análise de sistemas - 1º módulo - si

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Ano Lectivo 2008/2009 Sistemas de Informação Informática de Gestão 2º Ano 1º Módulo – Análise de Sistemas

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Page 1: Análise de Sistemas - 1º Módulo - SI

Ano Lectivo 2008/2009

Sistemas de Informação Informática de Gestão

2º Ano

1º Módulo – Análise de Sistemas

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Sistemas de Informação – Análise de Sistemas

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Caracterização dos objectos organizacionais

Um objecto organizacional representa um determinado aspecto de interesse da

realidade organizacional. Os objectos organizacionais identificados no seu todo - transmitem a

ideia do que se entende por uma organização.

O trabalho organizacional não é mais do que um exercício para fazer ou conseguir

alguma coisa, podendo ser levado a cabo por pessoas ou por máquinas. O trabalho geralmente

é expresso a nível de processos ou actividades das quais se obtém um resultado, podendo este

ser um produto ou um serviço.

A intenção orienta e justifica a existência de trabalho da organização e representa uma

situação desejada que se procura dar resposta a situações reais do meio ambiente. A intenção é

geralmente expressa a nível de objectivos que a organização tenta alcançar e que são

consubstanciados através de uma estratégia.

Os agentes são quem realiza o trabalho organizacional. Eles, de acordo com a

perspectiva sócio-técnica da organização, ao participarem nas diferentes actividades

organizacionais, podem alterar a forma como foi desenhada a execução da actividade, conforme

os seus interesses, opiniões e motivações. O homem não é visto aqui como um simples braço da

organização, mas alguém que sente, pensa e que participa na organização. Os agentes, através

da sua participação e compreensão da situação organizacional, oferecem uma perspectiva

pessoal e informal de como executam e vêem o trabalho. Os agentes são importantes fontes de

conhecimento, tão necessário como as organizações.

Os recursos são tudo aquilo que a organização usa na realização do trabalho. Os

recursos englobam a matéria-prima, a tecnologia, o espaço de trabalho e os meios económicos e

humanos.

A matéria-prima representa o ou os objectos sujeitos à acção do trabalho. Conforme a

organização, podem identificar-se diferentes tipos de matéria-prima, podendo estes ser material,

energia ou informação. Para o primeiro caso, por exemplo, uma empresa de calçado, as peles

são matéria-prima pois há trabalho durante a produção que transforma a pele em sapato, mas na

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Sistemas de Informação – Análise de Sistemas

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mesma empresa, a nota de encomenda de um cliente também é matéria apesar de ser do tipo

de informação. Numa central hídrica é a energia hidráulica a matéria-prima que é sujeita à

transformação para a produção de energia eléctrica.

Relativamente aos outros recursos identificados, a tecnologia inclui hardware e software

e todos os outros equipamentos necessários à execução do trabalho. O espaço de trabalho

refere-se aos elementos patrimoniais que são usados mas não são consumidos pelo trabalho.

Os recursos económicos representam:

1. Fontes de financiamento necessárias à concretização de um determinado

trabalho;

2. Os custos e os benefícios gerados pela sua implementação.

Os recursos humanos são entendidos como mão-de-obra, que é usada para levar a

cabo as actividades de trabalho. São, como qualquer outro recurso, um bem, necessário e

escasso, o que obriga a que seja convenientemente gerido.

O meio ambiente afecta a organização, tendo esta de se adaptar. O meio ambiente

explica e estabelece o funcionamento da organização e a sua permanente mudança gera

múltiplas oportunidades e ameaças a que as organizações têm de dar resposta se quiser

sobreviver.

O meio ambiente encontra-se geralmente subdividido em dois níveis: o meio envolvente

contextual, comum a todas as organizações, e o meio envolvente transaccional, específico de

cada área de negócio. O meio envolvente contextual condiciona a actividade da organização a

longo prazo, enquanto que o transaccional é constituído pelos elementos que interagem

directamente com a organização.

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Sistemas de Informação – Análise de Sistemas

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Ilustração 1 - O ambiente contextual

As organizações e a necessidade de informação

A necessidade de possuir vantagem competitiva, a necessidade de inovação e a

convicção da sobrevivência das organizações associada à posse de conhecimento, justifica a

banalização da utilização do termo conhecimento nas organizações.

A necessidade de comunicar o conhecimento pessoal num contexto social e, em

particular, nas organizações, arrasta os termos de conhecimento e informação, os quais muitas

vezes são usados indiferentemente, apesar de não ser correcto dizer que eles são sinónimos, e

justifica a necessidade de se considerar o objecto agentes, quando se pensa na organização.

Informação e conhecimento

Expressões como “conhecimento é informação acumulada” exemplificam o modo como

estes conceitos são usados de forma indiferente. A fim de evitar tal confusão, é feita nesta

secção uma revisão mais profunda, com o objectivo de distinguir de uma forma mais clara estes

conceitos. Apesar de não se querer criar uma nova definição de informação, pretende-se adoptar

Organização

Fornecedores Clientes

Concorrentes

Accionistas Sindicatos

Governo Associações comerciais

Associações industriais

Tendências sociais

Não clientes

Organismos de investigação

Universidades

Mercados financeiros

Politica nacional

Politica internacional

Ambiente contextual

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Sistemas de Informação – Análise de Sistemas

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uma posição que seja apropriada no contexto da organização e, em particular, dos sistemas de

informação (SI).

À informação, são também vulgarmente atribuídas as características de propósito, de

significado, de comunicação, de informar, de recurso e de sentido sintáctico.

CARACTERÍSTICA EXTRACTO DA DEFINIÇÃO

Propósito

“informação são dados dotados de importância

e objectivo”

“…informação não existe num vácuo..”

Significado

“informação… tem significado para o

receptor…”

“Informação são dados que foram organizados

em padrões com significado”

“informação…. tem significado”

Comunicação

“informação… tem significado para o receptor”

“informação é o incremento de conhecimento

originado por uma recepção numa

transferência de mensagem”

Informar “…além de informar o receptor…”

“informação… tem de informar…”

Recurso “…gerir a sua informação como um recurso

colectivo…”

Sentido sintáctico “…na nova economia a informação torna-se

digital reduzida a bits…”

Tabela 1 – Síntese de extractos de definições de informação Tome-se, por exemplo, um texto que não é compreendido por todos, portanto, que não

informa todas as pessoas. Isto faz que, para essas pessoas seja considerado irrelevante e sem

propósito, e por isso não reduz a incerteza das mesmas, não podendo ser usado para nada,

porque não comunica nada, não sendo também utilizável como recurso. Desta forma, as

propriedades de informar, de comunicar, de reduzir a incerteza e de recurso são apenas

objectivos da informação e não atributos inerentes à mesma.

