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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE ODONTOLOGIA Ana Rita Sokolonski Antón AÇÃO IN VITRO DE DENTIFRÍCIOS CLAREADORES SOBRE O ESMALTE DENTAL HUMANO Salvador - 2006

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

FACULDADE DE ODONTOLOGIA

Ana Rita Sokolonski Antón

AÇÃO IN VITRO DE DENTIFRÍCIOS CLAREADORES SOBRE

O ESMALTE DENTAL HUMANO

Salvador - 2006

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Ana Rita Sokolonski Antón

AÇÃO IN VITRO DE DENTIFRÍCIOS CLAREADORES SOBRE

O ESMALTE DENTAL HUMANO

Dissertação apresentada à Faculdade

de Odontologia da Universidade

Federal da Bahia como parte dos

requisitos para obtenção do título de

Mestre em Odontologia com área de

concentração em clínica odontológica.

Orientador: Prof. Dr. Roberto Paulo Correia de Araújo

Salvador - 2006

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A634 Antón, Ana Rita Sokolonski

Ação in vitro de dentifrícios clareadores sobre o esmalte dental

humano - Salvador, 2006

111f. : il.

Orientador: Prof. Dr. Roberto Paulo Correia de Araújo

Dissertação (mestrado) – Universidade Federal da Bahia,

Faculdade de Odontologia. 2006.

1. Clareamento Dental. 2. Peróxido de carbamida. 3.

Desmineralização. I. Araújo, Roberto Paulo Correia de. II.

Universidade Federal da Bahia. Faculdade de Odontologia. III. Título.

CDU 616.314-008.4

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Ana Rita Sokolonski Antón

AÇÃO IN VITRO DE DENTIFRÍCIOS CLAREADORES SOBRE

O ESMALTE DENTAL HUMANO

Dissertação apresentada à Faculdade

de Odontologia da Universidade

Federal da Bahia como parte dos

requisitos para obtenção do título de

Mestre em Odontologia com área de

concentração em clínica odontológica.

Salvador, 03 de novembro de 2006.

Banca Examinadora

________________________________________________

Professor Dr. Telmo Bandeira Berthold (PUCRS)

________________________________________________

Professora Drª. Luciana Maria Pedreira Ramalho (UFBA)

________________________________________________

Professor Dr. Roberto Paulo Correia de Araújo (UFBA)

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A

Helge, minha mãe, por ter me ensinado a não desistir nunca.

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AGRADECIMENTOS

A Deus, que nos momentos mais difíceis soube acalmar meu coração e permitiu que este

trabalho fosse concluído.

À FAPESB, que financiou a construção deste projeto e os meus estudos no mestrado.

Aos colegas Daniele Dourado, Ianderlei Souza e Naiara Sá, que em muitos momentos

estiveram ao meu lado.

Ao monitor Alexnaldo Dias, pelo empenho e compromisso no experimento deste projeto.

Ao amigo Max Lima, pela disposição e boa vontade em todas as etapas deste trabalho.

Ao meu orientador, Prof. Dr. Roberto Paulo Correia de Araújo, pela presença generosa e

dedicação infinita em todos os momentos, sem o qual certamente eu não completaria este

projeto.

A André Falcão, que soube compreender as minhas ausências e me aturar nos momentos mais

difíceis, sempre me incentivando.

A todos aqueles que prestimosamente e de coração aberto contribuíram para a construção e

finalização deste trabalho.

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Não existe um problema que não ofereça uma dádiva para você.

Richard Bach

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RESUMO

O objetivo deste estudo é testar, in vitro, a eficácia de agentes químicos clareadores sob a forma

de dentifrícios. Simultaneamente, buscou-se detectar possíveis seqüelas de desmineralização do

esmalte após a aplicação destas substâncias clareadoras. Faces vestibulares de dentes pré-

molares de humanos, hígidos, deram origem aos corpos-de-prova empregados nas

experimentações. Realizado o escurecimento experimental durante 96 horas ininterruptas,

seguiram-se os procedimentos de clareamento através da escovação diária, durante 28 dias,

com três cremes dentais contendo peróxido de hidrogênio, peróxido de carbamida e

bicarbonato de sódio. A avaliação da eficácia clareadora dos cremes dentais foi determinada em

comparação com a ação do gel de peróxido de carbamida a 10% através de leituras realizadas

em espectrofotômetro Easyshade-Vita, com base no sistema CIE Lab, enquanto o grau de

desmineralização dos corpos-de-prova foi medido através do DIAGNOdent-KaVo, no terço

médio.Concluiu-se que a remoção da pigmentação não pode ser alcançada, satisfatoriamente,

após 28 dias de procedimentos com dentifrícios clareadores à base de peróxido de hidrogênio,

peróxido de carbamida e bicarbonato de sódio; os dentifrícios à base de peróxido de hidrogênio

e peróxido de carbamida não guardam diferença estatística significativa entre si, e os resultados

obtidos com o dentifrício contendo bicarbonato de sódio são semelhantes estatisticamente aos

do controle negativo; contudo, contrariamente a isso, a remoção dos pigmentos é eficaz quando

aplicado o gel a 10% de peróxido de carbamida; a diferença entre o grau de desmineralização,

determinada através do laser diodo, foi considerada estatisticamente significativa para os

grupos testes após o tratamento clareador.

Palavras-chave: Clareamento dental; Dentifrícios; Desmineralização.

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ABSTRACT

The objective of rehabilitating pigmented human dental units is the reason for the

accomplishment of this study, in vitro, that treats of the agents' chemical bleaching

effectiveness, under the form of toothpastes. Simultaneously, possible enamel demineralization

sequels due to the application of a bleaching product were studied. Labial surfaces of human

pre-molars originated the specimens employed in the present study. Specimens were

experimentally pigmented by means of ninety-six uninterrupted hours. The clearing procedures

were followed through the daily brushing, for 28 days, with dental creams containing hydrogen

peroxide, carbamide peroxide and bicarbonate of sodium. The evaluation of the effectiveness

bleaching of the dental creams was determined comparatively to the action of 10% carbamide

peroxide gel through readings accomplished in spectrophotometer Easyshade - Vita, with base

in the system CIELab, while the degree of demineralization of the body-of-proof was measured

through DIAGNOdent – KaVo, in the medium third. Face to the exposed, the pigmentation

removal cannot be satisfactorily reached after 28 days of procedures with toothpastes bleaching

to the base of hydrogen peroxide, carbamide peroxide and bicarbonate of sodium; toothpastes

based on hydrogen peroxide and carbamide peroxide do not keep significant statistical

difference amongst themselves and toothpastes containing bicarbonate are similar statistically

to the negative control; however, the removal of the pigments was effective, when the gel was

applied to 10% of carbamide peroxide.Finally, the difference between the demineralization

degree, determined through the laser diode, was statistically significant.

Keywords: Dental bleaching; Dentifrices; Demineralization.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Representação gráfica do sistema CIE Lab ........................................................ 21

Figura 2 - Ilustração esquemática da oxidação dos compostos cíclicos .............................. 28

Figura 3 - Fixação da unidade no centro do cilindro .......................................................... 41

Figura 4 - Preenchimento integral do cilindro de PVC com a resina ortoftálica................. 41

Figura 5 - Porção coronária incluída em resina ortoftálica, constituindo-se

no corpo-de-prova ............................................................................................... 41

Figura 6 - Espectrofotômetro Easyshade - Vita® ............................................................... 42

Figura 7 - Laser diodo DIAGNOdent - KaVo® .................................................................. 42

Figura 8 - Corpo-de-prova original ..................................................................................... 44

Figura 9 - Corpo-de-prova depois do escurecimento experimental .................................... 44

Figura 10 - Corpo-de-prova após a aplicação do dentifrício contendo 1450ppm

de F de monofluorfosfato de sódio ................................................................... 44

Figura 11 - Corpo-de-prova após a aplicação de peróxido de carbamida a 10% ............... 45

Figura 12 - Corpo-de-prova após a aplicação do dentifrício contendo

peróxido de hidrogênio . ................................................................................... 45

Figura 13 - Corpo-de-prova após a aplicação do dentifrício contendo

peróxido de carbamida ...................................................................................... 46

Figura 14 - Corpo-de-prova após a aplicação do dentifrício contendo

bicarbonato de sódio ......................................................................................... 46

Figura 15 - Comportamento do parâmetro L* nos grupos estudados ................................ 90

Figura 16 - Comportamento do parâmetro a* nos grupos estudados ................................. 90

Figura 17 - Comportamento do parâmetro b* nos grupos estudados ................................. 91

Figura 18 - Comportamento da desmineralização no grupo controle negativo

em todos os tempos estudados ......................................................................... 107

Figura 19 - Comportamento da desmineralização no grupo controle positivo

em todos os tempos estudados ......................................................................... 107

Figura 20 - Comportamento da desmineralização no grupo teste dentifrício D1

em todos os tempos estudados .......................................................................... 108

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Figura 21 - Comportamento da desmineralização no grupo teste dentifrício D2

em todos os tempos estudados .......................................................................... 108

Figura 22 - Comportamento da desmineralização no grupo teste dentifrício D3

em todos os tempos estudados .......................................................................... 109

Quadro 1 - Equipamentos utilizados nas experimentações ................................................. 42

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Estatística descritiva das variáveis L*, a* e b* referente

às unidades dentais submetidas ao teste de repetitividade ................................ 87

Tabela 2 - Estatística descritiva das variáveis L*, a*e b* referente

às unidades dentais submetidas ao teste de estabilidade .................................... 88

Tabela 3 - Média, desvio padrão e intervalo de confiança dos grupos

CN, CP, D1, D2 e D3, para os valores de L*, a* e b* ....................................... 89

Tabela 4 - Parâmetro L*: comparação entre as leituras em cada um dos grupos ............... 92

Tabela 5 - Parâmetro a*: comparação entre as leituras em cada um dos grupos ................ 93

Tabela 6 - Parâmetro b*: comparação entre as leituras em cada um dos grupos ................ 94

Tabela 7 - Leituras do parâmetro L*: comparação entre os grupos .................................... 95

Tabela 8 - Leituras do parâmetro a*: comparação entre os grupos.....................................96

Tabela 9 - Leituras do parâmetro b*: comparação entre os grupos.................................... 97

Tabela 10 - Média, desvio padrão e intervalo de confiança para os valores de ∆E

no grupo controle negativo ............................................................................... 98

Tabela 11 - Média, desvio padrão e intervalo de confiança para os valores de ∆E

no grupo controle positivo ................................................................................ 99

Tabela 12 - Média, desvio padrão e intervalo de confiança para os valores de ∆E

no grupo teste D1 .............................................................................................. 100

Tabela 13 - Média, desvio padrão e intervalo de confiança para os valores de ∆E

no grupo teste D2 .............................................................................................. 101

Tabela 14 - Média, desvio padrão e intervalo de confiança para os valores de ∆E

no grupo teste D3 .............................................................................................. 102

Tabela 15 - Comparação entre os valores de ∆E nos diferentes grupos...............................103

Tabela 16 - Comparação entre os valores de E entre os grupos controles

e os grupos testes ............................................................................................. 104

Tabela 17 - Comparação dos valores de E entre os grupos testes ..................................... 105

Tabela 18 - Mediana, Quartil 1 e Quartil 3 para os valores de desmineralização .............. 106

Tabela 19 - Desmineralização: comparação entre as leituras de cada um dos grupos ........ 110

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 15

2 REVISÃO DA LITERATURA ........................................................................................ 18

2.1 ASPECTOS DETERMINANTES DA COR ................................................................. 19

2.2 CLAREAMENTO DENTAL ........................................................................................ 25

3 OBJETIVOS ..................................................................................................................... 36

3.1 OBJETIVO GERAL ...................................................................................................... 37

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................................ 37

4 METODOLOGIA ............................................................................................................. 38

4.1 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL ........................................................................ 39

4.1.1 Fator em estudo .......................................................................................................... 39

4.1.2 Amostragem ............................................................................................................... 39

4.1.3 Variáveis de resposta .................................................................................................. 40

4.1.4 Obtenção dos corpos-de-prova ................................................................................... 40

4.1.5 Equipamentos utilizados no estudo ............................................................................ 42

4.1.6 Gel e dentifrícios utilizados no estudo ....................................................................... 43

4.1.7 Grupos de estudo ........................................................................................................ 43

4.1.8 Protocolo experimental ............................................................................................... 47

4.1.8.1 Determinação da cor original e do grau de desmineralização

dos corpos-de-prova ................................................................................................ 47

4.1.8.2 Teste de repetitividade ............................................................................................. 47

4.1.8.3 Pigmentação experimental ...................................................................................... 47

4.1.8.4 Manutenção dos corpos-de-prova ........................................................................... 48

4.1.8.5 Ação do gel clareador de uso caseiro ...................................................................... 48

4.1.8.6 Ação dos dentifrícios clareadores............................................................................ 49

4.1.9 Mensuração da cor e desmineralização ...................................................................... 49

4.1.10 Análise estatística ..................................................................................................... 50

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5 RESULTADOS ................................................................................................................ 51

5.1 RESULTADO DO TESTE DE REPETITIVIDADE

E DE ESTABILIDADE DE COR ................................................................................. 52

5.2 RESULTADO DA ANÁLISE COLORIMÉTRICA

E DA DESMINERALIZAÇÃO .................................................................................... 52

5.2.1 Comparação dos parâmetros L*, a* , b* e E . ........................................................ 53

5.2.1.1 Valores de L*, a* e b* ............................................................................................ 53

5.2.1.2 Valor de E ............................................................................................................. 56

5.2.2 Desmineralização........................................................................................................ 59

6 DISCUSSÃO .................................................................................................................... 61

7 CONCLUSÃO .................................................................................................................. 76

REFERÊNCIAS...................................................................................................................79

ANEXO ............................................................................................................................ ..86

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1 INTRODUÇÃO

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A reabilitação estética em odontologia tem se tornado uma exigência do mundo

globalizado. Ter dentes brancos, bem formados, bem cuidados, bem alinhados significa não

atender apenas às exigências estéticas, uma vez que estas condições se configuram em

importantes indicadores de saúde bucal. O clareamento, sendo um procedimento odontológico

destinado à reabilitação dentária, tem sido largamente divulgado, resultando em aceitação cada

vez maior por parte dos indivíduos, devido ao caráter considerado conservador do esmalte e,

por conseguinte, da coroa dental (CARDOSO; VIEIRA, 1997).

O processo químico de clareamento dental consiste numa reação de oxidorredução

através da qual a quantidade de pigmentos removidos é proporcional ao tempo de exposição do

esmalte ao agente clareador, dentro de limites preestabelecidos e de manutenção da higidez das

estruturas dentais. O produto clareador altera freqüentemente a estrutura da molécula

pigmentada, constituída de cadeias carbônicas cíclicas, promovendo rupturas das mesmas e

resultando em produtos de cadeias carbônicas acíclicas insaturadas. A estas ligações duplas

resultantes são adicionados grupamentos hidroxila, originando-se, em conseqüência, produtos

fisicamente mais claros (BARATIERI, 2001).

Deve-se considerar que o esmalte dental tem um ponto de saturação e que, no momento

em que a oxidação compromete a sua integridade estrutural, o processo clareador passa a

tornar-se deletério, devido à destruição da estrutura cristalina e à dissolução dos resíduos de

compostos orgânicos que constituem este tecido mineralizado (BARATIERI, 1995).

O peróxido de hidrogênio, o perborato de sódio e o peróxido de carbamida, em

diferentes concentrações, são os agentes clareadores mais empregados na atualidade. Tais

substâncias podem ser de uso doméstico ou profissional, fotoativadas ou não (YANKELL et

al., 1999; PONTEFRACT et al., 2004). A determinação da eficácia estética do processo

clareador tem como referência o sistema internacional CIE Lab (Commission Internationale de

l‘Eclairage), considerado, na atualidade, um dos espaços de cor mais respeitado e utilizado

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internacionalmente para a avaliação de cor. Este sistema se pauta em parâmetros de

luminosidade (L), variação de cor do verde ao vermelho (a) e variação de coloração do azul ao

amarelo (b) (KLEBER; MOORE; NELSON, 1998; GERLACH; BARKER; SAGEL, 2000;

FRASER; MURPHY; BUNTING, 2003; GREY, 2004; JOINER, 2004). Para avaliar a

diferença de cor ( E), a American Dental Association (ADA) propõe o uso do sistema CIE E

e exige um limite de E de 2 para a variação entre as escalas de cor (O‘BRIEN; GROH;

BOENKE, 1990; DOZIC et al., 2004).

Há que se ter atenção ao equilíbrio e ao grau de eficácia dos produtos clareadores, assim

como à manutenção da integridade física do esmalte dental.

Os agentes clareadores podem ser veiculados de diversas formas, tais como gel de uso

caseiro ou profissional, dentifrícios, tiras e vernizes.

Tendo-se em conta a crescente utilização dos procedimentos de clareamento, fazem-se

necessárias investigações laboratoriais e in vivo, visando a avaliar a eficácia de dentifrícios

clareadores, tanto para se ratificar esta importante ação cosmética, quanto para se determinar a

probabilidade do surgimento de lesões de esmalte provocadas por possíveis efeitos

desmineralizantes.

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2 REVISÃO DA LITERATURA

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2.1 ASPECTOS DETERMINANTES DA COR

Um dos maiores desafios para a odontologia estética é a obtenção correta da cor nos

processos de reabilitação oral, devido à sua natureza tridimensional (VOLPATO; BARATIERI;

MONTEIRO JR., 2005).

A cor que um corpo apresenta depende da constituição do comprimento de onda da luz

que ele reflete difusamente ao ser iluminado (CALÇADA; SAMPAIO, 1994). Ela não é

propriedade do objeto mas da luz que entra em nossos olhos a partir da reflexão do objeto

(VOLPATO; BARATIERI; MONTEIRO JR., 2005).

