análise dos custos de implantação de um viveiro florestal no

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA CAMPUS SÃO GABRIEL CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO Análise dos custos de implantação de um viveiro florestal no município de São Gabriel - RS Acadêmico: Leonardo Nabinger Menna Barreto

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Page 1: Análise dos custos de implantação de um viveiro florestal no

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPACAMPUS SÃO GABRIEL

CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL

RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO

Análise dos custos de implantação de um viveiro florestal no município de São Gabriel - RS

Acadêmico: Leonardo Nabinger Menna Barreto

São Gabriel, RS, Brasil

16 de Dezembro de 2011

Page 2: Análise dos custos de implantação de um viveiro florestal no

2

ANÁLISE DOS CUSTOS DE IMPLANTAÇÃO DE UM VIVEIRO FLORESTAL NO MUNICÍPIO DE SÃO GABRIEL - RS

Por:

Leonardo Nabinger Menna Barreto

Relatório de estágio final apresentado ao Curso de Graduação em Engenharia Florestal, Área de Silvicultura, da Universidade Federal do Pampa – UNIPAMPA, como requisito parcial para obtenção do grau de Engenheiro Florestal.

Orientadora: Prof. Dra. Mirla Andrade Weber

São Gabriel, RS, Brasil

Dezembro de 2011.

Page 3: Análise dos custos de implantação de um viveiro florestal no

3

Universidade Federal do Pampa

Campus São Gabriel

Engenharia Florestal

A Comissão Examinadora, abaixo assinada,

Aprova o Relatório de Estágio

ANÁLISE DOS CUSTOS DE IMPLANTAÇÃO DE UM VIVEIRO FLORESTAL NO MUNICÍPIO DE SÃO GABRIEL - RS

Elaborado por

Leonardo Nabinger Menna Barreto

Como requisito parcial para obtenção do grau de

Engenheiro Florestal

COMISSÃO EXAMINADORA:

______________________________Profa. Dra. Mirla Andrade Weber

________________________________Profa. Dra. Alexandra Augusti Boligon

___________________________________Prof. Dr. Italo Filippi Teixeira

São Gabriel, 16 de Dezembro de 2011.

Page 4: Análise dos custos de implantação de um viveiro florestal no

4

AGRADECIMENTOS

À Universidade Federal do Pampa, pela graduação em Engenharia Florestal.

A Prof. Dra. Mirla Andrade Weber pela orientação e paciência, pela relação de

amizade e pela ajuda nos momentos difíceis.

Agradeço a todos os meus professores pelos ensinamentos e a amizade.

Aos meus colegas pela amizade e convivência durante todo o curso.

Page 5: Análise dos custos de implantação de um viveiro florestal no

5

Resumo

No período de 12 de setembro de 2011 a 07 de novembro de 2011 foram

desenvolvidas diversas atividades no estágio prático profissional do acadêmico

Leonardo N. Menna Barreto no viveiro da Floricultura Amor Perfeito, localizado no

município de São Gabriel RS, e sob a responsabilidade e supervisão técnica de

Marcelo Müller. Durante o estágio foi implementado um viveiro com infra-estrutura

para a produção média anual de 7000 mudas, visando à instalação do modelo de

produção de mudas nativas pelo sistema de tubetes com 190cm³, somando-se ao

atual modelo de produção em garrafas pets e sacos plásticos, através da construção

e ampliação da capacidade de produção de mudas florestais nativas. O custeio dos

materiais para a construção da estrutura da casa de vegetação e das mesas suporte

para os tubetes foi de acordo com os preços praticados na cidade de São Gabriel.

Uma análise das sementes disponíveis para coleta e na área da cidade durante o

período de estágio, e uma pesquisa na internet dos custos de aquisição de

sementes de espécies florestais nativas para aumentar a diversidade oferecida pelo

viveiro também foi realizada. A análise dos custos de implantação do

empreendimento e da comercialização das mudas revelou que já no primeiro ano de

comercialização das mudas é possível obter o retorno total do investimento.

Palavras-chave: essências florestais, comercialização, sistemas de produção

Page 6: Análise dos custos de implantação de um viveiro florestal no

6

ABSTRACT

From 12 September to November 7, 2011, several activities were during training

course period of Leonardo N. Menna Barreto in Floricultura Amor Perfeito nursery

located in São Gabriel RS, and under the technical supervision and responsibility of

Marcelo Muller. In this period was created a nursery with infrastructure to support an

annual production of 7,000 seedlings in order to install the production model of native

seedlings by the system of tubes with 190cm ³, adding to the current production

model in plastic bottles and plastic bags through the construction and expansion of

production capacity of native tree seedlings. Materials cost for construction of the

green house tables structure and support for the tubes was in line with prices in São

Gabriel town. An analysis of seed available for collection and the area of the city

during the training course period, and an internet search of the acquisition costs of

seeds of native trees to increase the diversity offered by the nursery was also

performed. Project implementation and seedlings selling cost analysis reveals that in

the first year of marketing the seedlings is possible to obtain the total return on

investment.

Keywords: forest species, marketing, production systems

Page 7: Análise dos custos de implantação de um viveiro florestal no

7

Lista de Ilustrações

Figura 1 – Local de instalação da casa de sombra e mesas suporte 18

Figura 2 – Planta Baixa da casa de vegetação 19

Figura 3 – Planta baixa das mesas 19

Figura 4 – Foto do modelo antigo da mesa e do novo modelo 20

Figura 5 – Programador automático para irrigação 20

Figura 6 – Visão 3D do projeto 21

Figura 7 – Foto dos substratos utilizados 22

Figura 8 - Porcentagem dos custos sem plano de coleta de sementes 28

Figura 9 - Porcentagem dos custos com plano de coleta de sementes 29

Figura 10 - Emergência de mudas de Caesalpinia peltroforoides

(sibipiruna) 35

Figura 11 - Foto da casa de vegetação e mesas suporte 34

Page 8: Análise dos custos de implantação de um viveiro florestal no

8

Lista de tabelas

Tabela 1 – Valor médio dos materiais e custo total da casa de vegetação 25

Tabela 2 – Custo médio dos materiais e custo total das mesas suporte 25

Tabela 3 – Custo dos tubetes 26

Tabela 4 – Custos do substrato MECPLANT 26

Tabela 5 – Custos do sistema de irrigação 26

Tabela 6 – Valor das sementes 27

Tabela 7 – Gastos Reais por atividade sem um plano de coleta de

sementes 28

Tabela 8 – Gastos Reais por atividade com plano de coleta de sementes 29

Page 9: Análise dos custos de implantação de um viveiro florestal no

9

Sumário1    

INTRODUÇÃO.............................................................................................................. 11

1.1         Objetivo

geral......................................................................................................... 13

1.2         Objetivos

específicos............................................................................................. 13

2     REVISÃO

BIBLIOGRÁFICA.......................................................................................... 14

2.1         Produção de mudas em viveiro

florestal ............................................................... 14

2.2      Instalações, equipamentos e práticas necessárias em viveiros

florestais............................................................................................................................

