analise do filme uma mente brilhante

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UMA MENTE BRILHANTE (DreamWorks) Ite m Processo Psicológic o Descrição da cena do filme Comentário, relação com a teoria 1 Aspectos biológicos Cena 1: No início do filme é quando John, observa o efeito da sua luz através do vidro e como este se mostra na gravata de seu colega. Cena 2: John, usa a visão para o movimento dos pombos de modo a definir os algoritmos que mostrem os movimentos deles. Cena 3: John se “despede” da menina Marcee e um homem o observa acariciando apenas o vento. O mecanismo receptor segundo BRAGHIROLLI e outros (2009, p. 53) é constituído pelos órgãos dos sentidos e que tem como função captar os estímulos do meio. Ainda segundo a autora é possível classificar esse sentidos em dez categorias: visão, audição, olfato, paladar, tato, frio, calor, dor, cinestesia e equilíbrio. As cenas 1 e 2 se observa a atuação do Mecanismo Receptor, mas precisamente a visão. No entanto a cena 3, é um mais exemplo de que na maior parte do filme, infelizmente a visão de John Nash, é prejudicada, devido as suas alucinações, causadas pela sua esquizofrenia, visto que, acaba por ver coisas que não existem, pois são apenas produto de sua imaginação.

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Page 1: Analise Do Filme Uma Mente Brilhante

UMA MENTE BRILHANTE(DreamWorks)

Item Processo Psicológico

Descrição da cena do filme Comentário, relação com a teoria

1 Aspectos biológicos

Cena 1: No início do filme é quando John,

observa o efeito da sua luz através do vidro

e como este se mostra na gravata de seu

colega.

Cena 2: John, usa a visão para o

movimento dos pombos de modo a definir

os algoritmos que mostrem os movimentos

deles.

Cena 3: John se “despede” da menina

Marcee e um homem o observa

acariciando apenas o vento.

O mecanismo receptor segundo

BRAGHIROLLI e outros (2009, p. 53) é

constituído pelos órgãos dos sentidos e que

tem como função captar os estímulos do

meio. Ainda segundo a autora é possível

classificar esse sentidos em dez categorias:

visão, audição, olfato, paladar, tato, frio,

calor, dor, cinestesia e equilíbrio.

As cenas 1 e 2 se observa a atuação do

Mecanismo Receptor, mas precisamente a

visão. No entanto a cena 3, é um mais

exemplo de que na maior parte do filme,

infelizmente a visão de John Nash, é

prejudicada, devido as suas alucinações,

causadas pela sua esquizofrenia, visto que,

acaba por ver coisas que não existem, pois

são apenas produto de sua imaginação.

Nash ouve música clássica no se quarto Mecanismo Receptor – Audição

John, já idoso ao lado de Thomas King,

antes de tomar o chá, o cheira.

Mecanismo Receptor – Olfato, o qual faz parte

dos receptores químicos.

Ainda estudando em Princeton, quando

John busca uma maneira de alcançar um

trabalho original e fazendo cálculos nos

vidros da janela, acaba batendo com a

cabeça no vidro da janela e sente dor.

Mecanismo Receptor – Dor, a qual faz parte dos

sentidos cutâneos. Segundo BRAGHIROLLI e

outros (2009, p. 55) estão localizados em muitos

órgãos, reagem a uma grande variedade de

estímulos térmicos, mecânicos (como no caso da

cena) e químicos.

Na Universidade de Princeton, já idoso,

John Nash anda de bicicleta enquanto faz o

movimento do infinito

Isso possível graças ao mecanismo receptor –

cinestesia. A cinestesia é o que de acordo com

BRAGHIROLLI e outros (p. 55) permite que o

ser humano saiba sobre a posição dos membros

e grau de contração muscular. Assim andar de

Page 2: Analise Do Filme Uma Mente Brilhante

bicicleta é possível graças a esse mecanismo.

Nash está em uma cadeira de rodas

conversando com o Dr. Rosen e ao tentar

sair correndo não percebe que seus pés

estão acorrentados e cai.

Nash caiu porque seu mecanismo receptor –

equilíbrio que informa a posição da cabeça, do

movimento do corpo, permitindo a manutenção

do equilíbrio foi prejudicado.

Nash recebe uma dose de insulina

enquanto é observado pela sua esposa

Alice e o Dr. Rosen. Então o protagonista

olha para sua mulher, começa a desmaiar e

uma lágrima desliza em seu rosto.

