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Disciplina: Análise e Gestão de Risco de Crédito Prof.: André Demitroff Data.: 30/09/2014 MBA em Finanças Turma 34

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Analise de Risco de Crédito

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  • Disciplina: Anlise e Gesto de Risco de Crdito

    Prof.: Andr Demitroff

    Data.: 30/09/2014

    MBA em Finanas

    Turma 34

  • Tpicos

    Conceito e finalidade do crdito

    O conhecimento do cliente e informaes importantes para avaliao

    A visita de crdito

    Processo de anlise e deciso de crdito

    Credit scoring

    Rating de crdito

    Analise de grupo econmico na deciso de crdito

    Provises

    Gesto da carteira de crdito

  • Conceito de Crdito

    Confiana

    Tempo

    Recursos

    Crdito, segundo Silva (1998), consiste na entrega

    de um valor presente mediante a promessa de

    pagamento.

  • Crdito Para Santos (2012), crdito em finanas definido como a

    modalidade de financiamento destinada a possibilitar a realizao de

    transaes comerciais entre empresas e seus clientes.

    Como esta promessa de pagamento futuro no tem assegurado o

    reembolso, devemos ento considerar o risco, que ser mitigado pela

    anlise da capacidade financeira do devedor.

    Nos bancos onde a principal atividade a intermediao financeira, o

    crdito consiste em disponibilizar recursos ao cliente na forma de

    emprstimos ou financiamentos que devero ser reembolsados em

    data futura.

    Agente Econmico

    Pessoa Fsica

    Pessoa Jurdica

    Governos

    Despesas

    Necessidades de Crdito

    Aquisio de Bens

    Capital de Giro Investimentos

    Custeio Investimentos

  • 5

    Conceito e Relevncia do Crdito

    Emprstimos e financiamentos

    Promessa de pagamento

    Intermedirio

    Financeiro Agentes Econmicos

  • 6

    AGENTES ECONMICOS E SUAS POSIES ORAMENTRIAS

    Para se estabelecer a intermediao financeira, necessrio:

    a. Existncia de moeda (superao do estgio primitivo de escambo);

    b. Criao de bases institucionais para funcionamento do mercado de

    intermediao financeira;

    c. Existncia de agentes econmicos deficitrios e superavitrios. Os

    agentes deficitrios so os demandadores de fundos.

    Os agentes superavitrios so os ofertadores de fundos.

  • Os intermedirios financeiros captam recursos de agentes econmicos empresas e pessoas fsicas que possuem sobras de recursos e canalizam estes recursos na forma de emprstimos para agentes econmicos que

    precisam deles.

    Aplicadores Banco Tomadores

    Superavitrios Deficitrios

    Depsitos a vista Rotativos (Ch Esp, cartes, CCG)

    Depsitos a prazo Emprstimos

    Poupana Antecipao de Recebveis

    Fundos de investimentos Financiamentos

    A funo de intermediao envolve riscos.

  • Crescimento

    Lucratividade

    Segurana

    Estr

    at

    gia

    Glo

    bal d

    o

    Inte

    rmed

    iri

    o

    MENOR RISCO POSSVEL PARA

    MINIMIZAR PERDAS

    AUMENTAR NMERO DE CLIENTES

    E VOLUME DE NEGCIOS

    SPREADS MAIORES PARA RISCOS

    MAIORES

    Definio da Estratgia de Crdito

  • O que Risco? Risco uma medida de probabilidade de um evento acontecer.

    Este evento sempre est relacionado a um fato negativo.

    Ele avaliado com base em informaes e evidncias.

    O que Incerteza? a impossibilidade de prever a ocorrncia de um evento.

    Ela resultado da falta de informaes ou da impossibilidade de

    prever o futuro.

    No h crdito sem risco. Haver sempre uma certa dose de risco associado ao crdito, maior ou menor, dependendo das condies do crdito.

  • RISCO DE CRDITO

    CONDIES

    DO CRDITO

    MAIOR

    CONFORTO

    PREVISIBILIDADE DO RISCO

    MENSURABILIDADE DO RISCO

    ALTA 0

    Exerccio de PREVER e MENSURAR os riscos associados

    concesso de crdito (as incertezas do repagamento) e

    DETERMINAR as CONDIES em que os riscos se tornam

    ACEITVEIS.

