padrão precário, sendo

constatado que algumas delas encontram-se abandonadas.

O bairro é atendido pelo abastecimento de água e coleta de esgoto, realizado

pela empresa Copasa. A coleta de lixo mollhado ocorre as segundas, quartas e

sextas feiras na parte da manhã.

O sistema de drenagem pluvial é insatisfatório, necessitando de adequação,

agravado também pela destinação irregular de materiais de construção, entulho de

construção e lixo.

BAIRRO VILA LIMA:

71

Inicia-se na Avenida Orlando Rezende de Andrade nas Divisas do Bairro Rio

do Peixe segue pelo lado direito até encontrar a Rua Samambaia, volve à direita e

segue do lado direito pela Rua Samambaia até encontrar a Rua das Margaridas, volve

à direita e segue do lado direito pela Rua das Margaridas até fundos do lote do

Parque São José, volve à direita e segue margeando ainda nos fundos do lote do

Bairro do Rio do Peixe, volve à direita e segue ainda margeando divisas do Bairro Rio

do Peixe até Rua Denyr Alcântara do Espírito Santo, volve à direita e segue pelos

fundos dos lotes do Rio do Peixe até o inicio desta demarcação.

As ruas desse bairro possuem pavimentação de bloquete de cimento e asfalto

e as calçadas são em sua maioria deficientes. As casas são de padrão precário,

sendo constatado que algumas delas encontram-se abandonadas.

A drenagem pluvial é deficiente, necessitando de adequações, como nos

demais bairros a drenagem pluvial é agravada pelo mau uso, tais como: materiais de

construção, entulho e lixo nas vias públicas.

O sistema viário recebe iluminação pública da CEMIG.

O bairro é atendido por abastecimento de água e coleta de esgoto fornecidos

pela Copasa. O bairro é atendido pela coleta de lixo molhado ocorre 3 vezes por

semana as segundas, quartas e sábados.

BAIRRO VILAS BOAS:

O bairro situa-se em zona acidentada com ruas com forte declividade.

A característica do relevo gera problemas de encostas, com necessidade em

alguns casos de contenção de arrimo para evitar desmoronamentos.

Existe no local um córrego que recebeu obras de canalização em parte de seu

trecho, através de manilhamento e aterro, havendo necessidade de complementação

da obra. Partes do bairro são atingidas pelas enchentes.

A drenagem pluvial necessita de adequação, pois há constantemente

alagamentos em algumas residências a margem da Rua Manoel Pereira Penha e

também na via que liga ao bairro Rio do Peixe.

O bairro é atendido pelo abastecimento de água e coleta de esgoto realizados

pela Copasa. Existem pontos sem coleta de esgoto, sendo o mesmo destinado

72

diretamente nos curso de água, sendo estes os seguintes pontos: Rua José Mariano,

Adolfo Lefort e parte da rua São Tomé.

A coleta de lixo molhado ocorre 3 vezes por semana na parte da manhã: terça,

quinta e sábado.

BAIRRO VISTA ALEGRE:

A drenagem pluvial do bairro é insatisfatória, necessitando de melhor

planejamento e adequação das redes existentes. É importante ressaltar que no

loteamento existem áreas sujeitas a deslizamentos, sendo necessário obras de

contenção e/ou drenagem pluvial compatível com o local.

Existe falta de coleta de esgoto em alguns pontos do bairro, apesar do mesmo

ser atendido pela coleta da empresa Copasa, são estes os pontos: Rua Ana Correa

de Souza e Rua José Galo Sandy.

O bairro é atendido pela coleta de esgoto e abastecimento de água realizada

pela empresa Copasa, a coleta de lixo ocorre três vezes na semana: terças, quintas e

sábados pela manhã.

BAIRRO BELO VISTA:

A drenagem pluvial do bairro é insatisfatória, necessitando de melhor

planejamento e adequação das redes existentes, há relatos de interdições de

edificações devido o rompimento de redes e deslocamento de tubos de lançamentos

pluviais.

Parte das áreas do bairro estão localizadas em região plana e outra parte em

região de encosta.

O sistema viário possui pavimentação asfáltica e não sofre problemas

decorrentes de enchentes.

O bairro é atendido pela coleta de água e esgoto, realizados pela empresa

COPASA, sendo atendido pela coleta de lixo nos seguintes dias: terças, quintas e

sábados pela manhã.

BAIRRO ODILON REZENDE:

73

Não foram identificadas áreas de risco no local. O curso do Rio Verde passa

pelo fundo do bairro e não traz risco de enchentes, posto que o nível do seu leito

situa-se bem abaixo do substrato onde se assenta o bairro. A drenagem pluvial do

bairro é insatisfatória, necessitando de melhor planejamento e adequação das redes

existentes, há relatos de deslocamento da pavimentação asfáltica, devido à

ineficiência das redes pluviais que também são agravados pela obstrução dos

bueiros.

O bairro é atendido pelo abastecimento de água e coleta de esgoto, realizados

pela Copasa. A coleta do lixo molhado é realizada três vezes por semana: terças,

quintas e sábados.

BAIRRO COMUNIDADE FLORA:

É um bairro urbanizado, localizado em uma área muito distante do centro da

cidade, tendo o seu acesso pela rodovia Três Corações- Varginha, com travessia do

Rio Verde por meio de balsa. A comunidade se compõe de aproximadamente 300

famílias de baixa renda.

Figura 86 – Acesso ao Bairro Flora

A proximidade do rio traz problemas de inundação na época das cheias, sendo

relatada que no ano de 2000 uma enchente invadiu grande parte das casas.

Existe carência de pavimentação no sistema viário que só é observado nas regiões

centrais, próximas a praça. O sistema de esgoto é feito através de fossas, sendo que

em algumas partes do bairro o esgoto é lançado diretamente no Rio Verde.

Foram detectados problemas de acesso ao bairro, uma vez que os moradores

dependem da balsa para locomoção até o centro da cidade; e, quando de eventuais

paralisações da balsa o acesso por estrada é de má qualidade.

74

O fornecimento de água é realizado pela COPASA e alguns moradores utilizam

água de mina, através de sistema de cisterna.

A população vive predominantemente da agricultura, pecuária de subsistência

e de uma indústria de laticínio que existe no local.

A coleta de lixo acontece as segundas, quartas e sextas no período da manhã.

Grande parte das vias não são pavimentadas.

BAIRRO AMADEU MIGUEL

Figura 87 – Mobilização no Bairro Amadeu Miguel

Apesar de ser zona rural é um bairro urbanizado, que atende principalmente

empregados das indústrias de Três Corações.

Sobre a drenagem pluvial durante a mobilização para o Plano de Saneamento

Básico Municipal a principal reclamação da comunidade foi referente aos bueiros, que

segundo relatos estão constantemente entupidos, agravado também pela destinação

irregular de materiais de construção, entulho de construção e lixo.

A água servida é fornecida pela COPASA, os moradores relataram que a água

apresenta coloração esbranquiçada e relataram problemas de saúde pela quantidade

de cloro encontrada na água. A concessionária também coleta o esgoto.

A coleta do lixo molhado acontece três vezes por semana as segundas,

quartas e sextas feiras pela manhã.

BAIRROS: JARDIM AMÉRICA E JARDIM UMUARAMA

São bairros que apresentam boa estrutura em relação às ruas e, são

constituídos de casas estruturadas e famílias na sua maioria de classe média.

A drenagem pluvial não atende a necessidade local, necessitando de

redimensionamento das galerias pluviais, pois atualmente contempla os bairros a

75

montante, há relatos de que a rede pluvial existente, além de não atender a demanda

também esta parcialmente assoreada, causando alagamentos constates durante o

período chuvoso. O bairro Jardim América e parte do bairro Jardim Umuarama, são

cortados pelo Rio do Peixe, sendo o fundo desses bairros atingidos pelas enchentes.

Os bairros são atendidos pelo abastecimento de água e coleta de esgoto

realizado pela Copasa, existem alguns pontos de esgoto lançados nas galerias

pluviais.

Os bairros são atendidos pela coleta de lixo molhado 3 vezes por semana as

segundas, quartas e sextas e pela coleta de lixo seco na quinta feira pela manhã.

BAIRROS: SÃO CONRADO E VILA RICA

São bairros que apresentam boa estrutura em relação às ruas, são constituídos

por casas bem estruturadas e a maioria das famílias ali residentes são de classe

média alta.

Os bairros são atendidos pelo abastecimento de água e coleta de esgoto

realizado pela Copasa, existem alguns pontos de esgoto lançados nas galerias

pluviais.

Os bairros são atendidos pela coleta de lixo molhado 3 vezes por semana às

segundas, quartas e sextas, pela manhã. A coleta de lixo seco ocorre na quinta feira

pela manhã.

A drenagem pluvial dos bairros é extremamente deficiente, ressaltando que:

São Conrado: é um bairro antigo, área com declividade excessiva,

determinada como lotes, de acordo com relatos da Defesa Civil

Municipal, parte do bairro encontra-se localizado em área de risco. O

bairro apresenta drenagem pluvial o insatisfatória, causando

alagamentos graves nos bairros a jusante.

Vila Rica é um bairro pequeno de ruas amplas, que apresenta

declividade moderada, sendo insatisfatória a drenagem pluvial, atingindo

os bairros a jusantes, sendo atingido pelos bairros a montante (Morada

do Sol). É um bairro de pavimentação asfáltica

BAIRROS CHÁCARA DAS ROSAS E TRIÂNGULO

76

Os bairros Chácara das Rosas e Triângulo são bairros bastante distintos,

principalmente no que se refere à situação econômica dos moradores e estrutura das

casas, sendo o Chácara das Rosas basicamente habitado por famílias de classe

média alta e o bairro Triângulo em sua maioria por famílias de classe baixa.

O bairro Chácara das Rosas apresenta topografia acentuada, necessitando de

atenção quanto ao sistema de drenagem pluvial. Por apresentar pavimentação com

pisos intertravados propicia a infiltração de parte da água no solo, minimizando o

efeito causado pelas enxurradas. As galerias pluviais existentes não são satisfatórias

Triângulo: bairro localizado em área de risco de inundações também sofre os

efeitos dos alagamentos, pois fica abaixo do bairro Chácara das Rosas, sendo a

drenagem pluvial insatisfatória. Há casos de esgoto lançado diretamente no curso de

água e casas construídas abaixo do nível da rua.

Os dois bairros são abastecidos com água e há a coleta de esgoto realizada

pela COPASA, apesar dela não atingir todas as residências do bairro triângulo. Há a

coleta de lixo molhado nas segundas, quartas e sextas pela manha e coleta seletiva

na quinta feira à tarde.

BAIRRO ESTÂNCIA DOS REIS

É um bairro muito antigo, na época de sua aprovação, não se exigia a

infraestrutura necessária atualmente. Portanto, grande parte das ruas deste bairro foi

construída e são mantidas sem pavimentação e sem meios-fios, propiciando a

formação de erosões. O bairro é contemplado com a coleta de esgoto, as edificações

lançam o esgoto em fossas negras e fossas sépticas, apesar de ter abastecimento de

água tratada, algumas propriedades têm cisternas.

A drenagem pluvial é insuficiente, as galerias pluviais precisam ser

replanejadas e redimensionadas para atender a atual necessidade do bairro.

Há coleta de lixo molhado as segundas, quartas e sextas-feiras. O lixo seco é

coletado na terça feira à tarde.

BAIRRO VILA VIANA

É um bairro de casas simples, não apresenta escoamento de água pluvial

satisfatório, o lançamento pluvial, a margem do rio Verde apresenta erosão, devido à

77

falta de contenção dos tubos, podendo atingir as edificações ribeirinhas. Parte do

bairro e atingido pelas cheias do Rio Verde.

O bairro é atendido pela coleta de lixo molhado as terças, quintas e sábados. A

coleta de lixo seco acontece toda a segunda no período da manhã.

O abastecimento de água é a coleta de esgoto é realizado pela COPASA.

BAIRRO SANTA TEREZA

É um bairro antigo, que atende a classe média alta, portanto é contemplado

com infraestrutura: ruas largas e calçadas amplas. Por ser antigo o bairro foi

constituído há menos de 50 metros do rio, como previsto pela lei atual.