Mecanismo efetor – Glândulas. Na cena em

questão isso ocorreu devido a glândulas

exócrinas, mas precisamente as lacrimais.

Nash está em um bar. Os amigos o

estimulam a tentar conquistar uma moça.

Ele então diz a ela que não o que deveria

dizer para que a moça tenha relações com

ele. Sugere então que partam logo para o

“assunto”, porque tudo é mera troca de

fluidos orgânicos.

Isso ocorre devido ao glândulas sexuais do

mecanismo efetor, as quais são responsáveis

pelo impulso sexual do ser humano.

Nash recebe uma dose de insulina

enquanto é observado pela sua esposa

Alice e o Dr. Rosen. Então logo após

protagonista começa a ter uma espécie de

ataque epilético.

Nota-se que isso é devido ao seu sistema

nervoso central o qual faz parte do mecanismo

conector foi afetado, mas precisamente o

encéfalo.

2 Aspectos sociológicos

Cena 1: Nash logo no início começa a

conhecer seus futuros colegas em

Princeton, fala mal da gravata de Nilson e

logo em seguida também fala mal das teses

escritas por Hansen.

Cena 2: Nash vai começar a dar aula entra

em cena, abre o livro jogando-o no lixo e

posteriormente quando fecha a janela, um

de seus alunos pergunta se pode abrir a

janela pelo local estar quente, Nash retruca

afirmando que o conforto do aluno vem

depois da necessitar de ouvir a sua voz

Em ambas as cenas observa-se a questão da

percepção social. Nos termos colocado por

BRAGHIROLLI e outros (2009), são as

chamadas “primeiras impressões”, ou seja a

tendência que toda pessoa tem de fazer

julgamentos complexos a respeito de outra, com

base em algumas informações. Segundo a autora

as primeiras impressões determinam muito o

comportamento em relação as pessoas, tendendo

a se tornar estáveis.Dessa forma, observando as

duas cenas, com certeza em uma ou em outra a

primeira impressão que as pessoas devem ter

tido de Nash, não foi das melhores, devido a

maneira presunçosa com que ele se dirigiu.

Nash joga “Go” (jogo de origem chinesa) e

perde para Hansen e não se conforma.

Observa-se nesta cena, a questão da atitude.

Como expõe BRAGHIROLLI e outros (2009, p.

Page 3: Analise Do Filme Uma Mente Brilhante

Observa-se que durante o jogo Hansen vai

afetando o psicologia de Nash,

principalmente quando pergunta a ele: “E

se você nunca aparecer com uma idéia

original?”

72): “conhecendo-se as atitudes de alguém,

pode-se com alguma segurança, prever seu

comportamento”. Dessa forma Hansen pode

durante o jogo abalar a confiança de John Nash.

John Nash questiona a teoria de Adam

Smith que dizia: “o melhor resultado é

quando todos no grupo fazem o que é

melhor para si”. Mas segundo Nash essa

teoria precisava de revisão, porque na

verdade o melhor resultado é quando todos

no grupo fazem o que é melhor para si e

para o grupo”.

Na cena em questão se vê claramente o

comportamento do grupo. Como afirma

BRAGHIROLLI e outros (2009, p. 74): “o

grupo exerce influências importantes no

comportamento em geral, merecendo por isso

ser estudado. Observa-se que a teoria de Nash é

mais socialista, enquanto que a teoria de Adam

Smith é mais individualista, porque se cada

pessoa no grupo faz o que é melhor para si, não

há nem o que se falar em grupo.

Nash vai começar a dar aula entra em cena,

abre o livro jogando-o no lixo e

posteriormente quando fecha a janela, um

de seus alunos pergunta se pode abrir a

janela pelo local estar quente, Nash retruca

afirmando que o conforto do aluno vem

depois da necessitar de ouvir a sua voz

Nesta cena também pode ser observada outro

quesito: a liderança. Apesar de ser uma relação

professor/aluno, um professor pode ser

considerado um líder visto que guia o aluno a

determinado objetivo. Na cena em questão pode

se observar uma espécie de líder autocrático,

porque acha uma perda de tempo dar aula e

ainda se impõe em relação aos alunos.