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Sistemas de Informação – Análise de Sistemas

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Mas se o mesmo texto, for compreendido por alguém, quando tem contexto e

significado, podendo enriquecer o conhecimento de alguma forma. Neste caso, o texto já é

considerado informação. Por exemplo, quando o leitor de um livro sobre o eclipse do sol não

percebe o que leu, não criou novo conhecimento. O que está escrito não pode ser considerado

informação para esse leitor. Podendo sê-lo, no entanto, para outro, quando o que está escrito

tem contexto e significado para essa pessoa.

Daqui se pode concluir que informação e conhecimento não são a mesma coisa, pois o

conhecimento obtêm-se pela transformação da informação. No entanto, assume-se que o

conhecimento é possuído e criado pelo indivíduo, podendo ser partilhado na organização através

do que se designa por informação.

A informação é uma forma de representar o conhecimento e que pode ser partilhada e

comunicada no seio de uma organização. Mas as capacidades mentais dos indivíduos que

constituem a organização não podem ser transferidas para os outros, e consequentemente para

a organização, e assim se tornarem “públicas”, mantendo-se sempre como propriedade do

indivíduo. Elas são utilizadas pela organização enquanto o indivíduo pertencer à mesma.

Vulgarmente, usa-se a designação de conhecimento organizacional para todo o conhecimento

que existe na organização e que permite que esta funcione com eficácia.

Assim, num contexto organizacional, poder-se-á dizer que a informação:

Tem contexto; Tem significado semântico; É enviada e recebida por uma pessoa, um grupo, uma organização ou uma máquina; É transmitida através de um suporte, podendo ser um livro, uma revista, um computador, o telefone, o ar..;

É uma entrada para a criação do conhecimento; É uma forma de representar conhecimento;

E o conhecimento:

É criado pelo indivíduo;

É adquirido através de um processo de aprendizagem;

Permite que se tomem acções;

Integra a informação, experiências e o processo mental próprio do indivíduo.

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Sistemas de Informação – Análise de Sistemas

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Como a organização usa a informação

Poder-se-á dizer que, na organização, as pessoas necessitam de informação para

poderem levar a cabo o seu trabalho. Qualquer actividade humana necessita de uma

determinada quantidade de informação que é condicionada pelas características dessa

actividade.

A necessidade de informação varia com a complexidade das actividades e com as

características da organização; uma organização que comercialize um único tipo de produtos e

que recorra a um único tipo de trabalhadores requer tipos e quantidades de informação

diferentes de outras organizações mais complexas.

Associado ao conceito de quantidade de informação surge a expressão utilidade ou valor

da informação que é determinada pela natureza da actividade a que se refere. A informação só

tem utilidade se, quando utilizada, permitir reduzir a incerteza.

Normalmente, associa-se a necessidade de informação às necessidades cognitivas do

indivíduo, pois a procura de informação de que este necessita deve-se à existência de lacunas

no seu conhecimento. É neste processo de procura de informação que o indivíduo selecciona, de

entre toda a informação disponível, aquela que lhe é útil e vais ser utilizada. A utilização de

informação permite responder a questões, compreender situações, tomar decisões e resolver

problemas.

Perspectivando a necessidade de informação ao nível da organização, esta pode ser

usada para atingir três objectivos:

1. Compreender o ambiente;

2. Criar novo conhecimento;

3. Tomar decisões;

Compreender o ambiente visa tomar consciência de mudanças ocorridas que criam

descontinuidade nas actividades das organizações, identificando um conjunto de oportunidades

e ameaças com as quais a organização tem de trabalhar.

Criar um novo conhecimento pode resultar de facto dos problemas identificados serem

complexos, de se detectarem lacunas no conhecimento existente que não resolvem esses

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Sistemas de Informação – Análise de Sistemas

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problemas, resultando assim a criação de novo conhecimento numa inovação ou expansão de

capacidades da organização.

Tomar decisões decorre de um processo racional que envolve a identificação a

avaliação de alternativas e respectivas soluções, de acordo com as preferências e os objectivos

definidos.

Entradas Saídas

Ilustração 2 – Relações na organização

Administração

Contabilidade I&d Stocks

Empregados

Vendas Armazém

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Sistemas de Informação – Análise de Sistemas

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A necessidade de informação

A necessidade de informação surge como forma de cumprir objectivos, realizar acções…

A informação tem de possuir um conjunto de características que garantam a sua qualidade.

• PRECISA (correcta e verdadeira);

• CONCISA (de fácil manipulação);

• SIMPLES (de fácil compreensão);

• OPORTUNA (existe no momento e local correcto).

No entanto nem toda a informação tem a mesma importância, logo terá que haver

necessidade de estabelecer prioridades, ordenando a informação para diferentes canais de

tratamento.

Fluxo de Informação numa empresa

Fluxo formal (são dados que ficam registados ex: reuniões através das actas)

Fluxo informal (são os que não ficam registados)

Níveis de Responsabilidade

• Estratégico (planeamento a longo prazo da informação);

• Táctico (supervisão e planeamento de actividades a curto prazo);

• Operacional (supervisiona as actividades do dia a dia).

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Conceito de informação

É uma entidade bem tangível ou intangível, redutora de incertezas em relação a um

determinado estado ou acontecimento. É qualquer porção de conhecimento que possa ser

racionalmente utilizado na tomada de decisão por quem tem a autoridade e responsabilidade de

decisão. São dados processados de forma a terem significado para o utilizador.

Conceito de Sistema

Sistema É um conjunto de componentes que se interligam para alcançar um objectivo pré-

determinado. Agrupado em várias partes que se interligam para atingir um objectivo comum,

como por exemplo uma empresa, o corpo humano, etc….

Uma empresa é um sistema com objectivos e metas determinadas. As suas partes têm

componentes (marketing, vendas, contabilidade, pessoal), todas estas partes trabalham juntas

para criar lucros que beneficiem os empregados e gestores da empresa.

Todo e qualquer sistema possuí um conjunto de características que o identificam. O

conhecimento destas características permite a análise, o desenho e controlo de um sistema.

Pela sua importância distinguem-se 5 características de um Sistema:

• Objectivo

• Componentes

• Estrutura

• Comportamento

• Ciclo de Vida

Objectivo

É a proposta que justifica o sistema, é o motivo para a sua existência (ex: lucro, acção

social).

Componentes

Parte do sistema que funciona em conjunto para alcançar os resultados pretendidos.

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Sistemas de Informação – Análise de Sistemas

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Estrutura

Relação entre os diferentes componentes de um Sistema.

Comportamento

É a forma do Sistema reagir ao meio ambiente que o rodeia.

Ciclo de Vida

Ocorre em qualquer sistema e inclui fenómenos de evolução, desgaste, desadequação,

envelhecimento, substituição e morte do sistema.

Uma empresa vista como um Sistema

Neste caso, as suas características são:

Objectivo

Conforme o nível de responsabilidade é possível definir objectivos estratégicos, tácticos

e operacionais. Para o alcance desses objectivos é necessária uma determinada quantidade de

informação.

