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7/21/2019 Análise física dos materiais - Palacete Tereza Lara http://slidepdf.com/reader/full/analise-fisica-dos-materiais-palacete-tereza-lara 1/29 Os dois principais materiais que compõem a fachada do edifício são os materiais mais comuns utilizados no período da construção do Palacete Lara e até hoje nas construções. A pedra e a alvenaria revestida de argamassa . No caso da pedra, trata-se de granito andorinha  com acabamento rústico. Os granitos são rochas ígneas, as primeiras a formar-se sobre a terra, e são derivadas da solidificação do magma vulcânico. As rochas ígneas são divididas em intrusivas, quando magma se resfriou lentamente sob a crosta terrestre (caso dos granitos) e efusivas, quando o magma se resfriou rapidamente. As ígneas como o granito são bem cristalizadas e os cristais com frequência atingem dimensões notáveis. São constituídas essencialmente de silicatos e silicatos de alumínio. Estas informações são muito importantes não só para compreender que problemas podem surgir, mas também para determinar que tipos de tratamento podem ser aplicados em virtude das características e resistência do material. São rochas muito duras e resistentes, porém seu inimigo mais comum é praticamente invisível: Agentes poluentes. O depósito de agentes poluentes sobre a superfície dos edifícios com a ausência de umidade (deposição seca) é um processo mais lento porém mais contínuo que o depósito com a presença de umidade (deposição úmida). Este último processo, porém, pode trazer poluentes em forma de soluções químicas. Massas de assentamento e argamassas de revestimento podem também ser degradadas pela exposição às intempéries. Vale lembrar que o gesso é muito solúvel e que a cal aérea carbonada é dissolvida pela ação do dióxido de carbono contido na água da chuva.  As chuvas ácidas, fenômenos muito comuns em cidades grandes com alto índice de poluição, contém CO2 e SO2. O SO2 pode gerar ácido sulfúrico (H2SO4  ), que por sua vez reage com o carbonato de cálcio (CaCO3  ) que existe na composição de algumas pedras como o mármore, mas também em argamassas, formando o gesso (CaSO4.2H2O). O gesso forma uma camada sobre a pedra e por ser altamente poroso, acumula poluentes tornando-se escuro. Esta camada é então chamada “crosta negra”, aderente ao suporte. Não seria um grande problema haver uma camada de sujeira sobre a pedra, bastaria limpar se fosse um depósito comum. Acontece que com o tempo, a crosta negra tende a endurecer e tornar-se cada vez menos porosa, acentuando-se cada vez mais sua diferença de comportamento mecânico e térmico da pedra que a suporta. Por ser negra, a crosta absorve mais facilmente a radiação solar e se dilata com mais intensidade. Deste fenômeno resultam fissuras e por fim ocorre o desprendimento de fragmentos da crosta acompanhados da camada de pedra deteriorada. Forma-se então uma nova camada de crosta sobre a superfície exposta e o processo se repete agredindo cada vez mais profundamente a pedra. Vale lembrar no entanto que a intensidade da degradação depende da natureza do material, sua composição e rigidez. Os granitos são muito compactos e duros, sendo sua classificação de 6-7 na Escala de Mohs. Esta escala quantifica a dureza dos minerais, isto é, a resistência que um determinado mineral oferece ao risco, ou seja, a retirada de partículas da sua superfície. Neste caso, os granitos resistem muito mais. Outro fator importante é o acabamento sobre a pedra, se é lucidada ou não. As pedras lucidadas têm menos porosidade e rugosidade, tendo assim menos superfície para acúmulo de materiais externos. No caso do Palacete, o acabamento é rústico, no entanto as pedras foram cobertas com tinta, o que agiu pode ter agido Faculdade de Arquitetura e Urbanismo - FAUUSP Trabalho Final de Graduação Restauro do Palacete ara presente 79 CONSISTÊNCIA E CONSERVAÇÃO

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Os dois principais materiais que compõem a fachadado edifício são os materiais mais comuns utilizados noperíodo da construção do Palacete Lara e até hoje nasconstruções. A pedra e a alvenaria revestida de argamassa.

