analise do filme uma mente brilhante
TRANSCRIPT
UMA MENTE BRILHANTE(DreamWorks)
Item Processo Psicológico
Descrição da cena do filme Comentário, relação com a teoria
1 Aspectos biológicos
Cena 1: No início do filme é quando John,
observa o efeito da sua luz através do vidro
e como este se mostra na gravata de seu
colega.
Cena 2: John, usa a visão para o
movimento dos pombos de modo a definir
os algoritmos que mostrem os movimentos
deles.
Cena 3: John se “despede” da menina
Marcee e um homem o observa
acariciando apenas o vento.
O mecanismo receptor segundo
BRAGHIROLLI e outros (2009, p. 53) é
constituído pelos órgãos dos sentidos e que
tem como função captar os estímulos do
meio. Ainda segundo a autora é possível
classificar esse sentidos em dez categorias:
visão, audição, olfato, paladar, tato, frio,
calor, dor, cinestesia e equilíbrio.
As cenas 1 e 2 se observa a atuação do
Mecanismo Receptor, mas precisamente a
visão. No entanto a cena 3, é um mais
exemplo de que na maior parte do filme,
infelizmente a visão de John Nash, é
prejudicada, devido as suas alucinações,
causadas pela sua esquizofrenia, visto que,
acaba por ver coisas que não existem, pois
são apenas produto de sua imaginação.
Nash ouve música clássica no se quarto Mecanismo Receptor – Audição
John, já idoso ao lado de Thomas King,
antes de tomar o chá, o cheira.
Mecanismo Receptor – Olfato, o qual faz parte
dos receptores químicos.
Ainda estudando em Princeton, quando
John busca uma maneira de alcançar um
trabalho original e fazendo cálculos nos
vidros da janela, acaba batendo com a
cabeça no vidro da janela e sente dor.
Mecanismo Receptor – Dor, a qual faz parte dos
sentidos cutâneos. Segundo BRAGHIROLLI e
outros (2009, p. 55) estão localizados em muitos
órgãos, reagem a uma grande variedade de
estímulos térmicos, mecânicos (como no caso da
cena) e químicos.
Na Universidade de Princeton, já idoso,
John Nash anda de bicicleta enquanto faz o
movimento do infinito
Isso possível graças ao mecanismo receptor –
cinestesia. A cinestesia é o que de acordo com
BRAGHIROLLI e outros (p. 55) permite que o
ser humano saiba sobre a posição dos membros
e grau de contração muscular. Assim andar de
bicicleta é possível graças a esse mecanismo.
Nash está em uma cadeira de rodas
conversando com o Dr. Rosen e ao tentar
sair correndo não percebe que seus pés
estão acorrentados e cai.
Nash caiu porque seu mecanismo receptor –
equilíbrio que informa a posição da cabeça, do
movimento do corpo, permitindo a manutenção
do equilíbrio foi prejudicado.
Nash recebe uma dose de insulina
enquanto é observado pela sua esposa
Alice e o Dr. Rosen. Então o protagonista
olha para sua mulher, começa a desmaiar e
uma lágrima desliza em seu rosto.
Mecanismo efetor – Glândulas. Na cena em
questão isso ocorreu devido a glândulas
exócrinas, mas precisamente as lacrimais.
Nash está em um bar. Os amigos o
estimulam a tentar conquistar uma moça.
Ele então diz a ela que não o que deveria
dizer para que a moça tenha relações com
ele. Sugere então que partam logo para o
“assunto”, porque tudo é mera troca de
fluidos orgânicos.
Isso ocorre devido ao glândulas sexuais do
mecanismo efetor, as quais são responsáveis
pelo impulso sexual do ser humano.
Nash recebe uma dose de insulina
enquanto é observado pela sua esposa
Alice e o Dr. Rosen. Então logo após
protagonista começa a ter uma espécie de
ataque epilético.
Nota-se que isso é devido ao seu sistema
nervoso central o qual faz parte do mecanismo
conector foi afetado, mas precisamente o
encéfalo.
