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Braz J Periodontol - December 2011 - volume 21 - issue 04

INTRODUÇÃO

O acúmulo de biofilme dental devido à higienização oral deficiente, aliado a alterações da resposta do hospedeiro são os principais responsáveis pelo desenvolvimento e progressão da doença periodontal (Tan & Daly, 2002; Echeverría & Sanz, 2005; Claydon, 2008) sendo que, o controle mecânico do biofilme oral é o principal método preventivo da periodontite (Tan & Daly, 2002; Checchi et al., 2007; Claydon, 2008; Addy, 2008; Wiegand et al., 2009). Dentre esses métodos, a escovação manual aliada ao dentifrício é o mais utilizado para a obtenção e manutenção da higiene oral (Tan & Daly, 2002; Checchi et al., 2007; Claydon, 2008; Addy, 2008;

Wiegand et al., 2009; Franzó et al., 2010).A escovação adequada deve promover a remoção

do biofilme dental sem causar danos ao tecido dentário e gengival (Philpotts et al., 2005; Checchi et al., 2007; Addy, 2008; Claydon, 2008; Wiegand et al., 2009; Franzó et al., 2010; Özgöz et al., 2010). O desgaste excessivo do elemento dental, como efeito adverso da escovação tem sido apontado como agente etiológico e agravante da hipersensibilidade dentinária, de recessões gengivais, abfrações e abrasões dentárias (Harte & Manly, 1975; Addy & Pearce, 1994; Hooper et al., 2003; Philpotts et al., 2005; Addy, 2005; Checchi et al., 2007; Claydon, 2008; Addy, 2008; Hara et al., 2009; Wiegand et al., 2009; Özgöz et al., 2010).

ANÁLISE HISTOMÉTRICA DO EFEITO DE DIFERENTES ABRASIVOS E ESCOVAS DENTAIS SOBRE O DESGASTE DENTINÁRIO - ESTUDO IN VITROHistometric analysis of the effect of different toothbrushes and abrasive wear on dentin - In vitro study

Paula Delello Macedo1, Guilherme José Pimentel Lopes de Oliveira2, Rosemary Adriana Chiérici Marcantonio3.

1 Cirurgiã-dentista da FOAr-Unesp.

2 Mestre e Doutorando no departamento de Diagnóstico e Cirurgia da FOAr-Unesp.

3 Professora Titular do departamento de Diagnóstico e Cirurgia da FOAr-Unesp.

Recebimento: 09/08/11 - Correção: 19/10/11 - Aceite: 10/10/11

RESUM0

A escovação manual consiste em uma ação mecânica das cerdas da escova aliada aos abrasivos presentes nos dentifrícios bucais, promovendo uma abrasão capaz de remover o biofilme dental. Entretanto, a abrasão excessiva do elemento dental, efeito adverso da escovação, é apontada como causadora ou agravante de lesões em dentina e exposições do tecido radicular. O objetivo do presente estudo foi analisar a influência de diferentes tipos de escovas e dentifrícios bucais no desgaste de dentina bovina. Sessenta amostras de dentina bovina foram incluídas em resina acrílica, planificadas e delimitadas em duas porções: Controle (não submetida à escovação) e Experimental (submetida à escovação). Os corpos de prova foram distribuídos em dois Grupos Experimentais, de acordo com a escova dental utilizada: Grupo I – cerdas macias e Grupo II – cerdas macias com cerdas polidoras suaves de borracha. Esses grupos foram divididos em três subgrupos de acordo com o dentifrício utilizado: Subgrupo A - Controle negativo (água deionizada), Subgrupo B - creme dental com sílica e Subgrupo C - creme dental com sílica hidratada. Foram simulados três meses de escovação e em seguida, as amostras foram descalcificadas e submetidas ao processamento histológico para a realização da análise histométrica. Os dados foram analisados por meio do teste Anova complementado pelo teste de Tukey com 5% de nível de significância. As médias de desgaste de cada grupo foram diferentes e distantes entre si: IA- 57.47±41.4µm; IB- 104.35±34.1µm; IC- 87.25±37.1µm; IIA- 109.00±61.0µm; IIB- 129.40±66.1µm; IIC- 92.32±44.7µm. No entanto, não foram estatisticamente significantes mostrando que não houve diferença, no grau de abrasão da dentina bovina, entre as escovas e dentifrícios testados.

