analise de baçlanço

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Page 1: analise de baçlanço

Profª Regina Maria MachadoESTRUTURA E ANÁLISE DAS DEMOSTRAÇÕES

CONTÁBEIS

Quociente de Participação de Capitais de Terceiros

Fórmula:

Interpretação:

Quanto menor este quociente, melhor.

Este quociente revela qual a proporção existente entre capitais de terceiros e capitais próprios, isto é, quanto a empresa utiliza de capitais de terceiros para cada real de capital próprio.

Se multiplicarmos este quociente por 100, obteremos a resposta em %, ou seja, quanto a empresa utiliza de capitais de terceiros para cada R$100,00 de P.L.A interpretação deste quociente deverá ser direcionada a medir o grau de endividamento da empresa.

Sempre que este quociente for inferior ou menor que 100%,indicará o excesso de capitais próprios sobre capitais de terceiros, evidenciando que a empresa possui liberdade financeira para a tomada de decisão

Pontos importantes a considerar:

Quando o grau de endividamento mostrado por este quociente for elevado, a empresa encontrará dificuldades para obtenção de recursos financeiros no mercado porque serão poucas as garantias disponíveis para oferecer em troca de recursos, sejam eles destinados à expansão do negócio, ou mesmo a cobrir compromissos imediatos ou inesperados.

Os capitais de terceiros sempre existirão, seja em forma de empréstimos, seja para financiar o desenvolvimento normal da empresa, como os débitos a fornecedores, ao governo, aos trabalhadores, etc.

O importante é que a empresa saiba administrar bem os recursos de terceiros que tiver em mão fazendo com que os lucros obtidos com a aplicação desses recursos supram os juros que remunerarão esses capitais.

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Exigível total . Patrimônio Líquido

Page 2: analise de baçlanço

Composição do endividamento:

Fórmula:

Interpretação:

Quanto menor este quociente, melhor.

Este quociente revela qual a proporção existente entre as obrigações de curto prazo e as obrigações de curto prazo e as obrigações totais, isto é, quanto a empresa terá que pagar a curto prazo para cada real total das obrigações existentes. Se multiplicarmos este quociente por 100, obteremos a resposta em %, ou seja, quanto a empresa terá que pagar a curto prazo para cada R$ 100, do total das obrigações existentes.

A interpretação deste quociente deverá ser direcionada a verificar a necessidade de a empresa ter ou não de gerar recursos a curto prazo para saldar seus compromissos.

Pontos importantes a considerar:

Quanto menor for o valor a pagar a curto prazo em relação às obrigações totais, maior tempo a empresa terá para obter recursos financeiros visando saudar todos os seus compromissos.

Para gerar recursos a C.P. visando cobrir os compromissos do P.C., a empresa poderá realizar várias operações, como: Levantar empréstimo para pagamento a L.P., oferecer descontos especiais para promover vendas, incentivar seus clientes a pagar as duplicatas antes do vencimento, concedendo-lhes vantagens, etc. Essas operações, entretanto, nem sempre oferecem resultados satisfatórios, pois dependem de fatores externos que fogem do controle da empresa, como a existência de disponibilidade nos estabelecimentos bancários para oferecer empréstimos a L.P., a situação financeira dos clientes.

Gerar recursos financeiros a C.P. nem sempre constitui tarefa fácil por parte do administrador da empresa.

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P CE T

Page 3: analise de baçlanço

Os recursos financeiros para cobrir os compromissos de L.P. poderão surgir em função do desenvolvimento normal da empresa, sem a necessidade de recorrer à operação que gera recursos à C.P.

Quanto menor for este quociente, maiores serão os prazos que a empresa terá para saldar seus compromissos; em conseqüência melhor será sua situação financeira atual.

Imobilização do Patrimônio Líquido:

Fórmula:

Interpretação:

Quanto menor este quociente, melhor.O quociente revela qual parcela do P.L., isto é, quanto a empresa imobilizou o A.P. para cada real do P.L.

Se multiplicarmos este quociente por 100, obteremos resposta em porcentagem, ou seja, quanto por cento do P.L. foi aplicado no A.P. A interpretação deste quociente deverá ser direcionada a verificar a existência ou não do capital próprio.