2 Aspectos sociológicos
Cena 1: Nash logo no início começa a
conhecer seus futuros colegas em
Princeton, fala mal da gravata de Nilson e
logo em seguida também fala mal das teses
escritas por Hansen.
Cena 2: Nash vai começar a dar aula entra
em cena, abre o livro jogando-o no lixo e
posteriormente quando fecha a janela, um
de seus alunos pergunta se pode abrir a
janela pelo local estar quente, Nash retruca
afirmando que o conforto do aluno vem
depois da necessitar de ouvir a sua voz
Em ambas as cenas observa-se a questão da
percepção social. Nos termos colocado por
BRAGHIROLLI e outros (2009), são as
chamadas “primeiras impressões”, ou seja a
tendência que toda pessoa tem de fazer
julgamentos complexos a respeito de outra, com
base em algumas informações. Segundo a autora
as primeiras impressões determinam muito o
comportamento em relação as pessoas, tendendo
a se tornar estáveis.Dessa forma, observando as
duas cenas, com certeza em uma ou em outra a
primeira impressão que as pessoas devem ter
tido de Nash, não foi das melhores, devido a
maneira presunçosa com que ele se dirigiu.
Nash joga “Go” (jogo de origem chinesa) e
perde para Hansen e não se conforma.
Observa-se nesta cena, a questão da atitude.
Como expõe BRAGHIROLLI e outros (2009, p.
Observa-se que durante o jogo Hansen vai
afetando o psicologia de Nash,
principalmente quando pergunta a ele: “E
se você nunca aparecer com uma idéia
original?”
72): “conhecendo-se as atitudes de alguém,
pode-se com alguma segurança, prever seu
comportamento”. Dessa forma Hansen pode
durante o jogo abalar a confiança de John Nash.
John Nash questiona a teoria de Adam
Smith que dizia: “o melhor resultado é
quando todos no grupo fazem o que é
melhor para si”. Mas segundo Nash essa
teoria precisava de revisão, porque na
verdade o melhor resultado é quando todos
no grupo fazem o que é melhor para si e
para o grupo”.
Na cena em questão se vê claramente o
comportamento do grupo. Como afirma
BRAGHIROLLI e outros (2009, p. 74): “o
grupo exerce influências importantes no
comportamento em geral, merecendo por isso
ser estudado. Observa-se que a teoria de Nash é
mais socialista, enquanto que a teoria de Adam
Smith é mais individualista, porque se cada
pessoa no grupo faz o que é melhor para si, não
há nem o que se falar em grupo.
Nash vai começar a dar aula entra em cena,
abre o livro jogando-o no lixo e
posteriormente quando fecha a janela, um
de seus alunos pergunta se pode abrir a
janela pelo local estar quente, Nash retruca
afirmando que o conforto do aluno vem
depois da necessitar de ouvir a sua voz
Nesta cena também pode ser observada outro
quesito: a liderança. Apesar de ser uma relação
professor/aluno, um professor pode ser
considerado um líder visto que guia o aluno a
determinado objetivo. Na cena em questão pode
se observar uma espécie de líder autocrático,
porque acha uma perda de tempo dar aula e
ainda se impõe em relação aos alunos.
3 Sensação Cena 1: Nash ao lado de sua futura esposa
Alicia Nash, observam as estrelas. Então
ele pede para ela dizer um objeto, quando
então Alicia diz: “sombrinha” e Nash
“desenha” uma sombrinha entre as estrelas.
Cena 2: Nash já casado, começa a deixar
de tomar de seus remédios contra as
alucinações. Então ele vê uma sombra
correndo pela janela e vai atrás para ver o
que pode ser. Então enxerga uma luz forte
que após alguns segundos percebe se tratar
de Parcher e alguns soldados.
Inicialmente é importante salientar que apesar de
ser possível diferenciar sensação e percepção,
ambos são, conforme explica BRAGHIROLLI e
outros (2009) partes de um único processo.
Assim, segundo a autora a sensação está contida
dentro da percepção.
Em ambas as cenas pode-se identificar o quesito
da sensação. Na primeira cena a sensação que
Alicia tem é apenas de estar vendo estrelas no
céu, mas quando Nash começa a fazer o
“desenho”, sua percepção permite que ela
identifique a sombrinha em meio as estrelas.