UNITERMOS: Dentina; Abrasão Dentária; Escovação. R Periodontia 2011; 21:94-99.

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Por apresentar sintomatologia dolorosa, as lesões ocasionadas por desgaste dentinário são causas freqüentes de visita ao consultório odontológico.

Diante destes fatos, é aconselhável a observação de certos fatores referentes ao tipo de escova e dentifrícios que podem influenciar no desgaste dentinário durante os ciclos de escovação (Harte & Manly, 1975; Hooper et al., 2003; Addy, 2008; Franzó et al., 2010; Özgöz et al., 2010). Os padrões ideais de uma escova manual foram descritos por outros autores (Harte & Manly, 1975; Checchi et al., 2007; Addy, 2008; Wiegand et al., 2009) sendo que tem sido aconselhado a utilização de escovas com a cabeça de tamanho e formato adequados à cavidade oral, cerdas macias ou extra-macias, com pontas arredondadas, de mesmo tamanho e paralelas entre si (Checchi et al., 2007; Claydon, 2008; Addy, 2008).

Os abrasivos são adicionados a composição dos dentifrícios bucais com o intuito de promoverem uma abrasão na superfície dental que será responsável pela remoção do biofilme oral e de manchas extrínsecas (Philpotts et al., 2005; Checchi et al., 2007; Claydon, 2008; Addy, 2008; Franzó et al., 2010). Atualmente existe uma gama de abrasivos disponíveis no mercado que podem variar entre si de acordo com fatores como superfície das partículas, solubilidade em solução aquosa, tamanho e formato das partículas (Franzó et al., 2010). Essas variáveis influenciam no potencial abrasivo dos dentifrícios (Addy, 2008; Franzó et al., 2010).

Devido à diversidade de produtos disponíveis para a execução da escovação, esse estudo tem como objetivo analisar o desgaste dentinário induzido por diferentes tipos de escovas e dentifrícios após uma simulação in vitro de 3 meses de escovação.

MATERIAIS E MÉTODOS

Trinta dentes incisivos bovinos íntegros foram selecionados, limpos com o auxílio de curetas do tipo Mc Call (nº13/14, Golgran, São Paulo, Brasil) para remoção do tecido periodontal remanescente e imersos em soro fisiológico até o momento da confecção das amostras.

Confecção dos corpos de prova e divisão dos gruposO seccionamento dos elementos dentais para a

obtenção das amostras de dentina foi realizado por meio de disco diamantado montado em peça reta (Vortex Produtos Odontológicos, São Paulo, SP, Brasil), sob baixa rotação (INTRAmatic 2068 FGBN, Kavo do Brasil Ind. Com. Ltda. Joinville, SC, Brasil). Foram confeccionados dois cortes: um horizontal (na junção esmalte cemento), para a exclusão da coroa; e um longitudinal, que dividiu a raiz em duas porções

iguais. As porções foram planificadas em Politriz (EXAKT 400CS Micro Grinding System, EXAKT Apparatibau GmbH & Co. KG, Norderstedt, Schleswig-Holstein, Alemanha), para a obtenção de 60 amostras de 10x4 mm2 contendo apenas dentina.

