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1 Betina Marili Martins TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO ANÁLISE DO FLUXO DE DOCUMENTOS INTERNOS NA AGÊNCIA DO BANCO DO BRASIL BARRA VELHA-SC Organização, Sistemas e Metódos BALNEÁRIO PIÇARRAS SC 2009

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1

Betina Marili Martins

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO

ANÁLISE DO FLUXO DE DOCUMENTOS

INTERNOS NA AGÊNCIA DO BANCO DO

BRASIL BARRA VELHA-SC

Organização, Sistemas e Metódos

BALNEÁRIO PIÇARRAS SC

2009

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BETINA MARILI MARTINS

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO

ANÁLISE DO FLUXO DE DOCUMENTOS

INTERNOS NA AGÊNCIA DO BANCO DO

BRASIL BARRA VELHA-SC

Trabalho de Conclusão de Estágio desenvolvido para o Estágio Supervisionado do Curso de Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas - Gestão da Universidade do Vale do Itajaí.

BALNEÁRIO PIÇARRAS SC

2009

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Dedico este Trabalho de Conclusão de

Curso à quem me deu a vida, à quem

sempre me acompanhou durante ela, à

quem pode ajudar-me nesta caminhada e

aos que torceram por mim para que eu

atingisse os meus ideais.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço à Deus que sempre esteve

comigo me protegendo e guiando.

Grande gratidão aos meus pais Argeu e

Marili pela oportunidade que me deram de

fazer um Curso Superior.

Agradeço aos meus irmãos Gleydson e

Argeu Filho pelo incentivo e ajuda

financeira, ao meu namorado pela

compreensão e carinho e aos meus

amigos pelo companheirismo.

Agradeço em especial ao meu orientador

Prof. Marcelo Leite Medeiros (Prof. Tetel)

pelos ensinamentos que me foram

passados e a todos que de alguma forma

contribuíram para a conclusão da árdua

tarefa que hoje realizo.

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Destino não é uma questão de sorte, mas

uma questão de escolha; não é uma coisa

que se espera, mas que se busca.

(WILLIAM JENNINGS BRYAN)

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EQUIPE TÉCNICA

a) Nome do estagiário

Betina Marili Martins

b) Área de estágio

Organização, Sistemas e Métodos

c) Supervisor de campo

Douglas Stuart Morlon Bilsland

d) Orientador de estágio

Prof. Adm. Marcelo Leite Medeiros

e) Responsável pelo Estágio em Administração

Prof. Eduardo Krieger da Silva

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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA

a) Razão Social

Banco do Brasil S.A. - Agência Barra Velha SC

b) Endereço

Avenida Paraná, 162 no Bairro Centro - Barra Velha/ SC

c) Setor de desenvolvimento do estágio

Atendimento e arquivo

d) Duração do estágio

300 horas

e) Nome e cargo do orientador de campo

Douglas Stuart Morlon Bilsland - Gerente de Expediente

f) Carimbo e visto da empresa

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RESUMO

O presente do Trabalho de Conclusão de Estágio teve como objetivo analisar o novo fluxo para os documentos da agência do Banco do Brasil de Barra Velha. Para alcançá-lo se fez necessário entrevistar os funcionários envolvidos no processo, assim como estudar e analisar a otimização do fluxo a ser definido Fez-se o estudo do fluxo anteriormente usado e conseqüentemente o do fluxo mais otimizado e ao final elaborar-se-á um manual de procedimentos para que os novos colaboradores continuem usando o fluxo proposto. O método utilizado foi o qualitativo, por ser o mais indicado para este tipo de pesquisa, a tipologia foi a de proposição de planos e também descritiva, sendo que acadêmica foi participante na observação. Ao final pode-se identificar o quanto a otimização e o redesenho de processos podem tornar mais otimizado e ágil o fluxo documental, a partir da referencias estudas e com o que foi assimilado na academia, esta acadêmica concluir com êxito o proposto nos objetivos deste trabalho.

Palavra-Chave: fluxo de documentos; otimização de processos; atendimento

bancário;

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Ilustração do Ciclo PDCA ......................................................................... 21

Figura 2: Sistemas de Informação Empresariais. ..................................................... 27

Figura 3 - Representação de Linha. .......................................................................... 31

Figura 4: Representação de Assessoria. .................................................................. 31

Figura 5: Localização da Agência Barra Velha/SC ................................................... 45

Figura 6: Fachada da Agência Barra Velha/SC. ....................................................... 45

Gráfico 1 – % de Contribuição dos Clientes Pessoa Física ...................................... 46

Figura 7: Estagiária Recolhe Documentos do Cliente ............................................... 48

Figura 8: Estagiária Analisa Documentos ................................................................. 49

Figura 9: Estagiária Tira Cópia dos Documentos ...................................................... 49

Figura 10: Estagiária Cadastra as Informações ........................................................ 50

Figura 11: Gerente de eEpediente dá o Comando de Liberação .............................. 50

Figura 12: Cliente Retira Senha ................................................................................ 50

Figura 13: Funcionário Abre a Conta ........................................................................ 51

Figura 14: impressão do Dossiê ................................................................................ 51

Figura 15: Cliente Assina os Documentos ................................................................ 51

Figura 16: Documentos Aguardam Arquivamento .................................................... 52

Figura 17: Gerex Libera a Conta ............................................................................... 52

Figura 18: Documentos Aguardam Arquivamento .................................................... 52

Figura 19: Menor Aprendiz Faz Pasta para os Documentos ..................................... 53

Figura 20: Documentos Aguardam Arquivamento .................................................... 53

Figura 21: Gerente Geral Assina o Dossiê ................................................................ 53

Figura 22: Documentos Ficam na Caixa de Arquivo ................................................. 54

Figura 23: Menor Aprendiz Arquiva os Documentos ................................................. 54

Figura 24: Descrição de Todo o Fluxo Anterior ......................................................... 55

Figura 25: Cliente Retira Senha ................................................................................ 57

Figura 26: Funcionário Tira Cópia dos Documentos ................................................. 57

Figura 27: Funcionário Abre a Conta e Colhe Assinatura ......................................... 57

Figura 28: Gerex Libera a Conta ............................................................................... 58

Figura 29: Menor Faz Pasta e Arquiva ...................................................................... 58

Figura 30: Descrição de Todo o Fluxo Atual ............................................................. 59

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 12

1.1 Problema de Pesquisa/Justificativa ............ .................................................... 13

1.2 Objetivos ..................................... ....................................................................... 14

1.2.1 Objetivo Geral .................................................................................................. 15

1.2.2 Objetivos Específicos ....................................................................................... 15

1.3 Aspectos Metodológicos ........................ .......................................................... 15

1.3.1 Caracterização da Pesquisa ............................................................................ 16

1.3.2 Contexto e Participantes do Trabalho de Estágio ............................................ 17

1.3.3 Procedimentos e Instrumentos de Coleta de Dados ........................................ 17

1.3.4 Tratamento e Análise dos Dados ..................................................................... 18

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................... ....................................................... 20

2.1 Aspectos Conceituais da Administração ......... ............................................... 20

2.2 Áreas da Administração ........................ ........................................................... 22

2.2.1 Administração Financeira ................................................................................. 23

2.2.2 Administração de Materiais .............................................................................. 23

2.2.3 Administração de Recursos Humanos ............................................................. 24

2.2.4 Administração de Marketing ............................................................................. 24

2.2.4.1 Marketing de Serviço ..................................................................................... 25

2.2.5 Sistemas de Informação .................................................................................. 26

2.2.6 Administração da Tecnologia da Informação ................................................... 28

2.2.7 Organização, Sistemas e Métodos .................................................................. 29

2.2.8 Instituições Financeiras .................................................................................... 34

2.2.9 Agências Bancárias .......................................................................................... 34

2.2.10 Bancos de Fomento ....................................................................................... 35

3 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA ....................... .............................................. 38

3.1 Histórico Banco do Brasil S.A. ................ ......................................................... 38

3.1.1 Missão .............................................................................................................. 43

3.1.2 Visão ................................................................................................................ 43

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3.1.3 Valores ............................................................................................................. 43

3.2 Banco do Brasil no Estado de Santa Catarina ... ............................................ 44

3.3 Agência do BB em Barra Velha – SC ............. .................................................. 44

3.4 Descrição do Fluxo Anterior – Agência de Barra Velha ................................ 47

3.5 Descrição do Fluxo Atual – Agência de Barra Vel ha ..................................... 56

4 RESULTADOS DE PESQUISA .......................... ................................................... 60

5 SUGESTÕES OU PLANOS ............................. ...................................................... 62

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................ ....................................................... 64

7 REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 66

8 APÊNDICES .......................................................................................................... 69

9 ANEXOS ................................................................................................................ 79

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1 INTRODUÇÃO

Desde os primórdios dos tempos os homo-sapiens na pré-história já se

dividiam em grupos para a realização das tarefas das mais simples até as mais

complexas, atualmente nas organizações se pode observar os mesmos

comportamentos.

Frederik Winslow Taylor (1841-1925) e Henri Fayol foram grandes

estudiosos e contribuíram de forma significativa para o desenvolvimento da

administração científica e clássica. Ambos eram funcionários e estudaram a

natureza do trabalho realizado nas fábricas assim como a racionalização das tarefas

executadas. Taylor acreditava que o trabalho deveria ser rotinizado em tarefas e só

dessa forma poderia ser ensinado e consequentemente aprendido, de uma forma

padrão para facilitar a aprendizagem. Ao cronometrar tal atividade estava criando

uma visão sistêmica. Sua principal preocupação era aumentar a produtividade

mediante a organização do trabalho e a aplicação de métodos de produção.

Para Taylor administrar o custo do tempo era forma eficaz de reduzir o que

se gastava para produzir além de aumentar a eficiência de toda a fábrica.

Henri Fayol também pioneiro da administração classica estudou a

racionalização do trabalho, dividia a administração em cinco ações principais:

prever, organizar, comandar, coordenar e controlar. Pode-se então observar que a

arte de organizar não surgiu há pouco tempo, mas foi algo já estudado há bastante

tempo e que recebeu grandes atenções em tempos passados.

O presente trabalho estrutura-se e baseia-se nos estudos de Organização,

Sistemas e Métodos, a seguir os seguintes conceitos para melhor compreensão:

''Organização: como produto resultante do processo: 1 o produto resultante do

processo de organização; o mesmo que instituição 2 forma que assume qualquer

associação humana para atingir um objetivo comum. (LACOMBE, 2004, p. 229).

Conforme cita Lakatos (2003, p. 83) “método é um conjunto das atividades

sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o

objetivo – conhecimentos válidos e verdadeiros -, traçando o caminho a ser seguido,

detectando erros e auxiliando as decisões do cientista”.

A empresa na qual a presente pesquisa esteve inserida é o Banco do Brasil,

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mais precisamente a agência de Barra Velha, localizada no litoral de Santa Catarina.

Trabalham 10 funcionários (incluindo os gerentes), com uma estagiária mais dois

menores aprendizes. Por ser nova na região (menos de 10 anos) necessitou de

alguns “reparos” e “ajustes”, porém no presente trabalho foi abordado somente uma

das possíveis mudanças a serem lapidadas e mudadas.

Para melhoria da administração e gestão da agência acredita-se que foi

necessário melhorar o fluxo de documentos. Para facilitar o dia-a-dia dos

funcionários e agilizar as negociações é necessário que os documentos estejam

dispostos em lugares já previamente combinados, como se fossem materiais em um

setor de produção de determinada empresa, precisam seguir um fluxo, uma ordem a

fim de promover melhores resultados, uniformizar procedimentos, evitando gasto

desnecessário de tempo.

Anteriormente o mesmo gerava pequenos problemas, como por exemplo,

demorava-se bastante tempo para encontrar algum documento, além de demorar

existe também o problema de deixar uma tarefa de lado para procurar algum dossiê,

dificultando assim o dia-a-dia dos funcionários com tarefas desnecessárias, foi

necessário organizar bem o fluxo de documentos para que tais tarefas deixassem

de ser executadas para que outras mais importantes e urgentes pudessem se

realizadas, tendo em vista, que o processo de organizar é fundamental para uma

eficiente gestão.

1.1 Problema de pesquisa/justificativa

Neste item será definido o problema de pesquisa, “[...] problema é uma

dificuldade, teórica ou prática, no conhecimento de alguma coisa de real

importância, para a qual se deve encontrar uma solução” (LAKATOS, 2003, p.159).