Na cena 2, a sensação que John tem é de ver
apenas uma luz forte, que aos poucos a sua
percepção identifica como Parcher e os
soldados. Obviamente, tanto a sua sensação
quanto a sua percepção estavam prejudicados
pela esquizofrenia, já que aquilo que sentia e
percebia nessa cena, eram frutos de sua
perturbada mente.
4 Percepção Cena 1: Logo após conhecer Parcher, Nash
o acompanha através do que supostamente
seriam armazéns abandonados e quando
entra o que vê na verdade é um grande
complexo, com várias pessoas trabalhando,
ele ouve sons de rádio e olha perplexo ao
seu redor imaginando estar dentro de uma
grande base militar.
Cena 2: Nash ao lado de sua futura esposa
Alicia Nash, observam as estrelas. Então
ele pede para ela dizer um objeto, quando
então Alicia diz: “sombrinha” e Nash
“desenha” uma sombrinha entre as estrelas
Cena 3: Nash constata que Mercee não
envelhece.
Cena 4: Nash mostra para Charlie vários
esquemas matemáticos em que o primeiro
representa um jogo de pique, o segundo um
grupo de pombos lutando por migalhas de
pão e o terceiro uma mulher perseguindo
um homem que roubou sua bolsa.
Cena 5: Nash cinco anos após conseguir
seu doutorado vai ao Pentágono e é
colocado diante de um enorme conjunto de
códigos números, de onde conseguir
auferir latitudes e longitudes que
aparentemente eram rotas de entrada nos
Estados Unidos.
De acordo com Aragão citado por
BRAGHIOLLI e outros (2009, p. 84) afirma
que os fatores da percepção são 3: mecanismos
do percebedor, as características do estímulo e o
estado psicológico de quem percebe. As
características do estímulo são condições
externas ao percebedor enquanto que o estado
psicológico de quem percebe é o fator
determinante da percepção.
Na cena 1 como se observa Nash utiliza a sua
percepção para poder conseguir compreender o
que está acontecendo e como aquele armazém
abandonado era um grande complexo militar.
No entanto como é explicado posteriormente no
filme, a sua percepção estava prejudicada, mais
precisamente o terceiro fator (estado psicológico
de quem percebe) pois, devido a sua doença
(esquizofrenia) tudo o que estava vendo e
ouvindo na cena em questão era uma ilusão
gerada pela sua mente perturbada.
É importante mencionar que a cena 1 não se
trata de uma ilusão perceptual, mas uma
alucinação, que é uma experiência sensorial sem
existência de um objeto.
Já na cena 2, temos aí sim, um caso de ilusão
perceptual, pois Nash faz Alicia acreditar a
partir de seu “desenho” que as estrelas,
realmente formaram uma sombrinha.
BRAGHIROLLI e outros (2009, p.84)
afirma que a percepção supõe as sensações
acompanhadas dos significados que lhes
atribuímos como resultado da nossa
experiência anterior. Relacionamos os dados
sensoriais com nossas experiências
anteriores, o que lhes confere significado
(mecanismo de interpretar informações)
Assim na cena 3, mesmo com todo seu
delírio, Nash naquele momento relaciona os
dados sensoriais com suas experiências
anteriores e se dá conta que a menina não
envelhece. Como é sabedor de que com o
passar dos anos qualquer a menina deveria
ter se tornado mulher, Nash tem então a
constatação de que se trata de uma criação
de sua mente.
Na cena 4, temos um caso de organização
perceptiva. Segundo BRAGHIROLLI e outros
(2009, p. 89) um homem quando atingido,
continuamente por um grande número de
estímulos sensoriais diferentes, organiza esses
estímulos e os transforma em objetos. Sendo
isso em grande parte, devido a aprendizagem.
Nash conseguia transformar os objetos que via
em esquemas matemáticos. Dessa maneira Nash
após observar e perceber diferentes momentos
isoladamente (jogo de pique, os pombos e no
último a mulher e o ladrão) consegue organizá-
los em forma de matemática.