A coloração assumida por um objeto pode ser explicada por três diferentes maneiras: 1)

como a luz influencia a cor, o que é fornecido pela física; 2) como os objetos modificam a luz,

o que está associado à química de superfícies; 3) como as moléculas e átomos absorvem a

energia luminosa, entendimento este de natureza biológica, incluindo a neurofisiologia dos

olhos e cérebro e eventos ligados à psicologia (CRAIG; POWERS, 2004).

A cor é dependente de três variáveis: fonte de luz, objeto e observador. Tal fenômeno

não existe isoladamente, mas é provocado no observador por ondas eletromagnéticas emitidas

por uma fonte de luz e modificado pela composição do objeto iluminado (FRASER;

MURPHY; BUNTING, 2003).

A luz é uma radiação eletromagnética que possui características ondulatórias que a

identificam. Apresenta como característica o comprimento de onda (λ), que é a distância

consecutiva entre dois picos desta trajetória medida em nanômetros (nm) (KONDORTECH,

2005). A luz visível é uma energia eletromagnética que representa uma pequena parte do

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espectro eletromagnético, variando de 380nm a 700nm. É comum associar os diferentes

comprimentos de onda à cor que eles provocam, variando do violeta (380nm) ao vermelho

(700nm) (NELSON; COX, 2002). A luz que contém todos os comprimentos de onda em

quantidades iguais causa a sensação de cor branca (FRASER; MURPHY; BUNTING, 2003;

GREY, 2004; JOINER, 2004).

A percepção da cor pelos olhos humanos resulta de estímulos captados por células

fotorreceptoras, os bastonetes e cones localizados na retina. A função dos bastonetes é propiciar

a visão em condições de luminosidade precárias, e a função dos cones é proporcionar a visão

das cores sob níveis normais de luminosidade. Existem três categorias de cones, os vermelhos,

os verdes e os azuis, a depender da cor captada a partir do espectro eletromagnético (FRASER;

MURPHY; BUNTING, 2003; CRAIG, POWERS, 2004; GREY, 2004).

Vários sistemas de quantificação de cor têm sido propostos, para possibilitar sua

expressão numérica, com o objetivo de facilitar a comunicação sobre a identificação das cores

(KOERTGE et al., 1998; KLEBER; MOORE; NELSON, 1998; JOINER, 2004). Atualmente, o

sistema instrumental Munsell e o CIE Lab são os mais usados para obtenção da cor dos dentes

e materiais dentais (JOINER, 2004). O sistema Munsell descreve as cores em três dimensões:

tonalidade, luminosidade e croma, sendo a principal escala de cor utilizada na seleção dos

materiais restauradores (SPROULL, 1973; WATTS; ADDY, 2001; JOINER, 2004).

Em 1931, a Commission Internationale de l‘Eclairage (CIE), através de cálculos

matemáticos, transformou os valores de vermelho, verde e azul em valores de X, Y e Z,

definidos como valores de triestímulos, devido à sensibilização de X cones vermelhos, Y cones

verdes e Z cones azuis na retina humana. Assim, foi criado o primeiro espaço de cor, o CIE

XYZ, que representa a percepção de cor que os indivíduos com visão normal possuem diante

de um estímulo, sob condições visuais específicas. Já em 1976, a CIE aperfeiçoou o sistema,

apresentando uma variação matemática do CIE XYZ, o CIE Lab, considerado, atualmente, um

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dos espaços de cor mais respeitáveis e utilizados (KLEBER; MOORE; NELSON, 1998;

GERLACH; BARKER; SAGEL, 2000; FRASER; MURPHY; BUNTING, 2003; GREY, 2004;

JOINER, 2004).

O sistema CIE Lab apresenta, sob a forma dos parâmetros L*, a* e b*, um espaço de cor

uniforme, que se configura como uma análise tridimensional da cor pautada em três eixos: L* –

medida de luminosidade de um objeto, a* – variação no eixo verde-vermelho e b* – variação

no eixo azul-amarelo. O parâmetro L* é mensurado em uma escala que varia de 0 (preto) a 100

(branco). Os valores de a* e b* devem situar-se entre -80 e +80, sendo: valores positivos

(vermelho) e valores negativos (verde) de a*; valores positivos (amarelo) e valores negativos

(azul) de b*. Quando os parâmetros a* e b* estão próximos de zero, tem-se as cores neutras

como cinza e branco e, quando seus valores são positivos, percebem-se cores saturadas e

intensas, como vermelho e amarelo (Figura 1) (FRASER; MURPHY; BUNTING, 2003;

JOINER, 2004).

Figura 1 - Representação gráfica do sistema CIE Lab

Fonte: LIMA, 2006.

L*

b*

a*

+80

-80 +80

-80

0

100

Preto

Branco

Vermelho

VerdeAmarelo

Azul

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A vantagem deste sistema de cor é que as diferenças de coloração podem ser expressas

em unidades relacionadas com a percepção visual e a significância clínica (O‘BRIEN; GROH;

BOENKE, 1990; KOERTG et al., 1998; MATIS, 1998). A diferença de cor entre duas amostras

ou, mais precisamente, a diferença de percepção da cor entre as amostras tem como símbolo

E (delta E), em que E representa a palavra alemã Empfindung, que significa literalmente

‗diferença de percepção‘ (VITA, 2004) e indica a quantidade da alteração de cor, mas não

identifica o sentido dessa variação. E pode ser calculado através da fórmula:

E = ( L2 + a

2 + b

2)1/2

A coloração das unidades dentais é determinada através das propriedades ópticas dos

tecidos que constituem estas estruturas em associação com as condições de luminosidade a que

são submetidas. A luz que incide sobre um dente pode ser transmitida através dele, refletida na

sua superfície ou absorvida para a intimidade de suas estruturas. A cor dos dentes resulta da

quantidade de dispersão da luz, sendo que o feixe de luz segue trajetórias irregulares através do

dente, antes de emergir na superfície de incidência (KLEBER; MOORE; NELSON, 1998;

JOINER, 2004). Diversos estudos demonstram que, no esmalte, os cristais de hidroxiapatita são

os principais responsáveis pela difusão da luz (VAARKAMP; TEN BOSCH;

VERDONSCHOT, 1995), enquanto na dentina são a causa predominante da dispersão

(JOINER, 2004).

A cor do dente é determinada, basicamente, pela dentina, com o esmalte se

comportando como um objeto translúcido que contribui para o espalhamento da luz na faixa do

azul (SPITZER; TEN BOSCH, 1975; BHASKAR, 1978; TEN BOSCH; COOPS, 1995;

GERLACH; GIBB; SAGEL, 2002). Assim, a coloração dental é determinada por um duplo

efeito de camadas, dificultando a percepção visual das nuances de cor que os dentes naturais

apresentam (VOLPATO; BARATIERI; MONTEIRO JR., 2005).

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A quantidade de luz refletida e absorvida depende da espessura e translucência do

esmalte e da dentina. A diferente distribuição da dentina e do esmalte nos terços cervical,

médio e incisal determinam as diferenças de cor dessas regiões. A cor da região cervical é mais

influenciada pela dentina, e a do terço incisal recebe influência maior da cavidade bucal

(BHASKAR, 1978; KLEBER; MOORE; NELSON, 1998; HASEGAWA; IKEDA;

KAWAGUCHI, 2000; DOZIC et al., 2004).

Os métodos de avaliação de cor nas unidades dentárias podem ser: visual e instrumental.

As técnicas visuais empregam comparações subjetivas, usando escalas de cor padronizadas,

fabricadas em resinas acrílicas ou porcelana. Em se tratando deste método, a condição de

iluminação externa, a experiência do observador, a fadiga visual e outras variáveis fisiológicas

podem gerar resultados inconsistentes. As técnicas instrumentais são medidas objetivas obtidas

através de equipamentos especiais, dentre os quais: espectrofotômetros, colorímetros e

programas computadorizados de análise de imagens (SPROULL, 1973; O‘BRIEN; GROH;

BOENKE, 1990; CAL et al., 2004; JOINER, 2004; ISHIKAWA-NAGAI; ISHIBASHI;

TSURUTA, 2005; VOLPATO; BARATIERI; MONTEIRO JR., 2005). A percepção

instrumental da cor tem sido preferida sobre a visual, porque torna a comunicação da cor um

processo objetivo, confiável e rápido (DOUGLAS, 1997; VOLPATO; BARATIERI;

MONTEIRO JR., 2005).

Os instrumentos destinados à medição de cor, tais como os colorímetros e os

espectrofotômetros, combinados a computadores geram uma descrição numérica das cores. O

colorímetro analisa a cor refletida através de filtros que simulam os receptores do olho humano.

Já o espectrofotômetro mede os comprimentos de onda da refletância ou transmitância de um

objeto, sendo usado para mensurar a coloração visível de dentes vitais ou extraídos. Esses

aparelhos quantificam a cor em triestímulos XYZ ou em valores CIE Lab, respectivamente

(VAN DER BURGT et al., 1990; TUNG et al., 2002; JOINER, 2004; ISHIKAWA-NAGAI;

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ISHIBASHI; TSURUTA, 2005; VOLPATO; BARATIERI; MONTEIRO JR., 2005). Entretato

Tung e colaboradores (2002) e Ishikawa-Nagai, Ishibashi e Tsuruta (2005) relatam que o uso

de espectrofotômetro em pesquisas in vitro e in vivo é limitado devido ao alto custo e à

complexidade da utilização desse aparelho, principalmente em condições clínicas.

Pesquisas relacionando a percepção da cor através do olho humano com medidas

realizadas através de colorímetros são discutíveis. Vários estudos registram a correlação entre

as medidas de cor instrumentais e visuais (VAN DER BURGT et al., 1990; JOHNSTON;

KAO, 1998), enquanto outros trabalhos de igual importância relatam não terem obtido

concordância significativa, atribuindo-se ao fato de o colorímetro ter sido desenvolvido para

avaliar diferenças de cores em superfícies planas, o que é limitante por se tratar da superfície

dental, que não é plana (GOLDSTEIN; SCHMITT, 1993; OKUBO et al., 1998; TUNG et al.,

2002; JOINER, 2004).

Atualmente, diversos equipamentos portáteis têm sido desenvolvidos com pequenas

janelas de observação que permitem a leitura de diversas áreas de um mesmo dente, visando a

viabilizar o seu uso para medidas clínicas de rotina (VOLPATO; BARATIERI; MONTEIRO

JR., 2005).

A indicação do uso do colorímetro envolve a exata avaliação de sua sensibilidade em

detectar e medir pequenas diferenças de cor entre amostras de colorações semelhantes. Tal

diferença de medida tem sido altamente reprodutível entre instrumentos colorimétricos

(DOUGLAS, 1997).

Estudos abrangendo a utilização da colorimetria na odontologia relatam haver

controvérsia a respeito do valor da diferença de cor ( E) que poderia ser clinicamente

identificável pelo olho humano. Alguns pesquisadores afirmaram que diferenças maiores do

que uma unidade de E são visualmente perceptíveis por 50% dos observadores humanos, e

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diferenças entre 2,2 e 4,4 são visualmente detectáveis em condições clínicas (DOZIC et al.,

2004). Segundo outros autores, para determinar a diferença de cor de restaurações, a ADA

preconiza o uso do sistema CIE E e considera como sendo 2 o limite tolerável para a variação

entre as escalas de cor (O‘BRIEN; GROH; BOENKE, 1990). Contudo Dozic e colaboradores

(2005), avaliando a cor de dentes hígidos, encontraram diferenças de cor perceptíveis, em

condições clínicas, quando o E era maior do que 3,0 unidades e preconizam este valor para a

diferença clínica mínima perceptível.

2.2 CLAREAMENTO DENTAL

A crescente valorização de um sorriso esteticamente mais agradável exigiu da

odontologia a busca de uma perfeita harmonia na forma e cor dos dentes, já que a estética é

essencial para o relacionamento psicossocial dos indivíduos.

A etiologia das alterações de cor está relacionada com fatores extrínsecos ou

intrínsecos. As manchas das superfícies dentais externas resultam, geralmente, do freqüente

contato do meio ambiente bucal com alimentos e bebidas após a erupção dos dentes, condição

que resulta em precipitação superficial de corantes e pigmentos. O relativo grau de

permeabilidade do esmalte dentário às mais diversas substâncias de baixo peso molecular, entre

as quais café, chá preto, chimarrão, beterraba, tabaco, vinhos tintos e bebidas à base de cola,

favorece o processo de impregnação de pigmentos à estrutura dental. A presença de defeitos na

estrutura do esmalte, tais como rugosidade superficial, porosidade intrínseca, presença de

trincas e ocorrência de fendas, sulcos e depressões facilitam o manchamento, aumentando a

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susceptibilidade e a intensidade de ocorrência das alterações de cor (WATTS; ADDY, 2001;

BARATIERI et al., 2001; PONTEFRACT et al., 2004).

As manchas intrínsecas são provenientes de fatores pré e pós-eruptivos. Nos dentes

vitalizados, o escurecimento pode ser decorrente do processo natural de envelhecimento; de

excessiva ingestão de medicamentos (tetraciclina e flúor) na fase de maturação do germe dental

e, por conseqüência, na fase pré-eruptiva; de doenças associadas a distúrbios sistêmicos

(doenças exantomáticas como sarampo, varicela, escarlatina; hipocalcemia, febre reumática,

eritroblastose fetal e porfiria congênita); de outras doenças, tais como defeitos no metabolismo

da tirosina e da fenilanina, hiperbilirrubinemia congênita, amelogênese imperfeita,

dentinogênese imperfeita (WATTS; ADDY, 2001); e, finalmente, de situações de traumas

locais que resultam em hemorragia interna, independentemente da manutenção ou não da

vitalidade pulpar. Nos dentes mortificados ou desvitalizados, a mudança de cor geralmente está

associada aos fenômenos decorrentes da necrose pulpar (BARATIERI et al., 2001). O sangue

proveniente de hemorragias pulpares, uma vez estagnado, particularmente na câmara pulpar,

sofre decomposição, e a hemoglobina metabolizada libera o ferro, que dá origem a um

composto negro, o sulfeto ferroso. Esta substância corada escurece a unidade dentária (PAIVA;

ANTONIAZZI, 1988; FALLEIROS JR.; AUN, 1990)

A desarmonia estética tem motivado a busca de soluções, e o clareamento dental

apresenta-se como uma opção técnica atual (POZZOBON; BEVILACQUA; VILELA DE

SALIS, 1997), seja através de procedimentos domésticos, seja através de intervenções

profissionais.

Dessa forma, o clareamento dental é considerado uma técnica eficiente, capaz de

devolver a estética a dentes escurecidos e a harmonia do sorriso, tornando-se um tratamento

cosmético com crescente popularidade na odontologia (GOLDSTEIN; GARBER;

GOLDSTEIN, 1994).

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O clareamento só é possível graças à permeabilidade da estrutura dental aos agentes

químicos clareadores, que têm a capacidade de se difundir livremente na intimidade do esmalte

e da dentina, atuando na parte orgânica destas estruturas (HANKS; FAT; CORCORAN, 1993).

Ao promover a remoção de manchas e, por conseguinte, a modificação da cor, sem

acarretar maiores danos ao esmalte dentário, o clareamento é considerado um procedimento

técnico conservador, se comparado às outras modalidades de tratamento estético, entre as quais

a instalação de facetas e coroas totais em resinas ou cerâmicas, cujos procedimentos impõem

um considerável desgaste da estrutura dental (SPALDING, 2000).

O clareamento dental devolve a harmonia do sorriso sem causar maiores desgastes ao

esmalte; optar por uma técnica menos invasiva e que preserve ao máximo a estrutura dental

representa um significativo avanço da evolução estética na odontologia (HANKS; FAT;

CORCORAN, 1993; PÉCORA et al., 1994; SPALDING, 2000).

Do ponto de vista químico, o clareamento é um procedimento considerado complexo.

Consiste numa reação de oxirredução, através da qual a quantidade de corantes e pigmentos

removidos é diretamente proporcional ao tempo de exposição ao agente químico. O

comportamento da maioria dos produtos branqueadores baseia-se na oxidação parcial, através

da qual o agente clareador altera a estrutura da molécula pigmentada. Na oxidação parcial, as

cadeias dos compostos cíclicos de carbono altamente corados são quebradas e convertidas em

cadeias abertas com duplas ligações, originando produtos com tonalidade mais clara. Numa

segunda etapa, essas duplas ligações são rompidas, e a elas são incorporadas hidroxilas (Figura

2), resultando dessa forma em compostos mais claros (PÉCORA et al., 1994).

Os produtos clareadores possuem um forte agente oxidante, o peróxido de hidrogênio.

Esta substância reage com as macromoléculas responsáveis pela pigmentação dos dentes, que

são convertidas em gás carbônico e água, removendo, portanto, a pigmentação por difusão

(HAYWOOD; HEYMANN, 1991; NOVAIS; TOLEDO, 2000; OLIVEIRA et al., 2002).

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Figura 2 - Ilustração esquemática da oxidação de compostos cíclicos.

Fonte: BARATIERI et al., 1995.

A eleição do método de clareamento a ser aplicado varia em função de cada caso, de

acordo com a necessidade do indivíduo. A escolha dos procedimentos clareadores de exclusiva

responsabilidade profissional tem recaído geralmente sobre o peróxido de hidrogênio com

concentrações entre 30% e 35%, associado a um agente físico, normalmente uma fonte de luz

ou de calor, visando a catalisar este processo (WHITE et al., 2000; LIZARELLI;

MORIYAMA; BAGNATO, 2002; ZANIN; BRUGNERA, 2002). As técnicas de clareamento

caseiro ou doméstico ou a de ―moldeira‖ utilizam o peróxido de carbamida, em concentrações

que variam de 10% a 22%, e o peróxido de hidrogênio de 1,5% até 7,5% (KIHN et al., 2000;

NOVAIS; TOLEDO, 2000).

