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ANÁLISE DE ÓLEOS, GORDURAS E SUBPRODUTOS DA SOJA, NA EMPRESA COAMO AGROINDÚSTRIA. BENEFICIAMENTO E ESTÁGIO SUPERVISIONADO Campo Mourão SETEMBRO/2013 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Campo Mourão Curso Tecnologia em Alimentos

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ANÁLISE DE ÓLEOS, GORDURAS E SUBPRODUTOS DA SOJA,

NA EMPRESA COAMO AGROINDÚSTRIA.

BENEFICIAMENTO E

ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Campo Mourão

SETEMBRO/2013

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

Campus – Campo Mourão

Curso Tecnologia em Alimentos

MARÍLIA GABRIELLA FOREGATTO LOUZANO

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RESUMO

Este relatório tem como objetivo apresentar as atividades desenvolvidas

durante o estágio obrigatório, para a conclusão do Curso de Tecnologia em

Alimentos da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. As atividades do estágio

ocorreram na empresa COAMO – Cooperativa Agroindustrial, no período de março a

junho de 2013, onde foi realizado o acompanhamento da soja para a extração do

óleo. As análises realizadas do grão de soja foram de umidade e concentração de

óleo, no óleo bruto degomado foram realizadas as análises de umidade e ‘flash

point’, enquanto que na borra foram determinados os teores de óleo e umidade,

realizando-se nas miscelas a análise de concentração de óleo. As análises foram

realizadas no laboratório de Físico-Química da indústria de óleo da COAMO que

objetiva o controle de qualidade de óleos, gorduras e margarinas, a fim de distribuir

os produtos conforme desejado. Então, é indispensável que estejam dentro dos

padrões estabelecidos. O estágio é de extrema importância para o profissional de

Tecnologia em Alimentos vivenciar e conhecer a rotina de uma indústria.

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1. INTRODUÇÃO

Os antepassados dos chineses domesticaram a soja silvestre, criaram

milhares de variedades e inventaram várias formas de as transformarem. A China é

considerada um centro de diversidade no que diz respeito à soja, o que significa não

só que a sua cultura aí teve origem como também que os chineses foram os

responsáveis pelos primeiros cruzamentos e melhoramentos desta leguminosa que

daria origem a muitas variedades. A China é ainda o país onde se pode encontrar a

maior gama de espécies aparentadas com a soja (GREENPEACE, 2004).

No final da década de 60, o Brasil começou a enxergar a soja como um

produto comercial, fato que mais tarde influenciaria no cenário mundial de produção

do grão. Na época, o trigo era a principal cultura do sul do Brasil e a soja surgia

como uma opção de verão, em sucessão ao trigo. O Brasil também iniciava um

esforço para produção de suínos e aves, gerando demanda por farelo de soja. Em

1966, a produção comercial de soja já era uma necessidade estratégica, sendo

produzidas cerca de 500 mil toneladas no país (EMBRAPA, 2013).

Conforme a Portaria nº 795, de 15 de dezembro de 1993 do Ministério da

Agricultura, do Abastecimento e Reforma Agrária, “óleo de soja é o produto obtido

por prensagem mecânica e/ou extração por solvente, dos grãos de soja

(Gluycinemax. L Merril), isento de misturas de outros óleos, gorduras ou outras

matérias estranhas ao produto” (BRASIL,1993).

Para que há um maior entendimento das análises realizadas, precisa-se

primeiramente entender o processo de preparação da matéria-prima. Abaixo segue

o fluxograma 1, onde mostra o processo de obtenção da casca em ração animal.

A soja chega à indústria e então o caminhão passa pela balança onde se

retira uma amostra para realizar algumas análises da soja ainda in natura.