Com o intuito de melhorar e adequar o ambiente atual a realidade em que

estamos, identificou-se como um dos tantos problemas o tramite de documentos

internos da agência (somente os documentos de abertura de conta pessoa física,

tanto conta corrente quanto conta poupança), desta forma apresenta-se então o

problema de pesquisa:

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Qual o fluxo adequado para circulação de documentos internos na agência do

Banco do Brasil Barra Velha – SC?

A resolução dessa questão inicialmente apresentou uma série de benefícios

para a rotina da organização, ao mostrar possíveis alterações e melhoras no fluxo

de documentos, racionalizam-se desta forma muitas das atividades realizadas. É de

grande importância a resolução de tal indagação, pois, contribuiu para

racionalização das atividades assim como o fácil acesso a todos os documentos

uma vez que estejam bem organizados e em lugares previamente definidos

facilitando todo o trabalho dos funcionários.

A pesquisa pode ser considerada de importância positiva, visto que o

problema aqui citado é real e faz parte diariamente do trabalho dos colaboradores

na organização, existe viabilidade para sua realização, pois, a mudança que foi feita

no fluxo independente do resultado ser positivo ou negativo poderá voltar a ser

como era desde o princípio, caso não seja aceita, sendo assim não existe uma

grande probabilidade de erros irreversíveis. A pesquisa foi limitada à observação e

ao estudo de melhores métodos a serem implantados. O acesso no que diz respeito

ao tramite de documentos também não foi um item impeditivo, o que facilitou a

pesquisa proposta.

1.2 Objetivos

Conforme afirma Roesch (1999, p. 95-99) os objetivos indicam as ações que

serão desenvolvidas para a resolução do problema, partindo de um objetivo geral

(define o propósito da pesquisa) para os objetivos específicos (informam sobre as

ações particulares que efetivarão a investigação do problema).

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1.2.1 Objetivo geral

De acordo com Richardson (1999 p. 62) o objetivo geral “define de modo

geral, o que se pretende alcançar com a realização da pesquisa”.

Sendo assim delineou-se como objetivo geral:

Avaliar as alterações realizadas nos fluxos dos pro cessos (localização,

tramitação e arquivamento de documentos) no setor d e abertura de contas da

Agência do Banco do Brasil de Barra Velha - SC.

1.2.2 Objetivos específicos

Ainda para Richardson (1999 p. 63) os objetivos específicos “definem

etapas que devem ser cumpridas para alcançar o objetivo geral”. Como objetivos

específicos delinearam-se:

• Realizar entrevista com gestor para análise de viabilidade da elaboração do

trabalho;

• Identificar os principais documentos do processo estudado;

• Mapear o fluxo dos documentos anteriormente utilizados;

• Levantamento das possibilidades na redefinição do fluxo dos documentos;

• Analisar o novo fluxo de documentos a ser implantado;

• Entrevistar os funcionários em relação à mudança do novo fluxo;

• Elaborar um manual de procedimentos para o fluxo documental;

1.3 Aspectos metodológicos

Este item trata em descrever a metodologia empregada no desenvolvimento

da pesquisa, na qual se específica o método de desenvolvimento, assim como suas

características e análises utilizadas.

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1.3.1 Caracterização da pesquisa

Para o desenvolvimento da pesquisa o método escolhido foi o qualitativo. O

método qualitativo é caracterizado por Richardson (1999, p.79) como um “método

que não emprega um instrumental estatístico como base no processo de análise de

um problema, [ele] não pretende numerar ou medir unidades ou categorias

homogêneas”.

Ainda conforme o autor, Richardson 1999,

[...] as investigações que se voltam para uma análise qualitativa têm como objeto situações complexas ou estritamente particulares. Os estudos que empregam uma metodologia qualitativa podem descrever a complexidade de determinado problema, analisar a interação de certas variáveis, compreende e classificar processos dinâmicos vividos por grupos sociais, contribuir no processo de mudança de determinado grupo e possibilitar, em maior nível de profundidade, o entendimento das particularidades do comportamento dos indivíduos (RICHARDSON, 1999, p.80)

A justificativa é de que este método é o mais indicado para pesquisas na

qual o problema estudado predominantemente é feito por meio de análises de

processos.

Quanto à tipologia do trabalho, foi utilizado o método de proposição de

planos, cujo conceito segundo Roesch (1999, p. 75) é “apresentar propostas de

planos ou sistemas para solucionar problemas organizacionais”. Tal tipologia foi

escolhida por ser a mais adequada sendo que o presente trabalho visou apresentar

propostas de solução para o problema diagnosticado.

Desta forma então a tipologia da pesquisa caracteriza-se como estudo do

tipo proposição de planos, pois apresenta soluções para problemas já

diagnosticados. O estudo se deu sob o método de observação participante que é

aquele em que o pesquisador participa do objeto de pesquisa, pois neste caso o

pesquisador faz parte do quadro de funcionários da empresa e o mesmo está

diretamente ligado ao problema de pesquisa.

Considera-se também a pesquisa como sendo exploratória, ou seja, tem por

objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema. Pesquisa exploratória, de

acordo com Gil (2002), na maioria dos casos envolve: levantamento bibliográfico;

entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema

pesquisado e análise de exemplos que estimulam a compreensão.

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Lakatos (2002) comenta em sua obra que pesquisa descritiva é aquela em

que se delineia o que é que envolvem a descrição, registro, análise e interpretação

dos fenômenos, portanto é dessa forma descritiva que a pesquisa aconteceu,

descrevendo-se o que já existe e ao mesmo tempo sendo propostas algumas novas

sugestões a fim de contribuir de forma positiva para o fluxo de documentos e

concomitantemente para a rotina dos funcionários.

1.3.2 Contexto e participantes do trabalho de estágio

Os participantes foram todos os funcionários (totalizando 10 pessoas)

inclusive esta estagiaria, por estarem todos diretamente envolvidos com a

tramitação dos documentos dentro da agência, são eles que fizeram parte do

contexto da pesquisa, assim como serviram de fonte de dados para a mesma,

portanto a pesquisa foi do tipo participante. Foram utilizados todos os funcionários

da agência para as entrevistas, que ocorreram de forma coletiva, na qual a

estagiaria anotava o que era relatado por os mesmos.

1.3.3 Procedimentos e instrumentos de coleta de dados

Para a coleta de dados foram utilizados dados primários e secundários, na

qual o primeiro refere-se a dados colhidos por o pesquisador, como por exemplo,

pesquisas e questionários. No conceito de Marconi (2002, p. 26), “dados primários

são: dados históricos; bibliográficos e estatísticos; informações; pesquisa e material

cartográfico; arquivos oficiais; registro original”. As entrevistas e o manual de

procedimentos elaborados por a acadêmica podem ser considerados dados

primários.

Dados secundários são aqueles que não são criados por o pesquisador,

como exemplifica Roesch (2006 p.140): “[...] dados existentes na forma de arquivos,

banco de dados, índices ou relatórios”. No presente trabalho estes dados

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secundários foram utilizados no que diz respeito a coleta de dados por meio das

regras internas da empresa, como também informações do sistema interno de

informações.

Foi realizada a observação direta intensiva, a qual é realizada através de

duas técnicas: observação e entrevista. Normalmente utilizada nas pesquisas de

campo, a observação auxilia em novas descobertas, a obter provas sobre um

assunto em que se pretende aprofundar. Conforme Lakatos (2003, p.190) “[...]

observação é uma técnica de coleta de dados para conseguir informações e utiliza

os sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade”.

Utilizou-se como instrumento de pesquisa para a coleta de entrevistas do

tipo não-estruturada que no caso, é aquela em que se aproveitam as falas do outro

para o desenvolvimento da entrevista e aprofundamento do foco de estudo, neste

caso não se utiliza de roteiros.

A pesquisa procurou entender as dificuldades vivenciadas pelos

participantes, a observação foi importânte em todo o decorrer da pesquisa visto que

é por intermédio dela que se descobriram os principais pontos críticos no fluxo de

documentos, e ainda a pesquisa bibliográfica, na qual foi efetuada consulta a

referências bibliográficas sobre o tema objeto da pesquisa.

1.3.4 Tratamento e análise dos dados

O tratamento e análise dos dados obtidos com a pesquisa foram feitos por

meio do conteúdo obtido com as entrevistas, como já mencionado anteriormente de

forma qualitativa se deu por meio de observação, de consultas a referências

bibliográficas, assim como anotações da acadêmica.

A análise do conteúdo das entrevistas foi importânte para o pesquisador

delinear de forma bem clara o problema pesquisado, a entrevista não estruturada é

a mais adequada a tal situação para a obtenção de uma visão geral do problema.

A partir dos dados analisados foi elaborado um manual de procedimentos

que segundo Lerner (1992, p. 163) o “[...] manual será basicamente constituído com

a finalidade de alojar todas as “comunicações normativas” da empresa, de acordo

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19

com critérios que terão que ser estabelecidos para fins de formalizar o seu

funcionamento”.

Por se tratar de um tema que envolve diversos aspectos da administração,

utilizaram-se como referenciais teórico os grandes estudiosos desta área como:

Henri Fayol, Frederik Winslow Taylor, entre outros.

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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Este capítulo apresenta os estudos relacionados a administração como

também específicos ao tema do presente trabalho. Será feito uma revisão da

literatura já existente no que diz respeito ao acervo de teorias, autores clássicos e

também bibliografias recentes.

2.1 Aspectos conceituais da administração

A administração é muito mais do que se aprende nas universidades, não é

só conhecimento técnico, é muito mais. Um administrador precisa ter além do

conhecimento adquirido em sala de aula, habilidades para lidar com pessoas,

compreendê-las e gerencia-las com entusiasmo a fim de atingirem a um objetivo em

comum. No entender de Lancombe (2003) o administrador tem como função:

O administrador forma pessoas, inclusive a si mesmo, ou seja, trabalhar com gente significa sempre formá-la, e as organizações nada mais são do que um órgão constituído por pessoas, reunidas sob uma autoridade hierárquica única, a fim de exercer, de forma permanente, uma função ou um conjunto de funções afins (LANCOMBE 2003, p. 69).

Convivemos há séculos com a administração e ainda há quem diga que ela

é nova, no entanto, o ato de administrar existe desde os primórdios da humanidade,

confirmando que não é assunto recente, o que é novidade é a sistematização dos

conhecimentos de administração e a complexidade que atingiram no passado

recente as grandes organizações. Muitas descobertas a partir de estudos foram

realizadas e os mesmos contribuíram de forma significativa para a nossa atual

realidade.

Complementando o ato de administrar para Maximiano (2007),

Administração significa, em primeiro lugar, ação. A administração é um processo dinâmico de tomar decisões e realizar ações que compreende cinco processos principais interligados: planejamento, organização, liderança (e outros processos da gestão de pessoas), execução e controle (MAXIMIANO 2007, p.12).

A partir do conceito acima descrito tem-se por necessidade explicar e

exemplificar os cinco processos na tomada de decisão a fim de entendê-los melhor.

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Mais conhecido por ciclo PDCA ou ciclo de deming, a junção de varias ações

compõem a tomada de decisão.

O Ciclo PDCA (em inglês Plan, Do, Check e Act) é uma ferramenta gerencial

de tomada de decisões para garantir o alcance das metas necessárias à

sobrevivência de uma organização, sendo composto das seguintes etapas: planejar

(plan), executar (do), verificar (check) e agir corretivamente (act).

Figura 1 – Ilustração do Ciclo PDCA Fonte: Manganote (2001, p.165)

É preciso rever alguns conceitos a respeito das ações básicas de um

administrador, a maior parte dos autores concorda que o ato de administrar é

também o ato de planejar, organizar, dirigir, liderar e controlar. A seguir uma

condensação própria do entendido a respeito destes conceitos:

Planejamento : as decisões que, procuram de alguma forma, influenciar o

futuro, são decisões de planejamento.

Organização : é o processo de dispor os recursos em uma estrutura que

facilite a realização de objetivos. O processo de organizar consiste no ordenamento

dos recursos, ou na divisão de um conjunto de recursos em partes coordenadas,

segundo algum critério. O resultado deste processo chama-se estrutura

organizacional.

Liderança : é um processo que compreende diversas atividades de

administração de pessoas, como coordenação, direção, motivação, comunicação e

participação no trabalho em grupo.

Execução : consiste em realizar atividades já planejadas.

Controle : procura assegurar a realização de objetivos, controlar é a função

que compara as atividades realizadas com as planejadas, para possibilitar a

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realização dos objetivos.