A análise da literatura revela que o peróxido de carbamida é um agente seguro quanto

ao risco de desmineralização da estrutura dental, porém esta afirmativa é polêmica nos

ambientes acadêmicos. O peróxido de carbamida é a substância clareadora mais usada nos

sistemas de clareamento caseiro. Ela é dissociada no ambiente oral em uréia, amônia, ácido

carbônico e peróxido de hidrogênio em baixas concentrações, sendo um sistema menos ácido,

pela presença da amônia e do gás carbônico (COBANKARA et al., 2004). Esta característica

reside na constatação de que a uréia, por possuir um baixo peso molecular (64g/mol), flui

livremente através do esmalte e da dentina, contribuindo para elevar o pH da placa

eventualmente presente, assegurando dessa maneira condições anticariogênicas (BARATIERI

H2O2 H2O2

R – CH – CH – CH – CH – R

OH

OH

OH

OH

H2O

H2O

H2O

H2O

H2O CO2

CO2

CO2

CO2

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et al., 1995; FRIEDMAN, 1997; MONDELLI, 1998; MORATO; DUARTE;

ALBUQUERQUE, 1998; BEVILACQUA et al., 1999).

Contrariamente, Goldberg e colaboradores (1983), Arent e colaboradores (1984) e

Perdigão e colaboradores (1998) relatam que a alta concentração de uréia é capaz de promover

a desnaturação protéica da parte orgânica do esmalte, promovendo a remoção de minerais como

o cálcio e o fosfato. Oliveira e colaboradores (2002) comprovaram diferenças no nível de

fosfato no esmalte após clareamento pelo peróxido de carbamida. Por fim, alterações na

morfologia do esmalte vêm sendo observadas após o clareamento, tanto com peróxido de

carbamida, quanto com peróxido de hidrogênio, em diferentes concentrações, através de

Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) (PINTO et al., 2004).

Recentemente, Zekonis e colaboradores (2003) concluíram que o clareamento caseiro

com peróxido de carbamida a 10% é o mais efetivo, melhor aceito e requer menor número de

horas dedicadas à aplicação profissional, se comparado ao peróxido de hidrogênio a 35%.

O êxito da técnica depende do grau de penetração do agente clareador na estrutura

dentária a ser descolorada, assim como do tempo necessário de permanência deste produto no

local da ação, para que ocorra a remoção integral do manchamento. O peróxido de hidrogênio a

35% apresenta um alto poder de penetração no esmalte e na dentina, devido ao seu baixo peso

molecular. Sua propriedade de desnaturar proteínas favorece o movimento iônico na área em

tratamento, facilitando dessa forma a ação clareadora. Já o peróxido de carbamida, em

diferentes concentrações, se decompõe ao entrar em contato com os tecidos moles, com as

estruturas dentais ou a com saliva, dando origem ao peróxido de hidrogênio — agente ativo —

e à uréia (BERGER, 1981; BARATIERI et al., 1995; FRIEDMAN, 1997; ASFORA et al.,

1998).

Há que se considerar que as unidades dentais são diferentes e as áreas de uma mesma

unidade possuem colorações distintas, que estão diretamente relacionadas à sua morfologia.

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Esta evidência parece ser a razão da resposta diferenciada que se obtém em cada região em que

o agente clareador é aplicado (DOZIC et al., 2004; JOINER, 2004; DOZIC et al., 2005).

A estrutura dental possui um ponto de saturação para o clareamento a partir do qual o

clareamento se tornará nocivo, resultando em degradação da matriz do esmalte (BARATIERI

et al., 2001). Por isso, as alterações na estrutura dental estão diretamente relacionadas com o

período e a concentração das substâncias clareadoras aplicadas nos dentes (HEGEDUS et al.,

1999; CIMILLI; PAMEIJER, 2001).

A ocorrência de hipersensibilidade durante ou após o clareamento vem sendo relatada

por alguns autores que sugerem a capacidade de infiltração desses agentes através dos tecidos

dentários, possivelmente devido às mais diversas alterações morfológicas, estruturais ou na

composição química desses tecidos (LIZARELLI, 1994; SPALDING, 2000).

Potocnik, Kosec e Gaspersic (2000) estudaram o efeito do clareador contendo peróxido

de carbamida a 10% sobre a microdureza, a microestrutura e o conteúdo mineral do esmalte. Os

resultados obtidos demonstraram que o agente clareador utilizado não afetou significativamente

a microdureza do esmalte. Tames, Grando e Tames (1998), ao estudarem através de

Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) a superfície do esmalte tratado por agentes

clareadores, constataram mudanças locais na microestrutura do esmalte, similares àquelas

características de lesões de cáries iniciais.

Estes resultados estão de acordo com outros achados que demonstraram que diferentes

concentrações de peróxido de hidrogênio e de peróxido de carbamida causam efeitos variados

sobre a estrutura do esmalte (PINTO et al., 2004; MIRANDA et al., 2005). Entre as

recomendações de Oltu e Gurgan (2000) e Kihn e colaboradores (2000) estão o uso do

peróxido de carbamida pouco concentrado.

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Novais e Toledo (2000) realizaram estudo in vitro com o agente clareador de uso

doméstico, peróxido de carbamida a 10%, sobre o esmalte dental humano. Estes pesquisadores

registraram a ausência de alterações morfológicas no esmalte mediante a aplicação do clareador

durante três semanas; contudo, quando o tempo de exposição ao agente clareador foi de seis

semanas, surgiram alterações estruturais no esmalte. Pesquisas mais recentes apontam a

redução da microdureza associada ao aumento da rugosidade superficial do esmalte, quando o

agente clareador aplicado durante duas semanas foi tanto o peróxido de carbamida a 10%, 35%

e 37%, como o peróxido de hidrogênio a 7,5% e 35%. Há que se registrar que o peróxido de

hidrogênio a 35% foi capaz de provocar alterações significativas na morfologia do esmalte

superficial (PINTO et al., 2004).

A morfologia do esmalte, a microdureza e a resistência à fratura são reduzidas após o

clareamento com peróxido de carbamida a 10% conforme os relatos de Cavalli, Giannini e

Carvalho (2004). As alterações de superfície do esmalte também são constatadas após a

realização de procedimentos clareadores usando-se peróxido de carbamida a 10%, 35% e 37%

e peróxido de hidrogênio a 7,5% e 35%, quando analisadas sob Microscopia Eletrônica de

Varredura (PINTO et al., 2004).

Paradoxalmente, em estudo recente, Cobankara e colaboradores (2004) testaram a

rugosidade e a morfologia superficial do esmalte e da dentina submetidos à aplicação

superficial de peróxido de carbamida a 10% e 15% durante um período máximo de 28 horas,

concluindo que não houve alterações significativas na rugosidade e morfologia superficial dos

substratos analisados.

O clareamento com peróxido de carbamida a 35% não altera a rugosidade superficial do

esmalte humano, mas, quando associado ao tratamento superficial com abrasivos, resulta em

aumento significativo da rugosidade superficial (WORSCHECH et al., 2003).

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Já um estudo de Josey e colaboradores (1996) constatou que o esmalte dental submetido

ao clareamento com peróxido de carbamida a 10%, observado através da microscopia de luz

polarizada, apresenta uma indefinição das estrias de Retzius, fato este que indica que o

processo de clareamento resultou em uma perda de minerais desta estrutura biológica. O

esmalte exibiu uma mudança em sua textura superficial, com muitas depressões e aumento da

porosidade, aparentando ser parcialmente condicionado com ácido.

Estudos realizados por Silva e Souza Jr. e Oliveira (1997), ao avaliarem a resistência

adesiva de resinas em esmalte de dentes clareados, constataram um aumento desta resistência.

Esta constatação levou estes autores a supor ter havido uma alteração na topografia do esmalte

dentário.

Mais recentemente, vem sendo recomendado o uso de dentifrícios contendo agentes

químicos clareadores e/ou bicarbonato de sódio. Observações realizadas por Kleber (1998)

demonstram que dentifrícios contendo altas concentrações de bicarbonato de sódio são mais

efetivos na remoção de manchas extrínsecas do que dentifrícios contendo sílica ou fosfato de

cálcio. Ainda em 1998, Matis sugeriu o uso de dentifrício contendo peróxido de hidrogênio a

3% para estabilizar os resultados obtidos após o clareamento profissional e afirmou que o

dentifrício que contém este agente clareador é capaz de manter com maior eficácia o efeito do

gel clareador aplicado do que cremes dentais convencionais.

Há que se ter em consideração, entretanto, que os dentifrícios contendo agentes

clareadores são indicados para o controle de manchas dentais extrínsecas. Os dentifrícios

contendo peróxido de cálcio e bicarbonato de sódio promovem um controle significativamente

maior do manchamento extrínseco do que os dentifrícios fluoretados à base de sílica

(YANKELL et al., 1999) ou de fosfato de cálcio (KLEBER; MOORE; NELSON, 1998).

Análises colorimétricas, visando a avaliar exclusivamente os resultados referentes ao

parâmetro b* do sistema CIE Lab em superfícies de esmalte após a aplicação de dentifrícios

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contendo bicarbonato de sódio, comprovaram que este produto é capaz de remover o

manchamento de unidades dentais, quando as suas concentrações variam de 45% a 94%, não

havendo diferença estatística significativa entre as várias concentrações de bicarbonato. A

incorporação de 1,5% de peróxido de hidrogênio ao dentifrício que contém 94% de bicarbonato

de sódio não indicou a melhora de sua ação clareadora (KLEBER; MOORE; NELSON, 1998).

Os dentifrícios possuem uma relevante variabilidade no grau de abrasão. As

formulações mais abrasivas contêm dióxido de silício, enquanto as menos abrasivas contêm

carbonatos dentre os quais o de cálcio (ANDRADE JÚNIOR et al., 1998). Todavia não é a

quantidade de minerais que é importante para o grau de abrasividade, mas as características

físicas dos minerais que integram os dentifrícios (NEWBRUN, 1988). Além disso, a forma das

partículas dos abrasivos, a espessura e o grau de regularidade destes minerais também

influenciam no grau de abrasividade (ANDRADE JÚNIOR et al., 1998).

Koertg e colaboradores (1998) demonstraram que os dentifrícios contendo agentes

clareadores têm maior eficácia na remoção do manchamento e, por conseguinte, no aumento do

clareamento, do que os dentifrícios contendo sílica. Segundo estes autores, a efetividade destes

dentifrícios não tem relação com a abrasividade, uma vez que o dentifrício testado era menos

abrasivo do que o dentifrício com sílica.

Cremes dentais com sílica/alumina e fosfato de cálcio/alumina/papaína utilizados para a

remoção de manchas extrínsecas, branqueamento e polimento de incisivos de humanos foram

pesquisados em um estudo clínico realizado durante três meses por Kleber e colaboradores

(1996), que detectaram redução de 32% do manchamento com o dentifrício contendo

sílica/alumina. Em pesquisa clínica sobre a habilidade de dois dentifrícios, um contendo

peróxido de carbamida a 10% e outro à base de peróxido de hidrogênio a 3%, objetivando

reduzir a reversão de cor de dentes clareados e a sensibilidade após procedimento clareador

caseiro, foi constatado por Mattis (1998) que, após quatro semanas de uso do dentifrício

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contendo peróxido de carbamida, houve manutenção da cor; contudo, após doze semanas, não

foram constatadas diferenças significativas entre os grupos observados. Quanto à sensibilidade,

foi comprovado que o peróxido de carbamida seria o agente capaz de melhor controlar esta

seqüela.

Sharif e colaboradores publicaram, em 2000, os resultados de um estudo sobre a

remoção de manchas químicas que durou dois anos e envolveu 39 agentes clareadores (entre

dentifrícios já comercializados e fórmulas experimentais). Concluíram que apenas um pequeno

número de cremes dentais possui um bom potencial para a remoção de manchas químicas,

apesar de os achados de Tillis (1999) sugerirem o uso de dentifrícios clareadores para a

remoção de manchas causadas por clorexidina.

O diagnóstico de lesão de cárie pode ser assimilado como um desafio, pois esta

endemia, que vem diminuindo no Brasil, acarreta modificações na morfologia e na velocidade

de progressão da lesão (PARDI et al., 2000). Diante deste fato, é imprescindível o diagnóstico

precoce da natureza da lesão de superfície dental. O uso do laser fluorescente como auxiliar no

diagnóstico de cárie é apontando clinicamente como promissor, dada a inexistência de um

método de diagnóstico que seja sensível e específico (PINHEIRO et al., 2003).

Os métodos usuais no diagnóstico de cárie são o visual clínico, o exame tátil com a

utilização de sonda e o exame radiográfico. No entanto os métodos para o diagnóstico de lesões

superficiais são muito precários. A partir da década de 90, algumas pesquisas demonstraram

boa perspectiva relacionada com a utilização do laser fluorescente como auxiliar no diagnóstico

de cárie, comprovando até que o laser é capaz de detectar desmineralizações iniciais na

superfície dental. Isto é explicado a partir de lesões iniciais ou cavitadas que aparecem como

áreas escuras quando excitadas pelo feixe de luz laser (FERREIRA ZANDONÁ et al., 1998).

O desempenho do equipamento Diagnodent utilizado no diagnóstico de lesões de cárie

sem cavidade em superfícies lisas é insatisfatório. Lussi, Hibts e Paulus (2004) inferem que esta

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limitação decorre do fato de este tipo de recurso tecnológico assegurar apenas que sejam

mensuradas alterações orgânicas nos tecidos acometidos por lesões de cárie e concluem que,

para o diagnóstico de lesões iniciais com alterações pequenas, esta alternativa não é eficaz. A

associação do Diagnodent com corantes proporciona detecção mais favorável de cáries em

superfícies lisas e de perdas minerais em unidades decíduas (MENDES, 2005).

Embora o uso dos dentifrícios clareadores seja muito difundido, são reduzidos os

estudos experimentais destinados a determinar a eficácia clareadora destes veículos sobre o

esmalte. A American Dental Association (ADA), desde 2002, regulamenta e provê com selo de

aceitação apenas os clareadores que contenham peróxido de carbamida a 10%, o que equivale a

3% de peróxido de hidrogênio, não incluindo as possibilidades de uso de substâncias mais

concentradas por não garantirem ao profissional a segurança e a eficácia adequadas.

Apesar de inúmeros estudos demonstrarem a eficácia de agentes clareadores destinados

à remoção da pigmentação extrínseca do esmalte dental, faz-se necessário avaliar,

adequadamente, este mecanismo de ação envolvendo substâncias clareadoras veiculadas

através de dentifrícios e comparar a eficácia determinada com tratamentos clareadores caseiros

à base de gel de peróxido de carbamida a 10%.

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3 OBJETIVOS

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3.1 OBJETIVO GERAL

Determinar, in vitro, o grau de clareamento e de desmineralização do esmalte dental

humano submetido à ação individual de dentifrícios clareadores em comparação com a ação de

gel de peróxido de carbamida a 10%.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Analisar, através de espectrofotometria, a eficácia clareadora de dentifrício à base de

peróxido de hidrogênio sobre o esmalte dental humano após o escurecimento experimental, em

comparação com a ação de gel de peróxido de carbamida a 10%.

Analisar, através de espectrofotometria, a eficácia clareadora de dentifrício à base de

peróxido de carbamida sobre o esmalte dental humano após o escurecimento experimental, em

comparação com a ação de gel de peróxido de carbamida a 10%.

Analisar, através de espectrofotometria, a eficácia de dentifrício à base de bicarbonato

de sódio sobre o esmalte dental humano após o escurecimento experimental em comparação

com a ação de gel de peróxido de carbamida a 10%.

Analisar, através de laser diodo, o grau de desmineralização do esmalte dental humano

após a aplicação de dentifrícios à base de peróxido de hidrogênio, peróxido de carbamida e

bicarbonato de sódio.

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4 METODOLOGIA

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4.1 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL

4.1.1 Fator em estudo

Grau de clareamento dental (fator A) x grau de desmineralização (fator B), a partir da

aplicação de dentifrícios à base de peróxido de hidrogênio, peróxido de carbamida e

bicarbonato de sódio sobre o esmalte dental humano.

4.1.2 Amostragem

Foram utilizadas 72 unidades dentais (pré-molares) de humanos distribuídas,

aleatoriamente, em seis grupos de 12 unidades, a saber: um grupo repetitividade, que não

recebeu qualquer tratamento de escurecimento ou clareamento; as unidades deste grupo foram

reaproveitadas para constituir o grupo estabilidade de escurecimento, que recebeu apenas o

tratamento experimental de pigmentação; um grupo controle negativo, que foi submetido ao

escurecimento experimental e à ação de dentifrício sem agente clareador; um grupo controle

positivo, cujo esmalte foi submetido ao escurecimento experimental e à ação de gel clareador à

base de peróxido de carbamida a 10%; três grupos experimentais, cujo esmalte foi submetido

ao escurecimento experimental e à ação de dentifrícios clareadores à base de peróxido de

hidrogênio, peróxido de carbamida e e bicarbonato de sódio. As unidades foram distribuídas

por blocagem, aleatoriamente.

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4.1.3 Variáveis de resposta

Grau de clareamento do terço médio, determinado, espectrofotometricamente, em

função da aplicação de dentifrícios clareadores durante 28 dias e de gel clareador durante 14

dias, assim como grau de desmineralização através do laser de diodo.

4.1.4 Obtenção dos corpos-de-prova

As 72 unidades dentais foram doadas pelo banco de dentes da União Metropolitana de

Educação e Cultura (UNIME) (ANEXO). Os dentes foram armazenados em soro fisiológico,

procedendo-se à limpeza e à remoção dos resíduos de tecidos moles com curetas de Greyce nº7

e escovas de Robinson, utilizadas com pedra-pomes e água deionizada. Através de disco de

carborundum acoplado a um motor de baixa rotação, as coroas das unidades dentais foram

separadas da porção radicular e posteriormente incluídas em resina ortoftálica.

