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Belo Horizonte Dezembro/2013
ANÁLISE COMPARATIVA DOS PLANOS DIRETORES DE RECURSOS HÍDRICOS DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS DO RIO DAS VELHAS E DO RIO PARÁ COM OS PLANOS DIRETORES
MUNICIPAIS DOS CINCO MUNICÍPIOS COM CONDIÇÃO CRÍTICA DE QUALIDADE DE ÁGUA DESTAS BACIAS
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Governo do Estado de Minas Gerais
Governador Antônio Augusto Anastasia
Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos do Estado de Minas Gerais – SISEMA
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – SEMAD
Secretário Adriano Magalhães Chaves Instituto Mineiro de Gestão das Águas – IGAM
Diretoria Geral Marilia Carvalho de Melo
Vice-Diretor Geral Fábio Carvalho Corrêa
Chefe de Gabinete Maria Auxiliadora Nemésio Cotta
Diretoria de Gestão das Águas e Apoio aos Comitês De Bacia – DGAC Diretoria Renata Maria de Araújo
Gerência de Integração com as Políticas Municipais – GIPOM Rodrigo Antônio Di Lorenzo Mundim
Coordenação:
Rodrigo Antonio Di Lorenzo Mundim
Elaboração
Hugo Philippe de Jesus Cunha
Simone Aparecida de Faria
Apoio Técnico
Nádia Antônia Pinheiro dos Santos
José Jorge Pereira
João Paulo de Souza Willi (Estagiário)
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Sumário 2. OBJETIVO .................................................................................................................................. 8
2.1. Objetivos Específicos: ......................................................................................................... 9
3. CONCEITOS .............................................................................................................................. 10
3.1. Planos Diretores de Recursos Hídricos ............................................................................. 10
3.2. Plano Diretor Municipal ................................................................................................... 10
4. METODOLOGIA ........................................................................................................................ 11
4.1. Estudo da Condição Critica de Qualidade de Água .......................................................... 12
4.2. Análise Comparativa dos Planos Diretores de Recursos Hídricos e dos Planos Municipais
................................................................................................................................................. 13
5. ESTUDO 1 – BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DAS VELHAS ....................................................... 14
5.1. Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas ................. 14
5.1.1. Características da Bacia ............................................................................................. 14
5.1.2. Plano de Ação ............................................................................................................ 16
5.2. Município de Sabará ......................................................................................................... 19
5.2.1. Contextualização de Sabará ...................................................................................... 19
5.2.2. Plano Diretor Municipal de Sabará ........................................................................... 20
5.3. Município de Santa Luzia ................................................................................................. 25
5.3.1. Contextualização de Santa Luzia ............................................................................... 25
5.3.2. Plano Diretor Municipal de Santa Luzia .................................................................... 28
5.4. Município de Sete Lagoas ................................................................................................. 32
5.4.1. Caracterização de Sete Lagoas .................................................................................. 32
5.4.2. Plano Diretor Municipal de Sete Lagoas ................................................................... 35
5.5. Município de Belo Horizonte ............................................................................................ 41
5.5.1. Contextualização de Belo Horizonte ......................................................................... 41
5.5.2. Plano Diretor Municipal de Belo Horizonte .............................................................. 45
5.6. Caeté ................................................................................................................................ 48
5.6.1. Contextualização de Caeté ........................................................................................ 48
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5.6.2 Plano Diretor Municipal de Caeté .............................................................................. 51
5.7. Análise Comparativa entre o Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do
Rio das Velhas e os Planos Diretores Municipais dos cinco Municípios com Condições mais
Críticas de Qualidade de Água ................................................................................................ 57
6. ESTUDO 2 – BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PARÁ .................................................................. 69
6.1. Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio Pará ........................... 69
6.1.1. Caracterização da Bacia............................................................................................. 69
6.1.2. Plano de Ação ............................................................................................................ 71
6.2. Município de Itaúna ......................................................................................................... 73
6.2.1. Caracterização do Município de Itaúna .................................................................... 73
6.2.2. Plano Diretor Municipal de Itaúna ............................................................................ 75
6.3. Município de Pará de Minas ............................................................................................. 78
6.3.1. Contextualização do Município de Pará de Minas .................................................... 78
6.3.2. Plano Diretor Municipal de Pará de Minas ............................................................... 82
6.4. Nova Serrana .................................................................................................................... 84
6.4.1. Caracterização do Município de Nova Serrana ......................................................... 84
6.4.2. Plano Diretor Municipal de Nova Serrana ................................................................. 86
6.5. Passa Tempo..................................................................................................................... 92
6.5.1. Contextualização do Município de Passa Tempo ...................................................... 92
6.5.2. Plano Diretor Municipal de Passa Tempo ................................................................. 95
6.6. São Gonçalo do Pará ........................................................................................................ 95
6.6.1. Caracterização do Município de São Gonçalo do Pará ............................................. 95
6.6.2. Plano Diretor Municipal de São Gonçalo do Pará ..................................................... 97
6.7. ANÁLISE COMPARATIVA DO PLANO DIRETOR DE RECURSOS HIDRICOS DA BACIA
HIDROGRÁFICA DO RIO PARÁ COM OS PLANOS DIRETORES MUNICIPAIS ........................... 100
7 – Considerações Finais ........................................................................................................... 111
8. Referências Bibliográficas ..................................................................................................... 113
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1. INTRODUÇÃO
A água doce é um recurso natural, de valor limitado e que tem a sua origem no ciclo
hidrológico. O seu valor deve-se as condições de uso, a qualidade e a quantidade
existente em cada localidade. No Brasil a água tem ganhado um status de importância
cada vez mais elevado, devido às condições de piora da qualidade e de escassez. Isso
tem ocorrido em função do mau uso, desperdícios e contaminação das águas das
nascentes e rios.
Segundo Rebouças1 (2006) as causas do mau uso, desperdícios e escassez de água
devem-se ao crescimento desordenado dos centros urbanos, da indústria que
apresenta uma demanda crescente por água e descumpre as condições de
lançamentos e da agricultura que pouco se modernizou nos seus processos de
produção.
Com isso a gestão dos recursos hídricos teve de se atualizar. No Brasil, o Código das
Águas, de 1934, sofreu ajustes por normas complementares e prevaleceu até a década
de 1990, quando o país a promulgou a Lei federal2 nº 9433, de 29 de janeiro de 1997,
que regulamentou a Política Nacional de Recursos Hídricos.
Essa norma é avaliada como inovadora, por promover a gestão dos recursos hídricos
de forma descentralizada e institucionalizar os instrumentos de gestão.
O Estado de Minas Gerais, sofrendo os mesmo efeitos do resto do Brasil e seguindo a
vanguarda nacional buscou, nesta ocasião, adequar a sua Política Estadual de Recursos
1 REBOUÇAS. Aldo da C: Água doce no mundo e no Brasil. Rebouças. Aldo. Braga. Benedito. Tundisi. José.
Águas Doces no Brasil: capital ecológico, uso e conservação. 3º Edição. São Paulo: Escrituras Editora, 2006. 2 BRASIL. Lei 9.433, de 29 de janeiro de 1997. Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o
Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, regulamenta o inciso XIX do art. 21 da Constituição federal, e altera o art. 1º da Lei 8.001, de 13 de março de 1990, que modificou a Lei nº 7.990, de 28 de dezembro de 1989.
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Hídricos, estabelecida pela Lei Estadual3 nº 11504, de 20 de Junho de 1997, atualizada
pela publicação da Lei Estadual4 13.199, de 29 de janeiro de 1999. Essa Lei possui
características similares à nacional e tem como principal objeto a formalização dos
instrumentos de gestão e suas competências. Ainda, propõe a gestão compartilhada
do uso integrado dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos. Seu Art. 9º instituiu
nove instrumentos de gestão de recursos hídricos, a saber:
I - o Plano Estadual de Recursos Hídricos;
II - os Planos Diretores de Recursos Hídricos de Bacias Hidrográficas;
III - o Sistema Estadual de Informações sobre Recursos Hídricos;
IV - o enquadramento dos corpos de água em classes, segundo seus usos
preponderantes;
V - a outorga dos direitos de uso de recursos hídricos;
VI - a cobrança pelo uso de recursos hídricos;
VII - a compensação a municípios pela explotação e restrição de uso de recursos
hídricos;
VIII - o rateio de custos das obras de uso múltiplo, de interesse comum ou
coletivo;
IX - as penalidades.
Entretanto, a Política Estadual de Recursos Hídricos por si só é insuficiente, pois ela
define diretrizes para a gestão dos recursos hídricos. A gestão propriamente dita
ocorre entre a atuação integrada dos instrumentos.
3 MINAS GERAIS. Lei 11.504, de 20 de junho de 1997. Dispõe sobre a Política Estadual de Recursos
Hídricos e dá outras providências. 4 MINAS GERAIS. Lei 13.199, de 29 de janeiro de 1999. Dispõe sobre a Política Estadual de Recursos
Hídricos e dá outras providências.
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Dentre os noves instrumentos de gestão, o Plano Diretor de Recursos Hídricos de
Bacias Hidrográficas é um dos instrumentos mais importante da gestão de recursos
hídricos, pois exerce a função de planejar o uso da água, contribuindo para a
manutenção e aumento de sua disponibilidade hídrica, bem como proporcionar a
conservação ou melhoria da qualidade dos corpos hídricos de uma bacia. Para que se
cumpram os objetivos esperados, são realizados estudos de diagnóstico e prognóstico,
e propostas diretrizes, programas e metas, conforme prevê a Resolução do Conselho
Nacional de Recursos Hídricos no 1455, de 12 de dezembro de 2012.
A relevância do Plano Diretor de Recursos Hídricos para a gestão das águas é
incontestável, entretanto, a sua efetivação se dá através das articulações com os
demais instrumentos de gestão das águas e com as políticas setoriais e territoriais.
Santos6 (2011) argumenta que “o planejamento de bacia deve ser realizado de forma
integrada com as outras Políticas setoriais e territoriais” como os Planos Diretores
Municipais. Assim, o alinhamento do Plano Diretor de Bacias com as Políticas
Municipais tornam necessário para que ações sejam mais eficazes contribuindo, assim,
para a melhoria da qualidade ambiental das bacias.
O Plano Diretor do Município é o instrumento básico de planejamento territorial que
tem como objetivo orientar políticas municipais, muitas vezes voltados para temas
como a habitação, o saneamento e a preservação do meio ambiente. Segundo SEDRU7
(2009), a elaboração do Plano Diretor Municipal deve ser conduzida através de estudos
apurados, com a construção de diagnósticos (situação atual) e prognósticos (cenários
futuros) e a definição de programas ou diretrizes e que abordem temas como: a
5 Disponível em <http://www.cnrh.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=14>
6 SANTOS, Robson Rodrigues. Atendimento às atividades da componente 1 do Plano Diretor de
Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do rio das Velhas. 87f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Ambiental). Programa de Pós-graduação em Engenharia Ambiental – UFOP. Ouro Preto, 2010. 7 - SEDRU – Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional e Política Urbana de Minas Gerais.
Cartilha – Plano Diretor Participativo – Instrumento de Cidadania
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melhoria da qualidade de vida, a mobilidade urbana, o saneamento básico e a
manutenção ou preservação das questões ambientais.
Pautado na avaliação de simetria entre os instrumentos de planejamento de bacia e
municipal e na busca pela otimização dos resultados da boa gestão territorial e das
águas é que se buscou desenvolver este estudo. Tem-se que a interlocução entre os
instrumentos proporcionará um alinhamento das políticas de recursos hídricos e
urbanas, que juntas, possibilitam a melhoria de qualidade e de disponibilidade dos
corpos hídricos.
Assim, este estudo vem oferecer uma avaliação comparativa entre o alinhamento do
Plano Diretor de Recursos Hídricos de Bacias Hidrográficas com os Planos Diretores
Municipais.
Esse estudo pautou-se em projeto piloto que escolheu as bacias hidrográficas do Rio
das Velhas e do Rio Pará e os cinco municípios com condição critica de qualidade de
água de cada Bacia. Na Bacia do rio das Velhas foram analisados os municípios de Belo
Horizonte, Caeté, Sabará, Santa Luzia e Sete Lagoas e na Bacia do rio Pará foram
analisados os municípios de Itauna, Nova Serrana, Pará de Minas, Passa Tempo e São
Gonçalo do Pará.
2. OBJETIVO
Identificar e analisar as interfaces existentes entre as diretrizes dos Planos Diretores
Municipais e os programas dos Planos Diretores de Recursos Hídricos das bacias do rio
das Velhas e do rio Pará buscando otimizar a gestão do recursos hídricos.
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2.1. Objetivos Específicos:
• Comparar os programas dos Planos Diretores de Recursos Hídricos das Bacias
Hidrográficas dos rios das Velhas e do Pará com às diretrizes dos Planos Diretores
dos cinco municipais, de cada bacia, com condições críticas de qualidade da água.
• Avaliar a influência da articulação entre os instrumentos de gestão municipais e da
gestão das bacias para a promoção da melhoria da qualidade e disponibilidade
hídricas dos corpos hídricos.
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3. CONCEITOS
3.1. Planos Diretores de Recursos Hídricos
O Plano Diretor de Recursos Hídricos de Bacia Hidrográfica é um instrumento da
Política Nacional e Estadual de Recursos Hídricos e possui a função estratégica de
planejamento e de gerenciamento dos usos dos recursos hídricos. Ele é elaborado em
consonância aos aspectos legais e técnicos, visando compatibilizar os usos integrados
de águas superficiais e subterrâneas e a garantir a disponibilidade hídrica e a
qualidade, de modo a promover o uso racional e sustentável dos recursos hídricos e do
meio ambiente.
3.2. Plano Diretor Municipal
O Plano Diretor Municipal é o conjunto de regras orientadoras aprovadas pela
sociedade para disciplinar à organização territorial de um município, seja no território
urbano ou no rural. Desta forma Cassilhas & Cassilhas8 (2009) destaca que “o Plano
Diretor Municipal tem como função organizar o crescimento municipal, de modo
planejado e orientado para o futuro. Ele engloba tanto as áreas urbanas como rurais,
estabelecendo diretrizes a serem seguidas por cada uma das partes do município”.
O Plano Diretor Municipal tem função planejar os municípios e estabelecer estratégias
de desenvolvimento temporais, de curto, médio e longo prazo, de modo a atender o
interesse da sociedade.
8 Cassilha, Gilda Amaral. Cassilha, Simone Amaral. Planejamento Urbano e Meio Ambiente. Editora
IESDE Brasil S.A. Curitiba, 2009.
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4. METODOLOGIA
Esse trabalho foi desenvolvido em duas etapas: na primeira foram realizados estudos
para identificar dos cinco municípios em condições críticas de qualidade de água,
tanto na Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas, quanto na Bacia Hidrográfica do Rio
Pará. Já na segunda etapa realizou-se a análise da inter-relação entre os Planos
Diretores Municipais dos municípios com os conteúdos programáticos dos Planos
Diretores de Recursos Hídricos das respectivas bacias hidrográficas estudadas. Os
procedimentos metodológicos a seguir irão detalhar tais etapas.
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4.1. Estudo da Condição Critica de Qualidade de Água
Nos trabalhos Relatórios de Identificação de municípios com condição crítica para a
qualidade de água nas bacias dos rios das Velhas9 e do Pará10 foram realizados, por
meio de levantamentos das desconformidades dos corpos de águas, a identificação
dos cinco municípios em condições críticas de qualidade de água dessas Bacias.
A Bacia do Rio Paraopeba havia sido inicialmente pactuada como indicador, por
abranger, assim como a Bacia do Rio das Velhas, a Região Metropolitana de Belo
Horizonte – RMBH. Naquele momento, o Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia
Hidrográfica do Rio Paraopeba estava em fase de conclusão, ainda pendente de
adequações e complementações técnicas. Entretanto, não houve tempo hábil para ser
aprovado pelo Comitê de Bacia Hidrográfica. Assim, optou-se pela substituição dessa
bacia pela do Rio Pará.
A substituição da análise para a Bacia do rio Pará justifica-se por sua importância na
região, por compreender parte dos municípios inseridos na RMBH e, ainda, possuir os
instrumentos Plano Diretor de Recursos Hídricos e cobrança pelo uso da água, sendo
essa última está em fase de implementação, com previsão para ser iniciada na Bacia
em outubro de 2014.
Na identificação dos municípios que apresentam condições críticas para a qualidade
das águas na bacia do rio das Velhas, foram avaliados os parâmetros de qualidade:
coliformes termotolerantes, demanda bioquímica de oxigênio, fósforo total, oxigênio
dissolvido e nitrogênio amoniacal, em 72 (setenta e duas) das 82 estações de
monitoramento da qualidade da água existentes na bacia. Esses foram escolhidos por
serem os mais representativos para determinar a contaminação por esgotos
9 IGAM. Relatório de Identificação de municípios com condição crítica para a qualidade de água na bacia
do rio das Velhas. DPMA/GEMOH/AGUASUPERF. Belo Horizonte, 08 de Julho de 2013; 10
IGAM. Nota Técnica DMPA/GEMOH/AGUASUPERF. Nº 016/2013. Identificação de municípios com
condição crítica para a qualidade de água na bacia do rio Pará. Belo Horizonte, 08/11/13.
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domésticos. Nessa análise foram selecionados os seguintes municípios: Belo Horizonte,
Sabará, Santa Luzia, Caeté e Sete Lagoas.
Para a Bacia Hidrográfica do rio Pará foram considerados os mesmos parâmetros
definidos anteriormente, sendo avaliadas 26 (vinte e seis) das 29 (vinte e nove)
estações de monitoramento da qualidade da água da bacia. Os municípios indicados
foram: Itaúna, Pará de Minas, Passa Tempo, São Gonçalo do Pará e Nova Serrana.
4.2. Análise Comparativa dos Planos Diretores de Recursos Hídricos e dos Planos Municipais
A segunda etapa consistiu na análise comparativa entre os conteúdos dos Planos
Diretores dos Municípios e Planos Diretores de recursos hídricos, por compreender
que esses foram elaborados em concordância com a Política Estadual de Recursos
Hídricos, tendo programas e ações específicos para a realidade da bacia. Desta forma,
agrega-se valor a análise podendo propor um alinhamento entre os dois planos, uma
vez que se pactuam ações para manutenção ou melhorias das condições de qualidade
e da disponibilidade hídrica em nível municipal e o outro estadual.
