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Análise Discriminante (AD) COPING E GÊNERO EM ADOLESCENTES DALILA, FERNANDA L., KARIANE, MATHEUS R. E SUSAN

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Page 1: Analise discriminante

Análise Discriminante (AD)

COPING E GÊNERO EM ADOLESCENTES

DALILA, FERNANDA L., KARIANE, MATHEUS R. E SUSAN

Page 2: Analise discriminante

Roteiro

1.0 O que é analise discriminante?

1.1 Objetivos do uso da AD

1.2 Função discriminante linear de Fisher

1.3 Analise Gráfica

1.4 Exemplos de emprego da AD

2.0 Apresentação do artigo

3.0 Conclusão

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1.0 O que é analise discriminante?

A análise discriminante é uma técnica que permite ao pesquisadorestudar as diferenças entre dois ou mais grupos de objetos considerandovariáveis simultaneamente.

É destinado a interpretar grupos de objetos, definidos á priori pelosmétodos de agrupamentos e ordenação.

A técnica não consiste em estabelecer grupos, já que eles sãopreviamente conhecidos, mas em interpretá-los a partir das variáveis

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1.0 O que é analise discriminante?

Segundo KHATTREE & NAIK (2000) é uma técnica da estatística multivariada que estuda a separação de objetos de uma população em duas ou mais classes.

É uma combinação linear de características originais que se caracteriza por produzir separação máxima entre duas populações

Os dados precisam obedecer a distribuição NORMAL.

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1.1 Objetivos do uso da AD

Formular um critério para classificar observações em grupos (variáveisdependentes) a partir de diversas variáveis independentes;

Os grupos são conhecidos de antemão e a busca é de uma ou váriasfunções lineares que maximizem a separação entre os grupos;

A interpretação das funções lineares (funções discriminantes) permiteidentificar variáveis que melhor discriminam entre os grupos;

Ainda, as funções discriminantes permitem classificar novos casos nosgrupos em questão.

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1.1 Objetivos do uso da AD

O principal objetivo deste teste é indicar a significância relativa de variáveis preditivas, eis que, quando o número delas em um conjunto de dados é muito grande, podem surgir, pela analise de regressão múltipla, coeficientes irracionais, dificultando uma acurada identificação da importância daquelas variáveis;

Trata-se, portanto, de um teste interpretativo, o qual consiste em examinar um grupo de k variáveis correlacionadas, transformando-as em outro conjunto de variáveis não correlacionadas.

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1.2 Função discriminante linear de Fisher

Demonstra-se que a função linear do vetor aleatório X que produz separação máxima entre duas populações é dada por:

XXLXD 1

21

''

L = vetor discriminante;

X = vetor aleatório de características das populações;

= vetor de médias p-variado;

= matriz comum de covariâncias das populações 1 e 2;

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1.3 Analise Gráfica

Função descriminante

XXLXD 1

21

''

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1.3 Analise Gráfica

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A ideia básica por trás da análise dediscriminantes é determinar se os grupossão diferentes com relação à média deuma variável, e então usar essa variávelpara prever a que grupo um novo casopertence.

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1.4 Exemplos de emprego da AD

Separando usuários de um determinado site, divididos por faixa etária em dois grupos, baseado em acessar ou não em banners de publicidade.

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Software de automação em detecção de faces humanas sobre as mais variadas expressões faciais

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2.0 Artigo: Coping e gênero em adolescentes

Sheila Gonçalves Câmara; Mary Sandra Carlotto

Coping

Conceito, modelos e suas classificações

Entendida como representação individual da forma como as pessoas comumente reagem ao estresse. Coping é definido como um conjunto de estratégias cognitivas e/ou comportamentais utilizadas pelo indivíduo para enfrentar demandas internas ou externas apreciadas como excedendo seus recursos (ANTONIAZZI, DELL’AGLIO;COMPAS, 1987; FOLKMAN, MOSKOWITZ, 2004; ZANINI,FORNS, KIRCHNER, 2005). Lazarus (apud ZANINI, 2003) propõe que o processo de coping é consequência da avaliação que o sujeito faz do problema.

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Amostra e método

A amostra final foi composta por 389 sujeitos com idade média de 17,3 anos(DP=1,15). Quanto à distribuição por sexo, 41,4% eram do sexo masculino e 58,6% dosexo feminino. Dos jovens, 60,7% estudavam em escolas públicas, sendo que 95%cursavam o turno diurno. Na análise dos dados, inicialmente foi realizada análiseinferencial (correlação de Pearson), para verificar a relação entre coping e bem-estarpsicológico em ambos os gêneros. Posteriormente, os dados foram avaliados atravésde análise multivariada, com a qual se identificou o perfil discriminante de uso deestratégias de copingentre os gêneros.

A análise discriminante utiliza uma variável de agrupamento (no caso deste estudo:gênero) e busca a combinação linear das variáveis independentes (preditoras) quemaximiza a distância (diferença) entre os grupos.

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Critérios de avaliação

Amostra: A amostra final foi composta por 389 sujeitos com idade média de 17,3 anos (DP=1,15). Quanto à distribuição por sexo, 41,4% eram do sexo masculino e 58,6% do sexo feminino. Dos jovens, 60,7% estudavam em escolas públicas, sendo que 95% cursavam o turno diurno.

Saúde/Bem-estar-psicológico: General Health Questionnaire - GHQ-12 (Goldberg, 1972). A escala se compõe de 12 itens que são avaliados através de escala tipo Likertde 4 pontos, sendo que quanto menor for o escore do indivíduo, melhor será o seu nível de bem-estar psicológico.