Igualmente na cena 5, temos outro exemplo de
organização perceptiva, pois os números foram
colocados de forma que não fossem percebidos.
No entanto nem Nash consegue perceber em
meio aos vários números ali presentes, números
que correspondiam a latitudes e longitudes.
5 Motivação Cena 1: Ainda estudando em Princeton,
quando John busca uma maneira de
alcançar um trabalho original e fazendo
cálculos nos vidros da janela, acaba
batendo com a cabeça no vidro da janela e
sente dor e logo em seguida diz: “eu não
A motivação possui várias divisões.
BRAGHIROLLI e outros (2009, p. 102), traz em
sua obra a seguinte classificação: motivos de
sobrevivência, motivos sociais e motivos do
“eu”.
Os motivos de sobrevivência segunda a autora
posso falhar”.
Cena 2: Nash durante um piquenique com
Alicia, antes ainda de se casarem diz para
ela que a acha atraente e que pelas
investidas dela, ela deve achar que ele
também é atraente. Mas que o ritual exige
um certo número de atividades platônicas,
antes do sexo. E afirma que embora esteja
fazendo essas atividades o que deseja é ter
relações com você o mais rápido possível.
Cena 3: Alicia já está casada com John. É
abril de 1946. John vai preparar o banho do
bebe e Alicia vai recolher as roupas do
varal. Alicia então após entrar no galpão
atrás de sua casa, percebe que John ainda
sofre alucinações, corre desesperadamente
e consegue salvar seu bebe de um quase
afogamento na banheira. Tenta acalmar o
filho enrolando-o em uma toalha.
Cena 4: Nash caminha ao lado de Helinger,
pedindo uma entrevista com Albert
Einstein e aponta para uma sala onde um
professor recebe várias canetas, as quais
são oferecidas ao membro do departamento
que consegue um feito em sua carreira e
pergunta a Nash o que vê. Nash diz que
enxerga reconhecimento e Helinger diz que
ele deve ver conquista. Posteriormente em
1994, já idoso, Nash, finalmente é
prestigiado com as canetas.
Cena 5: Nash após a cena do bar em que
consegue achar o caminho para criar sua
própria teoria, debruça-se sobre sua mesa e
começa a desenvolvê-la. Posteriormente a
apresenta para Helinger esperando que ele
a aprove.
Cena 6: Hansen desafia Nash para uma
partida de “Go” (jogo de origem chinesa).
são os que se baseiam nas necessidades
fisiológicas ou quaisquer condições que afetem
diretamente a sobrevivência do indivíduo. Estes
se dividem ainda em cíclicos, episódicos e de
recepção e interpretação de informações.
Na cena 1 observamos dois tipos de motivos de
sobrevivência episódicos: dor e medo. A dor
segundo a autora supra-citada é considerada um
estímulo averso, porque provoca um
comportamento de fuga. Ainda na cena 1
observa-se o medo. Este segundo
BRAGHIROLLI e outros (2009, p. 106) é
inerente a dor ou a outros estímulos nocivos. No
caso, Nash tinha medo de falhar em buscar um
trabalho original e não conseguir criar sua
própria tese.
Os motivos sociais segundo a autora supra-
citada são os que exigem para sua expressão, a
presença ou participação de outro indivíduo da
mesma espécie. Se incluem aí os seguintes
motivos: motivos de agressão, reprodutivos,
afiliativos e de dominação ou prestígio.
Na cena 2 observa-se o seguinte motivo social
reprodutivo: sexo. Como coloca
BRAGHIROLLI e outros (2009, p.107), o sexo
é um motivador poderoso do comportamento
humano.
Na cena 3, observa-se o motivo social:
comportamento maternal. De acordo com
BRAGHIROLLI e outros (2009), na espécie
humana, não existe um padrão fixo de
comportamento maternal, podendo. Na cena em
questão, Alicia se preocupou com seu filho e
correu para salvá-lo, mostrando assim o seu
comportamento maternal.