No caso da pedra, trata-se de granito andorinha comacabamento rústico. Os granitos são rochas ígneas, asprimeiras a formar-se sobre a terra, e são derivadas dasolidificação do magma vulcânico. As rochas ígneas sãodivididas em intrusivas, quando magma se resfrioulentamente sob a crosta terrestre (caso dos granitos) eefusivas, quando o magma se resfriou rapidamente. As ígneascomo o granito são bem cristalizadas e os cristais comfrequência atingem dimensões notáveis. São constituídas

essencialmente de silicatos e silicatos de alumínio. Estasinformações são muito importantes não só para compreenderque problemas podem surgir, mas também para determinarque tipos de tratamento podem ser aplicados em virtude dascaracterísticas e resistência do material. São rochas muitoduras e resistentes, porém seu inimigo mais comum épraticamente invisível: Agentes poluentes.

O depósito de agentes poluentes sobre a superfíciedos edifícios com a ausência de umidade (deposição seca) éum processo mais lento porém mais contínuo que o depósitocom a presença de umidade (deposição úmida). Este últimoprocesso, porém, pode trazer poluentes em forma desoluções químicas.

Massas de assentamento e argamassas derevestimento podem também ser degradadas pela exposiçãoàs intempéries. Vale lembrar que o gesso é muito solúvel e quea cal aérea carbonada é dissolvida pela ação do dióxido decarbono contido na água da chuva.

 As chuvas ácidas, fenômenos muito comuns em

cidades grandes com alto índice de poluição, contém CO2 eSO2. O SO2 pode gerar ácido sulfúrico (H2SO4 ), que por suavez reage com o carbonato de cálcio (CaCO3 ) que existe nacomposição de algumas pedras como o mármore, mastambém em argamassas, formando o gesso (CaSO4.2H2O).O gesso forma uma camada sobre a pedra e por seraltamente poroso, acumula poluentes tornando-se escuro.Esta camada é então chamada “crosta negra”, aderente aosuporte. Não seria um grande problema haver uma camadade sujeira sobre a pedra, bastaria limpar se fosse umdepósito comum. Acontece que com o tempo, a crosta negratende a endurecer e tornar-se cada vez menos porosa,acentuando-se cada vez mais sua diferença decomportamento mecânico e térmico da pedra que a suporta.Por ser negra, a crosta absorve mais facilmente a radiação

solar e se dilata com mais intensidade. Deste fenômenoresultam fissuras e por fim ocorre o desprendimento defragmentos da crosta acompanhados da camada de pedradeteriorada. Forma-se então uma nova camada de crostasobre a superfície exposta e o processo se repete agredindocada vez mais profundamente a pedra.

Vale lembrar no entanto que a intensidade dadegradação depende da natureza do material, suacomposição e rigidez. Os granitos são muito compactos eduros, sendo sua classificação de 6-7 na Escala de Mohs.Esta escala quantifica a dureza dos minerais, isto é, a

resistência que um determinado mineral oferece ao risco, ouseja, a retirada de partículas da sua superfície. Neste caso, osgranitos resistem muito mais. Outro fator importante é oacabamento sobre a pedra, se é lucidada ou não. As pedraslucidadas têm menos porosidade e rugosidade, tendo assimmenos superfície para acúmulo de materiais externos. Nocaso do Palacete, o acabamento é rústico, no entanto aspedras foram cobertas com tinta, o que agiu pode ter agido

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CONSISTÊNCIA E CONSERVAÇÃO

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como uma espécie de impermeabilizante. Por outro lado, estacobertura dificulta análises visuais das patologias, quepodem estar sendo acobertadas e até mesmo agravadas.

Já as argamassas são mais suscetíveis às patologias. Antes de iniciar a análise das causas das patologias dasargamassas, é oportuna uma rápida retomada da evoluçãoque este material passou com o decorrer do tempo. Aargamassa primitiva era feita com lama.. Somente a partir daépoca romana encontramos a argamassa no sentidomoderno da palavra. Foram, de fato, os romanos quedescobriram os princípios de base para sua correta formação.Souberam entender que, para produzir uma argamassa deboa qualidade, era indispensável respeitar algumas regrasgerais ligadas à sua sustentação (maturação completa,consistência estrutural) e finalização (limpeza criteriosa da

superfície e umidificação), a realização de diversas camadas(de 6 a 7) cada vez mais sutis realizadas com diversos tipos demassa.

 As massas eram confeccionadas com cal aérea e argilapozolânica ou, em alternativa, com cal, areia e barro,cuidando que os extratos de argamassa mais superficiaisfossem realizados com massas contendo agregados sempremais finos.