... 14

2.3         Modelos de produção de

mudas............................................................................ 16

2.4         Viveiro florestal em são

Gabriel............................................................................. 16

3     ATIVIDADES

DESENVOLVIDAS................................................................................. 17

3.1      

Metodologia.............................................................................................................. 17

3.2         Limpeza da

área................................................................................................. 18

3.3         Construção da casa de

vegetação ........................................................................ 18

3.4         Construção das mesas suporte dos

tubetes.......................................................... 19

3.5         Montagem do sistema de

irrigação........................................................................ 20

3.6         Substratos

testados............................................................................................... 21

3.7         Sementes

semeadas............................................................................................. 22

Page 10: Análise dos custos de implantação de um viveiro florestal no

10

4         RESULTADOS OBSERVADOS 24

4.1        

Substratos.............................................................................................................. 24

4.2         Custo da casa de

vegetação.................................................................................. 24

4.3         Custo das mesas

suporte...................................................................................... 25

4.4         Custo dos

tubetes.................................................................................................. 25

4.5         Custo do

substrato................................................................................................. 26

4.6         Custo do sistema de

irrigação................................................................................ 26

4.7         Custo das

sementes.............................................................................................. 27

4.8         Distribuição dos custos da instalação do viveiro no novo modelo de

produção............................................................................................................................

.. 29

4.9         Custo da

muda....................................................................................................... 30

5         CONCLUSÕES E

RECOMENDAÇÕES................................................................... 30

6        AVALIAÇÃO DO

ESTÁGIO...................................................................................... 32

7       REFERÊNCIAS

BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................... 33

8       ANEXO

S..................................................................................................................... 35

ORGANIZAÇÃO

O presente estágio foi realizado em um viveiro particular para produção de

mudas florestais ligado a empresa Floricultura Amor Perfeito (pessoa jurídica), com

Page 11: Análise dos custos de implantação de um viveiro florestal no

11

registro na Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SEMA) do município de São

Gabriel, atualmente conveniada à Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA).

A empresa Floricultura Amor Perfeito tem como responsável técnico o Gestor

Ambiental Marcelo Rodrigo Müller, estando situada na Rua Coronel Soares, 867,

sala 2, no centro do Município de São Gabriel - RS. O viveiro onde são produzidas

as mudas localiza-se na Rua Francisco Silva, nº 3571, bairro Medianeira.

A floricultura Amor Perfeito atua em diversos ramos relacionados à produção

de mudas, sendo que esta direciona suas atividades para a produção de flores de

corte, hortaliças e mudas de árvores nativas e exóticas para diversas finalidades

(fruticultura, arborização urbana, recuperação de áreas degradas, plantios

comerciais, etc). A produção da floricultura é comercializada para diversas pessoas,

empresas e órgãos públicos relacionados à sua área de atuação. Atualmente, esta

empresa firmou contrato de compra e venda da produção de mudas nativas com

uma empresa de reflorestamento da região. O proprietário é o único viveirista e

administrador da área de produção. A capacidade total de produção de mudas

nativas está sendo ampliada para aproximadamente 7000 mudas por ano com a

construção de novas mesas de suporte para os tubetes.

1 INTRODUÇÃO

A implantação de um viveiro florestal destinado a produtores rurais e suas

organizações, bem como a empreendedores interessados que querem investir

Page 12: Análise dos custos de implantação de um viveiro florestal no

12

nesta atividade, aproveitando o atual potencial de demanda por mudas de

essências florestais, necessárias para recompor áreas desmatadas, é um

empreendimento da atividade rural do setor primário da economia. 

A produção de mudas florestais é uma etapa ou elo da cadeia produtiva de

base florestal das mais significantes no processo de cultivo de uma floresta. Toda a

genética, o vigor, a qualidade da árvore, a homogeneidade do plantio, o índice de

sobrevivência, o desenvolvimento, inclusive, e o rendimento, estão intimamente

ligados à qualidade da muda produzida no viveiro.

Na cidade de São Gabriel - RS não existem viveiros florestais suficientes

para suprir a necessidade de mudas florestais do mercado local. Por esse motivo, o

viveiro da Floricultura Amor Perfeito resolveu investir em novas tecnologias de

produção, ampliando o volume, a diversidade e a qualidade da mudas florestais

produzidas. Em parceria com Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA)

campus São Gabriel, através de convênio, permite a realização de estágio e

experiência profissional, em mútua transferência de conhecimento tecnológico na

área de viveiro.

A muda de essência florestal é um produto de grande aceitação comercial,

devido à crescente demanda por modelos de produção que visam a sustentabilidade

ambiental, como em cultivos de sistemas agroflorestais, silvopastoris e

agrosilvopastoris, pela procura de empresários rurais em processo de regularização

ambiental além do mercado consumidor de matéria-prima florestal (madeira, lenha,

carvão, resinas e cascas) e de mudas de plantas nativas para paisagismo e

arborização urbana.

O atual modelo de produção de mudas nativas da empresa onde foi realizado

o presente estágio utiliza sacos plásticos e garrafas de plástico de dois litros. Para

ampliar o volume de mudas e a diversidade do viveiro foi escolhido o sistema de

produção com tubetes de 190cm³. As principais vantagens deste modelo de

produção são encontradas na melhoria do fluxograma de manejo no viveiro: melhor

automação e rendimento no envasamento dos recipientes; melhores condições de

trabalho devido ao menor peso da muda; melhor qualidade do sistema radicular por

ser bem formado e não enovelar; utilização por vários ciclos de produção; menor

tamanho da muda comercializada; rendimentos operacionais no plantio muito mais

efetivos devido à melhor relação mudas/homem/dia; aumento significativo nos

rendimentos operacionais com rapidez na distribuição e no plantio das mudas.

Page 13: Análise dos custos de implantação de um viveiro florestal no

13

O principal problema encontrado neste viveiro encontra-se na baixa

diversidade de espécies trabalhada. Sabe-se que a cidade de São Gabriel não tem

grandes extensões de floresta nativa muito menos tradição em arborização, que

poderia ser uma excelente fonte de sementes, limitando o processo de colheita de

sementes de espécies florestais nativas para o uso no viveiro. Este fato aumenta o

valor do custo final da muda devido aos gastos com aquisição. Além disso, o viveiro

não possui plano de coleta das poucas espécies que existem na cidade, dificultando

ainda mais o processo de aquisição das sementes.

Para minimizar o problema na aquisição das sementes, a internet foi uma

ferramenta bastante valiosa para selecionar e comprar as sementes de essências

florestais nativas, facilitando o aumento da diversidade de espécies e a variação das

procedências e dos fornecedores.

O desenvolvimento tecnológico atual na produção de mudas florestais é

resultado de recentes investimentos e crescimento do setor de base florestal que

demanda produtos dessas espécies. Até que se explorava diretamente a floresta

nativa, não havia necessidade de uma produção constante de mudas florestais,

tanto em quantidade como em qualidade; no entanto, com o aumento das exigências

legais e a discussão sobre a necessidade de recuperação de áreas degradadas e

recomposição florestal, houve o aumento da demanda por mudas de espécies

arbóreas da flora brasileira.