3 Sensação Cena 1: Nash ao lado de sua futura esposa

Alicia Nash, observam as estrelas. Então

ele pede para ela dizer um objeto, quando

então Alicia diz: “sombrinha” e Nash

“desenha” uma sombrinha entre as estrelas.

Cena 2: Nash já casado, começa a deixar

de tomar de seus remédios contra as

alucinações. Então ele vê uma sombra

correndo pela janela e vai atrás para ver o

que pode ser. Então enxerga uma luz forte

que após alguns segundos percebe se tratar

de Parcher e alguns soldados.

Inicialmente é importante salientar que apesar de

ser possível diferenciar sensação e percepção,

ambos são, conforme explica BRAGHIROLLI e

outros (2009) partes de um único processo.

Assim, segundo a autora a sensação está contida

dentro da percepção.

Em ambas as cenas pode-se identificar o quesito

da sensação. Na primeira cena a sensação que

Alicia tem é apenas de estar vendo estrelas no

céu, mas quando Nash começa a fazer o

“desenho”, sua percepção permite que ela

identifique a sombrinha em meio as estrelas.

Na cena 2, a sensação que John tem é de ver

apenas uma luz forte, que aos poucos a sua

percepção identifica como Parcher e os

Page 4: Analise Do Filme Uma Mente Brilhante

soldados. Obviamente, tanto a sua sensação

quanto a sua percepção estavam prejudicados

pela esquizofrenia, já que aquilo que sentia e

percebia nessa cena, eram frutos de sua

perturbada mente.

4 Percepção Cena 1: Logo após conhecer Parcher, Nash

o acompanha através do que supostamente

seriam armazéns abandonados e quando

entra o que vê na verdade é um grande

complexo, com várias pessoas trabalhando,

ele ouve sons de rádio e olha perplexo ao

seu redor imaginando estar dentro de uma

grande base militar.

Cena 2: Nash ao lado de sua futura esposa

Alicia Nash, observam as estrelas. Então

ele pede para ela dizer um objeto, quando

então Alicia diz: “sombrinha” e Nash

“desenha” uma sombrinha entre as estrelas

Cena 3: Nash constata que Mercee não

envelhece.

Cena 4: Nash mostra para Charlie vários

esquemas matemáticos em que o primeiro

representa um jogo de pique, o segundo um

grupo de pombos lutando por migalhas de

pão e o terceiro uma mulher perseguindo

um homem que roubou sua bolsa.

Cena 5: Nash cinco anos após conseguir

seu doutorado vai ao Pentágono e é

colocado diante de um enorme conjunto de

códigos números, de onde conseguir

auferir latitudes e longitudes que

aparentemente eram rotas de entrada nos

Estados Unidos.

De acordo com Aragão citado por

BRAGHIOLLI e outros (2009, p. 84) afirma

que os fatores da percepção são 3: mecanismos

do percebedor, as características do estímulo e o

estado psicológico de quem percebe. As

características do estímulo são condições

externas ao percebedor enquanto que o estado

psicológico de quem percebe é o fator

determinante da percepção.

Na cena 1 como se observa Nash utiliza a sua

percepção para poder conseguir compreender o

que está acontecendo e como aquele armazém

abandonado era um grande complexo militar.

No entanto como é explicado posteriormente no

filme, a sua percepção estava prejudicada, mais

precisamente o terceiro fator (estado psicológico

de quem percebe) pois, devido a sua doença

(esquizofrenia) tudo o que estava vendo e

ouvindo na cena em questão era uma ilusão

gerada pela sua mente perturbada.

É importante mencionar que a cena 1 não se

trata de uma ilusão perceptual, mas uma

alucinação, que é uma experiência sensorial sem

existência de um objeto.

Já na cena 2, temos aí sim, um caso de ilusão

perceptual, pois Nash faz Alicia acreditar a

partir de seu “desenho” que as estrelas,

realmente formaram uma sombrinha.

BRAGHIROLLI e outros (2009, p.84)

afirma que a percepção supõe as sensações

acompanhadas dos significados que lhes

atribuímos como resultado da nossa

experiência anterior. Relacionamos os dados

Page 5: Analise Do Filme Uma Mente Brilhante

sensoriais com nossas experiências

anteriores, o que lhes confere significado

(mecanismo de interpretar informações)

Assim na cena 3, mesmo com todo seu

delírio, Nash naquele momento relaciona os

dados sensoriais com suas experiências

anteriores e se dá conta que a menina não

envelhece. Como é sabedor de que com o

passar dos anos qualquer a menina deveria

ter se tornado mulher, Nash tem então a

constatação de que se trata de uma criação

de sua mente.