Na época medieval, a qualidade das argamassas, doponto de vista técnico, era consideravelmente baixa. Era feitacom uma só camada com argamassa de cal de má qualidade,

e não buscavam nem planificar as superfícies. A partir dorenascimento, para a realização das argamassas, há umaretomada das técnicas romanas, mesmo com o número decamadas reduzido a três ou mesmo duas. O uso daargamassa de cal, com adição de barro ou não, se prolongouaté o final do século XIX.

Em torno da metade do século XVI se começou autilizar, também nas argamassas, a cal hidráulica e então o

cimento.Geralmente as patologias dos edifícios se iniciam com

a degradação do seu revestimento, a argamassa. Asuperfície é então submetida à ação dos agentes agressivose não existe mais a proteção garantida até aquele momentopelo revestimento.

Submetida às ações físicas e químicas, a argamassaperde a coesão, se fissura, de destaca do suporte para entãose desprender e cair. A partir deste ponto os agentesagressivos podem agir diretamente sobre as paredes.

Existe também a possibilidade de que sejam ascondições estruturais comprometidas a determinarem apatologia na argamassa. Neste caso se iniciam processosdeteriorativos interligados entre estrutura e argamassa,tendo efeito sinérgico: Esta situação é mais grave para o

estado de conservação dos edifícios. As causas das patologias na argamassa são jábastante conhecidas. Muitas são difíceis de evitar enquantoresidem na natureza dos materiais. Outras derivam de errosprojetuais ou construtivos. De qualquer forma, as causas dedegradação das argamassas podem ser esquematicamentedivididas em intrínsecas e extrínsecas e, dentro destas,naquelas de tipo químico, higrométrico (relativo à umidade),térmico, físico e mecânico.

Se as paredes são revestidas por argamassa, os saistransportados pela água, no caso desta evaporar

rapidamente, se cristalizam na interface tijolo-argamassa(subflorescências) e pela ação físico-mecânica provocam odesprendimento da argamassa.

Uma patologia bem mais significativa acontecequando estes sais reagem com a liga da argamassa paraformar etringita (sulfoaluminato de cálcio) ou taumasita,ambos agentes expansivos. Entre os sais solúveis contidosna alvenaria, aqueles mais perigosos são os sulfatos. Em

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geral, estes compostos estão presentes em quantidadesmuito pequenas, mas a passagem da água transportando-osà interface tijolo-argamassa ou tijolo-massa de assentamentofaz com que naquele trecho a sua concentração fique muitoelevada e, portanto, podem acontecer reações muitoperigosas.

Massas de assentamento e argamassas derevestimento podem também ser degradadas pela exposiçãoàs intempéries. Vale lembrar que o gesso é muito solúvel e quea cal aérea carbonada é dissolvida pela ação do dióxido decarbono contido na água da chuva.

Visto que a argamassa é, normalmente, constituída decamadas, cada uma com uma função em particular, é óbvioque uma escolha errada dos materiais e pouca atenção àstécnicas de aplicação podem resultar numa alteração das

propriedades destas camadas, que se manifesta peladificuldade de aderência entre as camadas e o suporte.Deve-se no entanto lembrar que, geralmente, é muito

mais frequente o desplacamento da argamassa da parede doque entre as diversas camadas aplicadas.

 Ainda que o desprendimento da argamassa ocorraquase sempre devido à sua incorreta aplicação ou à ação deagentes externos, algumas vezes isto pode acontecer porincompatibilidade entre os componentes de todo o sistemaparede-argamassa, ou a solicitações de natureza mecânica,as quais ocasionam o desplacamento e a ruptura da

argamassa em fragmentos ainda coligados. As fissuras superficiais da argamassa, encontradas

principalmente em áreas internas, mesmo que nãorepresentem sempre para a argamassa um problemaestrutural, podem ser problemas estéticos visto que sãodifíceis de cobrir com operações simples. Tais fissuras são,nestes casos, devidas à contração imprevista da camada deacabamento ou por não se aguardar o tempo correto de cura

da argamassa.Trincas mais profundas podem por sua vez ser

determinadas por ciclos de umidificação e secagem, edilatação e contração em argamassas excessivamenteresistentes, ou por uma dosagem excessiva de ligante.