Na cena 4, outro motivo social: prestígio. O
motivo de prestígio é entendido como
responsável pelo comportamento de observação
Nash ainda ironiza o adversário dizendo
que está aterrorizado. Mas acaba perdendo
e não se conforma. Observa-se que durante
o jogo Hansen vai afetando a cabeça de
Nash, principalmente quando pergunta a
ele: “E se você nunca aparecer com uma
idéia original?” e ainda: “E se você
perder?”. Nash diz a ele que ele não tinha
como ganhar, pois a sua estratégia era
perfeita e nervoso acaba derrubando
acidentalmente o tabuleiro do jogo.
e manutenção de aprovação e estima, o que se
observa claramente nesta cena.
Finalmente os motivos do EU, na explicação de
BRAGHIROLLI e outros (2009, p. 111): “são
aqueles que contribuem para a defesa e a
revigoração da imagem que cada pessoa possui
de si mesma”.
Na Cena 5 observa-se o seguinte motivo do eu:
motivo de realização. De acordo com a autora
acima mencionada, o motivo de realização é a
necessidade que uma pessoa tem em agir
conforme padrões de excelência, procurando
fazer o melhor possível, buscando o sucesso.
Na Cena 6 tem-se o outro motivo do EU:
necessidade de informação consoante. A
necessidade de informação consoante é
necessário a todo indivíduo, mas se recebe
informação em sentido contrário, isso pode
mudar o seu comportamento. Observa-se que
antes do jogo Nash acreditava firmemente que ia
ganhar pois não tinha como perder para Hansen.
Mas durante, o jogo acaba caindo na “armadilha
psicológica” de Hansen e perde. Assim fica
confuso, pois ante do jogo acreditava ser
impossível perder, mas depois perde, e já não
acredita ser tão bom.
6 Emoção Cena 1:Ainda estudando em Princeton,
quando John busca uma maneira de
alcançar um trabalho original e fazendo
cálculos nos vidros da janela, desesperado
e chorando, acaba batendo com a cabeça
no vidro da janela e sente dor e logo em
seguida diz: “eu não posso falhar”.
Começa briga com Charles e derruba sua
Na Cena 1, o desespero por conseguir o seu
trabalho original e não falhar o leva a chorar,
brigar e derrubar sua mesa pela janela. Assim
podemos dizer que Nash está emocionado
observando dois dos indicadores da
manifestação das emoções, dentro os trazidos
por BRAGHIROLLI e outros (p. 119): a
observação do comportamento e indicadores
mesa pela janela.
Cena 2: Ao lado de Thomas King, em
1994, na Universidade de Princeton, ambos
estão tomando um chá quando de repente
Nash é surpreendido quando um homem
lhe entrega um caneta, seguido por todos
outros presentes no local.
fisiológicos. Observando o comportamento de
Nash, vemos a sua expressão facial e a maneira
como age (brigando e derrubando a mesa). Já em
relação aos indicadores fisiológicos tais como:
tremor, tensão muscular e secreção alterada das
glândulas salivares.
Na Cena 2, John Nash acaba por relembrar a
mesma coisa que havia visto ao lado de Helinger
em 1947, ou seja ele e seu trabalho haviam sido
reconhecidos. Conforme as canetas são deixadas
na mesa é possível perceber que Nash está
ligeiramente emocionado. Nessa caso é mais
difícil observar a manifestação da emoção,
porque como BRAGHIROLLI e outros (2009, p.
122) explica que a expressão emocional varia
com a idade e nota-se diferenças nítidas na
exteriorização das emoções a medida que o
indivíduo envelhece.
7 Aprendizagem Nash está em um bar reunido com seus
amigos, imaginando como conquistar a
loira que aparece na sua frente. Hansen
lembra Adam Smith, o pai da economia e
de que a ambição individual serve ao bem
e ainda que é cada um por si.
Repentinamente, ali naquele momento
Nash tem um lampejo e consegue formular
sua teoria original, dizendo inclusive que a
idéia de Adam Smith precisa de revisão
A cena mostra claramente a aprendizagem por
discernimento ou insight, a qual segundo
BRAGHIROLLI e outros (2009, p. 141) é usado
para designar uma mudança repentina no
desempenho, proveniente de aprendizagem.