Na cena 4, temos um caso de organização

perceptiva. Segundo BRAGHIROLLI e outros

(2009, p. 89) um homem quando atingido,

continuamente por um grande número de

estímulos sensoriais diferentes, organiza esses

estímulos e os transforma em objetos. Sendo

isso em grande parte, devido a aprendizagem.

Nash conseguia transformar os objetos que via

em esquemas matemáticos. Dessa maneira Nash

após observar e perceber diferentes momentos

isoladamente (jogo de pique, os pombos e no

último a mulher e o ladrão) consegue organizá-

los em forma de matemática.

Igualmente na cena 5, temos outro exemplo de

organização perceptiva, pois os números foram

colocados de forma que não fossem percebidos.

No entanto nem Nash consegue perceber em

meio aos vários números ali presentes, números

que correspondiam a latitudes e longitudes.

5 Motivação Cena 1: Ainda estudando em Princeton,

quando John busca uma maneira de

alcançar um trabalho original e fazendo

cálculos nos vidros da janela, acaba

batendo com a cabeça no vidro da janela e

sente dor e logo em seguida diz: “eu não

A motivação possui várias divisões.

BRAGHIROLLI e outros (2009, p. 102), traz em

sua obra a seguinte classificação: motivos de

sobrevivência, motivos sociais e motivos do

“eu”.

Os motivos de sobrevivência segunda a autora

Page 6: Analise Do Filme Uma Mente Brilhante

posso falhar”.

Cena 2: Nash durante um piquenique com

Alicia, antes ainda de se casarem diz para

ela que a acha atraente e que pelas

investidas dela, ela deve achar que ele

também é atraente. Mas que o ritual exige

um certo número de atividades platônicas,

antes do sexo. E afirma que embora esteja

fazendo essas atividades o que deseja é ter

relações com você o mais rápido possível.

Cena 3: Alicia já está casada com John. É

abril de 1946. John vai preparar o banho do

bebe e Alicia vai recolher as roupas do

varal. Alicia então após entrar no galpão

atrás de sua casa, percebe que John ainda

sofre alucinações, corre desesperadamente

e consegue salvar seu bebe de um quase

afogamento na banheira. Tenta acalmar o

filho enrolando-o em uma toalha.

Cena 4: Nash caminha ao lado de Helinger,

pedindo uma entrevista com Albert

Einstein e aponta para uma sala onde um

professor recebe várias canetas, as quais

são oferecidas ao membro do departamento

que consegue um feito em sua carreira e

pergunta a Nash o que vê. Nash diz que

enxerga reconhecimento e Helinger diz que

ele deve ver conquista. Posteriormente em

1994, já idoso, Nash, finalmente é

prestigiado com as canetas.

Cena 5: Nash após a cena do bar em que

consegue achar o caminho para criar sua

própria teoria, debruça-se sobre sua mesa e

começa a desenvolvê-la. Posteriormente a

apresenta para Helinger esperando que ele

a aprove.

Cena 6: Hansen desafia Nash para uma

partida de “Go” (jogo de origem chinesa).

são os que se baseiam nas necessidades

fisiológicas ou quaisquer condições que afetem

diretamente a sobrevivência do indivíduo. Estes

se dividem ainda em cíclicos, episódicos e de

recepção e interpretação de informações.

Na cena 1 observamos dois tipos de motivos de

sobrevivência episódicos: dor e medo. A dor

segundo a autora supra-citada é considerada um

estímulo averso, porque provoca um

comportamento de fuga. Ainda na cena 1

observa-se o medo. Este segundo

BRAGHIROLLI e outros (2009, p. 106) é

inerente a dor ou a outros estímulos nocivos. No

caso, Nash tinha medo de falhar em buscar um

trabalho original e não conseguir criar sua

própria tese.

Os motivos sociais segundo a autora supra-

citada são os que exigem para sua expressão, a

presença ou participação de outro indivíduo da

mesma espécie. Se incluem aí os seguintes

motivos: motivos de agressão, reprodutivos,

afiliativos e de dominação ou prestígio.