Foram analisados aspectos físicos, bióticos e socioeconômicos, por bacia e município, e
considerou ainda, quando existente, os planos de saneamento ambiental. Avaliaram-
se também os programas existentes nos respectivos Planos Diretores de Recursos
Hídricos e Planos Municipais.
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5. ESTUDO 1 – BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DAS VELHAS
5.1. Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas
5.1.1. Características da Bacia
A bacia hidrográfica do rio das velhas localiza-se na região central do Estado de Minas
Gerais e corresponde a Unidade de Planejamento de Gestão de Recursos Hídricos
UPGRH SF5, e que segundo Camargos11 (2004), possui uma área de 29173 Km2,
composta por 51 municípios e com um população de 4,8 milhões de habitantes. A
bacia é subdividida em três territórios (Alto, Médio e Baixo), dos quais os municípios
que compõem este estudo contemplam a porção média.
Nos aspectos físicos, segundo Camargos (2004), o clima é sazonal, com períodos de
secas de variam de 3 a 5 meses, divide-se em três categorias, conforme a sua
localização espacial (Alto Velhas – clima quente de inverno seco; Médio Velhas –
temperado de inverno seco; e Baixo Velhas – tropical de verão úmido). A geologia da
bacia é determinada por rochas predominantes da era do arqueano e proterozóica,
condição válida para o Quadrilátero Ferrífero. Dos recursos minerais encontrados na
bacia são ferro, manganês, ouro, alumínio, urânio, mercúrio, chumbo, zinco, cobre,
calcário, mármore, dolomito, quartzo, diamante, filito, caulim, argila, etc. Nos aspectos
pedológicos destacam-se os latossolos vermelho-escuro, vermelho-amarelo,
cambissolos, litossolos, areias quartzosas e aluviais. O sistema dos aquíferos presentes
na bacia do rio das Velhas são os granulares, fraturados (ou fissurados) e carstico e
carstico-fissurado.
A vegetação nativa e as matas ciliares foram quase toda suprimida, devido as atividade
agropecuária, queimadas, desmatamentos, e mineração. As matas ciliares são
11 Camargos, Luiza de Marillac Moreira. Plano Diretor de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio
das Velhas: resumo executivo. 228p. Belo Horizonte, Dezembro de 2004
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encontradas em pequenos faixas da Bacia (Camargos, 2004). Observa-se pelo Plano
Diretor de Recursos Hídricos da bacia uma grande quantidade Unidades de
conservação, no qual se acredita ser uma tentativa para reduzir o atual estado de
degradação da vegetação e como consequência proporcionar uma manutenção da
qualidade ambiental, dentre elas, ampliar ou manter a disponibilidade e qualidade das
águas.
A bacia do rio das Velhas é determinada por usos múltiplos dos recursos hídricos, a
destacar o abastecimento de água, diluição de efluentes, industrial, mineral e
irrigação, e menos recorrente, atividade de geração de energia, turismo e lazer e
preservação das comunidades aquáticas.
A bacia do rio das Velhas destaca-se pelos diversos problemas existentes tendo como
dos principais fatores os processos de mineração, da atividade agropecuária e da
urbanização. No Quadrilátero Ferrífero a atividade de mineração é uma das principais
causas de poluição, no qual se encontram registros de contaminação dos cursos de
água por cobre, manganês e níquel, além dos sólidos em suspensão. A região
metropolitana de Belo Horizonte é outro agente causador de poluição. Ela é
responsável por uma grande quantidade de efluentes domésticos, industriais e de
resíduos sólidos. A urbanização é o principal fator de pressão (Camargo, 2004).
Numa análise mais específica do saneamento ambiental na bacia do rio das Velhas, é
apontado como um dos principais problemas, segundo o Plano Diretor da Bacia do rio
das Velhas (2004). Atribui-se ao fato de que os principais municípios que compõem a
cidade metropolitana lançam seus efluentes domésticos e industriais em nos corpos de
água que desaguaram no rio das velhas. O abastecimento de água não contempla
necessariamente um problema, já que 92% dos municípios são atendidos por rede de
distribuição de água. Entretanto, de acordo com PDRH Velhas (2004), a coleta de
esgoto contempla apenas 53% das sedes municipais, as estações de tratamento de
esgoto estão presentes apenas nos municípios da região metropolitana (nível
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secundário) e a forma de deposição de resíduos sólidos, poucos municípios dispõem
de aterros controlados.
Com relação ao comparativo entre demanda versus disponibilidade, apresentada pelo
PDRH Velhas (2004), e baseado numa vazão outorgável máxima equivalente a 30% da
Q7,10 verificou-se que os limites foram ultrapassados.
Outro critério também analisado pelo PDRH Velhas refere à disponibilidade hídrica
qualitativa, em dados produzidos pelo IGAM, no período 1997 a 2003, indicou um
Índice de Qualidade de Água – IQA, variando de muito ruim a médio, excetuando ao
alto da bacia, que algumas vezes registrou IQA bom. Este relatório determinava que as
condições de qualidade do corpo hídrico da bacia estavam relacionado ao lançamento
de esgotos domésticos e a falta de tratamento destes efluentes. Apenas o trecho a
jusante do Córrego de São Bartolomeu apresentou índice de qualidade bom, mas se
deve ao córrego que não recebe poluente e que sua maior vazão é originária do
Parque Nacional da Serra do Cipó, o que lhe garante a melhoria da qualidade.
5.1.2. Plano de Ação
O plano de ação é planejamento propriamente dito para uma bacia hidrográfica e ele
se dá pela definição de diretrizes para implementação dos instrumentos de gestão de
recursos hídricos e por proposição de programas que permitam a revitalização,
recuperação ou conservação hidroambiental da Bacia. No caso do PDRH Velhas as
diretrizes foram definidas conforme a legislação da época e que defini explicitamente
as condições para os instrumentos de gestão. Os programas foram divididos em seis
componentes, que se definem por: arranjos institucionais, programas de saneamento
ambiental, reflorestamento e recuperação de áreas degradadas, educação ambiental e
sanitária, ações especiais para conservação hidroambiental e o sexto componente que
se vincula as ações para o alcance da Meta 2010.
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Para cada componente foi estabelecido um conjunto de atividades, conforme Camargo
descreve a seguir (p.202):
Componente 1 - Implementação do Sistema Estadual de Gerenciamento de
Recursos Hídricos - SEGRH e regularização de usos e usuários
Atividade 1.1 - Fortalecimento do CBH VELHAS;
Atividade 1.2 - Implantação da Agência de Bacia;
Atividade 1.3 - Cadastramento dos usuários, conforme proposta apresentada no
Plano;
Atividade 1.4 - Regularização dos usos por meio da outorga e da cobrança pelo
uso dos recursos hídricos;
Atividade 1.5 - Fiscalização e monitoramento integrado dos usuários;
Atividade 1.6 - Implementação do Sistema de Informações.
Componente 2 - Saneamento ambiental
Atividade 2.1 - Universalização do abastecimento de água na bacia;
Atividade 2.2 - Ampliação da rede coletora de esgotos na bacia;
Atividade 2.3 - Serviços de implantação de Estações de Tratamento de Esgotos;
Atividade 2.4 - Melhoria da coleta e disposição adequada dos resíduos sólidos.
Componente 3 - Recuperação ambiental
Atividade 3.1 - Controle da erosão e do assoreamento;
Atividade 3.2 - Reflorestamento em áreas degradadas (topo, ciliar e nascentes);
Atividade 3.3 - Recuperação ambiental de áreas afetadas pelas atividades de
mineração.
Adoção de medidas de desassoreamento.
Componente 4 - Ações não estruturais
Atividade 4.1 - Educação sanitária e ambiental;
Atividade 4.2 - Desenvolvimento de estudos (águas subterrâneas, mitigação de
inundações);
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Atividade 4.3 - Incentivo e fomento ao ecoturismo;
Atividade 4.4 - Plano de Controle e Adequação do Setor Industrial;
Atividade 4.5 - Plano de Controle e Adequação do Setor Mineral;
Atividade 4.6 - Plano de Controle e Adequação do Setor Agrícola.
Componente 5 - Ações Especiais
Atividade 5.1 - Implementação de ações para a conservação hidroambiental da
sub-bacia do rio Cipó;
Atividade 5.2 - Implementação de ações para a preservação da APA Cachoeira
das Andorinhas (18.700 ha);
Atividade 5.3 - Implementação do Sistema de Alerta Hidrometeorológico contra
cheias.
Componente 6 - Ações específicas para o alcance da Meta 2010
Atividade 6.1 - Realização de estudos sobre a navegabilidade do trecho "Sabará-
Jaguara Velha", no Distrito de Mocambeiro;
Atividade 6.2 - Implantação de interceptores, em Belo Horizonte e Contagem,
com tratamento de fundo de vale, compreendido como conservação ou
renaturalização de leitos;
Atividade 6.3 - Implantação de unidades de desinfecção nas ETE ARRUDAS e
ONÇA;
Atividade 6.4 - Implantação de Estações de Tratamento de Esgotos em nível
secundário, com polimento, nos Municípios, Nova Lima, Raposos, Rio Acima,
Sabará e Santa Luzia;
Atividade 6.5 - Implantação de tratamento de esgotos adicional na ETE-ONÇA
(com polimento);
Atividade 6.4 - Programa Caça Esgotos;
Atividade 6.5 - Programa DRENURBS;
Atividade 6.6 - Implementação do Plano Municipal de Saneamento;
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19
Atividade 6.7 - Implantação da Unidade de Tratamento de Resíduos de Bela
Fama;
Atividade 6.8 - Implementação da rede de monitoramento dirigida.
5.2. Município de Sabará
5.2.1. Contextualização de Sabará
O município de Sabará se localiza no Alto da Bacia do Rio das Velhas e tem sua sede
cortada pelo rio principal (rio das Velhas). O município pertence à região
metropolitana de Belo Horizonte e faz limites com os municípios de Taquaraçu de
Minas, Caeté, Raposos, Nova Lima, Santa Luzia e Belo Horizonte.
De acordo com a Prefeitura de Sabará12, o município possui as seguintes características
físicas: o relevo é determinado por paisagem montanhosa com fortes rupturas de
declive e vales encaixados e que tem na sua estrutura geológica a predominância de
itabiritos, calcários, dolomítitos e filitos. O clima é tropical de altitude com verões
quentes. Chuvas predominando nos meses de Outubro a Abril, com totais
pluviométricos variando em torno de 1.500 mm anuais. A temperatura média anual é
de cerca de 21º c. A média das máximas fica em torno de 27ºc e a das mínimas de
16ºc. A média da umidade relativa do ar é de 72,2%. A vegetação predominante é o
cerrado.
Segundo o Censo do IBGE13 (2010), Sabará possuiu uma população total de 126.269
habitantes, sendo, predominantemente, urbana já que no município 123.084
12 Prefeitura Municipal de Sabará, (http://www.sabara.org.br/port/borba.asp, consultado em
11.11.2013). 13 Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (29 de novembro de
2010). Página visitada em 11 de dezembro de 2010.
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20
habitantes vivem em área urbana. Ainda segundo o IBGE, a densidade demográfica de
417,87 hab/km e o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – IDHM é de 0,731.
A rede de educação escolar de Sabará é composta por ensino fundamental, médio,
técnico (SESI/SENAI-MG) e superior, ministrados na Faculdade de Sabará e no Instituto
Federal de Minas Gerais.
O serviço de abastecimento de água é feito pela COPASA e apresenta um índice de
atendimento total de 97,5%. O esgotamento sanitário também feito pela COPASA
apresenta o percentual de coleta é de 92% e de tratamento de esgoto na ETE é de
63,12. A destinação final dos resíduos sólidos urbanos é realizada em aterro sanitário14
regularizado (FEAM, 2012). Sabará possui 06 pontos de monitoramento de Qualidade
das Águas Superficiais15 na Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas em 2012 passou para
(IGAM, 2013)
5.2.2. Plano Diretor Municipal de Sabará
O Plano Diretor Municipal de Sabará esta dividido em 5 (cinco) títulos, que são: I –
conceituação, finalidade, abrangência e objetivos; II – das Políticas Publicas; III – do
Plano Urbanístico Ambiental; IV – da Gestão Democrática e; V – das disposições finais.
A primeira parte é importante por destacar abrangência do instrumento, considerando
que este faz referências específicas à área urbana e rural. O segundo e o terceiro
Títulos são dos mais importantes por regulamentar à gestão do município. O quarto
Título aborda o processo para construção e discussão com a sociedade e os módulos
para atualização do Plano Diretor Municipal. Por ultimo, o Titulo V, que apresenta o
prazo que inicio de vigência do Plano e outras informações de menor valor para a
implementação do instrumento.
14 FEAM - Classificação e Panorama da destinação de resíduos sólidos em Minas Gerais 2012, consultado em 24/11/2013. 15 IGAM. Op.cit 06.
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21
Desta forma, destacam-se os seguintes pontos do Plano Diretor Municipal de Sabará16:
Art. 6º - São diretrizes para a Política Urbana:
I - planejar o desenvolvimento urbano da Cidade, a distribuição espacial da população e as
atividades econômicas do Município de modo a evitar e corrigir as distorções do crescimento
urbano e seus efeitos negativos sobre o Meio Ambiente;
IV - proporcionar a regularização fundiária e a urbanização de áreas ocupadas por população de
baixa renda, mediante o estabelecimento de normas especiais de urbanização, uso e ocupação do
solo, consideradas a situação socioeconômica da população e as normas ambientais;
Art. 7º - São diretrizes para a Política Rural:
II - promover o desenvolvimento, elaborando planos a partir dos diagnósticos do Zoneamento
Ecológico Econômico, para o desenvolvimento social, econômico e ambiental das áreas rurais.
III - implantar parques naturais em áreas de vocação identificadas pelo Zoneamento Ecológico
Econômico, protegendo e preservando os ecossistemas;
IV - preservar a cobertura vegetal de proteção das encostas, nascentes e cursos d’água;
VIII - estimular o desenvolvimento de projetos agroflorestais;
III - implementar o direito à moradia, ao saneamento ambiental, à infraestrutura urbana, ao
transporte, serviços públicos, trabalho e lazer;
IV - proporcionar a regularização fundiária e a urbanização de áreas ocupadas por população de
baixa renda, mediante o estabelecimento de normas especiais de urbanização, uso e ocupação do
solo, consideradas a situação socioeconômica da população e as normas ambientais;
Art. 16 - São diretrizes para o Turismo visando o Desenvolvimento Humano e a Qualidade de Vida:
XVI - buscar novas alternativas na oferta turística, valorizando o ambiente ecológico e a cultura
imaterial no Município;
Art. 17 - São diretrizes para a Educação:
VI - intensificar atividades escolares interdisciplinares que insiram a realidade do Município,
através de programas de educação para o trânsito, sanitária, ambiental, cultural e patrimonial,
em parceria com Secretarias afins;
Art. 29 - São diretrizes para o Meio Ambiente:
16
SABARÁ. Prefeitura Municipal. Lei Complementar nº 12, de 08 de Janeiro de 2008. Dispõe sobre o
Plano Diretor Municipal de Sabará e dá outras providencias.
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22
V - promover o controle, mitigação e/ou compensação de impactos ambientais decorrentes das
atividades modificadoras do meio ambiente;
IX - articular junto à Secretaria Municipal de Defesa Social e a Secretaria do Meio Ambiente o
apoio da Guarda Municipal na fiscalização do patrimônio ambiental;
X - desenvolver parcerias públicas e privadas para viabilizar projetos e ações de Gestão
Ambiental;
XI - elaborar projetos e ações no sentido de promover a educação e a conscientização ambiental
de forma descentralizada;
XII - promover a arborização das vias e espaços públicos e o tratamento paisagístico e urbanístico
das áreas remanescentes dos fundos de vale já urbanizados;
XIII - estimular a criação e apoiar as ações dos subcomitês da bacia do Rio das Velhas em Sabará;
XIV - integrar as ações de recuperação do Rio das Velhas no Município com o Plano Diretor desta
bacia;
XV - apoiar as ações da Agenda 21 – Sabará;
XVI - estimular a expansão e criação de áreas de preservação ambiental a partir do Zoneamento
Ecológico Econômico, observando a Deliberação Normativa COPAM, para unidades de
conservação;
XVIII – estabelecer, em até 18 meses, diretrizes para o plano de manejo para as Unidades de
Conservação do Município;
XIX – elaborar plano de recuperação e manutenção das APP´s de matas ciliares, identificadas a
partir do Zoneamento Ecológico Econômico em até 36 meses, considerando:
a) - identificação do uso das águas subterrâneas e promover o cadastramento dos usuários;
b) - disponibilidade e monitoramento hídrico dos cursos d’água para o atendimento ao
consumo humano;
XX - estabelecer o Zoneamento Ambiental, definindo as diretrizes de uso e ocupação do solo,
controle da poluição e manutenção de percentagens de áreas verdes por habitantes atual e
recomendado por órgãos nacionais e internacionais;
Art. 34 - São diretrizes para as Macrozonas Urbanas :
III - universalizar o acesso ao saneamento básico;
Art. 54 - São diretrizes para as Zonas de Preservação Ambiental:
I - identificar novas áreas de preservação ambiental de acordo com o Zoneamento Ecológico
Econômico.
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23
IV - manter e recuperar os recursos naturais existentes;
V - estimular a conscientização ambiental e a responsabilidade individual e coletiva quanto à
proteção das Zonas de preservação ambiental;
VI - divulgar a existência destas Zonas de preservação para a população;
VII - desenvolver programas e preparar as Zonas de Preservação Ambiental para visitação pública
organizados pelo órgão ambiental da Prefeitura.
Art. 58 - São diretrizes gerais para as Zonas Industriais:
I - condicionar a instalação de empreendimentos a licenciamento ambiental realizado pela
Secretaria Municipal de Meio Ambiente, embasada na Lei de Licenciamento e Controle Ambiental
a ser criada, e, quando couber, a Licenciamento Estadual conforme o potencial de emissão de
poluentes e grau de utilização de recursos naturais;
Art. 63 - São diretrizes para as Zonas de Produção Agropecuária:
I - promover o desenvolvimento sustentável conforme potencialidades estabelecidas pelo
Zoneamento Ecológico Econômico;
II - estimular a compatibilidade das atividades com as características da área;
III - promover políticas e atividades relacionadas à conservação de condições ambientais
específicas e o desfrute da paisagem, viabilizando também o seu aproveitamento econômico e
favorecendo o bem-estar e a qualidade de vida;
IV - valorizar o espaço de proteção ambiental como base para sustentabilidade dos
assentamentos humanos e desenvolvimento de atividades agropecuárias, assegurando a
proteção dos recursos naturais;
VI - preservar as características físicas e bióticas e respectivos processos naturais, criando
condições ecológicas, fomentando o desenvolvimento dos Corredores Ecológicos.