Cilindros de PVC de ½ polegada tiveram uma de suas bases vedada por cera utilidade.

No interior de cada cilindro, no centro da cera vedante, foi posicionada uma coroa dental,

estabelecendo-se, assim, o contato direto da cera com a face vestibular do espécime. Dessa

forma, tornou-se possível incluir as demais faces da porção coronária na resina ortoftálica, que

preencheu integralmente o cilindro. Este procedimento assegurou o isolamento das demais

áreas coronarianas, uma vez que não seriam objeto das experimentações. Com a polimerização

da resina ortoftálica removeu-se a cera, expondo-se a face vestibular das coroas dentais,

originando-se, então, os corpos-de-prova experimentais (LIMA, 2006).

As Figuras 3, 4 e 5 ilustram as etapas de obtenção dos corpos-de-prova.

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Figura 3 – Fixação da unidade no centro do cilindro

Figura 4 – Preenchimento integral do cilindro de PVC

com a resina ortoftálica

Figura 5 – Porção coronária incluída em resina

ortoftálica, constituindo-se no corpo-de-

prova

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4.1.5 Equipamentos utilizados no estudo

Para a realização das experimentações foram utilizados os equipamentos expressos no

Quadro 1 e ilustrados nas Figuras 6 e 7.

Quadro 1 - Equipamentos utilizados nas experimentações

Figura 6 - Espectrofotômetro Easyshade - Vita®

Figura 7 – Laser diodo DIAGNOdent - KaVo®

Equipamentos Fabricante Modelo

Espectrofotômetro Vita® Easyshade

DIAGNOdent KaVo® -

Estufa microbiológica Fanen 002 CB

Dinamômetro ETM Corporation 1303

Escova elétrica Oral B CrossAction

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4.1.6 Gel e dentifrícios utilizados no estudo

Um gel clareador à base de peróxido de carbamida a 10% (Whitness Standard 10% -

FMG Produtos Odontológicos) de uso caseiro e quatro dentifrícios de uso diário contendo

peróxido de hidrogênio (Mentadent® - Chesebrough Ponds Usa Co), peróxido de carbamida

(Rembrandt Plus® - Dent Mat Corp), bicarbonato de sódio (Colgate bicarbonato® - Palmolive

Indústria e Comércio) e 1450 ppm de F- de monofluorfosfato de sódio (Colgate Máxima

Proteção Anticáries® - Palmolive Indústria e Comércio) foram utilizados nas experimentações.

4.1.7 Grupos de estudo

Os corpos-de-prova foram divididos, aleatoriamente, em sete grupos de acordo com a

seguinte explicitação:

Grupo repetitividade (GR): constituído pelos corpos-de-prova que não foram

submetidos a qualquer tratamento, seja de escurecimento, seja de clareamento, sendo mantidos

em água deionizada (Figura 8). Esses mesmos corpos de prova foram reaproveitados para

constituir o grupo estabilidade de escurecimento experimental (GE), tendo sido submetidos ao

escurecimento experimental e mantidos em solução remineralizante (Figura 9).

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Figura 8 - Corpo-de-prova original Figura 9 – Corpo-de-prova depois do

escurecimento experimental

Grupo controle negativo (CN): constituído pelos corpos-de-prova submetidos ao

escurecimento experimental e à escovação com o dentifrício com 1450 ppm de F- de

monofluorfosfato de sódio (MFP) (Figura 10).

Figura 10 - Corpo-de-prova após a

aplicação do dentifrício

com 1450 ppm de MFP

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Grupo controle positivo (CP): constituído pelos corpos-de-prova submetidos ao

escurecimento experimental, ao clareamento pelo gel à base de peróxido de carbamida a 10% e

à escovação com o dentifrício com 1450 ppm de F- de monofluorfosfato de sódio (Figura 11).

Figura 11 - Corpo-de-prova após a

aplicação de peróxido

de carbamida a 10%

Grupo teste dentifrício 1 (D1): constituído pelos corpos-de-prova submetidos ao

escurecimento experimental e ao clareamento através da escovação com o dentifrício à base de

peróxido de hidrogênio (Figura 12).

Figura 12 - Corpo-de-prova após a

aplicação do dentifrício

contendo peróxido de

hidrogênio

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Grupo teste dentifrício 2 (D2): constituído pelos corpos-de-prova submetidos ao

escurecimento experimental e ao clareamento através da escovação com o dentifrício à base de

peróxido de carbamida (Figura 13).

Figura 13 - Corpo-de-prova após a

aplicação do dentifrício

contendo peróxido de

carbamida

Grupo teste dentifrício 3 (D3): constituído pelos corpos-de-prova submetidos ao

escurecimento experimental e ao clareamento através da escovação com o dentifrício à base de

bicarbonato de sódio (Figura 14).

Figura 14 - Corpo-de-prova após a

aplicação do dentifrício

contendo bicarbonato de

sódio

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4.1.8 Protocolo experimental

Para a determinação da cor dos corpos-de-prova e do grau de desmineralização nas

diversas etapas estabelecidas no protocolo experimental, foi utilizado o espectrofotômetro

Easyshade Vita e o laser diodo DIAGNOdent KaVo.

4.1.8.1 Determinação da cor original e do grau de desmineralização dos corpos-de-prova

Visando a assegurar a realização do estudo, os corpos-de-prova foram devidamente

codificados para posterior identificação, procedendo-se a seguir a 1ª leitura (L1), objetivando

registrar a cor original de cada espécime e o possível grau de desmineralização presente.

4.1.8.2 Teste de repetitividade

A realização deste teste teve como objetivo determinar se a metodologia tinha

reprodutibilidade. Para tanto, procedeu-se à determinação da cor e do grau de desmineralização

de cada corpo-de-prova nos tempos 0, 24 e 48h. Nos intervalos de tempo, os espécimes foram

mantidos em água deionizada e estufa a 37ºC, assegurando-se dessa forma o controle da

temperatura e do pH do meio.

4.1.8.3 Pigmentação experimental

Os grupos aqui identificados como GE, CN, CP, D1, D2, D3 foram submetidos ao

procedimento de escurecimento por período contínuo de 96 horas e mantidos em estufa a 37ºC.

Este procedimento de pigmentação consistiu em se submeter os corpos-de-prova a uma mistura

contendo partes iguais de soluções concentradas de café, chá preto, bebida à base de cola, vinho

tinto, tabaco e solução remineralizante (GOMES, 2005).

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Concluídas as 96 horas de escurecimento, os corpos-de-prova foram novamente

analisados (2ª leitura – L2), registrando-se a coloração e o grau de desmineralização dos

espécimes após a pigmentação.

4.1.8.4 Manutenção dos corpos-de-prova

A manutenção diária dos corpos-de-prova envolvidos na experimentação foi realizada

mediante o controle da temperatura e do pH do meio, através de estufa a 37ºC e da sua

conservação em solução remineralizante (água, ácido clorídrico, hidróxido de cálcio, cloreto de

potássio, ácido fosfórico e tampão tris) (SERRA, 1995). Procedeu-se também à aplicação de

três escovações diárias, com base na técnica recomendada por Neves e colaboradores (2000),

adaptada às condições experimentais do trabalho proposto. Para tanto, realizou-se a seguinte

padronização: aplicação da escova elétrica da Oral B com dentifrício durante 10 segundos

acoplada a um dinamômetro controlado a uma força de 0,2 kgF, impedindo-se, dessa forma, o

contato desses corpos-de-prova com quaisquer substâncias pigmentadoras ou desmineralizantes

de acordo com as recomendações do fabricante.

4.1.8.5 Ação do gel clareador de uso caseiro

Os corpos-de-prova que constituíram o grupo controle positivo (CP) foram submetidos,

após o escurecimento, à ação do gel clareador contendo peróxido de carbamida a 10%, por 4

horas diárias, durante 14 dias sem qualquer ativação. Concluído este procedimento técnico de

clareamento, os corpos-de-prova foram mantidos de acordo com os procedimentos descritos no

item 4.1.8.4, com o auxílio do dentifrício fluoretado (Colgate Máxima Proteção Anticáries).

Estes procedimentos foram realizados conforme o preconizado pelo fabricante, e registrada a

leitura correspondente ao grau de clareamento e de desmineralização do terço médio após 7 e

14 dias de procedimentos clareadores (L3 e L6, respectivamente).

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4.1.8.6 Ação dos dentifrícios clareadores

Os corpos-de-prova que constituíram os grupos dentifrícios (D1, D2 e D3) foram

submetidos, após o escurecimento, à ação dos cremes dentais contendo peróxido de hidrogênio,

peróxido de carbamida e bicarbonato de sódio, respectivamente, de acordo com o procedimento

descrito no item 4.1.8.4, durante 28 dias (conforme preconizado pelo fabricante). Durante este

período, registrou-se a leitura correspondente ao grau de clareamento e de desmineralização do

terço médio com 7, 14, 21 e 28 dias [3ª (L3), 4ª (L4), 5ª (L5) e 6ª (L6) leituras,

respectivamente].

4.1.9 Mensuração da cor e da desmineralização

O espectrofotômetro Easyshade é um equipamento que fornece leituras no sistema CIE

L*, a* e b*, através do qual as cores são definidas em três parâmetros: L* (luminosidade), que

varia de 0 a 100; a* (verde-vermelho), que varia de -80 a +80; e b* (azul-amarelo), que varia de

-80 a +80. Esse sistema também permite mensurar a diferença de cor entre duas amostras ( E)

e demonstra a quantidade de alteração de cor entre duas leituras.

Para registrar o grau de alteração superficial do esmalte dental desmineralizado,

utilizou-se o aparelho DIAGNOdent, que determina possíveis variações da estrutura dental em

uma escala com intervalo de 0 a 99. Os valores ≤5 sugerem que a estrutura dental sem alteração

morfológica é considerada hígida; os valores de 6 a 15 apontam para lesão superficial em

esmalte; e os valores ≥16 caracterizam lesão em dentina.

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4.1.10 Análise estatística

Os valores dos parâmetros L*, a* e b* obtidos através da análise espectrofotométrica e

o grau de desmineralização obtido através do laser diodo foram submetidos à análise estatística

pelo pacote MINITAB.

Foi realizado o teste ANOVA (análise de variância) para dados repetidos, com o

objetivo de verificar se a diferença entre as leituras de L*, a* e b* foi estatisticamente

significativa. Obtendo-se o resultado positivo para ANOVA, realizou-se estatística paramétrica

pelo teste de Tukey, objetivando-se determinar a diferença mínima significativa entre as

leituras, no nível de 5% de significância. Os dados de desmineralização foram avaliados através

da estatística não paramétrica pelo teste H de Kruskal Wallis e pelo teste F de Friedmann.

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5 RESULTADOS

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5.1 RESULTADO DO TESTE DE REPETITIVIDADE

E DE ESTABILIDADE DE COR

Por se tratar de um estudo cuja metodologia se baseia em leituras espectrofotométricas

repetidas em diferentes espaços de tempo, fez-se necessário realizar o teste de repetitividade.

Constatou-se que as leituras atribuídas aos parâmetros L*, a*, b* e à desmineralização de todos

os corpos-de-prova mantidos em solução remineralizante se repetem nos tempos 0, 24 e 48h.

Estes resultados foram confirmados pela análise de variância que indicou não ter havido

diferenças estatisticamente significativas entre os três parâmetros para o valor de p>0,05

(Tabela 1- ANEXO).

Contudo, tratando-se de um trabalho científico, impôs-se determinar tecnicamente o

grau de estabilidade da pigmentação adquirida, razão pela qual foram realizadas duas leituras

espectrofotométricas: E1 - logo após o escurecimento; e E2 - quatorze dias após o

escurecimento. Os resultados obtidos referentes aos valores de E1 e E2 não revelaram

diferenças estatisticamente significativas (p>0,05) ao serem comparados em cada parâmetro

estudado (Tabela 2- ANEXO).

5.2 RESULTADO DA ANÁLISE COLORIMÉTRICA

E DA DESMINERALIZAÇÃO

As medidas do grau de clareamento correspondentes aos espécimes que constituíram o

grupo controle positivo (CP) foram determinadas 7 e 14 dias (L3 e L6) após a realização dos

procedimentos químicos, conforme indicação do fabricante, visando a compará-los à leitura

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inicial (L1). Para o grupo controle negativo (CN) e para os grupos testes correspondentes aos

dentifrícios 1, 2 e 3 (D1, D2 e D3), os resultados referentes ao grau de clareamento foram

avaliados após 7, 14, 21 e 28 dias de escovações (L3, L4, L5 e L6). Esses resultados foram

comparados àqueles obtidos a partir da determinação da cor original (L1) de cada espécime e

da cor obtida após a pigmentação (L2).

Visando a registrar com clareza os resultados obtidos e discuti-los adequadamente

foram organizados os dados analíticos de clareamento e de desmineralização nos itens 5.2.1 e

5.2.2, respectivamente.

5.2.1 Comparação entre os parâmetros L*, a*, b* e E

5.2.1.1 Valores de L*, a* e b*

As médias e os respectivos desvios padrões, os intervalos de confiança e as diversas

comparações entre as leituras obtidas dos espécimes nos tempos de experimentação

preestabelecidos correspondentes aos parâmetros L*, a* e b* estão registrados nas Tabelas 3 a

9 (ANEXO) e figuras 15 a 17 (ANEXO).

De referência ao parâmetro L* constatou-se, em todos os grupos, uma diminuição de

luminosidade entre as leituras iniciais (L1) e as leituras após a pigmentação experimental (L2)

(Tabela 3). Esta diferença é confirmada estatisticamente como significativa (p 0,05) (Tabela

4).

Para o grupo controle negativo (CN) as comparações realizadas entre as demais leituras

revelam diferença estatisticamente não significativa em todos os tempos (p>0,05). O grupo

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controle positivo (CP) não apresenta diferença estatisticamente significativa (p>0,05) nas

comparações L1 x L6 e L2 x L3 (Tabela 4). As observações dos grupos testes D1, D2 e D3

entre a leitura inicial e as demais revelam diferença estatisticamente significativa (p<0,05).

Quando comparada a leitura após a pigmentação experimental (L2) e a leitura 7 dias após o

início do tratamento (L3) não se constatam diferenças significativas (p>0,05) nos três grupos

testes; no entanto, após 14 dias de tratamento, o grupo teste D1 apresenta diferença

estatisticamente significativa (p<0,05); decorridos 21 e 28 dias (L5 e L6) de tratamento, apenas

o grupo teste D3 não apresenta significância estatística (p>0,05). Quando comparadas as

leituras entre 7 e 14 dias (L3 x L4) e entre 7 e 28 dias (L3 x L6) de tratamento, apenas o grupo

teste D3 apresenta-se como não estatisticamente significativo (p>0,05). As comparações entre

as leituras aos 7 e 21 dias (L3 x L5) nos três grupos testes revelam-se estatisticamente

significativas (p<0,05); já as comparações entre as leituras aos 14, 21 e 28 dias (L4, L5 e L6)

apontam a ausência de significância estatística nos grupos testes D1 e D3 (p>0,05) (Tabela 4).

A análise do parâmetro L* na comparação entre os grupos demonstra não haver

diferença estatística na leitura inicial (L1) e na leitura após o escurecimento (L2). Constata-se

significância estatística na relação entre o CP e os grupos testes D1, D2 e D3 nas leituras após 7

dias de procedimentos clareadores (L3) assim como na relação com o CN (p<0,05). Observa-se

não haver diferença estatisticamente significativa entre as leituras após 14, 21 e 28 dias (L4, L5

e L6) de procedimentos clareadores entre os grupos CN e D3 e entre D1 e D2 (p>0,05) (Tabela

7).

As leituras referentes ao parâmetro a* em todos os grupos demonstra ter havido um

aumento de vermelhidão entre as leituras iniciais (L1) em confronto com as leituras após a

pigmentação experimental (L2) (Tabela 1). Esta diferença é confirmada estatisticamente como

significativa (p 0,05) (Tabela 5).

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As comparações realizadas entre as demais leituras no grupo controle negativo (CN)

revelam diferença estatisticamente não significativa em todos os tempos (p>0,05). O grupo

controle positivo (CP) não apresenta diferença estatisticamente significativa quando da

comparação L1 x L6. O confronto entre a leitura inicial e as demais nos grupos testes D1, D2 e

D3 revela diferença estatística significativa (p<0,05). Quando comparada a leitura após a

pigmentação experimental (L2) com a leitura 7 dias após o início do tratamento (L3), não se

constatam diferenças significativas nos três grupos testes (p>0,05); no entanto, após 14, 21 e 28

dias de tratamento (L4, L5 e L6) apenas o grupo teste D3 não apresenta significância estatística

(p>0,05). O confronto das leituras aos 7 dias (L3) com as leituras aos 14, 21 e 28 dias de

tratamento apresenta-se como não estatisticamente significativo apenas para o grupo teste D3

(p>0,05); já as comparações entre as leituras aos 14, 21 e 28 dias denotam ausência de

significância estatística (p>0,05) nos grupos testes D1 e D3 (Tabela 5).

A análise do parâmetro a* na comparação entre os grupos demonstra não haver

diferença estatística nas leituras inicial (L1) e após o escurecimento (L2). Constata-se

significância estatística na relação entre o CP e os grupos testes D1, D2 e D3 na leitura 7 dias

após os procedimentos clareadores, assim como na sua relação com o CN. Observa-se não

haver diferença estatística significativa entre as leituras após 14, 21 e 28 dias (L4, L5 e L6) de

procedimentos clareadores entre os grupos CN e D3 e entre D1 e D2 (Tabela 8).