Na cena 2 observa-se o seguinte motivo social

reprodutivo: sexo. Como coloca

BRAGHIROLLI e outros (2009, p.107), o sexo

é um motivador poderoso do comportamento

humano.

Na cena 3, observa-se o motivo social:

comportamento maternal. De acordo com

BRAGHIROLLI e outros (2009), na espécie

humana, não existe um padrão fixo de

comportamento maternal, podendo. Na cena em

questão, Alicia se preocupou com seu filho e

correu para salvá-lo, mostrando assim o seu

comportamento maternal.

Na cena 4, outro motivo social: prestígio. O

motivo de prestígio é entendido como

responsável pelo comportamento de observação

Page 7: Analise Do Filme Uma Mente Brilhante

Nash ainda ironiza o adversário dizendo

que está aterrorizado. Mas acaba perdendo

e não se conforma. Observa-se que durante

o jogo Hansen vai afetando a cabeça de

Nash, principalmente quando pergunta a

ele: “E se você nunca aparecer com uma

idéia original?” e ainda: “E se você

perder?”. Nash diz a ele que ele não tinha

como ganhar, pois a sua estratégia era

perfeita e nervoso acaba derrubando

acidentalmente o tabuleiro do jogo.

e manutenção de aprovação e estima, o que se

observa claramente nesta cena.

Finalmente os motivos do EU, na explicação de

BRAGHIROLLI e outros (2009, p. 111): “são

aqueles que contribuem para a defesa e a

revigoração da imagem que cada pessoa possui

de si mesma”.

Na Cena 5 observa-se o seguinte motivo do eu:

motivo de realização. De acordo com a autora

acima mencionada, o motivo de realização é a

necessidade que uma pessoa tem em agir

conforme padrões de excelência, procurando

fazer o melhor possível, buscando o sucesso.

Na Cena 6 tem-se o outro motivo do EU:

necessidade de informação consoante. A

necessidade de informação consoante é

necessário a todo indivíduo, mas se recebe

informação em sentido contrário, isso pode

mudar o seu comportamento. Observa-se que

antes do jogo Nash acreditava firmemente que ia

ganhar pois não tinha como perder para Hansen.

Mas durante, o jogo acaba caindo na “armadilha

psicológica” de Hansen e perde. Assim fica

confuso, pois ante do jogo acreditava ser

impossível perder, mas depois perde, e já não

acredita ser tão bom.

6 Emoção Cena 1:Ainda estudando em Princeton,

quando John busca uma maneira de

alcançar um trabalho original e fazendo

cálculos nos vidros da janela, desesperado

e chorando, acaba batendo com a cabeça

no vidro da janela e sente dor e logo em

seguida diz: “eu não posso falhar”.

Começa briga com Charles e derruba sua

Na Cena 1, o desespero por conseguir o seu

trabalho original e não falhar o leva a chorar,

brigar e derrubar sua mesa pela janela. Assim

podemos dizer que Nash está emocionado

observando dois dos indicadores da

manifestação das emoções, dentro os trazidos

por BRAGHIROLLI e outros (p. 119): a

observação do comportamento e indicadores

Page 8: Analise Do Filme Uma Mente Brilhante

mesa pela janela.

Cena 2: Ao lado de Thomas King, em

1994, na Universidade de Princeton, ambos

estão tomando um chá quando de repente

Nash é surpreendido quando um homem

lhe entrega um caneta, seguido por todos

outros presentes no local.

fisiológicos. Observando o comportamento de

Nash, vemos a sua expressão facial e a maneira

como age (brigando e derrubando a mesa). Já em

relação aos indicadores fisiológicos tais como:

tremor, tensão muscular e secreção alterada das

glândulas salivares.

Na Cena 2, John Nash acaba por relembrar a

mesma coisa que havia visto ao lado de Helinger

em 1947, ou seja ele e seu trabalho haviam sido

reconhecidos. Conforme as canetas são deixadas

na mesa é possível perceber que Nash está

ligeiramente emocionado. Nessa caso é mais

difícil observar a manifestação da emoção,

porque como BRAGHIROLLI e outros (2009, p.

122) explica que a expressão emocional varia

com a idade e nota-se diferenças nítidas na

exteriorização das emoções a medida que o

indivíduo envelhece.

7 Aprendizagem Nash está em um bar reunido com seus

amigos, imaginando como conquistar a

loira que aparece na sua frente. Hansen

lembra Adam Smith, o pai da economia e

de que a ambição individual serve ao bem

e ainda que é cada um por si.