Componentes

As organizações envolvem um conjunto de pessoas. Os departamentos contribuem para

a organização, e cada um destes exige informação a diferentes níveis de responsabilidade.

Estrutura

Numa organização a estrutura é definida pela forma como a autoridade e a

responsabilidade são distribuídos pelas pessoas.

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Sistemas de Informação – Análise de Sistemas

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Comportamento

É determinado pelos procedimentos da organização, os procedimentos constituem um

património de uma organização.

Ciclo Vital

A organização passa por vários estados ao longo da sua vida útil.

Numa organização (empresa) existe um componente que suporta o fluxo de informação

entre o sistema quer internamente, quer exteriormente.

Esse componente é o Sistema de Informação.

Sistema de Informação

Introdução

Falar em sistemas de informação encaminha-nos imediatamente a pensar em

organizações e informação. Vários autores debruçaram-se já sobre a relação destes três

conceitos: sistema, informação e sistema de informação, mostrando que entre eles há uma forte

interligação.

Poder-se-á dizer que não há organização sem informação, nem sistema de informação

sem informação e, consequentemente, não há organização sem sistemas de informação.

Partilhando a ideia de que a organização executa trabalho para atingir um propósito

comum levado a cabo por diversas pessoas, e que a entrada do trabalho pode ser matéria,

energia ou informação, poder-se-á dizer que o sistema de informação engloba as actividades

organizacionais que lidam com informação e que se podem enumerar como: adquirir, armazenar,

recuperar, manipular, transmitir e utilizar informação.

Partindo destes conceitos e posicionando o sistema de informação na organização,

deixam-se de lado todas as actividades que lidam directamente com energia ou matéria.

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Sistemas de Informação – Análise de Sistemas

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Portanto, pode-se dizer que o sistema de informação permite:

1. A disponibilização da informação;

2. A garantia de que sejam levadas a cabo as actividades organizacionais que manipulam

a informação;

O termo sistema de informação pode-se referir, ou não, a um sistema que recorre às

tecnologias de informação (TI), apesar de se reconhecer que, cada vez mais, as organizações

integram computadores no seu SI. Para se identificar o SI que recorre obrigatoriamente às TI,

utiliza-se o termo sistema de informação baseado em computadores (SIBC), que é um sub-

conjunto do SI da organização.

Ilustração 3 – Posicionamento do SI e do SIBC na organização.

Conceito

É o meio através do qual os dados fluem de uma pessoa ou departamentos para outra,

pode englobar desde correspondência até ao sistema de computador. Os sistemas de

informação servem todos os sistemas de uma empresa, ligando diferentes componentes para

que estes possam trabalhar eficientemente para um objectivo comum.

Os sistemas de informação são como qualquer outro sistema dentro duma empresa, na

medida em que têm objectivos próprios e se relacionam com os outros componentes da

empresa.

Do ponto de vista técnico, um sistema de informação é qualquer sistema

computadorizado com um interface para o utilizador ou operador, em que o computador não

esteja fisicamente embutido, isto é, o computador é perceptível aos olhos do utilizador/operador.

SI

SIBC

Organização

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Sistemas de Informação – Análise de Sistemas

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Do ponto de vista social, é um sistema que recolhe, processa, armazena e distribui

informação relevante para a organização de modo que a informação seja acessível e útil para

aqueles que dela necessitam incluindo gestores, funcionários, clientes. Os sistemas permitem

suportar a tomada de decisão e controlo numa organização.

Tendo presente as várias definições, considera-se que um sistema de informação:

• Inclui o trabalho da organização, do tipo informacional;

• Visa ajudar a atingir, no seu sentido mais alargado, os objectivos da organização,

através da recolha, armazenamento, processamento e distribuição de informação;

• Lida com representações simbólicas da organização, ou seja, neste caso particular, com

informação.

Exemplos de S.I. Sistemas de informação de contabilidade;

Sistemas de controlo de existências;

Sistemas de apoio à navegação;

Sistemas de apoio a vendas.

Os SI e a mudança organizacional

Aos SI é vulgarmente atribuído um papel crucial de mudança. Embora Davenport afirme

que as TI foram eleitas como sendo o instrumento mais poderoso para mudar as organizações, o

sucesso da mudança organizacional, não passa só pelas TI, mas essencialmente pela mudança

dos SI, sendo estes necessários e críticos. As TI são um agente de mudança organizacional

mas, no entanto, por si só, não provocam mudanças significativas para a organização, pelo que

é necessária a sua integração com os SI.

Os SI assumem dois tipos de papel na mudança: conduzem e permitem.

Conduzem a mudança, uma vez que proporcionam uma situação que causa a mudança na

organização, e permitem a mudança, pois apresentam-se como o meio de proporcionar a

mudança desejada, ou seja, são o meio que permite que a mudança se efective.

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Sistemas de Informação – Análise de Sistemas

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O papel importante que hoje os SI assumem na mudança organizacional, deve-se não

só à possibilidade de introduzir novos métodos de trabalho, bem como à possibilidade de utilizar

novas plataformas que permitem os novos SIBC sejam desenvolvidos.

A vantagem conferida pelo SI na mudança surge de um balanço entre factores internos e

externos e entre o domínio da organização e das TI. Os SI assumem um papel importante,

acrescentando valor à mudança, uma vez que oferecem várias opções para reorganizar o

trabalho da organização.

O facto dos SI permitirem acrescentar o valor às organizações justifica o papel crucial

que as actividades de intervenção de SI têm para as organizações.

Objectivo dos SI

Os sistemas de informação permitem orientar a tomada de decisão nos três níveis de

responsabilidade descritos: operacional, táctico e estratégico.

Além das qualidades necessárias (precisa, concisa, simples e oportuna) a informação

tem de ser obtida mediante um custo razoável. Além disso o SI deve assegurar a segurança e

futura disponibilidade da informação.

Componentes dos SI

• Os Dados constituem a entrada do sistema e são compostos pelas ocorrências e

movimentações detectadas no sistema.

• O Sistema de Processamento de Dados (SPD) ocupa-se da transformação dos dados

em informação útil para o sistema. Os SPD baseiam-se em procedimentos, que podem

ser manuais (realizados pelas pessoas) ou automáticos (usando máquinas -

computadores)

• Os Canais de Comunicação constituem os meios pelos quais se transmite informação

entre os componentes do sistema e inclusivamente para o exterior.

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Sistemas de Informação – Análise de Sistemas

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OBJECTOS DA INFORMAÇÃO

A necessidade de informação é um factor de sobrevivência para as empresas, mas deve

ser fornecida de forma adequada para ser útil. Os objectos da informação servem como

referência para a acção do SI. Existem dois tipos de objectos de informação:

• Entidades (pessoas, coisas, lugares);

• Acontecimentos ou Eventos (algo que ocorre num dado instante)

O conjunto de acontecimentos - eventos que ocorre numa troca comercial é designado por

transacção.