Pontos importantes a considerar:

É a denominação que se dá ao excesso do P.L. sobre o A.P.

Ele poderá ser apurado pela seguinte fórmula:

Onde:

CCP = Capital Circulante Próprio PL = Patrimônio LíquidoAP = Ativo Permanente

O Capital Circulante Próprio é a parte do capital próprio investida no A.C.

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Ativo PermanentePatrimônio Líquido

CCP = PL - AP

Page 4: analise de baçlanço

Outro aspecto evidenciado por este quociente é a existência ou não da dependência de capitais de terceiros para financiar o A.C.. Se todo o P.L. for utilizado para financiar o A.P. não existindo capital circulante próprio significará que todo A.C. + o realizável a L.P. foram financiados somente com recursos de terceiros. Em princípio, este fato não indica uma situação favorável.

Quando este quociente indicar que todo o A.C. + o realizável a L.P. foram financiados com capitais de terceiros, será interessante analisar outros quocientes como aqueles que relacionam as obrigações a C.P. com as obrigações totais, par verificar se a empresa precisa se desdobrar para conseguir recursos financeiros visando cobrir compromissos de C.P.

Sempre que este quociente for inferior a 1 ou menor que 100%, indicará que a entidade não imobilizou todo o seu P.L., existindo, então, o Capital Circulante Próprio. Quanto maior for a parcela do P.L. aplicada no A.P. menor será participação dos capitais próprios para financiar o A.C. e maior será a dependência da empresa em relação aos capitais de terceiros .

Quando houver necessidade de utilizar recursos de terceiros para financiar o permanente como ocorre nas ocasiões de ampliação da empresa, estes recursos devem ser captados para serem pagos a L.P., de modo que possam ser remunerados com os lucros obtidos com a própria movimentação dessas imobilizações.

Se este quociente for superior a 1 ou 100% indicará que a entidade aplicou

no A.P. todo capital próprio ainda uma parcela de capital de terceiros. Neste caso, para saber se a empresa investiu no A.P., recursos de terceiros tomados a curto e a longo prazo, será necessário analisar o quociente de imobilização dos recursos não correntes.

Há outro aspecto que precisa ser considerado na interpretação deste quociente: Em determinados ramos de atividade, é comum imobilizar + que o P.L.. É o que ocorre com as empresas transportadoras, principalmente nos períodos de expansão. Neste caso, porém, como parte do A.P. e todo A.C. + o R.A.P. foram financiados por capitais de terceiros, podemos dizer que a empresa encontra-se em mãos de terceiros, podemos dizer que a empresa investiu + do que os proprietários dos capitais de terceiros. Para saber se a empresa está ou não agindo com normalidade, será necessário comparar este quociente com o quociente padrão.

Por outro lado, a interpretação do quociente de imobilização dos recursos não correntes irá indicar se o excesso de imobilizações foi feito dentro de um programa que possa ser cumprido pela empresa sem causar desequilíbrio financeiro.

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Page 5: analise de baçlanço

Imobilização dos Recursos não Correntes

Fórmula:

Interpretação:

Quanto menor este quociente, melhor.A interpretação deste quociente deve ser direcionada a verificar se o capital de circulante próprio negativo for compensado por empréstimo a Longo Prazo.

Pontos importantes a considerar:

Obs.: o capital circulante próprio ocorre quando o P.L. é inferior ao A.Permanente.

Em qualquer circunstância, é ideal que o P.L. seja suficiente para financiar todo o Ativo Permanente e ainda uma parte do A. Circulante. Esta folga garante à empresa liberdade para a tomada de decisões, sendo benéfica para sua situação financeira.

Quando o excesso das imobilizações sobre o P.L. for financiado por obrigações do Passivo Circulante, a empresa poderá enfrentar sérios problemas de solvência. Por isso, este quociente não deve ser superior a 100%, para que não haja obrigações de curto prazo financiando o A.Permanente.