As observações do parâmetro b* em todos os grupos demonstra ter havido um aumento

da tonalidade amarela entre as leituras iniciais (L1) e após a pigmentação experimental (L2)

(Tabela 1). Esta diferença é confirmada estatisticamente como significativa (p 0,05) (Tabela

6).

Para o grupo controle negativo as comparações realizadas entre as demais leituras

revelam diferença estatisticamente não significativa em todos os tempos (L3, L4, L5 e L6)

(p>0,05). O grupo controle positivo não apresenta diferença estatisticamente significativa

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(p>0,05) nas comparações L1 x L6 e L2 x L3. As observações dos grupos testes D1, D2 e D3

entre a leitura inicial e as demais revelam diferença estatisticamente significativa (p<0,05).

Quando comparada a leitura após a pigmentação experimental (L2) com a leitura 7 dias após o

início do tratamento (L3) constata-se diferença significativa no grupo teste D1; no entanto, após

14 e 21 dias de tratamento (L4 e L5), os três grupos teste não apresentam significância

estatística (p>0,05); e, com 28 dias de tratamento (L6), apenas o grupo teste D2 é

estatisticamente significativo (p<0,05). A análise das leituras aos 7 dias (L3) em comparação

com as leituras aos 14 e 21 dias de tratamento (L4 e L5) apresenta-se estatisticamente não

significativa apenas para os grupos testes D2 e D3; quando se comparam a L2 com a L6,

somente o grupo D3 é estatisticamente significativo (p<0,05). No tocante a comparações

estabelecidas entre as leituras de 14, 21 e 28 dias verifica-se ausência de significância

estatística em todos os grupos testes (p>0,05) (Tabela 6).

A partir da análise comparativa entre os grupos é possível verificar ausência de

significado estatístico nas leituras realizadas antes e depois da pigmentação escurecedora (L1 e

L2). Após 7 dias de tratamento clareador (L3), constata-se diferença estatisticamente

significativa entre os grupos CP e D1. Após 14 e 21 dias de tratamento (L4 e L5) não há

diferença estatisticamente significativa entre os grupos. Na observação final (L6), não é

possível encontrar diferença significativa (p>0,05) na comparação entre o grupo CN e os

grupos testes D1, D2 e D3, e entre os grupos D1 e D2 (Tabela 9).

5.2.1.2 Valores de E

A partir da mensuração dos valores de L*, a* e b* determinaram-se os valores de E.

Estes valores expressam numericamente a diferença de cor entre duas medidas

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espectrofotométricas de uma mesma matéria. No presente estudo, os diferentes valores de E

resultaram da diferença entre as colorações originais dos espécimes dentais e as colorações

após a pigmentação experimental e após a ação de dois procedimentos de clareamento distintos.

Estas diferenças estão expressas nas Tabelas 10 a 17 (ANEXO).

A diferença de cor expressa em unidades de percepção visual ( E) no terço médio

dos espécimes dos diferentes grupos figura nas tabelas de número 10 a 14 (ANEXO).

Segundo a Tabela 15, a comparação entre ΔE1 (variação de cor entre L1 e L2) e

ΔE5 (variação de cor entre L1 e L6) não revelou diferenças consideradas estatisticamente

significativas (p>0,05) no grupo controle negativo (CN) e no grupo teste D3. Por outro

lado, do confronto entre ΔE1 e ΔE9 (variação de cor entre L2 e L6) não se constatou

significância estatística no grupo controle positivo (CP), o mesmo se observando da

comparação entre ΔE5 e ΔE9 nos grupos testes D1 e D2. Ainda na Tabela 15, o confronto

entre ΔE7 (variação de cor entre L2 e L4) e ΔE9 revela-se estatisticamente significativo

apenas para o grupo controle negativo (CN).

A comparação entre os valores de ΔE nos grupos controle negativo e grupo teste

D1 (Tabela 16) revela significância estatística (p<0,05) quando comparadas as leituras

iniciais (L1) e as depois do escurecimento (L2) com as leituras aos 14, 21 e 28 dias (ΔE3,

ΔE4, ΔE5 e ΔE7, ΔE8, ΔE9, respectivamente). Tais constatações se repetem nas

comparações entre as leituras aos 7 e 14 dias (ΔE 10) e aos 14 e 21 dias (ΔE13). O grupo

controle negativo (CN) e o grupo teste D2, quando confrontados, revelam significância

estatística (p<0,05) na comparação das leituras iniciais (L1) com as leituras após 28 dias

(ΔE5) e, também, nas comparações referentes às leituras após a pigmentação

experimental (L2) com as leituras aos 21 e 28 dias (ΔE 8 e 9). Tais constatações se

repetem entre as análises das leituras aos 7 e 28 dias (ΔE12) e aos 14 e 21 dias (ΔE13).

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Quando são comparados o grupo controle negativo (CN) e o grupo teste D3, não é

possível observar variação de cor estatisticamente significativa (p>0,05) (Tabela 16).

A relação entre o grupo controle positivo (CP) e os grupos testes D1, D2 e D3 não

demonstra significância estatística entre as leituras iniciais e após o escurecimento (ΔE1),

e entre estas últimas e as leituras após 7 dias de procedimentos químicos (ΔE6). Do

confronto entre a variação de cor aos 7 e aos 28 dias da realização de procedimentos de

clareamento (ΔE12), apenas o grupo D3 apresenta significância estatística (p<0,05)

(Tabela 16).

A análise da Tabela 17 denota que a comparação dos valores de ΔE entre os

grupos testes D1 e D2 apresenta significância estatística (p<0,05) nas observações com 7

e 14 dias (ΔE10) e com 14 e 28 dias (ΔE14). Já na relação entre os grupos testes D1 e D3

não há significância estatística (p>0,05) quando comparadas a leitura inicial (L1) com as

leituras após o escurecimento e após 7 dias de tratamento (ΔE1 e ΔE2, respectivamente).

A mesma observação é verificada quando se comparam os espécimes escurecidos com os

mesmos aos 7 dias de tratamento (ΔE6). A comparação das leituras após o período de 14,

21 e 28 dias de tratamento entre si não revela diferença estatisticamente significativa

(p.0,05). Quando comparadas as leituras iniciais com as leituras de tratamento, apenas

com 28 dias (ΔE5) há significância na relação entre os grupos D2 e D3. A mesma

observação é encontrada na relação das leituras obtidas após o escurecimento (L2) com as

obtidas aos 21 e 28 dias (ΔE8 e ΔE9, respectivamente). Quando avaliadas as observações

decorrentes do confronto entre as leituras aos 7 e 14 dias com as leituras aos 28 dias

(ΔE12 e ΔE14, respectivamente), também é possível verificar significância estatística

(p<0,05) (Tabela 17).

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5.2.2 Desmineralização

Os dados correspondentes à desmineralização estão registrados nas Tabelas 18

(ANEXO) e 19 (ANEXO) e ilustrados nas figuras 18 a 22 (ANEXO), demonstrando as

diversas comparações entre as leituras obtidas, tendo-se em consideração o terço médio

dos espécimes observados e os tempos de experimentação.

A observação da desmineralização em todos os grupos demonstra ter havido perda de

substância mineral entre as leituras iniciais (L1) e após a pigmentação experimental (L2)

(Tabela 18). À exceção do grupo controle positivo (CP), esta diferença é confirmada como

estatisticamente significativa (p 0,05) (Tabela 19).

Ainda segundo a Tabela 19, para o grupo controle negativo (CN) as comparações

realizadas entre a leitura inicial e as demais leituras revelam diferença estatisticamente

significativa (p<0,05), o mesmo ocorrendo quando comparadas a leitura após a pigmentação

experimental (L2) com as leituras após 7, 14 e 28 dias (L3, L4 e L6), a leitura após 14 dias (L4)

com as leituras após 21 e 28 dias (L5 e L6) e a leitura após 21 dias (L5) com a leitura após 28

(L6) dias de tratamento dos espécimes.

O grupo controle positivo (CP) não apresenta diferença estatisticamente significativa

(p>0,05) quando comparadas a leitura inicial (L1) com a leitura após a pigmentação

experimental (L2) e com a leitura final (L6), assim como entre a leitura após a pigmentação

experimental (L2) com a de 7 dias de tratamento clareador (L3). As observações dos grupos

testes D1, D2 e D3 entre a leitura inicial e as demais revelam diferença estatística significativa

(p<0,05). Quando comparada a leitura após a pigmentação experimental (L2) com as leituras de

7, 14, 21 e 28 dias após o início do tratamento (L3, L4, L5 e L6), constata-se não haver

diferença estatisticamente significativa. Do confronto entre as leituras após 7, 14, 21 e 28 dias

(L3, L4, L5 e L6) entre si não se constata significância estatística (p>0,05) (Tabela 19).

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Há que se destacar na análise da significância entre os quartis que os dados referentes à

segunda e à sexta leituras (L2 e L6) do grupo teste D2 são consideradas limítrofes (0,50). A

mesma análise pode ser feita quando comparadas a segunda e a quinta leituras (L2 e L5) e a

quinta e a sexta leituras (L5 e L6) do grupo teste D3 (0,25 e 0,25 respectivamente) (Tabela 19).

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6 DISCUSSÃO

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Ao iniciarmos esta discussão, é preciso ressaltar que serão aqui abordados os resultados

de maior relevância científica. A avaliação da confiabilidade das medidas é essencial para o

reconhecimento qualitativo e quantitativo obtidos a partir do desenho de um protocolo traçado

para a realização da pesquisa. Para tanto a realização do teste de repetitividade (grupo GR) teve

como objetivo alcançar a precisão desejável inerente à metodologia proposta.

De acordo com os dados expressos na Tabela 1, constata-se alta reprodutibilidade dos

valores obtidos para os parâmetros L* (F=0,10/ p=0,910), a* (F=0,87/ p= 0,426) e b* (F=0,81/

p=0,454) nos três tempos de análise. Estes dados são concordantes com os dos estudos de

repetitividade colorimétrica preconizados por Douglas (1997), confirmando-se, desse modo, a

consistência e a coerência dos resultados atribuídos às diversas leituras efetuadas para a

presente pesquisa.

Quanto aos resultados do teste de estabilidade de escurecimento, constatou-se que as

variações ocorridas nos valores dos parâmetros L*, a* e b* referentes aos espécimes

submetidos ao teste do primeiro ao último dia de experimentação não foram consideradas

estatisticamente significativas, conforme os dados da Tabela 2. As variações dos parâmetros

L*, a* e b* atribuídas aos grupos de dentifrícios (D1, D2 e D3) e ao controle positivo (CP)

resultaram seguramente das aplicações do agente químico clareador (peróxido de hidrogênio e

peróxido de carbamida). O comportamento homogêneo dos espécimes que integraram o grupo

estabilidade de escurecimento (GE) foi assegurado mediante o controle do pH do meio e da

temperatura, uma vez que foram armazenados em solução remineralizadora (água, ácido

clorídrico, hidróxido de cálcio, cloreto de potássio, ácido fosfórico e tampão tris) e mantidos à

temperatura de 37ºC, durante toda a realização das experimentações.

Kleber, Moore e Nelson (1998), Gerlach, Barker e Sagel (2000), Fraser, Murphy e

Bunting (2003), Grey (2004) e Joiner (2004) preconizam a escolha do sistema CIE Lab para

mensuração de cor, particularmente em unidades dentais de humanos e em espécimes artificiais

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confeccionados em resina ou cerâmica, razão pela qual se fez a opção por este espaço de cor no

presente estudo.

Em condições de luminosidade e observações padronizadas, as propriedades ópticas dos

dentes humanos dependem da morfologia interna e externa das unidades (DOZIC et al., 2004;

VOLPATO; BARATIERI; MONTEIRO JR., 2005). Os componentes orgânicos da dentina, o

tamanho e a orientação dos túbulos dentinários podem afetar a absorção e a dispersão da luz,

interagindo na cor da unidade dental. Além disso, a coloração é influenciada por um duplo

efeito de camadas de esmalte e dentina (DOZIC et al., 2004). O esmalte é mais espesso na

borda incisal e mais delgado na região cervical (BHASKAR, 1978; BARATIERI et al., 2001;

DOZIC et al., 2004). A área incisal apresenta uma maior variação de tonalidade devido à

translucidez do esmalte e à quase ausência de dentina nesta região (BARATIERI et al., 2001),

resultando em menor absorção da luz nesta última área. Vaarkamp, Ten Bosch e Verdonschot

(1995) e Joiner (2004) afirmam que, no esmalte, os cristais de hidroxiapatita são os

responsáveis pela difusão da luz, enquanto a dentina é o tecido predominantemente responsável

pela dispersão da luz, sendo que, na região cervical, constata-se a influência da coloração da

margem gengival. As informações técnicas para o uso correto do espectrofotômetro utilizado

no presente estudo recomendam um afastamento da margem gengival em torno de dois

milímetros e o posicionamento da sonda de mensuração perpendicular à área a ser avaliada

(VITA, 2004). Este ponto de referência que equivale a um ângulo de noventa graus resultante

dos vetores atribuídos à superfície dental e ao limite final do leitor óptico do espectrofotômetro

é considerado ideal, tendo em vista que é nesta área do terço médio que se constata,

microscopicamente, o equilíbrio de camadas. Esta foi uma das principais razões levadas em

conta ao se definir, no protocolo experimental, a tomada de medidas espectrofotométricas dos

valores de L*, a* e b* no terço médio de cada espécime.

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Para a realização deste estudo, foram levadas em consideração os tempos de

clareamento recomendados a partir das orientações dos fabricantes. O tempo experimental

proposto para o peróxido de carbamida a 10% foi de 14 dias, mediante uso diário durante 4

horas. Já os dentifrícios clareadores foram aplicados nos processos de escovação, três vezes ao

dia, durante 28 dias.

Os primeiros resultados obtidos para o parâmetro L* — correspondentes às leituras

iniciais referentes à cor original dos espécimes (L1) — revelaram valores elevados de

luminosidade L*, equivalente, portanto, à contra-indicação de clareamento (Tabela 3). Ainda

de acordo com Fraser, Murphy e Bunting (2003) e Joiner (2004), as variações do eixo verde-

vermelho quantificadas como parâmetro a*, assim como as variações do eixo azul-amarelo

representativas do parâmetro b*, elementos integrantes do sistema CIE Lab, assumem

relevância na determinação das cores dos dentes, uma vez que, próximas ao zero, sinalizam

cores neutras (cinza e branco, por exemplo). Estes parâmetros, quando significativamente

aumentados, apontam para as tonalidades saturadas e intensas. As medidas iniciais destas

coordenadas (Tabela 3) demonstram que os dentes naturais têm coloração com maior tendência

aos tons de verde e amarelo.

O esmalte dental possui relativa permeabilidade às mais variadas substâncias de baixo

peso molecular (PAIVA; ANTONIAZZI, 1988; FALLEIROS JR.; AUN, 1990), e a sua

morfologia superficial pode predispor a deposição de pigmentos devido à rugosidade

superficial, à porosidade intrínseca, à presença de trincas, fendas, sulcos e depressões

(BARATIERI et al., 2001; WATTS; ADDY, 2001; PONTEFRACT et al., 2004).

Considerando-se que o manchamento extrínseco dos dentes tem diferentes procedências,

buscou-se também, através deste estudo, avaliar a eficácia dos dentifrícios clareadores em

comparação com a ação do gel de peróxido de carbamida em espécimes escurecidas in vitro, de

acordo com a metodologia preconizada por Gomes (2005).

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O escurecimento experimental dos espécimes resultou em valores de L*

acentuadamente diminuídos (L2), enquanto os resultados referentes aos parâmetros a* e b*

tiveram um aumento significativo (Tabela 3 e Figuras 15, 16 e 17). Estes achados confirmam a

baixa luminosidade dos espécimes face às tonalidades de cor próximas ao vermelho e ao

amarelo adquiridas in vitro, em concordância, portanto, com as observações de Carvalho,

Robazza e Lage-Marques (2002) e Lima (2006). As diferenças entre leituras

espectrofotométricas resultantes dos espécimes escurecidos comparadas àquelas atribuídas aos

espécimes originais (L1 e L2) foram consideradas estatisticamente significativas (Tabela 3).

Estes resultados comprovam que o escurecimento experimental foi efetivo (Figuras 15, 16 e

17).

O grau de clareamento dental produzido pelos dentifrícios em estudo comparado com a

ação do gel clareador à base de peróxido de carbamida impôs o controle rigoroso na

determinação das cores dos espécimes, através da determinação da diferença de cor entre as

amostras e entre duas leituras (∆E) (BHASKAR, 1978; KLEBER; MOORE; NELSON, 1998;

HASEGAWA; IKEDA; KAWAGUCHI, 2000; DOZIC et al., 2004). Com base nos resultados

obtidos e tomados como referência os valores de ∆E, pode-se concluir que as diferentes

tonalidades de cor dos dentes estão na dependência das distintas concentrações de

hidroxiapatita e da matriz orgânica do esmalte, da textura da dentina e de possíveis resíduos de

pigmentos nos espécimes escurecidos ou de percentual ainda resistente nos corpos-de-prova

testados.

Bevilacqua e colaboradores (1999), Baratieri e colaboradores (2001) e Zekonis e

colaboradores (2003) registram a eficácia e a aceitabilidade clareadora do peróxido de

carbamida a 10%, e o peróxido de hidrogênio é também aceito na comunidade científica como

um agente clareador eficaz (HEGEDUS et al., 1999; BARATIERI et al., 2001; LIMA, 2006).

O mecanismo de ação destes produtos químicos tem por referência a oxidação parcial das

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cadeias dos compostos cíclicos de carbono pigmentados em cadeias abertas de tamanhos mais

curtos com tonalidade mais clara, conforme as afirmações de Haywood e Haymann (1991) e de

Pécora e colaboradores (1994).