Repentinamente, ali naquele momento

Nash tem um lampejo e consegue formular

sua teoria original, dizendo inclusive que a

idéia de Adam Smith precisa de revisão

A cena mostra claramente a aprendizagem por

discernimento ou insight, a qual segundo

BRAGHIROLLI e outros (2009, p. 141) é usado

para designar uma mudança repentina no

desempenho, proveniente de aprendizagem.

Insight significa “estalo”. Assim segundo a

autora a pessoa, frente a um problema parece

não fazer grande progresso no início, mas,

repentinamente passa de um baixo de nível de

adequação para uma solução completa ou quase

completa do problema. É isso que acontece

nessa cena, Nash que até então não conseguia ter

uma idéia para resolver seu problema, tem uma

espécie de “estalo” e consegue desenvolver a sua

teoria.

8 Inteligência Cena 1: Nash está em um bar reunido com

seus amigos, imaginando como conquistar

a loira que aparece na sua frente. Hansen

lembra Adam Smith, o pai da economia e

de que a ambição individual serve ao bem

Segundo BRAGHIROLLI e outros (2009, p.

146), Freeman dividiu o estudo da inteligência

em 3 grupos. Na cenas é possível a observação

de dois deles. Na cena 1, observa-se a

capacidade de resolver problemas novos, o que

Page 9: Analise Do Filme Uma Mente Brilhante

e ainda que é cada um por si. Outro colega

diz ainda que quem sobrasse ficaria com as

amigas. Repentinamente, ali naquele

momento Nash tem um lampejo e

consegue formular a seguinte teoria: se

todos competissem pelo loira eles se

bloqueariam e nenhum deles a ganharia. Ai

tentariam partir para as amigas, mas elas

dariam “um fora” neles porque ninguém

gosta de ficar em segundo. Mas eles não

partissem para a loira, um não fica no

caminho do outro e as outras garotas não

seriam insultadas. Esse seria o único jeito

de vencer.

Cena 2: Após a cena 1, Nash começa a

colocar em forma de cálculos matemáticos

a teoria supra-citada.

segundo a teoria de Freeman, significa que a

pessoa mais inteligente seria aquela que mais

facilmente consegue mudar seu comportamento

em função das exigências da situação, de forma

a conceber novas formas de enfrentá-la. Assim

Nash e seus amigos estavam tentando imaginar

uma forma de conquistar a loira e as amigas. Os

amigos acharam que cada um deveria

desenvolver sua própria solução, mas somente

Nash conseguiu achar uma solução em que todos

ficariam satisfeitos.

Na cena 2 observa-se a capacidade de pensar

abstratamente, o que segundo Freeman é utilizar

adequadamente conceitos e símbolos nas mais

variadas situações, principalmente símbolos

verbais e numéricos. Assim Nash colocou a

teoria que acabara de desenvolver junto aos seus

amigos e a coloca em forma de um cálculo

matemático, criando assim a sua teoria original.

9 Pensamento O ano é 1953.Nash, cinco anos após

conseguir seu doutorado vai ao Pentágono.

Os soldados americanos estavam

interpretando sinais de rádio vindos de

Moscou, onde o computador não detectava

um padrão, mas o general ali presente,

acreditava-se tratar de um código. Nash é

então colocado diante de vários painéis

onde havia vários conjunto de números,

para analisá-lo. O protagonista então

começa a pensar sobre os números a sua

frente e mentalmente tenta descobrir o que

significado estes podem ter, organizando-

os. Isso é observado porque enquanto

analisa, os números parecem saltar do

painel, formando em alguns momentos

figuras geométricas. Depois de pensar

muito (na cena você ao fundo o general ora

levantado, ora conversando, ora sentando e

O site do Wikipédia, traz diferentes abordagens

sobre o pensamento nos mais diversos campos:

biologia, filosofia, sociologia e ainda a

psicologia.

Segundo o site para a Psicologia o “pensar” é

uma manifestação intelectual com o objetivo de

responder a uma questão ou a solução de um

problema prático. É assim que nasce a

psicologia cognitiva, ramo da psicologia

responsável por investigar os processos mentais

internos como a resolução de problemas,

linguagem e memória.