Diante dessa realidade, os empresários que atuam nessa área sentem a

necessidade de se profissionalizar, atualizando seus sistemas de produção,

aumentando a atual demanda pela construção de viveiros e produção de mudas

com tecnologias mais modernas.

1.1 OBJETIVO GERAL:

O presente relatório de estágio descreve as atividades desenvolvidas durante

o estágio curricular obrigatório do curso de Engenharia Florestal da Universidade

Federal do Pampa – campus São Gabriel, no viveiro da Floricultura Amor Perfeito.

Page 14: Análise dos custos de implantação de um viveiro florestal no

14

As atividades desenvolvidas durante o estágio têm como objetivo principal

proporcionar uma vivência profissional ao acadêmico do curso de Engenharia

Florestal em empresa da área. Neste relatório procurou-se informar as atividades

desenvolvidas pelo estagiário durante o período de estágio, analisar e informar as

atividades de custo de instalação e produção de mudas florestais nativas e no

viveiro em sistema produção com tubetes 190cm³, além de verificar a disponibilidade

de sementes de espécies florestais nativas disponíveis e sua viabilidade para uso no

viveiro.

1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

- acompanhar as atividades desenvolvidas dentro de um viveiro florestal;

- avaliar o custo de produção das mudas;

- avaliar a qualidade e diversidade das sementes no processo de produção de

mudas;

- avaliar os processos de aquisição das sementes de espécies florestais

nativas;

- apontar alternativas para melhoria de qualidade, otimização e qualificação e

diminuição dos custos de produção no processo de produção de mudas nativas do

viveiro.

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 PRODUÇÃO DE MUDAS EM VIVEIRO FLORESTAL

Page 15: Análise dos custos de implantação de um viveiro florestal no

15

O Instituto Brasileiro de Florestas (IBF) possui em seu cadastro cerca de 316

viveiros de mudas florestais nativas, sendo 23 localizados no Rio Grande do Sul.

Conforme o agrônomo da Emater de Passo Fundo, Ilvandro Barreto de Mello, em

entrevista ao jornal A Tribuna de Santo Ângelo, a distribuição geográfica dos viveiros

no Estado está ligada as regiões onde ocorre o reflorestamento e se observa uma

maior demanda pelas mudas florestais. No entanto, devido ao alto custo de

instalação de uma unidade produtora de mudas não é tão comum serem

encontrados muitos viveiros em pequenas distâncias, geralmente a muda é

produzida em um local e transportada à distância maiores. 

A obtenção de mudas de espécies do ambiente regional, em quantidade

suficiente para o plantio, é um dos principais pontos de estrangulamento dos

programas de restauração ecológica, e uma das grandes dificuldades dos projetos

de reflorestamentos com espécies nativas é a obtenção de mudas, tanto na

quantidade e qualidade desejada, assim como na diversidade de espécies

(SANTARELLI, 2004).

Segundo Keller et al. (2009) nos últimos anos, têm aumentado as exigências

legais e a discussão sobre a necessidade de recuperação de áreas degradadas e

recomposição florestal, levando à maior demanda por mudas de espécies arbóreas

da flora brasileira.

2.2 INSTALAÇÕES, EQUIPAMENTOS E PRÁTICAS NECESSÁRIAS EM VIVEIROS FLORESTAIS

Conforme Wendling (2002), as instalações e os equipamentos utilizados em

um viveiro florestal variam de acordo com a tecnologia utilizada, local, espécies a

serem produzidas, tamanho do viveiro etc. Entretanto, os mais comuns são:

- Ferramentas e utensílios: Pás (quadrada e de concha), sacho, machado,

enxada, enxadão, foice, facão, serrote, martelo, alicate, torquês, tesoura de poda e

podão, chaves de boca, de fenda, de cano, ancinho, lima, regadores, baldes,

mangueira plástica, peneiras.

- Máquinas e equipamentos: Carrinho-de-mão, balança comercial, conjunto

moto-bomba, pulverizador costal máquina para encher tubetes, máquina lavadora de

tubetes, máquina para semeadura e misturador de substratos.

Page 16: Análise dos custos de implantação de um viveiro florestal no

16

- Outros materiais: Sistemas para irrigação, defensivos agrícolas registrados

para uso, depósito de sementes, madeira para confecção de caixas, plásticos e

sombrites para cobertura, grampos, pregos, arames, barbantes, adubo mineral e

orgânico.

Para a implantação de um sistema de produção de mudas nativas por

tubetes, recomenda-se que o volume dos tubetes deve ser superior ao utilizado para

a produção de mudas de eucalipto e de pinus. Com exceção do número de

aplicações de adubos em cobertura, que será em maior número (devido às menores

taxas de crescimento das mudas), porém com a mesma periodicidade, todos os

demais procedimentos e recomendações feitas para a produção de mudas de

eucalipto e pinus, em tubetes, são válidas para a produção de mudas de espécie

nativa (SILVA, 2000).

As mudas podem apresentar grande diferença no desenvolvimento, sendo

importante a movimentação, separando-as por tamanho de modo a efetuar novas

adubações nas mudas menores para que alcancem o tamanho das outras.

Similarmente às recomendações feitas para o sistema de produção de mudas em

sacos plásticos, a melhor forma de fazer a aplicação de adubos nos substratos

utilizados no sistema de tubetes é a parcelada, parte como adubação de base e

parte como adubação de cobertura (SILVA, 2000).

De acordo com o mesmo autor, a adubação de base recomenda pelo IPEF é

de 150 g de N, 300 g de P2O5, 100 g de K2O e 150 g de “fritas” por cada metro

cúbico de substrato. Geralmente, os níveis de pH, Ca e Mg nos substratos utilizados

neste sistema são elevados, de modo que a aplicação de calcário é dispensada e

não recomendada, evitando-se assim problemas como a volatilização de N e

deficiência de micronutrientes induzida por níveis elevados de pH, dentre outros.

O autor ainda destaca que devido à grande permeabilidade do substrato que

facilita as lixiviações e ao pequeno volume de espaço destinado a cada muda,

fazem-se necessárias adubações de cobertura mais freqüentes do que aquelas

feitas para a formação de mudas em sacos plásticos. E, para a aplicação,

recomenda-se dissolver 1 kg de sulfato de amônio e/ou 300 g de cloreto de potássio

em 100 L de água. Com a solução obtida regar 10.000 tubetes, a cada 7 dias de

intervalo, até que as mudas atinjam o tamanho desejado.

2.3 MODELOS DE PRODUÇÃO DE MUDAS

Page 17: Análise dos custos de implantação de um viveiro florestal no

17

Conforme Simões (1987), embora se tenha testado uma ampla variedade de

produtos para recipientes durante os últimos anos e a quantidade de mudas

produzidas cresce, deverá ocorrer o desenvolvimento e manufatura de novos

sistema de recipientes. O tubete vem substituindo rapidamente o saco plástico para

a formação de mudas nos viveiros florestais brasileiros. Utilizado inicialmente para

estacas enraizadas, vem sendo amplamente destinado também na produção de

mudas a partir de sementes.