É importante comparar pensamentos de autores diferentes para um melhor

entendimento. Nas palavras de Drucker (2006) administração é:

Administração é desincumbência de tarefas. A administração é uma disciplina de estudo. Mas, é também gente. Cada realização da administração é realização de um administrado. Cada deficiência é deficiência de um administrador. São pessoas que administram e não “forças” nem “fatos”. É o descortínio, a dedicação e a integridade dos admistradores que determinam se existe administração ou desadministração (DRUCKER, 2006, p. 5).

Atualmente o envolvimento do ser humano com o ambiente que o cercam é

sistêmico, sempre foi sempre será, nas palavras de Cruz (2002, p.51) “existe uma

tendência natural por parte da espécie humana em dispor partes, ou elementos, de

um todo de forma organizada, mesmo que empiricamente, coordenados entre si

como meio de alcançar um objetivo”. Vivemos todos em organizações, grupos ou

comunidades, é natural ao ser humano se unir aos seus semelhantes sendo assim

temos a necessidade de nos relacionar e interagir com os demais e é isso que

acontece nas organizações.

Existem vários conceitos de organização, porém resumidamente pode-se

dizer que organização é um grupo de pessoas que se constitui de forma organizada

para atingir objetivos comuns. Quase tudo, é feito por meio das organizações na

quais as pessoas trabalham em grupos, a fim de empregar com eficiência todos os

recursos disponíveis. Porém, para que estas organizações tenham o seu potencial

aproveitado ao máximo é necessária uma ciência que através de suas teorias nos

ajude a gerir empresas.

2.2 Áreas da administração

Este tópico apresenta as principais áreas em que a administração está

dividida e suas características mais relevantes, será dada ênfase nas áreas em que

o presente trabalho de pesquisa está mais inserido.

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2.2.1 Administração financeira

Esta área mantém seu foco no gerenciamento dos ativos e passivos da

organização, para isto suas principais atividades, são os controles das contas a

receber e a apagar, investimento, capital de giro, administração das carteiras de

mercado de capitais, entre outros.

Gitman (1997) define a administração financeira e suas principais

responsabilidades dessa forma:

A administração financeira tem como responsabilidade administrar ativamente as finanças de todos os tipos de empresas, grandes ou pequenas, com ou sem fins lucrativos. Desempenha-se uma variedade de tarefas, tais como orçamentos, previsões financeiras, administração do caixa, administração do crédito, análise de investimentos e captação de fundos (GITMAN, 1997, p. 4).

Na presente pesquisa não foi aprofundado assuntos relacionados a área

financeira, porém os documentos que serão objetos de pesquisa são documentos

de uma agência bancária, sendo assim indiretamente a área financeira estará

envolvida em todo o processo.

2.2.2 Administração de materiais

A administração de materiais é fundamental para o andamento e agilidade

do dia a dia da organização, um estoque estrategicamente bem organizado faz fluir

todo o resto.

Para Dias (2007, p.23) “a função da administração de estoques é otimizar o

investimento em estoques, aumentando o uso eficiente dos meios internos da

empresa, minimizando as necessidades de capital investido”.

A administração de materiais visa facilitar e melhor usar o espaço na

localização dos estoques, evitando assim armazenagens inadequadas, erros na

emissão de documentos relativos à entrada e saída de materiais e erros no

momento da contagem física destes materiais, etc.

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2.2.3 Administração de recursos humanos

Toda organização é formada por pessoas e por elas gerida, não existe

empresa só constituída por máquinas e equipamentos por mais tecnológica e

avançada que possa ser. O ser humano é o capital intelectual impulsionador de

qualquer mudança e qualquer avanço, é ele quem criou toda a tecnologia existente

e também quem sofreu com a mesma, isto quer dizer, a máquina faz o trabalho de

vários homens em um mesmo espaço de tempo e assim a organização diminui seu

quadro de funcionários e aumenta o de máquinas.

Não se pode esquecer que o ser humano é diferente de máquinas e por isso

precisa e tem por necessidade ser reconhecido, valorizado e respeitado como

funcionário e como pessoa.

Lacombe (2006) explica a importância de recursos humanos dentro da

organização e também seu objetivo,

A sobrevivência e o progresso de uma grande empresa dependem, em grande parte, de sua capacidade de selecionar, treinar e posicionar corretamente, no presente, as pessoas com potencial para atuar, no futuro, na administração superior da empresa, assumindo responsabilidades e agindo como uma equipe integrada. As pessoas são os únicos elementos diferenciados de uma organização (LACOMBE, 2006, p. 240)

Administração de recursos humanos estuda e trabalha acerca de tudo que

envolve as pessoas que formam a organização, como por exemplo: a seleção, o

treinamento, a contratação, a remuneração, a ambientalização, bem como a

descrição de atividades e cargos. As pessoas são o maior ativo de qualquer

organização e por isso precisam ser bem escolhidas e treinadas, administrá-las a

fim de seja alcançado um bom trabalho e fazer com que “rendam” é um grande

desafio para o administrador.

2.2.4 Administração de marketing

O marketing é uma das grandes áreas da administração. Tem por objetivo

estudar o consumidor, seus hábitos, sua cultura, o ambiente em que está inserido,

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sua preferências, assim como o produto ou serviço que se pretende produzir ou

vender. O administrador de marketing é um profissional que necessita estudar tudo

que diz respeito à pesquisa de mercado, a elaboração de um novo produto/serviço,

o cliente/consumidor e tudo mais que neste contexto.

Las Casas (2004) entende da seguinte maneira,

Marketing é área do conhecimento que engloba todas as atividades concernentes às relações de troca, orientadas para a satisfação dos desejos e necessidades dos consumidores, visando alcançar os objetivos da empresa e considerando sempre o meio ambiente de atuação e o impacto que essas relações causam no bem-estar da sociedade (LAS CASAS, 2004 p. 15)

O marketing é visto atualmente como algo de grande importância em toda a

organização, e seu estudo é fundamental para a criação, oferta e venda de produtos

e serviços, assim como também é importante para a sobrevivência do mesmo no

mercado. Considerando a tecnologia como algo que pode atuar de forma positiva no

ramo de negócio em que se está inserida, é necessário que as organizações não se

acomodem e que haja estudos visando sempre a melhoria e evolução dos mesmos.

2.2.4.1 Marketing de serviço

Os serviços possuem características diferentes dos produtos, há empresas

que somente produtos e outras que prestam serviços, existe algumas diferenças,

como por exemplo, o resultado de um serviço não pode ser visto com antecedência,

não pode ser tocado ou cheirado. Já o produto pode ser analisado e comparado

antes mesmo da compra. Para reduzir a incerteza, considerando que não há como

adiantar o resultado de um serviço as empresas podem evidenciar a qualidade, ou

seja, “tangibilizar o intangível”.

De acordo com Kotler (1998 p. 412) “[...] serviço é qualquer ato ou

desempenho que uma parte possa oferecer a outra e que seja essencialmente

intangível e não resulte na propriedade de nada. Sua produção pode ou não estar

vinculada a um produto físico”.

A confiança que o consumidor deposita em uma empresa prestadora de

serviços é grande e consequentemente espera obter um resultado satisfatório, como

por exemplo, um salão de beleza, as pessoas que ali freqüentam esperam sair mais

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bonitas e confiantes, o que poderá inicialmente as atrair para o salão são diversas

variáveis como os equipamento, a estrutura, os funcionários e também o preço

ofertado.

Outra característica dos serviços é que possuem muita variabilidade,

dependendo sempre de quem os executa por isso muitas empresas investem em

treinamento, pois este pode ser o diferencial no momento de escolha do consumidor

por uma ou outra companhia.

2.2.5 Sistemas de informação

Atualmente a informação tem um valor significativo e pode representar

grande poder para quem a possui, está presente em todas as atividades que

envolvem pessoas, processos, tecnologias, sistemas, etc.

Os sistemas de informação têm como principal objetivo auxiliar o processo

de tomada de decisão nas empresas, sempre focando no principal negócio da

empresa, assim como na redução de custos, aperfeiçoamento do produto, menos

erros, maior segurança, aumento de rentabilidade e controle das operações. Os

benefícios são muitos quando os sistemas de informações são utilizados da forma

correta.

As características atuais dos sistemas de informação apresentam-se

principalmente, segundo Rezende (2003) da seguinte maneira:

Grande volume de dados e informações; Complexidade de processamentos; Muitos clientes e/ou usuários envolvidos; Contexto abrangente, mutável e dinâmico; Interligação de diversas técnicas e tecnologias; Suporte à tomada de decisões empresariais; Auxílio na qualidade, produtividade e competitividade organizacional (REZENDE, 2003 p. 63)

Tudo que uma empresa tem de documentos, arquivos, relatórios, relato de

processos diversos, normas e procedimentos, dados de clientes e do estoque

podem ser considerados como sistemas de informação, são ele que dão suporte as

decisões e proporcionam a sustentação administrativa.

Para Rezende (2003, p.61) “Sistema é um conjunto de partes que interagem

entre si, integrando-se para atingir objetivos ou resultados”.

Ainda segundo o Rezende, os sistemas podem ser genericamente

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classificados de acordo com o suporte a decisão em operacional, gerencial e

estratégico, assim resumidamente são eles:

• Operacional : processamento de informações rotineiras relacionadas ao

controle e as transações, como por exemplo: planejamento e controle da

produção, características do produto, faturamento, contas a pagar e a

receber, estoque, entre outros.

• Gerencial : as informações rotineiras são neste momento agrupadas e

sintetizadas para servirem de apoio a tomada de decisão, enquadram-se

nesta classificação: total do quanto foi produzido, total do faturamento por

dia, quantidade total em estoque, entre outros.

• Estratégico : trabalham com os dados no nível macro, consideram ainda o

meio ambiente externo, normalmente trabalham com muitas informações ao

mesmo tempo visando auxiliar o processo de tomada de decisão da alta

administração, como por exemplo: valor da receita da empresa versus receita

do concorrente, valor do faturamento com contas a pagar, perspectivas,

custos em relação ao retorno, entre outras.

Os três principais sistemas de informação empresariais (estratégicos,

gerenciais e operacionais) podem ser graficamente representados de formal

piramidal de acordo com a Figura 2:

Figura 2: Sistemas de Informação Empresariais Fonte: Rezende, (2003, p.136)

S I E

S I G

S I O

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Para que um sistema seja eficiente e eficaz é necessário que seja também

livre de erros, pois ao possuir dados errôneos as informações que serão

processadas a partir destes dados também não serão verdadeiras.

Quando se fala em sistemas de informação não se pode deixar de falar em

tecnologia da informação e seus recursos, ambas necessitam de planejamento,

gestão e ações efetivas para assim trazerem contribuição para a empresa.

2.2.6 Administração da Tecnologia da Informação

A era da globalização é a que vivemos hoje. A idéia da globalização é a de

um mundo sem fronteiras, na qual a rede mundial de computadores com internet

aproxima as pessoas. Tudo gira em torno da informação, assim sendo a empresa

que melhor conseguir lidar com a informação, certamente terá vantagem em relação

aos demais.

A tecnologia da informação (TI) auxilia as empresas a operacionalizar as

novas estruturas e a se organizar, interagindo os subsistemas formadores do grande

sistema que é a organização, ou seja, cada setor interage com os demais por meio

da TI, as informações são compartilhadas a fim de facilitar o trabalho de todos.

Cruz (2002) entende da seguinte forma, “tecnologia da informação é um

conjunto de dispositivos individuais, como hardware, software, telecomunicações ou

qualquer outra tecnologia que, faça parte ou gere tratamento da informação, ou

ainda, que a contenha”.

É fundamental planejar qual será a tecnologia a ser utilizada e como utilizá-

la, porque precisará estar de acordo com o plano estratégico da empresa. A TI pode

criar vantagem em relação aos concorrentes, sendo a informação um bem que

agrega valor a empresa ou a um indivíduo, é necessário fazer uso dos recursos de

TI de maneira apropriada, ou seja, é preciso utilizar ferramentas, sistemas ou outros

meios que façam das informações um diferencial competitivo.

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2.2.7 Organização, Sistemas e Métodos

A primeira pessoa a utilizar o termo “organização e métodos” foi o ex-

presidente norte-americano Woodrow Wilson em 1887. Em suas palavras ele

afirmou que, depois que o movimento de reforma que se instaurava naquela época

atingisse seus objetivos, deveria voltar-se não só para o aperfeiçoamento do

pessoal, mas também para a organização e métodos das repartições.

Entretanto, na Inglaterra que o termo assume sua representação como

unidade organizacional. Já no Brasil, foi incorporado em 1951 na Escola Brasileira

de Administração Pública, da Fundação Getúlio Vargas.