Assim, observa-se na cena em questão que John

Nash estava diante de um problema, qual seja,

tentar descobrir o que significavam os números

a sua frente, analisando-os mentalmente

(manifestação intelectual) até tentar atingir a

resolução do problema.

Page 10: Analise Do Filme Uma Mente Brilhante

tomando café) Nash pede um mapa e

afirma que aqueles números são latitudes e

longitudes que aparentemente eram rotas

de entrada nos Estados Unidos.

10 Memória Cena 1: Parcher leva John Nash a um

complexo militar e começa a explicar a

este porque o levou até lá. Nash iria ter

uma função de decifrador de códigos. De

acordo Parcher, uma facção russa chamada

nova liberdade se comunicava com seus

agentes através de códigos incorporados

em revistas. Assim, John deveria

memorizar uma lista de nomes de várias

revistas e depois adquirir seus respectivos

exemplares, encontrar os có-

digos nas revistas e depois decifrá-los.

Cena 2: Esta cena, se inicia logo após a

cena 1, onde vemos John analisando vários

revistas e tentando encontrar códigos.

Conforme explica, o site do Wikipédia, memória

é a capacidade de adquirir (aquisição),

armazenar (consolidar) e recuperar (evocar)

informações disponíveis internamente no

cérebro. A memória pode ser dividida em 2

tipos: declarativa (pode ser declarada (fatos,

nomes, acontecimentos, etc.) ) e não-declarativa

(inclui procedimentos motores (andar de

bicicleta, desenhar com precisão, etc.). A

primeira é atinge o nível da consciência

enquanto que a segunda não.

Ainda segundo o site a psicologia distingue dois

tipos de memória declarativa: episódica

(relativa a lembrança de coisas e eventos

associados a um tempo ou lugar em

particular) e a semântica (quando

relembramos e associamos a fatos). Esta

última é a que permite guardar nomes de

lugares, vocabulários, etc.

Dessa forma na primeira cena, Parcher pede que

John memorize uma lista de nomes de revistas,

para posterior ler seus exemplares. Assim Nash

deve utilizar a memória declarativa semântica

para armazenar essa lista. Posteriormente vemos

na cena 2, que a lista foi aparentemente

memorizada correntamente (já que a pessoa que

assiste ao filme não tem acesso a lista). Neste

caso, Nash evocou (recuperou) a lista que havia

anteriormente memorizado.

Page 11: Analise Do Filme Uma Mente Brilhante
Page 12: Analise Do Filme Uma Mente Brilhante

INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como objetivo fazer uma análise do filme Uma Mente Brilhante,

associando-o a processos psicológicos básicos estudados em sala de aula tais como: aspectos

biológicos; aspectos sociológicos; sensação; percepção; motivação; emoção; aprendizagem;

inteligência; pensamento e memória. O filme Uma Mente Brilhante, que narra a história

verídica de John Nash é baseado no livro A Beautiful Mind: A Biography of John Forbes

Nash Jr., de Sylvia Nasar.

John Nash, interpretado pelo ator Russel Crowe, o qual demonstra ser um grande

matemático quando chega a Universidade de Princeton, para fazer seu doutorado. Mostra-se

inicialmente arrogante com seus colegas e um grande desastre com garotas. Mas seu

verdadeiro objetivo é tentar descobrir uma tese original e poder valorizar-se em âmbito

nacional. E acabou conseguindo ao opor-se ao conceito de Adam Smith a respeito de

competição e teoria de grupo.

Após concluir seu doutorado, vai trabalhar no Massachussets Institute of Technology

(MIT), onde é convidado também a dar aulas, o que considerava um martírio. Logo depois é

chamado por Parcher para ser decifrador de códigos do governo e ajudar a evitar uma

explosão atômica nos Estados Unidos. Ainda nessa época conheceu Alicia (Jennifer

Connelly) com a qual se casaria posteriormente. A partir daí é revelado que Nash possui

esquizofrenia e que boa parte das coisas que imaginava e ainda as pessoas com que convivera

nunca existiram. Posteriormente, utilizando de coragem, força e inteligência e ainda com a

ajuda de Alicia e seu amigo Hansen consegue ir superando as adversidades e voltar a uma

vida normal.

Assim, o filme traz parte da vida de um homem que, apesar de ser um gênio, têm suas

frustrações, esquisitices, amores, doenças, amizades, assim como qualquer pessoa. Neste

contexto, esta é um obra rica em situações onde podemos elencar diversas partes do filme

para fazermos uma correlação com os processos psicológicos básicos já citados

anteriormente.