Os Entidades e Eventos podem ser reconhecidos, referidos e descritos em termos dos

seus Atributos que são factos caracterizadores dos objectos de informação.

Tipos de Atributos

Os tipos de atributos são:

• Identificadores: úteis na distinção de objectos;

• Descritores: fazem descrição física dos objectos;

• Localizadores: localizam o espaço físico dos objectos;

• Temporais: quando ocorre um evento (tempo);

• Relacionais: permitem relacionar eventos e entidades;

• Classificadores: factos que determinam o modo de relacionamento entre os objectos de

informação;

• Condicionais: factos que identificam o objecto de informação;

Os atributos são usados de forma combinada para descrever, de forma completa os

objectos de informação, quantos mais atributos, mais completa é a descrição do objecto de

informação.

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Sistemas de Informação – Análise de Sistemas

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A necessidade de guardar a informação tanto humana como das empresas, é por

demais evidente. A acumulação de informação é uma das riquezas que as organizações

possuem, mas só é utilizável desde que seja possível a sua posterior recuperação.

O facto de tirar conclusões e tomar decisões requer normalmente o acesso a factos e

ideias passadas. Estes factos e ideias são mais confiáveis se forem registadas e com eles

guardadas as referências aos objectos de informação. Sendo assim o registo de factos e ideias

sobre eventos e entidades é um aspecto importante do processamento de dados.

Vários problemas devem ser analisados quando se pretende guardar dados.

• Captação dos dados (onde, como e quando);

• Como os ordenar;

• Que atributos considerar;

• Que segurança deve o sistema possuir;

• Quem e como deve recuperar os dados;

• Que tecnologia usar (hardware, software);

Formas de Registo

É essencial que os registos do mesmo tipo de informação sejam consistentes entre si

(em contexto e em formato).

Existem diversos suportes para registo de informação: Microfilme, papel, magnético e

óptico.

Qualquer que seja o suporte utilizado, devem ser especificados os procedimentos

necessários para o tratamento de registos, que incluem:

• Recolha;

• Obtenção;

• Armazenamento;

• Recuperação;

• Processamento;

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Sistemas de Informação – Análise de Sistemas

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Quando se faz o armazenamento dos dados tem de ser definida a forma como os dados

vão ser recuperados e identificados. O conceito de chave é um auxiliar poderoso para resolver

este problema.

Igualmente os métodos de acesso definem que funcionalidade possui o sistema para

garantir mais do que uma chave.

• Acesso Sequencial – só é possível uma sequência que temos de percorrer, qualquer

que seja o elemento desejado;

• Acesso Directo – o elemento desejado é referenciado directamente, sendo recuperado

sem necessidade de mais processamento.

Um Sistema existe com o propósito de alcançar os objectivos a que se propõe, no

sentido de alcançar esses objectivos o sistema interage com o ambiente envolvente, os sistemas

que interagindo com o meio envolvente recebem e produzem dados são designados por

sistemas abertos. Um sistema que não interaja com o exterior é designado por sistema

fechado.

É possível desenvolver dois tipos de Sistema de Informação numa empresa:

� Sistemas de Processamento de Transacções

o Suportam e melhoram as actividades diárias de um negócio;

o Dão ênfase no processamento automático de dados;

o Dão grande atenção à eficiência, velocidade e à precisão no processamento de

grandes volumes de dados.

� Sistemas de Decisão para Gestão

o Suportam a tomada de decisões pelos gestores responsáveis;

o São sistemas altamente estruturados;

o Dão ênfase à informação auxiliar e não em como tomar decisões ou resolver

problemas.

Verifica-se que numa empresa os seus objectivos são alcançados através do tratamento

de informação, proveniente dos seus objectos de informação. Estes por sua vez possuem um

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Sistemas de Informação – Análise de Sistemas

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comportamento ditado por procedimentos, sendo estes manuais e automáticos. O conjunto de

procedimentos manuais e automáticos constituem o Sistema de Informação.

Mas como determinar o SI?

A preocupação que constitui o objectivo de análise de sistemas.

O Analista de Sistemas terá de ter:

• A habilidade para examinar os requisitos de um indivíduo de forma a determinar da

necessidade ou não do uso de computador;

• O entendimento onde, numa organização, devem ser usados procedimentos manuais ou

automáticos;

• O conhecimento para selecção dos melhores métodos de entrada de dados,

armazenamento, recuperação e processamento de saída de dados;

• Uma visão actual da oferta do mercado em termos de tecnologia e aplicações em

tecnologias de informação;

• O conhecimento de como se desenvolve software, estratégias de implementação, etc..;

• A capacidade de comunicação.

Desenvolvimento de Sistemas de informação

O desenvolvimento de sistemas de informação (DSI) visa introduzir mudanças num

particular SI de forma a melhorar o seu desempenho. O DSI visa a construção de um SI baseado

em TI, ou simplesmente a adopção de um SI existente no mercado.

O DSI é geralmente composto pelas seguintes fases: estudo de viabilidade, engenharia

de requisitos, desenho, codificação, testes e implantação e manutenção.

O desenvolvimento de Sistemas de Informação possui dois grandes componentes:

• Análise de Sistemas

• Projecto de Sistemas

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Sistemas de Informação – Análise de Sistemas

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A análise de sistemas consiste no processo de recolha e interpretação de factos,

diagnóstico de problemas e levantamento de necessidades de informação para melhoria de

conhecimento do sistema.

O projecto de sistemas consiste no processo de planeamento de um novo sistema de

gestão para substituir ou complementar o existente.

Planeamento de sistemas de informação

O planeamento de sistemas de informação (PSI) visa ajudar a organização a atingir os

seus objectivos através dos seus SI e estabelecer como podem ser suportados pelas TI. Poder-

se-á assim dizer que o PSI liga os planos da organização com o DSI, tentando evitar que os SI,

sejam construídos de uma forma fragmentada.

O PSI visa identificar o conjunto de SI, que tenha impacto e vantagem sob os

concorrentes, e que permite que as organizações realizem os seus planos e atinjam os seus

objectivos. O PSI inclui assim, todas as actividades que permitem identificar oportunidades de

utilização as TI para suportar a estratégia da organização.

É geralmente composto pelos seguintes passos:

(i) Início, compreensão da situação actual e interpretação das necessidades da

organização;

(ii) Definição e actualização da informação e das arquitecturas dos sistemas;

(iii) Determinação da estratégia de SI da organização;

(iv) Formulação da estratégia de TI;

(v) Preparação dos planos de migração.

Tipos de Utilizadores

• Utilizadores Directos

o Operam e mantém o sistema;

o Interagem com o sistema através do uso de equipamento apropriado.

