análise do discurso dos mésdia

Reflexã o sobre o filme Dãnçãs com Lobos,

numã ãnã lise de o Discurso dos Me diã

Alexandre Durão 2º ano ECM-PL 2012-2013 Nº 110236003

Escola Superior de Educação Santarém Professor José Carlos Sá Análise do discurso dos média

Alexandre Durão 2º ano ECM-PL 2012-2013 Nº 110236003 2

Índice

ÍNDICE 2

INTRODUÇÃO 3

RESUMO DO FILME 4

CONTEXTO HISTÓRICO DA NARRATIVA DO FILME 5

CONTEXTO DE PRODUÇÃO DO FILME 6

1989 6

1990 7

PONTO DE VISTA DO FILME DANÇAS COM LOBOS 8

CENAS DO FILME DANÇAS COM LOBOS 9

CENA ONDE O JD SE TENTA SUICIDAR 9

IMAGEM ILUSTRATIVA DE IDENTIDADE CULTURAL 10

CENAS ONDE O SOLDADO JD ESCREVE NO SEU DIÁRIO 11

DANÇA EM VOLTA DA FOGUEIRA 11

AS CENAS DA NATUREZA SELVAGEM, DE IMENSA VASTIDÃO E SOLIDÃO

12

CONJUNTO DE CENAS ONDE O REALIZADOR NOS LEVA A VER UM E OUTRO

LADO DAS DIFERENTES CULTURAS 13

MENSAGEM ECOLOGISTA 14

A CENA DOS BÚFALOS MORTOS 14

CENA ONDE OS SOLDADOS AMERICANOS MATAM O LOBO AMIGO DO

TENENTE JD 15

CENA DE LINGUAGEM NÃO-VERBAL 15

CONCLUSÃO 16

WEBGRAFIA 17



Introdução

Este trabalho pretende refletir sobre o filme Danças com Lobos (DL) numa

abordagem analítica do discurso dos Média.

Passaremos por diversas fases de análise atendendo à interdisciplinaridade a

que a narrativa de este filme DL nos trás.

Irei contextualizar o filme historicamente, quanto à data de produção e à data

histórica a que se refere a narrativa do filme DL.

Pretenderei reflectir sobre a importância dos Média e do cinema em particular.

Que recursos utilizam, que formas utilizam para produzir os seus discursos e que

mensagens tentam transmitir. Quais sãos os interlocutores e em que contexto estão.

Escolhi algumas cenas do filme Danças com Lobos sobre as quais observei os

diferentes textos que as constituem, as características as distinguem das outras e

como contribuem para a narrativa.

É claro, com a humildade de quem aprende, tentarei reflectir sobre a

mensagem subjacente ao discurso do filme Danças com Lobos.



Resumo do filme

O filme Danças com Lobos foi realizado em 1991 por Kevin Costner, que

desempenha também o papel principal.

Este filme vencedor do Óscar de melhor filme e melhor realizador em

1990 é uma verdadeira obra reflexiva da história Americana e da guerra civil, baseado

no livro de Michael Blake.

O filme retrata a conquista dos povos indígenas americanos no contexto da

guerra civil americana ou guerra da sucessão, através da história de um oficial

americano chamado John Durban (JD) e que é um oficial condecorado com base numa

tentativa de suicídio.

Tendo recebido esta condecoração teve a possibilidade de escolher o local

onde gostaria de servir como militar, pelo que escolheu a “fronteira” local que o levará

a um pequena fortificação abandonada na convergência com a tribo Sioux.

Começa a conviver com a tribo, que aos poucos o recebe, vai ganhando

confiança com os índios ao ponto de ser recebido como amigo.

O apelido Danças com Lobos vem da amizade feita com um lobo que o

acompanha sempre e ao seu cavalo Cisco.

Esta convivência e amizade com os índios leva-o a uma viagem espiritual, onde

ele faz uma reflexão sobre a vida e os seus fundamentos e valores, enquanto se busca

a si mesmo.

Com esta mudança de comportamento surge uma aculturação.

No decorrer do filme podemos observar esse mesmo processo em diversas

cenas que a caracterizam.

Conhece também uma mulher que passou pelo mesmo processo nessa mesma

tribo, com quem casa.



Contexto histórico da narrativa do filme

O filme reporta-se ao período da guerra civil americana ou guerra da sucessão,

onde o homem branco e colonialista vai conquistando terras aos povos indígenas da

América do Norte.

Os Estados Unidos ao expandirem-se, avançam em direcção a territórios ainda

não colonizados, fazendo-o através de negociações e compras de vastos territórios e

de guerras sangrentas. Uma dessas guerras foi a guerra com o México entre 1845 e

1848.