Nesta mesma época acreditava-se que Organização & Métodos era uma

área especializada no aconselhamento na introdução de novos métodos da

administração e de trabalho, assim como objetivava reduzir custos já existentes na

organização sem afetar a própria estrutura da mesma.

Cruz (2002, p.97) afirma “Organização & Métodos morreu [...] hoje, porém

existem empresas muito mais organizadas do que no passado, mais produtivas que

utilizam melhor as tecnologias disponíveis e se preocupam mais com seus

funcionários”.

O profissional de O&M (Organização & Métodos) era anteriormente

denominado de analista de O&M, ligado ao processamento de dados, porém

quando se tratava de informática o conhecimento era limitado e foi então que

passou a existir o analista de sistemas, este por sua vez conhecia muito sobre

informática, entretanto não entendia a linguagem dos demais da organização. De

acordo com Alvarez (1990, p.29), “no final dos anos de 1980 estes dois profissionais

já estavam mais próximos e integrados, podendo-se falar em Organização,

Sistemas e Métodos como uma só função”.

Pode ser considerada como parte integrante de uma empresa a área de

organização, sistemas e métodos, isto não quer dizer que o profissional desta área

não possa ser terceirizado, entretanto se é tão importante sua função porque não tê-

lo dentro da organização?

Esta resposta fica a critério de cada empresa e de como prefere que este

profissional se encaixe no organograma por ela criado.

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Para Alvarez (1990) a melhor definição é:

Organização, Sistemas e Métodos é uma função de planejamento e organização que se desenvolve na construção da estrutura de recursos e de operações de uma empresa, bem como na determinação de seus planos-meios, principalmente na definição dos procedimentos, rotinas ou métodos (ALVAREZ, 1990, p.29).

A OSM ou O&M como é conhecida, há tempos atrás tinha origem na análise

estrutural e sua meta era a transformação, também, estrutural. Essa era a maneira

de OSM (antes O&M) atuar na organização: dava ênfase mais na parte estrutural da

organização, pouco envolvimento com relação aos componentes tecnológicos, isto

é, com o ferramental de OSM, estratégico e comportamental.

Atualmente os gestores devem ser conhecedores das tecnologias que

proporcionam mudanças organizacionais competentes, surgiu um novo tipo de

profissional o analista de sistemas, seu papel principal é a criação, implantação e

melhoria do processo que vai suportar o negócio.

A OSM objetiva a elaboração de procedimentos, rotinas e métodos. Estes

métodos por sua vez, devem tornar o trabalho mais eficaz, melhorar a produtividade,

minimizar a ociosidade, tudo isso com o menor custo possível. Assim como também

faz parte do planejamento e da organização.

Ainda nas palavras de Alvarez (1990),

O objetivo básico é a eliminação do supérfluo, tanto como na substância a fim de possibilitar um resultado maior e/ou melhor dentro de uma mesma unidade de tempo [...] toda esta descrição de objetivos e funções pode ser resumida numa única palavra: racionalização. Sendo entendido como tal: o emprego do raciocínio analítico e lógico, sem intervenção dos impactos emocionais, para estruturar os elementos de tal forma que se obtenha a minimização dos esforços e a maximização dos resultados (ALVAREZ, 1990, p.30)

Toda essa descrição nos leva a entender e concluir que Organização,

Sistemas e Métodos são de certa forma o ato de racionalizar. Racionalizar no que

diz respeito a tarefas executadas desnecessariamente, a “perder” tempo em refazer

o mesmo trabalho porque o que já foi feito não ficou como deveria, a minimizar

esforços e principalmente a maximizar os resultados em um menor espaço de

tempo possível.

Existem divergências quanto à posição em que o profissional de OSM deve

assumir na organização, de acordo com algumas literaturas existentes cabe a

própria área de OSM indicar racionalmente qual a melhor posição do profissional na

organização, após identificar os recursos disponíveis, as formas de atuação e o

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ambiente interno e externo. O profissional de OSM pode atuar na organização como

assessoria ou como parte integrante da unidade de linha e pode ser de dentro da

organização ou de fora dela.

Para Alvarez (1990), essas relações organizacionais podem ser

classificadas em três categorias: linha, acessória e funcional.

Linha : A área de OSM fica subordinada a um superior, assim como as demais

áreas da organização, dessa forma possui o mesmo poder de negociação que todos

os demais.

Figura 3 - Representação de linha. Fonte : Alvarez (1990 p.33)

Assessoria : Nesta categoria o profissional de OSM não tem o poder de decisão,

pois não detém de autoridade sobre a linha, sua função é o aconselhamento. Sendo

que só poderá opinar no que diz respeito à sua área de atuação, não tendo assim

responsabilidade sobre as decisões tomadas, um fator negativo é a resistência a

mudança por parte das outras áreas.

Figura 4: Representação de assessoria Fonte: Alvarez (1990 p.34)

Presidente

Diretor Vendas

Diretor Marketing

Diretor OSM

Presidente

Diretor Marketing

Diretor Vendas

Diretor Produção

Diretor OSM

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Funcional: o profissional de OSM possui autoridade para dar ordens à linha,

somente quando diz respeito à sua área de atuação e especialização. Além disso,

apresenta uma vantagem a mais do que as duas categorias anteriores, que é

permitir a centralização de objetivos e métodos, apesar da descentralização física.

Dentre as três posições acima descritas, a que mais facilitaria o

desempenho do profissional de OSM é a da categoria funcional, pois lhe dá mais

autoridade sobre os demais da linha e os objetivos são mais centralizados.

Entretanto, não se tem como objetivo dizer em que categoria deve estar a OSM, o

ideal é que a organização encontre um caminho alternativo e melhor para a sua

gestão.

Daqui para frente o profissional de OSM será chamado de analista de

processos, como prefere denominar Cruz (2002). Porém, existe a necessidade de

diferenciar os três tipos de analistas hoje existentes, são eles: analista de

processos, analista de negócios e analista de sistemas. Suas áreas de atuação são

distintas, entretanto podem se complementarem.

De maneira bem sucinta e breve assim podem ser diferenciados: o analista

de negócios decide o que será feito, o analista de processos decide como será feito

e por último o analista de sistemas decide como automatizar o novo processo. Estes

profissionais se trabalhassem juntos formariam um grande setor de OSM na

organização, a integração dos três somaria muito para qualquer empresa.

O analista de OSM, quando ainda existia, tentava realizar o que o atual

analista de processos tem hoje como principal atribuição. Segundo Cruz (2002) são:

entender, levantar, analisar, desenvolver e implantar.

O processo de entender refere-se a conhecer o usuário envolvido no projeto

e suas necessidades; o levantamento de dados e de documentos tem como objetivo

entender as variáveis envolvidas no problema; a partir do levantamento de dados

deve haver a análise das informações; o desenvolvimento refere-se às soluções que

serão sugeridas ao problema apresentado; e por último a implantação da solução

identificada anteriormente.

Os aspectos de analisar, coordenar, gerenciar, programar e operar também

cabe ao analista de processos. Isto não necessariamente quer dizer que tenha

todas essas tarefas em seu dia a dia, mas apenas que poderá desenvolver qualquer

uma delas, dependendo qual será sua função na organização em que está inserido.

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Quando se fala em gerenciar e coordenar, no caso acima citado, refere-se a

gerenciar atividades, acompanhar e controlar os custos da área, gerenciar os

resultados e o andamento do processo, coordenar estudos de modificação na

estrutura e coordenar implantação de novos métodos.

Cabe também ao profissional de O&M elaborar fluxogramas, para Luporini

(1985, p. 914) o “[...] fluxograma, cujo nome se origina do inglês flow-chart, é uma

técnica analítica que permite descrever os sistemas administrativos de maneira

clara, lógica e concisa”.

Ainda sobre o que é um fluxograma, Cury (2004),

O fluxograma é de grande valia na pesquisa de fluxos de trabalho, visando sua racionalização, permitindo identificar falhas na distribuição de encargos, layouts, formulários inadequados, processamento incoerente do trabalho e outros aspectos característicos da ambiência administrativa (Cury 2004, p.320)

Mais uma tarefa que obrigatoriamente já é incumbida ao analista de

processos, é a análise, mais extensa de todas as outras, incluindo a implantação de

procedimentos, desenhos de fluxogramas ou diagramas, projeção de idéias por

meio de figuras ilustrativas, projeção de arquivos, descrição de tarefas cotidianas,

descrição de normas de procedimento, assim como também lhe cabe a

responsabilidade por toda documentação do sistema ou procedimento por ele

projetado.

Quanto às demais como operar, refere-se a executar equipamentos, como

por exemplo, o computador (dentre outros itens) e a tarefa de programar lhe dá a

responsabilidade para operar programas das diversas formas que necessitar.

É importante entender o que significa documentação, para Miranda (1980),

Documentação é novo ramo de técnica destinada a coletar, colecionar, classificar, catalogar, registrar, conservar e restaurar todo o conhecimento atual de todas as informações científicas, técnicas e usuais, visando mantê-las em condições de pronta consulta e rápida utilização por todos aqueles que delas necessitem (MIRANDA, 1980, p.356)

Os documentos fazem parte da realidade de qualquer empresa, sejam em

papel (fisicamente) ou digitalizados, todas as informações relevantes estarão

expressas em documentos, considerados de grande importância para as empresas.

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2.2.8 Instituições financeiras

Podem ser consideradas instituições financeiras não só os bancos de

qualquer espécie, mas também as distribuidoras de valores mobiliários, corretoras

de câmbio, sociedades de crédito, administradoras de cartões de crédito,

cooperativas de crédito, etc.

O objetivo das instituições financeiras é "administrar as reservas cambiais

do país e fiscalizar as operações de natureza financeira, especialmente as de

crédito, câmbio e capitalização, bem como as de seguro e de previdência privada.”

(inciso VIII do Art. 21, da Constituição Federal ), de forma a assegurar a ordem

sócio-econômica e financeira.

O artigo 1.º da Lei n.º 4.595/64, por sua vez, estabelece que: "O Sistema

Financeiro Nacional, estruturado e regulado pela presente Lei, será constituído:

I. do Conselho Monetário Nacional;

II. do Banco Central do Brasil;

III. do Banco do Brasil S.A.;

IV. do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social;

As instituições financeiras somente poderão funcionar no País mediante

prévia autorização do Banco Central do Brasil, podendo o Banco Central do Brasil,

inclusive, recusar a autorização para o funcionamento de novas instituições, além

disso, ainda depende de autorização de funcionamento e sofre a regulação e

fiscalização de órgãos governamentais específicos.

2.2.9 Agências bancárias

De acordo com Aurélio (2000, p. 227) a definição de banco é: “[...]

estabelecimento, particular ou estatal, cuja atividade consiste na guarda

empréstimo de dinheiro, transações com títulos de crédito, etc.”

A função principal de um banco é a de estabelecer um elo, uma conexão

entre os poupadores e os investidores. Os serviços oferecidos são muitos entre

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eles: conceder empréstimos, ser cofres de segurança, receber depósitos, realizar

transações e outros serviços como assessoria financeira.

Existem vários tipos de bancos, entre ele os principais são:

� Banco Comercial : Instituições de crédito que atuam na intermediação entre

depositantes e tomadores de crédito. Recebe depósitos à vista e efetua

empréstimos, basicamente de curto e médio prazos, principalmente para

pessoas físicas e para capital de giro das empresas assim como, pela

prestação de serviços (proveitos), como as garantias bancárias, a venda de

moeda, pagamentos periódicos, guarda de valores e custódia de títulos.

� Banco de Investimento : Atua com o objetivo de canalizar recursos de

médio e longo prazos para suprimento de capital fixo (investimento e de giro

para as empresas.

� Banco de Desenvolvimento : É vinculado ao Ministério de Planejamento,

Orçamento e Gestão, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento

Econômico e Social) é a principal instituição financeira de fomento do país,

responsável pela política de investimento de médio e longo prazos do

Governo Federal. É considerado um caso atípico, pois não pode trabalhar

com particulares nem com empresas.

� Banco múltiplo : As intituições financeiras que atuavam em operações de

banco comercial e de banco de investimento foram autorizadas a se

organizar como bancos múltiplos.. Pode operar simultaneamente com

carteiras de banco comercial, de investimento, de crédito imobiliário, de

crédito, financiamento e investimento, de arrendamento mercantil (leasing) e

de desenvolvimento.