    Anlise de Crdito

  • SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

    Subsistema normativo

    CMN (Conselho Monetrio Nacional)

    Bacen (Banco Central do Brasil)

    Banco do Brasil

    BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico e Social)

    CVM Comisso de Valores Mobilirios.

    Subsistema Operativo

    Bancos comerciais

    Caixas econmicas

    Bancos de investimentos

    Bancos de desenvolvimento

    Sociedades de crdito, financiamento, investimento (Financeiras)

    Sociedades corretoras

    Sociedades distribuidoras

    Sociedades de arrendamento mercantil (leasing)

    Sociedades de crdito imobilirio

    Bancos Mltiplos

  • Conhecimento do cliente A matria prima bsica para o crdito a informao.

    Obter informaes confiveis e submet-las a um competente processo

    resultar na base para a tomada de deciso ou deciso de crdito.

    Pessoa Fsica Pessoa Jurdica

    Ficha Cadastral Pasta Cadastral

    Comprovao de Renda Demonstrativos Contbeis

    Comprovao de Patrimnio Anlise Financeira

    Documentos Pessoais Grupo Econmico

    Estas informaes so obtidas por meio de informaes do cliente, consultas

    as agncias especializadas (bureau de crdito), orgos de controle BACEN.

  • Como conhecer um cliente?

    Os Cs do Crdito so um resumo dos pontos importantes que devemos conhecer de cada cliente, possibilitando a anlise do perfil de cada cliente e

    a ajudando a avaliar os riscos de crdito.

    Segundo Silva, so 6 pontos que devem ser conhecidos:

    Carter avalia inteno de pagar e pontualidade

    Capital avalia situao financeira do cliente

    Capacidade avalia atividade operacional do cliente

    Colateral avalia garantias

    Condies avalia mercado de atuao do cliente

    Conglomerado avalia o conjunto de empresas que participa

    Detalhamos a seguir cada um deles.

  • Carter avalia a inteno de pagar e a pontualidade de um cliente em

    honrar suas dvidas.

    Pontualidade Tempo na Atividade Facilidade e retido negocial Esforo para honrar compromissos

    Capital avalia os riscos de crdito da situao financeira de um cliente.

    Conhecer somente a renda ou o faturamento de um cliente no o

    suficiente.

    Lucratividade Endividamento Liquidez Estrutura de capital

  • Capacidade habilidade dos scios ou administradores em conduzir os

    negcios da empresa de forma adequada para que a empresa tenha

    continuidade no mercado de atuao.

    Produo Compras Vendas Administrao geral e controles Instalaes

    Colateral so as garantias que servem para minimizar os riscos de crdito,

    reduzindo o risco de perda.

    Alienao Cesso Penhor Hipoteca Aval Fiana

  • Condies refere-se a riscos externos como aspectos mercadolgicos e

    econmicos.

    Adaptabilidade Agilidade / Flexibilidade Produtos e concorrncia Programas de Qualidade

    Conglomerado que se refere a anlise conjunto do grupo ecnomico a

    que pertence.

    Sinergia com outras empresas Respaldo do Grupo Administrao Consolidao

  • 17

    INFORMAES PARA CRDITO

    Mtodos para a tomada de deciso

    Mtodos quantitativos Simulaes Experincia anterior

    Pasta Cadastral

    Proposta de negcios e posio de cliente Ficha cadastral Anlises financeiras Grupo econmico, notcias e sinopses Informaes e desabonos Correspondncias com o cliente Balanos, Relatrios e Atas.

  • 18

    Anlise de crdito

    Anlise financeira

    - Anlise horizontal e vertical

    - ndices financeiros convencionais (Lucratividade, estrutura e liquidez)

    - ndices-padro

    - Fluxos de caixa e fluxos de recursos

    - Investimento operacional em giro

    - Capital de giro e capital permanente lquido

    - Modelos quantitativos

    Anlise setorial

    - Caracterizao do segmento (com caractersticas);

    - Anlise dos produtos, dos mercados (locais, regionais, nacionais, interna

    cionais), das formas de concorrncia e do perfil do pblico consumidor;

    - Identificao dos processos de produo das principais empresas do setor;

    - Anlise retrospectiva de desempenho do setor diversos mercados; - Anlise da situao atual e prospectiva abrangendo empresas e mercados;

    - Posicionamento das principais empresas atuantes no segmento e

    um perfil e caractersticas do segmento.