 A umidade presente nas argamassas pode derivar doterreno (por capilaridade ascendente), da atmosfera (chuva,neblina), da própria parede ou de causas acidentais(rompimento de tubulações).

Uma vez que a umidade penetra no objeto, pode agirde diversas maneiras gerando patologias como:Solubilização ou depósito de sais, reações químicas,solicitações mecânicas devidas à sua movimentação,favorecer o crescimento de líquens, musgos e vegetais.

Constituindo o revestimento de muitos edifícios, a

argamassa é o material que mais sofre com a ação dosagentes poluentes contidos na atmosfera, sendo o maisperigoso deles o dióxido de enxofre porque pode gerar ácidosulfúrico. Este ácido, reagindo com o carbonato de cálciocontido na argamassa, produz gesso, muito mais solúvel queo carbonato de cálcio.

O processo de formação do gesso causa um aumentoda porosidade, diminuição da coesão e, portanto, umamenor resistência da argamassa aos sucessivos ataques.

Se argamassa contém também compostos demagnésio, presentes no ligante ou nos agregados, o ataque

do ácido sulfúrico provoca a formação epsomite, com efeitoainda mais negativo para a durabilidade do material.

É importante destacar a grande importância queassumem o estado e a natureza do suporte enquanto fatordeterminante para a durabilidade da argamassa. De fato, se osuporte é feito com materiais pouco resistentes, poucocompactos, é altamente provável que a duração daargamassa será breve, porque ela se desprenderá levando

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consigo a camada superficial da parede na qual se apoia.Por último vale lembrar que, seja sobre antigas ou

simplesmente velhas superfícies com partes desprendidas,aplica-se uma nova argamassa sem que hajacompatibilidade, mais cedo ou mais tarde a argamassa sedesprenderá novamente.

MATERIAIS E PATOLOGIAS.

PISOS

Os tipos de piso encontrados no palacete são:

1- Mármore Branco A Escada escultórica e as soleiras são feitas em

mármore branco italiano.Estado geral de conservação:Este mármore encontra-se bastante desgastado em

sua maioria, inclusive nas escadas percebe-se o formatoabaulado que os degraus em mármore tomaram pelo uso.Nota-se também alguns trechos com obturações feitas com omesmo material. As linhas rugosas antiderrapantes escurasinstaladas sobre os degraus também podem serconsideradas patologias a partir do momento em quecomprometem a leitura do elemento como obra de arteescultórica. Deve-se estudar uma maneira de fazer outra linhaantiderrapante que não seja tão impactante visualmente.

Degraus da escada em mármore branco italiano. Percebe-se o desgastedo material devido ao uso. Linhas antiderrapantes muito marcadas.Fonte: Arquivo Pessoal 

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Em destaque, obturação no degrau com mesmo material. Mais uma vez

percebe-se como as linhas antiderrapantes causam grande impacto visualnos degraus.Fonte: Arquivo Pessoal

Soleira em mármore branco com o desgaste natural do uso.Fonte: Arquivo Pessoal

2- Ladrilho hidráulicoO ladrilho hidráulico teve origem nos antigos

mosaicos bizantinos. Posteriormente, os muçulmanosaproveitaram estes conhecimentos para criar ladrilhos parasuas obras de arquitetura. Eles foram largamente aplicadosna Europa como revestimento de paredes, sendo seu usoampliado para pisos.

No Brasil, inicialmente, as peças foram todasimportadas de Portugal, França e Bélgica. Somente no finaldo século XIX, foram ensinados os segredos da técnica demanufatura dos ladrilhos hidráulicos aos italianos residentesem São Paulo, surgindo as primeiras fábricas, sendoinicialmente destinados apenas para revestimento deparedes e numa segunda etapa para pisos. A base para suafabricação eram os lajotões de barro, sendo pintados à mão.

Sua fabricação continua obedecendo os métodostradicionais. Os ladrilhos são colocados em uma forma deferro, com moldes dos desenhos desenvolvidos em latão.Nestes moldes são colocadas uma mistura composta por póde mármore, cimento branco e óxido de ferro. O óxido deferro é que determina as cores das peças. Nesta fase oconhecimento do artesão é fundamental pois a pressãosobre o molde é feita manualmente, determinando suaperfeição e igualdade. Após esta fase, o molde é retirado,ficando, as peças, em repouso por 12:00 horas e enviadaspara secagem natural, sem uso de fornos ou estufas por um

período de 15 dias.Este revestimento recebeu o nome de ladrilho

hidráulico pelo fato de ser apenas molhado, sem processosde queima. Sendo um produto artesanal, sua produção diáriaé relativamente pequena.