2.2.10 Bancos de fomento

O sistema financeiro é constituído pelo conjunto de instituições que

intermediam os demandantes e ofertantes de recursos financeiros. De acordo com

Mellagi (2000),

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O sistema finaceiro pode ser divido em dois grupos: a) divisão normativa: Autoridadades Monetárias Conselho Monetário Nacional (CMN) Banco Central do Brasil (BC, BCB ou Bacen) Autoridade de apoio Comissão de Valores Mobiliários (CVM) b)Divisão operacional Instituições Bancárias Instituições não bancárias Sistema Distribuidor de Títulos e Valores Mobiliários Agentes Especiais (MELLAGI, 2000, p.116).

Temos quatro tipos de agências financeiras oficiais de fomento, cada uma

delas com finalidades específicas:

Caixa Econômica Federal

De acordo com o estatuto da Caixa Econômica Federal - CEF é uma

instituição financeira sob a forma de empresa pública, criada nos termos do

Decreto-Lei nº 759, de 12 de agosto de 1969, vinculada ao Ministério da Fazenda,

com sede e foro na capital da República, prazo de duração indeterminado e atuação

em todo o território nacional.

Tem como propósito incentivar e educar a população brasileira nos hábitos

da poupança e fomentar o crédito em todas as regiões do País, presta serviços

bancários de qualquer natureza, administra com exclusividade os serviços das

loterias federais, presta serviços delegados pelo Governo Federal, realiza quaisquer

operações, serviços e atividades negociais nos mercados financeiros e de capitais.

Atua também como agente financeiro dos programas oficiais de habitação e

saneamento e como principal órgão de execução da política habitacional e de

saneamento do Governo Federal, operando, inclusive, como sociedade de crédito

imobiliário, de forma a promover o acesso à moradia, especialmente das classes de

menor renda da população.

É considerada Instituição integrante do Sistema Financeiro Nacional e cabe

também a CEF auxiliar a execução da política de crédito do Governo Federal, assim

como está sujeita às decisões e à disciplina normativa do órgão competente e à

fiscalização do Banco Central do Brasil.

Banco do Brasil

De acordo com o próprio site, o Banco do Brasil é uma sociedade de

economia mista, cujo controle acionário é exercido pela união. Suas funções

básicas são: Agente financeiro do Governo Federal, Banco Comercial e Banco de

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Investimento e Desenvolvimento.

Assim como a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil também é

considerado um banco de fomento que opera com crédito direto ao consumidor

(empréstimos e financiamentos), financia o setor agrícola visando o aumento da

produção para abastecer o mercado interno e internacional intensificando as trocas

no mundo globalizado, diferentemente de muitos outros bancos particulares que

visam mais o lucro e não dão tanto suporte ao público. Ambos os bancos

anteriormente citados apóiam a cultura e o turismo do país, inclusive com apoio

financeiro ao mesmo, são organizações voltadas ao bem-estar social e financeiro da

população.

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico

Criado em 1952, o BNDS é uma empresa pública que se tem tornado

principal provedor de financiamento de longo prazo no país. O BNDS é voltado para

diversos setores da economia e destina-se:

(a) a financiar projetos estratégicos contidos na Lei do Plano Plurianual;

(b) a financiar o desenvolvimento das micro e pequenas empresas para

obter a redução da taxa de desemprego;

(c) a financiar projetos de investimentos em setor estratégico para o

crescimento do País;

(d) a financiar o desenvolvimento de infra-estrutura nos setores industrial e

agrícola, para fomentar a capacidade científica e tecnológica a fim de melhorar a

competitividade de nossa economia.

Enfim, o BNDS tem por finalidade disponibilizar recursos para as áreas ou

setores considerados vitais dentro do programa de cada governo (política

governamental);

Bancos do Nordeste e da Amazônia

Os Bancos do Nordeste e da Amazônia destinam-se a financiar atividades

voltadas para o desenvolvimento regional com o objetivo de promover a integração

nacional, reduzindo-se as desigualdades socioeconômicas nas regiões Norte,

Nordeste e Centro-Oeste do País.

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3 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA

Este tópico inicia-se com a caracterização da unidade-caso estudada e após

apresenta-se os resultados e conclusões obtidas, estando as mesmas alinhadas de

acordo com os objetivos específicos propostos.

3.1 Histórico Banco do Brasil S.A.

Todas as informações contidas neste item foram obtidas através do site da

empresa, relatório interno da empresa (2009), um livro que narra a história da

organização, observação da estagiária e demais documentos internos da

organização.

O Banco do Brasil, unidade caso, foi fundado em 12 de outubro de 1808,

antes mesmo de o Brasil tornar-se independente. Em 1822, na Independência, foi o

principal parceiro para custear as escolas e hospitais do país que nascia. No fim da

década de 1880, destacou-se como indutor do fomento econômico, destinando as

primeiras linhas de crédito para a agricultura, em especial a do café. Com a

Proclamação da República, em 1889, atuou decisivamente para equilibrar os

impactos financeiros causados pelo fim da Monarquia.

O compromisso com o desenvolvimento do país continuou ao longo dos

anos, sempre pautado pelos princípios de ética, responsabilidade socioambiental e

valorização cultural, intrínsecos ao Banco do Brasil. Essa postura ficou ainda mais

evidente com a criação, em 1985, da Fundação Banco do Brasil, que desde então já

alfabetizou mais de 140 mil pessoas, investiu em programas de inclusão digital, de

reciclagem, de tecnologia social, entre muitos outros projetos de assistência a

comunidades urbanas e rurais.

Em 1989, o BB (Banco do Brasil) reafirmou sua posição de vanguarda,

dessa vez no apoio à disseminação e democratização da cultura, com a

inauguração do primeiro Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro.

Iniciativa que teve continuidade com a fundação de outros CCBBs (Centro Cultural

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Banco do Brasil), em São Paulo e Brasília, e com o Circuito Cultural Banco do

Brasil, evento itinerante que leva cultura e diversão para mais de 200 mil pessoas

todos os anos, em diversas cidades do Brasil.

A partir de 1992, com a criação de uma Agenda 21 internacional, em que

países do mundo todo adotaram como meta o desenvolvimento e uso de

alternativas sustentáveis nas áreas ambientais, sociais e econômicas, o Banco do

Brasil colocou em evidência sua opção por crescer de forma sustentável, junto com

o país. Após uma série de ações práticas, como a implementação de uma estratégia

de Desenvolvimento Regional Sustentável, o BB tomou a frente novamente e, em

2004, tornou-se a primeira empresa brasileira a desenvolver uma Agenda 21

própria.

Em 1996 o Banco do Brasil marcou sua presença na Internet ao lançar seu

site institucional. Em 2000 foi lançado novo site já com o design e arquitetura

completamente reformulados.

Em 2001 foi feita a reconstrução do Portal BB na Internet, com o objetivo de

adequá-lo à estratégia corporativa da empresa e trazer benefícios para os usuários,

tais como o avanço da segmentação do atendimento e nova arquitetura de

informações. A partir de dezembro de 2001 foram implementadas novas

funcionalidades e sites institucionais como cultura, educação, cidadania, fome zero,

entre outros. Ainda, foram identificados os três pilares (Você, Sua Empresa e

Governo) com sua Internet Banking (bancos eletrônicos) e sites de comércio

eletrônico (agronegócios, comércio exterior, licitações, compra e venda de ações),

sendo então apresentado com o conceito de Portal.

Entre 2001 e 2006, o Portal BB foi atualizado, sem, contudo sofrer

reformulação de arquitetura e navegação. Em 2007, o Banco do Brasil lança seu

novo bb.com.br, com foco na personalização do Portal de acordo com o interesse

do usuário.

O Banco do Brasil tem presença em todo o território nacional e no mundo.

Aqui já são mais de 4 mil agências e mais de 40 mil caixas eletrônicos, localizados

em quiosques, shoppings, aeroportos, rodoviárias etc. Além disso, o Banco do Brasil

vem ampliando sua presença internacional contando hoje com mais de 40 pontos de

atendimento no exterior, divididos em agências, subagências, unidades de

negócios/escritórios e subsidiárias. Com larga experiência de mais de 65 anos em

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operações de comércio internacional, produtos e serviços a clientes no exterior,

além de embaixadas e consulados.

É uma sociedade de economia mista, cujo controle acionário é exercido pela

união e como principal acionista minoritário a Caixa de Previdência dos Funcionários

do Banco do Brasil (Previ). Suas funções básicas são: agente financeiro do governo

federal, banco comercial e banco de investimento e desenvolvimento. Completou

recentemente 200 anos de história, foi ele o primeiro banco a operar no país.

A seguir um pouco de sua trajetória: Foi o primeiro banco a entrar para a

bolsa de valores; a lançar cartão de múltiplas funções; a lançar o serviço de mobile

banking, e a aderir aos princípios do equador. Hoje é líder em ativos, depósitos

totais, câmbio exportação, carteira de crédito, base de correntistas, rede própria de

atendimento no país, entre outros.

Com 24,6 milhões de clientes correntistas, com pontos de atendimentos em

3,1 mil cidades e 22 países, o BB é hoje a maior instituição financeira do País,

atendendo a todos os segmentos do mercado financeiro.

Essas vitórias são resultados dos investimentos em tecnologia, do

treinamento de 82,5 mil funcionários, da estratégia de segmentação dos mercados,

do atendimento especializado e da busca constante por eficiência. Tudo isso, aliado

à tradição da empresa, fez do Banco do Brasil uma organização ágil e competitiva,

com capacidade de atender as mais diversas demandas de negócios do País.

São 12.382 mil pontos de atendimento distribuídos por todo o Brasil, sendo

3.155 mil agências e 9.227 mil postos de atendimento diversos, realizando em

tempo real todos os serviços e operações bancárias. Das agências, 95% contam

com salas de auto-atendimento que funcionam além do expediente bancário,

oferecendo comodidade e segurança para o cliente BB.

O BB adota boas práticas de governança corporativa e demonstra que sua

administração se compromete com a transparência, a prestação de contas, a

eqüidade e a responsabilidade socioambiental, suportadas pela utilização de

ferramentas de monitoramento que alinham o comportamento dos executivos ao

interesse dos acionistas e da sociedade, pautado nessa opção, o Banco do Brasil

integra o mais elevado segmento de governança corporativa da Bolsa de Valores de

São Paulo - Bovespa desde 31.05.2006, com a assinatura do contrato de adesão ao

novo mercado.

O Código de Governança Corporativa apresenta uma visão panorâmica e de

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consulta simplificada sobre princípios e práticas do Banco do Brasil, contribuindo

para fortalecer a transparência de sua gestão, aumentar seu valor institucional e

facilitar o acesso ao seu capital por parte de investidores, além de concorrer para

sua perenidade. As disposições contidas neste Código foram extraídas de

documentos e de deliberações que regulam o comportamento na Empresa.

O capital social do Banco do Brasil é formado exclusivamente por ações

ordinárias1, sendo que cada ação confere ao seu titular um voto nas deliberações da

Assembléia Geral.

Trimestralmente, o Banco do Brasil divulga seu resultado ao mercado,

informando os fatores que contribuíram de forma mais relevante para a sua

formação e realiza teleconferências, em português e inglês, com investidores e

analistas de mercado.

Pelo menos uma vez por ano, o Banco do Brasil realiza reunião pública com

analistas de mercado, investidores e outros interessados, para divulgar informações

quanto à sua situação econômico-financeira, projetos e perspectivas. Tendo em

vista a transparência e a credibilidade perante aos acionistas o BB disponibiliza na

internet, o relatório da administração, as demonstrações contábeis e o relatório de

análise do desempenho com comentários sobre os fatores que influenciaram o

resultado do trimestre e no fechamento do exercício, disponibiliza o relatório anual e

de sustentabilidade, assim como o calendário anual de eventos.

O cumprimento de leis e de normas, sejam externas ou internas, é

responsabilidade da alta administração, dos gestores e de todos os funcionários em

todas as instâncias da organização. As decisões, em qualquer nível da empresa,

são tomadas de forma colegiada (ressalvadas as situações em que uma estrutura

organizacional mínima não o permita). Com o propósito de envolver todos os

executivos na definição de estratégias e aprovação de propostas para os diferentes

negócios do Banco do Brasil, a administração utiliza comitês, subcomitês e

comissões de nível estratégico, que garantem agilidade, qualidade e segurança à

tomada de decisão. São órgãos da administração o Conselho de Administração e a

Diretoria Executiva.

