análise da obra a visão dos vencidos
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ANÁLISE DA OBRA A VISÃO DOS
VENCIDOS
• diogo bernadelli • luza basso driessen • michele vargas •
introdução
Felizmente, os nahuas (astecas na sua própria língua) eram um povo que apreciava registrar sua história e que descreveu a chegada dos estrangeiros às terras americanas. Graças a este esforço, tornou-se possível entender o processo de conquista europeia através do olhar dos vencidos.
cap. I — presságios da vinda dos espanhóis
Para o autor, dos documentos colhidos, seu fundamental interesse é o fôlego humano ali contido, superando inclusive os próprios fatos históricos. A chegada dos espanhóis ao México é enxergada sob a ótica dos índios nahuas de várias procedências — e, portanto, divide espaço com muita superstição. Os nativos afirmavam ver, desde alguns dez anos antes do sucedido, maus agouros que antecederam a chegada dos espanhóis.
O avistamento de fogo cruzando o céu, monstros, edificações que se incendiavam sozinhas, entre outros, foram relatados e, em seguida, confundidos com sinais proféticos da vinda dos estrangeiros.
Ilustração dos maus agouros narrados pelos nativos
cap. II — primeiras notícias da chegada dos espanhóis
Perturbado pelo número de presságios, o imperador Motecuhzoma mandou chamar seus magos, em busca de respostas. Neste tempo, um pobre homem do povo afirmou ter visto a chegada “daquela gente estranha, de carne branca”, em embarcações. Por pensar se tratarem de Quetzalcóatl e outros deuses que retornavam, Motecuhzoma se viu debaixo de grande angústia. Reuniu seus ourives e ordenou que confeccionassem-lhes presentes preciosos.
Avistamento das embarcações espanholas pelo nativos nahuas
A divindade de Quetzalcóatl em sua forma humana
cap. III — as idas e vindas dos mensageiros
Os textos indígenas narram o encontro dos mensageiros, ordenados pelo imperador, com os espanhóis. Após a conversa intermediada por Malinche, a intérprete de Hernán Cortés, os nativos sobem à embarcação a convite dos espanhóis e lá lhes prestam reverência. A divindade de Quetzalcóatl retratada
como a serpente revestida de penas
cap. IV – atitude psicológica de motecuhzoma
Motecuhzoma enviou magos, feiticeiros, guerreiros e homens o quanto pôde ao encontro dos espanhóis, para que, caso necessário, tentassem impedir sua chegada ao México-Tenochtitlan. As comitivas levaram consigo oferendas e prisioneiros para serem sacrificados em frente aos possíveis deuses. Temeroso, Motecuhzoma matutava sobre o que aconteceria à cidade.
cap. V – os espanhóis começam a marcha: chegada a tlaxcala e cholula
Apesar do esforço dos homens de Motecuhzoma, Cortés e os espanhóis iniciam sua marcha em direção ao México-Tenochtitlan. Estes terminaram por aliar-se aos tlaxcaltecas.
O massacre dos Cholulas
Confiantes de que seriam protegidos pelo deus Quetzalcóatl, os Cholulas receberam os espanhóis sem temer. Foram mortos brutalmente pelos espanhóis em conjunto com os Tlaxcalas, que agora guerreavam ao lado dos “deuses”.
cap. VI – nova remessa de presentes e a aparição de tezcatlipoca nas cercanias de popocatépetl
Motecuhzoma envia mais uma vez representantes ao encontro dos espanhóis. A nova comitiva presenteou-os com bandeiras e colares de ouro. A felicidade dos forasteiros ao receber o ouro foi completamente anulada quando o líder dos representantes de Motecuhzoma tentou se passar por ele. A marcha prosseguiu.
Os nativos presenteiam os espanhóis
cap. VII — o príncipe ixtlixóchitl recebe bem os espanhóis
Ao chegarem a Tezcoco, os espanhóis encontraram um povo e o senhor da cidade abertos em recepcioná-los. Quando a adentraram, os nativos saíram para recebê-los e aplaudi-los. Os indígenas acreditavam que os estrangeiros eram filhos do Sol, por isso se jogavam de joelhos e os adoravam.
cap. VIII — a chegada dos espanhóis ao méxico–tenochtitlan
Gravuras que retratam a recepção dos espanhóis por Motecuhzoma
Enfeitado, Motecuhzoma, o líder da cidade, recebe os estrangeiros e lhes faz reverências, convencido de estar diante de verdadeiros deuses. Os espanhóis não tardaram a mostrar interesse pela riqueza e ouro da cidade. Saquearam a casa do tesouro e, após a terrível ação, invadiram a casa de riquezas de Motecuhzoma e se apoderam de todo o seu acervo pessoal.
A esta altura, a população nativa já passava a estranhá-los e temê-los.
conclusão
A história dita oficial encontra-se geralmente fundada nos registros que os europeus deixaram. Esta situação fez com que a História oficial se tornasse muito parcial, narrada a partir da visão dos vencedores.
No entanto, devido ao desenvolvimento da civilização asteca, muitos registros da parte dos indígenas foram deixados, graças ao apreço que esses povos tinham em contar os acontecimentos da época.
A partir dos relatos dos europeus somados aos dos indígenas, a reconstituição do contexto do período torna-se mais completa e rica.
referências
• LEÓN-PONTILLA, M. Cap.s 1–8. In: . A visão dos vencidos. Porto Alegre: L&MP, 1985. p. 1–79.
• THE OMENS THAT PRECEDED THE COMING OF THE SPANIARDS. Disponível em: <http://reocities.com/Athens/Academy/3088/vv-chap01.html> Acesso em: 23/09/2012
• PUEBLOS ORIGINARIOS. Disponível em: <http://pueblosoriginarios.com/textos/
• vencidos/2.html> Acesso em: 25/09/2012 • MORE PRESENTS SENT AND THE APPEARENCE OF TEZCATLIPOCA
NEAR THE POPOCATEPETL. Disponível em: <http://reocities.com/Athens/Academy/3088/vv-chap06.html> Acesso em: 29/09/2012
• LA MALINCHE — HEROINE OR TEMPTRESS. Disponível em: <http://womenofhistory.blogspot.com.br/2012/08/la-malinche-heroine-or-temptress.html> Acesso em: 29/09/2012