Segundo Hahn et al. (2006), na escolha da embalagem (tipo e tamanho) é

importante considerar o custo do investimento, a altura da muda a ser

comercializada e o manejo adotado. Nos casos em que o investimento inicial é

pequeno se deve optar por embalagem de menor custo, como os sacos plásticos.

Além disso, a embalagem deverá ser tanto maior quanto a maior permanência da

muda no viveiro, que por sua vez depende de fatores como a característica genética

da espécie, manejo adotado (espaçamento entre mudas, adubação, etc.) e tamanho

desejado da muda.

Wendling et al. (2001) mencionam, ainda, que a tendência é o uso mais

freqüente de tubetes para a produção de mudas de espécies florestais nativas.

2.4 VIVEIRO FLORESTAL EM SÃO GABRIEL Mesmo diante do impasse do Código Florestal, o mercado de mudas nativas

segue aquecido, dada a crescente demanda por serviços de reposição florestal. As

exigências da atual lei estão por trás da maioria dos casos de reflorestamento, mas

hoje já existem projetos de plantios voluntários, de interessados em valorizar a

propriedade ou por simples consciência ecológica. Na cidade de São Gabriel - RS

existe dois excelentes tipos de clientes, as empresas florestais instaladas

recentemente na região, que adquirem mudas de árvores nativas para compensação

ambiental; e os produtores rurais, que precisam restaurar áreas de preservação

permanente (APP) e de reserva legal previstas pelo atual código florestal. Diante

destas perspectivas, a cidade não possui viveiros de destaque no mercado,

oferecendo uma ótima possibilidade de negócios para comercialização de mudas

nativas.

3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

Page 18: Análise dos custos de implantação de um viveiro florestal no

18

O estágio foi realizado no período12 de setembro a 07 de novembro de 2011,

no viveiro da floricultura Amor Perfeito, onde foram realizadas atividades

relacionadas à aquisição de sementes e produção de mudas florestais. São Gabriel

está localizado na região central do estado do Rio Grande do Sul, na região da

Campanha.

3.1 METODOLOGIAA metodologia utilizada foi a implantação de um viveiro com infra-estrutura

para a produção média anual de 7000 mudas nativas e sua disponibilização como

uma unidade para estágio-curricular, visando a inclusão da Universidade na

comunidade local, fazendo da ciência um saber comunitário e, assim, permitindo a

operacionalização do conhecimento científico.

A manutenção do viveiro foi realizada diariamente pelas atividades a seguir

caracterizadas: limpeza da área, construção da casa de vegetação, construção das

mesas de suporte dos tubetes, montagem do sistema de irrigação, formulação e

teste de substratos produzidos no viveiro, coleta e semeadura de sementes de

árvores nativas da cidade de São Gabriel e análise dos custos de produção das

mudas deste viveiro.

As atividades cotidianas do viveiro, como um projeto de extensão da

Universidade, foram ações objetivando o aumento da diversidade de mudas

ofertadas pelo viveiro, disponibilizando para a população essências florestais de

importância social, econômica e ecológica num processo de incentivo ao plantio de

árvores nativas.

No período de estágio foi realizada uma análise de custo da produção de

mudas com e sem plano de coleta de sementes. Para isso, foram considerados os

custos da casa de vegetação, das mesas suporte, dos tubetes, do substrato, do

sistema de irrigação e da aquisição de sementes. Os custos referentes a mão-de-

obra não foram contabilizados neste relatório, pois todas atividades desenvolvidas

foram planejadas e executadas pelo proprietário supervisor de estágio e seus

estagiários. Os custos com fertilização também não foram contabilizados por se

tratar de uma atividade a ser realizada após o período do estágio.

Page 19: Análise dos custos de implantação de um viveiro florestal no

19

Durante o desenvolvimento das diversas atividades foram feitas avaliações

por meio de observações para ajustar ou redirecionar as atividades, adequando o

processo de forma a economizar recursos, tempo e ampliar a eficiência.

3.2 LIMPEZA DA ÁREA PARA INSTALAÇÃO DA CASA DE SOMBRA

Devido ao grande crescimento de espécies gramíneas na área do viveiro foi

necessário dedicar um dia de trabalho para a limpeza do local destinado a instalação

da casa de sombra. Para manter a limpeza do local utilizamos casca de arroz

espalhada sobre o solo. A figura 1 mostra o local de instalação da casa de sombra.

Figura 1 – Área para instalação da casa de sombra e mesas suporte no viveiro

florestal da Floricultura Amor Perfeito. São Gabriel, 2011.

3.3 CONSTRUÇÃO DA CASA DE SOMBRA

O tamanho da área de sombreamento necessária para abrigar as 4 mesas

suporte do projeto é de 90m². Para a construção da estrutura da casa de sombra foi

utilizado material em eucalipto: nove moirões de 15cmx15cmx280cm, 57 metros de

caibro 7cmx5cm, 150m² de sombrite 50%, e pregos. As laterais foram cobertas com

1,5 metros de altura do mesmo sombrite, deixando uma entrada para circulação. Na

figura 2 visualiza-se a planta baixa da casa de vegetação.

Page 20: Análise dos custos de implantação de um viveiro florestal no

20

Figura 2 – Planta baixa da casa de sombra do viveiro da Floricultura Amor Perfeito. São

Gabriel, 2011. Fonte - Autor

3.4 CONSTRUÇÃO DAS MESAS SUPORTE DOS TUBETES

As mesas suporte foram construídas na altura de 1,10 m de altura,

proporcionando boa ergonomia de trabalho na manipulação dos tubetes. As

dimensões da mesa são de 8 metros de comprimento por 1,20 de largura, e a

distância entre elas é de um metro. Na figura 3 visualiza-se a planta baixa das

mesas suporte.

Figura 3 – Planta baixa das mesas suporte do viveiro da Floricultura Amor Perfeito. São

Gabriel, 2011. Fonte - Autor

Page 21: Análise dos custos de implantação de um viveiro florestal no

21

Para o encaixe dos tubetes de 190cm³ foi utilizada tela soldada de 8m de

comprimento por 1,20 de largura estendida e fixada sobre a mesa. Esta tela permite

o encaixe de 13 tubetes na fila por 6 colunas, formando 23 módulos de 78 tubetes,

num total de 1795 tubetes por mesa.Na figura 4 visualiza-se a estrutura da antiga

mesa suporte e a nova estrutura a ser utilizada.

Figura 4 – Mesa de suporte antiga (à esquerda) e mesa de suporte nova (à direita), do viveiro

da Floricultura Amor perfeito. São Gabriel, 2011. Fonte - Autor

3.5 MONTAGEM DO SISTEMA DE IRRIGAÇÃO

Para a montagem do sistema de irrigação foram necessários 30 metros de

cano de PVC de ½’’, 16 unidades de aspersor bailarina (70 l/h a 20 mca) e um

temporizador conectado na entrada da rede de água do viveiro.

Foi instalado um programador de irrigação automática que permite programar

as regas desde uma vez por semana até quatro vezes por dia, selecionar hora atual,

a hora de início da irrigação, a freqüência da irrigação e a duração da irrigação.