Com o auxílio de brocas diamantadas cilíndricas (KG nº3145, Medical Burs Ind. e Com. de Pontas e Brocas Cirúrgicas Ltda. Cotia, SP, Brasil) montadas em motor de alta rotação (Century 105c, Kavo do Brasil Ind. Com. Ltda. Joinville, SC, Brasil) foi confeccionado um sulco no centro de cada amostra. Uma de suas metades foi envolta por fita isolante, constituindo assim a região Controle, na qual a dentina não foi submetida à escovação. A região experimental, onde a dentina não estava coberta pela fita, foi submetida à escovação. Desta forma, cada amostra possuía o seu controle. Em seguida as amostras foram posicionadas em uma matriz metálica confeccionada para este estudo, e embutidas em resina acrílica autopolimerizável (VIP Cril, Pirassununga, São Paulo, Brasil) para a confecção dos corpos de prova. Foi realizada uma distribuição randômica destes corpos de prova em dois Grupos Experimentais (n=30), de acordo com a escova dental utilizada: Grupo I (Escova Oral B Indicator) – cerdas macias (Procter & Gamble do Brasil S.A. Manaus, AM, Brasil) e Grupo II (Escova Colgate 360°) – cerdas macias com cerdas polidoras suaves de borracha (Colgate-Palmolive Industria e Comercio. Ltda, S. B. Campo, SP, Brasil). Para que fosse observada a relação do desgaste da dentina não apenas pela escova, mas também pela associação com dentifrícios comumente utilizados, esses grupos foram divididos em três subgrupos (n=10) de acordo com o dentifrício e o abrasivo presente: Subgrupo A - Controle negativo (água destilada), Subgrupo B (Oral B Pró-sensitive) – creme dental com sílica (Procter & Gamble do Brasil S.A. Manaus, AM, Brasil) e Subgrupo C (Colgate Total 12) – creme dental com sílica hidratada (Colgate-Palmolive Industria e Comercio. Ltda, S. B. Campo, SP, Brasil).

Simulação de higiene oral: ensaioOs corpos de prova foram submetidos ao ensaio de

higiene oral, de acordo com as especificações do grupo e subgrupo aos quais pertenciam, em uma máquina de escovação projetada pela disciplina de prótese parcial removível da FOAr- UNESP (Araraquara, São Paulo, Brasil). Neste dispositivo, as amostras foram dispostas em bases horizontais metálicas emolduradas, que proporcionaram além da fixação, a imersão dos corpos de prova em água destilada ou soluções de água destilada/dentifrício na proporção de 1:1 (Addy, 2008). A parte ativa das escovas dentais foi encaixada em braços metálicos, que realizavam movimentos horizontais de amplitude constante sobre a amostra (Oliveira et al., 2010).



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A simulação de três meses de escovação foi obtida com 2700 ciclos, força de 200N e freqüência de 8rpm (Costa, 2007).

Processamento histológico e análise das imagensAs amostras foram submetidas ao processamento

histológico, onde foram descalcificadas em solução de Morse (50% Ácido Formico, 20% Citrato de Sódio) durante 30 dias. Em seguida, foram lavadas em água corrente por 24 horas, imersas em solução de sulfato de sódio a 5%, por uma semana, e novamente submetidas à lavagem em água corrente por 24 horas. As amostras foram então submetidas à desidratação em série crescente de álcool, diafanização em xilol e posterior inclusão em parafina. Para a obtenção de cortes com 4µm de espessura, foi utilizado o micrótomo automático JUNG Supercut 2065 (Leica Instruments GmbH, Heldelberg, Alemanha). De cada amostra, foram obtidas 9 laminas, contendo 3 cortes cada, destas, foram selecionadas 3 laminas, e de cada lamina 1 corte foi escolhido para análise, e as lâminas foram coradas pela técnica de hematoxilina e

eosina. Com o auxilio da câmera digital Leica Microsystems DFC-300-FX (Leica Reichert Jung e Produtos, Wetzlar, Henssen, Alemanha) acoplada ao microscópio DiaStar (Leica Reichert Jung e Produtos, Wetzlar, Henssen, Alemanha), a área de interesse foi localizada e as imagens foram obtidas com aumento de 5 vezes.

A região controle foi utilizada como referência para a mensuração do desgaste, sendo que uma linha tangenciando essa superfície foi estendida por toda a imagem. Três mensurações foram executadas distando 500µm entre si, e desses valores foram obtidos uma média de desgaste em micrômetros de cada corte (Figura 3).