As leituras efetuadas após quatorze dias dos procedimentos clareadores realizados para

o grupo controle positivo (CP) (L6) e decorridos vinte e oito dias para os grupos teste (L6)

demonstram ter havido eficácia limitada do peróxido de carbamida e do peróxido de hidrogênio

contidos nos dentifrícios testes, sobre os espécimes escurecidos. Apenas dois dos três

parâmetros analisados foram responsáveis pela resposta clareadora (Tabelas 3 a 10 e Figuras 15

a 17). Esta constatação permite afirmar que houve aumento significativo da luminosidade (L*),

associado a uma diminuição da tonalidade vermelha (a*) presente nos grupos CP, D1 e D2

(Tabelas 3 a 10). Estes achados são convergentes com os do estudo de Lima (2006), quando

avaliados os resultados referentes ao emprego do peróxido de hidrogênio a 35% após um único

procedimento clareador. Podem ser confrontados com os estudos de Gerlach, Gibb e Sagel

(2002), que descrevem como responsáveis pela eficácia clareadora apenas os parâmetros L* e

b*. Há que se ter em conta que estes autores avaliaram fitas adesivas aplicadas in vivo, nas

faces dentais de humanos, contendo peróxido de hidrogênio nas concentrações de 5,3%, 10%,

15% e 20%, durante quatorze dias consecutivos.

Quando analisada a coordenada b* isoladamente, constatou-se a redução do seu valor

após o clareamento apenas para os grupos CP e D2, o que expressa uma diminuição

significativa, do ponto de vista estatístico, na tonalidade de amarelo (31,08±4,84; 39,60± 3,09)

(Tabelas 3 a 6) (Figura 17). A mensuração do grupo D3 demonstra não haver diferença

estatisticamente significativa entre a leitura final (L6) e a leitura após o escurecimento (L2)

para os três parâmetros avaliados (Tabelas 3 a 6), muito embora estas medidas tenham sido

quantitativamente diferentes, ou seja 44,70±2,34; 45,12±3,45 (Tabela 3).

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Embora os protocolos adotados por Gerlach, Gibb e Sagel (2002) e Lima (2006) sejam

diferentes em diversos aspectos do protocolo adotado no presente estudo, pode-se afirmar que

houve convergências de conclusões. Os achados revelados neste estudo atribuem aos

parâmetros L* e b* a maior probabilidade de efeito clareador após quatorze dias de tratamento

dos espécimes pelo gel de peróxido de carbamida e após vinte e oito dias de tratamento pelo

dentifrício contendo este mesmo peróxido (dentifrício 2). Cabe ressaltar que as leituras

realizadas a partir de quatorze dias de aplicação do dentifrício de peróxido de hidrogênio

(grupo D1) até o vigésimo oitavo dia (L6) apontam as coordenadas L* e a* como responsáveis

pelo clareamento dental.

Ao se compararem as leituras dos espécimes obtidos após o procedimento clareador

(L6) com as leituras referentes às cores originais dos mesmos (L1), pôde-se constatar que,

embora o clareamento tenha acontecido de forma moderada, não foi suficiente para fazer

retornar aos valores iniciais dos parâmetros L*, a* e b* nos grupos testes D1 e D2 (Tabelas 3 a

6). Em contrapartida, o grupo CP foi capaz de devolver à unidade dental a mesma coloração

apresentada antes do procedimento experimental de escurecimento, tornando evidente a

eficácia do gel de peróxido de carbamida, uso doméstico. Constatou-se, assim, uma

aproximação dos valores de L *, a* e b* (82,57±7,56; -0,65±2,23; 31,08±4,84,

respectivamente) a valores detectados para os espécimes originalmente (80,25±5,13;-

1,73±1,29; 28,53±3,97) (Tabela 3 e Figuras 15 a 17). Deve-se ter em consideração, entretanto,

que a intensidade do escurecimento experimental foi extremamente, uma vez que os valores de

L*, a* e b* decorrentes deste procedimento in vitro dificilmente são detectados, clinicamente,

em dentes de humanos que se submetem às alternativas químicas de clareamento. Esta

observação induz a se admitir a prescrição de dentifrícios clareadores isoladamente para

indivíduos cuja necessidade de clareamento seja pequena, associando-os a outros métodos nos

casos de excesso de pigmentação.

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Comparados entre si os resultados atribuídos aos grupos, constata-se em todas as

leituras não ter havido diferença estatisticamente significativa entre os grupos CN e D3 e entre

D1 e D2, quando observados os três parâmetros (Tabelas 7, 8 e 9). Estes achados confirmam a

ineficácia clareadora do dentifrício 3 (Colgate Bicarbonato®) e a eficácia clareadora dos

dentifrícios 1 e 2 (Mentadent® e Rembrandt Plus®, respectivamente). A análise da coordenada

b*, isoladamente, demonstra que os valores de amarelo não diferiram estatisticamente nos

grupos D1, D2 e D3 quando comparados com os do grupo CN (Tabela 9) (Figura 17). Isto

denota que, apesar de ter ocorrido o processo clareador nestas unidades, estes dentifrícios não

conseguiram reduzir os valores de amarelo produzidos no escurecimento experimental. Note-se

que as leituras referentes ao dentifrício 2 (39,60±3,09) foram distintas daquelas atribuídas ao

dentifrício 1 (40,64±3,25), embora estas diferenças não tenham sido consideradas

estatisticamente significativas.

Este achado aponta a importância de se indicarem produtos clareadores a serem

adicionados aos dentifrícios, visando a atender aos indivíduos que possuem uma pigmentação

mais intensa nas unidades dentais, com predominância da tonalidade amarela nos dentes

escurecidos, desde que preservada a integridade do esmalte (GERLACH; BARKER; SAGEL,

2000; GERLACH; GIBB; SAGEL, 2002).

A definição numérica de percepção visual baseada em ∆E é discordante entre os

pesquisadores que se dedicam ao estudo deste parâmetro (RUYTER; NILNER; MOLLER,

1987; JOHNSTON; KAO, 1998; O‘BRIEN; GROH; BOENKE, 1990; DOZIC et al., 2004;

DOZIC et al., 2005). O presente trabalho tem como referencial os valores atribuídos em estudo

realizado por Dozic e colaboradores (2005), no qual se considera a diferença de cor entre

dentes humanos hígidos como clinicamente perceptível quando acima de 3,0 unidades de

percepção visual.

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Os resultados para ∆E1 (variação de cor antes e depois do escurecimento experimental)

dos grupos controle positivo e negativo (29,61±4,98 e 27,46±5,14, respectivamente) e dos

grupos teste correspondentes aos ensaios com os dentifrícios 1, 2 e 3 (31,52± 5,84; 33,32± 6,44

e 28,09± 5,87, respectivamente) comprovam a eficácia da técnica de escurecimento

experimental (GOMES, 2005) através da percepção de cor obtida após este procedimento. Não

há diferença estatística significativa quando comparados todos os grupos entre si, permitindo

concluir que houve homogeneidade na pigmentação experimental em decorrência da eficácia

da técnica aplicada (Tabelas 10 a 14).

A análise do valor de ∆E7, equivalente à variação de cor correspondente aos valores de

L*, a* e b* determinados para os espécimes escurecidos frente a estes mesmos espécimes após

14 dias de tratamento clareador revelaram que o grupo D1 atingiu neste período sua máxima

eficácia clareadora (∆E7=16,62±6,64), o que sugere suspensão da sua aplicação. Entretanto, o

dentifrício 2 necessita de 28 dias de procedimentos para alcançar sua máxima ação clareadora

(Tabelas 12 e 13). Dessa forma, é possível afirmar que o dentifrício 2 (Rembrandt Plus®) só

produz a mesma ação clareadora do dentifrício 1 (Mentadent®) com 28 dias de uso continuado.

Esta afirmação está fundamentada na comparação entre os valores correspondentes de ∆E7 e

∆E9 que não apresentaram diferença estatística significativa com base no teste Tuckey. Do

ponto vista clínico este achado revela que o peróxido de hidrogênio contido no dentifrício 1

teve melhor desempenho ao ser confrontado com o peróxido de carbamida presente no

dentifrício 2, em que pese a ADA sempre sinalizar com o uso deste tipo de agente químico

clareador veiculado sob a forma de gel. Resta avaliar, do ponto de vista morfológico, se esta

eficácia traz conseqüências lesivas ao esmalte, assim como a concentração em que se encontra

tal agente clareador no dentifrício, uma vez que o fabricante não a fornece.

No estudo em tela, a variação de cor representada por ∆E5, variação de cor entre as

leituras dos espécimes originais (L1) e ao final do procedimento clareador (L6), demonstra ter

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havido diferença estatisticamente significativa, conforme os valores de ∆E5 que constituíram o

grupo controle positivo e os grupos experimentais: CP = 6,82; D1 = 16,78; D2 = 14,53 e D3 =

29,21 (respectivamente Tabelas 11, 12, 13 e 14). Tendo-se em conta a percepção visual de no

mínimo 3 pontos preconizados por Dozic e colaboradores (2005), pode-se admitir que não

houve retorno dos espécimes às colorações originais após o tratamento clareador.

Neste estudo, os valores de ∆E9 determinados a partir dos achados de L*, a* e b*

referentes aos espécimes pigmentados (L2) e a estes mesmos espécimes após os procedimentos

de clareamento (L6) para cada grupo avaliado identificam o grau de eficácia dos dentifrícios

clareadores sobre espécimes severamente pigmentados (Tabelas 10, 11, 12, 13 e 14).

Nota-se que os valores de ∆E9 são considerados como perceptíveis visualmente

(Tabelas 10 a 13), se forem tomados os parâmetros estabelecidos por Dozic e colaboradores

(2005). A comparação entre os grupos D1 e D2 indica que, após 28 dias de procedimentos

químicos, os corpos-de-prova tratados tiveram os mesmos resultados. Basta que se avalie o

valor de ∆E9 para D1 (16,61±8,61) em comparação com o valor de ∆E9 para D2 (20,16±8,18),

que não são considerados estatisticamente significativos ao se aplicar o teste Tuckey (Tabela

15). Este achado referente a ∆E9 para os grupos testes D1 e D2 após 28 dias de procedimentos

clareadores reafirma a condição de eficácia do dentifrício teste D1 que, ao final deste período,

mantém o mesmo grau de clareamento alcançado com 14 dias.

A comparação entre os valores de ∆E9 entre os grupos controle negativo (CN) e teste

D3 não apresenta diferenças estatisticamente significativas ao se aplicar o teste estatístico

Tuckey, por haver homogeneidade de cores, expressando, portanto, a ausência de benefícios

clareadores do dentifrício com bicarbonato de sódio (dentifrício 3) (Tabela 16). Do ponto de

vista morfológico, é necessário verificar quais as conseqüências para o esmalte dental do uso

continuado deste produto que, além de apresentar bicarbonato de sódio em sua formulação,

contém também carbonatos.

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Estes resultados expressam que houve clareamento tanto com o dentifrício teste 1

quanto com o dentifrício teste 2, muito embora os corpos-de-prova submetidos ao dentifrício 2

tivessem apresentado valores de ∆E5 distintos, contudo sem significância estatística relevante

(16,78±6,22; 14,53±4,91). O fato de os corpos-de-prova submetidos ao dentifrício 3

apresentarem percepção visual do clareamento equivalente ao controle negativo com base nos

respectivos valores de ∆E5 (29,21±5,07; 26,27±8,66) permite afirmar que não houve qualquer

ação clareadora deste dentifrício. Estes achados divergem dos resultados divulgados por

Kleber, Moore e Nelson (1998), que afirmam que dentifrícios com bicarbonato de sódio são

capazes de remover o manchamento extrínseco das unidades dentais.

No tocante ao grupo controle positivo (CP), isto é, de espécimes clareados pelo

peróxido de carbamida a 10%, a percepção visual determinada entre os espécimes originais e

estes mesmos espécimes escurecidos (∆E1= 29,61±4,98), quando comparada com a percepção

visual referente a estes mesmos corpos-de-prova escurecidos e clareados a seguir

(∆E9=29,63±4,37), não revelaram diferença estatística (p>0,05) (Tabela 15). Os corpos-de-

prova que constituíram este grupo após o tratamento clareador, retornaram rigorosamente à

coloração original, não havendo, portanto, diferenças de percepção visual entre os espécimes

antes e depois do tratamento. Seria coerente que esta constatação implicasse em valores de ∆E5

(variação de cor antes entre os espécimes originais e estes mesmos espécimes clareados)

próximos a zero. Entretanto foi detectado para ∆E5 o valor de 6,82±3,89, padrão que, segundo

Dozic, corresponderia à percepção visual, apesar de o valor padrão apontado pelo autor diferir

do dado encontrado neste trabalho em apenas 3 pontos. A partir dos resultados que integram o

presente estudo, é possível admitir-se que não existe uma escala confiável para se determinar a

percepção visual com base nos valores de ∆E5 pelas seguintes razões: os achados registrados

foram rigorosamente testados e tratados estatisticamente; nas comparações realizadas só foram

utilizados corpos-de-prova oriundos de dentes humanos; os diversos autores que estabeleceram

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valores de percepção visual para ∆E (RUYTER; NILNER; MOLLER,1987; JOHNSTON;

KAO, 1998; O‘BRIEN; GROH; BOENKE, 1990) tiveram como referencial a comparação entre

dentes humanos e espécimes artificiais produzidos em resina e cerâmica.

Ao se avaliar a pigmentação de dentes naturais, deve-se considerar que possivelmente

os valores de L*, a* e b* encontrados não serão tão intensos quanto aqueles resultantes da

pigmentação produzida in vitro pela solução escurecedora nos espécimes. Este entendimento

respalda a indicação de dentifrícios com agentes químicos por períodos de tempo mais

prolongados, a fim de que se possa obter clareamentos dentais satisfatórios, ou para que possam

ser mantidos os efeitos de clareamentos profissionais, reservado o uso destes procedimentos

com agentes químicos mais concentrados apenas para atender as exigências de clareamentos

mais intensos. Vale ressaltar que as diversas substâncias pigmentadoras têm cores

predominantemente diferentes, exigindo atenção especial do profissional. Deve-se também ter

em consideração que os pigmentos amarelados são aqueles de remoção mais difícil

(BARATIERI et al., 2001), exigindo, portanto, o uso continuado destes dentifrícios sob

supervisão profissional ou o uso de substâncias mais concentradas em ambientes

odontológicos.

Um dos objetivos do presente estudo foi analisar a eficácia clareadora do gel de

peróxido do carbamida a 10% e dos dentifrícios clareadores, na perspectiva de manutenção da

integridade morfológica dos espécimes em estudo. Por se tratar de uma pesquisa que teve como

referencial os aspectos químicos, optou-se por avaliar o grau de desmineralização com o auxílio

do DIAGNOdent®.

O uso do laser de diodo DIAGNOdent® como recurso clínico auxiliar no diagnóstico de

lesão de descalcificação em superfícies dentais, conforme preconizam Ferreira Zandoná e

colaboradores (1998), visou a determinar, ainda que de forma preliminar, a inocuidade dos

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agentes clareadores analisados ou a instalação de possíveis lesões de esmalte após o seu

emprego.

No tocante à avaliação da ocorrência de possíveis áreas de desmineralização nos

espécimes em estudo e seu respectivo grau de severidade, constatou-se reduzida intensidade de

descalcificação inicial em todos os grupos. Após o escurecimento experimental, o grau de

desmineralização se tornou acentuado. Este episódio é explicado pela imersão dos corpos-de-

prova na solução escurecedora, durante 96 horas, cujo pH se situou em nível considerado

severamente crítico (4,1) (THYLSTRUP, FEJERSKOV, 1998). Os dados da Tabela 18 e as

figuras 18 a 22 explicitam os valores de desmineralização encontrados.

Realizados os procedimentos de clareamento, constatou-se que o grau de

descalcificação dos espécimes em estudo aumentou sensivelmente, alcançando níveis

considerados estatisticamente significativos, ao serem comparados com os níveis de

desmineralização detectados inicialmente (Tabelas 18 e 19). Certamente, o aumento dos níveis

de desmineralização dos espécimes após os procedimentos químicos de clareamento decorreu

da presença de diversos abrasivos presentes nos dentifrícios. Os dados descritos apontam a

hipótese de possível inocuidade morfológica do gel peróxido de carbamida a 10%, uma vez que

o pH do mesmo se situa entre 7,0 e 8,0, conforme as informações de uso registrado pelo

fabricante (FGM). Estes achados corroboram o preconizado pela ADA em 2002, reforçando-se

mais uma vez que o desgaste encontrado pode ser atribuído aos abrasivos presentes nos

dentifrícios. O estudo de Lima (2006) indica não ter havido desmineralização determinada com

base no laser diodo, uma vez que o clareamento realizado se restringiu ao uso do peróxido de

hidrogênio a 35% na forma de gel. Convém lembrar que o laser de diodo é um recurso

tecnológico com indicação de uso clínico.

O estudo comparativo da determinação do grau de desmineralização dos corpos-de-

prova em cada etapa do protocolo experimental revelou que a solução escurecedora impôs uma

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desmineralização desafiante (pH 4,1) ao estudo. Esta condição poderia favorecer até mesmo

uma maior eficácia dos agentes clareadores, pela porosidade superficial que poderia ter se

constituído; entretanto isto foi combatido através da permanência dos mesmos na citada

solução remineralizante e da manutenção do pH em 7,0 e temperatura a 37ºC, durante os

intervalos de repouso.