• Utilizadores Indirectos

o Usam a informação produzida pelo sistema;

o Não operam equipamento do sistema.

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Sistemas de Informação – Análise de Sistemas

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• Agentes Decisores

o Supervisionam a aquisição de equipamentos, a introdução de novos

procedimentos;

o Controlam e são responsáveis pela actividade do sistema.

A Análise e Projecto de um Sistema de Informação tem o seu início quando a entidade

responsável pela gestão, pretende melhorar ou optimizar o sistema.

O papel dos SIBC na organização

Os SIBC cobrem cada vez mais a organização, sendo hoje já vistos como um factor de

competitividade e como um meio que permite levar a cabo a mudança organizacional, com a

qual se atingem maiores níveis de efectividade.

A evolução da contribuição dos SIBC para a valorização da organização está

estritamente relacionada com a evolução e utilização das TI. A postura das organizações perante

a utilização das TI:

1. Usadas para automatizar processos na organização;

2. Usadas para suportar a organização em rede, interligando quer as diferentes

pessoas da hierarquia da organização quer, eventualmente, na organização com os

seus fornecedores e clientes;

3. Usadas como um recurso estratégico para melhorar a competitividade, alterando a

natureza ou o comportamento da organização.

Os SIBC e a competitividade organizacional

A preocupação de se harmonizar a estratégia da organização com os SIBC é

necessária, mas não suficiente. Hoje, pretende-se criar organizações informadas, em vez de

apenas automatizadas, e a forma de perspectivar os SI na organização assume, assim, um

papel fundamental.

Os SI podem ser usados para criar vantagens competitivas ou como resposta a uma

necessidade estratégica. A vantagem competitiva conferida pelos SI parte de uma visão holística

de usar as TI na organização e não de desenhar apenas aplicações singulares.

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Sistemas de Informação – Análise de Sistemas

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Pretende-se com isto dizer que aplicações singulares de TI, mesmo recorrendo aos mais

sofisticados métodos, podem não trazer vantagens competitivas para a organização.

Deve-se deixar de considerar que o investimento em TI apenas como um custo, mas

também pesar as receitas provenientes desse investimento, ou seja, as vantagens que destas

advêm para a organização. Se o investimento em TI é parte integral de uma estratégia definida

de uma organização, ele é mais fácil de justificar e de compreender do que se aparecer como

um projecto desintegrado e parcelar.

É necessário definir o que são e o que serão no futuro os processos, os produtos e os

serviços da organização, para se fazerem os investimentos certos em TI.

Fases de Desenvolvimento de um Sistema

O desenvolvimento de um sistema é um processo que consiste basicamente na Análise

e projecto dos sistemas, ou seja os sistemas de informação nascem devido à necessidade de

resposta por parte das pessoas.

Ciclo de Desenvolvimento de um sistema

É um conjunto de actividades que os analistas do SI e utilizadores desenvolvem para

conceber e implementar um sistema de informação. O ciclo de desenvolvimento de um SI pode

ser visto como um conjunto de actividades integradas.

Existem vários modelos para o ciclo de desenvolvimento sendo que o apresentado é um

modelo clássico de sete actividades integradas. É normal estas actividades estarem

relacionadas e serem inseparáveis.

1º Investigação Preliminar / Estudo de viabilidade

É levada a cabo pelo analista de sistemas que trabalham sob a direcção do comité de

selecção, o objectivo é a avaliação dos pedidos para efectuar um projecto.

Porque fases terá o analista de passar?

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Sistemas de Informação – Análise de Sistemas

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a) Classificar e entender o pedido

Tem de haver uma análise válida do pedido para se objectivar sobre a necessidade ou

não do pedido, o analista terá que manter contacto com aqueles que fizeram o pedido, de modo

a evitar futuros erros de interpretação.

b) Estudo de Viabilidade

É levado a cabo por um grupo de pessoas que conhecem as técnicas dos sistemas

informatizados, a viabilidade divide-se em:

Viabilidade Técnica � se temos pessoal com capacidade, se temos capacidade a nível

de resposta, se será preciso novas tecnologias;

Viabilidade Económica � o pedido pode ser rentável, mas não ter possibilidades

económicas, verificar se o sistema traz benefícios que possam cobrir os custos;

Viabilidade Operacional � qual a reacção por parte dos utilizadores, se o sistema vai

operar, se o sistema será usado, se depois de desenvolvido será implementado.

c) Aprovação do Pedido

Nem todos os pedidos são desejáveis ou viáveis. Os que são devem estar numa lista ou

plano de trabalho, a aprovação determina se, se pretende um projecto novo ou o

desenvolvimento do já existente.

Estes dois aspectos determinam o tamanho do projecto e determinam o número de

pessoas e o tempo para responder correctamente aos pedidos. Posteriormente determina-se os

custos de treino do pessoal e a introdução de novo software.

2º Determinação das Necessidades / Engenharia de requisitos

Nesta fase, os analistas trabalham com os empregados em questionários, para assim

adquirirem uma compreensão detalhada de todo o sistema em análise. Consiste em estudar o

sistema actual de modo a verificar como ele funciona. Por isso vamos ter:

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Sistemas de Informação – Análise de Sistemas

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Recolha de dados;

Recolha de factos;

Recolha de documentos;

Estudo de manuais e relatórios.

Os analistas estruturam a sua investigação procurando responder às quatro grandes questões:

Compreender o todo o processo;

Identificar os dados usados e as informações;

Determinar os custos impostos pelo tempo;

Identificar toda a parte do controle.

Técnicas para levantamento de requisitos:

1. Análise de documentação

Consiste na consulta e estudo de diferentes documentos existentes na

organização como regulamentações governamentais, relatórios, impressos, etc.,

e que estão relacionados com o sistema de informação em causa, sendo uma

técnica que, de certa forma, se torna cómoda, pois os documentos são

facilmente transportáveis e, portanto, podem ser estudados em qualquer lugar.

2. Entrevistas

É a técnica mais usada para recolher informação. Esta técnica só permite

recolher informação relevante se for devidamente preparada. Numa entrevista,

pretende-se saber a opinião do entrevistado sobre o sistema.

Muitas vezes as opiniões são mais importantes que os factos, pois,

frequentemente, é através das opiniões que se descobrem os problemas.

3. Questionários

Permite obter determinados detalhes que não foram obtidos na entrevista ou

permite filtrar ou validar dados nas diferentes entrevistas.

4. Observação

É uma técnica muito usada e que permite observar directamente as pessoas na

execução do seu trabalho, facilitando a identificação do tipo de suporte que elas

necessitam do SI.

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Sistemas de Informação – Análise de Sistemas

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5. Volumes

É uma análise numérica de dados relevantes à compreensão do sistema, tais

como os fornecedores nos últimos anos, o número de encomendas solicitadas por

dia, a percentagem de encomendas rejeitadas por dia.