O software Image J (Sigma ProScan, Jandel Scientific, San Rafael, CA) foi utilizado para realização dessas mensurações. O examinador era cego para os tratamentos e era calibrado para as análises (Correlação de Kendall- 0.85).

Análise estatísticaO software Bioestat 5.0 (Belém, Pará, Brasil) foi utilizado

para a análise estatística dos dados. Os dados fornecidos pela análise de desgaste foram numéricos e devido a isso o teste de normalidade de Shapiro-Wilk foi utilizado para avaliar se os dados obedeciam ao teorema da distribuição central. Como os dados se distribuíram de acordo com o teorema da distribuição central o teste paramétrico de Anova complementado pelo teste de Tukey foi utilizado para avaliação dos dados. Todos os testes desse estudo foram aplicados ao nível de significância de 5%.

RESULTADOS

As médias de desgaste de cada grupo foram obtidas em micrômetros: IA- 57.47±41.4µm; IB- 104.35±34.1µm; IC-

Figura 1. A - Máquina projetada pela disciplina de prótese parcial removível da FOAR- Unesp (Araraquara, São Paulo, Brasil) utilizada para a simulação de higiene oral. Posicionamento da cabeça da escova no equipamento.

Figura 2. - Posicionamento das cabeças das escovas nos braços metálicos do equipamento.

Figura 3. - Análise da amostra de dentina pelo programa Image J.




Tabela 1

87.25±37.1µm; IIA- 109.00±61.0µm; IIB- 129.40±66.1µm; IIC- 92.32±44.7µm. O teste Anova demonstrou não haver diferenças estatisticamente significativas entre os grupos (p>0.05). As médias e o desvio padrão dos desgastes em cada grupo estão expressos na Tabela 1.

valoR Das méDias e Desvio PaDRão em micRóTomos PaRa caDa gRuPo e suBgRuPo.

Grupo Média ± Desvio padrão (µm)

I-A 57.47±41.4

I-B 104.35±34.1

I-C 87.25±37.1

II-A 109.00±61.0

II-B 129.40±66.1

II-C 92.32±44.7

tenham mostrado diferenças estatisticamente significantes, o Grupo II, apresentou uma maior abrasão mesmo quando associado à água deionizada. Tal desgaste pode ser explicado pela presença de taças de borracha localizadas entre as cerdas, que tem o intuito de promover polimento e aumentar a retenção do dentifrício contra a superfície dental o que aumenta o atrito durante a escovação (Dyer et al., 2000; Franzó et al., 2010).

O uso do dentifrício com sílica (Subgrupo B) resultou em maior abrasão quando comparado à sílica hidratada (Subgrupo C) mesmo que de forma não significativa. O padrão adotado pela ADA (American Dental Association) para indicar o potencial de desgaste que um determinado dentifrício possui, quando utilizado em dentina, é o valor de RDA (Relative Dentin Abrasion) (Tan & Daly, 2002). Os valores de RDA dos dentifrícios analisados no presente estudo não eram conhecidos, sendo que este valor depende do tamanho, superfície e estrutura das partículas abrasivas presentes no dentifrício bucal. Quanto maior o RDA maior a abrasão produzida na dentina (Wiegand et al., 2008; Wiegand et al., 2009; Franzó et al., 2010), e sendo assim, provavelmente o dentifrício com sílica apresenta um maior valor de RDA que o com sílica hidratada. Considerando-se o fato de ambos os dentifrícios utilizarem sílica como abrasivo, o menor desgaste de dentina pode ser atribuído ao fato de que em sua composição a sílica é empregada na forma hidratada.

