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Análise Geoquímica do Sistema Aquífero Guarani (SAG) no Nordeste do Rio Grande do Sul Alex Bortolon de Matos; Daniel Oliveira de Brito; Pedro Antonio Roehe Reginato & Gustavo Barbosa Athayde. Setembro de 2016 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL - UFRGS INSTITUTO DE PESQUISAS HIDRÁULICAS – IPH LABORATÓRIO DE HIDROGEOLOGIA [email protected]

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Análise Geoquímica do Sistema Aquífero Guarani (SAG) no

Nordeste do Rio Grande do SulAlex Bortolon de Matos; Daniel Oliveira de Brito; Pedro Antonio Roehe

Reginato & Gustavo Barbosa Athayde.

Setembro de 2016

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL - UFRGS

INSTITUTO DE PESQUISAS HIDRÁULICAS – IPHLABORATÓRIO DE HIDROGEOLOGIA

[email protected]

Introdução

Aquífero Guarani RS:SFTA-PSFDCSFJM

IntroduçãoUso da água

Demanda Grandes volumes Localização

Materiais e MétodosÁrea de estudo 14 poços com informações hidroquímicas; Nordeste do RS (Bento Gonçalves, Monte Alegre, Bom Jesus,

Farroupilha, Gramado, Nova Petrópolis, Nova Prata, Veranópolis, Vila Flores, Cotiporã).

SIAGAS, relatórios de perfuração de empresas de perfuração e análises físico-químicas

Materiais e MétodosQualiGraf (Mobus, 2002) Diagrama de Piper Correlação entre concentrações

Portaria n° 2.914 do MS (Brasil, 2011)Posicionamento do topo do SAGComparação com bibliografia

ResultadosClasses Quantidades

Sódicas Bicarbonatadas 3

Sódicas Sulfatadas 9

Sódicas Mistas 1

Sulfatadas Mistas 1

Diagrama de Piper

Poços com mistura

Heterogeneidade no compartimento norte;

Semelhante ao encontrado por Silva (1983) e Gastmans (2007), para o SAG em outras regiões;

ResultadosP6 e P8 Os maiores valores de Na, K, SO4, STD, CE e dureza:

Compartimento possivelmente confinado; Provável pouca recarga.

P35 Único com pH ácido (6,13).

P43 (Sódica mista) Elevados valores de Cl.

Portaria n° 2.914 do Ministério da Saúde. Elevados valores de Fluoretos em 67% dos poços e de sulfato em 33% dos poços.

ResultadosValores STD

Compartimento Leste 200-300 mg/LMachado

(2005)Compartimento Norte Uruguai

800 - 3500 mg/L

SASG <250 mg/L CPRM (2005)

SAG Confinado SP 61-650 mg/LGastmans (2007)

0

100

200

300

400

500

600

700

Compartimento LesteCompartimento Norte Uruguai

STD

(mg/

L)

ResultadosCorrelações

0 200 400 600 800 1000 12000

500

1000

1500

2000

2500

R² = 0.955206190610493

STD (mg/L)

CE (μ

S/cm

)

CE x STD

ResultadosCorrelações

0 500 1000 1500 2000 25000.00

50.00

100.00

150.00

200.00

250.00

300.00

350.00

R² = 0.890682147887955

CE (μS/cm)

Na

(mg/

L)

200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 2000 22000

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

1800

2000

R² = 0.940845504277491

CE (μS/cm)

SO4

(mg/

L)

Principais cátions e ânions

Varia de 71m (P24) à -173m (P26), sentido noroeste, e de 71m (P24) à 1m (P13), sentido sudeste;

Distância de 76,3km entre P24 e P26, de 24,8km entre P24 e P13;

Desnível pouco acentuado (0,003m/m).

ResultadosCorrelações

Topo SAG x Sódio

0 50 100 150 200 250-200

-150

-100

-50

0

50

100

Na (mg/L)

Cota

do

Topo

do

SAG

(m) O sódio aumenta com a

profundidade; Com exceção do poço P38;

Conclusões As águas foram classificadas como sulfatadas sódicas (75% dos poços),

bicarbonatada sódica, mista sódica e sulfatada mista (8% cada), apresentando características condizentes às observadas na literatura para SAG confinado;

Heterogeneidade nas espécies hidrogeoquímicas localizadas no Compartimento Norte-Alto Uruguai;

Os poços P06 e P08 apresentam elevados valores de CE, indicando um possível estado de maior confinamento e consequente maior mineralização;

Foram encontrados valores elevados de fluoretos (67% dos poços) e sulfatos (33% dos poços) na maioria dos poços, com valores acima dos VMP;

Conclusões O topo do SAG varia entre as cotas 71m e -173m, com a cota decrescendo do

poço P24 (71m), com sentido noroeste, até a o poço P26 (-173m), e com sentido sudeste, até o poço P13 (1m), apresentando pequena declividade;

A presença de águas de mesma classificação e com características similares em diferentes compartimentos, pode indicar que, na região próxima ao encontro destes, as águas podem ter características comuns, sofrendo, possivelmente, uma maior influência das litologias locais.

Por essa razão, que apesar de existir uma tendência de que alguns parâmetros, como o sódio, variem em função da profundidade, as características específicas de cada local podem influenciar na formação das águas.

Com isso, este trabalho vem para acrescentar nos estudos das características deste que é um dos principais aquíferos do mundo, de modo a proporcionar uma maior eficiência na sua explotação na região nordeste do Rio Grande do Sul.

Referências Bibliográficas BRASIL. 2011. Portaria nº 2.914 de 12 de dezembro de 2011 do Ministério da Saúde. Dispõe sobre os

procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade.

CPRM. Diretoria de Hidrologia e Gestão Territorial. Mapa Hidrogeológico do Rio Grande do Sul. 2005. Disponível em: <http://www.cprm.gov.br/publique/media/mapa_hidrogeologico_RS.pdf>. Acesso em: 25 abr. 2016.

GASTMANS, D. 2007 Hidrogeologia e Hidroquímica do Sistema Aquífero Guarani na Porção Ocidental da Bacia Sedimentar do Paraná. Tese (Doutorado em Geociências e Ciências Exatas) – Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 194p.

MACHADO, J. L. F. 2005. Compartimentação Espacial e Arcabouço Hidroestratigráfico do Sistema Aqüifero Guarani no Rio Grande do Sul. Tese (Doutorado) - Programa de Pós-Graduação em Geologia. UNISINOS. São Leopoldo-RS, 237p.

MOBUS, G. 2002. Qualigraf: programa para análise da qualidade da água. Fortaleza: FUNCENE. SILVA, R. B. G. 1983. Estudo Hidroquímico e Isotópico das Águas Subterrâneas do Aquífero Botucatu no Estado

de São Paulo. Tese (Doutorado em Geologia) – Instituto de Geociências, Universidade de São Paulo, 156p.

[email protected]

Agradecimentos: CAPES e CNPq, pelo apoio financeiro e concessão de bolsas, e as empresas de perfuração pela liberação dos dados.

OBRIGADO