Quando a análise do quociente de imobilização dos recursos próprios

indicar a existência de capital circulante próprio negativo, haverá forte evidência de que a situação financeira da empresa não é boa. Entretanto, não se pode concluir que a empresa atravessa momentos de desequilíbrio financeiro, pois a interpretação do quociente de imobilização dos recursos não correntes poderá revelar a existência de um quadro mais ameno. Finalmente, mesmo quando a interpretação deste quociente evidenciar tendência de desequilíbrio financeiro, para saber se a empresa encontra-se ou não em situação de insolvência, para isso é preciso interpretar os quocientes de liquidez.

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Ativo PermanentePL + PELP

Page 6: analise de baçlanço

QUOCIENTE DE LIQUIDEZ (OU SOLVÊNCIA)

Os quocientes de liquidez evidenciam o grau de solvência da empresa em decorrência da existência ou não de solidez financeira que garanta o pagamento dos compromissos assumidos com terceiros.

Liquidez Geral

Fórmula:

Interpretação

Quanto maior este quociente melhor.

Este quociente evidencia se os recursos aplicados no A.C. e no A.Ra L.P. são suficientes para cobrir as obrigações totais.

A interpretação deste quociente deve ser direcionada a verificar se a empresa tem solidez financeira suficiente para cobrir os compromissos de curto ou de longo prazo assumidos com terceiros.

Pontos importantes a considerar:

Quando este quociente for igual ou superior a 1, pode-se afirmar em princípio que a empresa encontra-se satisfatoriamente estruturada do ponto de vista financeiro.

Quando este quociente for inferior a 1, pode-se em princípio dizer que a empresa encontra-se em situação de insolvência (não tem condições de saldar as dívidas) pois os capitais de terceiros (obrigações totais) financiaram todo o A.C.Ra L.P., além de parte do ª Permanente revelando que a empresa encontra-se nas mãos de terceiros

Um aspecto importante na análise deste quociente diz respeito aos prazos: É preciso verificar as diversas datas de vencimentos dos direitos do A.C., conjugando-as com as diversas datas das obrigações do P.C., pois as divergências de prazos existentes entre direitos e obrigações poderão modificar sensivelmente a opinião do analista.

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AC + AraPL PC + PELP

Page 7: analise de baçlanço

Ex.:

Poderá ocorrer:

Todos os direitos de C.P. Recebimento Em 60 diasEnquanto as obrigações de C.P. tenham vencimentos em períodos superiores a 120 dias.

Há casos em eu o quociente de liquidez geral inferior a 1 não indica situação de insolvência. Ocorre por exemplo, quando, para saldar compromissos de C.P. a empresa toma empréstimos a pagar em 5 anos, neste caso, haverá tempo suficiente para gerar recursos visando saldar esses compromissos.

Liquidez Corrente

Fórmula:

. Interpretação:

Quanto maior este quociente, melhor.

O quociente revela a capacidade financeira da empresa para cumprir seus compromissos de C.P., isto é, quanto a empresa tem de A.C. para cada real de P.C.A interpretação deste quociente deve ser direcionada para verificar a existência ou não do capital circulante líquido.

Pontos importantes a considerar:

Por ser o quociente que melhor espelha o grau de liquidez da empresa, é também denominado média de solvência.

O capital circulante Líquido (CCL) pode ser apurado pela seguinte fórmula:

Quando este quociente for igual a 1, indicará que a empresa possui um grau de solvência que lhe permite cobrir os compromissos a C.P.

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A.C.P.C

CCL = AC – PC

Page 8: analise de baçlanço

Quando este quociente for superior a 1, indicará a existência de uma folga financeira a CP, que corresponde CCL. Esta folga financeira possibilita à empresa efetuar transações sem prejudicar sua liquidez podendo ser utilizada na aquisição de estoques, em aplicações financeiras de C P.

Liquidez Seca

Fórmula:

Interpretação:

Quanto maior este quociente, melhor

Este quociente revela capacidade financeira líquida da empresa para cumprir os compromisso de C.P., esto é, quanto a empresa tem de A.C. líquido para cada real de P.C.A interpretação deste quociente deve ser direcionada a verificar se o AC líquido é suficiente para saldar os compromissos a C.P.