A drenagem pluvial é satisfatória, apesar de o bairro ser atingido por

enchentes, devido às proximidades das margens do rio, também há problemas de

erosões a margem do rio, devido à falta de contenções dos tubos de drenagem

pluvial.

O bairro é atendido com a coleta de lixo molhado, as segundas, quartas e

sextas feiras. O lixo seco é coletado toda a quinta feira na parte da tarde.

O abastecimento de água e coleta de esgoto é realizado pela Copasa.

BAIRRO CENTRO:

Este é o bairro mais antigo da cidade, sendo a cidade fundada ao seu redor,

seu traçado viário é irregular, pois foi estruturado para atender a demanda da época,

bem como a estrutura das casas, que são muito antigas, diferente do que se trata o

código de obras do município e código de parcelamento de solo.

O Centro é um local de uso coletivo, portanto é dispensado a ele uma atenção

especial da administração, sendo oferecido serviços diferenciados, como a varrição

diária das vias públicas e a coleta de lixo em horário diferenciado, à noite, para

atender a demanda do trânsito e também a particularidade do comércio local. A

drenagem pluvial é insatisfatória, as galerias de chuva precisam ser redimensionadas

e adequadas, principalmente porque não atendem a demanda atual, ainda existem

galerias feitas de pedra, o que comprova sua ineficiência, um exemplo delas é a

galeria da Av. Deputado Carlos Luz, acima da Universidade, entre outras, outra

Galeria que traz grande preocupação é a do córrego das Rosas das Rosas, pois além

de ser muito antiga e ter esgoto doméstico ligado nela também já houve rompimento

78

por diversas vezes e também foram edificadas diversas residências sobre

ela. Importante salientar que existem muitas ligações de esgoto nas galerias pluviais,

e vice versa. A coleta municipal ocorre todos os dias na parte da tarde. Ocorre o

abastecimento de água e a coleta de esgoto é realizada pela Copasa. É importante

ressaltar que mesmo assim existem pontos sem coleta de esgoto e locais onde o

mesmo é lançado a céu aberto, sem nenhum tipo de tratamento.

BAIRRO COLÔNIA SANTA FÉ:

É um bairro mantido pela Secretaria Estadual de Saúde, foi criado para atender

a demanda dos tratamentos compulsórios por hanseníase, o bairro é pequeno,

apresenta um excelente traçado viário e as residências são muito modestas. Não há

registros de problemas de drenagem pluvial deste bairro, ainda que o mesmo esteja

constituído nas proximidades do Rio do Peixe e não ter galerias pluviais. O bairro é

atendido pela coleta de lixo as terças e quintas no período da manhã. O

abastecimento de água potável e a coleta de esgoto são realizados pela Copasa.

BAIRRO CAFÉZINHO (JARDIM DAS OLIVEIRAS)

É um bairro com uma grande declividade, sendo constituído por residências

modestas, típicas de famílias de baixa renda, o traçado viário do bairro é irregular e

existem algumas construções que podem ser consideradas em área de risco. Devido

a sua declividade, as construções deveriam ter sido construídas dentro das normas

da ABNT, o que não ocorreu, principalmente devido à situação financeira das famílias

que ali construíram suas casas. Somado a esses problemas, temos uma quantidade

muito grande de resíduos de construção urbana e descarte irregular de resíduos

sólidos, nos terrenos baldios, no entorno do bairro, o que agrava o problema da

drenagem pluvial que não atende satisfatoriamente o bairro, este se tornou uma área

propícia a deslizamentos, sendo a grande preocupação da Defesa Civil Municipal.

O bairro é atendido pela coleta de lixo molhado as segundas, quartas e sextas

feiras no período da tarde. O abastecimento das residências por água potável e coleta

de esgoto é realizado pela Copasa.

79

Figura 88 – Acesso ao Bairro Cafezinho

BAIRRO JARDIM PLANALTO:

O bairro é atendido pela coleta de lixo molhado as terças, quintas e sábados no

período da manhã. O abastecimento das residências por água potável e coleta de

esgoto é realizado pela Copasa. É um bairro antigo, a pavimentação é de piso

intertravado, apresenta inclinação excessiva, devido a esse fator a defesa civil

cadastrou parte do bairro como área de atenção especial.

Figura 089 – Acesso ao Bairro Jardim Planalto

BAIRRO JARDIM BELO HORIZONTE:

80

O abastecimento das residências por água potável e coleta de esgoto é

realizado pela Copasa. O bairro é atendido pela coleta de lixo molhado as terças,

quintas e sábados variando ente o período da manhã e da tarde. O bairro apresenta

declividade ligeiramente acentuada, ha drenagem pluvial e a pavimentação em parte

do bairro, necessita de ampliação do sistema de drenagem e pavimentação do

restante das vias, há relatos de alagamentos.

BAIRRO JARDIM EUROPA:

O abastecimento das residências por água potável e coleta de esgoto é

realizado pela Copasa. O bairro é atendido pela coleta de lixo molhado as segundas,

quartas e sextas feiras no período da tarde. Não existe drenagem pluvial, a

pavimentação asfáltica está bastante comprometida, pois as águas correm

diretamente sobre as vias, sobretudo não há relatos de alagamentos.

BAIRRO JARDIM FABIANA:

O abastecimento das residências por água potável e coleta de esgoto é

realizado pela Copasa. O bairro é atendido pela coleta de lixo molhado as terças,

quintas e sábados no período da manhã. A drenagem pluvial é satisfatória, não há

relatos de alagamentos, mas existem fatores que comprometem os serviços de

drenagem pluvial tais como, armazenamento inadequado de materiais de construção,

destinação de entulho e lixo, aterro e desaterro.

BAIRRO VILA REZENDE:

O abastecimento das residências por água potável e coleta de esgoto é

realizado pela Copasa. A coleta de lixo molhado no bairro é realizado as terças,

quintas e sábados no período da manhã. O bairro apresenta uma declividade

ligeiramente inclinada, aos fundos do bairro existe um córrego, onde ocorre o

lançamento das águas pluviais, há relatos de transbordamento do córrego e com

conseqüência, alagamento das residências próximas, pois há muitas edificações a

margem do curso d’água.

81

BAIRRO JARDIM ORION:

O abastecimento das residências por água potável e coleta de esgoto é

realizado pela Copasa. A coleta de lixo molhado no bairro é realizada as segundas,

quartas e sextas no período manhã. A coleta de lixo seco é realizada na quinta feira

no período da tarde. Não há relatos de deficiência na drenagem pluvial, mas

apresentam problemas da disposição de matérias de construção, entulho e lixo.

BAIRROS MONTE VERDE I / MONTE VERDE II:

O abastecimento das residências por água potável e coleta de esgoto é

realizado pela Copasa. A coleta de lixo molhado é realizada as terças, quintas e

sábados no período da tarde. A drenagem pluvial é satisfatória, pois não há relato de

alagamentos, mas como a maioria dos bairros constatamos a disposição inadequada

de materiais de construção, entulho e lixo.

BAIRROS MORADA DO SOL/ SÃO CONRADO:

São bairros muito antigos, faz parte do Loteamento Parque De Cícero, quando

foi criado o município exigia o mínimo de infra-estrutura, portanto ainda existem

muitas ruas sem pavimentação, sem meio-fio, drenagem pluvial, o que causa

frequentemente alagamentos com carreamento de solo nas vias de acesso ao

município. Especificamente o bairro São Conrado já existe infra-estrutura finalizada,

porém o sistema de drenagem pluvial é ineficiente. Importante ressaltar existem áreas

de inclinação excessiva, para que se proceda algum tipo de edificação devem

procurar a Defesa Civil municipal. O abastecimento das residências por água potável

e coleta de esgoto é realizado pela Copasa. A coleta de lixo molhado é realizada as

segundas, quartas e sextas no período da manhã.

BAIRRO JARDIM PRIMAVERA:

É um bairro com declividade acentuada, em alguns pontos. O abastecimento

das residências por água potável e coleta de esgoto é realizado pela Copasa.A coleta

de lixo molhado no bairro é realizado às terças, quintas e sábados no período da

82

manhã. A drenagem pluvial é satisfatória, pois não há relatos de deficiência das

redes, mesmo tendo relatos de destinação inadequada de materiais de construção,

entulho e lixo.

BAIRROS VILA BELA I e II:

São Bairros relativamente novos, tendo grande parte de suas residências sido

criadas para atender os projetos do governo federal, como o Minha Casa Minha Vida.

É um bairro com moderada declividade, o que propicia o carreamento de materiais de

construção e lixo para os bueiros, causando obstruções, é um bairro que demanda

bastante atenção quanto a sua drenagem pluvial, pois devido às obstruções das

redes pluviais já relatamos diversos alagamento nos bairros a jusante inclusive o

deslocamento da pavimentação dos mesmos. Orientamos que se façam estudos na

redes pluviais para detectar possível deficiência das redes.

Este problema de drenagem pluvial tem causado alagamentos pontuais nos

bairros à jusante, o que desperta a atenção da Defesa Civil Municipal.

O abastecimento das residências por água potável e coleta de esgoto é

realizado pela Copasa. A coleta de lixo molhado no bairro é realizado às terças,

quintas e sábados no período da manhã.

BAIRRO MONTE ALEGRE:

É um bairro antigo, o traçado viário do bairro é pouco irregular, o sistema de

drenagem pluvial é ineficiente, apesar de ser um bairro com certa declividade,

portanto é uma região que sofre com alagamentos pontuais, pois recebe águas de

chuvas dos Bairros Vila Mariana e Vila Jessé. É um bairro que necessita de uma

atenção especial, pois há obstruções de bueiros constantemente por matérias de

construção, entulho e lixo.

O bairro é atendido pela coleta do lixo molhado segunda, quarta e sexta feira

no período da manhã. O lixo seco é coletado na terça feira no período da tarde, em

parte do bairro.

O abastecimento das residências por água potável e coleta de esgoto é

realizado pela Copasa.

83

BAIRRO FEIRA DE GADO:

Área de ocupação desordenada sujeita a alagamentos, composto por

residências de famílias carentes. O traçado viário é extremamente irregular,

dificultando o acesso e a prestação de serviços públicos municipais.

O bairro é atendido pela coleta de esgoto e o abastecimento de água realizado

pela COPASA.

A coleta de lixo molhado ocorre às terças, quintas e sábados no período da

manhã.