Insight significa “estalo”. Assim segundo a
autora a pessoa, frente a um problema parece
não fazer grande progresso no início, mas,
repentinamente passa de um baixo de nível de
adequação para uma solução completa ou quase
completa do problema. É isso que acontece
nessa cena, Nash que até então não conseguia ter
uma idéia para resolver seu problema, tem uma
espécie de “estalo” e consegue desenvolver a sua
teoria.
8 Inteligência Cena 1: Nash está em um bar reunido com
seus amigos, imaginando como conquistar
a loira que aparece na sua frente. Hansen
lembra Adam Smith, o pai da economia e
de que a ambição individual serve ao bem
Segundo BRAGHIROLLI e outros (2009, p.
146), Freeman dividiu o estudo da inteligência
em 3 grupos. Na cenas é possível a observação
de dois deles. Na cena 1, observa-se a
capacidade de resolver problemas novos, o que
e ainda que é cada um por si. Outro colega
diz ainda que quem sobrasse ficaria com as
amigas. Repentinamente, ali naquele
momento Nash tem um lampejo e
consegue formular a seguinte teoria: se
todos competissem pelo loira eles se
bloqueariam e nenhum deles a ganharia. Ai
tentariam partir para as amigas, mas elas
dariam “um fora” neles porque ninguém
gosta de ficar em segundo. Mas eles não
partissem para a loira, um não fica no
caminho do outro e as outras garotas não
seriam insultadas. Esse seria o único jeito
de vencer.
Cena 2: Após a cena 1, Nash começa a
colocar em forma de cálculos matemáticos
a teoria supra-citada.
segundo a teoria de Freeman, significa que a
pessoa mais inteligente seria aquela que mais
facilmente consegue mudar seu comportamento
em função das exigências da situação, de forma
a conceber novas formas de enfrentá-la. Assim
Nash e seus amigos estavam tentando imaginar
uma forma de conquistar a loira e as amigas. Os
amigos acharam que cada um deveria
desenvolver sua própria solução, mas somente
Nash conseguiu achar uma solução em que todos
ficariam satisfeitos.
Na cena 2 observa-se a capacidade de pensar
abstratamente, o que segundo Freeman é utilizar
adequadamente conceitos e símbolos nas mais
variadas situações, principalmente símbolos
verbais e numéricos. Assim Nash colocou a
teoria que acabara de desenvolver junto aos seus
amigos e a coloca em forma de um cálculo
matemático, criando assim a sua teoria original.
9 Pensamento O ano é 1953.Nash, cinco anos após
conseguir seu doutorado vai ao Pentágono.
Os soldados americanos estavam
interpretando sinais de rádio vindos de
Moscou, onde o computador não detectava
um padrão, mas o general ali presente,
acreditava-se tratar de um código. Nash é
então colocado diante de vários painéis
onde havia vários conjunto de números,
para analisá-lo. O protagonista então
começa a pensar sobre os números a sua
frente e mentalmente tenta descobrir o que
significado estes podem ter, organizando-
os. Isso é observado porque enquanto
analisa, os números parecem saltar do
painel, formando em alguns momentos
figuras geométricas. Depois de pensar
muito (na cena você ao fundo o general ora
levantado, ora conversando, ora sentando e
O site do Wikipédia, traz diferentes abordagens
sobre o pensamento nos mais diversos campos:
biologia, filosofia, sociologia e ainda a
psicologia.
Segundo o site para a Psicologia o “pensar” é
uma manifestação intelectual com o objetivo de
responder a uma questão ou a solução de um
problema prático. É assim que nasce a
psicologia cognitiva, ramo da psicologia
responsável por investigar os processos mentais
internos como a resolução de problemas,
linguagem e memória.
Assim, observa-se na cena em questão que John
Nash estava diante de um problema, qual seja,
tentar descobrir o que significavam os números
a sua frente, analisando-os mentalmente
(manifestação intelectual) até tentar atingir a
resolução do problema.
tomando café) Nash pede um mapa e
afirma que aqueles números são latitudes e
longitudes que aparentemente eram rotas
de entrada nos Estados Unidos.