6. Protótipo

Muitas vezes não é possível definir todas as características do sistema por falta

de informação ou experiência, por isso são seleccionadas muitas vezes para protótipos.

O protótipo é um teste, que se espera muitas vezes alterado, terá de ser um sistema,

terá de ser facilmente mutável. O desenvolvimento do protótipo coincide muitas vezes

com o projecto do sistema.

7. Análise e negociação

Consiste em analisar os requisitos para explicitar conflitos, argumentos e razões,

e estabelecer um acordo entre todos os intervenientes do processo. Elaboram-se listas

de verificação, que são listas de questões que o analista usa para avaliar o requisito.

Uma possível lista de itens sobre potenciais problemas:

Ambiguidade: o requisito é ambiguidade?

Utilidade: será que o requisito é mesmo necessário?

Complexidade: será que é um requisito ou poderá ser decomposto?

Equipamento não standard: será que o requisito necessita de algum

equipamento específico?

Teste: pode-se testar o requisito?

Realismo: o requisito é realista, considerando a tecnologia disponível para

implementar o sistema?

8. Especificação e documentação de requisitos

9. Validação e verificação de requisitos

Pode-se definir verificação como “estou a construir bem o produto?” e validação

como “estou a construir o produto certo?”. A validação de requisitos tem como objectivo

validar se o documento de especificação de requisitos está consistente, completo e

correcto.

A validação de requisitos consiste na revisão dos documentos, na qual um grupo

de pessoas lê e analisa os requisitos e os modelos construídos e procuram problemas,

discutindo-os.

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Sistemas de Informação – Análise de Sistemas

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3º Desenho do sistema

É um desenho lógico e físico do sistema, faz-se toda a parte de desenho de input e

output. Desenha-se toda a parte de interface com o utilizador (como será definido o ecrã),

desenham-se os outputs para ecrãs ou para mapas. Faz-se a definição dos próprios

processamentos, existem ferramentas e técnicas para desenhar e definir os inputs, outputs e

processamentos de dados. Na parte física define-se a estrutura de dados (ficheiros, campos,

registos).

4º Codificação, Testes e Implantação / Desenvolvimento do Sistema

Codificação

Nesta fase passa-se à programação, com a equipa dos programadores a desenvolver o

programa no ambiente definido na fase anterior. Nesta fase produzem-se também os

documentos. A documentação relativa ao programa é muito importante, assim como a

documentação relativa às instruções. As ferramentas usadas nesta fase são:

Fluxogramas dos programas;

Estrutugramas;

Pseudo-código;

Diagramas Tipo.

Testes de Sistema

É necessário realizar um teste global para que se possa ter uma visão geral sobre o

sistema e se este está ou não a cumprir os objectivos definidos.

Implementação

Esta fase é quando considera-se o sistema pronto a funcionar. Realiza-se a instalação e

a migração do sistema. A migração pode ser:

Paralela (em que se mantêm o sistema antigo a funcionar durante um tempo com o

novo sistema);

Instantânea (é a passagem para o novo sistema, desligando o sistema antigo).

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Sistemas de Informação – Análise de Sistemas

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5º Manutenção

A manutenção é o processo de alterar o SI depois de este ter sido implementado. Há

várias razões devido às quais poderá ser necessário alterar o sistema, como a seguir se

descreve.

Poderão ocorrer erros que têm que ser corrigidos. Se o sistema tiver sido devidamente

testado, é menos provável que ocorram.

É frequente que ocorrerem mudanças nos processos de uma organização. Estas

mudanças normalmente implicam alterações no sistema previamente desenvolvido.

Pode aparecer novos requisitos que também implicam alterações, novas

funcionalidades, no sistema.

Tendo problemas com equipamentos, por vezes, poderá ser necessário actualizar o

equipamento para obter melhor desempenho do sistema.

Poderão aparecer mudanças ambientais, tais como, por exemplo, a adopção do euro,

que obrigam a que os sistemas sejam actualizados.

Estas situações originam diferentes tipos de manutenção, normalmente designados por:

Manutenção perfectiva: mudanças que pretendem melhorar o sistema, sem afectar

a funcionalidade;

Manutenção adaptativa: mudanças que pretendem adaptar o sistema a um novo

ambiente, como por exemplo, a mudança de sistema operativo ou do sistema de

gestão de base de dados;

Manutenção correctiva: mudança para corrigir erros que não tinham sido

previamente detectados;

Manutenção preventiva: mudanças pró-activas que são feitas com o objectivo de

prevenir eventuais problemas.

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Sistemas de Informação – Análise de Sistemas

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Introdução

“Uma imagem vale por mil palavras”

Os diagramas claros e com bom conteúdo desempenham um papel importante no projecto de

sistemas complexos e no desenvolvimento de programas.

E porquê?

A capacidade de raciocínio depende muitas vezes da linguagem que é usada. Os diagramas que

representam um S.I são uma espécie de linguagem, o objectivo é fazer com que os

computadores possam lidar com processos mais complexos que os realizados manualmente.

Para a modificação de sistemas existe necessidade de responder com uma modificação no S.I

existente.

Assim sendo, um bom diagrama constitui uma ajuda importante, também para a manutenção:

Permitindo que novas pessoas sejam introduzidas no sistema existente;

Remontar o sistema numa outra organização;

Como documento de análise da organização;

Como modelo de causa e efeito para eventuais modificações;

Como auxiliar de análise e previsão do sistema.

Existem sistemas de representação para análise e projecto de sistemas em computador que

forçam a utilização de normas. Temos assim dois tipos de sistemas:

CASA (Computer Aided Systems Analysis)

CAP (Computer Aided Programming)

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Sistemas de Informação – Análise de Sistemas

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Estes sistemas possuem:

Capacidades gráficas;

Interactividade;

Validação de diagramas;

Validação de consistência de dados;

Integração com um dicionário de dados;

Capacidade de geração automática de documentação.

Existe necessidade de um esquema formal, para a representação.

A análise de sistemas exige o trabalho de várias pessoas e este deve ser interligado de forma

integrada.

A Utilidade da Documentação

As técnicas de representação de um S.I. produzem documentação interna e externa.

Interna: está embebida no próprio código;

Externa: está separada do código fonte.

Enquanto os engenheiros de hardware consideram as suas ferramentas de um modo

sério, os engenheiros se software não. Tal facto provoca que o projecto e desenvolvimento de

software seja ainda encarado como uma arte, e sujeito a um grande número de erros. É

necessário empregar ferramentas que proporcionem aos engenheiros de software o mesmo

desempenho que o obtido pelos seus colegas do hardware.