Art. 65 - São diretrizes para as Zonas Sob a Influência da Mineração:
IV - fiscalizar regularmente os empreendimentos de extração mineral, verificando se os mesmos
encontram-se devidamente licenciados e regularizados perante o Município quanto ao alvará e
ao recolhimento dos impostos e contribuições devidas.
Art. 67 - As atividades minerais em funcionamento deverão apresentar, quando solicitado, Plano
de Recuperação Ambiental da área minerada.
Art. 133 - O Sistema de Licenciamento e Controle Ambiental Municipal obedecerá às seguintes
diretrizes:
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24
III - identificar todas as atividades sujeitas ao licenciamento ambiental e estabelecer
procedimentos e normas para sua implantação ou regularização, além da integração com os
níveis estadual e federal;
IV - implementar e manter em funcionamento a fiscalização ambiental no Município;
V - firmar convênio com o sistema estadual de meio ambiente para o licenciamento em âmbito
municipal.
Art. 144 - São diretrizes mínimas para o Plano de recursos hídricos:
I - a instituição e o aprimoramento da gestão integrada dos recursos hídricos no Município,
contribuindo na formulação, implementação e gerenciamento de políticas e ações demandadas
no âmbito do Sistema de Gestão da Bacia do Rio das Velhas;
II - a articulação da gestão da demanda e da oferta de água, particularmente daquela destinada
ao abastecimento da população, por meio da adoção de instrumentos para a sustentação
econômica da sua produção nos mananciais;
III - o desestímulo do desperdício e a redução das perdas físicas da água tratada e o incentivo à
melhoria contínua do respeito aos padrões de consumo;
IV - a difusão de políticas de conservação do uso da água;
V - a criação de projetos de educação ambiental continuados para permitir o controle social das
condições gerais de produção de água, ampliando o envolvimento da população na proteção das
áreas produtoras de água.
Art. 145 - O Plano de Drenagem Urbana, a ser estabelecido através de decreto municipal,
devendo conter diagnóstico e projeto de um sistema de drenagem exeqüível, técnica e
economicamente eficiente, maximizando os benefícios e minimizando os custos, considerando
sempre a micro e a macrodrenagem, para o atendimento ao disposto nesta Lei.
Art. 146 - O Plano de Resíduos Sólidos do Município, a ser estabelecido através de decreto
municipal, constitui parte integrante do sistema de gestão ambiental, baseado nos princípios da
não geração e da minimização da geração de resíduos, reduzindo riscos ao meio ambiente e
assegurando o correto manuseio e disposição final, em conformidade com a legislação vigente,
para o atendimento ao disposto nesta Lei.
Diante das diretrizes apresentadas para o Plano Diretor Municipal de Sabará nota-se
que o instrumento buscou incorporar em seu texto as questões mais relevantes para o
planejamento urbano. As diretrizes ambientais foram bem apresentadas, no qual
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25
buscou conciliar as situações do município e adequá-lo a programas definidos pelo
Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia do rio das Velhas, como por exemplo: “Art.
29, Inciso XIII - estimular a criação e apoiar as ações dos subcomitês da bacia do Rio
das Velhas em Sabará”.
Das diretrizes para o saneamento básico, verificou-se que a norma contém
proposições simples, baseando-se em características gerais, conforme determinações
estabelecidas pelo Ministério das Cidades. Sabará possui Plano Municipal de
Saneamento que conforme identificado na página do Comitê de Bacia Hidrográfica do
Rio das Velhas17, foi concluído em julho de 2013.
5.3. Município de Santa Luzia
5.3.1. Contextualização de Santa Luzia
O município de Santa Luzia18 é o mais antigo de Minas Gerais, são mais de três séculos
de história. Originou-se em 18 de março de 1692 com os aventureiros que buscavam
riqueza e acabaram descobrindo a região durante o ciclo do ouro. Mais de 150 anos
depois, em 1856, o povoado foi emancipado e desmembrado de Sabará e a partir de
1924, passou a se chamar Santa Luzia (PREFEIRUTA DE SANTA LUZIA, 2013).
Santa Luzia localiza-se no estado de Minas Gerais e pertence à região metropolitana de
Belo Horizonte. O município subdivide-se em 04 (quatro) partes, Parte Alta, Parte
Baixa, Distrito de São Benedito e Zona Rural e segundo o IBGE (2010), Santa Luzia
possui uma área de 235.33 Km² (Figura1) e uma densidade demográfica de 862.37
hab/km².
17 CBH Rio das Velhas. Plano Municipal de Saneamento de Sabará, consulta no site
http://www.cbhvelhas.org.br/index.php/pmsb-sabara.html, em 28/11/2013 18 - Prefeitura de Santa Luzia. Disponível em: www.santaluzia.mg.gov.br/prefeituraAcesso em: 11 novembro 2013.
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26
Figura 5.1: Localização do município de Santa Luzia
O município (figura 5.1) limita-se ao norte com Jaboticatubas, Lagoa Santa e Taquaraçu
de Minas, ao sul com Sabará e Belo Horizonte, a leste com Vespasiano e Lagoa Santa e
ao oeste com Belo Horizonte e Sabará.
Quanto aos aspectos físicos, o município de Santa Luzia está inserido no clima
subtropical de altitude, subsequente, semiúmido, com estação seca com duração entre
quatro e cinco meses ao ano e apresenta temperaturas amenas durante todo o ano,
verão chuvoso e inverno seco. Possui em sua geologia compostos do Grupo Bambuí,
caracterizado pelo relevo mais novo e é formado por rochas carbonáticas como o
calcário, um tipo de rocha sedimentar. Segundo Silva19 et.AL (2011) a vegetação é
19 - SILVA, Daniele Tomich; FICHE, Lorena Rodrigues; RABELO, Maíra Antunis; LOTT, Marcelo Galvão;
MAGALHÃES, Marco Túlio Ferreira. Diagnóstico Ambiental do Município de Santa Luzia. JUNHO 2011.
Trabalho Acadêmico (Projeto Integrado) Faculdade de Engenharia e Arquitetura, Universidade FUMEC,
Belo Horizonte, 2011
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27
característica de dois biomas, onde predominam as características principais do
Cerrado e Mata Atlântica.
O município de Santa Luzia, segundo Censo IBGE (2010), possui uma população de
aproximadamente 202.942 habitantes. Desse contingente, 202.378 pessoas ocupavam
a zona urbana e 564 ocupavam a zona rural, apresentando uma taxa de urbanização
de 99,72%, o que caracteriza uma região com estágio de urbanização bastante
elevado.
Segundo IBGE (2010), o município possui um total de 121 escolas de Ensino
Fundamental/ Médio e Pré Escolar, sendo 35 estaduais, 40 municipais e 46 privados. A
rede de ensino superior de Santa Luzia conta com a FACSAL – Faculdade da Cidade de
Santa Luzia, que oferece os cursos de Ciências Contábeis, Turismo, Administração,
Letras, Pedagogia, Sistemas de Informação e Comunicação.
Santa Luzia é atualmente um dos pólos industriais do Estado de Minas Gerais com alto
índice de desenvolvimento. A economia do município se baseia nas atividades de
indústria com destaque nas indústrias extrativas minerais e de transformação, dentre
outras. Silva ET al. (2011) identificou quatro distritos industriais no município de Santa
Luzia, que são: Distrito Industrial Simão da Cunha, Distrito Industrial da Avenida das
Indústrias, Distrito Industrial da Rodovia MG-145 (Atual Avenida Oswaldo Ferreira),
Distrito Industrial de Carreira Comprida.
O sistema de abastecimento de água e de coleta e o tratamento de esgotos também
são realizados pela COPASA. Santa Luzia possui quatro Estações de Tratamento de
Esgoto (ETE): ETE’s Cristina e APAC, nas quais o tipo de tratamento realizado é o
secundário, e ETE’s Bom Destino Norte e Bom Destino Sul, que realizam o tratamento
primário. Segundo o Relatório do IGAM20 (2013) sobre a Bacia do rio das Velhas, o
20
IGAM. Relatório de Identificação de municípios com condição crítica para a qualidade de água na
bacia do rio das Velhas. DPMA/GEMOH/AGUASUPERF. Belo Horizonte, 08 de Julho de 2013.
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28
percentual de coleta de esgotos é de 77,4% e o de tratamento de esgoto é de 66,0%
segundo.
Ainda segundo Relatório do IGAM (2013) sobre a Bacia do rio das Velhas, os resíduos
sólidos urbanos são dispostos em aterro controlado. São recolhidos aproximadamente
80t/dia de resíduos domiciliar, comercial e público e 500 kg/dia de resíduos de serviço
de saúde, os quais são dispostos em vala separada, porem sem identificação. O
depósito não possui sistema drenagem pluvial. Há drenos de gases, porem alguns sem
funcionamento. Há drenos de chorume e lagoa para posterior captação e envio para a
ETE. O curso d’água está aproximadamente a 100 m da disposição
Sob o uso e ocupação do solo, Carvalho21 (2012) destaca que a pastagem e o solo
exposto são as coberturas de maior relevância no município, com 23,91% e 18,74%,
respectivamente. A grande quantidade de Pastagem é justificada pelas grandes áreas
rurais na região nordeste da área de estudo (zonas Barreiro do Amaral, Santa Helena e
Casa Branca). As atividades agropastoris nas imediações do rio das Velhas também são
muito comuns. A vegetação ciliar antes existente foi substituída por grandes áreas de
pasto para criação de gado.
5.3.2. Plano Diretor Municipal de Santa Luzia
O Plano Diretor Municipal de Santa Luzia foi estabelecido através lei municipal e
apresenta-se organizado em 6 (seis) Títulos. O primeiro Título faz referência aos
princípios da lei, o segundo define os objetivos estratégicos e diretrizes gerais da
política urbana, o terceiro Título apresenta as diretrizes organizacionais para município
e envolve procedimentos como parcelamento do solo e zoneamento. O quarto Título
desenvolve a definição dos instrumentos da política urbana, estabelecendo critérios
21
CARVALHO, Ricardo Adalberto. Modelagem Ambiental para o Mapeamento das Áreas Susceptíveis às
Enchentes no Complexo Urbano do município de Santa Luzia-MG. 42f. Pós-Graduação em Gestão
Ambiental e Geoprocessamento – UniBH. Belo Horizonte, 2012.
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29
para as construções. O quinto Título apresenta a estrutura para de construção do
instrumento, a partir da gestão participativa. O sexto Título apresenta as disposições
finais e transitórias da Lei.
O Plano Diretor Municipal de Santa Luzia22 definiu as seguintes diretrizes que
interagem com a gestão ambiental e de recursos Hídricos da Bacia do rio das Velhas:
Art. 7º - Os objetivos estratégicos para a promoção do desenvolvimento urbano:
IV – consolidação de Santa Luzia como pólo turístico de importância regional, mediante o
estabelecimento de condições para o desenvolvimento de:
c) equipamentos e eventos tradicionais de projeção regional como forma de fomentar o turismo
de lazer, cultural, religioso, ecológico, esportivo, católico, evangélico e de outras denominações
religiosas;
VII – melhoria das condições ambientais da área urbanizada através de:
a) Criação do sistema municipal de saneamento integrado, entendido como gestor das ações que
visem a alcançar níveis crescentes de salubridade ambiental e de qualidade da vida, por meio do
abastecimento de água potável, esgotamento e tratamento sanitário, manejo dos resíduos
sólidos, drenagem de águas pluviais e controle de vetores de doenças transmissíveis, promovendo
a disciplina sanitária do uso e da ocupação do solo;
d) desocupação das áreas verdes e fundos de vale e implantação de parques lineares;
f) recuperação de áreas degradadas e o rígido controle da expansão urbana;
g) definição e controle da ocupação das áreas de risco geológico potencial.
X – estruturação de um sistema de Planejamento e Gestão urbana democrático através de:
c) sistema municipal de informações;
d) sistema de monitoramento do Plano Diretor
XI – implementação do planejamento local integrado ao planejamento metropolitano e
articulação na gestão das seguintes funções publicas de interesse comum.
a) gestão das bacia hidrográfica do rio das Velhas;
c) recursos hídricos;
d) despoluição dos cursos d`água;
22
- Santa Luzia. Prefeitura Municipal. Lei nº 2.699, de 10 de outubro de 2006. Institui o Plano Diretor do
Município de Santa Luzia.
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30
j) gestão do saneamento básico.
XII – implementação integrada do Plano Diretor mediante a:
b) elaboração dos planos setoriais de forma integrada que promovam ações conjuntas;
Art. ’10 – São diretrizes da política saúde:
VIII – promover política de educação sanitária, conscientizando e estimulando a participação da
população nas ações de saúde
Art. 34 – Considera-se saneamento como um conjunto de ações entendidas fundamentalmente
como de saúde pública e proteção ao meio ambiente, compreendendo:
I - o abastecimento de água em quantidade suficiente para assegura à higiene adequada e o
conforto e com qualidade compatível com os padrões de potabilidade;
II – a coleta, o tratamento e a disposição adequada dos esgotos sanitários e dos resíduos sólidos;
III – a drenagem urbana das águas pluviais
Art. 35 – São diretrizes da política de saneamento
I - articular, em nível metropolitano, o planejamento das ações de saneamento e dos programas
urbanísticos de interesse comum, de forma a assegurar a preservação dos mananciais, a
produção de água tratada, a interceptação e o tratamento dos esgotos sanitários, a drenagem
urbana, o controle de vetores e a adequada coleta e disposição final dos resíduos sólidos;
IV – criar condições urbanísticas para que a recuperação e a preservação dos fundos de vale
sejam executadas, preferencialmente, mediante a criação de parques lineares adequadamente
urbanizados, que permitam a implantação dos interceptores de esgotos sanitários;
V- implantar tratamento urbanístico e paisagístico nas áreas remanescentes de tratamento de
fundos de vale, mediante a implantação de áreas verdes e de lazer;
XI – assegurar a participação efetiva da sociedade na formulação das políticas, no planejamento
e controle de serviços de saneamento e a promoção de educação ambiental e sanitária, com
ênfase na participação social.
§ 2º A política de saneamento do Município será regulamentada em lei específica, que terá por
finalidade assegurar a proteção da saúde da população e do meio ambiente, bem como
institucionalizar a gestão, disciplinar o planejamento e a execução das ações, obras e serviços de
saneamento no município.
Art. 36 – São diretrizes relativas ao abastecimento de água:
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31
I - assegurar o abastecimento de água, com qualidade compatível com os padrões de
potabilidade e em quantidade suficiente para garantia das condições de saúde e conforto nos
parcelamentos devidamente aprovados;
Art. 37 – São diretrizes relativas ao esgotamento sanitário:
I - assegurar a coleta, interceptação, tratamento e disposição ambientalmente adequada dos
esgotos sanitários para os parcelamentos devidamente aprovados;
III – promover o controle da poluição hídrica de indústria e prestadores de serviços, visando o
enquadramento do efluente a padrões de lançamento previamente estabelecidos
Art. 38 – São diretrizes relativas à drenagem urbana:
I - promover a adoção de alternativas de tratamento de fundos de vale com a mínima intervenção
no meio ambiente natural e que assegurem acessibilidade, esgotamento sanitários, limpeza
urbana e resolução das questões de risco geológico e de inundação;
IV – elaborar diagnóstico da drenagem urbana no município, enfocando os aspectos relacionados
à prevenção e controle de inundações, às condições de risco à saúde , ao risco geológico e
expansão do sistema viário.
Art. 39 – São diretrizes relativas à coleta e destinação final de resíduos sólidos:
I- Promover a coleta, transporte, tratamento e destinação final dos resíduos sólidos;
Art. 56 – São diretrizes relativas ao meio ambiente
II – delimitar faixas “nona edificantes” de proteção aos corpos hídricos, para manutenção e
recuperação das matas ciliares;
VIII – promover a estabilização de encostas e as erosões de margens de rios e córregos;
Art. 58 – São diretrizes para a ocupação de área de risco potencial
V – criação de programas que visem a estabelecer parcerias com a sociedade civil, no intuito de
recuperar áreas degradadas, por meio de replantio e outras medidas.
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32
5.4. Município de Sete Lagoas
Figura 5.2 - Localização do município de Sete Lagoas
5.4.1. Caracterização de Sete Lagoas
O município situa-se na Mesorregião do Centro Leste Mineiro e na Microrregião
Calcários de Sete Lagoas. Limita-se ao norte pelos Municípios de Jequitibá e Araçaí; ao
sul pelos de Esmeraldas e Capim Branco, a oeste, pelos de Inhaúma, Paraopeba e
Caetanópolis e a leste, pelos de Prudente de Morais e Funilândia. O município é
cortado por uma Serra que funciona como divisor das bacias dos rios das Velhas e
Paraopeba (Figura 5.4.2).
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33
De acordo com o IBGE23 Cidades (2013), Sete Lagoas possui uma população de 214152
habitantes, uma área de unidade territorial de 537639 Km2 e uma densidade
demográfica de 398,32 hab/km².
A região que o município de Sete Lagoas está caracterizado como clima tropical
chuvoso, temperatura média superior a 18°C e estiagem no inverno. O clima tropical
de altitude prevalece, com verões quentes e de igual maneira chuvosos e nos invernos
secos.
Do ponto de vista geológico, o IBGE Cidades (2013), aponta que Sete Lagoas encontra-
se numa região de rochas metassedimentares do Grupo Bambuí, constituída de
calcários cinzentos intercalados por mármore acinzentado caracterizando a Formação
Sete Lagoas e ardósias sobrepostas ao calcário caracterizando a Formação Santa
Helena (IBGE, 2010). Por está localizada na depressão São Franciscana, Sete Lagoas
apresenta relevo constituído por colinas suaves, côncavo-convexas e altimetria média
entre 700 e 800 m. Na Serra de Santa Helena, noroeste da cidade, encontra-se o ponto
de maior altitude e ao extremo-norte situam-se as cotas mais baixas do município.