Na figura 5 é demonstrado o programador automático utilizado.

Figura 5 – Programador automático marca Timer Hozelock, utilizado na irrigação das

mudas no viveiro da Floricultura Amor perfeito. São Gabriel, 2011. Fonte – mercadolivre.com.br

Page 22: Análise dos custos de implantação de um viveiro florestal no

22

A irrigação total diária necessária para o mês de outubro foi de 20 litros por

metro cúbico, aproximadamente, e o acionamento da irrigação foi regulado para 10

minutos no início da manhã e 10 minutos o fim do dia, de forma a manter a umidade

do substrato até a emergência das plântulas. Com o aumento da temperatura nos

meses do verão, e na medida em que as plantas forem emergindo, a programação

do volume e das freqüências deverão se alterar conforme a necessidade das mudas.

A figura 6 demonstra em vermelho o sistema de irrigação em uma visão

tridimensional.

Figura 6 – Visão 3D do projeto da casa de sombra, destacando o sistema de irrigação (em

vermelho), do viveiro da Floricultura Amor perfeito. São Gabriel, 2011. Fonte - Autor

3.6 SUBSTRATOS UTILIZADOS

O sistema de tubetes utiliza substratos orgânicos como esterco de curral

curtido, húmus de minhoca, cascas de eucalipto e pinus decompostas. Esses

substratos são geralmente utilizados como principais componentes de misturas que

incluem também casca de arroz carbonizada, vermiculita e solo arenoso. Os três

últimos são utilizados para melhorar as condições de drenagem do substrato.

O substrato comercial utilizado pelo viveiro foi da marca MECPLANT. A

composição do substrato utilizado é à base de casca de pinus, vermiculita, corretivo

de acidez e fertilizantes minerais. Este tem capacidade de retenção de água de

60%.

Page 23: Análise dos custos de implantação de um viveiro florestal no

23

Cada saco de substrato é capaz de preencher 225 tubetes, sendo

necessários 8 sacos por mesa, perfazendo um total de 32 sacos para as 4 mesas.

Também não é necessária adubação de base neste substrato.

Como o viveiro não possui equipamento para enchimento dos tubetes o

mesmo teve que ser realizado de forma manual. O rendimento operacional para o

enchimento dos tubetes foi de aproximadamente 2 estagiários/mesa/dia,

considerando jornada de 6 horas diárias. Outros tipos de substratos foram

formulados e estão sendo testados no viveiro para substituir o substrato comercial

no segundo ano de produção e diminuir o custo de produção da muda. No viveiro

têm-se disponível para o preparo de substratos os seguintes componentes: terra de

subsolo, madeira podre, casca de arroz, casca de arroz carbonizada, serragem e

calcário. Na figura 7 visualiza-se da esquerda para direita o substrato comercial, e os

que foram formulados no viveiro durante o período de estágio.

Figura 7 – Substratos utilizados Fonte - Autor

3.7 SEMENTES SEMEADAS

O viveiro possuía sementes disponíveis das espécies guajuvira (Patagonula

americana), tarumã-de-espinho (Citharexylum montevidense) e leiteirinho

(Sebastiania brasiliensis), as quais foram adquiridas na FEPAGRO Santa Maria e

não apresentam dormência, sendo semeadas logo no início do presente estágio.

Neste viveiro não existe plano de coleta de sementes e seleção de matrizes.

Durante o período de estágio foram semeadas sementes coletadas das

espécies Parapiptadenia rigida (angico vermelho), Caesalpinia tinctoria (falso pau-

brasil), Caesalpinia peltophoroides (sibipiruna), e Jacaranda mimosaefolia

Page 24: Análise dos custos de implantação de um viveiro florestal no

24

(Jacarandá), que eram as espécies que estavam disponíveis para coleta na cidade

neste período.

As espécies Parapiptadenia rigida (angico vermelho) e

Jacaranda mimosaefolia (Jacarandá) não apresentam dormência e foram semeadas

logo após a coleta.

Para a quebra de dormência da Caesalpinia peltophoroides (sibipiruna) foi

realizado imersão em álcool por 5 minutos (Scalon, 2003). A porcentagem de

germinação apresentada foi 60%.

Para a quebra de dormência de Caesalpinia tinctoria (falso pau-brasil) as

sementes foram imersas em água a 80°C seguida de permanência na mesma água,

fora do aquecimento, por 24 horas (Floriano, 2004).

Sabe-se também que a cidade de São Gabriel-RS não é de tradição arbórea,

não havendo muita diversidade e número de matrizes suficientes para uma boa base

genética.

Para contornar o problema e aumentar a diversidade oferecida pelo viveiro

encontraram-se alguns fornecedores de sementes pela internet. Algumas das

sementes também foram adquiridas na Fepagro Santa Maria. Também existem sites

especializados que trabalham com sementes certificadas, mas os mesmos oferecem

pouca diversidade.

Visando alcançar o máximo de diversidade no viveiro foi realizada uma

pesquisa na internet do atual mercado informal de sementes, com o orçamento, e a

relação das espécies que foram adquiridas, que estão relacionados na análise de

custos deste relatório. Por se tratar de sementes compradas no mercado informal,

as sementes não passam por nenhum tipo de teste germinação ou vigor, portanto

não se sabe ao certo qual o potencial de germinação dos lotes, bem como,

qualidade genética e sanitária.

Em função disto, a quantidade de sementes por espécies que devem ser

adquiridas, foi recomendado como o dobro do número de tubetes disponíveis por

espécie, ou seja, 500 unidades de sementes por espécie, objetivando uma produção

de aproximadamente 250 unidades por espécie.

Ao se trabalhar com 29 espécies diferentes, a estrutura montada permite uma

média de 247 unidades por espécie, aproximadamente 7 espécies por mesa.

4 RESULTADOS OBSERVADOS

Page 25: Análise dos custos de implantação de um viveiro florestal no

25

4.1 SUBSTRATOSNo tubete 2 da figura 7, é visualizado o primeiro substrato preparado no

viveiro. Foi constituído de madeira podre ralada, terra de subsolo, cama de aviário e

calcário. Este substrato apresenta boa retenção de água, mas apresentou

problemas pela proliferação de fungos advindos da madeira podre.

No tubete 3 é observado um substrato produzido com duas partes de solo,

uma parte de casca de arroz e uma parte de serragem. Esta composição apresentou

forte agregação das partículas no estado seco, criando uma barreira que dificulta a

emergência das plântulas. A solução para resolver este problema está na freqüência

de irrigação, que deve ser regulada de forma que se mantenha a umidade do

substrato até a emergência das plântulas.

No tubete 4 pode ser visualizado um substrato parecido com o anterior, porém

mais escuro, pois foi adicionado mais solo, e apresentou os mesmos problemas de

excesso de agregação.

No tubete 5 tem-se um substrato composto de duas partes de solo, uma parte

de casca de arroz, uma parte de casca de arroz carbonizada e uma parte de

serragem. Este substrato apresentou-se mais adequado para o uso, pois apresentou

boa retenção de água, livre de patógenos, e agregação que não dificulta a

emergência das plântulas.

