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Análise Pericial de Fraudes em Documentos: Papéis e Tintas e Determinação da Idade de Tintas e Papel em Documentos Bruna Araújo de Jorge

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Análise Pericial de Fraudes em Documentos: Papéis e Tintas e Determinação da Idade de Tintas e Papel em Documentos

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Anlise Pericial de Fraudes em Documentos: Papis e Tintas e Determinao da Idade de Tintas e Papel em Documentos

Anlise Pericial de Fraudes em Documentos: Papis e TintaseDeterminao da Idade de Tintas e Papel em DocumentosBruna Arajo de JorgeUm Pouco de HistriaAntes do Papel e da TintaAntes do papel e tinta os povos utilizavam outras bases para escrita, como pedra, madeira, metal (cobre, bronze, ouro), argila, ossos, marfim, casco de tartaruga, peles curtidas de animais (pergaminho).

Pedra de Roseta: O texto superior est na formahieroglficadoegp-cio antigo, o trecho do meio emdemtico, variante escrita doegpcio tardio, e o inferior emgrego antigoNo EgitoOs escribas egpcios usavam tinta e pincis ou canas ocas, e uma superfcie documental feita com uso de cana sobtidas de uma planta chamada papyrus. O papiro apresenta textura, aparncia e resposta ao escrever muito prxima do papel, porm muito frgil.Eram utilizados dois tipos de tinta: negra e vermelha. A tinta negra, densa e resistente se fazia com fuligem, gua e um fixador semelhante goma arbica. Ttulo, cabealhos e comeos de captulo se escreviam com tinta vermelha, feita base de p de cinabre ( um sulfeto de mercrio) ou de mnio (um xido de chumbo).

1650 a.C. : Papiro de RhindouPapiro deAhmes (escriba).

Tinta Chinesa criao da tinta Chinesa atribuda uma origem mtica, que a situa no reinado de HUANG-TI, o imperador amarelo (2697-2597 a.C). A tinta chinesa era praticamente indelvel, mesmo e condies de alta umidade.E a China Inventa o Papel[...]se atribui a CAI LUN (ou TSAI-LUN), funcionrio da corte dos HAN (25-220 d.C.) a inveno em 107 de um material leve formado pela triturao de fibras vegetais e sua posterior aglomerao em lminas[...] [...] A primeira pasta que se obteve na China para fabricao do papel possivelmente estava constituda por fibras txteis usadas, trituradas e moldadas em forma de finas folhas. Nesta reciclagem de tecidos, a seda teria, sem dvida, um lugar de destaque. Em seguida o uso exclusivo de fibras vegetais se generalizou e apareceu o papel que hoje conhecemos[...] Georges Jean.

Papel na AmricaNo Peru, foram encontrados restos de um tipo de papel feito a partir de casca de rvore, que resulta num produto com caractersticas semelhantes s do papiro com datao aproximadamente 2.100 a.C. e fabricao atribuda aos povos andinosEntre o sculo III e o sculo X, acontece o grande apogeu da cultura maia. Eles descobriram que os tecidos de cascas de rvore que usavam em suas roupas podiam ser utilizados para escrever. Os chamados buun, eram folhas feitas a partir dos tecidos confeccionados a partir da casca de uma figueira silvestre da famlia do fcus. Este papel pr-colombiano se assemelha ao atual papel amate.

Parte doCdice de HuexotzincoChega a ImprensaEm 1455, na Alemanha de Gutenberg (municpio), foi iniciado o uso de sistemas de impresso mediante tipos mveis de metal, a tipografia. Primeiro documento: A Bblia em letra gtica.Entre 618 e 907 d.C. no oriente j utilizava-se uma forma semelhante da imprensa ocidental, a xilografia, sistema de impresso mediante blocos de madeira. Possibilitou a origem do papel-moeda (China) e livros em grande escala.Para China, Coria e Japo, a finalidade da impresso de livros e publicaes era fixar a autenticidade de um determinado texto, majoritariamente religioso ou filosfico, mediante o ato de emiti-lo por meio de uma instncia com autoridade (governo, imperador, rei, etc) assegurando correta transmisso.

Umatipografiado sculo XV

Evoluo dos Instrumentos EscrituraisCom a evoluo dos pergaminhos, a cana e pincel usados para escrita foram substitudos pela pena de ave que fornecia maior velocidade escrita. A pena de ave dispe, assim como a de cana, de uma zona interior oca que permite reter certa quantidade de tinta quando se aproxima a pena da horizontalidade.