A vegetação típica é o cerrado, porém este se encontra bastante degradado ou
substituído por pastagem e plantações. A reserva florestal que existe a oeste da Serra
de Santa Helena marca a presença da Floresta Tropical, bastante restrita no Município.
Segundo o Censo IBGE (2010), o município de Sete Lagoas conta com um total de 117
escolas de Ensino Fundamental/ Médio e Pré Escolar, sendo 27 estaduais, 43
municipais e 47 privados. Conta também com a Escola Técnica Profissionalizante de
nível médio e Pós Médio, SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial e
SENAC – Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial. O ensino superior é promovido
23
IBGE 2013. Cidades/Sete Lagoas. Site: http://cidades.ibge.gov.br/search=minas-gerais|sete-lagoas ,
consultado em 18/11/2013,
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34
pelo Centro Universitário Monsenhor Messias, Faculdade Cenecista, Faculdade
Promove, Faculdade Gerais e Faculdade Online UNIPAR, UNOPAC e AVANCE.
O sistema de abastecimento de água e de esgotamento sanitário do município de Sete
Lagoas é de responsabilidade do Serviço Autônomo de Água e Esgoto - SAAE24 Sete
Lagoas, que segundo eles, o sistema de abastecimento de água de Sete Lagoas
contempla 99,9% da população. Toda a água que abastece a cidade tem características
bem específicas e diferentes da maioria das cidades, pois é de captação subterrânea
feita através de poços profundos (aproximadamente 150 m de profundidade). As
águas subterrâneas de acordo com o SAAE Sete Lagoas (op.cit), são consideradas
tradicionalmente como um dos recursos de maior pureza dispensando tratamentos
mais elaborados, já que passam por um rigoroso processo de purificação executado
pelo próprio subsolo.
A coleta e o tratamento de esgotos também são prestados pelo SAAE Sete Lagoas que
segundo a mesma (op.cit), possui cinco Estações de Tratamento de Esgoto (ETE): ETE’s
Tamanduá, Monte Carlo, Cidade de Deus, Barreiro e Iporanga II, nas quais o tipo de
tratamento realizado é o RAFA (Reatores Anaeróbios de Fluxo Ascendente) e são
constituídos basicamente por três compartimentos: desarenador, decanto digestor e
filtro anaeróbio.
Os resíduos sólidos urbanos são dispostos em um aterro sanitário. Segundo a
Secretaria de Meio Ambiente de Sete Lagoas25, são recolhidos aproximadamente
140t/dia de resíduos domiciliar, comercial e público. Os resíduos de construção civil
são utilizados para recobrimento e reforço das vias internas do empreendimento. O
sistema de drenagem pluvial é constituído por canaletas de concreto nas bermas,
24 SAAE Sete Lagoas - http://saaesetelagoas.com.br/, consultada 18/11/2013. 25 Sete Lagoas. Prefeitura Municipal. Secretaria de Meio Ambiente de Sete Lagoas. Site –
HTTP://www.setelagoas.mg.gov.br, consultado em 18/11/2013
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35
escada dissipadora de energia e valas escavadas para o desvio das águas de chuva da
massa de lixo aterrado. O aterro não possui área de compostagem.
5.4.2. Plano Diretor Municipal de Sete Lagoas
O Plano Diretor do Município de Sete Lagoas foi aprovado por Lei Complementar e
buscou atender os termos do Capitulo III da Lei 10257, de 10 de Julho de 2001, do
Estatuto da Cidade.
A Lei Complementar26 nº 109, de 09 de outubro de 2006 foi organizada sob 6 (seis)
títulos, no qual o primeiro aborda sobre as disposições preliminares, o segundo traz os
princípios e objetivos, o terceiro estabelece as diretrizes do Plano, o quarto título
define a ordem territorial, o quinto título apresenta os módulos de participação da
sociedade na elaboração do instrumento e o sexto título apresenta as disposições
finais.
Apesar de este instrumento estabelecer os objetivos gerais e objetivos estratégicos,
notou-se que eles não apresentam interação com a gestão de recursos hídricos e com
o Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia do rio das Velhas.
No Plano Diretor Municipal de Sete Lagoas estão definidas as seguintes diretrizes:
Art. 7º A gestão integrada das diversas políticas setoriais observará as seguintes diretrizes:
I - articular os vários conselhos e políticas municipais, com vistas à efetivação de processos de
planejamento participativo, gestão, monitoramento e avaliação de ações setoriais, estabelecendo
canais de comunicação e divulgação das ações intersetoriais e tendo como referência as diretrizes
estabelecidas no Plano Diretor;
26
Sete Lagoas, Prefeitura Municipal. Lei Complementar nº 109, de 09 de outubro de 2006. Promove a
revisão do Plano Diretor do Município de Sete Lagoas, aprovado pela Lei Complementar 06 de 23 de
Setembro de 1991, nos termos do Capitulo III da Lei 10.257, de 10 de Julho de 2001 – Estatuto da
Cidade.
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36
Art. 27 A Política Municipal de Turismo tem como objetivos:
IV - a promoção de atividades voltadas para o fortalecimento do ecoturismo, a partir da
valorização e proteção do rico patrimônio ambiental do município.
Art. 28 Para a consecução dos objetivos previstos no artigo anterior, a Política Municipal de
Turismo observará as seguintes diretrizes:
II - integrar as políticas de turismo às demais políticas municipais, particularmente na área de
cultura, meio ambiente e planejamento;
III - identificar as áreas não consolidadas e atrativas para o turismo, que serão objeto de
investimentos em infraestrutura, controle do uso e ocupação do solo e incentivos à preservação
de suas características singulares;
Art. 32 São objetivos gerais da política ambiental municipal:
IV - o controle da poluição da água, do ar e a contaminação do solo e do subsolo, definindo metas
de redução da poluição, respeitadas as normas federais e estaduais vigentes para lançamento de
efluentes;
V - o incentivo aos investimentos e decisões que busquem a recuperação do ambiente degradado,
natural e construído, em especial, nos locais onde haja ameaça à segurança da população;
X - a participação conjunta dos órgãos competentes na prevenção e controle do desflorestamento
e dos incêndios florestais;
XI - o controle do uso e a ocupação do solo em áreas consideradas de preservação permanente,
situadas às margens de cursos d`água e de lagoas, áreas de mananciais, áreas de alta declividade
e cabeceiras de drenagem;
XII - a garantia da necessária permeabilidade do solo e a proteção das áreas de recarga de
aqüífero subterrâneo, visando sua preservação como principal manancial de abastecimento de
água da cidade, inclusive buscando alternativas de pavimentação com maior índice de
permeabilidade;
Art. 33 São diretrizes da política municipal de meio ambiente:
I - recuperar, reabilitar e preservar lagoas, rios, córregos e áreas adjacentes, com especial
atenção para a despoluição das lagoas;
II - apoiar e participar das ações relacionadas ao manejo integrado das bacias hidrográficas
situadas no território municipal e na região;
V - elaborar e implementar Programa Municipal de Unidades de Conservação e Gestão de Áreas
Verdes, voltado para a criação de parques e áreas de proteção ambiental, além da manutenção
de áreas verdes localizadas em áreas já urbanizadas e em novos loteamentos;
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37
VI - elaborar e implementar o zoneamento ambiental das APAs da Serra de Santa Helena, Paiol,
Lagoa Grande, inclusive com instalação e fortalecimento de seus Conselhos Gestores;
VII - formular um Plano de Manutenção e Utilização de áreas verdes, lagoas e praças já existentes
e garantir a criação de novas áreas públicas no território municipal, que atendam as demandas
de interesse coletivo, para preservar e conservar seus recursos ambientais e contribuir para a
qualidade de vida da população;
VIII - implantar parques lineares nas áreas marginais aos cursos d`água e na área conhecida como
Grotão, buscando criar corredores verdes, conforme Anexo II, devendo as áreas ocupadas com
edificações, serem consideradas áreas de uso não conforme e rigorosamente fiscalizadas para
evitar seu adensamento;
IX - apoiar a atuação dos órgãos federais e estaduais na delimitação, fiscalização e controle da
ocupação de áreas de preservação permanente e de proteção ambiental, definidas na legislação
florestal, em especial aquelas destinadas à proteção de topos de morro, áreas de alta declividade,
matas ciliares e áreas ambientalmente sensíveis;
X - definir normas e mecanismos de incentivo para a arborização urbana e o reflorestamento das
áreas públicas e privadas, priorizando o uso de espécies nativas e a adequada poda das árvores;
XI - promover ações permanentes de educação ambiental, entendida como uma política pública
voltada para saúde, proteção ambiental e cidadania.
Art. 37 O objetivo principal do Plano Diretor de Abastecimento de Água é indicar alternativas para
ampliação e melhoria dos serviços prestados à população, mantendo sempre num alto padrão de
qualidade e de atendimento, sem, no entanto, comprometer os usos futuros dos recursos hídricos
superficiais e subterrâneos explorados.
Parágrafo Único - O plano de ampliação da rede de distribuição de água, a ser elaborado em
conjunto com a Concessionária, terá como critério básico o atendimento das demandas da
população, levando em conta a densidade de ocupação, o crescimento urbano e o atendimento
das atividades socioeconômicas, garantindo a todos o acesso ao serviço.
Art. 38 São diretrizes da política municipal de abastecimento de água:
I - melhorar o sistema de abastecimento de água e desenvolver ações voltadas para sua
manutenção e qualidade, além do manejo adequado dos recursos hídricos superficiais e
subterrâneos;
III - mapear e proteger as áreas de recarga aqüífera do município;
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38
IV - elaborar e executar um plano de gestão e monitoramento da qualidade das águas superficiais
e subterrâneas dos mananciais subterrâneos, vislumbrando e avaliando, também, as alternativas
de uso dos mananciais superficiais;
V - fomentar pesquisas referente à vazão e capacidade dos aqüíferos subterrâneos,
simultaneamente ao desenvolvimento dos planos específicos, com avaliação do sistema de
abastecimento de água, da qualidade da água disponível para consumo e da delimitação e
proteção das áreas de recarga;
VII - elaborar e executar programas educativos para utilização racional dos recursos hídricos e a
redução da poluição hídrica;
X - realizar melhorias técnicas e operacionais no sistema de abastecimento de água de Sete
Lagoas, desde a captação até o consumo final, visando com isso, aperfeiçoar a prestação dos
serviços, reduzindo perdas e custos;
XII - avaliar a necessidade de implantação de tecnologias de tratamento mais complexas, além da
desinfecção já realizada, visando sempre à garantia de distribuição de água dentro dos padrões
de qualidade exigidos pela legislação, como ação básica de saúde;
XIII - regularizar no IGAM a situação legal dos poços de captação de água para abastecimento
público mediante a obtenção de outorga, e exigir que a iniciativa privada adote também as
medidas necessárias nesse sentido;
Art. 39 O serviço público de esgotamento sanitário deverá assegurar à população o acesso a um
sistema de coleta e tratamento adequado dos esgotos e águas servidas, objetivando minimizar os
altos índices de doenças de veiculação hídrica, evitando situações de insalubridade e danos ao
meio ambiente particularmente quanto ao controle da poluição das águas.
Art. 40 São diretrizes da política municipal de esgotamento sanitário:
I - universalizar o atendimento à demanda pelos serviços de esgotamento sanitário nas áreas
urbanas e rurais de Sete Lagoas, adequando o sistema à legislação pertinente e realizando o
tratamento dos efluentes;
VI - criar programa de controle e tratamento especial de efluentes de empreendimentos
potencialmente geradores de cargas poluidoras.
Art. 44 São diretrizes da política drenagem urbana:
I - investir na renaturalização e melhorias das calhas fluviais e na recuperação dos sistemas de
macro e micro-drenagem
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39
II - implantar medidas de prevenção de inundações, incluindo controle de erosão, especialmente
em movimentos de terra, controle de transporte e deposição de entulho e lixo, combate ao
desmatamento, assentamentos clandestinos e outros tipos de ocupações nas áreas com interesse
para drenagem;
III - definir mecanismos de fomento para usos do solo compatíveis com áreas de interesse para
drenagem, como parques lineares, área de recreação e lazer, hortas comunitárias e manutenção
da vegetação nativa;
IV - ampliar e regularizar o sistema existente particularmente na área de inundação dos cursos
d`água, para evitar o assoreamento das lagoas e cursos d`água, e o seu transbordamento nos
períodos de chuvas críticas;
V - monitoramento e controle permanente das variáveis climáticas, com a instalação e
manutenção de estação meteorológica, com especial atenção para o regime de chuvas.
Art. 45 A política de Gestão de Resíduos Sólidos tem como objetivos:
III - preservar os recursos naturais.
Art. 46 O Plano Municipal de Gerenciamento Integrado dos Resíduos Sólidos Urbanos (PGRSU)
contemplará:
I - o diagnóstico e proposições com avaliação técnica, econômica e organizacional dos roteiros e
procedimentos para os serviços de varrição, capina, poda, coleta e destinação final do lixo
domiciliar, comercial, de saúde;
II - o manejo adequado de resíduos orgânicos provenientes de feiras, sacolões e da coleta seletiva;
gestão de resíduos especiais dos serviços de saúde, industriais, entulho, pneus, bagulhos
volumosos e outros;
Art. 47 São diretrizes da política municipal de resíduos sólidos:
I - implantar programas destinados à realização de coleta seletiva e incentivo à reciclagem de
resíduos sólidos urbanos, apoiando técnica e financeiramente a criação de cooperativas,
associações e empresas dedicadas a essa atividade;
II - implementar gestão eficiente e eficaz do sistema de limpeza urbana, garantindo a prestação
dos serviços essenciais à totalidade da população, o tratamento e a disposição final
ambientalmente adequada dos resíduos remanescentes;
III - sensibilizar a população para minimizar a quantidade de resíduos sólidos gerados por meio da
redução, da reutilização, da reciclagem e da mudança de padrões de consumo;
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40
IV - estimular o uso, reuso e reciclagem de resíduos, em especial, os resíduos inertes da
construção civil;
Art. 57 São ações prioritárias para implementação das diretrizes de desenvolvimento urbano
municipal;
IX – Programa de saneamento dos córregos e recuperação dos seus vales;
XIII - proteção das áreas de recarga de aqüífero;
XV - promover, viabilizar, incentivar toda e qualquer ação no sentido de proteger as áreas de
recarga no Município.
Art. 102 O Executivo manterá atualizado, permanentemente, o Sistema de Informações
Municipais - SIM, contendo os dados sociais, culturais, econômicos, financeiros, patrimoniais,
administrativos, físico-territoriais, inclusive cartográficos, ambientais, imobiliários e outros de
relevante interesse para o município, progressivamente georreferenciados em meio digital.
Art. 104 São diretrizes para o desenvolvimento institucional do sistema municipal de
desenvolvimento urbano:
IV - garantir a transparência e o acesso de todos os cidadãos aos processos, documentos e
informações públicos
Na página da prefeitura de Sete Lagoas27, consta a informação de que a elaboração do
Plano de Saneamento do município será realizada em 14 (quatroze) meses, tendo sido
o projeto lançado em 17 de setembro de 2013. Ainda, de acordo com a página, o Plano
tem como objetivo universalizar o saneamento, promover a qualidade de vida e o
desenvolvimento sustentável das cidades, além de apontar meios de conservação e
preservação dos recursos hídricos.
27
Sete Lagoas. Prefeitura Municipal. Consultado na pagina
http://www.setelagoas.com.br/noticias/cidade/22217-plano-municipal-de-saneamento-basico-e-
lancado-em-sete-lagoas-com-14-meses-para-ser-concretizado, em 04/12/13
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41
5.5. Município de Belo Horizonte
5.5.1. Contextualização de Belo Horizonte
Figura 5.3: Localização do município de Belo Horizonte
A cidade Belo Horizonte foi planejada para ser a capital de Minas Gerais e foi fundada
em 12 de dezembro de 1897. Ela possui uma área aproximadamente 331,401 km²
(figura 5.3), e que segundo o IBGE (2010), atualmente, possui uma população
aproximada de 2.375.151 habitantes e densidade demográfica de 7.177 hab/km². O
municipio não dispõe de área rural, fazendo com toda população habite área urbana.
Nos aspectos físicos, o município de Belo Horizonte está inserido na grande unidade
geológica conhecida como cráton do São Francisco. Segundo a Prefeitura Municipal de
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42
Belo Horizonte- PBH28, o municipio integra a unidade geomorfológica denominada
Depressão de Belo Horizonte. Seu relevo é tipificado por espigões, colinas de topo
plano a arqueado e encostas policonvexas de declividades variadas, nos flancos dessas
feições e nas transições.
A cidade é banhada por ribeirões e vários córregos, que muitos casos, encontram-se
canalizados. A capital é dividida por duas sub-bacias, bacia do Ribeirão Arrudas e bacia
do Ribeirão da Onça, suas nascentes e cabeceiras estão localizadas no Município de
Contagem ambas afluentes do Rio das Velhas.
Nos aspectos vegetacionais, ainda segundo a PBH (op.cit), o municipio é determinado
por campo sujo e associações florestais. A maior parte da vegetação primitiva foi
destruída em função do crescimento de Belo Horizonte.
Segundo o Portal da PBH29, o clima da cidade está classificado como tropical com
regime sazonal de chuvas; com estações úmida (chuvosa), no periodo de novembro à
março, precipitação média mensal é de 276mm e seca, no periodo de abril a outubro
(novembro a março), precipitação média de 42mm. A temperatura média anual em
torno de 21,1°C, com pequena variação de estações.
O saneamento básico de Belo Horizonte é promovido pela COPASA, nos quesitos do
abastecimento de água e coleta e tratamento de esgoto, a limpeza urbana, por sua
vez, é realizada pela própria Prefeitura de Belo Horizonte e a disposição dos resíduos é
realizada em aterro particular.