Figura 90 – Residências do Bairro Feira de Gado

84

Diagnóstico Zona Urbana

1.0 - Água Potável

Serviço População atendida Problemas

1.1 Atendimento por água

Doenças causadas por água: Dengue, diarréia esquistossomose, leptospirose, vômito

1.2 Residências atendidas 98,50%

1.3 Residências não atendidas (cisternas) 1,50%

2.0 - Drenagem Urbana - Galerias Pluviais

2.1 Realizada pelas galerias de água pluvial Lançamento de água de chuva

Falta de manutenção e adequação das mesmas

Galerias chuva ligada na galeria de esgoto e vice versa

Galerias mal dimensionadas

Galerias apresentando danos estruturais

Bueiros entupidos

Deficiência de drenagem pluvial causando alagamentos pontuais

3.0 - Esgoto

3.1 Atendimento por rede coletora de esgoto 94,15%

Galeria de esgoto ligada na galeria de chuva

3.2 Não atendido por rede coletora de esgoto 2,85%

Parque Jussara, Centro, Jardim Paraíso, Cinturão Verde, Santo Afonso, Nossa Senhora Aparecida, Boa Ventura

3.3 Esgoto Sanitário disposto em Fossas 2,5%

Falta de tratamento no esgoto gerado no município de Três Corações

3.4 Esgoto Sanitário disposto a céu aberto 0,5 PVs entupidos ou danificados

4.0 - Coleta de Lixo

4.1 Coleta de Lixo molhado (rejeito) 99%

Baixa participação da população na coleta

Disposição de resíduos em locais inadequados

Destinação inadequada de resíduos em terrenos baldios e áreas de preservação permanente

85

Deficiência de participação da população na utilização do serviço de coleta de resíduos sólidos urbanos

Falta de local para destinação de resíduos de grande volume e resíduos de construção

4.1

Resíduos de Construção civil e resíduos volumosos

0%

Normas para destinação de RCC, esta sendo regulamentado (implantar 2015)

Material de construção obstruindo via pública

Falta de Local de destinação de Resíduos volumosos e mais locais de destinação de resíduos de construção cívil

Destinação inadequada de resíduos em terrenos baldios, áreas de preservação permanente

4.2

Coleta de lixo seco

Baixa participação da população na coleta seletiva;

25% dos

bairros

Atingindo apenas menos de 2 % da quantidade de resíduos coletados

4.3

Coleta de lixos especiais

Lâmpadas

Falta de recolhimento de materiais contaminantes: Lâmpadas fluorescentes, em atendimento a PNRS. (obrigação do fabricante, aguardando regulamentação PNRS)

Pilhas e baterias

Baixa participação da população na coleta de materiais contaminantes

4.4 Terreno autorizado a receber resíduos de construção civil

Boa Ventura

Horários inadequados da coleta de lixo

4.5 Coleta de resíduos de saúde (Proambiental) conv.

A empresa não cumpre os horários da coleta dos resíduos de saúde a contento

4.6

Recolhimento de materiais contaminantes (pilhas, baterias, pneus, óleo usado, eletroeletrônico, medicamento vencido) PEVS Baixa Adesão da População

86

METAS PARA O PLANO DE SANEAMENTO BASICO ÁREA URBANA – MUNICIPIO DE TRÊS CORAÇÕES

Descrição dos problemas: Atualmente o abastecimento de água cobre 99% das residências, ainda existindo alguns poços artesianos/cisternas dentro do perímetro urbano

Metas Cronograma Responsável

100% das residências atendidas pelo abastecimento de água potável

5 anos COPASA

Apresentação da analise de água dos poços artesianos de 6 em 6 meses

A partir de 2014 Vigilância Sanitária e COPASA

Educação Ambiental em Saneamento Básico A partir de 2014 SEMMA, COPASA e CODEMA

Limpeza das caixas de água de 6 em 6 meses em todas as escolas

A partir de 2014 SEDUC

Descrição dos problemas: Drenagem urbana lançamento da água de chuva na rede de esgoto; Falta de manutenção e adequação das galerias de chuva.

Reformulação do esgoto ligado junto à água pluvial:

2014 a 2017 – 10% 2018 a 2021 – 30 % 2022 a 2025 – 60%

Concessionária

Aumento de fiscalização na zona urbana A partir de 2014 SEGOV, SEMMA. SEFIN, SEPLAN

Adequação e dimensionamento das galerias: Dimensionamento das galerias existentes 1. Córrego Chácara das Rosas – 1.450 metros 2. Córrego Jd. Umuarama/ São Conrado – 670 metros 3. Córrego Jd. América/ Bandeirantes – 1.500 metros 4. Córrego Jd. Orion/ Eldorado/ Santana – 700 metros 5. Córrego Jd. Califórnia/ Parque Colinas – 950 metros + 255 metros (rio) 6. Córrego Espraiado – 1910 metros 7. Córrego Vila Resende/ Barro Branco – 710 metros 8. Córrego Fazenda Patrimônio/ Cinturão Verde – 400 metros 9. Córrego São Jerônimo – 1.000 metros

2014 a 2017 – 10% 2018 a 2021 – 30 % 2022 a 2025 – 60%

SEMOSP, SEFIN e SEPLAN

Maior fiscalização em relação as ações que possam entupir A partir de 2014 SEFIN E SEPLAN

87

bueiros

Implantação de bueiros inteligentes como exigência para os novos loteamentos.

A partir de 2014 SEPLAN, SEMOSP

Realização de campanhas de conscientização/ educação.

A partir de 2014 SEMMA E SEDUC

Descrição do Problema: Esgoto atualmente o município coleta apenas 97,15%, Galeria de esgoto ligada na galeria pluvial; Falta de tratamento no esgoto gerado no município de Três Corações, PVs entupidos e danificados.

Coleta de 100% de esgoto na área URBANA do município de Três Corações

Até 2023 Concessionária

Tratamento de 100% do esgoto coletado no município de Três Corações

Até 2023 Concessionária

Descrição do problema: Coleta de Lixo Seletivo (25%) e Lixo Molhado (99%): Baixa participação popular, principalmente, Disposição dos resíduos em locais inadequados; Falta de recolhimento de materiais contaminantes.

Coletar 100% do lixo seco e molhado no município Até o ano de 2016 SEMMA, SEMOSP

Melhorar a estrutura da coleta de lixo seco e molhado (horário, coletores, caminhões)

Até o ano de 2016 SEMMA, SEMOSP

Educação ambiental para a população quanto as melhores formas e horários de coleta de lixo

A partir de 2014 SEMMA, SEDUC

Materiais contaminantes: Implantar no município o que for determinado pela Política Nacional de Resíduos Sólidos

02 anos após a regulação da PNRS

SEMMA

Aumentar a quantidade e a qualidade do material coletado na coleta seletiva nos prédios públicos municipais

A partir de 2014 SEMMA em parceria com todas as secretarias.

Descrição do problema: Coleta de resíduos de construção civil e grande volume

Implantar o Regulamento para resíduos de construção civil Até 2014 SEMMA, SEFIN, SEPLAN

Cadastramento e treinamento dos geradores de resíduos de construção civil

A partir de 2014 SEFIN, SEPLAN

Regularização de área para destinação dos grandes volumes Até 2016 SEMMA

Ampliar o Ecoponto de Pneus Até 2014 SEMMA

Realizar a orientação dos moradores sobre como participar da destinação de resíduos de construção civil e grande volume.

A partir de 2014 SEMMA, SEDUC.

88

RELATÓRIO DE DESTINAÇÃO DE RESÍDUOS MENSAL/2013

Meses janeiro fevereiro março abril maio junho julho agosto setembro outubro novembro dezembro Total/ano

Tipo de Resíduo Tabela de Quantidade de Resíduos Dispostos no Aterro Sanitário ( Ton.)

Domiciliar Coleta PMTC 50,22 35,10 31,84 23,96 21,31 36,42 25,14 14,88 20,62 259,49

Domiciliar Coleta Terc. SHF 1.367,47 1.117,27 1.147,96 1.060,60 1.210,47 1.036,98 927,77 1.182,17 955,99 1.218,60 962,41 1.096,75 13.284,44

Total domiciliar 1.367,47 1.117,27 1.147,96 1.110,82 1.245,57 1.068,82 951,73 1.203,48 992,41 1.243,74 977,29 1.117,37 13.543,93

Empresas Resíduos com características de lixo domiciliar dispostos por empresas particulares

1. Fertilizantes Heringer 13,57 11,08 3,33 1,77 6,47 5,18 12,18 2,93 9,18 4,95 2,64 73,28

2. Mangels 8,66 11,14 10,11 7,79 11,31 10,48 9,70 11,99 8,40 12,43 10,42 10,61 123,04

3. São Marco 6,06 8,24 7,83 0,00 6,66 7,00 5,94 5,34 5,16 4,67 5,11 4,20 66,21

4. Total Alimentos 6,78 6,16 9,91 9,30 6.97 8,02 8,08 8,46 8,15 9,17 7,80 7,80 89,63

5. Novo Espaço 0,00 0,12 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,12

6.Plast Noguchi 0,00 5,44 0,00 0,00 13,57 17,30 6,33 2,95 45,59

7.Real Alimentos Ltda 4,50 0,00 0,00 4,50

8.Lemos e Mendes Ltda 0,50 0,00 0,70 0,50

9. Posto Marins, Marins & Cia Ltda pneus

10.PWG Inc. e Part. LTDA 4,04 2,24

11. O Fermentão 0,23

Total Empresas Particular 35,07 42,18 31,18 23,36 38,01 48,48 42,23 29,42 22,21 35,45 28,28 28,20 404,07

Hospitalar Quantidade de Lixo Hopitalar

Hospitalar Químico (pró ambiental) (kg) 100,00 3,00 0,20 0,57 103,77

Hospitalar/Aterro (Kg) 3,37 2,95 2,60 2,22 2,12 3,21 3,08 3,79 7,23 2,41 1,13 34,11

Coleta Seletiva Quantidade de Lixo Coleta Seletiva

Coleta Seletiva 8,87 9,68 8,61 7,71 10,85 10,80 10,59 13,13 14,99 14,76 11,33 14,84 136,16

Pneus Enviados a 11,58 11,58 11,58 11,58 11,58 11,58 11,58 11,58 92,64

89

Reciclanip

Prefeitura Municipal - Prédios Públicos 1,80 2,50 0,55 0,84 0,73 27,40 0,38 34,20

90

CONCLUSÃO:

O saneamento básico constitui um dos mais importantes meios de

prevenção de doenças, dentre todas as atividades de saúde pública. Inclui várias

definições, sendo que devemos sempre levar em consideração aquela fixada pela

OMS (Organização Mundial de Saúde), segundo a qual “saneamento é o controle

de todos os fatores do meio físico do homem que exercem ou podem exercer efeito

deletério sobre o seu bem-estar físico, mental ou social”. Seu objetivo maior é

a promoção da saúde do homem, pois muitas doenças podem proliferar devido à

carência de medidas de saneamento.

No município de Três Corações há muito que ser feito para que

tenhamos um ambiente de qualidade para oferecer a todos os munícipes, um fator

importante é o envolvimento da população colaborando com o governo municipal

para efetivação das políticas públicas de saneamento básico.

91

ANEXOS:

1) Decreto 2607/2013 – Dispõe sobre a criação do Comitê de Coordenação e

do Comitê Executivo para elaboração do Plano Municipal de Saneamento

Básico e dá outras providências.

2) Ata da audiência pública de Saneamento Básico Municipal

3) Ata da reunião– Plano Municipal De Saneamento Básico (27/11/13)

4) Ata da reunião – Plano Municipal de Saneamento Básico (03/12/13)

5) Plano Municipal de Gerenciamento de Resíduos Sólidos

6) Horário da coleta de lixo no município de Três Corações

7) Horário de coleta seletiva no município de Três Corações

8) Referências bibliográficas

9) Levantamento de dados: Zona Urbana

10)Levantamento de dados: Zona Rural

11) Ofícios encaminhados à concessionária de serviços do município:

COPASA.

92

1) Decreto 2607/2013

93

94

2) Ata da Audiência Pública, Plano Municipal de Saneamento Básico.

95

96

3) ATA DE REUNIÃO – PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

97

4) ATA DE REUNIÃO – PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

98

99

5 - Plano Municipal de Gerenciamento de Resíduos Sólidos

PREFEITURA MUNICIPAL DE TRÊS CORAÇOES

Secretaria de Meio Ambiente

PGIRSU

PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

TRÊS CORAÇÕES - MG

Outubro de 2009

Secretário Municipal de Meio Ambiente: Marcelo de Castro Murad

RESPONSÁVEIS PELA ELABORAÇÃO DO PGIRSU:

Tatiana Vilela Carvalho - Diretora de Departamento SEMMA

Formação: Engenheira Química com habilitação em Eng. de Alimentos – 1999, Esp.

Gestão Ambiental – 2008, Esp. Eng. de Produção e Qualidade – 2003, Esp.

Plantas Medicinais – 2002.

Liza Eduarda Soares – Estagiária de Gestão Ambiental – 4° módulo - UNIS MG

100

RESUMO

Este plano foi desenvolvido a partir de uma revisão teórica sobre a gestão

ambiental de resíduos sólidos no setor público, com dados sobre limpeza urbana dos

municípios, abordando aspectos legais, estrutura administrativa e estrutura

operacional, aspectos sociais, a importância da educação ambiental principalmente na

implantação da coleta seletiva de resíduos, caracterização dos resíduos, distribuição

dos resíduos sólidos urbanos por categoria como domiciliares, comerciais e especiais

(serviços de saúde, entulhos da construção civil, resíduos volumosos, etc.), tipos de

coleta, reciclagem, destinação final dos resíduos; levando-se em conta seus aspectos

sociais, de educação ambiental, desenvolvimento sustentável, e preservação

ambiental. Foi feito também um levantamento de experiências municipais na

destinação e planejamento dos serviços de limpeza urbana, que serviram de base para

a elaboração do Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos do município

de Três Corações.