Pontos importantes a considerar:

O valor do AC líquido poderá ser apurado de duas maneiras:

a) Subtraindo-se do AC os valores que não representam conversibilidade garantida, como os estoques, os impostos a recuperar e as despesas do exercício seguinte.

b) Somando-se às disponibilidades os valores dos investimentos temporários a CP e as contas a receber de clientes.

Portanto a fórmula para se apurar o quociente de liquidez seca poderá ser apresentada no início deste item desde que já estejam deduzidos do AC os valores dos impostos a recuperar e as despesas do exercício seguinte.

Há ainda uma fórmula que pode ser usada.

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AC - EST PC

LS = Disponib. + Invest. Temp. a CP + c/a Rec. De clientes PC

Page 9: analise de baçlanço

Este quociente deve ser analisado em conjunto com o quociente de liquidez corrente. Para se obter conclusão mais precisas além da simples observação da fórmula, os mesmos detalhes apresentados para fins de análise do quociente de Liquidez Corrente são aplicáveis no presente caso, principalmente com relação aos prazos de vencimento de direitos e obrigações.

O quociente de liquidez corrente relaciona o Ativo Circulante com o Passivo Circulante, entretanto, é sabido que as obrigações do Passivo Circulante possuem datas certas para serem liquidadas, enquanto os bens e os direitos do Ativo Circulante nem sempre apresentam conversibilidade garantida. Como exemplo refiro-me ao Estoque que estão sujeitos à deterioração, ao obssoletismo etc.Por isso, o valor dos Estoques deve ser excluído da fórmula para fins de apuração do quociente de Liquidez Seca.

Este é um dos quocientes mais utilizados pelas instituições financeiras para o fornecimento de créditos a seus clientes.

LIQUIDEZ IMEDIATA:

FÓRMULA –

O quociente revela a capacidade de liquidez imediata da empresa para saldar seus compromissos de curto prazo, isto é, quanto a empresa possui de dinheiro em caixa, nos Bancos e em Aplicações de liquidez Imediata para cada real do Passivo Circulante.

INTERPRETAÇÃO: Quanto maior este quociente, melhor.

A interpretação deste quociente deve ser direcionada a verificar se existe ou não necessidade de recorrer a algum tipo de operação visando obter mais dinheiro para cobrir obrigações vencíveis a curto prazo.

Pontos Importantes A Considerar:

Quando a empresa possui dinheiro em caixa suficiente para saldar seus compromissos de curto prazo, obviamente estará tranqüila sob o ponto de vista de solvência.

Este quociente apresenta pouca validade para análise de situação de liquidez da empresa pelos seguintes motivos:

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Disponibilidade . Passivo Circulante

Page 10: analise de baçlanço

1-não adota boa política financeira a empresa que mantém elevadas importâncias em disponibilidade em detrimento de aplicações mais produtivas, no financiamento de vendas a prazo etc.

2-O Passivo Circulante é composto por obrigações que possuem prazos de vencimentos variados, podendo inclusive grande parte delas Ter prazos de vencimentos superiores a seis meses. Por este motivo, não é recomendável Ter disponibilidades imediatas para saldar compromissos seis meses antes do vencimento;

3-Também, que é importante que a empresa mantenha equilíbrio entre as entradas e saídas de dinheiro sendo aceitável a manutenção de saldos elevados em caixa quando representarem provisionamentos pára pagamentos para pagamentos de obrigações que vençam em poucos dias Mesmo que este quociente seja inferior a um, poderá não representa situação de insolvência, pois as obrigações constantes no Passivo Circulante poderão Ter prazos de vencimentos que permitam à empresa obter recursos financeiros para pagá-los, com o desenvolvimento normal de suas atividades, sem a necessidade de manter saldos elevados em caixa. QUOCIENTES DE RENTABILIDADE

Os Quocientes de Rentabilidade servem para medir a capacidade econômica da empresa, isto é, evidenciam o grau de êxito econômico obtido pelo capital investido na empresa. São calculados com base em valores extraídos da Demonstração do Resultado do Exercício e do Balanço Patrimonial.