A guerra civil americana resulta do confronto de interesses entre os Estados do

Norte e do Sul. Durante um grande período os estados do norte acumularam

condições económicas muito vantajosas com base numa indústria muito desenvolvida

e apoiada por boas vias de comunicação. Eram também muitas as riquezas minerais e

diversos recursos que o norte possuía.

Esta indústria emergente tem na sua base o trabalho assalariado, em contraste

com o sul altamente ruralizado e esclavagista. O sul muito pouco desenvolvido em

relação ao norte é contra as medidas Unionistas do norte e defende o cambismo livre.

Tudo isto se agrava com a subida ao poder do presidente americano Abraham

Lincoln .Ele promove uma série de medidas a que o sul se opõe, entre as quais a

abolição da escravatura.

Apesar de mais fracamente armado é o sul quem inicia a guerra contra o norte

e que dura de 1860 a 1865 com um saldo de mais de 600 mil mortos.

A guerra termina com a rendição do famoso general Lee, representante do sul

ao então presidente Abraham Lincoln. Este último torna-se o primeiro presidente

norte-americano a ser assassinado, 6 dias após a rendição do sul por um fanático

sulista.

Mas durante o seu mandato Abraham Lincoln, promulga a lei Homestaed que

fornece 160 hectares a todos os que durante cinco anos cultivassem as terras, e

promove assim o expansionismo colonizador.



Contexto de produção do filme

Com objectivo de melhor compreender o filme DL irei realizar uma pequena

revisão sobre o contexto histórico de produção do filme que estreia em 1990.

Assim para melhor compreendermos a mensagem subliminar da narrativa do

filme DL, precisamos além de analisar o contexto histórico a que se refere o filme

revisitar o contexto da sua produção.

Só assim é possível compreender melhor o pensamento do escritor e do

realizador deste filme.

Para tal passarei em revista algumas notícias desses mesmos anos:

1989 É eleito o 41º Presidente dos Estados Unidos George Hw Bush sucedendo a

Ronald Reagan.

Os cubanos começam a retira as tropas em Angola.

A União Soviética retira do Afeganistão as suas tropas.

Um golpe militar derruba o ditador do Paraguai Alfredo Stroessner.

É consagrada a primeira mulher bispo na Igreja episcopal dos Estados Unidos.

O líder Iraniano incita a matar o autor dos versos satânicos.

É lançado o sistema de posicionamento global GPS.

Portugal vence o mundial de Sub-20.

Grandes reformas políticas e económicas nas Repúblicas Soviéticas.

O Kosovo vê revogada a sua autonomia, provocando muitos protestos na

minoria albanesa.

O petroleiro Exxon Valdez provoca o derramamento de 240 000 barris de

petróleo no Canadá.

O partido Polaco solidariedade recupera o seu estatuto legal.

Manifestantes Georgianos são massacrados pelo exército vermelho.

Hungria desmantela os primeiros 240 km da chamada cortina de ferro.

Após diversos protestos têm origem o massacre da praça de Tiananmen.

A sonda espacial voyager2 chega a Neptuno.

O Dalai Lama vence o prémio Nobel da Paz.

Pela primeira vez desde a criação do muro de Berlim é autorizada a circulação

entre cidadãos das Alemanhas de Leste e o Oeste.



1990 Na Jugoslávia terminam 45 anos de domínio comunista.

Nelson Mandela é libertado na África do sul após estar preso a 27 anos e meio.

Populariza-se a World Wide Web.

É lançado o telescópio espacial Hubble, espreitando novos mundos.

Termina a guerra fria e chegam os acordos sobre o armamento.

Tropas Iraquianas invadem o Kuwait.

Começa a Guerra do Golfo.

A Alemanha volta a estar unida após a separação da Segunda Guerra Mundial.

Inglaterra e Argentina reatam conversações diplomáticas após oito anos da

guerra das Falkland.

Aparece a doença das vacas loucas BSE

Trabalhadores Ingleses e Franceses encontram-se na construção do Eurotúnel,

a primeira ligação terrestre entre a Inglaterra e o continente.

Como verificámos na pequeníssima lista de acontecimentos referentes aos anos de

1989 e 1990, existe claramente um mundo em mudança. Um mundo onde se quebram

e vencem novas fronteiras.

São muitas as fronteiras que a humanidade tem que ultrapassar e que á época

assim como hoje eram assuntos muito relevantes. Recorde-se a queda do muro de

Berlim por exemplo ou a libertação de Nelson Mandela, o fim da então chamada

guerra fria e a ameaça nuclear, ou a Guerra do Golfo.