O abastecimento de Belo Horizonte faz parte do Sistema Integrado de abastecimento
de água e abrange toda a região metropolitana de Belo Horizonte. De acordo com o
28
: Belo Horizonte. Prefeitura Municipal. Plano Diretor de Belo Horizonte: Lei de uso e ocupação do solo: estudos básicos, 1995. 29
Belo Horizonte. Prefeitura Municipal. Estatísticas e Indicadores. Síntese de Indicadores de Belo Horizonte. Site: http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/comunidade/estatisticaseindicadores, consultado em 26/11/13
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43
Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte30 - PMSBH, o sistema de
abastecimento de água é composto por oito sistemas produtores que trabalham
integrados entre si (Sistema Integrado), além de alguns poços artesianos e outros
pequenos sistemas produtores independentes. Estes sistemas produtores, segundo
informações da Copasa, garantem o abastecimento do Município e da região
metropolitana por, no mínimo, mais vinte anos. A capacidade de produção para a
Região Metropolitana é de 15.653 L/s, sendo que 7.631 L/s se destinam a Belo
Horizonte.
O sistema de esgotamento sanitário existente no município de Belo Horizonte é
constituído por ligações prediais, redes coletoras, interceptores, estações elevatórias e
estações de tratamento. Segundo dados atualizado fornecido pela Fundação Estadual
de Meio Ambiente, Belo Horizonte trata 79,04% do total da população urbana.
Comparado esta realidade do à realidade nacional, a situação é satisfatória.
Apesar desta situação em relação ao cenário nacional, Belo Horizonte também tem
seus problemas e um deles, segundo PMSBH (op.cit), é a carências de infra-estrutura
de saneamento em Belo Horizonte que corresponde ao atendimento por
interceptação de esgotos sanitários. No município há ausência ou a descontinuidade
do sistema de interceptação e grande parte dos córregos do município, canalizados ou
não, encontram-se poluídos por lançamentos de efluentes de origem industrial e,
principalmente, domiciliar. Existe um grande número de ligações clandestinas e
lançamentos de esgoto na rede de drenagem natural ou construída, tanto efetuadas
pela população quanto pela própria Copasa, apesar de ser adotado oficialmente o
sistema separador absoluto. De acordo com os resultados da atualização 2010 do PMS,
aproximadamente 18,30% dos esgotos gerados no município de Belo Horizonte não
estão interceptados, originando lançamentos diretos nos cursos d’água por cerca de
30
Belo Horizonte. Prefeitura Municipal. Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte 2012/2015. Volume I e II. Janeiro de 2013. Consultado no site: http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/, em 26/11/2013.
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44
438.000 habitantes. Além disso, aproximadamente 8,20% dos esgotos interceptados
não chegam até a estação de tratamento, levando a lançamentos nos cursos d’água
por cerca de 197.000 habitantes.
O PMSBH retratou trambém o sistema de tratamento de esgoto em Belo Horizonte,
sendo que este conta com 03 (três) Estações de Tratamento de Esgotos e 01 (uma)
Estação de Tratamento de Águas Fluviais, localizadas conforme Figura 2.1, sendo elas:
• Estação de Tratamento de Esgotos da Bacia do Ribeirão Arrudas
• Estação de Tratamento de Esgotos da Bacia do Ribeirão da Onça
• Estação de Tratamento de Esgotos Pilar e Olhos d’Água
• Estação de Tratamento de Águas Fluviais dos Córregos Ressaca e Sarandi – ETAF
A ETE Arrudas foi a primeira estação de Belo Horizonte e opera em nível secundário,
principalmente, na remoção da carga de poluição por matéria orgânica. A segunda foi
a Estação de Tratamento das Águas dos Córregos Ressaca e Sarandi, na entrada da
Lagoa da Pampulha, que opera nos períodos de estiagem e trata as águas fluviais dos
córregos. Ela tem o papel de melhorar a qualidade da água da represa. A terceira
Estação de Tratamento de Esgotos planejada para BH foi a ETE Onça e planejada para
operar em nível secundário. Por fim, a última e de menor porte, a ETE Pilar/Olhos
d’Água, no Barreiro, e vem contribuindo para a despoluição da porção a montante da
Bacia do Córrego Bonsucesso.
As ações da limpeza urbana são de responsabilidade da Secretaria Municipal de
Serviços Urbanos – SMSU, sendo executadas, em parte pela Superintendência de
Limpeza Urbana – SLU e, em parte, pelas nove Secretarias de Administração Regional
Municipal – Sarmu, por meio de suas respectivas Gerências Regionais de Limpeza
Urbana – Gerlu.
A coleta domiciliar é o serviço de limpeza urbana que compreende as atividades
regulares de coleta e transporte para o aterro sanitário, dos resíduos sólidos
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45
domiciliares com características e volumes estabelecidos na legislação municipal
vigente e a disposição final dos resíduos sólidos compatíveis foi transferida para o
aterro sanitário da CTR/Macaúbas.
O serviço regular de limpeza em vias e outros logradouros públicos compreende
varrição manual e mecanizada, limpeza de bocas de lobo manual e mecanizada, bem
como pintura e limpeza de postes e passeios e remoção de resíduos de pontos críticos
em passeios, executadas segundo planejamento técnico da SLU. E o índice da
cobertura de atendimento dos serviços regulares de limpeza de vias manteve-se na
ordem de 95% da extensão das vias urbanas pavimentadas de Belo Horizonte.
5.5.2. Plano Diretor Municipal de Belo Horizonte
O Plano Diretor Municipal de Belo Horizonte, atualmente, é regulamentado por duas
leis municipais, a primeira estabelecida pela Lei Municipal nº 7165, de 27 de agosto de
1996 e Lei Municipal nº 8.137, de 21 de Dezembro de 2000 e que alterou alguns
artigos da lei anterior.
Este estudo prepondera sobre a Lei Municipal mais antiga, pois a mais recente altera
apenas alguns artigos da anterior. A Lei Municipal 7165/1996 esta definida sob 7
títulos, sendo o Titulo I – abordando os princípios; Titulo II – diretrizes para o
desenvolvimento urbano; Titulo III – Organização Territorial; Titulo IV - Instrumentos
de Política Urbana; Titulo V – áreas de diretrizes especiais; Titulo VI – Gestão Urbana,
que envolve o processo de participação popular e; Titulo VII – Disposição finais.
No Plano Diretor Municipal de Belo Horizonte foi destacado, segundo análise, as
seguintes diretrizes que se interpõem ao Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia
do rio das Velhas:
Art. 9º - São diretrizes da política de desenvolvimento econômico:
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46
III - o incentivo e o desenvolvimento das atividades de turismo, integrando o Município às cidades
históricas, às do circuito das águas, às do circuito espeleológico e às ligadas ao turismo ecológico;
Art. 22 – São diretrizes relativas ao meio ambiente:
III – delimitar áreas para a preservação de ecossistemas;
IV – delimitar faixas non aedificandae de proteção às margens d’água e às nascentes, para
manutenção e recuperação das matas ciliares;
VI – promover a recuperação e a preservação dos lagos, das represas e das lagoas municipais;
VIII – controlar as ações de decapeamento do solo e os movimentos de terra, de forma a evitar o
assoreamento de represas, córregos, barragens e lagoas;
XIII – promover a estabilização de encostas que apresentem riscos de deslizamento;
XIV – recuperar e manter as áreas verdes, criando novos parques e praças;
XIX – exigir das empresas mineradoras a recuperação das áreas degradadas;
XXI – elaborar legislação sobre o uso das águas subterrâneas, estabelecendo medidas de controle
e fiscalização;
XXII – preservar as áreas do Município que integram a APA-Sul;
XXIII – priorizar a educação ambiental pelos meios de comunicação, mediante a implementação
de projetos e atividades nos locais de ensino, trabalho, moradia e lazer;
XXIV – gerenciar e tratar os resíduos sólidos gerados pelo Município, promovendo, inclusive,
campanhas educativas e políticas públicas que visem a contribuir com o reaproveitamento, a
redução, a reutilização e a reciclagem destes resíduos;
XXV – exigir a recuperação das áreas degradadas e garantir a indenização decorrente de danos
causados ao meio ambiente;
XXVI – criar um sistema de informações relativas ao meio ambiente;
XXXII – criar mecanismos de incentivos que favoreçam parcerias com a iniciativa privada, no
tocante à implantação e manutenção de áreas verdes;
Art. 22-A – Considera-se saneamento como um conjunto de ações entendidas fundamentalmente
como de saúde pública e proteção ao meio ambiente, compreendendo:
I – o abastecimento de água em quantidade suficiente para assegurar a higiene adequada e o
conforto e com qualidade compatível com os padrões de potabilidade;
II – a coleta, o tratamento e a disposição adequada dos esgotos sanitários e dos resíduos sólidos;
III – a drenagem urbana das águas pluviais;
IV – o controle de vetores transmissores e reservatórios de doenças.
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47
Art. 23 – São diretrizes gerais da política de saneamento:
I – articular, em nível metropolitano, o planejamento das ações de saneamento e dos programas
urbanísticos de interesse comum, de forma a assegurar a preservação dos mananciais, a
produção de água tratada, a interceptação e o tratamento dos esgotos sanitários, a drenagem
urbana, o controle de vetores e a adequada coleta e disposição final dos resíduos sólidos;
IV – criar condições urbanísticas para que a recuperação e a preservação dos fundos de vale
sejam executadas, preferencialmente, mediante a criação de parques lineares adequadamente
urbanizados, que permitam a implantação dos interceptores de esgoto sanitário;
V – implantar tratamento urbanístico e paisagístico nas áreas remanescentes de tratamento de
fundos de vale, mediante a implantação de áreas verdes e de lazer;
XI – buscar a permanente melhoria da qualidade e a máxima produtividade na prestação dos
serviços de saneamento, considerando as especificidades locais e as demandas da população;
Art. 24 – São diretrizes relativas ao esgotamento sanitário:
II- assegurar a toda a população a coleta, interceptação, tratamento e disposição
ambientalmente adequada dos esgotos sanitários;
III – definir as áreas e ações prioritárias a serem contempladas no planejamento dos serviços,
considerando o perfil epidemiológico;
IV – promover o controle da poluição industrial, visando o enquadramento do efluente a padrões
de lançamento previamente estabelecidos.
Art. 25 – São diretrizes relativas ao abastecimento de água:
I – assegurar o abastecimento de água a toda a população, com qualidade compatível com os
padrões de potabilidade e em quantidade suficiente para a garantia de suas condições de saúde e
conforto;
Art. 26 – São diretrizes relativas à limpeza urbana:
I – promover a articulação do Município com a região metropolitana no tocante a coleta,
transporte, tratamento e destinação final dos resíduos sólidos;
Art. 27 – São diretrizes relativas à drenagem urbana:
I – promover a adoção de alternativas de tratamento de fundos de vale com a mínima
intervenção no meio ambiente natural e que assegurem acessibilidade, esgotamento sanitário,
limpeza urbana e resolução das questões de risco geológico e de inundações;
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48
II – elaborar o cadastro completo do sistema de drenagem, que deverá contar com mecanismos
de atualização contínua e permanente;
IV – implantar sistema de esgotamento pluvial com dimensões compatíveis com as áreas de
contribuição nas avenidas sanitárias, nos fundos de vales urbanos e nas vias que apresentam
enchentes nos períodos de chuvas, implantando, quando tecnicamente necessário, estações de
bombeamento;
VII – implantar tratamento urbanístico e paisagístico nas áreas remanescentes de tratamentos de
fundos de vale, privilegiando as soluções de parques;
VIII - elaborar diagnóstico da drenagem urbana no Município, enfocando os aspectos
relacionados à prevenção e controle de inundações, às condições de risco à saúde, ao risco
geológico e à expansão do sistema viário;
X – implementar um sistema de monitoramento que permita definir e acompanhar as condições
reais de funcionamento do sistema de macro-drenagem.
5.6. Caeté
5.6.1. Contextualização de Caeté
O Município de Caeté pertence à Região Metropolitana de Belo Horizonte, à distância
de 56 km da capital. Segundo o IBGE Cidades (2013) Caeté possui uma população de
40750 habitantes, uma área territorial de 542.541 Km² e densidade demográfica 75,11
hab/Km2. A população predominante é urbana, representada por 87% da população
total, segundo dados censitários do IBGE (2010). O município possui dois povoados, o
de Posses e de Água Limpa.
O Município está inserido na bacia do Rio São Francisco, mais precisamente na sub-
bacia do Rio das Velhas, região do Alto são Francisco. Dentre as drenagens
importantes do município encontram-se o córrego do Gaia, afluente da margem
esquerda do Ribeirão Caeté (ou Sabará), que deságua diretamente no Rio das Velhas e
os ribeirões Vermelho, Ribeiro Bonito, Caeté (ou Sabará), do Herdeiro. No Município é
composto por algumas bacias lacustres, como as lagoas do Herdeiro, Tecelão e dos
Tubarões.
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49
Segundo Prefeitura de Caeté 31 (2008), o clima é Tropical de Altitude. Apresenta duas
estações do ano bem definidas, verão moderadamente quente, úmido e inverno seco,
ligeiramente frio. O índice pluviométrico é de aproximadamente 1.650mm. Este clima
assemelha-se ao tropical típico, todavia, apresenta médias anuais de temperatura mais
baixas, de aproximadamente 22°C.
A caracterização feita pela Prefeitura de Caeté (2008) classifica o relevo como tipo
“Mares de Morros”. A região localiza-se nas regiões serranas do Estado de Minas
Gerais. O município destaca-se por se encontrar inserido no Maciço do Espinhaço,
onde se localizam a Serra da Piedade e do Caraça. O Pico da Piedade está a 1.746
metros em relação ao nível do mar. Outra importante feição morfológica contínua
desta Serra é o Pico do Descoberto, com 1.374 metros. O Município insere-se no
Quadrilátero Ferrífero que ocupa a região leste-sudeste de Belo Horizonte e encontra-
se inserido, do ponto de vista geotectônico, na porção meridional do Cráton São
Francisco.
Quanto à caracterização da vegetação, a cidade de Caeté está localizada numa região
de transição entre os biomas do Cerrado, Floresta Atlântica e Vegetação de Altitude.
Nos limites territoriais do Município encontra as formações vegetais: Campos limpos,
Campos Rupestres na Serra da Piedade, Cerrado Ralo, Cerrado típico, Floresta
Estacional Semidecídua.
Segundo a Prefeitura, os resíduos sólidos que há alguns anos eram depositados a céu
aberto, sendo, atualmente, enviados para o Centro de Distribuição de Resíduos de
Macaúbas - CDR Macaúbas, em Sabará. A coleta seletiva é realizada em 2 avenidas
principais e em 8 bairros da cidade, com planos de expansão em 2014.
31 Caeté. Prefeitura Municipal. Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento. Consultado no site:
http://www.turismocaete.com.br/index_interna.php?pagina=conteudo/dados_fisico_geografia, em 12/11/2013.
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50
A Prefeitura cedeu um espaço para que a Associação dos Gestores Ambientais de
Caeté - AGEA possa receber a coleta seletiva, realizar a triagem e vender o material
para empresas de Belo Horizonte, revertendo os recursos para os catadores
associados. Em 2011 foram coletados 43 toneladas de resíduos, 62,30 em 2012 e com
certeza bem mais em 2013.
A água de Caeté é de responsabilidade do Serviço Autônomo de Água e Esgoto - SAAE
que realiza 99% do tratamento convencional. Já no distrito o tratamento é
simplificado, isto é, só faz a desinfecção da água que é captada em poço profundo.
Segundo SAAE Caeté32 (2013), o município captou recursos do Programa de Aceleração
do Crescimento - PAC, a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e
do Parnaíba - CODEVASF por meio da T&T Engenharia Ltda. reiniciou as obras de duas
estações de tratamento de esgoto (ETEs) da cidade, que melhorará muito a qualidade
das águas do Córrego Caeté, que recebe dela toda carga de esgotos. A previsão é que
uma tratará 135 litros/segundo e a outra 10 litros/segundo.
Ainda, de acordo com o SAAE Caeté (2013), atualmente o município possui uma ETE
com capacidade de tratar 10 litros/segundo, atingindo apenas 8% do volume gerado e
quando as outras duas entrarem em operação este índice atingirá 95% do esgoto
tratado em Caeté. Segundo dados obtidos junto a Secretaria de Saúde de Caeté, a
Prefeitura obteve recursos do Ministério das Cidades para implantar e tratar o esgoto
nos distritos de Antonio Santos, Morro Vermelho, Benedia e Rancho Novo, o que
ampliará a capacidade do município em tratar seus esgotos.
Segundo informações obtidas diretamente na Secretaria de Saúde de Caeté33, o
Município possui 10 Equipes Estratégicas de Saúde da Família, distribuídas em 15
Unidades de Saúde, sendo 8 Equipes de Saúde da Família urbana e 2 Equipes de Saúde
32
SAAE Caeté. Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Caeté. Site: http://www.saaecaete.com.br/, em
12/11/2013 33 Contato direto com a Secretaria Municipal de Saúde por email: saú[email protected]
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51
da Família rural. Existe ainda o Hospital da Santa Casa de Caeté. As Equipes de Saúde
da Família atendem aproximadamente 3.000 consultas médicas ao mês, e a Santa Casa
de Caeté 1.200. A taxa de mortalidade infantil ajuda a definir a qualidade de vida da
população. Em Caeté, essa taxa é de 29,66 mortes para cada 1.000 nascidos vivos,
Também a qualidade da água é importante para a determinação desses índices.
Doenças causadas por contaminação da água, como as enteroinfecções, são tomadas
como medida do nível de desenvolvimento social e de proteção ambiental. No caso
desta sub-bacia, 2,57% das internações que ocorrem são por enteroinfecções.
A Educação34 de Caeté atende uma média de 3.500 alunos, com doze escolas do 1º e
2º períodos até o 5º ano, um Centro de Educação Infantil que atende crianças de 0 a 6
anos (creche), uma Escola de Ensino Especial e duas Unidades Sócio-Educativas (escola
de tempo integral).
O Município possui também uma escola estadual de 2º grau, que atende alunos do 6º
ao 9º ano. Já a Fundação Educacional de Caeté é mantenedora do Centro de Formação
Profissional com cursos técnicos.
O Centro de Formação Superior ministra cursos de Administração em Gestão de
Recursos Humanos, Processos Gerenciais, Ciências Contábeis, Letras e pós-graduação
principalmente na área de educação, com 300 alunos matriculados em 2013.
5.6.2 Plano Diretor Municipal de Caeté
O Plano Diretor Municipal de Caeté foi homologado pela Lei Municipal nº 2496,
aprovada em 2007, pela Câmara Municipal de Caeté. O instrumento foi organizado sob
5 (cinco) Títulos e seus conteúdos são abordados sob a forma de diretrizes, objetivos e
ações estratégicas.