Com exceção do mármore branco presente na escadae nas soleiras edifício, este piso é o mais nobre do

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palacete.No pavimento térreo ele se encontra no hall de entrada

e em mais três lojas. Possivelmente mais lojas, se não todas,possuiam este tipo de piso quando o palacete foi construído,porém hoje quase todas as lojas do térreo tiveram os ladri lhossubstituídos por porcelanatos. Encontramos estampasdiferentes para o hall e para as lojas.

No primeiro pavimento encontra-se nos corredorescomuns e em mais um ambiente pequeno. Também aí sãodois tipos de estampa, uma no corredor principal e outra noscorredores laterais e na sala.

Também no segundo pavimento os mesmos ladrilhosestão nos corredores e em mais algumas salas pequenas.

Estado geral de conservação:Os ladrilhos hidráulicos remanescentes estão em

excelente estado de conservação tendo em conta seucentenário de existência e uso. As patologias principaisencontradas pequenas áreas desgastadas onde o tráfego émais intenso, como na entrada principal e acesso à escada,algumas peças quebradas, algumas obturações visíveis commaterial diferente do original e partes substituídas por outrostipos de pisos cerâmicos.

     1     7    c    m

Ladrilhos do tipo 1 nos corredores dos pavimentos superiores. Arquivo Pessoal.

Fonte:

Ladrilhos do tipo 1 no Hall de entrada principal no pavimento térreo.Fonte: Arquivo Pessoal

Representação gráfica dosladrilhos do tipo 1

Imagem aproximada dos ladrilhos inloco. Fonte: Arquivo Pessoal

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Ladrilhos do tipo 2 em uma das lojas. Fonte: Arquivo Pessoal.

Representação gráficados ladrilhos do tipo 2

Foto aproximada dos ladrilhos do tipo 2Fonte: Arquivo Pessoal

Ladrilhos do tipo 2 em uma das lojas. Fonte: Arquivo Pessoal.

Representação gráfica dos ladrilhosdo tipo 3

  F  o  t  o  a   p  r  o  x i   m  a  d  a  d  o  s l  a  d  r i l  h  o  s

  d  o  t i   p  o  3 .  F  o  n  t  e :   A  r  q  u i  v  o   P  e  s  s  o  a l

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Ladrilhos do tipo 3 em um dos corredores. Fonte: Arquivo Pessoal 

Ladrilhos do tipo 3 em um dos corredores. Fonte: Arquivo Pessoal.  Algumas das patologias apresentadas são perfurações e obturações

como demonstradas na foto acima. Fonte: Arquivo Pessoal.

Parte de ladrilho substituído por outro material. Fonte: Arquivo Pessoal.

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Partes de ladrilhos faltantes ao lado do elevador no piso térreo foramsubstituídas por um cimentado. Foto de Outubro de 2010. Fonte: Arquivopessoal.

Substituição de ladrilhos faltantes por materiais diferentes ou emendasquebrando o padrão gráfico do pavimento. Foto de outubro de 2010.  Fonte: Arquivo pessoal 

Substituição de ladrilhos faltantes por materiais diferentes ou emendasquebrando o padrão gráfico do pavimento. Foto de outubro de 2010. Fonte: Arquivo pessoal 

Ladrilhos desgastados em frente ao acesso ao elevador. Foto de outubrode 2010. Fonte: Arquivo pessoal 

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Ladrilho quebrado e com fissuras. Fonte: Arquivo Pessoal.

Ladrilho quebrado e com fissuras. Fonte: Arquivo Pessoal.

1- Parquet de madeira 7 x 21cmEste tipo de piso encontra-se em algumas das salas

menores no primeiro e segundo pavimentos. Está nas salasda parte interna, com janelas voltadas ao fosso deventilação.

Estado Geral de Conservação: As Patologias principais são sujidade acentuada,

tacos desprendidos e partes com cola e sem calafetação.