A rentabilidade do capital investido na empresa é conhecida através do confronto entre contas ou grupos de contas da Demonstração do Resultado do Exercício ou conjugando-as com grupos de contas do Balanço Patrimonial.

Giro do Ativo

Fórmula:

Este quociente evidencia a proporção existente entre o volume das vendas e os investimentos totais efetuados na empresa, isto é, quanto a empresa vendeu para cada real de investimento total.

Interpretação:

Quanto maior este quociente, melhor

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Vendas LíquidasAtivo Total

Page 11: analise de baçlanço

A interpretação deste quocientes deve ser direcionada para verificar se o volume das vendas realizadas no período foi adequado em relação ao Capital Total investido na empresa,

Pontos importantes a considerar:

Como o quociente serve para medir o volume das vendas em relação ao Capital Total investido na empresa, é importante saber que o volume de vendas ideal para cada empresa é o que permite a obtenção da lucratividade suficiente para cobrir todos os gastos, oferecendo ainda boa margem de lucro.

Como os gastos efetuados pelas empresas para o desenvolvimento normal de suas atividades variam em função do ramo de atividade por elas exercido, também o volume de vendas ideal para cada empresa dependerá de seu ramo de negócio. O ideal é que esse quociente seja superior a um, caso em que estará indicando que o volume das vendas superou o valor investido na entidade.

Suponhamos, por exemplo, que no exercício de x1 a empresa A tenha efetuado vendas líquidas no valor de R$ 60.000 para um Capital Total investido no Ativo igual a R$ 20.000. Suponhamos, ainda, que a empresa B, no mesmo período, tenha realizado vendas líquidas no valor de R$ 300.000 para um Capital Total investido no Ativo igual a R$ 450.000.

Aparentemente, a empresa B realizou melhores negócios, pois o volume das suas vendas líquidas correspondeu a cinco vezes o volume das vendas líquidas da empresa A . Entretanto se compararmos o volume das vendas realizadas com o valor dos investimentos totais efetuados na empresa, concluiremos que a empresa A foi a que alcançou melhores resultados, pois suas vendas corresponderam a três vezes o valor do Capital Total investido, ao passo que a empresa B não conseguiu girá-lo uma só vez. É evidente que outros aspectos precisam ser considerados, pois mesmo não conseguindo girar uma só vez o valor do Capital Total investido, a empresa B pode ter obtido maior lucratividade que a empresa A . Por isso, é importante analisar o quociente a seguir.

Margem líquida

Fórmula:

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Lucro LíquidoV endas Líquidas

Page 12: analise de baçlanço

O quociente revela a margem de lucratividade obtida pela empresa em função do seu faturamento, isto é, quanto a empresa obteve de lucro líquido para cada real vendido.

Interpretação:

Quanto maior este quociente, melhor. A interpretação deste quociente deve ser direcionada a verificar a margem de lucro da empresa em relação às vendas.

Pontos importantes a considerar:

Quanto maior for este quociente, maiores serão os lucros obtidos pela empresa.

É importante verificar a relação entre este quociente e o quociente anterior ( Giro do Ativo ):

a- Quando o quociente Giro do Ativo é inferior a um, a situação, aparentemente, é favorável; se o quociente Margem Líquida é superior a um, indica que a aparente situação favorável não é suficiente para cobrir os custos necessários à sua obtenção;

b- Quando o quociente de Giro do Ativo é inferior a um, indica, em princípio, situação desfavorável, o que poderá não corresponder à realidade se o quociente Margem Líquida for superior a um. Isso revela que, embora as vendas tenham sido baixas em relação ao Capital Total investido na empresa, foram suficientes para cobrir os custos necessários à sua obtenção;

Portanto nem sempre um volume de vendas alto é sinônimo de lucratividade garantida e vice-versa, ou seja, nem sempre um volume de vendas baixo é sinônimo de prejuízo. Há casos em que, estrategicamente, a empresa reduz o volume de vendas como medida necessária para aumentar sua lucratividade. Isso é possível quando um menor aumento de vendas resulta na redução de gastos.

Na adoção dessa estratégia, é importante analisar se a queda no volume de vendas provocará, simultaneamente, queda na lucratividade.