101

SUMARIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... .4

2. REFERÊNCIAL TEÓRICO ............................................................................... ..07

2.1 Lixo ou Resíduos

Sólidos................................................................................................ 07

2.2 Classificação dos Resíduos Quanto a sua

Natureza.........................................................10

2.3 Classificação dos Resíduos Pelas Características

Físicas.................................................10

2.4 Situação dos Resíduos Sólidos no País

............................................................................12

3. HISTÓRICO E DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO

ATUAL.............................................14

3.1 Tratamento e Disposição Final dos Resíduos Sólidos de Três Corações

.........................15

3.1.1 Resíduos Domésticos – urbanos e

rurais........................................................................15

3.1.2 Resíduos de Grandes Geradores / Particulares - destinados ao Aterro

Sanitário...........17

3.1.3 Resíduos de Serviços de Saúde

.....................................................................................17

3.1.4 Resíduos de Podas e outros Resíduos

Orgânicos...........................................................20

3.1.5 Destino de Pilhas e Baterias Usadas

..............................................................................20

102

3.1.6 Destinação Final de Embalagens Vazias de Defensivos Agrícolas

............................22

3.1.7 Destino de lâmpadas fluorescentes

.....................................................................23

3.1.8 Destino de pneus

usados................................................................................................23

3.1.9 Destino de Resíduos de Construção Cívil –

Entulhos....................................................23

3.1.10 Lixo tecnológico – REEE - Resíduos de Equipamentos Elétricos e

Eletrônicos.........25

4. CONSIDERAÇÕES

FINAIS..............................................................................................25

4.1 Programas e

Metas............................................................................................................27

5. REFERÊNCIAS

BIBLIOGRÁFICAS................................................................................29

103

1. INTRODUÇÃO

A Gestão de Resíduos Sólidos é a parte da Gestão Ambiental que

trata da coleta até a disposição final dos resíduos sólidos, e de acordo com JR. (1999),

estes assuntos são problemas graves e universais no metabolismo das cidades, pois

as políticas de economia, reaproveitamento e reciclagem de materiais ainda não estão

suficientemente difundidas e, dos mais de cinco mil e quinhentos municípios brasileiros,

mais de mil convivem com problemas de lixões operados de forma inadequada. Sobre

estes segmentos preocupantes e importantes para os municípios em relação aos

resíduos sólidos existem problemas referentes à localização adequada dos aterros

sanitários, usinas de compostagem, incineração, ou reciclagem; problemas

relacionados às operações de limpeza urbana, com os equipamentos, trajetos,

periodicidade e pessoal adequado com custos otimizados; operação dos aterros ou

áreas de destinação dos resíduos, com tecnologias adequadas e um sistema eficiente

de controle de efluentes e emissões, e também uma preocupação com a educação e

conscientização ambiental da população no sentido de gerar menos lixo e fazer

disposição adequada, além de aceitar e colaborar com os mecanismos e

procedimentos de limpeza pública.

O modelo mais adotado para reverter à disposição inadequada dos resíduos

sólidos urbanos em lixões é baseado no gerenciamento integrado, onde todos os

elementos fundamentais são avaliados e utilizados, e todas as interfaces e conexões

entre os diferentes elementos são avaliadas com o objetivo de se obter a solução mais

eficaz e econômica (TCHOBANOGLOUS, 1993).

O Plano de Gestão Integrada de resíduos Sólidos destina-se a levantar em uma

fonte geradora a situação, naquele momento, do sistema de manejo dos resíduos

sólidos, a pré-seleção das alternativas mais viáveis e o estabelecimento de ações

integradas e diretrizes relativas aos aspectos ambientais, educacionais, econômicos,

financeiros, administrativos, técnicos, sociais e legais para todas as fases de gestão

dos resíduos sólidos, desde a sua geração até a sua destinação final. (Decreto

Estadual N° 45.181, de 25 de setembro de 2009 que regulamenta a Política Estadual

de Resíduos Sólidos de Minas Gerais)

104

O gerenciamento de resíduos geralmente é realizado em indústrias, porém é

necessário que se estenda a todas às áreas onde se geram resíduos, pois com o

mesmo conceito obtêm-se excelentes resultados em hospitais, supermercados,

comércio, escolas, ambientes de lazer e até nas residências, com a seleção dos

resíduos para a coleta seletiva. (Brasil, 2004) Em nosso País, que segundo a Pesquisa

Nacional de Saneamento Básico 2000, realizada pelo IBGE em 5.507 municípios,

228.413t/d de resíduos sólidos foram coletados e 82.640,3 t/d tinham como destino

final aterros sanitários, este tipo de gerenciamento foi iniciado na década de 90 com

sua implantação em municípios como Porto Alegre, Belo Horizonte e Santo André.

(REICHERT, 2000)

Existem também segundo JR. (1999), exemplos promissores de consórcios

intermunicipais para o tratamento em comum destes resíduos sólidos, sendo

implantados, gerando economia de custos pelo aumento da escala, e facilitando a

escolha do local. A participação da iniciativa privada no setor também apresenta casos

positivos, sendo uma tradição em várias partes do País. Pois a terceirização não

apresenta problemas metodológicos, havendo experiências em que se basear para

aperfeiçoar o sistema.

Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos ou PGRS segundo MEDEIROS

(2002), se constitui num documento integrante do sistema de gestão ambiental,

baseado nos princípios da não geração e da minimização da geração de resíduos, que

aponta e descreve as ações relativas ao seu manejo, contemplando os aspectos

referentes à minimização na geração, segregação, acondicionamento, identificação,

coleta e transporte interno, armazenamento temporário, tratamento interno,

armazenamento externo, coleta e transporte externo, tratamento externo e disposição

final.

Brasil (2004) cita que existem muitas ferramentas disponíveis para o

gerenciamento de resíduos, sendo que a hierarquia para que se obtenham resultados é

a seguinte: Prevenção da poluição, Reutilização, Reciclagem, Recuperação de energia,

Controle de Poluição, Disposição, Remediação.

Para os municípios a elaboração de PGIRSU com a descrição do manejo e

destino dos resíduos sólidos urbanos, que inclui os resíduos comerciais, domiciliares e

105

industriais, sendo um problema que envolve questões ambientais, econômicas e

sociais, é necessária. É preciso também ter um posicionamento avançado e crítico,

frente a esta situação, buscando uma alternativa viável e condizente com a realidade

atual. De acordo com a realidade de cada região, várias são as alternativas que podem

ser utilizadas para o gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos, (SCHNEIDER,

2001)

Para elaboração deste plano, foi feito uma pesquisa teórica sobre a gestão

ambiental de resíduos sólidos no setor público, envolvendo dados sobre limpeza

urbana dos municípios, abordando aspectos legais, estrutura administrativa, estrutura

operacional, aspectos sociais, educação ambiental, incluindo exemplos práticos de

municípios na Gestão de Resíduos Sólidos, foi realizado também um diagnóstico da

situação atual do município de Três Corações, através da análise de dados

secundários e da avaliação do cenário atual do município em relação aos resíduos

sólidos urbanos, e realizamos.

Este Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos do Município de Três

Corações servirá de referência para a Prefeitura Municipal de Três Corações, que

diminuirá o volume de resíduos sólidos no município, aumentando a vida útil de seu

aterro sanitário, e apontará soluções para outros resíduos do município, que não

podem ser destinados ao Aterro Sanitário, a através de sua implantação, poderemos

avaliar às melhores alternativas como, por exemplo, o melhor método para a realização

da coleta seletiva no município.

106

2. REFERÊNCIAL TEÓRICO

2.1 Lixo ou Resíduos Sólidos

Os resíduos sólidos, mais comumente conhecidos por “lixo”, são provenientes de

todas as atividades humanas. O lixo também pode ser chamado de resíduo, que é

aquilo que resta de qualquer substância e, mais especificamente, o que sobrou de

matéria-prima que sofreu alteração de qualquer agente exterior por processos

mecânicos, químicos, físicos, etc. Desta forma, tudo o que é descartado durante o

processo de produção, transformação e/ou utilização de bens e serviços, bem como os

restos decorrentes das atividades humanas, em geral, e que se apresente nos estados

sólido, semi-sólidos, líquidos e os gases emitidos podem ser entendidos como

resíduos.

Estes resíduos quando acumulados no meio ambiente de forma inadequada

causam não somente problemas de poluição, com a conseqüente contaminação do

meio ambiente, mas também o consumo de matérias-primas não renováveis.

(Brasil, 2004), exemplificou os resíduos originários das diversas atividades

econômicas da seguinte forma:

1 - Lixo agrícola é o lixo resultante do manejo agropecuário em zonas rurais, tais

como a colheita e pecuária. São de natureza orgânica, física ou química (no caso dos

agrotóxicos). Um fato relevante é que na zona rural praticamente não existe coleta de

lixo domiciliar, sendo que o desconhecimento dos problemas sanitários e ambientais

daí resultantes é enorme.

2 - Lixo da construção civil são as sobras de materiais utilizados nas construções

civis, como cimento, cal, areia, madeira, canos, ferragens, vidros, latas de tinta, restos

de forração, etc. Na maioria das vezes estes materiais se apresentam misturados em

caçambas e vão para os aterros, ou para terrenos baldios.

3 – Lixo domiciliar são todos os resíduos gerados pelas populações urbanas, ou

seja, o doméstico ou residencial. Em torno de 88% do lixo doméstico vai para o aterro

sanitário. A sua fermentação produz dois produtos: o chorume e o gás metano. Menos

de 3% do lixo vai para usinas de compostagem.

107

4 – Os resíduos industriais se dividem em:

a. Resíduo industrial comum – São todos os resíduos industriais sólidos e semi-

sólidos com características físicas semelhantes às dos resíduos sólidos urbanos, não

apresentando, desta forma, periculosidade efetiva e potencial à saúde humana, ao

meio ambiente e ao patrimônio público e privado, quando dispostos adequadamente.

b. Resíduo industrial perigoso – São todos os resíduos industriais sólidos e semi-

sólidos e líquidos não passíveis de tratamento convencional, resultantes da atividade

industrial e do tratamento convencional de seus efluentes líquidos e gasosos que, por

suas características, apresentam periculosidade efetiva e potencial à saúde humana e

ao meio ambiente e ao patrimônio público e privado, requerendo cuidados especiais

quanto ao acondicionamento, coleta, transporte, armazenamento, tratamento e

disposição.

c. Resíduo industrial de alta periculosidade – São os resíduos que podem causar

danos à saúde humana, ao meio ambiente e ao patrimônio público e privado, mesmo

em pequenas quantidades, requerendo cuidados especiais quanto ao

acondicionamento, coleta, transporte, armazenamento, tratamento e disposição. Em

geral são compostos químicos de alta persistência e baixa biodegradabilidade,

formados por substâncias orgânicas de alta toxicidade ou reatividade.

5 - Lixos de atividades pecuárias são os gerados na criação pastoril, indústria

pecuária, frigoríficos, matadouros, curtumes, etc.

6 - Lixo público é o lixo gerado na varrição de ruas, limpeza pública,

desassoreamento de córregos, construção de estradas, vias públicas, instalações de

redes de gás, eletricidade, esgoto etc.

7 - Lixo tóxico é um lixo perigoso, capaz de causar lesões graves (queimaduras,

danos no tecido, câncer) ou morte nos homens e em outros organismos. São em geral

produtos de processos industriais como a produção de energia nuclear ou síntese

química, porém os fertilizantes comuns podem também ser lixos perigosos, porque

poluem os mananciais de água com nitratos.

8 - Lixo radioativo ou nuclear é um resíduo tóxico e venenoso formado por

substâncias radioativas resultantes do funcionamento de reatores nucleares. São todos

108

os materiais de refugo, suficientemente radioativos para causar preocupação. Os lixos

de reatores nucleares e instalações similares contêm alto nível de radioatividade.

9 - Lixos dos serviços de saúde são os lixos provenientes de Resíduos de

Serviços de Saúde – RSS compõe-se de material descartado pela rede hospitalar,

centros cirúrgicos, ambulatórios, postos médicos, consultórios médicos e

odontológicos, clínicas, farmácias e laboratórios.