  • Objetivo da visita Levantamento de dados

    Planejamento

    Complementao de dados Esclarecimento de dvidas

    Realizao

    Relatrio de visita Agendamento de compromissos

    Acompanhamento

    Visita de Crdito e Negcios

  • Visita de Crdito e Negcios

    Administrao, controle e

    conglomerado

    Aspectos mercadolgicos e

    operacionais

    Nvel tecnolgico Aspectos

    estratgicos e financeiros

    Cliente

  • Administrao, controle e conglomerado:

    Identificao e qualificao dos administradores

    Funo e perfil tcnico

    Composio acionria

    Processo decisrio

    Participaes da empresa ou scios em outras empresas

    Relaes comerciais entre as empresas

    Polticas de crescimento e diversificao

  • Aspectos mercadolgicos e Operacionais:

    Identificao dos produtos e pblico alvo

    Mercado de atuao e modelo de distribuio

    Participao de mercado e concorrncia

    Volumes comercializados e forma de recebimento

    Volumes de compras e estoques

    Fornecedores e prazos de pagamento

    Polticas de crdito e inadimplncia

    Sazonalidade

  • Nvel tecnolgico:

    Capacidade produtiva e/ou atendimento

    Condies gerais de instalaes e equipamentos

    Controle de qualidade / certificaes

    Poltica de investimentos

    Distribuio e logstica

    Polticas de terceirizao

  • Aspectos estratgicos e financeiros:

    Anlise financeira e patrimonial

    Necessidades e fontes de recursos / financiamentos

    Polticas de capitalizao / dividendos

    Instituies que mantm relacionamento e modalidades utilizadas

    Projetos de investimentos

  • Anlise Financeira: Anlise Vertical

    Anlise Horizontal

    Anlise de Lucratividade e desempenho

    ndices financeiros

    Anlise do Fluxo de Caixa

    Anlise de ciclos Operacional e Financeiro

    Compra CONTAS A RECEBER

    Ciclo Operacional

    Ciclo Financeiro FORNECEDORES Salrios Impostos

    Contas a pagar

    Fontes operacionais

    Paga Compra

    ESTOQUES Vende Recebe

  • 26

    DECISO DE CRDITO

    Fontes de orientao para fixao dos limites:

    1) As necessidades do cliente

    2) O risco de crdito que o cliente representa

    3) A poltica de crdito do banco

    Trs questes bsicas que orientaro a definio do crdito:

    Quanto o cliente merece de crdito?

    uma varivel que depende da qualidade do risco apresentado, da capacidade e do porte do cliente.

    Quanto pode ser oferecido de crdito ao cliente?

    uma varivel que decorre da capacidade de quem conceder o crdito.

    Quanto deve ser concedido de crdito ao cliente?

    uma varivel que decorre da poltica de crdito adotada, com vistas diversificao e pulverizao da carteira de crdito.

  • 27

    DECISO DE CRDITO

    A tomada de deciso pode ser entendida como a escolha entre

    alternativas.

    O processo decisrio requer uma experincia anterior, conhecimento

    sobre o que est sendo decidido, bem como o uso de mtodos, de

    instrumentos e de tcnicas que auxiliem na tomada de deciso.

    No crdito ao se tomar uma deciso, escolhendo entre as alternativas de

    emprestar ou no emprestar, haver um impacto sobre o lucro do

    Intermedirio e sobre o relacionamento com o seu cliente.

    Uma vez tomada a deciso de conceder o crdito, o gestor no encerrou o

    seu processo decisrio, sendo necessrio tomas outras decises, como as

    relativas cobrana, por exemplo.

  • Metodologia de

    Avaliao de Risco

    Modelo

    Estatstico Calcular a probabilidade

    estatstica do devedor

    se tornar inadimplente

    Julgamental

    Premissa

    Analisar subjetivamente

    o risco de crdito

    baseada no

    conhecimento do cliente

    e na experincia dos avaliadores

    Padronizao e

    agilidade para

    pessoas fsicas e

    empresas menores

    Empresas de maior

    porte e

    complexidade ou

    operaes

    especficas

    DECISO DE CRDITO

  • 29

    DECISO DE CRDITO

    NVEIS DE RISCO x RETORNOS ESPERADOS

    Conforme Solomon e Pringle: ...o objetivo no maximizar as vendas ou minimizar as perdas com devedores incobrveis. Para maximizar as

    vendas, a empresa venderia a prazo a qualquer pessoa; para

    minimizar as perdas com devedores incobrveis no venderia a

    ningum.