Na indústria há alguns silos de armazenamento, que servem como reserva

para que não haja paralização da fábrica por falta de matéria-prima. Após, é

mandada para a balança de fluxo, onde é pesada a soja que será utilizada em todo

processo. Essa balança libera a quantia desejada. Após isso, transporta-se a soja

para os quebradores, no total de seis, para que seja então realizada a quebra e a

liberação da pele da soja. Então, é encaminhado para o sistema de separação de

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casca, onde são separadas por sucção e a soja volta para o processo. Então,

encaminha-os para uma segunda peneira. Os finos, que são os pedaços de soja

muito quebrados, passam pela malha desta peneira e também retornam para o

processo. A casca é encaminhada para um moinho, onde é moída e então segue

para a peletização, que é um processo físico-químico onde as pequenas partículas

são forçadas a agregarem-se umas com as outras formando um granulo compacto.

Então o farelo peletizado é comercializado como ração animal. Abaixo o fluxograma

do processo de transformação da casca em ração animal.

Fluxograma 1. Transformação da casca em ração animal.

Processo de extração do óleo de soja, de acordo com o Fluxograma 2 e 3:

Após a retirada da casca, sobra-se a polpa da soja, onde esta é encaminhada

para o condicionador, com a finalidade de triturar em pedaços menores os grãos já

quebrados, onde há aquecimento com vapor indireto para facilitar o processo. A soja

deve-se entrar no equipamento com uma umidade de aproximadamente 10%. Os

quebradores são constituídos por dois pares de rolos, onde os superiores quebram a

soja em quatro partes e os inferiores em aproximadamente seis partes.

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Então se encaminha para o laminador, onde este tem por finalidade deixar os

grãos finos, com aproximadamente 0,35 mm. A umidade não altera do processo

anterior para este.

Em seguida, as laminas são encaminhadas para o expander. Onde há uma

rosca sem fim que pressiona as laminas contra uma placa perfurada e injeta-se ar

com uma pressão de aproximadamente 7 bar, formando uma massa porosa,

facilitando a percolação do solvente na próxima etapa, fazendo com aumente a área

de contato e o óleo seja removido mais facilmente.

Aqui se termina a preparação dos grãos de soja que será encaminhado para

a extração.

Essa massa expandida é encaminhada para o extrator, que consiste em um

casco fixo com parte móvel dividida em doze caçambas, girando em sentido horário

onde é alimentado com a massa expandida e no sentido anti-horário é adicionada a

miscela, que consiste em óleo com solvente, no caso hexano.

Nas oito primeiras caçambas a massa com a miscela fica recirculando para

que haja uma maior extração do óleo, então o ultimo banho é feito com solvente

puro para que se consiga retirar a maior quantidade de óleo dessa massa. Então, o

óleo juntamente com a miscela, é encaminhado para o primeiro evaporador, onde a

temperatura se encontra em aproximadamente 70°C. Não é preciso utilizar altas

temperaturas, pois o solvente está pouco ligado com o óleo há uma interação fraca,

que facilita a evaporação do óleo. Então, este óleo segue para o segundo

evaporador, com temperatura em aproximadamente 115°C, um pouco mais elevada,

pois o óleo e o solvente estão mais ligados. Nestes dois evaporados há injeção de

apor indireto, conhecido também como vapor de camisa.

Na etapa seguinte, o óleo com aproximadamente 3 a 5% de solvente é

encaminhado para o terceiro evaporador, conhecido também como striper. Este

equipamento é dotado de grades sobrepostas onde há injeção de vapor direta, então

o óleo cairá e estas grades farão com que aumente a sua área de contato e

juntamente com o vapor, o restante do hexano será evaporado. Então, obteve-se o

óleo bruto degomado. Encaminha-o para o centrifugação, onde é hidratado com

água e faz-se a retirada da goma, que é composta por fosfatídeos. O óleo bruto

seguirá para a refinaria, que passará por diversas outras etapas, onde o produto

final será o óleo de soja.

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Então, restou a massa branca, conhecida como lex, que é a soja retirada o

óleo. Esta passa por um processo térmico para evaporação do solvente e retirada de

microrganismos indesejáveis, também se elimina a urease, após isso passa por um

secador, onde sofre o processo de peletização, seguindo para um resfriador, então é

moído e comercializado como ração animal.