34
Contato feito por telefone 36514387 e texto obtido por email. educaçã[email protected]
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52
Como critério de análise deste trabalho foram avaliadas as interações entre as
diretrizes e ações estratégicas do Plano Diretor Municipal, em relação ao Plano Diretor
da Bacia do Rio das Velhas. Assim, destacam-se os seguintes pontos:
Art. 8°- São diretrizes para a política rural:
IV - preservar a cobertura vegetal de proteção das encostas, nascentes e cursos d’água;
Art. 15 – São diretrizes para a exploração mineral, de acordo com o Zoneamento Ecológico
Econômico:
I – demarcar as zonas de exploração mineral considerando as diretrizes deste Plano Diretor;
II - identificar as potencialidades e fragilidades, como forma de subsidiar o licenciamento
ambiental para essa atividade;
III - promover o desenvolvimento econômico e social do Município.
Art. 19 - São diretrizes gerais para a agropecuária:
I – elaborar o Zoneamento Econômico Ecológico, com ênfase para as atividades agrícolas;
II – viabilizar projetos agrícolas junto ao Governo Estadual e Federal;
III - fomentar a agricultura urbana, principalmente através de hortas e lavouras comunitárias;
IV - criar o Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável – CMDRS.
Art. 22 - São ações estratégicas no campo do trabalho, emprego e renda:
IV - fomentar o ecoturismo e o turismo cultural;
Art. 28 - São ações estratégicas da política municipal de saúde:
VI - ações específicas de saneamento básico em conjunto com SAAE e Secretaria Municipal de
Obras;
Art. 49 - São diretrizes da política ambiental do Município:
III - controlar o uso e a ocupação de fundos de vale, áreas sujeitas à inundação, mananciais, áreas
de alta declividade e cabeceiras de drenagem;
V - orientar o controle do manejo do solo nas atividades agrícolas;
IX - promover projetos de educação ambiental continuados;
Art. 54 - São diretrizes para os recursos hídricos:
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53
I - instituir gestão integrada dos recursos hídricos no Município, contribuindo na formulação,
implementação e gerenciamento de políticas e ações demandadas no âmbito do Sistema de
Gestão da Bacia do Rio das Velhas;
III - desestimular o desperdício e reduzir das perdas físicas da água tratada e o incentivo à
alteração de padrões de consumo;
IV - difundir políticas de conservação do uso da água;
V - criar projetos de educação ambiental continuados para permitir o controle social das
condições gerais de produção de água, ampliando o envolvimento da população na proteção das
áreas produtoras de água.
Art. 55 - São ações estratégicas para os recursos hídricos:
I - participar ativamente nos órgãos colegiados de gestão de recursos hídricos;
II - implementar instrumento de Avaliação Ambiental Estratégica para fins de avaliação,
monitoramento e revisão de políticas de produção de água;
Art. 57 - São diretrizes do saneamento básico aquelas contidas no Plano Diretor do Serviço
Autônomo de Água e Esgoto – SAAE:
II – promoção da construção da estação de tratamento de água em locais onde não seja possível
a perfuração de poços artesianos;
III – reestruturação da rede de distribuição de água de acordo com a demanda do Município;
IV - readequação da ETE principal de Roças Novas;
V - readequação periódica dos reservatórios de água do Município;
Art. 60 - São diretrizes para a política de resíduos sólidos:
I -controlar e fiscalizar processos de geração de resíduos sólidos, incentivando a busca de
alternativas ambientalmente adequadas;
II - garantir o direito de toda a população à eqüidade na prestação dos serviços regulares de
coleta de lixo;
III - promover a sustentabilidade ambiental, social e econômica na gestão dos resíduos sólidos;
IV - estimular a segregação integral de resíduos sólidos na fonte geradora e a gestão
diferenciada;
VII - incentivar a eliminação da disposição inadequada de resíduos sólidos no Município;
VIII – responsabilizar o setor empresarial pelos resíduos produzidos em seus empreendimentos;
IX - estimular o uso, reutilização e reciclagem de resíduos, em especial o reaproveitamento de
resíduos inertes da construção civil;
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54
Art. 61 - São ações estratégicas para a política dos resíduos sólidos:
I - elaborar e implementar o Plano Diretor de Resíduos Sólidos, tendo este à obrigatoriedade de
atender as diretrizes e objetivos contidos na política de resíduos sólidos do Município de Caeté;
Art. 80 - São diretrizes para as Áreas de Preservação Ambiental:
V - estimular a conscientização ambiental e a responsabilidade individual e coletiva quanto à
proteção das áreas de preservação ambiental;
VII - desenvolver programas e preparar as Áreas de Preservação Ambiental para visitação pública.
Art. 82 - São diretrizes gerais para as Áreas de Industrialização:
I - condicionar a instalação de empreendimentos a licenciamento ambiental;
II - estimular a implantação de indústrias que utilizem a mão-de-obra local;
III - estudar alternativas de incentivo para empresas que atendam as vocações identificadas pelo
Zoneamento Ecológico Econômico;
IV - definir e regulamentar os parâmetros e critérios referentes ao impacto ambiental para as
indústrias na Lei de Uso e Ocupação do Solo e na Legislação Ambiental;
V - orientar os empreendedores sobre as fragilidades ambientais apontadas no Zoneamento
Ecológico Econômico.
Parágrafo Único: Até a criação da Lei de Licenciamento e Controle Ambiental, os
empreendimentos a serem instalados estarão condicionados a licença ambiental nos moldes da
legislação em vigor.
Art. 83 - São diretrizes para as áreas de industrialização dentro do perímetro urbano:
I - permitir apenas indústrias que não causem impactos nocivos ao meio ambiente urbano, acima
do permitido pela Legislação Ambiental;
II - fixar o horário de funcionamento das indústrias, conforme a necessidade e natureza do
empreendimento.
Art. 86 - São diretrizes para as Áreas de Produção Agropecuária:
II - estimular a permanência de atividades compatíveis com as características desta Área;
III - promover políticas e atividades relacionadas à conservação de condições ambientais
específicas e o desfrute da paisagem, do bem-estar e da qualidade de vida;
IV - valorizar o espaço de proteção ambiental como base para sustentabilidade dos
assentamentos humanos e desenvolvimento de atividades agropecuárias, assegurando a
proteção dos recursos naturais;
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55
VII - preservar as características físicas e bióticas e respectivos processos naturais, criando
condições ecológicas;
VIII - fomentar o desenvolvimento dos Corredores Ecológicos.
Art. 87 - São diretrizes para as Áreas de Extração Mineral:
I - identificar áreas passíveis de exploração mineral no Município, de acordo com o Zoneamento
Ecológico Econômico e pesquisa de direitos de lavra existentes;
II - implantar sistemas de compensação ambiental para empreendimentos de extração mineral;
IV - fiscalizar regularmente os empreendimentos de extração mineral.
Art. 91 - São diretrizes para as Áreas de Proteção Ambiental:
II - compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável de parcela dos recursos
naturais existentes;
Art. 144 - São diretrizes para o plano de gerenciamento dos recursos hídricos:
I – aprimorar a gestão integrada das sub-bacias hídricas no Município;
II - desestimular o desperdício e as perdas físicas da água tratada;
VII - manter as áreas verdes permeáveis ao longo dos fundos de vales do Município;
Art. 149 - O plano de gerenciamento de resíduos sólidos integra o sistema de gestão ambiental e
deve ter base nos princípios da não geração ou a minimização da geração de resíduos, reduzindo
riscos ao meio ambiente.
Art. 150 – O Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos contemplará os aspectos referentes à
minimização na geração, segregação, acondicionamento, identificação, coleta e transporte
interno, armazenamento temporário, tratamento interno, armazenamento externo, coleta e
transporte externo, tratamento externo e disposição final.
Art. 151- O manejo dos resíduos municipais obedecerá aos critérios técnicos que conduzam à
minimização do risco à saúde pública e à qualidade do meio ambiente, considerando:
I - tratamento dos conjuntos, processos e procedimentos que alteram as características físicas,
físico-químicas, químicas ou biológicas dos resíduos.
II - sistema de destinação final, processos e procedimentos que visam à destinação
ambientalmente adequada dos resíduos em consonância com as exigências ambientais.
Art. 152 - A disposição final dos resíduos será realizada de acordo com as características e
classificação, podendo ser objeto de tratamento ou disposição em aterro sanitário.
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56
Art. 153 - O plano de gerenciamento de resíduos sólidos do Município especificará medidas
alternativas para o controle e minimização de danos causados ao meio ambiente e ao patrimônio
quando da ocorrência de situações anormais envolvendo quaisquer das etapas do gerenciamento
do resíduo, inclusive:
I - logística para a movimentação dos resíduos;
III - a identificação dos resíduos gerados e o gerador.
Art. 154 - No plano de gerenciamento de resíduos sólidos do Município constará:
I - Programa de redução na fonte geradora, incluindo a:
a) relação das metas para a redução da geração, bem como os resíduos destinados à reutilização
e à reciclagem, especificando classificação e quantidade;
b) especificação da destinação dos resíduos passíveis de reutilização ou reciclagem, fornecendo
nome da empresa, endereço, telefone/fax e dados do responsável técnico;
c) descrição dos procedimentos de manejo utilizados na segregação dos resíduos, na origem,
coleta interna, armazenamento, transporte utilizado interna e externamente, reutilização e
reciclagem, caso haja e sua destinação final.
II - Forma de acondicionamento;
III - Coleta e transporte interno de resíduos, incluindo:
IV - Estocagem temporária, descrevendo a área de armazenamento temporário de resíduos,
obedecendo às seguintes medidas de segurança e proteção ambiental;
V - Pré-tratamento.
Art. 155 - O Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos será atualizado sempre que ocorram
modificações operacionais, que resultem na ocorrência de novos resíduos ou na eliminação
destes, e terá parâmetros de avaliação visando ao seu aperfeiçoamento contínuo.
Art. 164 – O Plano de Esgotamento e Tratamento de Esgoto estabelecerá os critérios técnicos
para escoamento e tratamento dos esgotos produzidos na área urbana do Município.
Art. 165 – O Plano de Esgotamento e Tratamento de Esgoto obedecerá as seguintes diretrizes:
I – dimensionamento das redes coletoras, redes interceptoras e emissários para escoamento dos
esgotos;
II - pré-dimensionamento para implantação das estações de tratamento da totalidade dos
esgotos produzidos na área urbana.
GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos – SISEMA Instituto Mineiro de Gestão das Águas – IGAM
57
O Plano Diretor Municipal de Caeté trouxe em seu texto uma abordagem que
caracteriza e justifica a importância do município apresentar e construir o seu Plano
Municipal de Saneamento. Há entre suas diferentes diretrizes e campos de ação
destaque à importância do saneamento e da necessidade de constituí-lo, seja para
atender, por exemplo, as questões da saúde ou de desenvolvimento social. Esta
questão se mostrou tão presente, que após consulta na internet, página eletrônica do
Comitê de Bacia Hidrográfica do rio das Velhas – CBH Rio das Velhas35 verificou-se que
o Plano de Saneamento Municipal foi elaborado e concluído em 2012, com recursos e
termo de referência estabelecido pela Agência de Bacia Peixe Vivo.
5.7. Análise Comparativa entre o Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia
Hidrográfica do Rio das Velhas e os Planos Diretores Municipais dos cinco
Municípios com Condições mais Críticas de Qualidade de Água
O cenário de interação entre Plano Diretor de Recursos Hídricos da bacia hidrográfica
do rio das Velhas e os Planos Diretores Municipais encontra definido pela Tabela 01.
Como se percebe, muitas diretrizes dos Planos Diretores Municipais mostraram-se
alinhadas aos programas do PDRH Velhas.
Para desenvolver o estudo de interação entre os programas do PDRH da Bacia do rio
das Velhas e os Planos Diretores Municipais dos cinco municípios, traçou-se uma linha
de tempo da origem de cada instrumento (Gráfico 01). Como resultado teve que o
Plano Diretor Municipal de Belo Horizonte é mais antigo que o Plano Diretor de
Recursos Hídricos da Bacia do rio das Velhas, trazendo-nos referencia de que o
primeiro serviu de base para a proposição dos programas para gestão da Bacia do Rio
35
Plano Diretor de Saneamento do Município de Caeté, informações obtidas pelo site
http://www.cbhvelhas.org.br/index.php/plano-de-saneamento-de-caete em 03/12/2013.
GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos – SISEMA Instituto Mineiro de Gestão das Águas – IGAM
58
das Velhas. Fortalece esta análise a quantidade de diretrizes do PDM Belo Horizonte
alinhados aos programas do Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia do Rio das
Velhas.
Gráfico 5.1 – Linha do Tempo: PDRH Pará versus PDM
PDRH Velhas 2004
PDM Belo Horizonte 2000
PDM Santa Luzia 2006
PDM Sete Lagoas 2006
PDM Caeté 2007
PDM Sabará 2008
GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos – SISEMA Instituto Mineiro de Gestão das Águas – IGAM
59
Tabela 5.1 - Articulação do Programas do Plano Diretor da Bacia do Rio das Velhas com os Planos Diretores Municipais
Diretrizes Programas Diretrizes Diretrizes Programas Diretrizes Programas Diretrizes Programas
Fortalecimento do CBH Velhas e Implantação da Agência de Bacia X X X X
Cadastramento de usuários X X
Regularização dos usos por meio de outorga e cobrança pelo usos das águas
Fiscalização e monitoramento dos usos e usuários X X X
Implementação do Sistema de Informações X X
Universalização do Abastecimento de água na bacia X X X X X X
Ampliação da rede coletora de esgoto na Bacia X X X X X
Serviço de implantação de estações de tratamento de esgoto X X X X X
Melhoria da coleta e disposição adequada dos residuos sólidos X X X X X
Controle de Erosão e do assoreamento X X X
Reflorestamento em áreas degradadas (topo, ciliar e nascentes) X X X X X
Recuperação ambiental areas afetadas pelas atividades de mineração X X
Adoção de medidas de desassoreamentos X X
Educação sanitária e ambiental X X X X
Desenvolvimento de estudos (aguas subterraneas, mitigações enchentes) X X X
Incentivo e fomento do ecoturismo X x X X
Plano de Controle e adequação do setor Industrial X X X X
Plano de controle e adequação do setor mineral X X
Plano de controle e adequação do setor agricola X
Implementação de ações para a conservação hidroambiental da subbacia Cipó
Implementação de ações para preservação da APA X X X
Implementação do sistema de alerta hidrometeorológico para cheias X X
Realização de estudos de navegabilidade do trecho
Implementação de interceptores com tratam de fundo de vale,
compreendido como conservação ou renaturalização de leitosX X X X X
Implantação de unidades de desinfecção na ETE E
Implantação de ETE, nivel secundário E
Programa caça esgoto
Implementação Plano Municipal de Saneamento X X X E
Implementação de Unidade de tratamento de residuos X X X E
X
X
X
X
Programas
Plano Diretor de CaetéPlano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia do Rio das Velhas
Plano Diretor de Sta Luzia Plano Diretor de SabaráPlano Diretor de Belo Horizonte Plano Diretor de Ste Lagoas
Legenda: X – Ocorrência no Plano Diretor Municipal / E – Excluído do Plano Diretor Municipal
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60
Percebe-se que os programas relacionados às áreas urbana e rural do Plano de Bacia
se fizeram presente em diretrizes nos Planos Diretores Municipais.
As diretrizes ligadas ao saneamento básico (abastecimento público, esgotos sanitários,
tratamento de efluentes domésticos e rede de drenagem pluvial) constaram de um
modo geral em todos os municípios, sendo mais destacados em Belo Horizonte e Sete
Lagoas. Sabará abordou apenas a universalização do abastecimento público.
Outro programa do PDRH Velhas em que todos os municípios fizeram referência
através de diretrizes foi a “implementação de interceptores com tratam de fundo de
vale, compreendido como conservação ou renaturalização de leitos”.
Por outro lado, alguns dos programas do PDRH Velhas não tiveram diretrizes definidas
por seus Planos Diretores Municipais. Tem-se estas ocorrências sido ocasionadas por
programas específicos a determinadas localidades. Exemplo desta ocorrência é o
programa para “implementação de ações para a conservação hidroambiental da sub-
bacia Cipó”. Nenhum dos municípios analisados está inserido nesta sub-bacia.
Com relação à quantidade de programas do Plano Diretor da Bacia do rio das Velhas
contemplados sob a forma de diretrizes nos Planos Diretores Municipais, nota-se
(gráfico 02), que os municípios grandes (Belo Horizonte e Sete Lagoas), possuem mais
de 50% das diretrizes alinhadas ao Plano Diretor da Bacia. Os municípios menores
tiveram suas diretrizes contemplando quantidade próximo ou pouco maior que um
terço dos programas do PDRH do Rio das Velhas.
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Gráfico 5.2 – Quantidade de Programas contemplados por Diretrizes dos PDM
Na avaliação dos Planos Diretores Municipais, considerando os critérios de Diretrizes e
de Programas/ações estratégicas, quando relacionadas aos programas do Plano
Diretor de Recursos Hídricos, observou pela Tabela 5.1 que apenas dois municípios
contemplaram esses dois aspectos. No entanto, poucas foram às diretrizes que
tiveram programas/ações definidos para implementação.
Com relação ao percentual de Programas do PDRH Velhas atendidas pelas diretrizes
dos Planos Diretores Municipais dos cinco municípios analisados tem-se o resultado
representado pelo Gráfico 5.2.