Mas para além das mudanças políticas e militares muito significativas, existe

também um aumento de uma consciência social de respeito pelos direitos humanos e

diferenças de credos e diferenças culturais.

Cresce uma consciência ambiental e uma preocupação em preservar os recursos

naturais sem comprometer o desenvolvimento abrupto que provocou desastres

ambientais, como o derrame de petróleo do Exxon Valdez.

Também no campo das ciências os desenvolvimentos são grandes ao se conseguir

espreitar pelo buraco da fechadura universal, chamado telescópio espacial Hubble.

É no meio deste contexto político e social que o filme DL nos traz a sua mensagem,

que nos leva numa viagem em que o realizador nos mostra que muitas vezes o

progresso nem sempre é bem feito.

Iremos analisar quais os recursos que são utilizados no DL para a transmissão da

sua mensagem.



Ponto de vista do Filme Danças com Lobos Após a contextualização histórica da narrativa do filme DL e análise do contexto

de produção, podemos melhor compreender a razão de produção dos diferentes

textos a que realizador recorre para nos transmitir a sua mensagem.

Sabemos que o filme aborda a temática de guerra da sucessão e que esta

guerra foi um marco histórico muito importante para a civilização ocidental e muito

em particular para a americana.

Esta guerra civil apesar de longínqua no tempo, está muito próxima e actual do

ponto de vista moral dos nossos dias. Como se processaram e processam ainda as

mudanças nos diferentes panoramas geográficos e políticos mundiais? Como o

Homem dos nossos dias reage perante as mudanças com que é confrontado?

Então como agora a humanidade avança de uma forma pouco respeitosa pelos

recursos naturais, sem consideração pelas diferenças culturais e o direito á diferença

do outro.

Á data da produção do filme o mundo estava a sair de uma guerra fria que

ameaçou a existência da própria humanidade com a ameaça nuclear. As fronteiras dos

países sofriam grandes mudanças no leste da Europa. Países invadiam outros por

interesses dos recursos naturais, a exemplo da invasão do Koweit pelo Iraque e da

consequente invasão do Iraque pelos Estados Unidos e ambos com o mesmo objectivo,

não tenhamos ilusões.

O realizador do filme DL consegue transmitir-nos todas as suas mensagens

subliminares do filme, aquelas que estão por detrás da história, através de um

conjunto de textos muito bem elaborados em diversas cenas e momentos de

fotografia e sons do mesmo.

E a sua mensagem é uma mensagem civilizadora, que procura através da

emoção, provocar a reflexão em todos nós receptores, a necessidades de se respeitar

o meio ambiente, de existir uma análise cuidada sobre os destinos da guerra e da paz

entre as nações.

Ao longo do filme o realizador conduz-nos pelos dois lados de diferentes

realidades culturais, mostrando-nos o melhor e o pior de ambas. Mostra-nos a

necessidade de compreender o outro e os seus motivos.



Que todo o ser humano tem em si a necessidade da busca da felicidade, mas

que essa busca não deve obedecer a uma ética qualquer.

Que todos nós temos diferentes fronteiras a ultrapassar e a buscar em nós

mesmos.

Com o Tenente John Durban nós também embarcamos numa viagem espiritual,

ao acompanharmos o seu raciocínio, as suas ideias e dilemas da condição humana.

Vejamos então algumas das cenas principais do filme e que são bem ilustrativas

do que acima é referido.

Cenas do filme Danças com Lobos

Cena onde o JD se tenta suicidar

Que melhor forma de começar a descrever as

diferentes cenas do que começar com aquela que é

provavelmente uma das mais emblemáticas do filme?

Esta cena retrata de forma sublime a ironia da vida e

que nem sempre uma determinada atitude é vista da

mesma forma por outros.

Nesta cena onde o tenente se tenta suicidar após lhe ser diagnosticado a

necessidade de amputação de uma perna, existe uma crítica clara á loucura do que foi

a guerra de sucessão e concomitantemente á aquilo que ainda é nos nossos dias.



Imagem ilustrativa de identidade cultural

Podemos ver na primeira imagem em cima o soldado John Dunbar (JB)

protagonizado por Kevin Costner ostentar orgulhosamente a sua bandeira e uniforme,

numa visita a tribo índia dita inimiga. Aqui ele aparece representando claramente a

sua cultura e postura ocidental, por oposição às outras duas imagens onde aparece

vestido de índio e onde já existiu um processo de aculturação índia.

Na primeira imagem que é apenas uma das muitas imagens extremamente

bem conseguidas pelo realizador para nos transmitir uma mensagem, que nos obriga a

refletir. Apenas nesta pequeníssima imagem em cima, poderíamos fazer uma

verdadeira reflexão antropológica.