No sculo XVIII comearam a aparecer elementos como grafite, o lpis de grafite e a pena metlica. Depois chegou a pena estilogrfica. J no sculo XX, surge a esferogrfica, marcadores fludos, a tintas gel.

Introduo ForenseObjetivosa) Identificao da tinta: determinao da fonte, instrumento escrevente e fabricante. necessria uma grande base de dados com perfis analticos. A identificao da tinta permite anotar em seu limite inferior a idade do documento e, conhecendo sua composio e possvel traar curvas de envelhecimento desta para verificar sua idade.b) Comparao entre duas ou mais amostras similares para determinar quando so iguais e quando no so. Utilizada para evidenciar possveis manipulaes documentais por alterao e/ou adio.c) Estimativa a idade de um documento com base na idade da tinta: habitualmente no possvel determinar a idade absoluta de uma tinta. O que pode ser conseguido : determinar a idade de fabricao e colocao no mercado, atribuindo um limite inferior data do documentodeterminar o tempo que a tinta dura depositada no papeldeterminar se um trao de tinta foi colocado antes ou depois em um mesmo documento.

Meios TcnicosA) Exames no destrutivoso tipo de tinta (esferogrfica ou fluda) pode ser apurada com pequeno aumento ptico.a cor da tinta a refletncia desta na regio do visvel no espectro eletromagnticofluorescncia UVrefletncia da tinta na regio do infravermelho prximo do espectrofluorescncia da tinta na regio do infravermelho prximo iluminando-a com luz visvelfluorescncia da tinta na regio do espectro visvel: fonte de luz visvel fluorescncia no espectro visvel.Obs.: fluorescncia de uma tinta est relacionada com a fluorescncia do suporte, podendo ocorrer que uma tinta que fluoresce num papel no fluoresa em outro pelo fato de a fluorescncia do segundo ser maior que a do primeiro.

Meios TcnicosB) Anlises semidestrutivas: Cromatografia em camada delgadaCromatografia lquida Cromatografia gasosa

Obs.: Para separar componentes da tinta preciso extrair a tinta do papel, isto causa pequena destruio do documento.

Datao de uma TintaDeterminar a primeira data em que foi fabricada a tinta.Idade relativa: comparar duas tintas da mesma frmula e do mesmo documento para saber qual foi depositada primeiro no papel.Determinar quo seca est a tinta: medindo quantidades de solventes ou medindo os efeitos causados pela evaporao dos solventes (facilita a oxidao das resinas e a aderncia dos corantes ao papel.)Determinar a degradao que sofre a tinta no papel.

Datao de PapelDatao por radiocarbono Carbono 14

O carbono tem trs istopos naturais : 12C, 13C estveis 14C instvel

MEIA VIDA 14C = 5730 anos

Limite de datao cerca de 70.000 anosInstrumentos de Escrita Manual e suas TintasTintaQualquer lquido colorido, composto por vrios ingredientes, que utilizado para escrever ou desenhar com uso de instrumentos apropriados, ou uma composio graxosa e geralmente preta usada para imprimir.

Os Instrumentos Lpis de grafite

Canetas-tinteiro Estilgrafo: Equilbrio entre a presso dentro e fora do depsito de tinta mediante umas fissuras no canal alimentador, pelas quais o ar penetrava at o interior enquanto a tinta sai, de modo uniforme e controlado, ao escrever.

Os Instrumentos Esferogrficas: Canetas que tem em seu interior um deposito tubular, e na ponta, uma esfera metlica que, ao deslocar-se com frico, gira e facilita a sada de tinta regulada e utiliza-se da tinta viscosa.Hidrogrficas:Cilindro colocado dentro de um tubo do qual sobressai uma ponta. O cilindro composto por fibras naturais ou artificiais muito finas grudadas entre si. Roller Ball: Ponta esfrica e tinta aquosa que fica armazenada num depsito poroso.

As TintasEm termos gerais, uma tinta composta por corante (tinta ou pigmento) e um veculo que, por sua vez, composto de um solvente ou mistura de solventes, de uma resina ou de vrias.A presena dos componentes da tinta depende do tipo de sistema ou instrumento de escrita em que venha a ser empregada essa tinta. A gama de tintas varia desde as aquosas, muito fludas, como as das canetas-tinteiro at tintas muito similares s pinturas, como as empregadas nas impresses calcogrficas/talho doce (baixo relevo).