    LIMITES DE CRDITO

    Fixa-se um limite de crdito para um cliente ou para um grupo

    conglomerado de empresas com a finalidade de dentro das condies

    estabelecidas rea de negcios operar com maior rapidez e sem a

    necessidade de anlise caso a caso. Contribui com a agilidade e

    uniformidade no atendimento ao cliente.

    Normalmente estabelecido por um prazo determinado no superior a

    um ano.

  • 30

    MODELOS QUANTITATIVOS

    Alguns estudos realizados no Brasil, com o objetivo de detectar ou prever

    casos de insolvncia.

    Principal barreira: Relativa escassez de pesquisas desenvolvidas com o

    propsito de encontrar parmetros para previso das insolvncias ou para

    servirem de guias concesso de crdito.

    Tambm no h uma forma eficiente de divulgao de eventuais estudos

    no publicados.

    A seguir temos um quadro exemplificando a ponderao de fatores na

    concesso de crdito.

    A partir de uma poltica interna de crdito, definem-se parmetros de

    enquadramento, os quais sustentaro a classificao previamente definida

    para o cliente.

  • 31

    ANLISE DISCRIMINANTE

    A anlise discriminante uma ferramenta estatstica utilizada para classificar determinado elemento E em dado grupo.

    Entre os grupos existentes 1..., 2. Para isso, necessrio que o elemento E a ser classificado pertena realmente a um dos i grupos, e

    que sejam conhecidas as caractersticas dos elementos dos dois grupos,

    de modo a permitir a comparao entre as caractersticas do elemento

    que desejamos classificar com as caractersticas dos elementos dos

    diversos grupos. Essas caractersticas so especificadas a partir de um

    conjunto de n variveis aleatrias (X1,...., Xn). No processo de

    classificao consideram-se os custos decorrentes de eventuais erros de

    classificao, bem como probabilidades de que o elemento pertena a

    cada um dos grupos.

  • 32

    Funo discriminante de Fisher

    tida como a primeira soluo especfica para o problema da

    discriminao. Para as situaes de discriminao entre duas populaes

    normais de mesma covarincia, esta funo apresenta timas

    propriedades.

    Para empresas e ndices financeiros, pode-se dizer que a funo

    discriminante uma combinao linear dos ndices de endividamento (X1)

    e de retorno (X2), isto Z=aX1 + bX2, onde a e b so determinantes de

    forma a maximizar o quociente entre a diferena ao quadrado entre os

    valores de Z calculados para as mdias das amostras (1 e 2) e a varincia de Z estimada dentro das amostras.

  • Credit Scoring

    Modelo estatstico parametrizvel para analise massificada de clientes.

    Emprega dados cadastrais de forma comparativa, combinados a

    variveis quantitativas e qualitativas previamente estabelecidas que

    resultam em uma pontuao final.

    Esta ferramenta possibilita anlise padronizada de forma rpida para o

    crdito massificado .

    Importante a definio do ponto de corte.

  • Valor Risco Qual.

    Relativo Classe Pontos Classe Pontos Classe Pontos Classe Pontos timo Classe Pontos Ponderada

    Situao financeira 6 Comprometida -2 Aceitvel 4 Boa 7 Muito Boa 10 60 Aceitvel 4 24

    Situao econmica 8 Deficiente -2 Regular 4 Boa 7 Muito Boa 10 60 Regular 4 32

    Capital mais Muito

    colateral 10 Insuficiente -5 Escasso 4 Adequado 7 solvente 10 100 Adequado 7 70

    Confiabilidade dos

    demonstrativos con-

    tbeis como fonte

    de informao 3 Pobre -1 Mdia 5 tima 10 30 Mdia 5 15

    Grupo econmico 4 Efeito negativo -2 No h grupo 0 Efeito positivo 10 40 No h grupo 0 0