Parquet presente em uma das salas desocupadas. Muito sujo, compeças soltas e sem calafetação,

Sala em uso. Nesta o parquet está muito bem conservado,provavelmente devido a um restauro recente,

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1-  Assoalho de madeira L = 8,5cm Ao longo da história, assoalhos de madeira definiram o

padrão de beleza, riqueza e estilo nas casas mais elegantes.No Palacete Lara eles se encontram nas salas de maiorinteresse, nos pavimentos superiores com janelas voltadas às

fachadas principais, com vistas para as três ruas com as quaiso edifício se relaciona. Estes assoalhos foram feitos compaginações exclusivas para cada ambiente de acordo comseu formato. Em linhas gerais possui um contorno ao redor decada sala com tábuas acompanhando as paredes, enquantoo centro as tábuas estão em um sentido apenas.

Estado Geral de Conservação:Este é o pavimento mais degradado do edifício,

apresentando diversas patologias e áreas em estadoaparentemente precário de conservação. A averiguaçãodestes dados, porém, só poderia ser feita com testes in locolixando a superfície da madeira para ver se o degrado ésuperficial ou mais profundo. As patologias principaisencontradas são separações nas juntas macho-fêmea, áreasdesgastadas, partes quebradas com obturações sem seguir opadrão existente e, em uma das salas foi feita uma aplicaçãode piso vinílico sobre o assoalho. A separação nas juntas é umfator que pode ser grave, associado ao desgaste do piso pelouso. Pisos assim costumam estar muito finos devido aodesgaste e as juntas acabam se comprometendo. Aoproceder com o lixamento do piso, pode acontecer um efeito

dominó, no qual as peças que ainda não apresentavamdefeitos nas juntas passam a apresentar após a intervenção.Qualquer intervenção do gênero deve ser precedida de testesin loco, aguardando os tempos necessários para a patologiase manifestar, e a intervenção deve ser gradual.

Um pequeno trecho do pavimento apresenta ataque deinsetos xilófagos. Esta patologia precisa ser tratada comurgência pois o ataque se espalha com velocidade pelamadeira.

Entorno do assoalho seguindo as paredes. Percebe-se o desgaste dopiso.

 Assoalho envelhecido e opaco com juntas dilatadas, partes quebradas,riscadas e ocas.

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Nesta imagem ficam evidentes algumas das obturações realizadas noassoalho. Enxertos de madeira desconfiguram a paginação do piso.Fonte: Arquivo Pessoal.

Juntas deterioradas do assoalho. Fonte: VEC Arquitetura.

Esta imagem é do piso loja de música . Percebe-se o piso foi envernizadosem tratar as patologias presentes. As tábuas estão finas as juntastambém estão muito deterioradas. Fonte: Arquivo Pessoal.

Outra sala do conjunto, mesmas patologias. Fonte: VEC Arquitetura.

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 Assoalho em estado precário. Juntas quebradas, manchas de umidade,partes substituídas fora de paginação. Fonte: VEC Arquitetura.

Trecho de assoalho com ataque de insetos xilófagos. Fonte: VEC Arquitetura.

 Assoalho em estado precário. Percebe-se muitos problemas nas juntas.Fonte: VEC Arquitetura.

Trecho de assoalho com problemas de umidade. Fonte: VEC Arquitetura.

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5- GraniliteO granilite é o resultado de pedaços miúdos de

mármore e granito, cimento, água e areia, tendo boaresistência a um custo reduzido. No caso do palacete foiutillizado para revestir as demais áreas do subsolo

Estado de conservação:Está em bom estado de conservação, porém com

sujidade acentuada. Não é, porém, um piso de grandeinteresse para preservação.

Piso em granilite no Subsolo, muito sujo. Fonte: VEC Arquitetura

6- Cimento queimado A mistura para cimento queimado, consiste em uma

massa cimentícia pré-preparada para a aplicação sobrecontra pisos novos ou antigos. É uma solução barata erápida, de manutenção fácil e bastante resistente. O

resultado estético pode parecer bastante rústico, por isso nocaso do palacete foi utilizado em áreas de pouco interesse,como intervenções posteriores. No subsolo tem uma salacom este tipo de piso e no pavimento térreo uma parte deuma loja tem este piso também.

Estado de conservação:Bom estado de conservação, porém possivelmente

não é original e figura como um elemento estranho, nãocompatível com os demais pisos.