Esta imagem pretende afirmar uma posição, uma atitude que pode passar por

diferentes motivos, desde o orgulho à honra, mas é claramente uma afirmação que

cabe ao espectador descodificar em si mesmo.



Cenas onde o soldado JD escreve no seu diário

Nestas cenas onde o realizador nos leva a

viajar pelo pensamento da personagem, são várias a

mensagens que podemos retirar.

Mostra-nos que à medida que a personagem vai

realizando a metamorfose em si mesmo existe um

abandono de uma memória escrita, que é a sua

principal forma de desabafo, crítica e que é por sua

vez reveladora da infelicidade do personagem.

Sempre que existem cenas de solidão ou isolamento vemos que o personagem

sente necessidade de se refugiar neste processo de memória escrita.

Mas com o convívio gradual com uma sociedade de tradições orais, onde ainda

não existe uma memória escrita à semelhança daquela de onde provêm este soldado,

gradualmente observamos o seguinte: que os valores simples da vida há muito

descobertos pela raça humana, são abandonados com a evolução tecnológica. Que

nem sempre a sociedade tecnologicamente mais avançada é a mais moralizada.

Verificamos que no filme existe uma cena onde o JD deixa o seu diário na

cabana onde habitava, mais do que um apontamento do realizador significa uma

mudança clara de atitude, simboliza também num sentido metafórico o abraçar de

uma nova vida, uma vida dos sentidos. Sobre esses mesmos sentidos irei falar nas

cenas que desenvolverei de seguida

Dança em volta da fogueira

Nesta cena onde ele dança em volta de uma

fogueira, simboliza uma mudança de identidade, e

de valores.

Podemos observar a importância crescente que

os sentidos têm numa cultura e outra.



A terra, a água, o vento e fogo, simbolizando os elementos fundamentais á vida

humana, estão claramente assinalados nesta viagem espiritual que o personagem

realiza e com a qual nos podemos identificar.

O realizador recorre a estes textos para nos transmitir a sua mensagem. São de

tal maneira bem elaborados que qualquer que seja a nossa raça, credo ou nação

conseguirá o espectador descodificar o que lhe é dito subliminarmente.

Esta é uma das muitas formas que o realizador utiliza para nos estimular as

emoções através dos sentidos.

Podemos ainda ser levados a considerar que o ser humano despojado de alguns

bens materiais, volta-se para os elementos, como nesta imagem o fogo.

As cenas da natureza selvagem, de imensa vastidão e solidão

Toda esta sequência de imagens com as quais vamos sendo brindados ao longo

do filme, levam o espectador numa viagem espiritual às suas próprias fronteiras.

Fronteiras que o soldado JD quis conhecer e que passam claramente por um

isolamento uma necessária solidão.



E é através dos sons do vento nas ervas, do plano de fundo onde o “ground” é

claramente mais importante que o personagem, que o realizador o faz.

Ao vermos estas imagens da vastidão sem fim, somos convidados a reflectir

sobre a nossa dimensão humana, mostra-nos o isolamento onde se encontra o nosso

personagem na busca da sua fronteira.

Conjunto de cenas onde o realizador nos leva a ver um e outro

lado das diferentes Culturas Nesta imagem vemos uma criança

assistir a morte da família por uma tribo índia

agressiva. Nelas dá-se a entender e

percebemos a legitimidade do ódio aos

índios. Mas se vimos o ponto de vista dos

colonizadores, mais á frente temos a

possibilidade de ver o ponto de vista dos

índios que consideram o homem branco

como um agressor e um invasor.

É fazendo uso deste jogo de imagens onde os índios matam colonos, ou em

que os soldados matam os índios que podemos perceber uma das mensagens do filme.

A mensagem é que nem sempre o ser humano se sabe colocar na posição do outro e

perceber a forma como pensa e as suas diferenças e motivações.

É portanto uma mensagem humanizador que o

filme tenta passar para quem assiste e onde

apela subliminarmente ao entendimento entre

os povos e que o ódio e discórdias têm muitas

vezes origens ilógicas.



Mensagem ecologista

Uma das primeiras cenas que nos alerta para uma mensagem ecologista

indirecta é esta cena onde o tenente JD avista o seu amigo lobo pela primeira vez.

O seu instinto natural de homem branco é o de apontar para o lobo e disparar,

mas algo dentro de si lhe diz para não o fazer. Poderá ser a solidão o isolamento a

curiosidade do lobo ou mesmo a sua mudança de personalidade.