Com o objetivo de internalizar a cultura de sustentabilidade econômica,

social e ambiental nas práticas administrativas e negociais do Conglomerado foi

1 São as que conferem direito a voto nas decisões em assembléias; (MELLAGI, 2000, p.159)

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elaborada a Carta de Princípios de Responsabilidade Socioambiental do Banco do

Brasil. Esta Carta evoca o respeito a valores universais relacionados a direitos

humanos, princípios e direitos fundamentais do trabalho e princípios sobre meio

ambiente e desenvolvimento.

Além da Carta de Princípios de Responsabilidade Socioambiental o BB tem

os seguintes compromissos públicos:

a) Agenda 21 - declaração de compromisso entre o Banco do Brasil e o

Ministério do Meio Ambiente na qual o Banco se compromete a criar e a

implementar um plano de ação em prol da sustentabilidade dos seus negócios;

b) Pacto Global da ONU - iniciativa desenvolvida pela Organização das

Nações Unidas (ONU), com o objetivo de mobilizar a comunidade empresarial

internacional para a promoção de valores fundamentais nas áreas de direitos

humanos, trabalho, meio ambiente e combate à corrupção;

c) Pacto pelo Combate ao Trabalho Escravo – proposto pelo Instituto Ethos,

trata-se de compromisso com o desenvolvimento de esforços visando a dignificar e

modernizar as relações de trabalho nas cadeias produtivas;

d) Princípios do Equador - compromisso voluntário de instituições

financeiras em adotar o conjunto de políticas e diretrizes (salvaguardas) sócio-

ambientais do Banco Mundial e da International Finance Corporation na análise de

projetos de investimento, na modalidade project finance, de valor igual ou superior a

US$ 10 milhões;

e) Protocolo Verde - princípios assumidos voluntariamente por bancos

oficiais brasileiros, que se propõem a empreender políticas e práticas que estejam

em harmonia com o desenvolvimento sustentável;

No dia 13 de agosto de 2009 o jornal Folha de São Paulo anuncia que “o

Banco do Brasil passa o Itaú e é o maior banco do país”, o banco estatal perdeu a

liderança em novembro de 2008 com a fusão de Itaú e Unibanco, o BB subiu ainda

da 10º para a 7º posição entre os maiores bancos de capital aberto da América

Latina e dos EUA, segundo estudo da economática – o Bank of América é o líder. O

que resultou nesta posição para o BB foi a concessão de crédito durante a crise

enquanto os bancos privados forma mais cautelosos na concessão de crédito.

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3.1.1 Missão

Sua missão é ser a solução em serviços e intermediação financeira, atender

às expectativas de clientes e acionistas, fortalecer o compromisso entre os

funcionários e a empresa e contribuir para o desenvolvimento do país

3.1.2 Visão

Tem como Visão ser o primeiro banco dos brasileiros no Brasil e no exterior,

o melhor banco para trabalhar e referência em desempenho, negócios sustentáveis

e responsabilidade socioambiental.

3.1.3 Valores

De acordo do material disponível no portal da empresa, possui os seguintes

valores, abaixo descritos:

� A ética;

� A transparência,

� O compromisso com o desenvolvimento das comunidades e do país,

� A responsabilidade socioambiental,

� A excelência e especialização no relacionamento com o cliente,

� Gestão participativa, decisão colegiada e trabalho em equipe,

� Ascensão profissional baseada no mérito,

� Marca como diferencial competitivo,

� Conservadorismo e pro atividade na gestão de riscos,

� Comprometimento com rentabilidade, eficiência e inovação.

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3.2 Banco do Brasil no Estado de Santa Catarina

No dia 18 de abril de 2009 o fato que marcou a história no estado foi a

incorporação do Besc (Banco do Estado de Santa Catarina) por o Banco do Brasil,

tornando o BB o banco com a maior rede de agências em Santa Catarina,

aumentando também a responsabilidade da Superintendência e dos funcionários

que trabalham na dependência. Esta incorporação é vista de forma positiva

tornando o BB muito mais forte e com uma gama de clientes muito maior que antes.

Desde de o dia 21 de fevereiro os clientes do Besc já podiam utilizar

parcialmente os terminais de auto atendimento do Banco do Brasil em todo o país,

este compartilhamento inicial permitiu aos clientes acessarem suas contas para

realizar saques e consulta de saldo, o compartilhamento completo se deu em abril

do mesmo ano no qual todas as operações de uma instituição financeira poderiam

ser realizadas em outra.

A rede do Besc possui 447 pontos de atendimento instalados no estado,

sendo 252 agências, além de 718 caixas eletrônicos, com a incorporação o BB

permitirá a ampliação significativa dos pontos de atendimento no país. O Banco do

Brasil possui 190 agências e 1.518 terminais eletrônicos, que serão somados aos

mais de 5 mil TAA (terminal de auto atendimento) compartilhados do BB em todo o

território nacional.

Atualmente o BB está presente em 55% do estado de Santa Catarina, o

compartilhamento de terminais com o Besc irá complementar a estrutura de

atendimento, permitindo maior comodidade e conveniência aos clientes, além de

prestar serviços nas praças em que o BB não possui ponto de atendimento.

3.3 Agência do BB em Barra Velha – SC

O município de Barra Velha localiza-se no litoral de Santa Catarina com

aproximadamente 19.000 mil habitantes, apesar de estar em área litorânea grande

parte de sua região é constituída por zona rural. Conta com uma agência do Banco

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do Brasil há menos de 10 anos, que se localiza ao centro, na Rua Paraná 162,

mesma rua dos demais bancos do município.

Figura 5: Localização da Agência Barra Velha/SC Fonte: Google Maps (acessado em 21.05.2009 às 20h47)

Figura 6: Fachada da agência Barra Velha/SC. Fonte: Foto de Betina Marili Martins

O quadro de funcionários conta com dez funcionários, uma estagiária mais

dois adolescentes aprendizes. No atendimento a pessoa física três funcionários

atendem, tendo o apoio direto do gerente de expediente, enquanto o setor de

pessoa jurídica conta com dois atendentes, tem também o gerente de módulo e

mais o gerente geral da agência e no caixa da agência ficam mais dois funcionários.

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O horário de atendimento ao público começa as 10 h e se estende até as 15 h, de

segunda a sexta-feira.

Abaixo o quadro demonstra a margem de contribuição dos clientes por

ocupação da dependência:

Tabela 1 - % de Contribuição dos clientes Pessoa Fí sica

INDICADOR % MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO DOS

CLIENTES (PESSOA FÍSICA) Agricultor 27,75% Pensionista 11,05% Professores 1º. e 2º. Grau 6,87% Empresários 5,80% Servidor Público Municipal 3,14% Agente Administrativo 2,91% Auxiliar Serviços Gerais (Admistrador) 2,90% Capitalista/Rentista 2,37% Motoristas Transporte Carga 2,00% Outros 35,21% Fonte: Intranet (Banco do Brasil, 2009/I)

Gráfico 1 – % de Contribuição dos clientes pessoa f ísica Fonte: Intranet (Banco do Brasil, 2009/I)

A maior parte de seus clientes são os agricultores, que contribuem com

27,75% da margem total de contribuição da agência, o fato se explica por se tratar

de um município com extensa área de seu território constituída por zona rural, esse

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perfil de cliente na maioria das vezes busca os serviços bancários por necessitar de

financiamentos para a aquisição de máquinas agrícolas, compra de sementes para

o plantio, custódia (guarda) de cheques e de dinheiro.

Outro perfil de clientes são os pensionistas, que ocupam o segundo lugar

quanto à margem de contribuição, com participação de 11,05%, são em sua grande

maioria pessoas mais idosas que utilizam o banco com a finalidade de receber seu

benefício ou em algumas outras vezes de utilizar os empréstimos designados aos

beneficiários.

O terceiro lugar é ocupado por os profissionais da educação com 6,87% de

contribuição para a agência. Os professores de primeiro e segundo grau recebem

seu salário em conta corrente daí a explicação da contribuição. E os demais

profissionais não menos importantes também participam da margem de contribuição

da agência, só que com participações menores.

Estes números acima contam com clientes apenas da agência número

1498-2 do BB, os clientes do Besc não estão incluídos, mesmo estando em um só

município e fazendo parte da mesma organização são ainda assim agências

diferentes.

3.4 Descrição do Fluxo Anterior – Agência de Barra Velha

Fazer um fluxo significa o mesmo que descrever um caminho. O objetivo

básico reside em mapear todo o processo a fim de entendê-lo melhor e estudar

alguma forma de “enxugá-lo” se possível, diminuindo a redundância de tarefas.

Na agência do Banco do Brasil de Barra Velha existia anteriormente um

fluxo de documentos que funcionava de acordo com as regras gerais do próprio

banco e do Banco Central do Brasil conhecido como BACEN. Para cada documento

a regra é única, pois existem prioridades a serem cumpridas e para tais também

existe urgência no seu deferimento.

O BACEN determina como tempo limite para ser deferida a abertura das

contas, um prazo de trinta dias, entretanto, para um bom andamento, as agências

por sua vez costumam determinar internamente como prazo dois dias como sendo o

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tempo ideal para a liberação da abertura de conta corrente e poupança. Quanto

mais rápido for o processo que se inicia a partir do momento que o cliente chega

para abrir a conta até o momento que termina com o arquivamento do dossiê deste

cliente, melhor para a agência que não acumula serviço e consegue em tempo hábil

o cumprimento de tarefas diárias.

Os documentos estudados na presente pesquisa serão somente os

documentos de abertura de conta pessoa física sendo tanto conta corrente quanto

conta poupança. Estes anteriormente seguiam o seguinte fluxo:

Passo 1 : O cliente entregava os documentos pessoais para a estagiária,

documentos tais como: carteira de identidade, CPF, comprovante de residência e

comprovante de endereço, todos originais;

Figura 7: Estagiária recolhe documentos do cliente Fonte: Elaborado pela Acadêmica

Passo 2: A estagiária fazia a análise destes documentos e verificava se estavam de

acordo com as normas internas e com as exigências, como por exemplo verificar se

o CPF está regularizado na receita federal; verificava se existia impedimento de

crédito no SPC, SERASA e na própria organização; verificava se o documento de

identidade confere com a pessoa que ali está; verificava se o comprovante de

residência estava com data de até no máximo três meses atrás; verificava se o

comprovante de renda era real ou se existia possibilidade de fraude; verificava se o

comprovante de renda estava com data de até no máximo três meses atrás;

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Figura 8: Estagiária analisa documentos Fonte: Elaborado pela Acadêmica

Passo 3: Tirava cópia dos documentos colhidos no passo anterior, neste momento

era necessário cuidado para que nenhuma parte do documento se dobrasse, saísse

para fora da margem ou ficasse ilegível, assim como não esquecer que o verso do

documento também é importante;

Figura 9: Estagiária tira cópia dos documentos Fonte: Elaborado pela Acadêmica

Passo 4 : Cadastrar (registrar) tais informações no sistema interno do banco,

observando atentamente para que não haja possíveis erros evitando assim um

retrabalho; As informações cadastradas devem ser idênticas a dos documentos do

cliente, sem que haja qualquer alteração para não implicar futuramente em pontos

negativos para a organização;

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Figura 10: Estagiária cadastra as informações Fonte: Elaborado pela Acadêmica

Passo 5 : Depois de cadastradas as informações precisavam ser liberadas pelo

gerente, que as conferia mais uma vez, se aceito, o cadastro então era liberado;

Figura 11: Gerente de expediente dá o comando de li beração Fonte: Elaborado pela Acadêmica

Passo 6 : O cliente neste momento se dirigia ao atendimento, retirvaa uma senha e

aguardava ser chamado por algum funcionário;

Figura 12: Cliente retira senha Fonte: Elaborado pela Acadêmica

Passo 7 : A estagiária entregava o dossiê ao funcionário e então a conta era aberta

por outro sistema chamado GA (gerenciador de aplicativos), neste estágio o

funcionário implantava limites, solicitava os cartões entre outras ações a mais;

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Figura 13: Funcionário abre a conta Fonte: Elaborado pela Acadêmica

Passo 8 : O GA gerava todas as informações do cliente em um contrato que era

impresso juntamente com a proposta de abertura de contas e o cartão de autógrafos

(cartão no qual deverá constar a assinatura do cliente).