1)Tintas de Canetas Tinteiro na AtualidadeComplexa mistura de compostos que incluem corantes (tintas cidas, bsicas ou diretas, orgnicas ou inorgnicas, pigmentos, sulfatos de ferro II) e vrios aditivos (surfactantes, antioxidantes, ajustadores da viscosidade, resinas). As tintas contm grupos sulfnicos, carboxlicos, fenlicos e, menos frequentemente grupos funcionais amino.Tintas diretas: contm corantes de elevado peso molecular que lhes permitem dar solues coloidais.

2) Tintas das EsferogrficasViscosas e insolveis, ou ligeiramente solveis em gua. Possui mais contedo corante que as tintas fludas. Podem possuir cidos graxos que atuam como :Lubrificantes ou que ajudam a solubilizar corantes;Resinas naturais ou polmeros sintticos, utilizados principalmente para ajustar a viscosidade das tintas dando maior aderncia superfcie, para conseguir uma maior elasticidade, ou como lubrificantes para a bola na orbita da caneta esferogrfica;Aditivos orgnicos que servem como inibidores da corroso;Quelatos de terras raras e as substncias fluorescentes adicionados pelos fabricantes dentro do programa de marcao de tintas para sua datao.

232.1 SolventesInicialmente: suporte oleoso como a olena, leo de mamona, leo mineral, adicionados de ter de petrleo ou benzeno. Em 1950 passaram a ser usados os glicis: polietilenglicol, 1,3-butilenglicol, octilenglicol, 1,2-propilenglicol, hexilenglicol, glicerina. A principal mudana das tintas nos ltimos 25 anos consistiu na eliminao do tolueno (cola de sapateiro).

Estruturas dos Solventes Majoritariamente Empregados na Composio das Tintas2.2 CorantesEm geral podem ser tintas que se dissolvem no veculo ou bem pigmentos que ficam suspensos no mesmo; no caso das tintas esferogrficas os corantes utilizados so solveis. Em 1955 so introduzidas as tinturas de quelatos metlicos, como a ftalocianina de cobre.

2.3 Outros AditivosAlm destes grandes grupos de compostos presentes nas tintas tambm podem ser encontrados outros compostos como:Aceleradores de secagemFluidificantesLubrificantes: acrescidos para permitir a rotao da bola da esferogrfica livremente.AntimicrobianosInibidores da corroso da esfera3 A Tinta das Canetas Hidrogrficas e Roller-BallsTintas com base aquosa ou xileno que, em algumas formulaes modernas, contm formamida e/ou glicol como aditivos que ajustam tenso superficial da tinta e que ajudam a ponta a permanecer mida inclusive quando est destampada.

4 A Tinta GelGel um polmero entrecruzado que absorveu uma grande quantidade de solvente. O entrecruzamento se produz quando cadeias polimricas individuais se unem entre si por meio de enlaces covalentes, para formar uma nica molcula gigante. Em geral, este tipo de polmero se incha apreciavelmente quando absorve os solventes.Tinta gel uma tinta aquosa de alta viscosidade capaz de manter um estado de disperso e dissoluo estvel do material corante, inclusive depois de um perodo prolongado, e capaz tambm de apresentar alta fluidez. So insolveis tanto em gua como em solventes orgnicos fortes. Elas contm matria corantes e um heteropolisacardeo e meio aquoso (gua e solventes orgnicos solveis em gua).

4.1 CorantesDas baseadas em pigmentos, se apresentaram majoritariamente os dois seguintes compostos.

Ftalocianina de CobreVioleta de Carbazol4.2 O Gel feito com gua e biopolmeros como a goma Xanthan que composta por polisacarideo (cicloexanois) modificador reolgico, goma tragacanto e alguns tipos de poliacrilatos.

Reologia: Ramo damecnica dos fluidosque estuda as propriedades fsicas que influenciam o transporte de quantidade de movimento num fluido5 Tintas ApagveisEm 1975 foi obtida a primeira patente de uma tinta que podia ser apagada por uma borracha.Esta tinta um milho de vezes mais espessa que a gua e muito elstica. Quando a tinta est fresca se une fracamente ao papel, e esta a caracterstica que permite elimin-la facilmente. Tem tempo de fixao de 4 a 80 horas dependendo do papel. A primeira razo da natureza apagvel da tinta se relaciona primariamente com sua viscosidade. A tinta no fica impregnada s fibras do papel, antes, se mantm-se na superfcie escrita.