Page 13: Analise Do Filme Uma Mente Brilhante

CONCLUSÃO

O filme “uma mente brilhante”, retrata a trajetória de um jovem portador de

esquizofrenia. Esta se caracteriza como um transtorno psíquico severo que pode ser

demonstrado através dos seguintes sintomas: alterações do pensamento, alucinações (visuais,

cinestésicas, e sobretudo auditivas), delírios e alterações no contato com a realidade. As

esquizofrenias compõem o grupo das Psicoses, que não foram assuntos abordados no presente

trabalho.

O filme retratou a trajetória de John Nash, um jovem portador da referida patologia,

que, contudo, foi capaz conviver com as adversidades que a doença lhe impunha.

Ele como portador de tal patologia precisava de acompanhamento médico

psiquiátrico e de prescrições médicas para ajudá-lo na superação de seus obstáculos, a própria

doença e o estigma social.

Não obstante, o jovem personagem ainda tinha pela frente o desafio da socialização,

da aceitação de pessoas que necessariamente não eram seus pares, ou de outra forma, iguais a

ele, os considerados “normais”.

A sociedade, contudo tende a não inserir no seu contexto aqueles que não se adequam

aos seus padrões sociais e comportamentais, contudo o jovem Nash, diante de tantas

habilidades que possuía, abriu espaço e conseguiu conquistar seu lugar na sociedade.

Todavia, não devemos banalizar os transtornos psíquicos, pois dependendo do grau de

acometimento, a vida da pessoa acometida pelo transtorno e a dos familiares se tornará um

desafio permanente a ser superado diariamente.

Temos a tendência a crer mais no fracasso de uma pessoa, do que no seu real

potencial, isso porque muitas vezes ficamos na superficie dos nossos conceitos éticos,

valorativos e morais.

A esquizofrenia é estigmatizadora, e a pessoa é isolada socialmente, até porque esse

isolamento é uma das suas caracterisitcas.

Page 14: Analise Do Filme Uma Mente Brilhante

É mister buscarmos alternativas para diagnosticar o mais cedo possível às tendências à

esquizofrenia, para que seus prognósticos não sejam tão sombrios e a pessoa portadora dessa

patologia possa ter uma qualidade de vida compativel com a dignidade da pessoa humana.

Assim, acreditamos que os transtornos psiquicos apresentados pelo Nash no filme,

retraram uma realidade que raamente se aplica a outros esquizofrênicos, como também ficou

demonstrado que os fatores biológicos, sociológicos do comportamento do personagem

sofreram interferência do meio ambiente, bem como os aspectos básicos relacionados com a

percepção, emoção, inteligência, pensamento, entre outros.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRAGHIROLLI, Elaine Maria e outros. Psicologia Geral. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2009.

BRASIL. SUPREMO TRINAL FEDERAL. Hungria, Nelson. Comentários ao Código Penal, vol. VIII. RHC 54.486-RJ – REL. MIN. LEITÃO DE ABREU – 2ª TURMA – RT 493/361.

WIKIPÉDIA. Pensamento. Disponível em: <pt.wikipedia.org/wiki/Pensamento>. Acessado em: 23.10.2010

WIKIPÉDIA. Memória. Disponível em: <pt.wikipedia.org/wiki/Pensamento>. Acessado em: 23.10.2010

UMA MENTE BRILHANTE (filme). Direção: Ron Howard.Elenco: Russel Crowe, Ed Harris, Jennifer Connelly, Paul Bettany, Josh Lucas e outros. EUA, Dreamworks, 2001, 135 min.

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE-UNINORTECURSO DE PSICOLOGIA- FORMAÇÃO DE PSICOLÓGO

ANÁLISE DO FILME: “UMA MENTE BRILHANTE”

MANAUS 2010

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ANDREZA COSTA DENISE DE AGUIAR DUARTE MARIA PIRES DA CRUZ LEAL

ANÁLISE DO FILME: “UMA MENTE BRILHANTE”

Trabalho apresentado à Professora Eliana Girão, como requisito para obtenção de nota parcial do curso de Formação de Psicólogo. Setembro de 2010 – 2º bimestre do 2º período da PST 02S1.

MANAUS

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2010