Estratégias de coping :São abarcados 18 fatores que espelham as estratégias de enfrentamento utilizadas pelos adolescentes: apoio social, resolução de problemas, obtenção de êxito, preocupação, busca de relações pessoais íntimas, busca de pertença, esperança e antecipação de saídas positivas, estratégia de falta de coping, redução da tensão, ação social, ignorar o problema, auto culpar-se, reserva, busca de apoio espiritual, fixar-se no positivo, busca de ajuda profissional, busca de diversões relaxantes e distração física.

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Na tabela 2 identifica-se uma função discriminantecomposta por 9 variáveis que representam fatores daACS. Nesse sentido, redução da tensão (0,432), busca deapoio espiritual (0,284), falta de afrontamento (0,255),fixar-se no positivo (0,239) e resolver problemas (0,205)são estratégias mais utilizadas por indivíduos do sexofeminino. Entre as mais utilizadas por indivíduos do sexomasculino encontram-se distração física (-0,402), guardarpara si (-0,303), ignorar o problema (-0,194) e ação social(-0,116). As estratégias que mais diferenciam ambos osgrupos, entre as 9 encontradas, são redução da tensão edistração física.

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Observa-se que para as meninas a estratégia de resolver o problema, isto é, buscaralternativas de solução, mesmo em nível cognitivo, melhora o bem-estar psicológico,ao passo que ignorar o problema constitui-se em um aspecto que diminui o bem-estar.

Os resultados encontrados em relação aos meninos vão nessa mesma direção, já queas estratégias que se associam a um maior índice de bem-estar psicológico refletem,basicamente, a atividade de busca, quer pelo apoio de amigos íntimos quer por ajudaprofissional para a resolução de problemas. Além disso, para os meninos, a estratégiade busca por pertença (pertencer, integrar-se, fazer parte de um grupo de referência)representa um componente positivo para o bem-estar psicológico.

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As diferenças encontradas entre os gêneros na associação entre bem-estarpsicológico e coping parecem indicar um perfil mais autodirecionado no caso dasmeninas e um perfil mais voltado para a busca de apoio externo por parte dosmeninos. Esta diferença entre o uso de estilos mais introvertidos ou extrovertidospode estar relacionada a uma socialização estereotipada em relação aos papéis degênero (Taquette & cols., 2004), a qual tem tanta força na constituição da identidadede gênero que chega a influir no bem-estar psicológico.

Ao serem avaliadas as variáveis que mais diferenciavam as estratégiasde coping utilizadas por adolescentes em ambos os gêneros, encontraram-se variáveisrelativas - basicamente, a evitação comportamental e cognitiva. É o caso das duasvariáveis que mais discriminam os sujeitos por gênero, como redução da tensão, que éuma estratégia mais utilizada pelas meninas, e distração física, mais utilizada pelosmeninos. Ambas têm por finalidade alterar o estado emocional, buscando atividadesalternativas que desviem do problema (Chapman & Mullis, 1999).

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A redução da tensão, no caso das meninas, é realizada através de comportamentos comochorar e gritar, encontrar uma forma alternativa de aliviar a tensão e mudar a quantidadedo que comem e o tempo de dormir. Os meninos, por sua vez, não vão apresentar esse tipode recurso e acabam guardando para si seus sentimentos e problemas, ou buscandoatividades físicas para alcançar o mesmo resultado de evitação comportamental.

Enquanto as meninas se diferenciam por buscarem apoio espiritual, ou seja, buscar nareligião ou em livros dessa natureza uma forma de conforto (Frydenberg, 1991), os meninosdiferenciam-se por tentar não pensar no problema, tentar ignorá-lo conscientemente,utilizando uma estratégia de evitação cognitiva para não se defrontar com o estresse quedele se origina.

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As meninas também apresentam evitação cognitiva quando apresentam aestratégia de falta de afrontamento. Esta evitação se traduz por uma posturaderrotista, ou seja, a sensação de incapacidade para resolver o problema e deparalisação diante de uma situação problemática, bem como sensação de mal-estar e sintomas físicos de ansiedade (Chapman & Mullis, 1999; Frydenberg,1997). Entretanto, junto com esta estratégia, encontra-se a de fixar-se no positivo,isto é, lembrar-se que outras pessoas têm problemas piores, pensar em coisasboas e ter uma visão mais positiva da vida.

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3.0 Conclusão: com base na Inferência estatística sobre os

dados apresentados

Meninas

Buscam soluções alternativas para enfrentar os problemas em busca da melhora do bem-estar.

Redução da tensão:

-Alteração da quantidade de alimento e sono.

-Chorar e gritar (externalizar os sentimentos)

-Apoio espiritual e ou livros do contexto

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3.0 Conclusão: com base na Inferência estatística sobre os

dados apresentados

Meninos

Buscam maior apoio de amigos e ou profissionais na resolução de problemas

Necessidade de pertencer ao grupo (apoio externo)

Internalização de sentimentos e problemas

Evitação cognitiva, para não se defrontar com o problema e evitar o estresse que o mesmo origina.

Maior distração física (exercícios) como forma de evitar/esquecer

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3.0 Conclusão

Quanto ao gênero, não se podem deixar de considerar os padrões ainda vigentes na sociedade brasileira, que atribuem ao gênero masculino a razão, o controle e a liberdade, enquanto à mulher é atribuída uma postura mais passiva e conformista. Esses padrões, mais que regras de comportamento, acabam por criar normas, valores, percepções e representações que constroem e definem a identidade dos indivíduos. Quando os padrões de gênero são assumidos como prototípicos, podem interferir negativamente na saúde dos indivíduos, uma vez que pode constituir-se em uma tarefa bastante árdua o cumprimento de papéis estereotipados do que é ser homem ou mulher(Taquette, Vilhena & Campos de Paula, 2004).

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Agradecimentos ao Professor Adriano pela miniaula de AD

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