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Gráfico 5.3 – Ocorrência de Programas do PDRH Velhas por Municípios
0% 20% 40% 60% 80% 100%
REGULARIZAÇÃO DOS USOS POR OUTORGA E COBRANÇA PELO USOS DAS ÁGUAS
IMPLEMENTAÇÃO DE AÇÕES PARA CONSERV. HIDROAMBIENTAL DA SUBBACIA CIPÓ
REALIZAÇÃO ESTUDOS DE NAVEGABILIDADE DO TRECHO
IMPLANTAÇÃO DE UNID. DE DESINFECÇÃO NA ETE
IMPLANTAÇÃO DE ETE NIVEL SECUNDÁRIO
PROGRAMA CAÇA ESGOTO
RECUP. AMBIENTAL AREAS AFETADAS PELA MINERAÇÃO
PLANO CONTROLE E ADEQUAÇÃO DO SETOR AGRICOLA
CADASTRAMENTO DE USUÁRIOS
MPLEMENTAÇÃO DO SISTEMA DE INFORMAÇÕES
ADOÇÃO MEDIDAS DE DESASSOREAMENTOS
DESENV. ESTUDOS (AGUAS SUBTERRANEAS, MITIGAÇÃO ENCHENTES)
PLANO CONTROLE E ADEQUAÇÃO SETOR MINERAL
IMPLEM. DO SISTEMA ALERTA HIDROMETEOROLÓGICO PARA CHEIAS
IMPLEM. PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO
IMPLEM. DE UNIDADE DE TRATAMENTO DE RESIDUOS
FORTALECIMENTO CBH VELHAS E IMPLANT. AGENCIA DE BACIA
FISCALIZAÇÃO E MONITORAMENTO DOS USOS E USUÁRIOS
CONTROLE DE EROSÃO E DO ASSOREAMENTO
INCENTIVO E FOMENTO DO ECOTURISMO
IMPLEMET. DE AÇÕES DE PRESERVAÇÃO DE APA
AMPLIAÇÃO DE REDE COLETORA DE ESGOTO NA BACIA
SERVIÇO IMPLANTAÇÃO DE ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ESGOTO
MELHORIA DA COLETA E DISPOSIÇÃO ADEQUADA DOS RESIDUOS SÓLIDOS
EDUCAÇÃO SANITÁRIA E AMBIENTAL
PLANO DE CONTROLE E ADEQUAÇÃO DO SETOR INDUSTRIAL
UNIVERSALIZAÇÃO DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA
REFLORESTAMENTO EM ÁREAS DEGRADADAS (TOPO, CILIAR E NASCENTES)
IMPL. INTERCEPT. E TRAT. FUNDO DE VALE PARA CONSERV E RENATURAL. DE LEITOS
Percentual de Ocorrências Programas PDRH Velhas por Municípios
Conforme os 29 programas estabelecidos pelo PDRH Velhas, três são abordados nos
cinco municípios analisados, sob forma de diretrizes. São eles: a universalização pelo
abastecimento publico de água, à recuperação de leitos de cursos de água, que tanto
se aplica a questão de saneamento (drenagem urbana) e o reflorestamento de matas
ciliares, topos de morros e de nascentes.
Cinco programas do Plano de Bacia compõem 80% dos municípios, sendo eles: Plano
de Controle e adequação industrial; educação sanitária e ambiental; e os três ligados à
política de saneamento básico (melhoria da coleta de esgoto, implementação de
estação de tratamento de esgoto e ampliação e melhoria da coleta e tratamento dos
resíduos sólidos).
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63
Notou-se ainda que 60% dos Planos Diretores Municipais analisados continham
diretrizes alinhadas aos programas do PDRH Velhas, composto por cinco programas do
Plano de Bacia, sendo dois relacionados à recuperação ambiental (implementação de
ações para preservação de Área de Proteção Ambiental – APA e controle de erosão e
do assoreamento), dois de arranjo institucional (fortalecimento CBH Velhas e
implantação de agência de bacia e incentivo e fomento ao ecoturismo) e um de
controle, composto por fiscalização e monitoramento dos usos e usuários.
Oito programas do PDRH Velhas são abordados apenas por 40% dos municípios
analisados. Os programas caracterizados nesta análise são: cadastramento de usuários,
implementação de Sistema de Informações para gestão ambiental e de recursos
hídricos, adoção de medidas de desassoreamentos; desenvolvimento de estudos de
águas subterrâneas ou mitigação de enchentes; plano de controle e adequação do
setor mineral; implementação de sistemas de alerta meteorológico para cheias;
implementação de Plano Municipal de saneamento; e implementação de unidades de
tratamento de resíduos sólidos. Nota-se que alguns desses programas condizem com
características específicas dos municípios o que perfaz a justificativa para não conter
na maioria Planos Diretores Municipais. Por outro lado, entendemos como essenciais a
ferramenta de planejamento municipal estabelecer diretrizes para programas de
saneamento básico e por motivos desconhecidos, constam em apenas dois Planos
Diretores Municipais.
As diretrizes alinhadas à recuperação ambiental de áreas afetadas pela mineração e a
de plano de controle e adequação do setor agrícola mostrou-se presente em apenas
um dos municípios (distintos).
Na análise específica por municípios, a Tabela (5.2) retrata o arranjo das diretrizes do
PDM de Sabará com os programas do Plano Diretor de Recursos Hídricos da bacia do
rio das Velhas. Um aspecto positivo nesse PDM é a forma como se articular e insere o
município na perspectiva de participar do Comitê de Bacia Hidrográfica do rio das
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Velhas. Aspecto preocupante foi a ausência de diretrizes alinhada ao esgotamento
sanitário. A única relação composta pelo instrumento municipal na questão do
saneamento básico foi a universalização do abastecimento de água. No Plano Diretor
Municipal de Sabará não foram estabelecidos de programas/ações estratégicas para
nenhuma das diretrizes.
Tabela 5.2: Articulação entre o PDRH Velhas e PDM Sabará
Diretrizes Programas
Fortalecimento do CBH Velhas e Implantação da Agência de Bacia X
Cadastramento de usuários X
Regularização dos usos por meio de outorga e cobrança pelo usos das águas
Fiscalização e monitoramento dos usos e usuários X
Implementação do Sistema de Informações
Universalização do Abastecimento de água na bacia X
Ampliação da rede coletora de esgoto na Bacia
Serviço de implantação de estações de tratamento de esgoto
Melhoria da coleta e disposição adequada dos residuos sólidos
Controle de Erosão e do assoreamento
Reflorestamento em áreas degradadas (topo, ciliar e nascentes) X
Recuperação ambiental areas afetadas pelas atividades de mineração
Adoção de medidas de desassoreamentos
Educação sanitária e ambiental
Desenvolvimento de estudos (aguas subterraneas, mitigações enchentes) X
Incentivo e fomento do ecoturismo X
Plano de Controle e adequação do setor Industrial X
Plano de controle e adequação do setor mineral X
Plano de controle e adequação do setor agricola
Implementação de ações para a conservação hidroambiental da subbacia Cipó
Implementação de ações para preservação da APA
Implementação do sistema de alerta hidrometeorológico para cheias
Realização de estudos de navegabilidade do trecho
Implementação de interceptores com tratam de fundo de vale, compreendido
como conservação ou renaturalização de leitosX
Implantação de unidades de desinfecção na ETE
Implantação de ETE, nivel secundário
Programa caça esgoto
Implementação Plano Municipal de Saneamento
Implementação de Unidade de tratamento de residuos
Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia do Rio das VelhasPlano Diretor de Sabará
A situação do município de Santa Luzia esta representada pela tabela (5.3). Nela, a
interação do PDRH Velhas com Plano Diretor Municipal esta destacada por ações
voltadas ao Saneamento Básico e a recuperação de áreas degradadas.
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65
Tabela 5.3: Articulação entre o PDRH Velhas e PDM Santa Luzia
Plano Diretor de Santa Luzia
Diretrizes Programas
Fortalecimento do CBH Velhas e Implantação da Agência de Bacia
Cadastramento de usuários
Regularização dos usos por meio de outorga e cobrança pelo usos das águas
Fiscalização e monitoramento dos usos e usuários
Implementação do Sistema de Informações
Universalização do Abastecimento de água na bacia X X
Ampliação da rede coletora de esgoto na Bacia X X
Serviço de implantação de estações de tratamento de esgoto X X
Melhoria da coleta e disposição adequada dos residuos sólidos X X
Controle de Erosão e do assoreamento X
Reflorestamento em áreas degradadas (topo, ciliar e nascentes) X
Recuperação ambiental areas afetadas pelas atividades de mineração X
Adoção de medidas de desassoreamentos
Educação sanitária e ambiental X
Desenvolvimento de estudos (aguas subterraneas, mitigações enchentes)
Incentivo e fomento do ecoturismo
Plano de Controle e adequação do setor Industrial X
Plano de controle e adequação do setor mineral
Plano de controle e adequação do setor agricola
Implementação de ações para a conservação hidroambiental da subbacia Cipó
Implementação de ações para preservação da APA
Implementação do sistema de alerta hidrometeorológico para cheias X
Realização de estudos de navegabilidade do trechoImplementação de interceptores com tratam de fundo de vale, compreendido
como conservação ou renaturalização de leitosX
Implantação de unidades de desinfecção na ETE
Implantação de ETE, nivel secundário
Programa caça esgoto
Implementação Plano Municipal de Saneamento X
Implementação de Unidade de tratamento de residuos X
Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia do Rio das Velhas
Na Tabela (5.4) são apresentadas as interações entre o Plano Diretor Municipal de Sete
Lagoas e o Plano Diretor de Recursos Hídricos da bacia do rio das Velhas. Daí tem-se
que o Plano Diretor Municipal de Sete Lagoas apresenta uma quantidade significativa
de diretrizes alinhadas aos programas do Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia
do rio das Velhas, privilegiando aspectos como o saneamento básico e a recuperação
ambiental (recuperação de matas e nascentes). Nenhuma das diretrizes analisadas
apresentou compatibilidade com programas específicos ou que promovesse a
implementação de Planos, como a implementação de Plano de Municipal de
Saneamento.
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66
Tabela 5.4: Articulação entre o PDRH Velhas e PDM Sete Lagoas
Diretrizes Programas
Fortalecimento do CBH Velhas e Implantação da Agência de Bacia X
Cadastramento de usuários
Regularização dos usos por meio de outorga e cobrança pelo usos das águas
Fiscalização e monitoramento dos usos e usuários X
Implementação do Sistema de Informações X
Universalização do Abastecimento de água na bacia X
Ampliação da rede coletora de esgoto na Bacia X
Serviço de implantação de estações de tratamento de esgoto X
Melhoria da coleta e disposição adequada dos residuos sólidos X
Controle de Erosão e do assoreamento X
Reflorestamento em áreas degradadas (topo, ciliar e nascentes) X
Recuperação ambiental areas afetadas pelas atividades de mineração
Adoção de medidas de desassoreamentos X
Educação sanitária e ambiental X
Desenvolvimento de estudos (aguas subterraneas, mitigações enchentes) X
Incentivo e fomento do ecoturismo X
Plano de Controle e adequação do setor Industrial
Plano de controle e adequação do setor mineral
Plano de controle e adequação do setor agricola
Implementação de ações para a conservação hidroambiental da subbacia Cipó
Implementação de ações para preservação da APA X
Implementação do sistema de alerta hidrometeorológico para cheias
Realização de estudos de navegabilidade do trechoImplementação de interceptores com tratam de fundo de vale, compreendido
como conservação ou renaturalização de leitosX
Implantação de unidades de desinfecção na ETE
Implantação de ETE, nivel secundário
Programa caça esgoto
Implementação Plano Municipal de Saneamento
Implementação de Unidade de tratamento de residuos
Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia do Rio das VelhasPlano Diretor de Sete Lagoas
O Plano Diretor Municipal de Belo Horizonte mostrou-se organizado sob duas
legislações, a Lei Municipal nº 7165/96 e pela atualização definida pela Lei Municipal
nº 8137/00. A considerar os dois instrumentos e as alterações proporcionadas pela
segunda, tem-se uma perda de abordagem de alguns programas definidos pelo Plano
Diretor de Recursos Hídricos da bacia do rio das Velhas, conforme disposto pela tabela
(5.5). Apesar disso, o PDM Belo Horizonte foi o que apresentou maior interação com o
PDRH Velhas.
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67
A abordagem dada pelas diretrizes do PDM Belo Horizonte referentes ao Saneamento
Básico perdeu conteúdo após a atualização da Lei de regulamentação. O documento
transferiu a competência de regulamentar e definir diretrizes de Saneamento ao Plano
Municipal de Saneamento. O Plano Diretor de Saneamento foi aprovado em dezembro
de 2008.
Tabela 5.5: Articulação entre o PDRH Velhas e PDM Belo Horizonte
Diretrizes Programas
Fortalecimento do CBH Velhas e Implantação da Agência de Bacia
Cadastramento de usuários X
Regularização dos usos por meio de outorga e cobrança pelo usos das águas
Fiscalização e monitoramento dos usos e usuários X
Implementação do Sistema de Informações X
Universalização do Abastecimento de água na bacia X
Ampliação da rede coletora de esgoto na Bacia X
Serviço de implantação de estações de tratamento de esgoto X
Melhoria da coleta e disposição adequada dos residuos sólidos X
Controle de Erosão e do assoreamento X
Reflorestamento em áreas degradadas (topo, ciliar e nascentes) X
Recuperação ambiental areas afetadas pelas atividades de mineração X
Adoção de medidas de desassoreamentos X
Educação sanitária e ambiental X
Desenvolvimento de estudos (aguas subterraneas, mitigações enchentes) X
Incentivo e fomento do ecoturismo x
Plano de Controle e adequação do setor Industrial X
Plano de controle e adequação do setor mineral
Plano de controle e adequação do setor agricola
Implementação de ações para a conservação hidroambiental da subbacia Cipó
Implementação de ações para preservação da APA X
Implementação do sistema de alerta hidrometeorológico para cheias X
Realização de estudos de navegabilidade do trechoImplementação de interceptores com tratam de fundo de vale, compreendido
como conservação ou renaturalização de leitosX
Implantação de unidades de desinfecção na ETE E
Implantação de ETE, nivel secundário E
Programa caça esgoto
Implementação Plano Municipal de Saneamento E
Implementação de Unidade de tratamento de residuos E
Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia do Rio das VelhasPlano Diretor de Belo Horizonte
Legenda: X – Presente nos programas; E – Excluído após atualização
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No Plano Diretor Municipal de Caeté foram encontrados os arranjos com o Plano
Diretor de Recursos Hídricos da Bacia do rio das Velhas, conforme a planilha (5.6).
Destacam-se as seguintes ocorrências:
- Diretrizes e programas para fortalecimento do Comitê de Bacia Hidrográfica;
- Diretrizes e programas voltados para o saneamento básico;
- Diretrizes que indicam a necessidade Planos de controle para o setor mineral,
industrial e agrícola;
Tabela 5.6: Articulação entre o PDRH Velhas e PDM Caeté
Diretrizes Programas
Fortalecimento do CBH Velhas e Implantação da Agência de Bacia X X
Cadastramento de usuários
Regularização dos usos por meio de outorga e cobrança pelo usos das águas
Fiscalização e monitoramento dos usos e usuários
Implementação do Sistema de Informações
Universalização do Abastecimento de água na bacia X X
Ampliação da rede coletora de esgoto na Bacia X X
Serviço de implantação de estações de tratamento de esgoto X X
Melhoria da coleta e disposição adequada dos residuos sólidos X X
Controle de Erosão e do assoreamento
Reflorestamento em áreas degradadas (topo, ciliar e nascentes) X
Recuperação ambiental areas afetadas pelas atividades de mineração
Adoção de medidas de desassoreamentos
Educação sanitária e ambiental X
Desenvolvimento de estudos (aguas subterraneas, mitigações enchentes)
Incentivo e fomento do ecoturismo X
Plano de Controle e adequação do setor Industrial X
Plano de controle e adequação do setor mineral X
Plano de controle e adequação do setor agricola X
Implementação de ações para a conservação hidroambiental da subbacia Cipó
Implementação de ações para preservação da APA X
Implementação do sistema de alerta hidrometeorológico para cheias
Realização de estudos de navegabilidade do trecho
Implementação de interceptores com tratam de fundo de vale,
compreendido como conservação ou renaturalização de leitosX
Implantação de unidades de desinfecção na ETE
Implantação de ETE, nivel secundário
Programa caça esgoto
Implementação Plano Municipal de Saneamento X X
Implementação de Unidade de tratamento de residuos X X
Plano Mun. CaetéPlano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia do Rio das Velhas
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69
6. ESTUDO 2 – BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PARÁ
6.1. Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio Pará
A caracterização da Bacia Hidrográfica baseou-se em referências bibliográficas
disponíveis no IGAM e a identificação dos programas de gestão Bacia Hidrográfica do
Rio Pará – PDRH Pará foram realizadas segundo propostas obtidas do Plano Diretor de
Recursos Hídricos da Bacia do Pará36.
6.1.1. Caracterização da Bacia
A Bacia Hidrográfica do Rio Pará faz parte do alto Rio São Francisco, situado na porção
central e no sudoeste do Estado de Minas Gerais, e pertence à Unidade de
Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos do rio Pará – UPGRH SF2. A área da
UPGRH SF2 corresponde a aproximadamente 12.300Km2 e contempla 35 municípios.
As principais cidades da Bacia são Divinópolis, Itauna, Pará de Minas, Nova Serrana e
Bom Despacho. A maioria dos municípios da Bacia Hidrográfica do rio Pará possui uma
população inferior a 10 mil habitantes, segundo resultados do PDRH Pará.
O clima predominante da bacia é temperado chuvoso e a tipologia climática
caracteriza-se por inverno seco e verão chuvoso, com variações de temperatura não
muito significativas.
A vegetação da bacia é composta por campos, cerrados, florestas de floresta
estacional (semidecidual – nativa) e veredas. Apesar da variedade de vegetação,
atualmente, a área representa apenas 20% do uso do solo, já que a maior parte do
território encontra-se alterada por urbanização ou pelo cultivo de silvicultura. A
36
Associação de Usuários da Bacia Hidrográfica do rio Pará / Companhia de Desenvolvimento do Vale do
São Francisco e Parnaíba – CODEVASF; Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do rio
Pará. TESE – Tecnologia em Sistemas Espaciais Ltda. Curitiba. Novembro de 2008.
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70
silvicultura com o plantio de eucalipto tem alterado bastante a vegetação natural da
bacia (Associação de Usuários do Pará / CODEVASF, 2008; IEF, 2008).
A bacia do rio Pará está situada na transição entre grandes domínios morfoestruturais
do interior com escarpas e maciços modelados em rochas do complexo cristalino do
Planalto Sul de Minas e relevos modelados em rochas sedimentares da Depressão do
São Francisco. Também de acordo com o PDRH Pará (2008), os sistemas de aqüíferos
da bacia são classificados tecnicamente em 4 (quatro) tipos distintos, considerando a
forma de percolação e acumulação da água no seu interior; sendo eles: Sistema
Aqüífero; Sistema Aqüífero Cárstico; Sistema Aqüífero Cárstico–Fissurado e Sistema
Aqüífero Fraturado .