7- Porcelanatos de diversos tamanhosPorcelanatos são pisos de base cerâmica feito pelaqueima de alguns materiais brutos, como argila, feldspato,quartzo e caulim. Esta queima se dá em torno de 1200° a1400°C. Geralmente a sua cor é branca e uniforme, mas pelaadição de alguns corantes pode alcançar diversas variações.

No palacete eles são provavelmente fruto deintervenções contemporâneas, pois encontram-se em áreasonde outras salas no entorno, de mesmo uso econfigurações, têm piso em ladrilho hidráulico. No térreodiversas lojas são revestidas com porcelanato, assim como

algumas áreas molhadas dos pavimentos superiores.Estado de conservação:Por serem recentes, estão em bom estado

conservativo.

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Porcelanato em uma das lojas do térreo. Fonte: ArquivoPessoal.

Porcelanato em uma das lojas do térreo. Fonte: ArquivoPessoal.

FORROS

No subsolo, não existe forro, é direto na laje compintura. No pavimento térreo, cada loja possui um tipo deforro diferente. Algumas não possuem forro, laje exposta.

Outras tem forros de gesso recentes, forros em PVC, entreoutros. No Hall de entrada principal, o teto em arco foicoberto por um forro em Eucatex, no hall do elevador, o forrose mantém em estuque com elementos decorativos. Noprimeiro pavimento o forro é parte em estuque e aindaexistem os elementos decorativos e rodatetos originais,algumas salas também têm forros de madeira originais eoutras, abobadilhas. No segundo pavimento todo o forro foisubstituído por um forro em PVC de baixa qualidade estética,caracterizando uma intervenção posterior com material

diferente do original. Ainda neste pavimento existe uma salasem forro e sem cobertura.Estado de conservação:Do forro original remanescente, algumas das

patologias encontradas são sujidades acentuadas, partesfaltantes, bolhas na pintura, diversas camadas de tinta sobreos elementos decorativos tornando suas formas menosdefinidas, alguns trechos de madeira com podridão ouressecamento.

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Forro em estuque com elementos decorativos em relevo. Este trecho encontra-seno primeiro pavimento, especificamente na loja Amadeus Musical. Fonte: ArquivoPessoal.

Forro em estuque com elementos decorativos em relevo. Fonte: Arquivo Pessoal.

Forro em Madeira. Este trecho encontra-se no primeiro pavimento,especificamente na loja Amadeus Musical. Fonte: Arquivo Pessoal.

Detalhe de elemento decorativo em forro de estuque. Fonte: Arquivo Pessoal.

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PAREDES

Com exceção do corredor principal de entrada doedifício e de alguns banheiros, todas as paredes são pintadasa base de tinta látex ou esmalte. No Hall de entrada existe um

revestimento em azulejos decorados até meia parede,enquanto nos banheiros existem azulejos de 15x15 ou 20x20,além de alguns azulejos decorados em pequenas áreasmolhadas.

Prospecções pictóricas efetuadas pela equipe deprojeto de restauro descobriram pinturas murais noscorredores e salas principais dos pavimentos superiores.

Estado de conservação: As patologias são poucas nas paredes internas,

encontra-se sujidade em baixo grau, generalizada e alguns

pontos com bolhas, desprendimento da sobrepintura, alémde muitas camadas de tinta. O mesmo se repete para oseleentos decorativos engastados nas pilastras do hall deentrada do pavimento térreo.

Capitél no pavimento térreo. Fonte: Arquivo Pessoal

Paredes do hall de entrada revestidas meia-parede em azulejos.Fonte: ArquivoPessoal

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Pintura mural descoberta por equipe de restauro. Fonte: Arquivo Pessoal.

Prospecção pictórica para registrar as cores que já passaram pelas paredes doedifício. Fonte: Arquivo Pessoal.