Fluxograma 2. Processo de extração do óleo de soja.

Fluxograma 3. Obtenção do óleo degomado, goma e lex.

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Em todo o processo há um sistema de vácuo, este é lançado para a

atmosfera, mas primeiramente é preciso que se eliminem os resíduos de solvente,

então nesse sistema há o óleo mineral, que faz a captação desses gases. Este óleo

mineral fica recirculando no sistema e absorvendo os gases e fazendo com que o

solvente volte para o processo e somente parte do vácuo gerado é lançado para a

atmosfera. É necessário repor de duzentos a quatrocentos litros deste óleo por

semana, pois é perdido devido às altas temperaturas.

Então se tem os seguintes produtos para a realização das análises:

- miscela;

- lex;

- soja condicionada;

- soja expandida;

- lâmina,

- goma;

- óleo de soja bruto degomado;

- óleo mineral.

2. DESCRIÇÃO DO LOCAL

É de extrema importância que a empresa escolhida tenha uma

responsabilidade com o trabalho que realiza e com os funcionários que fazem parte

dela. Assim, a empresa Coamo Agroindústria, localizada em Campo Mourão, foi

escolhida para realização deste estágio por se tratar de uma multi nacional de

enorme competência em todos os sentidos, principalmente em relação aos

resultados das análises realizadas por seus funcionários.

A Coamo é uma cooperativa com quase seis mil funcionários efetivos,

aproximadamente um mil e quinhentos temporários e terceirizados, os quais com

suas competências funcionais, são responsáveis pela condução das operações e

atividades da cooperativa (COAMO, 2013).

O laboratório de físico-química, onde são realizadas as análises da indústria

de óleo, está localizado no parque industrial, que fica aproximadamente 12 km do

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centro de Campo Mourão. Este laboratório foi construído há pouco tempo, portanto

suas instalações são de última geração e seguem normas de higiene e de

segurança.

Neste laboratório encontra-se sala de recepção de amostras, sala de

moagem, sala de armazenagem de amostras, sala de pesagem, sala de estufas,

sala de lavagem, sala de reagentes, sala de aquecimento, sala do encarregado

responsável e um amplo espaço onde são realizadas as demais análises de óleos e

gorduras. No mesmo espaço estão os equipamentos para realizar análises

referentes ao trigo. Há também um vestiário feminino e outro masculino juntamente

com o banheiro de cada um, com armários de uso pessoal.

Os equipamentos presentes na sala de moagem são uma peneira para

realização da análise de granulometria, o equipamento para realização da análise de

flash-point e um moedor, para triturar as amostras.

Na sala de pesagem, encontram-se quatro balanças (onde duas são

analíticas e duas semi-analíticas) e sete dessecadores (três para armazenamento de

cápsulas e cadinhos e quatro para resfriamento de amostras retiradas da estufa).

Em outra sala, encontram-se as estufas, onde há uma estufa de mesa e outra estufa

maior, ambas mantidas em aproximadamente 130ºC. Existem ainda três muflas com

temperatura em torno de 600ºC cada.

A sala de lavagem é composta por uma estufa de secagem, mantida à 100ºC

para serem colocadas às vidrarias, cápsulas e cadinhos depois de lavados. A

estrutura conta com uma pia com duas cubas para efetuar a lavagem dos

instrumentos utilizados e uma bancada extensa para depositá-los antes ou depois

de secos.

Na sala de aquecimento, encontram-se duas capelas com uma chapa de

aquecimento e espaço para manusear as vidrarias e reagentes, uma pia e um

balcão com dois conjuntos de chapas aquecedoras.

Os reagentes são armazenados em uma sala apropriada, com armários e

estantes de ferro, mantidas em temperatura adequada com o auxílio de um ar

condicionado e exaustor. Nesta sala também se armazenam os papéis-toalha

utilizados em todas as partes do laboratório e galões e vidros de reagentes vazios.