Segundo critérios da Resolução CONAMA N° 358, de 29/04/2005 e a RDC da

ANVISA N° 306 os resíduos de saúde são divididos em cinco grupos:

Grupo A: Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por

suas características de maior virulência ou concentração, podem apresentar risco de

infecção.

Grupo B: Resíduos contendo substâncias químicas que podem apresentar risco

à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de

inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade.

Grupo C: Quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que

contenham radionuclídeos em quantidades superiores aos limites de eliminação

especificados nas normas da Comissão Nacional de Energia Nuclear-CNEN e para os

quais a reutilização é imprópria ou não prevista.

Grupo D: Resíduos que não apresentem risco biológico, químico ou radiológico à

saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares.

Grupo E: Materiais perfuro cortantes ou escarificantes, tais como: lâminas de

barbear, agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas

diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas; tubos capilares; micropipetas; lâminas e

lamínulas; espátulas; e todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório (pipetas,

tubos de coleta sanguínea e placas de Petri) e outros similares.

Estes grupos ainda são divididos em subgrupos para que se tenha mais

especificidade no tratamento e disposição final destes resíduos conforme consta na

RDC da ANVISA N° 306, mas não serão descritos neste trabalho.

109

10 - Lixo tecnológico – REEE são os resíduos de equipamentos elétricos

e eletrônicos – REEE contém elementos químicos na forma iônica, que podem causar

danos à natureza e à saúde humana, como os de alguns cosméticos (possuem em sua

fórmula o alumínio, metal cujo acúmulo no organismo pode causar o “Mal de

Alzheimer”, doença que prejudica a memória), lâmpadas, pilhas e baterias,

componentes de computadores, aparelhos eletrônicos etc.

11 - Pilhas e baterias são de uso comum de toda a população em diversos tipos

de equipamentos, desde brinquedos, relógios, controles remotos, lanternas,

computadores, etc.

São em sua maioria jogadas nos lixos domésticos, e podem causar vários danos à

saúde humana e ao maio ambiente. Metais como o chumbo, podem causar doenças

neurológicas; o cádmio afeta a condição motora, assim como o mercúrio, podem conter

ainda, cobre, zinco, manganês, níquel e lítio menos nocivos. Devido a pesquisas a

presença destes produtos esta sendo reduzida. Segundo o IPT, cerca de 1% do lixo

urbano é constituído por resíduos sólidos urbanos contendo elementos tóxicos,

provenientes de lâmpadas fluorescentes, termômetros, latas de inseticidas, ilhas,

baterias, latas de tinta, entre outros produtos que a população joga no lixo, pois não

sabe que se trata de resíduo perigoso, ou não tem alternativa para descartar esses

resíduos. Uma maneira de reduzir o impacto ambiental do uso de pilhas e baterias é a

substituição por produtos novos que permitem maior tempo de usos, como as pilhas

alcalinas e baterias recarregáveis no lugar de pilhas comuns.

2.2. Classificação dos Resíduos Quanto a sua Natureza

A classificação dos resíduos quanto a sua natureza obedece à norma NBR

10.004/87, que classifica os resíduos tanto sólidos como líquidos em:

Resíduos de Classe I – Perigosos: são aqueles que apresentam periculosidade

ou uma das características a seguir citadas: inflamabilidade, corrosividade,

reatividade, toxidade e patogenicidade;

110

Resíduos de Classe II – Não Inertes: são aqueles que não se enquadram nas

classificações de resíduos de classe I ou de classe III. Os resíduos de classe II

– não inertes podem ter propriedades, tais como: condutibilidade,

biodegradabilidade ou solubilidade em água; (Ex: Papel)

Resíduos de Classe III – Inertes: quaisquer resíduos que, amostrado de forma

representativa, e submetidos a um contato estático ou dinâmico com a água

destilada ou deionizada, à temperatura ambiente, não tiverem nenhum de seus

constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de

potabilidade de água (ABNT, 1987). (Ex: vidro, plásticos e metais).

2.3 Classificação dos Resíduos Pelas Características Físicas

Pelo seu estado físico os resíduos podem se apresentar como sólido, líquido ou

gasoso. E segundo BRASIL (2004), os resíduos podem ser caracterizados de acordo

com suas características físicas:

1 - Composição gravimétrica: traduz o percentual de cada componente em

relação ao peso total do lixo

2- Peso específico: é o peso dos resíduos em função do volume por eles

ocupado, expresso em Kg/m3. Sua determinação é fundamental para o

dimensionamento de equipamentos e instalações.

3- Teor de umidade: Esta característica tem influência decisiva, principalmente

nos processos de tratamento e destinação do lixo. Vária muito em função das estações

do ano e da incidência de chuvas.

4- Compressividade: Também conhecida como grau de compactação, indica a

redução de volume que uma massa de lixo pode sofrer, quando submetida a uma

pressão determinada. A compressividade do lixo situa-se entre 1:3 e 1:4 para uma

pressão equivalente a 4 Kg/cm2. Tais valores são utilizados para dimensionamento de

equipamentos compactadores.

5- Chorume: substância líquida decorrente da decomposição de material

orgânico. Mas os resíduos sólidos despertam uma maior atenção devido ao seu

volume e dificuldade de disposição final. A gestão inadequada destes resíduos acarreta

111

a degradação do solo, poluição de mananciais, do ar, e crescente incidência de

enfermidades relacionadas a vetores que proliferam no lixo.

Os resíduos domiciliares são divididos em materiais orgânicos e inorgânicos: Os

orgânicos são resíduos que já foram organismos vivo, em geral são biodegradáveis,

como por exemplo, restos de alimentos, papel, podas de jardim, etc. Os inorgânicos

são os compostos por produtos manufaturados que a natureza não consegue absorver.

Por exemplo: vidro, plástico, isopor, lâmpadas, metais, embalagens dos produtos de

uso doméstico etc. (HIWATASHI, 1998).

De acordo com (CEMPRE, 1997), na composição do resíduo domiciliar

brasileiro, a maior parte é de material orgânico, mas os resíduos inorgânicos ou lixos

secos, também são encontrados em grande quantidade, justificando a coleta para seu

reaproveitamento na reciclagem.

Segundo COUTINHO (2002), Todos os tipos de resíduos, independente de sua

classificação, exigem um controle de sua quantidade, sua origem e seu destino final,

através de instrumentos de gestão de resíduos.

A gestão ambiental de resíduos sólidos pode ser definida como um conjunto de

ações que visam promover a redução da poluição provocada pela disposição

inadequada de resíduos sólidos urbanos, a partir do planejamento de intervenções, da

adoção de instrumentos econômicos para incentivo às boas práticas de gestão, da

reutilização, reciclagem e redução dos resíduos sólidos.

2.4 - Situação dos Resíduos Sólidos no País

Uma vez que o homem tem disputado espaço com o resíduo produzido por ele

mesmo, a preocupação com o manejo destes resíduos por parte das autoridades

municipais em muitas cidades brasileiras e das próprias comunidades locais tem

aumentado. Segundo HIWATASHI (1998), a disposição cumulativa dos resíduos tem

limites, e muitas cidades já estão com seus aterros sanitários em vias de saturação,

inviabilizando a continuidade de soluções desse tipo a médio e longo prazo, devendo-

se estudar novos projetos de gestão de resíduos como a reciclagem.

Segundo BRASIL (2004), o lixo gerado diariamente no Brasil gira em torno de

250 mil toneladas e deste total, 90 mil toneladas correspondem ao lixo domiciliar, cujos

112

responsáveis somos todos nós, cidadãos comuns. A produção de lixo per capita em

nosso país hoje, gira em torno de 600 g/hab./dia. O lixo domiciliar é basicamente

formado por lixo orgânico, isto é, restos de alimentos. De 5 a 15 % dos resíduos secos

domésticos são recicláveis sendo a sua composição média de: 8% plásticos, 12 %

vidro, 10 % metal, 50 % papel/papelão, 20 % outros.

Os governantes também devem se adequar às normas ambientais. Segundo

dados da Comissão de Políticas de desenvolvimento sustentável e da agenda 21

nacional (Brasília, 2000), que relatam que o desafio da sustentabilidade brasileira

impõe mudanças profundas nos sistemas de limpeza urbana, e adoções de políticas

que induzam a redução do lixo, pois a média de produção de resíduos domésticos já é

de um quilo por habitante/dia, a coleta chega a mais de 100 toneladas diárias, sendo

que 20% do lixo doméstico não são coletados. Cerca de 50% do coletado vão para os

lixões a céu aberto; 2% para aterros sanitários mais ou menos adequados e menos de

1% vão para a reciclagem.

Segundo LITLE (2003), grande parte das políticas ambientais geradas nas

esferas nacionais e estaduais, requer implementação em âmbito local. Dessa maneira,

é o governo local que, freqüentemente, encontra-se à frente do processo de

implementação dessas Políticas. Mas a ação municipal como executora somente da

implementação de políticas geradas “de cima” seria subestimar as práticas e a

influência das autoridades locais. Em vários municípios brasileiros a necessidade de

adaptar localmente políticas e ações levou-os a adotar práticas inovadoras e parcerias

com outros setores da comunidade. Mas por causa da dependência econômica, os

municípios acabam sendo reféns também na sua ação política e administrativa. Parece

não haver dúvidas de que os caminhos para o desenvolvimento sustentável dependem

do fortalecimento das possibilidades de ação dos municípios. Esse processo, contudo,

desafia, de maneira radical as práticas ambientais, sociais e econômicas tradicionais e

vigentes tanto na esfera nacional como na internacional. Mesmo com as autoridades

municipais não estando prontas para essa mudança, a governança local tornar-se-á um

dos mais importantes mecanismos de inovação democrática e ambiental.

113

3. HISTÓRICO E DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ATUAL

No município de Três Corações, que esta localizada na região Sul do Estado

de Minas Gerais, distando 289 km da capital, com área de 826 Km2, que apresentava

uma população total de 65.291 e urbana de 58.419 habitantes (IBGE/2000). O serviço

de limpeza urbana, era administrado pela prefeitura, apresentava um índice de

atendimento de 95% para o serviço de coleta domiciliar, sendo que os resíduos - cerca

de 30 ton./dia - eram depositados em um lixão a céu aberto, próximo de um córrego,

afluente do ribeirão Santa Fé, e operava em condições precárias em local totalmente

degradado, com a presença de catadores, inclusive crianças. Visando a solução deste

problema, a Prefeitura Municipal apresentou um projeto técnico para implantação de

um aterro sanitário com vida útil estimada em 34 anos, cuja Licença de Instalação foi

concedida em 2001. Após a construção do aterro sanitário, foi solicitada a Licença de

Operação em dezembro de 2001, sendo que para que esta licença fosse concedida, foi

ressaltada a importância de que a Prefeitura elabora-se o Plano de Gestão de

Resíduos, de forma a prever a implantação de programas de mobilização comunitária,

através de educação ambiental, incentivando a população a reduzir a geração de lixo e

adotar programas de coleta seletiva. Ressaltando-se também, a importância de

promover, junto aos estabelecimentos de saúde, um programa de gerenciamento

destes resíduos, para que se reduzi-se o volume de resíduos sépticos e,

conseqüentemente, aumentar a vida útil do aterro sanitário, conforme critérios

estabelecidos na Resolução CONAMA n° 283 de 12-07-2001, segundo Parecer

Técnico DISAN 017/2002 / Processo COPAM 322/95/05/01.