São muitas as cenas no filme que retratam esta mensagem ecologista e que

mostram o progresso não sustentado da humanidade. Onde não existe uma cultura de

respeito pelos recursos. Algo que contrasta com uma sociedade supostamente mais

atrasada como a índia mas onde esse respeito já existe.

A cena dos búfalos mortos Nas imagens em baixo vemos essa mesma mensagem retratada na matança

dos búfalos tão somente para retirar as peles dos animais.

As imagens chocantes de dezenas e dezenas de animais mortos apenas para

retirar as suas peles, são uma mensagem fortíssima, que nos recorda a necessidade de

não cometer os erros do passado, como este que quase levou ao desaparecimento do

búfalo norte-americano.

Nesta cena verificamos o choque dos índios Sioux, pela matança dos búfalos

com um total desrespeito pelos seus bens essências. Algo bastante atual.



Cena onde os soldados americanos matam o lobo amigo do

tenente JD A semelhança das anteriores pode-se

também nesta cena verificar que a cultura

dominante tecnologicamente, nem sempre é a

mais respeitadora da natureza. Nela vemos o

instinto de matar o lobo como o próprio JD

sentiu a primeira vez que o viu o lobo. A morte

do lobo pelos soldados é retratada e mais uma

vez reforça a mensagem ambientalista.

Cena de linguagem não-verbal

Outra beleza deste filme são as mensagens que representam as dificuldades de

comunicação e as necessidades de entendimento comum. Independentes do

espectador que as vê, elas são entendidas e representam uma forma de ilustrar as

diferentes formas de comunicar. Como esta onde o tenente JD tenta encontrar signos

comuns às duas culturas.



Conclusão

Neste trabalho sobre o filme Dança com Lobos, tive como objectivo refletir sobre a

mensagem que este filme nos deixa.

Tentei compreendê-lo na perspectiva da análise do Discurso dos Média e perceber

como esse mesmo discurso foi produzido pelo realizador. A que tipo de texto recorreu, e que

formas utilizou para nos transmitir a sua mensagem.

Para tal realizei uma contextualização histórica de produção do filme, assim como uma

contextualização também histórica, mas desta feita sobre a narrativa do filme.

Esta reflex00ão sobre os contextos de produção, ajudou-me a perceber a mensagem

subliminar a narrativa do filme. Mensagem que como anteriormente referi é civilizadora e

humanista, que tenta apelar para uma mudança de comportamentos.

Esta mensagem é também crítica á forma como os homens conduzem os destinos dos

povos e nações.

Mas esta mensagem não é uma mensagem directa, é uma mensagem que se lê de

forma subliminar nas diferentes cenas nos diferentes grounds, que constituem o filme.

É cena a cena, imagem a imagem, que essa mensagem se vai construindo para quem

presta um pouco de atenção, para quem activa os seus filtros críticos e não consome o filme

como simples entretenimento e distracção.

Este filme é um de entre muitos que transmitem as suas mensagens. Com diferentes

mensagens e objetivos, os Média transmitem o seu discurso de forma mais ou menos ética, de

forma mais directa ou dissimulada.

É importante na actualidade compreender as agendas que os Média têm. São muitos e

variados os órgãos de transmissão de informação e constituem-se como fonte de poder. Onde

existe poder, existe sempre uma tentativa de controlo.

Um exemplo interessante são os jornais nos Estados Unidos que assumem qual o

candidato que apoiam numas determinadas eleições.

Esta atitude pode chocar para quem vê os jornais como formas independentes de

informação, mas a verdade é que esta declaração de intenção dos primeiros é em determinada

medida mais honesta que uma outra que eventualmente pode ser dissimulada.

Considero com este trabalho ter ficado com a minha escuta activa mais atenta e a

forma de olhar os diferentes discursos está mais crítica.



Webgrafia

http://www.1980sflashback.com/1989/News.asp

http://www.1990sflashback.com/1990/news.asp

http://www.cbsnews.com/2100-500178_162-5507182.html

http://www.factmonster.com/ipka/A0005272.html

http://www.youtube.com/watch?v=FZYs8OGeCAA

http://www.adorocinema.com/filmes/filme-6480/

http://www.infopedia.pt/$dancas-com-lobos

https://www.google.com/search?q=dan%C3%A7as+com+lobos&hl=pt-

PT&newwindow=1&tbo=u&tbm=isch&source=univ&sa=X&ei=T8C0UNXOCMm4hAe_l4

GwBA&ved=0CHEQsAQ&biw=1241&bih=577

http://pt.wikipedia.org/wiki/Dances_with_Wolves

http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=353

análise do discurso dos mésdia

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