Ainda não foi encontrada uma formulação ideal para a produção do substrato

no viveiro. Após encontrar a formulação ideal pode-se realizar uma análise química

do mesmo e observar a necessidade de adubação ou realizar adubação de base

sugerida por Silva (2000), com 150 g de N, 300 g de P2O5, 100 g de K2O e por cada

metro cúbico de substrato, e realizar um teste para descobrir a capacidade de

retenção de água.

4.2 CUSTO DA CASA DE VEGETAÇÃOO valor dos materiais utilizados na construção da estrutura é uma média do

preço dos materiais praticados pelas madeireiras na cidade de São Gabriel. O

sombrite 50% foi comprado em uma loja de materiais de construção. O valor dos

materiais e do custo total da casa de vegetação está descrito na tabela 1.

Tabela1 – Valor médio dos materiais e custo total da casa de vegetação do viveiro da

Floricultura Amor perfeito. São Gabriel, 2011.

Page 26: Análise dos custos de implantação de um viveiro florestal no

26

CASA DE VEGETAÇÃO

MateriaisR$/m R$

Quantidade

Custo total R$

CAIBRO 7cmx5cm eucalipto 2,10  - 57m 119,70MOIRÃO 15cmx15cmx280cm -  63,00 9 unid 567,00

SOMBRITE 50% (3mx50m) 150m² -249,0

0 150m² 249,00PREGOS (saco) -  10,00 1 unid 10,00TOTAL -   -  - 945,70

4.3 CUSTO DAS MESAS SUPORTE

O valor dos materiais utilizados na construção das mesas suporte é uma

média do preço dos materiais praticados na cidade de São Gabriel. Os valores

referentes ao custo das 4 mesas suporte de tubetes constam na tabela 2.Tabela 2 – Custo médio dos materiais e custo total das mesas suporte do viveiro da Floricultura Amor

perfeito. São Gabriel, 2011.

CUSTOS DAS MESAS SUPORTE

Materiais R$/m

R$/

unid quantidade

Custo total

R$

MOIRAO 10X10X220cm   18,00 06 108,00

ESCORA 10X10X220cm   18,00 04 72,00

TRAMA   02,25 11 24,75

RIPA 2,5X2cm

00,6

0   19,20 11,52

TRAVESSA 2,5X5cm

00,9

0   08,40 7,56

CANTONEIRA FERRO 4x4x6cm

42,1

6   04 168,64

TELASOLDADA

12,0

0   08 96,00

CUSTO POR MESA     1 mesa 488,47

CUSTO TOTAL DAS MESAS     4 mesas 1953,88

Page 27: Análise dos custos de implantação de um viveiro florestal no

27

4.4 CUSTO DOS TUBETES

Os tubetes de 190cm³ utilizados no estágio foram emprestados pela

UNIPAMPA, sendo que para a análise de custos do relatório o preço de custo foi

calculado com base naquele praticado pelo Instituto Brasileiro de Florestas.

Na tabela 3 é demonstrado os valores utilizados na aquisição dos tubetes.

Tabela 3 – Custo dos tubetes - Fonte - http://ibflorestas.org.br/loja/materiais-para-viveiros.html

CUSTO DOS TUBETES

Materiais R$/unid quantidade REAIS

TUBETE PARA NATIVAS 190cm³ (1 MESA) 0,18 1795 323,10

TUBETE PARA NATIVAS 190cm³ (4 MESAS) 0,18 7180 1292,40

4.5 CUSTO DO SUBSTRATO

O substrato MECPLANT foi comprado em loja de insumos agrícolas de São Gabriel.

Na tabela 4 constam os custos referentes a este material. Tabela 4 – Custos do substrato MECPLANT

CUSTO DO SUBSTRATO

Materiais R$/unid quantidade REAIS

SUBSTRATO 20Kg (1 MESA) 18,00 8 sacos 144,00

SUBSTRATO 20Kg (4 MESA) 18,00 32 sacos 576,00Obs.: cada saco de 20kg de substrato preenche 225 tubetes

4.6 CUSTO DO SISTEMA DE IRRIGAÇÃO

Na tabela 5 encontram-se os valores dos materiais utilizados na construção

do sistema de irrigação. A mão-de-obra para a montagem do sistema foi dos

estagiários.Tabela 5 – Custos do sistema de irrigação – Fonte Mercado Livre

SISTEMA DE IRRIGAÇÃO

Materiais

R$/

m

R$/

unid

quantida

d REAIS

TUBO PVC 1/2'' 0,60   30m 18,00

ASPERSOR bailarina 20 mca (raio da ação

2,5m)   3,50 16 56,00

TEMPORIZADOR de água     1 148,0

Page 28: Análise dos custos de implantação de um viveiro florestal no

28

0

TOTAL (Reais)

222,00

4.7 CUSTO DAS SEMENTES Na tabela 6 constam os custos com aquisição de sementes com e sem um

plano de coleta de sementes.Tabela 6 – Valor das sementes no comércio informal da internet - Fonte – Mercado Livre

ESPÉCIES FLORESTAIS sem/lote R$ n° R$ n° R$

1       Açoita cavalo (Luehea divaricata) 5010,0

0 6 60,00 0 0,002       Angico vermelho (Parapiptadenia rigida) 100 5,00 0 0,00 0 0,003       Angico branco  (Anadenanthera colubrina) 100 5,00 3 15,00 3 15,004       Aroeira branca (Lithraea molleoides) 50 5,00 6 30,00 0 0,005       Aroeira pimenteira (Schinus terebinthifolia) 50 5,00 6 30,00 0 0,006       Barbatimão falso (Cassia leptophylla Vogel) 50 5,00 6 30,00 6 30,007       Canafistula (Peltophorum dubium) 50 5,00 6 30,00 0 0,008       Caroba (Jacaranda macrantha)  100 5,00 3 15,00 3 15,00

9       Cedro branco (Guarea guidonia) 15010,0

0 2 20,00 0 0,00

10       Cedro rosa (Cedrela fissilis) 15010,0

0 2 20,00 0 0,0011       Cerejeira (Eugenia involucrata) 15 5,00 15 75,00 0 0,0012       Dedaleiro (Lafoensia pacari) 100 5,00 3 15,00 3 15,00

13       Erva-mate (Ilex Paraguariensis) 15018,0

0 2 36,00 0 0,0014       Flamboyant-vermelho (Delonix regia) 8 5,00 30 150,00 0 0,0015       Guajuvira (Patagonula americana) 20 5,00 35 175,00 0 0,00

16       Grápia (Apulela leiocarpa) 5010,0

0 6 60,00 6 60,0017       Ipê roxo (Handroanthus hepatphylla) 100 5,00 3 15,00 0 0,0018       Ipê Amarelo (Handroanthus chrysotrichus) 100 5,00 3 15,00 0 0,0019       Ipê Ouro (Handroanthus albus) 30 5,00 10 50,00 0 0,0020       Leucena (Leucaena leucocephala) 200 5,00 2 10,00 0 0,0021       Louro preto (Cordia glabrata) 50 5,00 6 30,00 6 30,0022       Jacarandá (Jacaranda mimosifolia) - 0 0,00 0 0,0023       Marmeleiro-do-mato (Ruprechtia laxiflora Meisn) 50 5,00 6 30,00 6 30,00