Aplicao dos Diferentes Microscpios na Anlise Forense de Documentos

1) Microscpio EstereoscpicoMicroscpio de maior aplicao no estudo da escrita e dos traos.Estudo geral do documento, manchas, etc.: permite colocar em evidncia as possveis anomalias da superfcie do papel, assim como o estudo de possveis manchas do mesmo, foxing, etc.Estudo do trao: Cada instrumento escritural produz caractersticas no trao que podem ser evidenciadas facilmente colocando-se o documento sob um estereoscpio.Estudo do tipo de impresso: os sistemas de impresso, os tipos de impressora e inclusive as impressoras suficientemente individualizadas podem ser identificadas com um estudo realizado sob o microscpio estereoscpico.Estudo ptico de cruzamentos: alguns dos cruzamentos produzidos tanto entre dois instrumentos de escritura manual como mistos (impressora e esferogrfica) podem ser resolvidos com este instrumento.Estudo das bordas dos papis: Quando um documento foi produzido com um papel que no tem as medidas-padro, suspeito de ser um fragmento de outro original. Este fato poder ser evidenciado observando-se sob um estereoscpio as bordas do papel e realizando-se um estudo com relao ao corte que sofreu.

2) Microscpio pticoAs anlises utilizando este tipo de microscpio permitem determinar a fibra que constitui o papel, por comparao de sua morfologia com os padres contidos em um atlas de fibras.

3) Microscpio MetalogrficoNum estudo de documento questionado em que h texto impresso com uma impressora laser e uma assinatura sem que existisse nenhum cruzamento entre eles, a sequncia das escritas sobre o papel, ou seja, se a assinatura foi feita antes ou depois da impresso. As partculas de toner se espalham por toda a pgina em qualquer impresso laser, mesmo em locais que no h escrita. Com o microscpio possvel saber se as partculas de toner esto sobre ou debaixo do trao.3) Microscpio Metalogrfico

Olympus BXIS4 Microscpio de Varredura EletrnicaPrincipais aplicaes:Estudo das fibras constituintes do papelO estudo dos procedimentos de lavagem, envelhecimento, etc., que sofreu o papel. O estudo da superfcie de uma tintaO estudo dos cruzamentos de traos com finalidade de resolver a sequncia escritural em um cruzamento5 Microscpio de Fora AtmicaUtilizado em dois trabalhos para resolver o problema de cruzamento de traosKasas et al.: estuda a interseco entre uma inscrio feita co impressora de agulhas e um trao de esferogrfica.Gondra, M.E. e Grvalos, G. R. : estuda cruzamentos entre impresses ink-jet e laser e traos de diferentes instrumentos de escrita manual.

Exame ptico das TintasNa anlise forense de documentos se emprega normalmente a radiao infravermelha, visvel e ultravioleta. Anlises mais sofisticadas de documento e pinturas tambm possam ser utilizados comprimentos de onda de amplitude compreendida entre os Raios X e o IR.Quando se ilumina um corpo com uma fonte de luz, esta pode ser refletida, absorvida ou transmitida pelo mesmo.

Metamerismo um fenmeno definido como a situao na qual duas amostras de cor so iguais em determinadas circunstncias e apresentam diferenas quando estas variam. Dois documentos apresentam, vista, mesma cor, mas seus espectros de refletncia so diferentes. MetamerismoPode ser:Do iluminador: duas cores parecem ser iguais sob uma fonte luminosa, mas no sob outra.Do observador: quando so percebidos como iguais por um observador, mas no por outro. O caso do vestidoGeomtrico: quando a constncia da cor um fenmeno pelo qual a maioria das superfcies parecem manter a aparncia cromtica que teriam luz do dia, inclusive sob condies luminosas muito diferentes.

Teoria de Kubelka-MunkNasce como tentativa de relacionar as propriedades da refletncia espectral de uma substncia com a sua constituio. Esta teoria se usa, principalmente, para a previso de resultados na obteno de corantes (tinturas ou pigmentos) em funo de seus coeficientes de absoro e disperso. Com ela se tenta prever a refletncia espectral de qualquer mistura conhecida de corantes.Percepo da Cor e FiltroA percepo da cor depender tanto da luz incidente quanto do prprio objeto, mas tambm pode ser modificada interpondo-se um filtro entre a fonte luminosa e o objeto, ou entre este e o observador. Em qualquer um destes casos, o corpo observado no foi modificado, mas houve variao da sua percepo.