Exemplos: CAD - Computer Aided Design

CAT - Computer Aided Thinking

CASE - Computer Aided Software Engineering

As formas correctas de representação devem possuir e permitir as seguintes funções:

Auxiliar para um raciocínio claro;

Comunicação com precisão entre os membros do projecto;

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Interfaces normalizadas;

Documentação de sistema;

Auxiliar para acompanhar a mudança dos sistemas;

Verificação automatizada (validação);

Permitir aos utilizadores a revisão do projecto.

Um analista de sistemas precisa de um conjunto de ferramentas que permitam executar as

tarefas que lhe são pedidas.

Ferramentas

As ferramentas que constituem o nosso objecto de estudo tem por objectivo,

implementar técnicas de representação.

Alguns exemplos de ferramentas:

Diagramas de fluxos de informação;

Diagramas de fluxo de dados;

Diagramas de estrutura de dados;

Diagramas de entidade-relação;

etc.

A Trindade dos Sistemas de Informação

É constituída por três partes que devem trabalhar cooperativamente. Essas três partes são:

O Cliente/Utilizador;

O Decisor;

O Analista.

Ilustração 4 – A trindade dos SI.

Utilizador

Decisor Analista

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Sistemas de Informação – Análise de Sistemas

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D.F.D - DIAGRAMAS DE FLUXO DE DADOS

Durante os primeiros passos da análise de um sistema, o analista recolhe uma grande

quantidade de informação, estes dados estão pouco estruturados e é necessário sumariá-los.

O DFD é o modelo lógico de um sistema (o modelo não depende do hardware, software,

estrutura de dados ou organização dos ficheiros). DFD é uma ferramenta para modelar o

processamento da informação de um sistema.

Consiste numa técnica de análise que auxilia o analista, compreende e descreve o

sistema que pretende modelar, com a vantagem de envolver o utilizador. É uma ferramenta

gráfica utilizada para descrever e analisar o movimento dos dados através de um sistema e a

base a partir da qual as restantes ferramentas são desenvolvidas. Sendo o diagrama um

desenho gráfico dos sistema lógico, torna-se facilmente compreensível por utilizadores não

especializados.

Funcionalidades do DFD…

Auxilia o analista a organizar e relacionar a informação que está a estudar;

Permite que o conteúdo de um DFD represente uma base de trabalho para o

desenvolvimento do DD;

É um excelente meio de comunicação, pois tem poucos símbolos;

É facilmente relacionável com outros tipos de ferramentas;

Proporciona uma leitura fácil do sistema;

O Diagrama de Fluxo de Dados mostra a essência lógica do sistema em estudo;

Mostra para o sistema, de onde vêm os dados, para onde vão os dados, onde os dados

são armazenados, que processos transformam os dados e a interacção entre os

processos e os depósitos de dados;

A primeira representação do sistema deve ser feita de forma muito simples, mostrando

apenas os principais Inputs e Outputs do sistema – Diagrama de Contexto.

O Diagrama de Contexto é então decomposto em outro DFD, o qual já apresenta maior

nível de detalhe, permitindo uma representação mais pormenorizada do sistema.

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Sistemas de Informação – Análise de Sistemas

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Vantagens do DFD:

O DFD não é um diagrama técnico por isso pode ser facilmente entendido por pessoas

que não sabem nada de computadores permitindo a compreensão pelos utilizadores do

sistema;

O DFD utiliza um pequeno número de símbolos específicos o que facilita a

representação e torna a descrição mais concisa;

O DFD mostra a essência lógica do sistema de informação em estudo;

O gráfico bidimensional facilita a visão das interconexões de objectos envolvidos;

A expansão de cada processo do DFD – permite uma visão mais detalhada sobre o

sistema;

No DFD as eventuais alterações do sistema dão facilmente identificadas;

No DFD todas as lacunas, redundâncias e inconsistências do sistema são facilmente

detectadas;

Facilita a análise com possibilidade de re-alimentação do trabalho;

Prevenir eventuais erros;

Permitir isolar as áreas mais complexas do sistema ou as que exigem maior detalhe;

Permitir a definição de fronteiras do sistema;

Permitir uma análise detalhada sobre os dados e eventuais necessidades de

armazenamento.

Características do DFD:

Sendo os DFD’s um método simples para a definição e representação dos fluxos de informação

num sistema, permitem identificar:

A fronteira entre o sistema e o mundo exterior;

As entidades externas que comunicam com o sistema;

Os processos assegurados no interior do sistema, isto é, acções que se realizam no

sistema;

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Sistemas de Informação – Análise de Sistemas

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Os depósitos de dados onde fica armazenada a informação relativa ao sistema;

Os fluxos de dados no interior do sistema e de interacção com o mundo exterior.

Verificação do DFD

Para o analista se assegurar que tem um modelo razoável, deverá verificá-lo com o

utilizador. Deverá verificar os dados que entram e saem de um depósito de dados, que devem

conter todos os inputs e outputs, se um elemento entra mas não sai, esse elemento pode ser

redundante ou desnecessário. O analista terá de seguir todos os depósitos de dados e verificar

se existe redundância de dados, muitas vezes dois ou mais depósitos de dados podem ser

fundidos num só.

Simbologia dos DFD’s

Entidade Externa

Processo

Arquivo de Dados

Fluxo de Dados

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Sistemas de Informação – Análise de Sistemas

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Componentes dos DFD’s

Processo

É algo que transforma os dados. Pode ser um ou um conjunto de programas. Possui

uma parte reservada à identificação do processo (um número), a outra parte descreve o

processo (preparar facturas, emitir cheques).

Recebe dados de Input e transforma estes dados num fluxo de Output.

Ilustração 5 – Composição de um processo.

1. Cada processo tem um nome único e um número de referência.

2. Os nomes dos processos devem transparecer as actividades que o processo engloba.

3. Os nomes dos processos devem ser constituídos por um único verbo e um artigo.

Entidade Externa:

É a entidade fora do sistema em estudo a qual transmite e recebe dados PARA e DO

sistema, (comunica com o sistema).

Ilustração 6 – Entidade externa.

1 Encomenda

Validar Encomenda

N.º do Processo

Módulo onde pertence o Processo opcional

Nome do Processo

Cliente Nome da Entidade

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Sistemas de Informação – Análise de Sistemas

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É a fonte ou destino dos dados, podem ser pessoas, programas, organizações exteriores

ao sistema.

1. Cada entidade externa tem um único nome.

2. As entidades podem representar:

� Pessoas; � Grupo de pessoas (organizações); � Departamentos, Secções; � Sistemas, Sub-sistemas.

Fluxo de Dados:

São dados em movimento, é algo que indica a direcção e sentido do fluxo, pode ter

várias direcções e também é possível ter 2 sentidos.

Os dados que fluem entre processos, entre processos e depósitos de dados ou ainda

entre processos e entidades externas, sem nenhuma especificação temporal.

Ilustração 7 – Fluxo de dados.

Cada fluxo de dados tem um nome e este deve ser elucidativo.