24       Tarumã espinho (Citharexylum montevidense) 30 5,00 10 50,0010 50,00

25       Tipuana (Tipuana tipu) 15 5,00 15 75,00 0 0,0026       Timbaúva (Enterolobium contortisiliquum) 30 5,00 0 0,00 0 0,00

27       Pau-Ferro (Caesalpinia ferrea) 5010,0

0 5 50,00 0 0,00

28       Pau-Brasil falso (Caesalpinia tinctoria) 5030,0

0 0 0,00 0 0,0029       Sibípiruna (Caesalpinia peltroforoides) 50 5,00 0 0,00 0 0,00

LegendaTOTAL SEM PLANO DE COLETA 1086,00  TOTAL COM PLANO DE COLETA 245,00

Page 29: Análise dos custos de implantação de um viveiro florestal no

29

       Espécies coletadas e semeadas no periodo de estágio

      Espécies que podem estar incluidas em plano de coleta do viveiro    Espécies compradas no mercado informal de sementes no período de estágio

4.8 DISTRIBUIÇÃO DOS CUSTOS DA INSTALAÇÃO DO VIVEIRO NO NOVO MODELO DE PRODUÇÃO

Na tabela 7 visualisa-se os custos reais referentes a cada atividade. A soma

de todos os custos sem plano de coleta no 1° ano ficou em R$ 6785,28.Tabela 7 – Gastos Reais por atividade sem um plano de coleta de sementes no 1° ano de produção

do viveiro florestal da Floricultura Amor Perfeito. São Gabriel, 2011.

CUSTOS REAIS SEM PLANO DE COLETA DE SEMENTES R$CASA DE VEGETAÇÃO 945,70MESAS 1947,52TUBETES 1292,40SISTEMA DE IRRIGAÇÃO 222,00SUBSTRATO 576,00SEMENTES 1801,66TOTAL 6785,28

No gráfico da figura 8 podemos visualizar a porcentagem de gastos referente

a cada atividade na instalação do viveiro no primeiro ano de produção, sem um

plano de coleta de sementes. Os custos das mesas suportes representaram 29% do

custo total de implantação, seguido da aquisição de sementes com 27% e dos

tubetes com 19%. Já os gastos com a estrutura da casa de vegetação, aquisição de

substrato e o sistema de irrigação foram os itens que menos representaram com

14%, 8% e 3%, respectivamente.

Page 30: Análise dos custos de implantação de um viveiro florestal no

30

CASA DE VEG-ETAÇÃO

14%

MESAS 29%

TUBETES19%

SIST IRRIGAÇÃO3%

SUBSTRATO8%

SEMENTES27%

1° ANO

Figura 8 – Porcentagem dos custos de implantação de um viveiro na Floricultura Amor

Perfeito no 1° ano de produção, sem plano de coleta de sementes. São Gabriel, 2011.

Na tabela 8 visualisa-se os custos referentes a cada atividade. A soma de

todos os custos com plano de coleta no 1° ano ficou em R$ 5228,62.Tabela 8 – Gastos Reais por atividade na implantação de um viveiro na Floricultura Amor perfeito no

1° ano de produção, com plano de coleta de sementes. São Gabriel, 2011.

CUSTOS REAIS COM PLANO DE COLETA DE SEMENTES R$CASA DE VEGETAÇÃO 945,70MESAS 1947,52TUBETES 1292,40SISTEMA DE IRRIGAÇÃO 222,00SUBSTRATOS 576,00SEMENTES 245,00TOTAL 5228,62

Na figura 9 pode-se visualizar a porcentagem dos gastos em reais do viveiro

no primeiro ano de produção, caso existisse um plano de coleta de sementes no

viveiro. O cálculo foi realizado diminuindo-se os gastos com aquisição das sementes

de todas as espécies que existem na área urbana de São Gabriel, as quais podem

servir como matrizes e fonte de sementes para o viveiro. Os custos das mesas suportes representaram 37% do custo total de

implantação, seguido dos tubetes com 25% e casa de sombra com 18%. Já os

gastos que menos representaram foi o substrato com 11%, o sistema de irrigação

com 4%, e as sementes com 5%.

Observa-se a importância um plano de coleta de sementes para o viveiro,

pois os gastos com aquisição sofreram redução de 27% para 5%, caso existisse o

plano.

Page 31: Análise dos custos de implantação de um viveiro florestal no

31

CASA DE VEGE-TAÇÃO

18%

MESAS 37%

TUBETES25%

SISTEMA DE IRRIGAÇÃO

4%

SUB-STRATOS

11%SEMENTES

5%

Figura 9 - Porcentagem dos custos na implantação de um viveiro na Floricultura Amor

Perfeito no 1° ano de produção, com plano de coleta de sementes. São Gabriel, 2011.

4.9 CUSTO DA MUDA

Estimando-se que o tempo de permanência das mudas no viveiro é em torno

de 12 meses e que o viveiro mantém uma capacidade produtiva anual de 7180

mudas, que é a capacidade máxima, o custo médio da muda no primeiro ano de

produção sem plano de coleta de sementes ficaria em torno de R$ 0,946. Caso o

viveiro estabeleça um plano de coleta este custo médio cairá para R$ 0,729.

Para estimar o custo da muda no 2° ano, consideramos mesmos valores das

tabelas 7 e 8, amortizando o valor das instalações dos equipamentos, o custo

assumirá valores em torno de 0,12 centavos com plano de coleta e 0,33 centavos

sem plano de coleta de sementes, sem contar com a depreciação dos equipamentos

e instalações

A rentabilidade do viveiro dependerá do preço de comercialização da muda.

5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕESA expectativa de produção no primeiro ano é de aproximadamente 7180

mudas e se a muda for comercializada a R$ 1,00, o viveiro já no 1° ano obtém o

retorno dos custos de implantação do projeto

A maioria dos viveiros de produção de mudas nativas trabalha com baixa

diversidade. Na ocasião da realização deste estágio o viveiro apresentou uma média

baixa de espécies nativas ofertadas, necessitando de um aumento da diversidade de

espécies hoje produzidas. Como exemplo, se seguirmos a resolução de São Paulo

(SMA 008/007) teremos que ter pelo menos 80 espécies por projeto e os viveiros

Page 32: Análise dos custos de implantação de um viveiro florestal no

32

teriam que trabalhar no mínimo com aproximadamente 120 espécies para atender

esta legislação.

A pequena diversidade de espécies tem seu ponto de estrangulamento na

coleta de sementes. Não existe plano de coleta e bancos de sementes suficientes na

cidade de São Gabriel-RS que possam fornecer sementes suficientes de espécies

florestais nativas em quantidade e diversidade.