10 Memória Cena 1: Parcher leva John Nash a um
complexo militar e começa a explicar a
este porque o levou até lá. Nash iria ter
uma função de decifrador de códigos. De
acordo Parcher, uma facção russa chamada
nova liberdade se comunicava com seus
agentes através de códigos incorporados
em revistas. Assim, John deveria
memorizar uma lista de nomes de várias
revistas e depois adquirir seus respectivos
exemplares, encontrar os có-
digos nas revistas e depois decifrá-los.
Cena 2: Esta cena, se inicia logo após a
cena 1, onde vemos John analisando vários
revistas e tentando encontrar códigos.
Conforme explica, o site do Wikipédia, memória
é a capacidade de adquirir (aquisição),
armazenar (consolidar) e recuperar (evocar)
informações disponíveis internamente no
cérebro. A memória pode ser dividida em 2
tipos: declarativa (pode ser declarada (fatos,
nomes, acontecimentos, etc.) ) e não-declarativa
(inclui procedimentos motores (andar de
bicicleta, desenhar com precisão, etc.). A
primeira é atinge o nível da consciência
enquanto que a segunda não.
Ainda segundo o site a psicologia distingue dois
tipos de memória declarativa: episódica
(relativa a lembrança de coisas e eventos
associados a um tempo ou lugar em
particular) e a semântica (quando
relembramos e associamos a fatos). Esta
última é a que permite guardar nomes de
lugares, vocabulários, etc.
Dessa forma na primeira cena, Parcher pede que
John memorize uma lista de nomes de revistas,
para posterior ler seus exemplares. Assim Nash
deve utilizar a memória declarativa semântica
para armazenar essa lista. Posteriormente vemos
na cena 2, que a lista foi aparentemente
memorizada correntamente (já que a pessoa que
assiste ao filme não tem acesso a lista). Neste
caso, Nash evocou (recuperou) a lista que havia
anteriormente memorizado.
INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objetivo fazer uma análise do filme Uma Mente Brilhante,
associando-o a processos psicológicos básicos estudados em sala de aula tais como: aspectos
biológicos; aspectos sociológicos; sensação; percepção; motivação; emoção; aprendizagem;
inteligência; pensamento e memória. O filme Uma Mente Brilhante, que narra a história
verídica de John Nash é baseado no livro A Beautiful Mind: A Biography of John Forbes
Nash Jr., de Sylvia Nasar.
John Nash, interpretado pelo ator Russel Crowe, o qual demonstra ser um grande
matemático quando chega a Universidade de Princeton, para fazer seu doutorado. Mostra-se
inicialmente arrogante com seus colegas e um grande desastre com garotas. Mas seu
verdadeiro objetivo é tentar descobrir uma tese original e poder valorizar-se em âmbito
nacional. E acabou conseguindo ao opor-se ao conceito de Adam Smith a respeito de
competição e teoria de grupo.
Após concluir seu doutorado, vai trabalhar no Massachussets Institute of Technology
(MIT), onde é convidado também a dar aulas, o que considerava um martírio. Logo depois é
chamado por Parcher para ser decifrador de códigos do governo e ajudar a evitar uma
explosão atômica nos Estados Unidos. Ainda nessa época conheceu Alicia (Jennifer
Connelly) com a qual se casaria posteriormente. A partir daí é revelado que Nash possui
esquizofrenia e que boa parte das coisas que imaginava e ainda as pessoas com que convivera
nunca existiram. Posteriormente, utilizando de coragem, força e inteligência e ainda com a
ajuda de Alicia e seu amigo Hansen consegue ir superando as adversidades e voltar a uma
vida normal.
Assim, o filme traz parte da vida de um homem que, apesar de ser um gênio, têm suas
frustrações, esquisitices, amores, doenças, amizades, assim como qualquer pessoa. Neste
contexto, esta é um obra rica em situações onde podemos elencar diversas partes do filme
para fazermos uma correlação com os processos psicológicos básicos já citados
anteriormente.