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No restante do espaço do laboratório, estão armários com vidrarias no seu

interior, bancadas e todo equipamento utilizado nas diversas análises dispostos

sobre eles. Sobre as bancadas estão os reagentes de uso constante. Por fim, os

computadores e uma impressora, utilizados para a impressão das solicitações de

análises e digitação dos resultados das análises já concluídas.

O horário de trabalho é dividido por turnos, onde o primeiro turno é composto

por cinco funcionários e uma estagiária. No segundo e terceiro turnos existem mais

oito funcionários, ao todo. O encarregado se encontra no período diurno.

Trata-se de um espaço grande, confortável e de fácil acesso para realizar as

análises necessárias.

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3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

As análises de controle de qualidade de óleos e gorduras foram realizadas de

acordo com as normas da AOCS e também normas internas da COAMO.

3.1. Determinação da concentração de óleo em miscela

De acordo com a (COAMO, 2010), para a determinação da concentração de

óleo em miscela utiliza-se uma amostra de 10 g da miscela num béquer, que foi

colocado numa chapa aquecedora, até evaporação do solvente. Em seguida, esse

resíduo foi colocado em estufa a 1300C por 30 minutos e após atingir a temperatura

ambiente foi novamente pesado sendo o teor de óleo na miscela foi determinado

gravimetricamente e expresso em porcentagem.

3.2. Determinação de porcentagem de óleo do lex

Segundo a (COAMO, 2010), para a determinação da porcentagem de óleo

do lex, utiliza-se 3 g de amostra envoltas em papel que em seguida é transferida

para um cartucho de extração, cobrindo com algodão, (pesou-se um balão de 250

mL). Adicionou-se 250 mL de solvente hexano para extração via soxhlet. Deixou-se

extrair por 3 horas. Após isso, retirou-se o extrato e deixou-se o hexano evaporar até

que contenha somente o óleo extraído no balão. Levou-se o balão em estufa a

130ºC por 30 minutos. Retirou-se o balão da estufa, esfriou em dessecador e pesou-

se em balança analítica. Então, o teor de óleo da borra foi determinado

gravimetricamente e expresso em porcentagem.

3.3. Determinação da umidade

Segundo a AOCS 2003, pesou-se a cápsula de alumínio e anotou-se o peso,

adicionou-se à cápsula de alumínio, ainda no prato da balança, a quantidade de

amostra, conforme a tabela 1. Levou-se a estufa por tempo determinado também na

tabela 1, retirou-se da estufa, esfriou-se em dessecador, pesou-se e a umidade foi

determinada gravimetricamente e expresso em porcentagem.

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Tabela 1. Pesagem de Amostra Para Análise de Umidade à 130ºC.

Amostras Massa (g) Tempo de Estufa (h)

Entrada do Quebrador + 5,00 2

Saída do Quebrador + 5,00 2

Entrada do Expander + 5,00 2

Saída do Expander + 5,00 2

Lex + 5,00 2

Lâmina + 5,00 2

Óleo bruto Degomado + 5,00 1/2

Óleo Mineral Entrada + 10,00 1 ½

Óleo Mineral Saída + 10,00 1 ½

Borra + 10,00 3

3.4. Determinação de flash point (ponto de fulgor – aplicado ao óleo)

Conforme a COAMO 2007, adicionou-se a amostra ao copo do aparelho

até encher completamente. Colocou-se a tampa no copo e fechou. Inseriu-se o

termômetro. Ligou-se o aparelho. Atingiu a temperatura de 120°C, desligue-o, abra a

tampa, acenda o fósforo e aproxime do óleo. Observou se houve chama ou não.

Na interpretação do resultado:

Se a amostra não inflamar, isto significa que o flash é negativo. Caso contrário, o

flash é positivo*.

*Dependendo da intensidade da chama, o flash é considerado fraco, médio ou forte.