Figura 14: impressão do dossiê Fonte: Elaborado pela Acadêmica

Passo 9 : O funcionário colhia a assinatura do cliente em todos os documentos

gerados por o GA, frente e verso, não podendo esquecer de uma só assinatura;

Figura 15: Cliente assina os documentos Fonte: Elaborado pela Acadêmica

Passo 10 : Os documentos ficavam em cima do armário aguardando por a

assinatura de duas testemunhas (que pode ser a estagiária ou um dos dois vigias),

sendo necessária a assinatura de somente duas testemunhas;

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Figura 16: Documentos aguardam arquivamento Fonte: Elaborado pela Acadêmica

Passo 11 : Depois das testemunhas assinarem o gerente de expediente verificava

todos os documentos novamente, e então se estiverem totalmente livres de erros,

com todas as assinaturas exigidas, ele assinava e liberava a conta;

Figura 17: Gerex libera a conta Fonte: Elaborado pela Acadêmica

Passo 12 : Os documentos ficavam dispostos na mesa do aprendiz aguardando que

as pastas referentes a cada dossiê fossem feitas;

Figura 18: Documentos aguardam arquivamento Fonte: Elaborado pela Acadêmica

Passo 13 : O adolescente aprendiz fazia uma pasta específica para cada dossiê,

com o nome do cliente na parte de fora;

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Figura 19: Menor aprendiz faz pasta para os documen tos Fonte: Elaborado pela Acadêmica

Passo 14 : Os documentos ficavam no arquivo da sala de apoio aguardando a

assinatura do gerente geral;

Figura 20: Documentos aguardam arquivamento Fonte: Elaborado pela Acadêmica

Passo 15 : Os documentos eram assinados pelo gerente geral da agência e só a

partir deste momento poderiam ser arquivados;

Figura 21: Gerente geral assina o dossiê Fonte: Elaborado pela Acadêmica

Passo 16 : Os documentos ficavam em uma caixa localizada no arquivo esperando

por arquivação, que se dava por o adolescente aprendiz ou por o estagiário;

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Figura 22: Documentos ficam na caixa de arquivo Fonte: Elaborado pela Acadêmica

Passo 17 : O adolescente aprendiz ou o estagiário arquivavam os documentos;

Figura 23: Menor aprendiz arquiva os documentos Fonte: Elaborado pela Acadêmica

Em caso de erro em uma das etapas acima, deveria-se então tentar saná-lo

de acordo com a necessidade. Por exemplo, em caso da falta da assinatura do

cliente, o adolescente aprendiz ligaria para este cliente e informaria a necessidade

de seu retorno à agência para a devida assinatura, então depois de devidamente

assinado segue-se o fluxo normalmente. Qualquer erro no cadastro precisava

também ser corrigido para que o cadastro possa ser deferido por o gerex (Gerente

de Expediente). É necessário que os critérios que o banco impõe sejam cumpridos,

qualquer erro pode acarretar possíveis pontos negativos para a instituição.

Para melhor visualização e entendimento o fluxo acima descrito, desenhou-

se resumidamente da seguinte forma:

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Figura 24: Descrição de todo o fluxo anterior Fonte: Elaborado pela Acadêmica

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3.5 Descrição do Fluxo Atual – Agência de Barra Vel ha

Atualmente o fluxo de documentos está diferente de como era antes, os

passos são efetuados com maior rapidez e agilidade e muitos destes passos foram

“cortados do fluxo”. É importante esclarecer que houve algumas mudanças alheias a

este projeto, ou seja, que não foram de responsabilidade da acadêmica, como por

exemplo, o gerente geral passou para o gerente de expediente uma procuração na

quais contratos até o valor de 300 (trezentos mil) poderiam ser assinados por ele

(gerex), sem haver a necessidade da confirmação do gerente geral.

Outra mudança de importante valor neste período foi que o estagiário

perdeu o acesso para o cadastro de clientes no sistema em todo o Brasil, sendo

assim não mais poderia auxiliar no cadastramento de informações como antes o

fazia.

Considerando que as outras mudanças foram decorrentes deste trabalho,

mais mudanças ocorreram, pois se percebeu que algumas etapas não eram

necessárias e apenas faziam com que a movimentação dos documentos

percorresse um caminho mais longo, demorado e complicado.

Com o novo fluxo mais “enxuto” e rápido o tempo entre a chegada do cliente

para abertura da conta até o arquivamento de seus documentos diminuiu

consideravelmente. A comprovação pode ser vista no número de etapas eliminadas

do processo que no fluxo anterior somava 17 etapas e que atualmente está

consideravelmente reduzida.

O novo processo de toda a movimentação dos documentos não ocorreu

simplesmente em virtude deste trabalho, entretanto foi também de grande valia para

as demais mudanças, que ao serem sugeridas forma aceitas sem muitas restrições.

As alterações foram feitas objetivando a agilidade, estudou-se sobre fluxo e

movimentação para somente depois propor as devidas sugestões que foram

implantadas ao longo do estágio e que talvez ainda careçam de possíveis ajustes.

No presente momento o fluxo de documentos na agência do Banco do

Brasil de Barra Velha segue da seguinte forma:

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Passo 1: O cliente retira uma senha e aguarda ser chamado por o funcionário e não

mais ela estagiaria como era antes;

Figura 25: Cliente retira senha Fonte: Elaborado pela Acadêmica

Passo 2 : O funcionário analisa os documentos, tira cópia dos mesmos e não mais a

estagiária como era antes;

Figura 26: Funcionário tira cópia dos documentos Fonte: Elaborado pela Acadêmica

Passo 3: O funcionário cadastra diretamente no programa que fará a abertura da

conta chamado GA. No mesmo momento pega a assinatura do cliente e ao final do

dia recolhe ele mesmo a assinatura das testemunhas, sem que este documento saia

da sua mesa, ou seja, não caracterizando assim uma etapa diferente do fluxo;

Figura 27: Funcionário abre a conta e colhe assinat ura Fonte: Elaborado pela Acadêmica

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Passo 4: O gerex (gerente de expediente) analisa o dossiê e libera a conta;

Figura 28: Gerex libera a conta Fonte: Elaborado pela Acadêmica

Passo 5: O menor faz uma pasta para o dossiê e já o arquiva, não mais utiliza a

caixa chamada “arquivo” que era antes utilizada, na qual os documentos

aguardavam o arquivamento. Esta essa etapa foi simplificada.

Figura 29: Menor faz pasta e arquiva Fonte: Elaborado pela Acadêmica

O novo fluxo ocorre resumidamente da seguinte forma, no momento

utilizando apenas cinco passos:

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Figura 30: Descrição de todo o fluxo atual Fonte: Elaborado pela Acadêmica

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4 RESULTADOS DE PESQUISA

Nesta etapa do trabalho serão apresentados os resultados da pesquisa,

como o presente trabalho é de caráter qualitativo, conforme citado anteriormente,

não houve tabulações e os mesmos serão apresentados a partir de comentários da

acadêmica de acordo com suas observações e análises.

O objetivo delineado no início deste projeto foi alcançado assim como os

específicos, procurou-se durante toda a pesquisa a objetividade e concisão de

informações, nada além do fundamental foi explorado, a acadêmica focou seus

esforços na efetiva proposta de um fluxo mais otimizado e simples. O presente

projeto trouxe benefícios para a rotina da agência, foi implantado aos poucos

modificando sempre que necessário até chegar nesta última versão aqui

apresentada.

Um ciclo longo impedia o andamento diário da agência, com o fluxo de

documentos mais “enxutos”, atualmente os funcionários têm mais tempo para outros

serviços, não precisando mais desperdiçar seu tempo em procurar por dossiê ou

documento que eventualmente estejam fora do lugar no qual deveriam estar.

Foi de fundamental importância identificar os pontos no qual o tramite de

documentos era desnecessário, ou seja, havia momentos em que os documentos

ficavam parados sem necessidade, o objetivo primordial sempre foi o de reduzir o

tempo deste ciclo propondo uma seqüência mais ágil.

Muitas vezes as atividades do processo empresarial são interrompidas por

motivos sem importância, sendo assim, foram propostas mudanças visando um

fluxo com menos etapas, tornando-o mais rápido e eficiente, consequentemente

facilitando a visualização e o entendimento do tramite proposto.

O volume de contas abertas diariamente é grande, por isso muitas vezes o

tempo que era preciso para cumprir todas as etapas era extremamente limitado,

como por exemplo, pegar assinatura das testemunhas, repassar para fazer a pasta

e assim por diante, entretanto se mudarmos a quantidade de etapas simplificamos

também o serviço do próprio funcionário e foi o que aconteceu.

A simplificação do fluxo de documentos levou a menor fase do processo,

diminuiu a quantidade de tarefas, tornando tudo mais simples, para aprender, para

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fazer e para entender. Quando aplicado este processo de simplificação, pode-se

dizer que está sendo avaliado todo o processo a fim de torná-lo menos complexo.

As mudanças não foram baseadas em nenhum autor, tudo que foi estudado

na área contribui muito para a pesquisa, entretanto o fluxograma elaborado de

forma lúdica foi inteiramente idéia da própria acadêmica. O manual de procedimento

elaborado pela acadêmica teve como finalidade padronizar os procedimentos.

Portanto, um ótimo instrumento de racionalização de métodos e atividades. O

manual proposto tem como principal função orientar os funcionários quanto o novo

fluxo de trabalho implantado, com menos etapas e mais simplificado, contendo

neste, instruções da rotina de trabalho apresentando-se em forma de fluxograma

para melhor entendimento.

A explicação para o fluxograma ter sido feito apenas por ilustrações

(infográfico) e não por símbolos e modelos pré-definidos, como se conhecem nos

livros de Organização, Sistemas e Métodos, justifica-se pela intenção de ser mais

didático e que de forma lúdica, conseguisse demonstrar aos gerentes e aos

funcionários como poderia ser alterado o percurso dos documentos sem que

prejudicasse o andamento do mesmo, sendo assim teve-se a idéia de apresentá-los

em fluxogramas diferentes dos padronizados, com desenhos “quebrando” a imagem

de regras e dando-lhes a idéia de serem apenas sugestões.

Procurou-se a rotinização das atividades de modo a ganhar tempo e

aperfeiçoar todo o fluxo de documentos, a efetividade organizacional foi levada em

conta, considerando que quando um funcionário para suas atividades para procurar

um documento ou outro, perde assim uma parte valiosa do seu tempo, para que

isso não ocorra, os “gargalos” encontrados foram eliminados, sem é claro se

contrapor as próprias regras internas do Banco, pois, apenas atividades

desnecessárias foram excluídas do fluxo, as fundamentais permaneceram.

A presente pesquisa foi importante para a agência, considerando que muitas

vantagens vieram a partir das novas idéias que foram propostas, como por exemplo,

diminuiu-se a duplicação de tarefas, e a existência dos “gargalos”, como já dito

anteriormente, o manuseio dos documentos passa atualmente por menos sujeitos

do que antes, os dossiês são encontrados com mais facilidade, o tempo para a

realização da mesma tarefa hoje é menor do que era antes, enfim todo o processo

foi simplificado e trouxe benefícios para a empresa, assim como para a acadêmica

que aprendeu com a realização da pesquisa.

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5 SUGESTÕES OU PLANOS

Nesta parte do trabalho, serão propostas mais algumas sugestões visando o

contínuo aperfeiçoamento do fluxo de documentos na agência do Banco do Brasil

de Barra Velha.

AÇÃO RESPONSÁVEL

1) Sugere-se inicialmente que o próprio

funcionário ao término da abertura da conta já

faça a pasta na qual o dossiê do cliente será

guardado. Sabe-se das limitações de tempo de

cada funcionário, entretanto, esta sugestão visa

eliminar mais uma etapa do fluxo, ou seja, a

etapa em que o menor aprendiz faria a pasta. Se

esta sugestão fosse seguida, além de menos

uma etapa do fluxo precisar ser efetuada, a outra

vantagem é que o documento por não ir para a

mesa de outra pessoa e aguardar a sua

disponibilidade para efetuar a atividade, deixaria

de percorrer mais um caminho e assim quando

procurado, diminui a quantidade de lugares no

qual provavelmente pudesse estar.

Funcionários do atendimento

2)O check-list que no inicio da presente pesquisa

era efetuado por a estagiária ou às vezes por o

menor aprendiz, deixou de ser ao longo do

tempo. Esta etapa é obrigatória segundo as

próprias regras do Banco, nela o objetivo é

verificar se todas as etapas da abertura de conta

foram seguidas, na qual todos os itens são

revisados.

Sugere-se que o check-list volte a ser

efetuado e que, além disso, seja no exato

momento da confecção da pasta elaborado por o

funcionário e não mais por o estagiário ou por o

menor aprendiz como era antes.