Atualmente, a população do município é de 71.737 habitantes (IBGE/2007) sendo

que aproximadamente 10 % da população cerca de 7.100 pessoas, vivem na zona rural

do município que possuí 1.230 produtores rurais cadastrados. A área total do município

é 826,00 km², sendo 807,57 km² de área rural e 18,43 km² de área urbana. .O serviço

de limpeza urbana do município é terceirizado, existe a coleta de lixo domiciliar que

atende 98 % da população da zona urbana, sendo que zona rural não existe coleta de

lixo, há também a coleta de lixo hospitalar que é feita segundo as normas da RDC 306

da ANVISA, e Resolução 358 do CONAMA, em carro próprio para estes resíduos

segundo as normas acima, a manutenção das atividades do aterro municipal, é

coordenada pela Secretaria de Meio Ambiente, porém os equipamentos utilizados na

114

manutenção das atividades do Aterro são alugados, pois a Prefeitura não dispõe de

máquinas e equipamentos para este fim. Os catadores que trabalhavam no antigo

lixão, agora trabalham nas ruas e em 2007 formaram a ACAMTC, Associação dos

Catadores de Materiais Recicláveis de Três Corações, porém continuam trabalhando

de forma isolada, pois ainda não possuem sede própria e a Coleta Seletiva ainda não

existe formalmente no município. Para mudar esta realidade é importante planejar

cuidadosamente antes de iniciar o processo, podendo-se integrar a coleta seletiva aos

serviços regulares da prefeitura. Não há também no município, alternativas adequadas

para a disposição de outros resíduos com os de construção civil, lâmpadas, restos de

podas de árvores. Quanto a resíduos como pilhas e baterias usadas, a secretaria de

Meio Ambiente realiza com parceiros municipais, campanhas de coleta para destinação

adequada.

O volume de lixo coletado pela Prefeitura, que vai para o aterro sanitário é em

média de 905 ton./mês de lixo residencial e 3,5 ton./mês lixo hospitalar, alguns

estabelecimentos de saúde mantém contrato com empresa terceirizada, que recolhe os

resíduos de serviços de saúde que não podem ser dispostos no Aterro Sanitário sendo

que a maior parte destes resíduos é encaminhado para incineração.

3.1 Tratamento e Disposição Final dos Resíduos Sólidos de Três Corações

3.1.1 Resíduos Domésticos – urbanos e rurais

Na Zona Rural do município, não existe coleta de resíduos domésticos, alguns

proprietários rurais levam seus resíduos para a cidade, mas a grande maioria dispõe

seus resíduos nas próprias propriedades, de forma inadequada ao meio ambiente e a

saúde pública. Os resíduos domésticos são coletados pelo serviço de limpeza

pública do município, que é terceirizado ou realizado por veículo próprio da prefeitura,

como no centro da cidade, atingindo 98% da zona urbana do município.

O Aterro Sanitário é atualmente, uma das soluções mais apropriadas e

indicadas para a deposição final dos resíduos sólidos domésticos, sendo que em Três

Corações são dispostos no Aterro Sanitário cerca de 905 ton./mês de resíduos

domésticos, sendo necessária a implantação da coleta seletiva e adequação da

Unidade de Triagem para destinação adequada dos resíduos recicláveis, diminuindo a

quantidade de resíduos que vai para o Aterro Sanitário, aumentando sua vida útil.

115

Existe um projeto já elaborado para a Adequação da Unidade de Triagem de

Recicláveis e Implantação da Coleta Seletiva no município, e levando-se em conta

dados relativos à composição média de resíduos sólidos urbanos recicláveis e /ou

consumo per capita, de municípios semelhantes a Três Corações, temos a provável

composição de resíduos recicláveis em Três Corações, distribuída de acordo com a

tabela abaixo

Composição Média de Resíduos Sólidos Urbanos Recicláveis

MATERIAL QUANTIA

Latas de Alumínio 4.5 Unidades/mês

Vidro 4%

Papel e Papelão 26%

Plástico 7%

Latas de Aço 4 Kg/ano

Tabela 01

Balanço Ambiental

De acordo com os dados acima, podemos fazer um balanço ambiental onde

teremos um resultado estimado de material que pode ser reciclado em toneladas anual:

MATERIAL RECICLÁVEL

TONELADAS / ANO

Latas de Alumínio 60

Vidro 723

Papel e Papelão 4.700

Plástico 1.265

Latas de Aço 286

Total geral de toneladas por mês = 586

Total geral de toneladas por ano = 7.036

Tab. 02

Perdas ambientais com a não-reciclagem

MATERIAL PERDA QUANTIDADE

/ ANO

Latas de Alumínio

Perda de bauxita 15 Ton.

Vidro Perda de areia, barrilha, calcário e feldspato em toneladas

468 Ton.

Papel e Papelão Média de árvores cortadas 51.702 Ton.

116

Tab 03

Não se tem dados sobre a quantidade de recicláveis, atualmente coletada no

município, pois os catadores de material reciclável trabalham informalmente, a

ACAMTC – Associação de Catadores de Material Reciclável de Três Corações possui

40 associados, que recolhem diariamente os recicláveis em comércio e residências

cadastradas, existindo também catadores que não fazem parte da ACAMTC atuando

no município, existem também no município, projetos sociais que recolhem óleo usado,

reutilizando-o para fazer sabão.

3.1.2 Resíduos de Grandes Geradores / Particulares - destinados ao Aterro

Sanitário

São resíduos com características de resíduos domésticos classificados como

Classe II (segundo NBR 10.004/2004 da ABNT) de grandes geradores, tendo esta

disposição disciplinada por legislação específica *, sendo o transporte destes resíduos,

de responsabilidade do gerador, realizado por empresas credenciadas pela Prefeitura,

podendo ser disposto no aterro sanitário acompanhado do Manifesto de Transporte,

após Cadastro do Usuário (Gerador) aprovado pela Secretaria Municipal de Meio

Ambiente. Atualmente são dispostos no Aterro Sanitário cerca de 30 ton. /mês de

resíduos de grandes geradores.

*A Prefeitura de Três Corações esta desenvolvendo Legislação Municipal para

disciplinar o acondicionamento dos resíduos dos grandes geradores no Aterro

Sanitário, cobrando por este serviço.

3.1.3 Resíduos de Serviços de Saúde

Latas de Aço Perda de minério de ferro 173 Ton.

Plástico Perda de petróleo 64 Barris

117

Todos os estabelecimentos de saúde do município devem ter seus planos

de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde – aprovados pela SEMMA -

Secretaria Municipal de Meio Ambiente e SEMS – Secretaria Municipal de Saúde.

São depositados no Aterro Sanitário em média 3.500 kilos de RSS - Resíduos de

Serviço de Saúde por mês, dos grupos A1, A2 após tratamento, A4, B e E que não

causam danos a saúde e ao Meio Ambiente e D.

Os Resíduos de Serviços de Saúde de estabelecimentos particulares no

município de Três Corações, e também municipais que por suas características não

podem ser dispostos no Aterro Sanitário, são encaminhados em sua maioria para

empresas licenciadas que os tratam por incineração, e alguns químicos como os

resíduos de RX, são destinados a recuperação de metais como a prata.

Orientações sobre a disposição final de Resíduos de Serviços de Saúde em

Três Corações – (Resolução do CONAMA N.º 358 de 29/04/05 e Portaria FEAM N°

361 de 23/10/2008)

Para a disposição final dos RSS no aterro sanitário, recomenda-se a proporção

de no máximo uma unidade de volume de RSS para cada dez unidades de volume de

resíduos sólidos urbanos para depois os resíduos serem compactados e recobertos.

Uma segunda alternativa, no caso de haver disponibilidade de retro-escavadeira,

é cavar um buraco na frente de aterro, depositar os RSS, cobrir com o material retirado,

compactar e continuar o trabalho de aterramento dos resíduos sólidos urbanos.

O transporte de RSS, segundo a DN 74/04, está dispensado de autorização

ambiental de funcionamento ou de licenciamento ambiental no caso de transporte de

RSS enquadrados nos Grupos A4, B sem característica de periculosidade, C que

atendam as condições preconizadas no documento de autorização de uso de material

radioativo emitido pela CNEN, D e E que não necessitam de tratamento.

Grupo A1 - Os resíduos deste grupo, constantes do Anexo I da Resolução do

CONAMA n.º 358 de 29 de abril de 2005 , devem ser submetidos a processos de

tratamento em equipamento que promova redução de carga microbiana compatível

com nível III de inativação microbiana (autoclave) e após tratamento, devem ser

encaminhados para Aterro Sanitário.

118

Grupo A2 - Os resíduos deste grupo, constantes do Anexo I da Resolução do

CONAMA nº 358 de 29 de abril de 2005, devem ser submetidos a processo de

tratamento com redução de carga microbiana compatível com nível III de inativação

(autoclave) e posteriormente, devem ser encaminhados para:

I - Aterro Sanitário, ou;

II - sepultamento em cemitério de animais.

Observação: Deve ser observado o porte do animal para definição do processo

de tratamento. Quando houver necessidade de fracionamento, este deve ser

autorizado previamente pelo órgão de saúde competente.

Grupo A3 - Os resíduos deste grupo, constantes do Anexo I da Resolução do

CONAMA nº 358 de 29 de abril de 2005, quando não houver requisição pelo paciente

ou familiares e/ou não tenham mais valor científico ou legal, devem ser encaminhados

para:

I - sepultamento em cemitério; ou

II - tratamento térmico por incineração ou cremação, em equipamento

devidamente licenciado para esse fim.

Observação: Na impossibilidade de atendimento dos incisos I e II, a SEMMA

pode aprovar outros processos alternativos de destinação.

Grupo A4 - Os resíduos deste grupo, constantes do Anexo I da Resolução do

CONAMA nº 358 de 29 de abril de 2005, podem ser encaminhados sem tratamento

prévio para o Aterro Sanitário.

Outros RSS que não apresentam características de periculosidade, ou que

foram submetidos a tratamento prévio obrigatório também podem ser dispostos no

Aterro Sanitário.

Grupo A5 - É vedada, em qualquer hipótese, a disposição em Aterro Sanitário

dos RSS enquadrados neste grupo, sem tratamento prévio. As cinzas resultantes da

incineração destes resíduos podem ser aterradas no aterro sanitário desde que

devidamente acondicionadas em sacos plásticos.

119

Grupo B - Os resíduos sólidos do grupo B sem características de periculosidade

podem ser dispostos no Aterro Sanitário, sem tratamento prévio.

Não é permitida a disposição final em aterro sanitário dos resíduos do Grupo B

que tenham características de periculosidade. Estes resíduos deverão ser dispostos

apenas em aterros classe 1, específicos para resíduos perigosos ou serem destinados

a incineração.

Grupo C - A disposição final em aterro sanitário do Grupo C deve atender as

condições preconizadas no documento de autorização de uso de material radioativo

emitido pela CNEN. Os resíduos contaminados com radioisótopos de meia vida curta

(até 100 dias), após o período de decaimento estipulado, devem ter disposição final de

acordo com o grupo ao qual pertencem.

Grupo D - Os resíduos não recicláveis do grupo D podem ser dispostos no

Aterro Sanitário. É desejável a implantação da coleta seletiva dos resíduos recicláveis

do grupo D pelos estabelecimentos geradores de resíduos de serviços de saúde.

Grupo E - Os resíduos do Grupo E que não precisam ser tratados podem ser

dispostos diretamente em aterro sanitário. Os RSS do Grupo E que necessitam de

tratamento, conforme previsto no Art. 25 da Resolução CONAMA no 358/05, somente

podem ser dispostos em aterro sanitário após tratamento prévio.

Resíduos de Podas e outros Resíduos Orgânicos

Não existe tratamento diferenciado para os resíduos orgânicos do município de

Três Corações, quando as podas são realizadas no município, a orientação é que

sejam destinadas a terrenos licenciados pela SEMMA – Secretaria Municipal de Meio

Ambiente, para receber estes resíduos.

Existem iniciativas isoladas e não quantificadas de compostagem de resíduos, e

a Secretaria de meio Ambiente possuí panfleto informativo sobre compostagem, que é

distribuída, para orientação dos moradores do município, principalmente na zona rural.

Pretende-se implantar um projeto de Compostagem de resíduos vegetais,

originários da poda de árvores da cidade, que serão reaproveitados na produção de

composto orgânico que podem ser utilizado na manutenção de praças e jardins. O

projeto da Unidade de Compostagem será instalado no Aterro Sanitário e poderá

120

aproveitar também restos de alimentos de restaurantes e feiras e supermercados entre

outros.

3.1.5 Destino de Pilhas e Baterias Usadas

A resolução nº 257/1999 do Conselho Nacional do Meio Ambiente permite que

pilhas comuns e alcalinas – aquelas usadas em rádios, controles-remotos e walkmans,

por exemplo – sejam descartadas no lixo doméstico. Já as baterias de celular e de

automóveis devem ser devolvidas aos fabricantes, responsáveis pela destinação final.