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3.5. Determinação de porcentagem de óleo na goma

Segundo a COAMO 2010, pesou-se de 2 a 3 g de goma em um béquer de

250 mL. Paralelamente pesou-se um erlenmeyer de 250 mL em uma balança

analítica e anotou-se o peso. Colocou um funil e um papel filtro. Adicionou-se 20 mL

de acetona no béquer com a goma e mexeu com um bastão de vidro. Despejou-se

somente o líquido no erlenmeyer e repetiu-se o procedimento com mais 2 porções

de 20 mL de acetona. Levou-se o erlenmeyer com a acetona até a chapa e deixou-o

até que não houvesse traços de acetona. Encaminhou-se o erlenmeyer à estufa a

130°C por 30 minutos. Retirou-se o erlenmeyer da estufa, esfriou em dessecador e

pesou-o em balança analítica. A quantidade de óleo na goma foi determinada

gravimetricamente e expresso em porcentagem.

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4. CONCLUSÃO

A área de controle de qualidade em alimentos assim como qualquer outra

área impõe realizar as atividades com extrema atenção e cautela, pois o manuseio

das amostras é determinante para que os resultados finais sejam satisfatórios. É

importante que ao se realizar uma análise tenha um conhecimento prévio das

metodologias e suas possíveis consequências para então ter uma correta

interpretação dos resultados. Então, o setor de controle de qualidade é

indispensável para qualquer indústria, principalmente as alimentícias.

O estágio supervisionado teve uma grande importância, pois foi possível

conhecer a rotina de um Tecnólogo em Alimentos em uma indústria, aproximando a

teoria com a prática, o dia a dia, suas dificuldades e aprimorando o conhecimento. O

tecnólogo também pôde contribuir transmitindo conhecimentos adquiridos ao longo

do curso de Tecnologia em Alimentos, fazendo com que a realização de suas

atividades e os resultados obtidos sejam satisfatórios.

Após ter acompanhado todo processo, percebeu-se que há algumas etapas

que poderiam ser eliminadas para gerar uma economia na indústria, tais como

resfriar o lex após ser peletizado, antes de moído. Outra sugestão seria pesquisar

outro solvente, menos agressivo a saúde, para fazer a extração do óleo. Mesmo

sabendo que são praticamente 99,7% extraído do produto final, ainda assim podem

ficar resquícios.

Concluo que foi satisfatório e muito interessante acompanhar todo o processo

de extração e conhecer os procedimentos ate a chegada das amostras para então

realizar as analises.

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5. REFERÊNCIAS

AOCS, Official methods and recommended practices of the American Oil

Chemists' Society, AOCS: Champaign, 2003. Disponível em:

[http://www.aocs.org/Methods/]. Acesso em: 22/07/2013.

BRASIL, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Portaria n. 795, de 15

de dezembro de 1993. Aprova as normas de identidade, qualidade, embalagem,

marcação e apresentação do óleo e do farelo de soja. Diário Oficial da União,

Brasília. Disponível em:

[http://extranet.agricultura.gov.br/sislegisconsulta/consultarLegislac.do?operacao=vis

ualizar&id=4355]. Acesso em: 20/07/2013.

COAMO, Agroindustrial Cooperativa. Nossa história, Campo Mourão, 2013. Disponível

em: [http://www.coamo.com.br/?p=YWxyb3RsaXMvcXVvbV9zZW1lc0B6aHo] Acesso em:

15/07/2013.

COAMO, Agroindustrial Cooperativa. Instrução Normativa da Qualidade, Campo Mourão,

2007. Acesso em: 25/07/2013.

COAMO, Agroindustrial Cooperativa. Instrução Normativa da Qualidade, Campo Mourão,

2010. Acesso em: 25/07/2013.

EMBRAPA. Histórico da soja no Brasil. Disponível em:

[http://www.cnpso.embrapa.br/index.php?cod_pai=7&op_page=113] Acesso em:

20/07/2013.

GREENPEACE. Soja – um tesouro nacional chinês ameaçado pela engenharia

genética. Disponível em:

[http://www.greenpeace.org.br/transgenicos/pdf/7_chinasoja_br.pdf] Acesso em:

20/07/2013.