Pensando nas futuras coletas de sementes, o viveiro poderia realizar a

identificação de árvores matrizes e marcá-las devidamente para estabelecer um

plano de coleta anual. É necessário um trabalho de base de marcação de matrizes,

com pelo menos doze árvores de cada espécie, marcada e georreferenciada

(WENDLING, 2002). Como a marcação de doze arvores matrizes na cidade de São

Gabriel é praticamente impossível, pela falta de indivíduos, um projeto de coleta em

área urbana entre o viveiro e a prefeitura não teria custos significativos para o

viveiro, e médio prazo seria uma solução viável, estabelecendo um aumento da

diversidade de espécies nativas em áreas públicas (praças, ruas, parques,

avenidas), estabelecendo um plano para coleta de sementes, como um banco de

sementes municipal.

Para encontrar a solução para o excesso de agregação dos substratos

quando secos, que é devido a alta proporção de solo argiloso adicionada a mistura,

deve-se testar formulações com menos quantidade de terra de subsolo até encontrar

a agregação desejada. Após isso, pode-se realizar um teste para verificar a

capacidade de retenção de água do novo substrato e uma análise de fertilidade, pois

a composição é pobre em matéria orgânica e poderá ser corrigida com adubação de

base. Lembrando que não foi possível dar continuidade aos testes porque o tempo

de estágio se esgotou e a idéia de substituição do substrato é para o segundo ano

de produção.

Atualmente, a demanda é grande e crescente, enquanto que a produção de

mudas nos padrões de qualidade exigidos praticamente não existe, o viveiro está

investindo em uma produção de mudas com maior qualidade mostrando ser uma

boa oportunidade de investimento.

Para aumentar o volume de mudas comercializadas pelo viveiro, uma parceria

de extensão rural de incentivo ao plantio de árvores nativas com a EMATER e os

produtores rurais interessados em diversificar a produção em projetos de

Page 33: Análise dos custos de implantação de um viveiro florestal no

33

silvopastoris, agrosilvicultura ou agrosilvopastoris, poderia ser uma solução viável no

fornecimento de mudas pré-encomendadas.

Uma divulgação em rádios da região informando que o viveiro aceita pedido

de mudas pré-encomendas também seria uma ótima oportunidade de divulgação e

incentivo para o aumento da demanda de mudas.

O tempo de estágio não foi suficiente para avaliar todo o acompanhamento do

processo produtivo das espécies semeadas, uma vez que nenhuma espécie

alcançou o padrão necessário para o plantio. Assim, deve-se continuar o

monitoramento e esperar a época adequada para realizar as adubações de

cobertura e rustificação para comercialização e plantio.

6 AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO

O estágio realizado no viveiro foi importante para a formação profissional do

presente aluno, pois foi através dele que pode-se vivenciar na prática os

conhecimentos adquiridos ao longo do curso na área de viveiros, estes que não

seriam possíveis sem uma rotina de trabalho na área onde foi realizado o estágio,

pois sabe-se que o curso ainda não oferece praticas de silvicultura dentro da

universidade como seria o ideal.

Devido a ótima experiência prática obtida neste estágio, recomenda-se este

tipo de atividade nesta organização aos demais estudantes da Unipampa. Em

relação às recomendações direcionadas à Unipampa quanto à escolha das

instituições para realização de estágios sugere-se a realização de convênios com

empresas florestais que atuem na região para que o aluno tenha um leque maior de

opções de escolha na área de implantação florestal e gerenciamento de florestas.

A realização deste estágio proporcionou um trabalho gratificante, devido a

manipulação de sementes e mudas em um viveiro devido ser uma atividade que

exige tranqüilidade e paciência por parte do profissional. Esta experiência traz lições

que serão utilizadas na vida profissional futura do presente estagiário, como saber

trabalhar em grupo e conhecimento do potencial da região para produção e venda

de mudas de espécies florestais nativas.

Page 34: Análise dos custos de implantação de um viveiro florestal no

34

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FLORIANO, E. P. Germinação e dormência de sementes florestais, Caderno

Didático nº 2, 1ª ed. Santa Rosa, 2004.

FOWLER, A.J.P.; BIANCHETTI, A. Dormência em sementes florestais. Colombo:

Embrapa Florestas, 2000. 27p. (Embrapa Florestas. Documentos, 40).

HAHN, C. M.; et. al. Recuperação florestal: da semente à muda. São Paulo, SP:

Secretaria do Meio Ambiente para a Conservação e Produção Florestal do Estado

de São Paulo, 2006. 144p.

KELLER, L.; et. AL. Sistema de blocos prensados para produção de mudas de três

espécies arbóreas nativas. Revista Árvore, Viçosa, v. 33, n. 2, 2009.

SANTARELLI, E.G. Produção de mudas de espécies nativas para florestas ciliares.

In: RODRIGUES, R.R.; LEITÃO FILHO, H. F. Matas ciliares conservação e recuperação. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo/Fapesp, 2004. p.

313-317

Page 35: Análise dos custos de implantação de um viveiro florestal no

35

SCALON, S. P. Q. Efeito do álcool e substrato na germinação de sementes de

sibipiruna (Caesalpinia pelthophoroides benth.) colhidas no chão e retiradas da

vagem. Ciênc. agrotec., Lavras. V.27, n.2, p.389-392, mar./abr., 2003

SILVA, P.H.M.; STEIN L. M. Produção de Mudas e Recomendações de Adubação no Viveiro para Pequenos Produtores. Disponível em:

http://www.ipef.br/silvicultura/producaomudas. Acesso em 20 de novembro de 2011

SIMÕES, J.W.; Problemática da produção de mudas em essências florestais.

Série. Técnica. – Piracicaba: IPEF. v.4 n.13 p. 1 – 29 Dez. 1987

VIEIRA, I.G.; Informativo Sementes IPEF - Novembro de 1997

Israel Gomes Vieira - Coordenação Técnica - Setor de Sementes IPEF. Disponível

em http://www.ipef.br/tecsementes/dormencia.asp. Acessado em outubro de 2011.

WENDLING, I.; GATTO, A.; PAIVA, H. N.; GONÇALVES, W. Planejamento e instalação de viveiros. Viçosa: Aprenda fácil, 120p. 2001.

WENDLING, I.; FERRARI, M.P.; GROSSI, F. Curso intensivo de viveiros e produção de mudas. Colombo: Embrapa Florestas, Documentos, 79/2002. 48 p.

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http://www.ibflorestas.org.br/pt/lista-de-viveiros-de-mudas-florestais-nativas.html

http://www.atribunars.com.br/index.php?origem=noticia&id=23994

Page 36: Análise dos custos de implantação de um viveiro florestal no

36

8 ANEXOS

Na figura 10 visualisa-se a emergência de mudas de Caesalpinia

peltroforoides (sibipiruna).

Na figura 10 - Emergência de mudas de Caesalpinia peltroforoides (sibipiruna)

Na foto da figura 11 visualisa-se uma vista lateral oblíqua da casa de

vegetação e mesas suporte.

Page 37: Análise dos custos de implantação de um viveiro florestal no

37

Figura 11 – Foto da casa de vegetação e mesas suporte