O ponto vermelho ser visto como preto, j que a nica radiao que refletia o ponto era vermelha, e esta foi absorvida pelo filtro verde. O papel, em princpio refletia todas as cores, da por que ser visto como branco. Ao colocar filtro verde que absorve todas as cores, exceto verde, a nica radiao que chega ao papel a verde, e portanto, a nica que chega aos nossos olhos.

Ponto vermelho sobre papel branco com filtro vermelhoFiltros InfravermelhosUma aplicao do metamerismo seria a distino entre duas tintas na regio do infravermelho.Se a tinta examinada chega a absorver a totalidade da energia infravermelha, seu aspecto permanece escuro; porm se a reflete, pode chegar a desaparecer vista de um observador humano. No espectro IR (700-1000 nm) no h cores e sim, comprimentos de onda, logo, so necessrios filtros que refletem um determinado comprimento de onda e que absorvem as demais. Como diferentes tintas se comportam de formas diferentes ao incidir sobre elas distintos comprimentos de ondas, com os filtros, possvel que as separemos.

Equipamentos Comerciais para o Estudo ptico de TintasVSC 6000: Diferentes filtros nos comprimentos de onda IR, UV e visvel e diferentes modos de iluminao e tipos de lmpadas.

Padres ASTM E 1422-06: Standard Guide or Test Methods for Forensics Writing Ink Comparison Perfila o uso de exames fsicos, pticos e qumicos para distinguir acertadamente frmulas de tintas e reduzir a possibilidade de falsos emparelhamentos de amostras de diferentes fontes ou uma incorreta identificao de amostras de tintas com uma origem comum.

Mtodos Instrumentais de Anlise Elementar e Molecular Empregados para Anlise e Datao de Tintas

1) Mtodos Espectroscpicos Interao entre radiao-matria (relao entre a absoro e/ou emisso de radiao com a estrutura da matria)

Obs.: Espectrometria de massas no exatamente uma tcnica espectroscpica, pois no h irradiao eletromagntica e no h absoro da radiao.

Principais Grupos Cromforos e seus Correspondentes Valores de de Absoro Quando Esto Isolados

2 Mtodos de SeparaoCromatografia de camada delgada (Thin Layer Chromatography - TLC)

Para extrao de tinta do papel: Utilizar solvente piridina para as tintas de canetas esferogrficasUtilizar mistura 1:1 de etanol e gua para canetas no esferogrficas

Cmara de desenvolvimento:Sistema I: butanol:etanol:gua:cido actico (60:20:20:0,5)Sistema II: butanol:etanol:gua (50:25:25)

Para revelao: Utilizar luz visvel e/ou UV e fluorescncia.

2 Mtodos de SeparaoCromatografia lquida de alta eficincia (High Performance Liquid Chromatography HPLC)Sistemas de deteco: Espectrometria de massas (MS) e PDA (Photodiode Array Detection)Figura 19Em 2002, ANDRASKO utilizou o HPLC para ver as mudanas na composio as tintas esferogrficas que envelhecem no escuro. Para isso estudou as variaes sofridas pelas tinturas.Em 2006, YI-ZI LIU et al. Estudaram as tintas gel azuis e pretas com IP-HPLC (ion par)

2 Mtodos de SeparaoCromatografia de gases (Gas Chromatography GC)Sistemas de deteco: Ionizao de chama (FID), Espectrometria de Massas (MS), Absoro de Ultravioleta Visvel.Em 2002, LUC BRAZEAU e MARC GADREAU, apresentaram um mtodo para datao de tintas que inclua a utilizao da GC com um detector seletivo MS para quantificar o volume de fenoxietanol (um tipo de ter gliclico) nas tintas.

2 Mtodos de SeparaoEletroforese capilar (Capillary Electrophoresis CE)Promove detalhadas comparaes orgnicas de duas os mais tintas.

Referncia BibliogrficaGONDRA, M. E.; GRVALOS, G. R. Anlise Forense de Documentos: Instrumentos de Escrita Manual e sua Tintas. Campinas: Milennium, 2012. 216 p.

http://www.oceanografia.ufba.br/ftp/Geologia_Marinha/AULA_6%20_Metodos_Datacao.pdf. Acesso em 10/04/2015