Os dados de desmineralização referentes às leituras após o clareamento (L6) quando

comparados com os das leituras após o escurecimento (L2) revelaram que para os grupos CN e

CP houve remineralização. Esta remineralização certamente decorreu da manutenção dos

corpos-de-prova na mencionada solução remineralizante e ao pH alcalino do gel de peróxido de

carbamida (pH=7,5 a 7,82) (FGM). Este controle pode ser reproduzido em humanos, desde que

sejam feitas as recomendações profissionais e haja atenção especial dos pacientes à manutenção

da higiene bucal e, por conseqüência, à manutenção do pH deste meio que está assegurado pela

capacidade de tamponamento salivar. Caso tenha havido alterações não detectadas na

morfologia do esmalte após a aplicação do peróxido de carbamida a 10%, a justificativa recai

sobre a alternativa tecnológica do laser de diodo, que não foi capaz de mensurá-las. Para

dirimir estas dúvidas, deve-se recorrer à Microscopia Eletrônica de Varredura. Os espécimes

tratados pelos dentifrícios 1 e 3, após o tratamento clareador (L6) não foram capazes de reduzir

os valores de desmineralização, podendo-se atribuir tal achado ao poder abrasivo da associação

de carbonato de cálcio e bicarbonato de sódio presentes em tais substâncias. Por outro lado, os

corpos-de-prova tratados com o dentifrício à base de peróxido de carbamida (grupo D2)

apresentaram, ao final dos procedimentos de escovação, valores mais reduzidos de

desmineralização, se comparados aos valores de desmineralização atribuídos aos grupos testes

D1 e D3 (Tabela 18). Provavelmente, pode-se atribuir tal melhora à presença da sílica na

constituição do dentifrício 2, que possui menor poder de abrasão quando comparada com a

associação de carbonato de cálcio e bicarbonato de sódio que estão presentes nos grupos de

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dentifrícios 1 e 3. Estes achados são concordantes com os do estudo de Andrade Júnior e

colaboradores (1998), que relatam ser o carbonato de cálcio, isoladamente, menos abrasivo.

Mendes e colaboradores (2005) afirmam que, apesar de serem obtidos bons resultados

no diagnóstico de lesões oclusais através do laser diodo, este recurso é limitado para se

estabelecer com segurança possíveis correlações com a perda de minerais que resultam em

lesões iniciais, principalmente em superfícies lisas sem cavitação (LUSSI; HIBTS; PAULUS,

2004). Ao se refletir sobre os resultados obtidos com base na influência dos agentes clareadores

sobre a integridade de superfície do esmalte dental de humanos, pode-se admitir como

criteriosas as recomendações dos pesquisadores, ao afirmarem que as alterações morfológicas

sobre esta estrutura só podem ser identificadas com clareza através de Microscopia Eletrônica

de Varredura (MEV) (JOSEY et al., 1996; POTOCNIK; KOSEC; GASPERSIC, 2000;

WORSCHECH et al., 2003; COBANKARA et al., 2004; PINTO et al., 2004; MIRANDA et

al., 2005).

Reafirma-se, a importância da continuidade de estudos desta natureza, introduzindo-se a

análise de superfície dos espécimes através de Microscopia Eletrônica de Varredura, a fim de

se complementarem as conclusões acerca da desmineralização abordada neste trabalho e

relacioná-la com as concentrações dos agentes químicos clareadores, visando aliar a qualidade

destes produtos ao mínimo de conseqüências danosas sobre as estruturas dentais.

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7 CONCLUSÃO

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Nas condições experimentais em que foi realizado o presente estudo e de acordo com os

resultados que tratam da eficácia clareadora do esmalte dental humano pelos dentifrícios

clareadores avaliados e pelo gel de peróxido de carbamida a 10%, com possível detecção de

desmineralização, pode-se afirmar que:

a remoção da pigmentação escurecedora é alcançada, satisfatoriamente, após

quatorze dias de procedimentos de aplicação química de peróxido da carbamida a 10%;

após vinte e oito dias de aplicação dos dentifrícios clareadores à base de peróxido de

hidrogênio e de peróxido de carbamida, ocorre aumento de luminosidade (parâmetro L*) e

eliminação da pigmentação de cor vermelha, permanecendo, entretanto, alguma pigmentação

com tendência ao verde (parâmetro a*);

os clareadores presentes nos dentifrícios não conseguem reduzir a pigmentação de

cor amarela (parâmetro b*) com vinte e oito dias de escovação;

os dentifrícios clareadores Mentadent® e Rembrant Plus® não apresentam diferença

estatísticamente significativa quando considerada a percepção visual (∆E5) após o

procedimento técnico de clareamento em todos os parâmetros analisados;

o dentifrício com o agente clareador peróxido de hidrogênio (Mentadent®) apresenta

eficiência máxima a partir de 14 dias, permanecendo, então, com o grau de clareamento estável

até os 28 dias;

o dentifrício com o agente clareador peróxido de carbamida (Rembrant Plus®)

apresenta eficácia clareadora somente após o período de 28 dias;

o dentifrício com o agente clareador à base de bicarbonato de sódio (Colgate

bicarbonato®) não apresenta eficácia clareadora conforme os valores de E, L*, a* e b* em

todos os tempos observados;

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as unidades E referentes ao terço médio das amostras originais de esmalte e do

esmalte tratado apresentam valores numéricos correspondentes à possível percepção visual; a

variação dos valores L*, a* e b* que lhes deram origem foi considerada estatisticamente

significativa quando comparada entre os grupos;

E de 6,82 pontos não indica percepção visual para clareamento;

a diferença entre o grau de desmineralização das amostras de esmalte originais e de

esmalte tratado, determinada através do laser diodo, foi considerada estatisticamente

significativa nos grupos testes;

o grupo controle positivo não apresentou diferença estatisticamente significtiva entre

o grau de desmineralização antes e após o clareamento, quando avaliado através do laser de

diodo.

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REFERÊNCIAS

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ANEXO

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Tabela 1- Estatística descritiva das variáveis L*, a* e b* e da desmineralização

referente às unidades dentais submetidas ao teste de repetitividade

Variável Teste Friedmann Valor de p

L* 0,10 0,910

a* 0,87 0,426

b* 0,81 0,454

Desmineralização 0,46 0,638

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Tabela 2 - Estatística descritiva das variáveis L*, a* e b* referente às unidades

dentais submetidas ao teste de estabilidade

Parâmetros

Tempos

L* a* b*

X DP X DP X DP

E1 56,42 5,15 10,94 1,63 45,53 1,68

E2 56,00 4,47 11,02 1,50 46,20 1,86 p>0,05

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Tabela 3 e as figuras 15, 16 e 17 expressam as médias e os respectivos desvios padrões,

assim como os intervalos de confiança correspondentes aos parâmetros L*, a* e b* dos grupos

controle negativo (CN), controle positivo (CP) e grupos testes (D1, D2 e D3) nos tempos de

experimentação.

Tabela 3 - Média, desvio padrão e intervalo de confiança dos grupos CN, CP, D1, D2 e D3,

para os valores de L*, a* e b*

Parâmetros

Grupos/ Leituras

L* a* b*

X DP IC

X DP IC

X DP IC

Mín Máx Mín Máx Mín Máx

CN L1 77,22 6,82 72,88 81,55 -0,51 1,62 -1,55 0,51 28,94 3,32 26,82 31,05

L2 58,13 4,16 55,48 60,77 10,48 2,29 9,02 11,94 45,05 3,10 43,08 47,03

L3 54,62 9,17 48,79 60,44 11,89 4,57 8,99 14,80 41,98 8,76 36,41 47,54

L4 52,22 8,39 46,88 57,54 12,86 4,18 10,20 15,51 44,61 4,11 42,00 47,22

L5 57,84 6,05 53,99 61,68 10,18 3,18 8,16 12,20 43,72 4,35 43,72 46,48

L6 62,03 4,93 58,89 65,15 8,38 2,70 6,66 10,10 42,05 4,66 39,09 45,00

CP L1 80,25 5,13 76,99 83,50 -1,73 1,29 -2,55 -0,90 28,53 3,97 26,00 31,05 L2 59,73 8,04 54,62 64,84 10,50 3,25 8,44 12,57 45,21 1,87 44,02 46,40

L3 64,92 6,04 61,10 68,75 6,16 2,55 4,54 7,78 41,45 3,78 39,05 43,85

L4 - - - - - - - - - - - - L5 - - - - - - - - - - - -

L6 82,57 7,56 77,76 87,36 -0,65 2,23 -2,06 0,76 31,08 4,84 28,00 34,15

D1 L1 78,79 5,53 75,27 82,30 -0,77 1,91 -1,99 0,44 28,99 4,00 26,44 31,53

L2 55,09 6,65 50,86 59,31 12,07 2,87 10,24 13,90 44,33 2,77 42,57 46,09

L3 55,42 1,34 52,78 58,66 12,79 0,63 11,41 14,17 44,67 0,80 46,90 50,44 L4 69,06 1,27 66,27 71,84 5,15 0,73 3,54 6,76 41,01 1,45 37,81 44,20

L5 68,84 1,38 65,79 71,89 5,3 0,53 4,13 6,47 40,92 0,96 38,79 43,04

L6 68,74 5,48 65,25 72,22 4,92 1,85 3,74 6,10 40,64 3,25 38,57 42,70

D2 L1 80,32 3,68 77,98 82,65 -0,86 1,64 -1,91 0,18 29,17 3,92 26,67 31,65

L2 55,28 8,19 50,06 60,48 12,98 3,79 10,57 15,39 45,05 3,60 42,75 47,34

L3 55,43 1,45 52,23 58,62 11,78 0,84 9,93 13,64 46,00 1,02 43,75 48,24

L4 63,76 1,78 59,84 67,68 7,32 0,98 5,16 9,49 42,13 1,50 38,83 45,43

L5 65,52 1,40 62,43 68,66 7,07 0,84 5,23 8,92 41,82 1,24 39,09 44,54 L6 72,05 3,03 70,12 73,98 4,18 1,31 3,34 5,02 39,60 3,09 37,63 41,56

D3 L1 79,30 3,45 77,10 81,49 -0,71 1,19 -1,47 0,04 29,78 4,05 27,20 32,34 L2 56,76 9,98 50,41 63,10 10,65 3,01 8,74 12,57 45,12 3,45 42,92 47,32

L3 54,27 1,42 51,15 57,38 11,77 0,89 9,80 13,73 44,70 1,09 42,29 47,10

L4 56,92 1,67 53,24 60,59 11,10 0,79 9,53 12,85 45,32 0,68 43,83 46,80 L5 61,09 1,25 58,35 63,83 9,17 0,51 8,05 10,30 43,13 0,7 41,60 44,67

L6 57,37 3,80 54,95 59,78 11,10 1,77 9,98 12,23 44,70 2,34 43,21 46,19

Nota: L1 - valor de L*, a* e b* antes do escurecimento experimental; L2 - valor de L*, a* e b* depois do escurecimento experimental; L3 - valor de L*, a* e b* após 7 dias de procedimentos clareadores e não clareadores (CN). L4 - valor de L*, a* e b* após 14 dias de

procedimentos clareadores para os grupos testes (dentifrícios 1, 2 e 3) e não clareadores (CN). L5 - valor de L*, a* e b* após 21 dias de procedimentos clareadores para os grupos teste (dentifrícios 1, 2 e 3) e não clareadores (CN). L6 - valor de L*, a* e b* após 14 dias de

procedimentos clareadores para o grupo controle positivo (CP) e 28 dias de procedimentos de clareamento para os grupos testes (dentifrícios

1, 2 e 3) e não clareadores (CN).

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Figura 15 - Comportamento do parâmetro L* nos grupos estudados

Figura 16 - Comportamento do parâmetro a* nos grupos estudados

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Figura 17 - Comportamento do parâmetro b* nos grupos estudados

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As tabelas 4, 5 e 6 registram a significância estatística determinada entre as leituras de

cada grupo, correspondentes aos parâmetros L*, a* e b* nos seis tempos de experimentação.

Tabela 4 - Parâmetro L*: comparação entre as leituras em cada

um dos grupos

Nota: L1 - valor de L*, a* e b* antes do escurecimento experimental; L2 - valor de L*, a* e b* depois do escurecimento experimental; L3 - valor de L*, a* e b* após 7 dias de procedimentos

clareadores e não clareadores (CN). L4 - valor de L*, a* e b* após 14 dias de procedimentos

clareadores para os grupos testes (dentifrícios 1, 2 e 3) e não clareadores (CN). L5 - valor de L*, a* e b* após 21 dias de procedimentos clareadores para os grupos teste (dentifrícios 1, 2 e

3) e não clareadores (CN). L6 - valor de L*, a* e b* após 14 dias de procedimentos

clareadores para o grupo controle positivo (CP) e 28 dias de procedimentos de clareamento para os grupos testes (dentifrícios 1, 2 e 3) e não clareadores (CN).

Leituras Grupos

CN CP D1 D2 D3

L1 x L2 s s s s s

L1 x L3 s s s s s

L1 x L4 s - s s s

L1 x L5 s - s s s L1 x L6 s ns s s s

L2 x L3 ns ns ns ns ns

L2 x L4 ns - s ns ns L2 x L5 ns - s s ns

L2 x L6 ns s s s ns

L3 x L4 ns - s s ns L3 x L5 ns - s s s

L3 x L6 ns s s s ns

L4 x L5 ns - ns ns ns L4 x L6 s - ns s ns

L5 x L6 ns - ns s ns

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Tabela 5 - Parâmetro a*: comparação entre as leituras em cada

um dos grupos

Nota: L1 - valor de L*, a* e b* antes do escurecimento experimental; L2 - valor de L*, a* e b* depois do escurecimento experimental; L3 - valor de L*, a* e b* após 7 dias de procedimentos

clareadores e não clareadores (CN). L4 - valor de L*, a* e b* após 14 dias de procedimentos clareadores para os grupos testes (dentifrícios 1, 2 e 3) e não clareadores (CN). L5 - valor de

L*, a* e b* após 21 dias de procedimentos clareadores para os grupos teste (dentifrícios 1, 2 e

3) e não clareadores (CN). L6 - valor de L*, a* e b* após 14 dias de procedimentos clareadores para o grupo controle positivo (CP) e 28 dias de procedimentos de clareamento

para os grupos testes (dentifrícios 1, 2 e 3) e não clareadores (CN).

Leituras Grupos

CN CP D1 D2 D3

L1 x L2 s s s s s

L1 x L3 s s s s s

L1 x L4 s s s s s

L1 x L5 s s s s s

L1 x L6 s ns s s s

L2 x L3 ns s ns ns ns L2 x L4 ns - s s ns

L2 x L5 ns - s s ns

L2 x L6 ns s s s ns L3 x L4 ns - s s ns

L3 x L5 ns - s s ns

L3 x L6 ns s s s ns L4 x L5 ns - ns s ns

L4 x L6 s - ns s ns

L5 x L6 ns - ns s ns

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Tabela 6 - Parâmetro b*: comparação entre as leituras em cada

um dos grupos

Nota: L1 - valor de L*, a* e b* antes do escurecimento experimental; L2 - valor de L*, a* e b*

depois do escurecimento experimental; L3 - valor de L*, a* e b* após 7 dias de procedimentos clareadores e não clareadores (CN). L4 - valor de L*, a* e b* após 14 dias de procedimentos

clareadores para os grupos testes (dentifrícios 1, 2 e 3) e não clareadores (CN). L5 - valor de

L*, a* e b* após 21 dias de procedimentos clareadores para os grupos teste (dentifrícios 1, 2 e 3) e não clareadores (CN). L6 - valor de L*, a* e b* após 14 dias de procedimentos

clareadores para o grupo controle positivo (CP) e 28 dias de procedimentos de clareamento

para os grupos testes (dentifrícios 1, 2 e 3) e não clareadores (CN).

Leituras Grupos

CN CP D1 D2 D3

L1 x L2 s s s s s

L1 x L3 s s s s s

L1 x L4 s s s s s

L1 x L5 s s s s s

L1 x L6 s ns s s s

L2 x L3 ns ns s ns ns L2 x L4 ns - ns ns ns

L2 x L5 ns - ns ns ns

L2 x L6 ns s ns s ns L3 x L4 ns - s ns ns

L3 x L5 ns - s ns ns

L3 x L6 ns s s s ns L4 x L5 ns - ns ns ns

L4 x L6 ns - ns ns ns

L5 x L6 ns - ns ns ns

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As tabelas 7, 8 e 9 registram a significância estatística determinada entre os grupos para

os parâmetros L*, a* e b* nos seis tempos de experimentação.

Tabela 7 – Leituras do parâmetro L*: comparação entre os grupos

Grupos Leituras

L1 L2 L3 L4 L5 L6

CN x CP ns ns s - - s

CN x D1 ns ns ns s s s

CN x D2 ns ns ns s s s

CN x D3 ns ns ns ns ns ns

CP x D1 ns ns s - - s

CP x D2 ns ns s - - s

CP x D3 ns ns s - - s

D1 x D2 ns ns ns ns ns ns

D1 x D3 ns ns ns s s s D2 x D3 ns ns ns s s s

Nota: L1 - valor de L*, a* e b* antes do escurecimento experimental; L2 - valor de L*, a* e b* depois do

escurecimento experimental; L3 - valor de L*, a* e b* após 7 dias de procedimentos clareadores e não clareadores (CN). L4 - valor de L*, a* e b* após 14 dias de procedimentos clareadores para os grupos testes

(dentifrícios 1, 2 e 3) e não clareadores (CN). L5 - valor de L*, a* e b* após 21 dias de procedimentos

clareadores para os grupos teste (dentifrícios 1, 2 e 3) e não clareadores (CN). L6 - valor de L*, a* e b* após 14 dias de procedimentos clareadores para o grupo controle positivo (CP), após 28 dias de

procedimentos de clareamento para os grupos testes (dentifrícios 1, 2 e 3) e não clareadores (CN).