CONCLUSÃO
O filme “uma mente brilhante”, retrata a trajetória de um jovem portador de
esquizofrenia. Esta se caracteriza como um transtorno psíquico severo que pode ser
demonstrado através dos seguintes sintomas: alterações do pensamento, alucinações (visuais,
cinestésicas, e sobretudo auditivas), delírios e alterações no contato com a realidade. As
esquizofrenias compõem o grupo das Psicoses, que não foram assuntos abordados no presente
trabalho.
O filme retratou a trajetória de John Nash, um jovem portador da referida patologia,
que, contudo, foi capaz conviver com as adversidades que a doença lhe impunha.
Ele como portador de tal patologia precisava de acompanhamento médico
psiquiátrico e de prescrições médicas para ajudá-lo na superação de seus obstáculos, a própria
doença e o estigma social.
Não obstante, o jovem personagem ainda tinha pela frente o desafio da socialização,
da aceitação de pessoas que necessariamente não eram seus pares, ou de outra forma, iguais a
ele, os considerados “normais”.
A sociedade, contudo tende a não inserir no seu contexto aqueles que não se adequam
aos seus padrões sociais e comportamentais, contudo o jovem Nash, diante de tantas
habilidades que possuía, abriu espaço e conseguiu conquistar seu lugar na sociedade.
Todavia, não devemos banalizar os transtornos psíquicos, pois dependendo do grau de
acometimento, a vida da pessoa acometida pelo transtorno e a dos familiares se tornará um
desafio permanente a ser superado diariamente.
Temos a tendência a crer mais no fracasso de uma pessoa, do que no seu real
potencial, isso porque muitas vezes ficamos na superficie dos nossos conceitos éticos,
valorativos e morais.
A esquizofrenia é estigmatizadora, e a pessoa é isolada socialmente, até porque esse
isolamento é uma das suas caracterisitcas.
É mister buscarmos alternativas para diagnosticar o mais cedo possível às tendências à
esquizofrenia, para que seus prognósticos não sejam tão sombrios e a pessoa portadora dessa
patologia possa ter uma qualidade de vida compativel com a dignidade da pessoa humana.
Assim, acreditamos que os transtornos psiquicos apresentados pelo Nash no filme,
retraram uma realidade que raamente se aplica a outros esquizofrênicos, como também ficou
demonstrado que os fatores biológicos, sociológicos do comportamento do personagem
sofreram interferência do meio ambiente, bem como os aspectos básicos relacionados com a
percepção, emoção, inteligência, pensamento, entre outros.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRAGHIROLLI, Elaine Maria e outros. Psicologia Geral. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2009.
BRASIL. SUPREMO TRINAL FEDERAL. Hungria, Nelson. Comentários ao Código Penal, vol. VIII. RHC 54.486-RJ – REL. MIN. LEITÃO DE ABREU – 2ª TURMA – RT 493/361.
WIKIPÉDIA. Pensamento. Disponível em: <pt.wikipedia.org/wiki/Pensamento>. Acessado em: 23.10.2010
WIKIPÉDIA. Memória. Disponível em: <pt.wikipedia.org/wiki/Pensamento>. Acessado em: 23.10.2010
UMA MENTE BRILHANTE (filme). Direção: Ron Howard.Elenco: Russel Crowe, Ed Harris, Jennifer Connelly, Paul Bettany, Josh Lucas e outros. EUA, Dreamworks, 2001, 135 min.
CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE-UNINORTECURSO DE PSICOLOGIA- FORMAÇÃO DE PSICOLÓGO
ANÁLISE DO FILME: “UMA MENTE BRILHANTE”
MANAUS 2010
ANDREZA COSTA DENISE DE AGUIAR DUARTE MARIA PIRES DA CRUZ LEAL
ANÁLISE DO FILME: “UMA MENTE BRILHANTE”
Trabalho apresentado à Professora Eliana Girão, como requisito para obtenção de nota parcial do curso de Formação de Psicólogo. Setembro de 2010 – 2º bimestre do 2º período da PST 02S1.
MANAUS
2010