Orientação sobre destinação de Pilhas e Baterias para o município de Três

Corações (Resoluções CONAMA 257 e 263)

Pilhas e baterias destinadas ao lixo doméstico

Tipo / Sistema Aplicação mais usual Destino

Comuns e

Alcalinas

Zinco/Manganês

Alcalina/Manganês

Brinquedo, lanterna, rádio,

controle remoto, rádio-relógio,

equipamento fotográfico, pager,

walkman

Lixo doméstico

Especial

Níquel-metal-hidreto

(NiMH)

Telefone celular, telefone sem

fio, filmadora, notebook

Lixo doméstico

Especial

Ions de lítio

Telefone celular e notebook Lixo doméstico

Especial

Zinco-Ar

Aparelhos auditivos Lixo doméstico

Especial

Lítio

Equip. fotográfico, relógio,

agenda eletrônica, calculadora,

filmadora, notebook,

computador, vídeocassete

Lixo doméstico

Pilhas especiais do

tipo botão e

miniatura, de vários

Equipamento fotográfico, agenda

eletrônica, calculadora, relógio,

Lixo doméstico

121

sistemas sistema de segurança e alarme

Tabela 04

Pilhas e baterias destinadas ao recolhimento

Tipo / composição Aplicação mais usual Destino

Bateria de chumbo

ácido

Indústrias, automóveis,

filmadoras

Devolver ao fabricante

ou importador

Pilhas e Baterias de

níquel cádmio

Telefone celular, telefone

sem fio, barbeador e outros

aparelhos que usam pilhas e

baterias recarregáveis

Devolver ao fabricante

ou importador

Pilhas e Baterias de

óxido de mercúrio

Instrumentos de navegação

e aparelhos de

instrumentação e controle

Devolver ao fabricante

ou importador

Tabela 05

A recomendação para o descarte desses dois grupos de pilhas vale somente

para os produtos em conformidade com as determinações da Resoluções 257 e 263.

As empresas alertam para os cuidados que se deve ter com as pilhas e baterias

falsificadas ou importadas ilegalmente que, na maioria das vezes, não atendem as

especificações corretas. No caso das pilhas e baterias, cuja composição ainda não

atenda a legislação, os fabricantes e importadores estão definindo a estratégia de

recolhimento do produto esgotado, a partir de julho de 2000.

Uma solução encontrada em nosso município para destinação adequada destas

pilhas e baterias, é a campanha que esta sendo realizada pelo segundo ano

consecutivo, pela UNIMED e outros parceiros locais, assim como a Secretaria

Municipal de Meio Ambiente, a Campanha Papa Pilhas, disponibiliza em farmácias,

pontos de comércio, escolas e repartições públicas, pontos de coleta e troca pilhas e

baterias por cupons para sorteio e o material recolhido será encaminhado para a

destinação adequada. Entretanto, de acordo com a legislação ambiental, não podem

ser recolhidos produtos com peso superior a 500g ou tamanho maior que 5 cm x 8cm,

122

como os usados em carros, motos e alarmes. Estes produtos devem ser devolvidos ao

próprio fabricante.

3.1.6 Destinação Final de Embalagens Vazias de Defensivos Agrícolas

Não temos dados sobre a quantidade de embalagens vazias de Defensivos

Agrícolas geradas no município. Uma das próximas ações da SEMMA – será realizar o

acompanhamento da destinação destas embalagens no município, para quantificação e

verificação de seu destino.

O Brasil encaminha mais de 9 mil toneladas de embalagens de defensivos

agrícolas para o destino final. Cada vez mais, o Brasil encontra no campo um

verdadeiro exemplo de consciência ambiental. Os resultados positivos da destinação

final de embalagens vazias no país são fruto de ações conjuntas de agricultores,

indústria fabricante – representada pelo inpEV – Instituto Nacional de Processamento

de Embalagens Vazias, canais de distribuição, cooperativas e o poder público e

mostram a evolução de um sistema que se tornou referência mundial no assunto. O

Brasil figura atualmente na liderança entre os países que possuem sistemas de

destinação final de embalagens vazias de defensivos agrícolas. Do volume

comercializado, foram destinados cerca de 80% do total de embalagens vazias

colocadas no mercado e 96% do total de embalagens primárias (aquelas que entram

em contato direto com o produto).

Os bons resultados do sistema de destinação final são atribuídos à parceria de

sucesso entre agricultores, indústria fabricante – representada pelo inpEV - Instituto

Nacional de Processamento de Embalagens Vazias, canais de distribuição e o poder

público.

3.1.7 Destino de lâmpadas fluorescentes

Não existem dados sobre a geração deste tipo de resíduo em Três Corações,

assim como não existem iniciativas locais para sua disposição adequada, apenas

alguns pontos de comércio recebem lâmpadas usadas de seus clientes, mas não

divulgam este recebimento, que não é disciplinado ainda no município.

Para regularizar esta situação estamos aguardando a aprovação do projeto de

lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), em tramitação no Congresso

123

Nacional desde 1991, que voltou a prever a coleta obrigatória, por parte dos

fabricantes, do lixo produzido a partir de eletroeletrônicos e de lâmpadas fluorescentes.

Através da experiência demonstrada por empresas que dão destino correto a

estas lâmpadas, percebe-se que a reciclagem é entendida como a melhor estratégia a

ser adotada, do ponto de vista ambiental. Do ponto de vista econômico, isto representa

despesa, pois a empresa paga pelo transporte, e para reciclar as lâmpadas. A

reciclagem de lâmpadas fluorescentes diferencia-se da reciclagem de papel, plástico,

metais etc., onde a empresa obtém receita na comercialização deste material para a

reciclagem. O ganho para a empresa ocorre de maneira indireta como na promoção de

marketing verde e na sua adequação às normas de qualidade e ISO 14001. (Ambiente

Brasil, 2008)

3.1.8 Destino de pneus usados

A coleta e a destinação de pneus inservíveis é regulamentada pela Resolução

258, de 1999, do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente). A Resolução

estabelece que fabricantes e importadores de pneus têm que dar destinação final

ambientalmente adequada aos pneus inservíveis. Segundo essa legislação, conforme

seu artigo 11º, a adoção de procedimentos para implementação da coleta dos pneus

inservíveis no Brasil é uma tarefa que envolve vários colaboradores. Entre esses atores

estão os distribuidores, revendedores, reformadores e consertadores, sem esquecer os

consumidores finais de pneus, em articulação com os fabricantes, importadores e o

Poder Público.

A Prefeitura de Três Corações, através da Secretaria de Meio Ambiente esta

finalizando contrato com a Reciclanip, que é uma Associação criada em março de 2007

pelos fabricantes de pneus novos Bridgestone Firestone, Goodyear, Michelin e Pirelli, a

Reciclanip é considerada uma das maiores iniciativas da indústria brasileira na área de

responsabilidade pós-consumo.

O contrato prevê a instalação de um Ponto de Coleta de Pneu no município, no

acordo, a prefeituras cederá o local e a estrutura para instalação do Ponto de Coleta e

a Reciclanip fica responsável por toda a logística de transporte dos pneus até a

destinação final ambientalmente adequada.

124

3.1.9 Destino de Resíduos de Construção Cívil – Entulhos

No município de Três Corações não existe um Sistema de Gestão Sustentável

de Resíduos Sólidos da Construção Civil e de Resíduos Volumosos, sendo este um

dos maiores problemas de resíduos sólidos do município. Estes resíduos são

descartados em terrenos baldios, algumas vezes com autorização dos proprietários, e

da própria Secretaria de Meio Ambiente, outras vezes são dispostos em terrenos sem

autorização, nos dois casos a situação é problemática, pois a população não respeita o

local e acaba dispondo outros resíduos como os domésticos, tornando o local um foco

de insalubridade. Outro destino dado a alguns destes resíduos no município como o

cascalho é a recuperação de estradas rurais. Segundo dados do SINDUSCON, 2005,

estima-se que a geração destes resíduos no Brasil situa-se em torno de 450 Kg/ano

por habitante e vem mantendo tendência de crescimento (SINDUSCON 2005),

considerando a População atual de Três Corações, podemos considerar a geração

média de 32.282 toneladas / ano de resíduos de construção civil. (2.690 ton. / mês)

3.1.10 Lixo tecnológico – REEE - Resíduos de Equipamentos Elétricos e

Eletrônicos

Não existem dados sobre a quantidade de REEE, gerado em Três Corações, e a

maior parte destes resíduos deve estar sendo encaminhada ao Aterro Sanitário, pois

não existe outra solução disponível no município. Com a aprovação do projeto de lei da

Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), em tramitação no Congresso Nacional

desde 1991, voltou a prever a coleta obrigatória, por parte dos fabricantes, do lixo

produzido a partir de eletroeletrônicos. O que irá facilitar para o município realizar a

gestão destes resíduos, através da logística reversa, independente do serviço público

de limpeza.

A prefeitura de Três Corações esta desenvolvendo um projeto de recebimento

de computadores usados, que podem passar por manutenção recondicionamento e

depois serem doados a comunidade carente.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Brasil fez alguns avanços em seus textos jurídicos e regulamentares relativos

à política de resíduos sólidos, mas a Política Nacional de Resíduos Sólidos não foi

125

ainda aprovada e estão sendo revistos no CONAMA, normas de produção e descarte

de pilhas, a coleta e destinação de pneus, o transporte de resíduos e a gestão de

resíduos sólidos. Assim os responsáveis pela gestão de resíduos dos municípios

devem estar atentos às mudanças nas legislações vigentes.

São vários os problemas confrontados pelo município no setor de limpeza

urbana que hoje, em Três Corações é praticamente terceirizado, seja em forma de

serviços contratados, seja pelo aluguel de equipamentos não disponíveis no município.

É necessário à implantação da Coleta Seletiva no município com inclusão da

Associação de Catadores de Material Reciclável de Três Corações – ACAMTC, no

sistema de gestão de resíduos municipais, necessitando para isto estruturação física

da Unidade de Triagem existente no Aterro Sanitário, e compra de um caminhão para a

realização desta coleta, sendo que também há necessidade de outro caminhão para a

coleta de lixo na zona rural do município, que não é atendida atualmente.

Para a viabilidade financeira e bom funcionamento do Aterro Sanitário é

necessária à compra de máquinas como: trator de esteira, retro-escavadeira,

carregadeira e caminhão basculante que atualmente são alugados, sendo

responsáveis por 75 % dos custos de operação do aterro, assim como a realização de

obras drenagem de gases, chorume, melhoramento de suas vias internas e via de

acesso, revegetação dos taludes, e impermeabilização da base.

Para a compostagem de resíduos orgânicos de podas, também é necessário

adequação da estrutura atual e compra de equipamentos.

Sobre o Gerenciamento de resíduos de Construção civil, inicialmente propomos

a implantação de uma Estação de Coleta Seletiva, no Bairro Santa Tereza, região

central do município, em terreno próprio da prefeitura, para recebimento de alguns

resíduos de construção civil e outros recicláveis, e posteriormente elaboração do plano

de gerenciamento destes resíduos.

Verificamos que todas as soluções como reciclagem, coleta seletiva, catação,

compostagem e aterros sanitários são problemas complexos e que não devem ser

tratados isoladamente, e sim de forma integrada, pois são interligados operacional,

126

social, econômica e ambientalmente e podem causar impactos importantes ao meio

ambiente, à saúde da população e ao orçamento público.

A Prefeitura de Três Corações concluiu o primeiro passo para a implantação de

seu Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos, com a

realização do diagnóstico da situação atual, esta desenvolvendo projetos baseados nas

necessidades verificadas, e de acordo com as metas estabelecidas, esta paralelamente

realizando o levantamento de outros dados necessários para a implantação do PGIRS -

Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Urbanos.