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Tabela 8 - Leituras do parâmetro a*: comparação entre os grupos

Grupos Leituras

L1 L2 L3 L4 L5 L6

CN x CP ns ns s - - s

CN x D1 ns ns ns s s s

CN x D2 ns ns ns s s s

CN x D3 ns ns ns ns ns ns

CP x D1 ns ns s - - s

CP x D2 ns ns s - - s

CP x D3 ns ns s - - s

D1 x D2 ns ns ns ns ns ns

D1 x D3 ns ns ns s s s

D2 x D3 ns ns ns s s s

Nota: L1 - valor de L*, a* e b* antes do escurecimento experimental; L2 - valor de L*, a* e b* depois do

escurecimento experimental; L3 - valor de L*, a* e b* após 7 dias de procedimentos clareadores e não clareadores (CN). L4 - valor de L*, a* e b* após 14 dias de procedimentos clareadores para os grupos testes

(dentifrícios 1, 2 e 3) e não clareadores (CN). L5 - valor de L*, a* e b* após 21 dias de procedimentos

clareadores para os grupos teste (dentifrícios 1, 2 e 3) e não clareadores (CN). L6 - valor de L*, a* e b* após 14 dias de procedimentos clareadores para o grupo controle positivo (CP) e 28 dias de procedimentos

de clareamento para os grupos testes (dentifrícios 1, 2 e 3) e não clareadores (CN).

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Tabela 9 - Leituras do parâmetro b*: comparação entre os grupos

Grupos Leituras

L1 L2 L3 L4 L5 L6

CN x CP ns ns ns - - s

CN x D1 ns ns ns ns ns ns

CN x D2 ns ns ns ns ns ns

CN x D3 ns ns ns ns ns ns

CP x D1 ns ns s - - s

CP x D2 ns ns ns - - s

CP x D3 ns ns ns - - s

D1 x D2 ns ns ns ns ns ns

D1 x D3 ns ns ns ns ns s

D2 x D3 ns ns ns ns ns s

Nota: L1 - valor de L*, a* e b* antes do escurecimento experimental; L2 - valor de L*, a* e b* depois do escurecimento experimental; L3 - valor de L*, a* e b* após 7 dias de procedimentos clareadores e não

clareadores (CN). L4 - valor de L*, a* e b* após 14 dias de procedimentos clareadores para os grupos testes (dentifrícios 1, 2 e 3) e não clareadores (CN). L5 - valor de L*, a* e b* após 21 dias de procedimentos

clareadores para os grupos teste (dentifrícios 1, 2 e 3) e não clareadores (CN). L6 - valor de L*, a* e b*

após 14 dias de procedimentos clareadores para o grupo controle positivo (CP) e 28 dias de procedimentos de clareamento para os grupos testes (dentifrícios 1, 2 e 3) e não clareadores (CN).

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Tabela 10 - Média, desvio padrão e intervalo de confiança

para os valores de ∆E no grupo controle

negativo

Grupo

Δ E

Controle Negativo

X DP IC

Mín Máx

ΔE1 27,46 5,14 24,19 30,73

ΔE2 30,21 11,02 23,20 37,21

ΔE3 32,64 9,66 26,50 38,77

ΔE4 22,28 7,60 17,44 27,11

ΔE5 26,27 8,66 21,64 31,89

ΔE6 9,35 7,77 4,41 14,28

ΔE7 8,66 3,70 6,30 11,00

ΔE8 5,68 3,60 3,38 7,96

ΔE9 3,99 3,13 1,99 5,97

ΔE10 7,20 7,91 2,16 12,22

ΔE11 11,37 7,97 6,30 16,43

ΔE12 8,77 8,52 3,35 14,19

ΔE13 11,57 4,81 8,50 14,62

ΔE14 7,37 428 4,65 10,09

ΔE15 5,45 2,90 3,60 7,29

Nota: E1 - variação de cor entre L1 e L2; E2 - variação de cor entre L1 e L3; E3 -

variação de cor entre L1 e L4; E4 - variação de cor entre L1 e L5; E5 - variação de cor

entre L1 e L6; E6 - variação de cor entre L2 e L3; E7 - variação de cor entre L2 e L4;

E8 - variação de cor entre L2 e L5; E9 - variação de cor entre L2 e L6; E10 - variação

de cor entre L3 e L4; E11 - variação de cor entre L3 e L5; E12 - variação de cor entre L3

e L6; E13 - variação de cor entre L4 e L5; E14 - variação de cor entre L4 e L6; E15 -

variação de cor entre L5 e L6.

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Tabela 11 - Média, desvio padrão e intervalo de confiança

para os valores de ∆E no grupo controle

positivo

Grupo

Δ E

Controle Positivo

X DP IC

Mín Máx

ΔE1 29,61 4,98 26,44 32,76

ΔE2 21,97 5,22 18,64 25,28

ΔE3 - ΔE4 -

ΔE5 6,82 3,89 4,35 9,29

ΔE6 8,78 4,00 6,23 11,32

ΔE7 -

ΔE8 -

ΔE9 29,63 4,37 26,85 32,40

ΔE10 -

ΔE11 -

ΔE12 21,92 4,55 19,03 24,81

ΔE13 -

ΔE14 -

ΔE15 -

Nota: E1 - variação de cor entre L1 e L2; E2 - variação de cor entre L1 e L3; E3 -

variação de cor entre L1 e L4; E4 - variação de cor entre L1 e L5; E5 - variação de cor

entre L1 e L6; E6 - variação de cor entre L2 e L3; E7 - variação de cor entre L2 e L4;

E8 - variação de cor entre L2 e L5; E9 - variação de cor entre L2 e L6; E10 - variação

de cor entre L3 e L4; E11 - variação de cor entre L3 e L5; E12 - variação de cor entre

L3 e L6; E13 - variação de cor entre L4 e L5; E14 - variação de cor entre L4 e L6; E15

- variação de cor entre L5 e L6.

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Tabela 12 - Média, desvio padrão e intervalo de confiança para

os valores de ∆E no grupo teste D1

Grupo

ΔE

Teste D1

X DP

IC

Mín Máx

ΔE1 31,52 5,84 27,81 35,23

ΔE2 33,62 7,53 28,83 38,40

ΔE3 16,96 6,28 12,96 20,95 ΔE4 16,89 6,23 12,92 20,84

ΔE5 16,78 6,22 12,83 20,73

ΔE6 7,84 4,11 5,22 10,44

ΔE7 16,62 6,64 12,40 20,84

ΔE8 16,27 6,94 11,86 20,68

ΔE9 16,61 8,61 11,13 22,07

ΔE10 17,94 7,10 13,42 22,44

ΔE11 17,36 6,60 13,16 21,55

ΔE12 17,66 7,29 13,02 22,28

ΔE13 4,36 2,10 3,03 5,68

ΔE14 4,54 2,56 2,92 6,17

ΔE15 3,29 3,18 1,26 5,30

Nota: E1 - variação de cor entre L1 e L2; E2 - variação de cor entre L1 e L3; E3 -

variação de cor entre L1 e L4; E4 - variação de cor entre L1 e L5; E5 - variação de cor

entre L1 e L6; E6 - variação de cor entre L2 e L3; E7 - variação de cor entre L2 e L4; E8

- variação de cor entre L2 e L5; E9 - variação de cor entre L2 e L6; E10 - variação de cor

entre L3 e L4; E11 - variação de cor entre L3 e L5; E12 - variação de cor entre L3 e L6;

E13 - variação de cor entre L4 e L5; E14 - variação de cor entre L4 e L6; E15 - variação de cor entre L5 e L6.

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Tabela 13 - Média, desvio padrão e intervalo de confiança para

os valores de ∆E no grupo teste D2

Grupo

ΔE

Teste D2

X DP

IC

Mín Máx

ΔE1 33,32 6,44 29,23 37,41

ΔE2 32,90 7,60 28,07 37,72

ΔE3 22,92 9,09 17,14 28,68

ΔE4 21,34 7,27 16,71 25,95

ΔE5 14,53 4,91 11,40 17,64

ΔE6 7,78 3,45 5,58 9,97

ΔE7 12,60 6,85 8,25 16,95

ΔE8 13,63 7,93 8,58 18,67

ΔE9 20,16 8,18 14,96 25,36

ΔE10 10,42 2,66 8,72 12,11

ΔE11 12,00 4,45 9,17 14,82

ΔE12 19,51 6,81 15,18 23,83

ΔE13 4,26 3,30 2,16 6,36

ΔE14 10,85 6,86 6,49 15,21

ΔE15 7,93 6,30 4,03 11,82

Nota: E1 - variação de cor entre L1 e L2; E2 - variação de cor entre L1 e L3; E3 - variação

de cor entre L1 e L4; E4 - variação de cor entre L1 e L5; E5 - variação de cor entre L1 e L6;

E6 - variação de cor entre L2 e L3; E7 - variação de cor entre L2 e L4; E8 - variação de cor

entre L2 e L5; E9 - variação de cor entre L2 e L6; E10 - variação de cor entre L3 e L4; E11

- variação de cor entre L3 e L5; E12 - variação de cor entre L3 e L6; E13 - variação de cor

entre L4 e L5; E14 - variação de cor entre L4 e L6; E15 - variação de cor entre L5 e L6.

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Tabela 14 - Média, desvio padrão e intervalo de confiança para

os valores de ∆E no grupo teste D3

Grupo

Δ E

Teste D3

X DP IC

Mín Máx

ΔE1 28,09 5,87 24,36 31,82

ΔE2 31,84 7,93 26,79 36,87 ΔE3 29,91 7,59 25,09 34,73

ΔE4 24,79 5,00 21,61 27,96

ΔE5 29,21 5,07 25,99 32,43

ΔE6 7,96 3,61 5,66 10,25

ΔE7 6,43 6,13 4,43 8,41

ΔE8 5,84 3,04 3,90 7,77

ΔE9 7,25 5,07 4,02 10,47

ΔE10 7,03 4,91 3,91 10,15

ΔE11 8,20 4,96 5,04 11,34

ΔE12 6,20 3,11 4,22 8,18

ΔE13 5,97 4,86 2,87 9,05

ΔE14 7,83 2,91 5,98 9,68

ΔE15 6,07 3,23 4,01 8,12

Nota: E1 - variação de cor entre L1 e L2; E2 - variação de cor entre L1 e L3; E3 - variação

de cor entre L1 e L4; E4 - variação de cor entre L1 e L5; E5 - variação de cor entre L1 e L6;

E6 - variação de cor entre L2 e L3; E7 - variação de cor entre L2 e L4; E8 - variação de cor

entre L2 e L5; E9 - variação de cor entre L2 e L6; E10 - variação de cor entre L3 e L4; E11

- variação de cor entre L3 e L5; E12 - variação de cor entre L3 e L6; E13 - variação de cor

entre L4 e L5; E14 - variação de cor entre L4 e L6; E15 - variação de cor entre L5 e L6.

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Tabela 15 - Comparação entre os valores de ∆E nos diferentes

grupos

Grupos Leituras

Controle Negativo

Controle Positivo

Teste D1

Teste D2

Teste D3

ΔE1 x ΔE5 ns s s s ns

ΔE1 x ΔE9 s ns s s s

ΔE5 x ΔE9 s s ns ns s ΔE7 x ΔE9 s - ns ns ns

Nota: E1 - variação de cor entre L1 e L2; E5 - variação de cor entre L1 e L6; E7 - variação de

cor entre L2 e L4; E9 - variação de cor entre L2 e L6.

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Tabela 16 - Comparação dos valores de ∆E entre os grupos controles e os grupos testes

Grupos

Leituras CN x D1 CN x D2 CN x D3 CP x D1 CP x D2 CP x D3

ΔE1 ns ns ns ns ns ns

ΔE2 ns ns ns s s s

ΔE3 s ns ns - - - ΔE4 s ns ns - - -

ΔE5 s s ns s s s ΔE6 ns ns ns ns ns ns

ΔE7 s ns ns - - -

ΔE8 s s ns - - - ΔE9 s s ns s s s

ΔE10 s ns ns - - -

ΔE11 ns ns ns - - - ΔE12 ns s ns ns ns s

ΔE13 s s ns - - -

ΔE14 ns ns ns - - - ΔE15 ns ns ns - - -

Nota: E1 - variação de cor entre L1 e L2; E2 - variação de cor entre L1 e L3; E3 - variação de cor entre L1 e L4; E4 - variação de cor entre

L1 e L5; E5 - variação de cor entre L1 e L6; E6 - variação de cor entre L2 e L3; E7 - variação de cor entre L2 e L4; E8 - variação de cor

entre L2 e L5; E9 - variação de cor entre L2 e L6; E10 - variação de cor entre L3 e L4; E11 - variação de cor entre L3 e L5; E12 - variação

de cor entre L3 e L6; E13 - variação de cor entre L4 e L5; E14 - variação de cor entre L4 e L6; E15 - variação de cor entre L5 e L6.

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Tabela 17 - Comparação dos valores de ∆E entre os grupos

testes

Grupos Leituras

D1 x D2 D1 x D3 D2 x D3

ΔE1 ns ns ns

ΔE2 ns ns ns ΔE3 ns s ns

ΔE4 ns s ns

ΔE5 ns s s ΔE6 ns ns ns

ΔE7 ns s ns

ΔE8 ns s s ΔE9 ns s s

ΔE10 s s ns

ΔE11 ns s ns ΔE12 ns s s

ΔE13 ns ns ns

ΔE14 s ns s ΔE15 ns ns ns

Nota: E1 - variação de cor entre L1 e L2; E2 - variação de cor entre L1 e L3; E3 - variação

de cor entre L1 e L4; E4 - variação de cor entre L1 e L5; E5 - variação de cor entre L1 e L6;

E6 - variação de cor entre L2 e L3; E7 - variação de cor entre L2 e L4; E8 - variação de cor

entre L2 e L5; E9 - variação de cor entre L2 e L6; E10 - variação de cor entre L3 e L4; E11

- variação de cor entre L3 e L5; E12 - variação de cor entre L3 e L6; E13 - variação de cor

entre L4 e L5; E14 - variação de cor entre L4 e L6; E15 - variação de cor entre L5 e L6.

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Tabela 18 - Mediana, Quartil 1 e Quartil 3 para os valores de

desmineralização

Grupos Leituras X Q

Q1 Q3

CN L1 4,00 2,25 5,75

L2 17,50 14,00 20,50

L3 10,00 8,00 12,00

L4 8,50 7,25 9,00 L5 13,00 11,25 18,75

L6 11,00 9,00 13,75

CP L1 6,50 3,00 12,25

L2 15,00 12,00 17,10

L3 18,00 15,25 27,00 L4 - - -

L5 - - -

L6 8,50 8,00 12,00

D1 L1 3,00 2,00 7,25

L2 12,00 10,00 16,50 L3 15,50 12,25 21,75

L4 12,00 9,00 13,00

L5 14,00 12,25 15,00 L6 12,50 11,00 15,00

D2 L1 4,00 3,00 5,00 L2 16,50 11,25 25,75

L3 13,00 10,25 16,00

L4 10,50 10,00 11,75

L5 10,00 9,00 11,75

L6 10,00 9,00 10,75

D3 L1 3,00 3,00 6,50

L2 15,00 12,25 20,00

L3 14,50 12,00 20,00 L4 10,50 13,00 16,75

L5 13,50 9,25 12,00

L6 13,75 12,25 16,75

Nota: L1 - valor de desmineralização antes do escurecimento experimental; L2 - valor de

desmineralização depois do escurecimento experimental; L3 - valor de desmineralização após 7 dias de procedimentos clareadores (D1, D2 e D3) e não clareadores (CN). L4 - valor

de desmineralização após 14 dias de procedimentos clareadores para os grupos testes

(dentifrícios 1,2 e 3) e não clareadores (CN). L5 - valor de desmineralização após 21 dias de procedimentos clareadores para os grupos teste (dentifrícios 1,2 e 3) e não clareadores

(CN). L6 - valor de desmineralização após 14 dias de procedimentos clareadores para o

grupo controle positivo (CP) e 28 dias de procedimentos para os grupos testes (dentifrícios 1, 2 e 3) e não clareadores (CN).

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Figura 18 - Desmineralização no grupo controle negativo em todos os

tempos estudados

Figura 19 - Desmineralização no grupo controle positivo em todos os

tempos estudados

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Figura 20 - Desmineralização no grupo teste dentifrício 1 em todos os

tempos estudados

Figura 20 - Desmineralização no grupo teste dentifrício 1 em todos os

tempos estudados

Figura 21 - Desmineralização no grupo teste dentifrício 2 em todos os

tempos estudados

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Figura 22 - Desmineralização no grupo teste dentifrício 3 em todos os

tempos estudados

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Tabela 19 - Desmineralização: comparação entre as leituras de cada um dos

grupos

Grupos Leituras

CN CP D1 D2 D3

L1 x L2 s ns s s s

L1 x L3 s s s s s

L1 x L4 s - s s s L1 x L5 s - s s s

L1 x L6 s ns s s s

L2 x L3 s ns ns ns ns L2 x L4 s - ns ns ns

L2 x L5 ns - ns ns s

L2 x L6 s s ns s ns L3 x L4 ns - ns ns ns

L3 x L5 ns - ns ns ns

L3 x L6 ns s ns ns ns L4 x L5 s - ns ns ns

L4 x L6 s - ns ns ns

L5 x L6 s - ns ns s

Nota: L1 - valor de desmineralização antes do escurecimento experimental; L2 - valor de desmineralização

depois do escurecimento experimental; L3 - valor de desmineralização após 7 dias de procedimentos clareadores (D1, D2 e D3) e não clareadores (CN). L4 - valor de desmineralização após 14 dias de procedimentos clareadores

para os grupos testes (dentifrícios 1,2 e 3) e não clareadores (CN). L5 - valor de desmineralização após 21 dias de

procedimentos clareadores para os grupos teste (dentifrícios 1,2 e 3) e não clareadores (CN). L6 - valor de desmineralização após 14 dias de procedimentos clareadores para o grupo controle positivo (CP) e 28 dias de

procedimentos para os grupos testes (dentifrícios 1, 2 e 3) e não clareadores (CN).

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