    A direo (capaci-

    dade) 4 Pobre -1 Mdia 5 Sobressalente 10 40 Mdia 5 20

    Conceito na praa 5 Boa 1 Muito boa 10 50 Boa 1 5

    Condies do ramo,

    e setor de atividade Excep-

    de risco de negcio 6 Perigosas -4 Normal 4 Dinmicas 7 cional 10 60 Normal 4 24

    A organizao e

    controles 4 Deficiente -1 Boa 5 Muito Boa 10 40 Boa 5 20

    Antigidade no

    ramo (anos) 4 0/2 -2 2/5 3 5/10 7 10 10 40 2/5 3 12

    520 222

    Risco mximo aceitvelQUALIFICAO PONDERADA

    Anlises

  • Modelo

    Comportamental Modelo de

    Iniciao

    Pblico Clientes com histrico de

    relacionamento junto ao Banco Clientes Novos

    Dados Comportamentais Demogrficos

    Aplicao-chave Otimizar a carteira existente Otimizar a carteira futura

    Dinmica Classificao atualizada

    com periodicidade

    Pontuao calculada s

    quando solicitado

    Exatido Alta. Muitas informaes Alta/Moderada. Depende da

    qualidade das informaes

    MODELO

    MISTO

    Behavioral scoring Credit scoring

  • 36

    VANTAGENS DOS MODELOS

    Atribui segurana deciso por trazer confirmao emprica da validade da amostra;

    Eliminao da subjetividade na deciso pelo fato da utilizao de recursos estatsticos conjugados com a atribuio de pesos por meio de

    processos de anlise discriminante;

    Agilidade ao banco ou a empresa concedente do crdito, j que o modelo proporcionar maior eficcia na informao;

    Respostas geis de grandes quantidade para bancos e empresas de anlise de crdito;

    A confirmao de que alguns ndices tidos como importantes no so necessariamente significativos na avaliao de uma empresa altamente

    relevante.

  • 37

    LIMITAES DOS MODELOS

    O tempo (a poca) uma das principais limitaes, a partir da anlise discriminante;

    Os modelos no devem ser entendidos como uma verdade nica; Se os modelos fossem utilizados como parmetros nicos, algum que os conhecesse poderia manipular as informaes dos demonstrativos de

    uma empresa em estado de insolvncia;

    Pessoas no conhecedoras das anlises, ao se depararem com modelos desse tipo, podero utiliz-los inadequadamente;

    Aspectos como regio geogrfica e ramos de atividades peculiares, limitam o uso de um modelo nico.

    Normalmente, os modelos, ao serem aplicados a outras empresas do grupo podem perder sua eficcia, dado poca.

    O crdito deve ser entendido como coerente com as estratgias de negcios, pelo banco e pelas empresas.

  • 38

    Amostra e recursos utilizados

    A escolha da amostra constitui-se numa das partes mais importantes para

    desenvolver um modelo, com vistas classificao de empresas para fins

    de concesso de crdito.

    As caractersticas regionais, os diversos ramos de atividades, bem

    como o porte das empresas so trs fatores a serem considerados.

    Duas categorias bsicas compem as amostras, as empresas:

    Boas e Insolventes.

    Tambm importante dispor de demonstrativos contbeis de pelos menos

    trs exerccios sociais.

    COMPOSIO DA AMOSTRA

    Empresas timas Empresas regulares Empresas insolventes

  • 39

    Qualidade da amostra

    Qual o tamanho adequado da amostra?

    Como devemos escolher os elementos da amostra?

    A amostra extrada de duas fontes: das contas incobrveis e das contas de comportamento de pagamento aceitvel no passado. Este

    mtodo pode apresentar-se deficiente quando:

    a) a empresa tiver um pequeno volume de incobrveis, que torne o

    perfil histrico pouco confivel;

    b) estatisticamente, a empresa normalmente dispe de dados a quem

    concede crditos, sem manter um registro adequado sobre as

    operaes negadas.

    Outro mtodo seria a manuteno de um registro de operaes negadas, com tentativa de correo do vis citado anteriormente.

    O terceiro mtodo consistiria em conceder crdito a todos os solicitantes durante certo tempo, a fim de observar o que aconteceria.

  • 40

    Classificao do risco

    Rating para deciso de crdito

    O rating uma avaliao de risco. Esta avaliao feita por meio de um cdigo ou classificao que fornece uma graduao do risco em funo da Probabilidade Default esperada.

    Agncias internacionais de Rating

    Algumas das mais importantes so: a Standard & Poors; a Moodys e a Fitch IBCA.