127

4.1 Programas e Metas

PGIRSU – Prefeitura Municipal de Três Corações – 2009

Programas e Metas - Início das Atividades – Abril de 2009

Atividades Situação Prazo Conclusão

1.Início do PGIRSU - Coleta de

dados secundários

Ok

Abril

2009

Abril 2009

2. Elaboração do Projeto de

implantação e estruturação da

Unidade de Triagem de Resíduos

Recicláveis de Três Corações –

Recicla Três Corações

Projeto Ok

Implantação

pendente

Abril

2009

Aguardando verba

para implantação

do projeto

3. Projeto de Implantação da Coleta

de Lixo na Zona Rural

Projeto Ok

Implantação

Pendente

Junho

2009

Necessidade de

Veículo de Coleta

4. Coleta de dados sobre Resíduos

Domésticos Públicos - Implantação

da Coleta de dados do Aterro

Sanitário

Ok Agosto

2009

Agosto de 2009 –

Acompanhamento

mensal

permanente

5. Implantação da Campanha Papa

Pilhas e Baterias Usadas

Ok Agosto

2009

Agosto 2009

6. Coleta de dados sobre Resíduos

de Serviços de Saúde.

Aprovação e Recebimento dos

Planos de Gerenciamento de

Resíduos de Serviço de Saúde

Ok Agosto

2009

Julho 2009

7. Coleta de dados sobre Resíduos

de Grande Geradores

Implantação da Coleta de dados do

OK Setembro

2009

Julho 2009

128

Aterro Sanitário

8. Implantação do Eco Ponto de

Pneus

Pendente Outubro

2009

Aguardando

contrato assinado

pela Reciclanip.

PGIRSU – Prefeitura Municipal de Três Corações – 2009

Programas e Metas - Início das Atividades – Abril de 2009

Atividades Situação Prazo Conclusão

10. Regularização através de

legislação do Recebimento no Aterro

Sanitário de Resíduos de Grandes

Geradores – Recebimento do serviço

por Preço Público

pendente Novembro

2009

pendente

11. Levantamento de dados sobre a

Geração e Destinação Final de

Embalagens Vazias de Defensivos

Agrícolas

Pendente Novembro

2009

Em andamento

12. Levantamento de dados sobre a

Geração e Destinação Final de

lâmpadas fluorescentes

Pendente Dezembro

2010

Pendente

13. Elaboração do Projeto sobre Lixo

tecnológico – REEE - Resíduos de

Equipamentos Elétricos e Eletrônicos

Pendente Fevereiro

2010

Pendente

14. Implantação do Plano de

Gerenciamento de Resíduos de

Construção Cívil

Pendente Março

2010

Pendente

129

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABNT - Norma Brasileira NBR 10.004 (1987) – Resíduos Sólidos. Associação

Brasileira de Normas Técnicas

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Parecer Técnico DISAN 017/2002 / Processo COPAM 322/95/05/01.

CONAMA, Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução n ° 257, de 22-07-1999,

complementada pela Resolução 263, de 12/11/1999, que disciplina o gerenciamento de

pilhas e baterias em todo o território nacional.

CONAMA, Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução n ° 237, de 19-12-1997,

que trata sobre os critérios utilizados no licenciamento ambiental, de forma a efetivar a

utilização do sistema de licenciamento como instrumento de gestão ambiental,

instituído pela política nacional do meio ambiente.

CONAMA, Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução n ° 358, de 29-04-2005,

Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde e

dá outras providências.

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desenvolvimento sustentável: uma nova proposta de ação. [on-line] Disponível na

Internet via WWW.URL: www.ufsc.br. Arquivo capturado em 6 de maio de 20036-

6- Horário da Coleta de Lixo

BAIRRO Turno Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado

Amadeu Miguel M 11:30 10:20 10:55

Atalaia M 7:05 7:10 7:00

Bela Vista M 7:45 7:10 7:10

Boa Ventura M 6:35 6:35 6:35

Centro T 18:30 18:30 18:30 18:30 18:30 16:50

Chácara das Rosas

M 7:36 8:05 7:35

134

Cinturão Verde M 12:10 8:30 8:45

Cotia M 8:37 6:51 6:40

Jardim América M 8:35 8:45 8:20

Jardim Califórnia

M 11:40 11:18 9:55

Jardim Europa M 7:28 7:50 7:20

Jardim Umuarama

M 7:05 7:05 7:00

Jardim Fabiana M 8:30 7:42 8:08

Jardim Paraíso M 7:55 7:20 7:33

Monte Alegre M 9:06 9:37 9:25

N. S. Aparecida

M 8:50 8:40 8:50

N. S. de Fátima T 15:30 15:30 15:30

Novo Horizonte M 7:53 8:10 7:43

Bandeirantes M 6:45 6:55 6:40

Odilon Rezende

M 9:30 8:15 8:25

Parque Jussara

M 10:30 10:20 11:00

Parque São José

M 11:25 10:40 10:40

Alto Peró M 8:06 8:36 8:00

Rio do Peixe M 8:45 7:55 8:00

Jardim Rio Verde

M 06:50 06:50 06:50

Santa Tereza T 17:15 16:15 16:45 15:50 16:45 16:00

Santana M 12:35 10:10 12:00

Santo Afonso M 9:15 8:23 8:45

São Conrado M 8:10 8:10 8:00

São Sebastião M 6:55 6:40 6:50

Triângulo M 6:40 6:40 6:40

Vila Fernão Dias

M 8:50 7:45 08:25

Vila Jessé M 11:05 11:55 11:45

Vila Lima M 10:55 11:40 11:40

Vila Melo T 16:10 15:50 16:00

Vila Rezende M 7:17 7:00 6:51

Vila Rica M 7:25 7:35 7:20

Vila Viana M 8:05 7:20 7:35

Vilas Boas M 8:05 7:35 7:40

Vista Alegre M 8:00 7:20 6:55

Canto do Rio M 07:10 07:10 07:10

Colônia Santa Fé

M 13:35 11:00

Feira de Gado M 12:40 10:20 10:45

135

Flora M 11:00 11:00

Jardim das Alterosas

M 10:22 11:10 10:55

São Gerônimo M 9:50 9:25 10:40

Vila Emilia M 7:00 6:40 6:30

Jardim Orion M 06:35 06:35 06:35

Cafezinho T 16:25 16:10 16:15

Tapera T 15:40 15:35 15:40

São Francisco T 15:30 15:30 15:35

EsSa M 12:45 7:42 12:30

Estância dos Reis

M 8:30 9:05 8:31

Parque das Colinas

M 12:16 9:56 11:40

Monte Verde I M 13:16 11:08 11:46

Monte Verde II M 12:53 9:31 11:38

Vila Ipiranga M 13:32 11:26 12:16

Vila Mariana M 9:46 9:25 9:05

Penitenciária M 13:50 13:25 11:50 10:50 13:30

Jardim das Acácias

M 12:00 9:30 10:10

Jardim Eldorado

M 12:25 9:50 10:25

Flora M 7:30 7:30

Morada do Sol M 7:35 7:45 7:30

Jardim Primavera

M 7:00 6:50 6:45

Bela Vista M 10:50 7:10 7:10

Jardim Planalto M 10:45 9:45 10:00

Jardim Belo Horizonte

M 13:05 10:40 11:05

Vista Alegre M 7:30 7:00 7:20

Retirinho M 11:55 9:50 10:10

Vila Bela I M 12:05 9:55 10:15

Vila Bela II M 12:15 10:05 10:30

Taquaral M 7:40

São Bentinho M 11:00

Cachoerinha /Rancho Minas / Parque Agrinca

M 7:40

7 - Horário da coleta se lixo seco (Seletiva)

136

137

8- Referências Bibliográficas:

Lei 338-2013 - Dispõe sobre o Parcelamento do solo urbano e o controle da

expansão urbana no município

LEI 3831 - 2013 Dos fins e princípios da Política Municipal do Meio Ambiente

Lei 192/2006 - Aprova o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental do

Município de Três Corações, e dá outras providências.

Plano Local de Habitação e Interesse Social do Município de Três Corações – 2010

LEI Nº 11.445/2007- Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico;

http://www.inf.furb.br/sias/saude/Textos/Saneamento_basico.html

138

9 – Levantamento de dados: Zona Urbana

LEVANTAMENTO DE DADOS – PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO - ZONA URBANA

NOME: CPF: RG: NASC:___/____/______

Endereço: Rua: Número: Bairro:

O imóvel é: Cedido______ Alugado______Próprio____________

Proprietário:

O imóvel possui certidão: ( ) sim ( ) não Responsável pelo registro:

Contatos: Telefones - Res: Com:

e-mail: Referência:

A residência é atendida pelos seguintes serviços: Tratamento de água: ________ Esgoto: _________ Pavimentação: _________ Coleta de lixo: Convencional ________ Seletivo:_____________ Se não tem rede de esgoto onde o mesmo é lançado: ___________________________________________________________________________________

Se tem coleta seletiva discriminar: Dia:_________________________ Horário:________________________________________ Se não tem coleta seletiva: Faz separação de recicláveis? _______________________________Quem recolhe?______________________ A residência possui: Banheiro: _______ Fossa séptica:________

A água da residência é proveniente: COPASA ___ CISTERNA ____Poço Artesiano__________

A água consumida na residência é: fervida___________ filtrada: _______________

Já contraiu alguma doença causada pela água nos últimos 6 meses: Sim ( ) Não ( ) Qual doença: ___________

Descreva os sintomas da doença: ____________________________________________________________________

Onde é lançada a água da chuva de sua residência? _________________________________

O escoamento de água de chuva da sua rua é satisfatório? ( ) Sim ( ) Não Porque? _________________________ _________________________________________________

Onde você lança os resíduos de construção civil de sua residência?____________________ ___________________________________________________________________________

139

E os móveis velhos? ___________________________________________________________

Sua casa está sujeita a alagamentos? ( ) Sim ( ) Não

Existe alguma nascente ou mina confrontando com a sua residência? ( ) Sim ( ) Não

Quando morre algum animal doméstico o que é feito? ________________________________________________

10- Levantamento de Dados: Zona Rural

LEVANTAMENTO DE DADOS – PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

1 . IDENTIFICAÇÃO

1.1 NOME DA PROPRIEDADE

1.2 PROPRIETÁRIO

1.3 LOCALIDADE

1.4 REGIÃO

1.5 COORDENADAS GEOGRÁFICAS (GRAUS, MINUTO, SEGUNDO) X: Y:

1.6 QUANTAS RESIDENCIAS EXISTEM NA PROPRIEDADE QUANTOS MORADORES

1.7 NOME DO RIO OU CÓRREGO (PRÓXIMO)

1.8 ATIVIDADES ECONÔNICAS DA PROPRIEDADE

CULTURAS ANUAIS

PECUÁRIA SILVICULTURA OUTROS

2. DIAGNÓSTICO DE SITUAÇÃO

2.1 ABASTECIMENTO DE AGUA

CANALIZADA NÃO CANALIZADA

CISTERNA POÇO ARTESIANO MINA OUTROS

2.2 ESGOTAMENTO SANITÁRIO/ ÁGUAS SERVIDAS:

SIM NÃO QUAL TIPO?

DISTÂNCIA DE MANACIAIS:

2.3 DESTINAÇÃO DO LIXO COLETA MUNICIPAL

QUEIMADO ENTERREDO OUTROS

140

2.4 DESTINAÇÃO DE

RESÍDUOS DO CURRAL

ESTERQUEIRA

COMERCIALIZADO

UTILIZADO NA PROPRIDADE

BIODEGESTOR OUTROS

2.5 QUAL A DESTINAÇÃO DE RESÍDUOS DE EMBALAGENS DE AGROTÓXICOS, MEDICAMENTOS ?

TEM LOCAL APROPRIADO PARA ESTOCAGEM ?

2.6 MANUTENÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS. (TROCA DE ÓLEOS E REPAROS)

NÃO SIM _____ QUAL A DESTINAÇÃO DE ÓLEOS E MATERAIS CONTAMINANTES.

3. CONTROLE DE VETORES DENGUE? NÃO SIM _____

QUANTOS? ______

ESQUITOSSOMOSE NÃO ____

SIM ____

QUANTOS? _____

RAIVA NÃO SIM _____QUANTOS

LEPTOSPIROSE NÃO ____

SIM ____

QUANTOS? _____

DIARRÉIA NÃO SIM _____QUANTOS

OUTROS

141

11 – Ofícios encaminhados à prestadora de serviços do município Copasa.