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Page 13: analise de baçlanço

Rentabilidade do Ativo

Fórmula:

Esse quociente evidencia o potencial de geração de lucros por parte da empresa, isto é, quanto a empresa obteve de lucro líquido para cada real de investimentos totais.

Interpretação:

Quanto maior este quociente, melhor.

A interpretação deste quociente deve ser direcionada para verificar o tempo necessário para que haja retorno dos Capitais Totais ( Próprios e de Terceiros ) investidos na empresa.

Pontos importantes a considerar:

Quanto maior for este quociente, maior será a lucratividade obtida pela empresa em relação aos investimentos totais.

Trabalhando com Capitais de Terceiros, a empresa obviamente precisará remunerar esses capitais com a lucratividade apurada no desenvolvimento de suas atividades normais. Quando isto for possível, a situação será favorável; se a lucratividade obtida não for suficiente para remunerar os Capitais de Terceiros, será preciso buscar outras fontes para gerar recursos, aumentando o endividamento da empresa.

O conhecimento do tempo necessário para que haja retorno dos Capitais Próprios e de Terceiros investidos na empresa pode ser obtido através dos seguintes procedimentos:

a-multiplicar-se o quociente por 100 ( cem ) para se obter a resposta em porcentagem;

b-através de regra de três, conhece-se a quantidade de anos necessários para que haja retorno do capital investido.

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Lucro LíquidoAtivo Total

Page 14: analise de baçlanço

Suponhamos, por exemplo, que em uma determinada empresa o Quociente de Rentabilidade do ativo seja igual a 0,25. Para conhecermos o tempo necessário para retorno dos Capitais Totais investidos na empresa, faremos:

a) 0,25 X 100 = 25%

b) 1 ano = 25%

X anos = 100%

Onde:

X = 1 X 100 = 4 anos 25

Com base na lucratividade de 25% ao ano, esta empresa necessitará de apenas 4 anos para dobrar o valor dos Capitais totais investidos, contando apenas com os lucros apurados.

Rentabilidade do Patrimônio Líquido

Fórmula:

O quociente revela qual foi a taxa de rentabilidade obtida pelo Capital Próprio investido na empresa, isto é, quanto a empresa ganhou de lucro líquido para cada real de Capital Próprio investido. Interpretação:

Quanto maior este quociente, melhor.

A interpretação deste quociente deve ser direcionada para verificar qual é o tempo necessário para se obter o retorno do Capital Próprio investido na empresa, ou seja, quantos anos serão necessários para que os proprietários obtenham de volta o valor do Capital que investiram na empresa.

Pontos importantes a considerar:

Para que o resultado obtido na análise desse quociente seja mais eficiente, deve-se considerar, para fins de cálculo, o valor médio do Patrimônio Líquido. Assim, a fórmula mais adequada, quando for possível calcular o valor do Patrimônio Líquido Médio será:

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Lucro Líquido . Patrimônio Líquido

Page 15: analise de baçlanço

O valor do Patrimônio Líquido Médio pode ser apurado pela fórmula:

Quanto maior for este quociente, maior será o grau de lucratividade apurado pela empresa em relação ao Capital Próprio investido.

O tempo necessário para se obter o retorno do valor do Capital Próprio investido na empresa pode ser calculado da mesma maneira que se calcula o tempo de retorno do Capital Total estudado no item anterior.

a- Multiplica-se o quociente por 100 ( cem ) para se obter o resultado em porcentagem;

b- Através da regra de três, conhece-se o tempo necessário para o retorno do Capital Próprio investido.

Outro aspecto que evidencia a validade deste quociente é que o proprietário ou os acionistas poderão comparar o ganho obtido com o Capital investido na empresa com o ganho que obteriam se investissem esse Capital no mercado financeiro ou no mercado de capitais. Para fazer esta comparação, confrontam-se a taxa de lucratividade obtida se investissem o Capital no mercado financeiro ou de Capitais com a taxa de lucratividade obtida neste quociente.

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RPL = Lucro Líquido . Patrimônio Líquido Médio

PLM = Patrimônio Líquido Inicial + Patrimônio Final2