Funcionários do atendimento

Funcionários do atendimento

3)Sugere-se ainda que cada dossiê não Todos os envolvidos devem

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63

AÇÃO RESPONSÁVEL

ultrapasse o tempo de dois dias para chegar até

o fim do fluxo, ou seja, até seu arquivamento. É

importante lembrar que o Banco Central

determina como prazo ideal trinta dias, mas para

que não haja acúmulo de trabalho um prazo que

poderia ser determinado internamente com

sendo o ideal é o de dois dias, considerando que

é o tempo necessário para que todas as etapas

sejam cumpridas.

cumprir esta etapa

4)E por fim, sugere-se que a quantidade de

arquivos seja ampliada, pois os atuais arquivos

estão totalmente cheios e encontra-se grande

dificuldade para o arquivamento dos documentos

novos, por estarem muito cheios os arquivos não

facilitam a procura dos dossiês porque há pouco

espaço entre um e outro, sendo assim é

necessário mais uns dois ou três arquivos para

que as pastas possam ficar mais visíveis de

serem encontradas, assim como mais

organizadas.

Fica a critério da diretoria e gerencia fazer as

mudanças necessárias para novo setor de

arquivo.

Ainda cabem mais algumas sugestões, não são muitas por que durante o

presente trabalho muitas delas foram descartadas e impossíveis de serem

implantadas, pois qualquer mudança não poderia se opor as regras do próprio

banco, a acadêmica teve algumas dificuldades por já existirem muitas normas

externas e internas que não poderiam em hipótese alguma serem ignoradas.

Sendo assim o que aqui é sugerido não se opõem a regulamentação e

sendo assim pode ser modificado. Acredita-se que com mais essas mudanças o

fluxo de documentos da agência do Banco do Brasil de Barra Velha ficaria ainda

mais otimizado.

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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O trabalho desenvolvido trouxe grandes benefícios, a empresa ganhou com

as alterações propostas, os funcionários disseram estarem satisfeitos com a

simplificação do fluxo de documentos, a acadêmica ampliou seus conhecimentos na

área estudada, ficou bem vista por as mudanças que realizou e com o projeto

finalmente concluído, a universidade também foi beneficiada com mais uma

pesquisa que ficará em seu acervo a disposição de todos os outros acadêmicos que

poderão futuramente utilizar deste projeto.

A pesquisa conseguiu solucionar um problema diário, que dificultava o

serviço dos funcionários, era diariamente discutida nas reuniões matinais a questão

da demora para liberação das aberturas de conta, era chamado à atenção dos

funcionários que por ventura esqueciam de um ou outro documento dentro da

gaveta enquanto um outro o procura sem o achar, os menores aprendizes tinham

dificuldade também na procura dos dossiês que poderiam estar em inúmeros

lugares diferentes.

Depois da convivência diária com este problema a acadêmica ainda

elaborou uma entrevista com um dos gerentes para confirmar se aquelas eram as

dificuldades observadas pela mesma, não caracterizando apenas um suposição ou

juízo de valor.

A entrevista confirmou e evidenciou que haviam problemas quanto da

gestão documental, conforme citado ao longo deste TCC e desde então começou a

elaboração de um novo fluxo para os documentos de abertura de conta da agência

do Banco do Brasil do município de Barra Velha. Em uma das entrevistas com os

funcionários e os gerentes, depois do fluxo ser todo reformulado, a opinião dos

funcionários mudou razoavelmente comparada a primeira entrevista, todos diziam

que o fluxo atual é muito mais rápido do que o anterior, de forma geral as mudanças

agradaram.

Vários foram os modelos propostos, muitas idéias não puderam ser

implantadas por que não poderiam em momento algum se opor as regras da

instituição, que já tem suas normas internas muito bem estabelecidas. É importante

esclarecer que não foi discutindo em momento algum a eficiência destas normas, a

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intenção foi colaborar para o aperfeiçoamento das mesmas.

E por fim o objetivo foi alcançado e um novo fluxo foi elaborado com a

aprovação de todos na agência, vale ressaltar que para se obter sucesso no

ambiente competitivo em que as empresas vivem é indispensável buscar

continuamente o aperfeiçoamento dos conhecimentos, a inovação e evitar a

acomodação, pois é sempre possível melhorar.

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8 APÊNDICES

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APENDICE – A

Primeira entrevista

Realizada no estágio 1.

Objetivo: Identificar um problema para iniciar o TCE.

.

Identificação do entrevistado:

• Nome: Douglas Stuart Morton Bilsland

• Cargo: Gerente de Expediente.

• Área: administrativo e atendimento

Perguntas:

1) Como você considera a atual estrutura da agência? É necessária alguma

mudança? Qual?

2) O trabalho segue a um fluxo contínuo ou é necessário refaze-lo as vezes? Qual o

motivo?

3) Quanto ao tramite da documentação existe algum problema? Qual? Alguma

sugestão?

4) Existe algo que mereça maior atenção na organização, ou seja, maior empenho

para que saia como o esperado?

5) Quais os principais obstáculos enfrentados por a organização no seu ambiente

interno?

Respostas:

1) Quanto à estrutura da empresa falta ainda dividir o atendimento de pessoa física

e de pessoa jurídica em ambientes em que os clientes entendam a diferença entre

os dois ambientes, pois no momento por mais que tenha placa indicando ainda fica

bem confuso diferenciar. . Outra sugestão seria a separação com biombos do

ambiente de atendimento de pessoa jurídica e de pessoa física

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No ambiente de pessoa física deveria ter um gerente para esta área assim

como dois assistentes e três escriturários. No ambiente de pessoa jurídica então

deveria ter um gerente dessa área com um assistente e um escriturário. Também no

modelo ideal deveria ter um gerente de serviços com dois caixas executivos e

finalmente um gerente geral da agência.

A tesouraria deveria ficar perto do auto atendimento assim seria melhor,

pois quando tiver que abastecer as maquina o dinheiro não necessitaria circular

entre os clientes o que seria mais seguro.

2) Às vezes é necessário refaze-lo sim, pois quando um funcionário está no seu

horário de almoço e um cliente que o mesmo estava atendendo chega é necessário

que outro funcionário comece o processo muitas vezes sem nem saber se já estava

quase pronto ou não, neste momento o cliente precisa esperar com se fosse a sua

primeira ida ao banco, isso quando não precisa trazer novamente os documentos.

Também quando por algum motivo na hora da negociação não é entregue

algum documento por um motivo qualquer, mais tarde na hora da confirmação por o

gerente o dossiê do cliente fica parado até que alguém ligue e peça para que traga o

tal documento.

Um outro item é que o banco utiliza-se de outras estruturas no mesmo

estado e fora dele sendo assim num momento de financiamento, por exemplo, os

documentos vão para esta outra estrutura e quando chega lá se faltar algo ele

também volta e atrasa todo o processo novamente.

3) No ambiente interno não há fluxo contínuo de documentos. A sugestão é

reorganizar este fluxo, porém faltam idéias.

4) Nas horas de pico da agência, ou antes, e depois de feriados e finais de semana

o movimento é grande, então neste momento os funcionários se empenham mais.

5) O maior obstáculo seria a falta de disciplina.

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Relato pessoal do entrevistador

Conclui-se com a presente entrevista que a agência do Banco do Brasil de

Barra Velha necessita ainda de alguns ajustes, não são grandes problemas,

entretanto se fossem resolvidos facilitariam o dia a dia da organização, são os

pequenos detalhes que as vezes atrapalham em coisas realmente grandes, sendo

assim é necessário segundo o entrevistador a divisão dos ambientes de

atendimento de pessoa jurídica do ambiente de atendimento de pessoa física para

facilitar com que o cliente entenda a qual area deve se dirigir.

A tesouraria por ficar longe demais do auto-atendimento dificulta a

passagem do dinheiro para abastecer as maquinas, além do que oferece um risco

por circular livremente entre os clientes.

Percebeu-se que a tramitação dos documentos não segue a um fluxo

continuo, ou seja, não regras para que haja uma seqüência na quais todos os

funcionários saibam aonde encontrar quando necessitarem, isto demanda tempo e

esforços desnecessários a procura de papéis que não estão devidamente postos

em lugares estratégicos e anteriormente combinados.

Por último pode-se dizer que todos na organização são competentes, aliás,

não é este o assunto discutido, mas sim que necessitam de maior disciplina para

que o trabalho seja padronizado e que nenhuma etapa passe despercebida.

Segunda entrevista

Realizada no estágio 1.

Objetivo: Confirmação do problema segundo os funcionários.

Foram feitas duas entrevistas com os dez funcionários da agência, uma

ocorreu no estágio 1 logo após a entrevista pessoal com o gerex e a outra no

estágio 3. Na primeira entrevista do estágio 1 as perguntas foram todas em relação

ao fluxo dos documentos, já que neste momento já havia se identificado este como

sendo o problema de pesquisa. Foram perguntas abertas, na qual o entrevistado

pode explanar sua opinião.

Os seguintes questionamentos forma feitos aos dez funcionários:

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1) Em sua opinião, os documentos de abertura de conta percorrem um fluxo rápido?

2) Você já teve dificuldade para encontrar algum dossiê?

3) Demora-se muito tempo entre o tempo em que se faz o cadastro até o momento

em que o mesmo é arquivado?

4) Você acredita que o fluxo poderia mudar com o intuito de não haver redundância

de atividades?

Terceira entrevista

Realizada no estágio 3.

Objetivo: comparar as mudanças efetuadas no fluxo até o momento.

A entrevista neste momento ocorreu com o intuito de verificar se houve ou

não alguma mudança em relação ao fluxo anterior. As perguntas continuaram a ser

abertas.

Os seguintes questionamentos forma feitos aos dez funcionários:

1) Em relação ao que era antes, o fluxo atual está mais otimizado? 2) As dificuldades que antes eram enfrentadas, atualmente ainda são? 3) O novo fluxo simplificou as atividades do dia-a-dia? 4) Existe algo que ainda possa ser melhorado no fluxo de documentos? 5) Faça uma comparação entre o antes e o agora.

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Conclusão da acadêmica perante a comparação entre a s duas entrevistas.

Na primeira entrevista com os funcionários pode-se perceber que a

pesquisa realmente deveria ser elaborada em relação ao fluxo dos documentos,

as respostas não foram surpreendentes para a estagiária, talvez por estar

diariamente inserida no ambiente, não houve respostas que não fossem

esperadas. Sem qualquer exceção, todos concordaram que o fluxo precisaria

mudar, entretanto não muitas sugestões surgiram nesse primeiro momento, as

dificuldades eram muitas, documentos em lugares difíceis de serem

encontrados, redundância de atividades, fluxo “confuso” e extenso, dificuldades

em saber qual o andamento do dossiê (em que passo se encontrava), enfim

muitas dificuldades relatadas. Na opinião dos funcionários, se o fluxo pudesse

ser simplificado seria de grande importância para o dia-a-dia, assim como alguns

deles comentaram que por o tramite de documentos percorrerem um caminho

muito extenso isso dificultava todo o processo e assim acumulavam-se tarefas.

Na segunda entrevista, depois do fluxo ser todo reformulado, a opinião

dos funcionários mudou razoavelmente comparada a primeira entrevista.

Atualmente as etapas são mais curtas, na opinião dos funcionários,

desde o momento da chegada do cliente para abertura de conta até o momento

do arquivamento de seu dossiê, como várias etapas forma eliminadas e o tramite

ficou mais simples, as dificuldades de antes não são mais as mesmas, e o fluxo

atual é melhor segundo os mesmos.

Uma critica foi feita com relação ao estagiário não fazer mais o cadastro

de abertura de conta, os funcionários acreditam que essa etapa era muito

importante, pois “ganhava-se” tempo para realizar outras tarefas já que era a

estagiária que cadastrava todas as informações pertinentes ao cliente no

sistema, é válido lembrar que essa etapa não foi uma sugestão da pesquisa,

mas sim, do Banco do Brasil, que retirou o acesso de todos os estagiários do

país.

Outro item que facilitou muito foi a procuração dada ao gerente de

expediente por o gerente geral da agência, não mais necessitando de sua

assinatura para os contratos até 300(trezentos) mil reais. Não foram sugeridas

novas mudanças, e a comparação entre o antes e o agora foi respondida como

sendo uma mudança positiva para agência.

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APENDICE – B

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9 ANEXOS

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ANEXO A

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ANEXO B

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ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS

___________________________

Betina Marili Martins

Estagiária

__________________________

Douglas Stuart Morlon Bilsland

Supervisor de Campo

___________________________

Prof. Adm. Marcelo Leite Medeiros

Orientador de Estágio

____________________________

Prof. Eduardo Krieger da Silva

Responsável pelo Estágio em Administração