TORRE DE CIRCULAÇÃO

 A torre de circulação tem posição central no edifício eé formada por uma escada, um elevador e um vitral. A Escadaé escultórica, com guarda-corpo em ferro fundido decorado,

corrimão em madeira e degraus revestidos em mármorebranco italiano. No centro encontra-se um elevadormecânico francês antigo, feito em ferro e com gradesmanuais. Compondo o ambiente existem vitraismulticoloridos na parede de divisa com o fosso deventilação. Estes vitrais formam um belo efeito nas escadasbrancas com a incidência da iluminação solar, deixandoreflexos coloridos pelos degraus. Este elemento decirculação é muito importante porque além de ser único emtodo o edifício, fato que hoje em dia não seria permitido por

existir a necessidade de haver uma saída de emergência, temeste caráter artístico, como elemento cênico.Estado de conservação:Dos três elementos, o mais degradado é sem dúvidas

o vitral. Nele muitas partes estão faltantes, os vidros estãosujos, as ferragens desgastadas e com partes oxidadas. Naescada, nota-se excesso de tinta sobre o corrimão emmadeira, com muitas bolhas. Os degraus, como já foimencionado, estão abaulados no centro devido ao desgastepelo uso, com obturações feitas com o mesmo material emalgumas partes. O gradil e o elevador em ferro também têm

excesso de tinta e algumas partes oxidadas. A partemecânica do elevador deve ser revisada, mas ele ainda seencontra em funcionamento, atendendo aparentemente atodos os pavimentos.

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 Acima, Vitrais vistos da fachada doFosso de ventilação. Fonte: ArquivoPessoal.

 À direita, Vitrais vistos internamente.Fonte: Arquivo Pessoal.

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Escada escultórica com degraus em mármore branco italiano, gradis em ferrofundido e corrimão em madeira. Percebe-se a interferência visual das fitasantiderrapantes.Fonte: Arquivo Pessoal 

Efeito colorido da luz que transpassa os vitrais e se reflete nos degraus brancos,um efeito cênico muito interessante. Fonte: Arquivo Pessoal.

Detalhe das diversas camadas de tinta desgastadas sobre o corrimão de madeirada escada. Fonte: Arquivo Pessoal 

Trecho de Corrimão com a pintura removida, em contraste com parte pintada..Fonte: Arquivo Pessoal.

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Elevador Italiano. Fonte: Arquivo Pessoal.

Entrada do Elevador Italiano. Fonte: Arquivo Pessoal.

Prospecção pictórica no elevador. Fonte: Arquivo Pessoal.

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ESQUADRIAS

 As portas internas das salas principais são portas deabrir com duas folhas, altas, com cerca de 3,60m de altura, demadeira decoradas com almofadas em madeira. As portas de

outras salas menores são portas simples de abrir, com umafolha, todas também em madeira. Ao todo, contando asportas metálicas da fachada do térreo e as internas, são 90portas no edifício.No fosso de ventilação interno, as janelas são em madeira evidro comum, com duas folhas de abrir. As janelas dosbanheiros sãos de ferro basculantes.

Estado de conservação: As portas estão aparentemente em bom estado de

conservação, com algumas partes quebradas, faltantes e

excesso de tinta. As prospecções encontraram cerca de 12camadas de tinta com cores diferentes. Algumas portas estãotambém muito sujas e com dificuldades para abrir e fechar.Seria necessária uma revisão completa em todas asesquadrias para verificar se seu funcionamento estácomprometido. Algumas portas não são originais e destoamdas demais portas.

Nas janelas do fosso, as patologias principais tambémsão partes faltantes e excesso de tinta. Já nas janelas dosbanheiros os vãos foram descaracterizados para instalar estemodelo mais recente de janela metálica basculante.

Portas em madeira pintadas na cor branca. Fonte: Arquivo Pessoal.

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Portas-balcão com janelas laterais do primeiro pavimento. Fonte: ArquivoPessoal.

FOSSO DE VENTILAÇÃO

Esta parte do edifício já passou por diversasalterações e descaracterizações. Mas também são fachadasque devem ser tratadas porque existem janelas voltadas para

elas e no subsolo existe um acesso a este fosso.Estado de conservação:Está muito degradado, com diversas alterações,

partes adicionadas sem nenhum critério, «puxadinhos»cobertos com telhas brasilit, sujidade generalizada, manchasde umidade, partes muito escurecidas, entre outraspatologias.

Fosso de ventilação totalmente descaracterizado e muito degradado. Fonte: Arquivo pessoal

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MAPEAMENTO DE PATOLOGIAS INTERNAS

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PATOLOGIAS SUBSOLO - PISO

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PATOLOGIAS TÉRREO - PISO

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PATOLOGIAS PRIMEIRO PAVIMENTO - PISO

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PATOLOGIAS SEGUNDO PAVIMENTO - PISO