    Histrico e investigao do crdito:

    Histrico e Pontualidade Protestos e outros desabonos Convnios e fontes de informao Agncias de informaes Central de Risco Bacen

  • 41

    CLASSIFICAO DE OPERAES DE CRDITOS IFs TABELA DE CLASSIFICAO Resol. 2682/99 - Bacen

    Dias de Atraso

    0 a 14

    0 a 14

    15 a 30

    31 a 60

    61 a 90

    91 a 120

    121 a 150

    151 a 180

    mais que 180

    Classif. Mnima

    AA

    A

    B

    C

    D

    E

    F

    G

    H

    Proviso Mnima

    0,0%

    0,5%

    1%

    3%

    10%

    30%

    50%

    70%

    100%

  • 42

    A classificao das operaes deve considerar, no mnimo,

    os seguinte fatores:

    Devedor/Garantidor:

    Situao econmico-financeira Grau de endividamento Capacidade de gerao de resultado Fluxo de caixa Administrao e qualidade dos controles Pontualidade e atrasos de pagamentos Contingncias Setor de atividade econmica _______________________________________

    Operao

    Natureza e finalidade Suficincia e liquidez das garantias Valor

    Para chegarmos a classificao de um conjunto de operaes de um cliente

    junto a um banco, teremos de considerar quatro dimenses: - o risco intrnseco do cliente;

    - o risco da operao que esteja sendo analisada;

    - o risco de conjunto de operaes do cliente;

    - o risco das operaes com o conglomerado (grupo econmico).

  • 43

    Classificao do risco de crdito:

    CRDITO

    Emprstimos e financiamentos

    Banco Tomador

    Promessa de pagamento

    RISCO

    Carter Capacidade Condies Capital

    Conglomerado

    Classificao (Rating)

    Colateral (Garantias)

  • Grupo Econmico

    CONGLOMERADO ECONMICO E GRUPOS FINANCEIROS

    1. Introduo ao Conglomerado

    Grupo de sociedades Lei n. 6.404/76 Art. 255 a 277

    2. Coligadas e Controladas

    So coligadas as sociedades em que uma participa com 10% ou mais do

    capital de outra sem control-la. Considera-se controlada a sociedade na

    qual a controladora, diretamente ou por meio de outras controladas, titular

    de direitos de scio que lhe assegurem de modo permanente,

    preponderncia nas deliberaes sociais e o poder de eleger a maioria dos

    administradores.

    3. Grupo de Sociedades

    3.1. Controle de mais de uma empresa por uma pessoa fsica.

  • 45

    3.2. Controle de mais de uma empresa por um mesmo grupo de pessoas.

    4. Demonstraes financeiras consolidadas.

    4.1. Tcnicas de consolidao

    Ajustes e eliminaes de valores e operaes existentes entre as empresas

    consolidveis (partes relacionadas).

    4.2. Efeitos da consolidao sobre os ndices financeiros

    5. Anlise do conglomerado e das participaes

    Para fins de crdito necessrio ter uma medida de avaliao das

    empresas que compem o conglomerado, como tambm, quem detm o

    controle acionrio das empresas e, fundamental, saber quais as empresas

    que sero analisadas.

  • Acordo da Basilia I

    Em 1988, o Comit da Basilia divulgou o documento conhecido como Acordo de Basilia I. Pelo acordo, o BIS Bank of International Settlements, espcie de Banco Central dos Bancos Centrais, recomenda a seus membros e signatrios do acordo,

    uma necessidade mnima de capital para fazer face aos riscos de crdito.

    A recomendao de capital mnimo varivel entre 8% e 15% dos ativos ponderados

    ao risco.

    O Banco Central do Brasil optou por capital mnimo de 11% para os Bancos que

    atuam no Brasil.

    Exemplo da estrutura mnima dos Balanos de Bancos que atuam no Brasil

    Ativos Passivos

    Ttulos de Governo Captao e Recursos de Terceiros mximo de 89%

    Operaes de Crdito Depsitos a vista

    Operaes de cmbio CDB e Poupana

    Imobilizados Emprstimos

    Recursos Prprios mnimo de 11%

    Capital e reservas

  • Acordo da Basilia II

    Em 1999, com objetivo de aperfeioar as regras e ampliar a segurana sistmica,

    o BIS iniciou completa reviso do 1 Acordo feito em 1988.