Nomes não válidos:

� Dados;

� Informação.

Nota_encomenda

Nome do Fluxo de Dados

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Sistemas de Informação – Análise de Sistemas

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Depósito/Arquivo de Dados:

É o lugar onde os dados são armazenados para mais tarde serem acedidos e/ou

actualizados por um processo. São dados armazenados ou referenciados por um processo, pode

representar um computador ou outro qualquer dispositivo de armazenamento.

Ilustração 8 – Arquivo de dados.

Operações permitidas num arquivo de dados:

Operação de leitura (Read);

Operação de escrita (Write);

Operação de alteração (Update).

Leitura

Ilustração 9 – Operação de leitura do arquivo de dados.

Escrita

Ilustração 10 – Operação de escrita do arquivo de dados.

Cada depósito de dados tem um único nome.

Tipos de Dados de um Depósito de Dados � Dados de posição; � Dados históricos; � Lotes de movimentos (transacções); � Dados de extracção (selecção); � Cópias de referência de transacções.

D1 Clientes Nome do Depósito

Número do Depósito

D1

D1

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Sistemas de Informação – Análise de Sistemas

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Regras para a Construção do DFD

Cada processo deverá ser descrito por uma frase simples iniciada por um verbo activo;

Todos os fluxos de dados que se dirigem para um processo deverão estar relacionados de uma forma clara com os fluxos de dados que saem do processo;

Quanto menos Fluxos de Dados existirem entre cada processo mais fácil será o seu entendimento;

Os Processos não devem ser recipientes de entrada de dados, devem sim, ser agentes transformadores de fluxos de entrada em fluxos de saída de dados;

Os Depósitos de Dados devem ter fluxos em ambos os sentidos, isto é, os dados deverão ser criados e utilizados;

Torna-se possível traçar um histórico da vida de cada Fluxo de Dados desde o momento em que entra no sistema, passando pelo seu processamento, edição, transformação e arquivo;

Um fluxo nunca pode ir de um arquivo para uma entidade externa, nem de uma entidade externa para um arquivo. Os fluxos não podem ser linhas curvas;

Um fluxo nunca pode interligar dois processos no nível 0 e no nível 1, apenas nas expansões;

Normas para Projectar DFD

1. Identificar as Entidades;

2. Identificar os Fluxos de Entradas e de Saída (quais os dados que entram e saem);

3. Identificar os Processos;

4. Identificar os Arquivos (saber onde a informação está guardada).

Desenvolvimento de DFD’S

1. Elaborar Listas dos documentos usados e produzidos pelo sistema.

2. Elaborar um diagrama de “Fluxos de Documentos Físicos”.

Identificando para cada documento:

A sua origem e o seu destino;

As entidades externas envolvidas;

Os principais dados de entrada e saída;

Departamentos e secções;

O sistema existente.

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Sistemas de Informação – Análise de Sistemas

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1. Elaborar DFD Nível 0 – (Diagrama de Contexto)

O sistema é representado por um diagrama constituído por um só processo.

À excepção dos fluxos de dados, tudo o que cerca o símbolo de processo é considerado

externo ao sistema e não será alvo de estudo detalhado.

2. Elaborar DFD Nível 1

Diagrama facilmente entendido pelo utilizador que ilustra o modo como o analista

compreendeu a estrutura fundamental do sistema.

Define apenas:

� Os principais processos (funções);

� Os principais depósitos de dados;

� Os fluxos de dados;

Fornece uma visão segmentada do sistema;

Seguir o desenvolvimento do DFD na sequência natural do problema a ser

desenvolvido.

3. Elaborar DFD Nível 2, 3, ...

Subdivisão dos processos;

Subdivisão dos fluxos de dados (dados de uso localizado);

Tratamento de erros e excepções;

Depósitos de dados de utilização local.

Com a subdivisão de processos torna-se mais fácil observar cada processo de uma forma

isolada e com um mínimo de referência aos restantes processos.

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Sistemas de Informação – Análise de Sistemas

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D.D - DICIONÁRIO DE DADOS São a segunda componente da análise de fluxo de dados, os dicionários de dados fornecem informação adicional sobre o sistema. É uma lista de todos os elementos incluídos numa série de diagramas de fluxo de dados, que descrevem um sistema. Os principais elementos num sistema são os fluxos de dados, arquivos de dados, processos e as entidades. Os D.D. contém a descrição e detalhes sobre os elementos, sendo desenvolvidos no decorrer da análise de fluxo de dados. Contudo o conteúdo destes será também usado no desenho do sistema. Uma vez que o DFD não dá uma descrição detalhada do sistema em estudo, este é complementado com o Dicionário de Dados. O Dicionário de Dados é uma colecção organizada de informação sobre os dados. O dicionário de dados é formado por um conjunto de definições rigorosas sobre todos os elementos/objectos do DFD, portanto poder-se-á dizer, que é uma colecção organizada de dados sobre dados. No dicionário de dados encontramos definições de: - Fluxo dados - Ficheiro/depósito de dados - Processos - Entidades externas Necessidades de um D.D Os D.D registam mais detalhes sobre o fluxo de dados num sistema, de forma a que qualquer pessoa envolvida possa ver a descrição dos fluxos de dados, arquivo de dados, processos e entidades. Toda a informação num sistema é constituída por elementos de dados. Os elementos de dados agrupados formam uma estrutura de dados. Por exemplo a entidade (cliente) é representada por uma estrutura de dados (telefone). Razões pela qual se utiliza um Dicionário de Dados Porque facilita a comunicação entre o analista e o utilizador Porque pode facilitar a comunicação entre segmentos distintos numa empresa Porque ajuda o analista a evitar a redundância de dados Porque torna-se fácil avaliar o impacto de alterações num dado, uma vez que estão listadas no D.D toda a informação Vantagens de um Dicionário de Dados Listagens ordenadas de todas as entradas e com detalhe total e parcial Obtenção de relatórios compostos das estruturas (quais os componentes e quais as interligações) Saber num dado momento onde é utilizador determinado elemento Permite pesquisas por palavra chave ou por parte de palavra Um D.D permite-nos gerar a base de dados que se pretende Possibilita a verificação da consistência dos dados

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Sistemas de Informação – Análise de Sistemas

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Cada definição do dicionário de dados, deve ser conciso, preciso e não conter redundâncias; deve ser de fácil acesso e propiciar a actualização. No dicionário de dados a estrutura (ou composição) é indicada usando a seguinte simbologia:

Dicionário de Dados de Processos ID: Nome: Fluxos de Output: Fluxos de Input: Descrição Lógica: Recebe: Consulta: Envia: Regista: Dicionário de Dados de Entidades Externas ID: Nome Descrição Dicionário de Dados dos Fluxos de Dados Nome De Para Conteúdo Descrição Dicionário de Dados dos Arquivos de Dados Nome Conteúdos Comentários