A extrapolação de resultados obtidos por um estudo in vitro para a realidade clinica deve ser feita de maneira cautelosa, pois em um ensaio in vitro parâmetros que não são constantes durante a higiene oral como força aplicada à escovação, velocidade, concentração de dentifrício e freqüência de escovação (Addy & Pearce, 1994; Wiegand et al., 2009; Franzó et al., 2010) se tornam constantes, o que pode exacerbar os seus efeitos resultando em diferentes níveis de abrasão. Para uma melhor análise a respeito da abrasão como efeito adverso da escovação e a importância do dentifrício e da escova manual neste processo, é necessário avaliar outras escovas, e dentifrícios bucais com diferentes formulações e abrasivos (Addy, 2005).

CONCLUSÃO

Considerando-se as limitações do presente estudo, concluímos que a simulação de 3 meses de escovação manual, com escovas de cerdas macias ou escovas com cerdas macias/polidoras suaves de borracha associadas à água deionizada ou a dentifrícios que continham sílica ou sílica hidratada como abrasivos, resultaram em níveis similares de abrasão da dentina bovina.

DISCUSSÃO

As médias de desgaste de cada grupo foram diferentes e distantes entre si, no entanto, o desvio padrão encontrado foi alto e não apresentaram diferenças estatisticamente significantes. Atribui-se às escovas as diferenças no grau de abrasão encontradas, pois variáveis presentes durante a escovação como pressão aplicada à escova, freqüência de escovação e diluição do dentifrício (Franzó et al., 2010), foram padronizadas durante a execução deste estudo. O alto desvio padrão entre os grupos pode ser atribuído a alguns fatores como, por exemplo, a falta de controle de qualidade e padronização das cerdas das escovas manuais. Alguns autores que avaliaram a qualidade e a padronização de escovas, com relação à ponta das cerdas, e encontraram apenas alguns grupos de cerdas com características satisfatórias (Rawls et al., 1993; Meyer-Lueckel et al., 2004). Uma análise dos resultados apresentados na literatura aponta para uma variação, entre os estudos, de 10% a 80% no número de cerdas não satisfatórias encontradas em escovas elétricas (Meyer-Lueckel et al., 2005) o que também pode ser apontado como mais um indício da falta de padronização das cerdas das escovas de forma geral.

No presente estudo, foi analisado se somente as escovas dentais em questão seriam capazes de promover desgaste em dentina, sendo que para estes Grupos (I e II), as amostras de dentina foram banhadas apenas por água deionizada (Addy, 2008) (Subgrupo A). No geral, embora os resultados não



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ABSTRACT

The manual brushing consists of a mechanical action of toothbrush bristles coupled with abrasive present in toothpastes that promotes an abrasion able to remove the biofilm. However, the excessive abrasion of the dental element, an adverse effect of brushing, is identified as causing or aggravating injuries on the dentin of the root tissue. The aim of this study was to analyze the influence of different types of toothbrushes and toothpaste on dentin wear. Sixty planned dentin samples were embedded in acrylic resin and delimitated in two parts: control (not subjected to brushing) and experimental (subjected to brushing).The specimens were divided into two experimental groups, according to

the toothbrush used: Group I (Soft bristle) and Group II (Soft bristle with polishing rubber). These groups were divided into three subgroups according to the toothpaste used: Subgroup A - negative control (distilled water), subgroup B -(Silica) and Subgroup C -(Hydrated silica). A simulation of three months of brushing was executed and then the samples were subjected to histological processing to perform the histometric analysis. Data were analyzed by ANOVA complemented by Tukey’s test with 5% significance level. The average wear of each group were different, however there were no statistically differences. It was demonstrated that different types of abrasive and toothbrush tested did not influence the dentin abrasion.

UNITERMS: Dentin, Tooth Abrasion; Brushing.

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Endereço para correspondência:

Paula Delello Macedo

Faculdade de Odontologia de Araraquara – UNESP

Departamento de Diagnóstico e Cirurgia

Rua Humaitá, 1680

CEP: 14801-903 – Araraquara – SP – Brazil

Phone: +55 (16) 3301-6369 / Fax: +55 (16) 3301-6369

E-mail: [email protected]


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