    Em junho de 2004 foi divulgado novo Acordo de Capital, conhecido como Basilia II, onde todos os membros e signatrios tiveram que se adequar s novas recomendaes, divididas em trs pilares:

    Pilar 1 requerimento de capital mnimo para fazer face a riscos de Crdito, riscos de Mercado e riscos Operacionais.

    Pilar 2 conjunto de Princpios e Orientaes para as melhores prticas a serem implementadas pelos Bancos e que devem ser supervisionadas formalmente pelo

    Banco Central de cada pas.

    Pilar 3 disciplina de mercado, onde cada Banco deve ter controles administrativos e sistemas de informaes sobre as atividades que envolvam

    riscos de crdito, de mercado e riscos operacionais, alm da divulgao

    transparente de seus Balanos indicando todos os nveis de riscos.

  • Carteira de Crdito e

    Proviso

  • Bancos de A B % Proviso %

    Varejo Ativos Crdito B / A PDD PDD / B

    1.280 592 46% 24 4,1%

    1.033 353 34% 24 6,8%

    910 511 56% 24 4,7%

    790 296 37% 20 6,8%

    503 194 39% 15 7,7%

    167 54 32% 4 6,7%

    57 26 46% 1,5 5,8%

    Bancos Varejo 4.740 2.026 43% 112 5,5%Fonte: Bacen - 50 maiores - Operaes de Crdito e Provises de Perdas

    Maro de 2014 - em R$ bilhes

    Carteira de Crdito e

    Proviso

  • Ciclo do negcio de crdito

    Perdas

    de Crdito

    Cobrana Plano de

    Negcios

    Gesto de

    Carteira

    Produtos

    Sistemas Gerenciais e

    de Controle

    Estratgia e

    Estrutura

    Extrado de Silva, JP adaptado do livro de Lawrence, D B O negcio de Crdito para representar a integrao do crdito na

    organizao.

  • 51

    CONTROLE E ACOMPANHAMENTO DO CRDITO

    A poltica de crdito que vai definir os critrios de classificao de

    risco, as formas de acompanhamento e reviso de crdito, as aladas de

    deciso para transferncias de operaes para crdito em liquidao,

    entre outros fatores relevantes.

    O banco pode ter normas, estruturas e recursos para controle e

    acompanhamento dos crditos, mas isto ser eficaz na medida em que

    haja uma cultura e uma conscincia de que o controle e o

    acompanhamento do crdito sejam um processo contnuo e de

    responsabilidade de todas as pessoas envolvidas com crdito e

    negcios.

  • 52

    Controle e Acompanhamento de Crdito

    Servios de auditoria de crdito

    Servios de reviso de crdito

    Crditos problemticos

    O primeiro passo identificarmos o que um crdito problemtico.

    Crditos problemticos podem ser entendidos como aqueles que

    apresentam dificuldades de serem recebidos e consequentes perdas

    para o credor.

    Causas dos crditos problemticos

    Decorre da inobservncia das seguintes variveis:

    Erros por parte do credor Prticas fracas de negcios Eventos externos adversos

    Sinais de Alerta

    Provenientes de demonstraes financeiras Provenientes do cliente Provenientes de terceiros

  • As novas abordagens de gesto do risco de crdito esto intimamente

    ligadas aos modelos de carteira.

    Um exemplo o Creditmetrics procura identificar o Value-at-Risk (VaR) da

    carteira de emprstimos em um horizonte de risco que alm da

    probabilidade de inadimplncia inclui valorizaes e desvalorizaes da

    qualidade de crdito, as possveis migraes de classificao (Rating).

  • bibliografia

    Silva, Jos Pereira Gesto e Anlise de Risco de Crdito 2013

    Matarazzo, Dante C Analise das Demonstraes Financeiras 6 Ed

    Saunders, Anthony Medindo o Risco de Crdito 2000

    Rudge, Luiz Fernando Dicionrio de Termos Financeiros 2007

    Fortuna, Eduardo Mercado Financeiro Produtos e Servios 2005

    Securato, Jos R Crdito Anlise e Avaliao do Risco 2012

    Manual de Poltica e Processo Decisrio de Crdito

    Guilln, Mauro F Building a Global Bank 2008

    Santos, Jos Odlio Anlise de Crdito 2012