O relevo é determinado pelo aspecto geológico, depressão sanfranciscana, no qual
condiciona as características de planaltos dissecados. Há ainda extensas áreas
aplainadas e dissecadas sobre as rochas do grupo Bambuí. O alto da bacia, localizado
no sul, o relevo é definido por vales encaixados e colinas com vertentes ravinadas37.
De acordo com IGAM38 (2008), as principais atividades econômicas desenvolvidas na
bacia são determinadas pelo parque industrial, pela mineração, pela agricultura e pela
pecuária. Mundim39 (2011) destacou as atividades da indústria e da agricultura são
diversificadas na bacia do Pará. O Parque Industrial abrange os ramos: metalúrgico,
têxtil, confecção, curtume e alimentício. Agricultura tem como principais atividades:
horticultura, avicultura, suinocultura e silvicultura.
37
FEAM. Fundação Estadual do Meio Ambiente. Enquadramento dos cursos d`água: Bacia do Rio Pará.
Fase 1 – Objetivos de Qualidade. Belo Horizonte. Dezembro, 1998. 38
IGAM. Projeto Água de Minas: Qualidade das águas superficiais no Estado de Minas Gerais – Estudo
das metas de qualidade da Bacia Hidrográfica do rio Pará 2008 - Diagnóstico Estratégico da Bacia Hidrográfica e Cenários de Desenvolvimento – Estudo Técnico. Belo Horizonte, MG. Dezembro de 2008. 39
MUNDIM. Rodrigo Antonio Di Lorenzo. Fatores Intervenientes no processo de enquadramento: o caso
da bacia hidrográfica do rio Verde. 92f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Ambiental). Programa de Pós-graduação em Engenharia Ambiental – UFOP. Ouro Preto, 2011.
GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos – SISEMA Instituto Mineiro de Gestão das Águas – IGAM
71
Para o IGAM (2008), os principais usos dos recursos hídricos na bacia do rio Pará são
caracterizados por: abastecimento doméstico e industrial, geração de energia elétrica
e irrigação, e os maiores poluentes são os lançamentos de esgotos domésticos e
industriais, defensivos agrícolas e a pecuária. O PDRH Pará (2008) chama a atenção
para outros problemas, como a falta de proteção das nascentes, a atividade mineraria,
ao assoreamento e a erosão.
6.1.2. Plano de Ação
Os Programas para revitalização, recuperação e conservação hidroambiental da Bacia
Hidrográfica do Rio Pará congregam medidas que tratam de temas próximos e
reciprocamente influentes e são os seguintes:
I - PLANO DE DESENVOLVIMENTO:
Programa 1: Consolidação da Gestão de Recursos Hídricos na Bacia Hidrográfica do Rio
Pará;
Programa 2: Saneamento Ambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Pará;
Programa 3: Revitalização, Recuperação e Conservação Hidroambiental da Bacia
Hidrográfica do Rio Pará;
Programa 4: Sustentabilidade Econômico-Social da Bacia Hidrográfica do Rio Pará.
II - PLANO DE AÇÕES DE APOIO - INSTRUMENTOS DE GESTÃO
Programa 5: Gestão da Informação da Bacia Hidrográfica do Rio Pará;
Programa 6: Controle dos Usos e Usuários da Bacia Hidrográfica do Rio Pará;
Programa 7: Enquadramento dos cursos d'água da Bacia Hidrográfica do Rio Pará nas
classes estabelecidas no Plano Diretor;
Programa 8: Criação de Áreas Sujeitas a Restrição de Uso, com vistas à Proteção dos
Recursos Hídricos e de Ecossistemas Aquáticos na Bacia Hidrográfica do Rio Pará.
III - PLANO DE AÇÕES DE IMPLEMENTAÇÃO
GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos – SISEMA Instituto Mineiro de Gestão das Águas – IGAM
72
Programa 9: Fiscalização e Monitoramento Integrado dos Usos e Usuários da Bacia
Hidrográfica do Rio Pará;
Programa 10: Criação e Aplicação de Indicadores de Desempenho e Sócio-Econômicos;
IV - PLANO DE AÇÕES EMERGENCIAIS
Programa 11: Saneamento Ambiental Emergencial na Bacia Hidrográfica do Rio Pará;
Programa 12: Controle Emergencial do Uso dos Recursos Hídricos na Bacia Hidrográfica
do Rio Pará.
IV - PLANO DE USO INTEGRADO DOS RECURSOS HÍDRICOS
Programa 13: Conservação do solo e água na Bacia Hidrográfica do Rio Pará;
Programa 14: Gestão da Informação existente no Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio
Pará.
V – PLANO DE DESENVOLVIMENTO
O Plano de Desenvolvimento da Bacia Hidrográfica do Rio Pará baseia-se nas seguintes
diretrizes:
1) Fortalecimento da Gestão da Bacia Hidrográfica do Rio Pará de maneira a integrar as
gestões municipais, estaduais e federais que possuam atribuições no território da
Bacia, com o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Pará;
2) Saneamento Ambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Pará, através do envolvimento
efetivo das prefeituras municipais;
3) Revitalização, recuperação e conservação hidroambiental da Bacia Hidrográfica do
Rio Pará;
4) Desenvolvimento sócio-econômico e sustentabilidade, através de ações que possam
extrapolar limites administrativos municipais e hidromorfológicos dentro da Bacia
Hidrográfica do Rio Pará.
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73
6.2. Município de Itaúna
6.2.1. Caracterização do Município de Itaúna
Itaúna localiza-se na parte central do Estado de Minas Gerais e tem como principal
caixa de drenagem no município o rio João, do qual é afluente da sub-bacia do rio
Pará. O município limita-se geograficamente por Igaratinga, Pará de Minas, Itatiaiuçu;
Mateus Leme e Carmo do Cajuru.
A população de Itaúna é de aproximada 85.463 habitantes, segundo página eletrônica
da Prefeitura de Itaúna40, e apresenta um estágio de urbanização bastante elevado,
próximo a 94%. A tabela (6.1) apresenta a distribuição da população no Município de
Itauna, na área urbana ou rural, bem como seus percentuais de ocupação. O Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH) de Itaúna é de 0,758, situando-a como um município
de médio desenvolvimento humano41.
Tabela 6.1: População residente em Itaúna
Município População 2010 Porcentagem
Itaúna Rural 5.012 5.864526
Urbana 80.451 94.13547
Total 85.463 100
Fonte: Prefeitura de Itaúna, 2013.
Segundo o IBGE (2012), o município possui um total de 72 escolas de Ensino
Fundamental/ Médio e Pré Escolar, e uma instituição de ensino superior. A rede de
40
Itauna. Prefeitura Municipal. http://www.itauna.mg.gov.br/site/resources/anexos/, consultado em
05/12/13 41
Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil – Fundação João Pinheiro – PNUD
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74
saúde do município de Itaúna é composta por 48 estabelecimentos, dos quais 26 (vinte
e seis) são Municipais e 22 (vinte e dois) são Privados42.
O Clima é o Cwa - Tropical de Altitude com verões quentes, Temperatura Média Anual
de 21,8 ºC, Temperatura Mínima Anual de 13,2 ºC e Temperatura Máxima Anual de
32,2 ºC e Índice Médio Pluviométrico Anual de 1.419 mm, conforme dados da ALMG43.
Nos aspectos geológicos, estudos do IGA44 indicam que o município de Itaúna está
assentado sobre rochas pré-cambrianas intensamente dobradas, falhadas e cortadas
por zonas de cisalhamento em várias direções. As litologias dominantes são gnaisses,
migmatitos e granitos do embasamento cristalino e, secundariamente, xistos, filitos e
quartzitos, todas de idade Arqueana. Assim, dados as características geológicas, o
relevo apresenta formas planas em 20%; ondulado em 40% e Montanhoso em 40% do
território de Itaúna. Existem formações de escarpas, maciços e morros. As montanhas
são rochosas, intensamente dobradas, provocando a formação de colinas côncavo-
convexa e cristas esparsas, com altitudes de 860 a 1.200 m.
Ainda, de acordo com o IGA, os solos de Itaúna são formado de podzólico e latossolo
vermelho - amarelo. A região é composta por terrenos argilosos, de moderada
resistência à erosão, de profundidade variável, com baixa a moderada fertilidade
natural, favorecendo o maior aproveitamento na pecuária.
Conforme caracterização vegetal disponível na página da Prefeitura de Itaúna45, são
encontradas as seguintes espécies no município: floresta estacional semi-decidual
42 Fonte: IBGE-Cidades, Acessado em 27/11/2013 43
Fonte:
http://www.almg.gov.br/consulte/info_sobre_minas/index.html?aba=js_tabMunicipios&sltMuni=339 ,
Acessado em 26/11/2013 44 Fonte: IGA - Instituto de Geociências Aplicadas de Minas Gerais/Prefeitura de Itaúna 45 Fonte: http://www.itauna.mg.gov.br/site/resources/anexos/%7BAACDE3CA-DCA4-43EC-E017-
E8BDDCCCEE1B%7D.pdf
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75
Montana, floresta estacional Montana, floresta estacional semi- decidual aluvial e
espécies do cerrado.
As questões do saneamento básico do município são estabelecidas pela prefeitura
municipal. Eles dispõem da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços46 (SIES),
que é responsável pela formulação e implantação das políticas de obras, saneamento
básico e serviços do município, do SAAE47, responsável pelo sistema de abastecimento
de água e de esgotamento sanitário e a parte de resíduos sólidos é realizado pela
COOPERT – Cooperativa de Reciclagem e Trabalho entidade cadastrada pela Prefeitura
de Itauna. A cooperativa é responsável tanto pelo aterro sanitário quanto pela coleta
seletiva do lixo municipal.
6.2.2. Plano Diretor Municipal de Itaúna
O Plano Diretor Municipal foi instituído por Lei Complementar nº 05, de 31 de outubro
de 2007, que esta dividido em sete títulos, tendo o primeiro abordado as disposições
gerais e o últimos, as disposições finais. Apresenta interação com os programas do
Plano Diretor de Bacia, os seguintes artigos do Plano Diretor Municipal:
Art. 4°. São diretrizes da política de desenvolvimento econômico:
II. integração do Município a programas estaduais e federais de incentivo à implantação de
atividades econômicas;
XI. fortalecimento do turismo como atividade econômica do Município, por meio de:
a) levantamento dos potenciais de turismo rural, ecológico e de negócios;
b) treinamento de profissionais do setor;
c) criação de banco de dados com informações sobre empreendimentos de turismo rural e
ecológico existentes, de forma integrada com outros municípios;
Art. 5°. São diretrizes da política ambiental:
46 Fonte: http://www.itauna.mg.gov.br/site/secretarias/infraestrutura-e-servicos 47
Fonte: http://www.saaeitauna.com.br/mat_vis.aspx?cd=6497
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76
I. promoção do desenvolvimento sustentável, conciliando a exploração dos recursos naturais com
a preservação ambiental, por meio de:
a) recuperação dos cursos d’água em leito natural;
b) introdução da educação ambiental no currículo da rede de ensino municipal;
c) sensibilização dos proprietários rurais para a implantação de programas de controle ambiental;
d) implantação de programas de controle de erosões e de reflorestamento de topos de morros e
de matas ciliares;
II. regularização das atividades extrativas no Município, por meio do licenciamento, da
fiscalização e da recuperação das áreas degradadas;
III. criação da Área de Preservação Ambiental – APA das Barragens do Benfica e Dr. Augusto
Gonçalves, conhecida como Angu Seco, e do respectivo zoneamento econômico ecológico,
abrangendo a porção da bacia de contribuição daqueles mananciais;
IV. articulação com o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Pará e com o Município de Itatiaiuçu
para a criação da APA da Barragem do Benfica e Dr. Augusto Gonçalves, conhecida como Angu
Seco, na porção da bacia de contribuição destes mananciais naquele município;
V. formulação de projetos de lazer na orla da Barragem do Benfica, de modo a garantir o acesso
público ao reservatório;
VI. implantação de parques municipais nas várzeas inundáveis do perímetro urbano do Rio São
João, Córrego dos Capotos e Ribeirão da Várzea, conhecido como Ribeirão Joanica;
VII. desenvolvimento de programa de recuperação das bacias hidrográficas do Município,
integrantes da Bacia do Rio São João;
Art. 9°. São diretrizes da política de abastecimento de água:
I. ampliação do sistema de abastecimento de água, de forma a assegurar sua oferta às demandas
futuras, por meio de:
a) viabilização de recursos para melhoria e ampliação do sistema;
b) busca de alternativas ao sistema atual de captação;
c) expansão da Estação de Tratamento de Água – ETA existente;
d) ampliação das redes e da capacidade de reserva nas localidades rurais;
II. substituição da rede tronco da área central;
III. implantação de melhorias na captação de água na Barragem Dr. Augusto Gonçalves,
conhecida como Angu Seco;
IV. substituição paulatina das adutoras de amianto por adutoras de PVC.
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77
Art. 10. São diretrizes da política de esgotamento sanitário:
I. promoção de melhorias nas redes coletoras da área central;
II. tratamento dos esgotos do bairro João Paulo II;
III. tratamento dos esgotos através da estação (ETE) a ser construída no Distrito Industrial;
IV. promoção de melhorias nos sistemas de esgotamento sanitários da área rural;
V. ocupação preferencial das bacias hidrográficas atendidas por infra-estrutura de saneamento.
Art. 11. São diretrizes da política de drenagem urbana:
I. implementação de alternativas à canalização dos córregos, de forma a preservar os fundos de
vale e manter os níveis do lençol freático;
II. utilização de medidas de redução dos picos de cheia e conservação de energia;
III. ampliação do sistema de drenagem pluvial nas áreas sujeitas ao adensamento e a novas
ocupações urbanas, por meio da adoção do sistema separador absoluto.
Art. 12. São diretrizes da política de coleta e disposição de resíduos sólidos:
I. criação de programa municipal de manutenção de logradouros públicos;
II. implantação de programas públicos e em parceria com o setor privado, para o processamento
e a reciclagem do lixo industrial, material inerte da construção civil e outros resíduos nocivos ao
meio ambiente;
III. instalação de coletores de lixo de diferentes capacidades volumétricas para a manutenção da
limpeza urbana;
IV. coibição da disposição inadequada dos resíduos;
V. promoção de campanhas de limpeza urbana e de educação sanitária;
VI. fortalecimento do controle ambiental e da fiscalização da disposição de resíduos sólidos;
VII. implementação de programa para garantir coleta de lixo periódica domiciliar na área rural,
priorizando a coleta seletiva.
Art. 18. A macrozona urbana compreende as áreas urbanizadas e a de expansão urbana do
Município, diferenciadas segundo as demandas de adequação dos usos à segurança, ao conforto
da população e à proteção histórica, ambiental e paisagística.
Art. 19. Compõem a macrozona urbana as seguintes zonas:
VI. Zonas de Proteção Ambiental – ZPAs, constituídas por áreas urbanas com características
naturais que indicam necessidade de proteção, visando à sustentabilidade ambiental da cidade e
à segurança da população, subdividas em:
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3. Zonas de Proteção Ambiental 3 – ZPA-3, constituídas por áreas cujo atual estado de
degradação ambiental indica a necessidade de sua recuperação por meio da adoção das
seguintes medidas:
a) controle dos processos erosivos;
b) recuperação da cobertura vegetal; e
c) implantação de equipamentos de usos coletivos e uso habitacional;
Art. 71. O Sistema de Informações Municipal conserva e mantêm atualizados dados, informações
e indicadores sociais, culturais, econômicos, financeiros, patrimoniais, ambientais,
administrativos, físico-territoriais, cartográficos, imobiliários e outros de relevante interesse para
o Município.
§ 1°. O Sistema de Informações Municipal tem como objetivos:
I. subsidiar o planejamento, o monitoramento, a implementação e a avaliação da política urbana;
II. promover a simplificação, a economicidade, a eficácia, a clareza e a precisão das informações;
III. democratizar e disponibilizar as informações municipais, em especial as relativas ao processo
de implementação, controle e avaliação do Plano Diretor.
§ 2°. O Sistema de Informações Municipal é coordenado pelo Departamento de Planejamento
Territorial do Município.
§ 3°. O “Espaço Físico do Plano Diretor” é o setor destinado à divulgação dos dados constantes do
Sistema de Informações Municipal.
6.3. Município de Pará de Minas
6.3.1. Contextualização do Município de Pará de Minas
O município de Pará de Minas encontra-se na parte central de Minas Gerais, pertence
à Bacia Hidrográfica do rio Pará e deve seu nome ao maior rio do município - o Rio
Pará. Seu território fica situado próximo as principais rodovias da região, sendo duas
Rodovias Federais BR-262 e BR-352 e também pelas Rodovias Estaduais: MG-431 e
MG-060. Distante da capital mineira em apenas 70 Km, o município faz fronteiras com:
Onça de Pitangui, São José da Varginha, Esmeralda, Florestal, Mateus Leme, Itaúna,
Igaratinga e Conceição do Pará.
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De acordo com dados da Prefeitura Municipal de Pará de Minas48 - PM Pará de Minas
(2006), o município faz parte da Região Metropolitana de Belo Horizonte, ocupa uma
área total de 551,2 km², apresenta a densidade demográfica é de 152,77 hab/km². A
população, conforme com IBGE49 2013, é de 84.215 em 2010, tendo a maior parte da
população ocupando a área urbana. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) em
2010 é de 0,725.
A geologia é marcada por um conjunto diversificado de rochas, de domínios antigos e
recentes, no qual determina os litótipos predominantes: gnaisses, granitos-gnaisses,
biotita-gnaisses e granodioritos associados (PM Pará de Minas, 2006). A
geomorfologia, assim como os tipos de rocha também é determinada por colinas e
planícies abertas e estreitas. As formas das planícies também são influenciadas pelos
cursos de água.
Os principais tipos de solos encontrados em Pará de Minas são: Cambissolos,
Latossolos e Podzólicos. Suas características naturais são determinadas solos pobres
em nutrientes, sendo a maioria deles ácidos, com escassos teores de cálcio, magnésio,
potássio e fósforo, além de alta saturação de alumínio (PM de Pará de Minas, 2006).
As formações vegetais do município são determinadas por áreas de transição entre o
Cerrado e Mata Atlântica e, que de acordo com o Banco de Dados da Prefeitura de
Pará de Minas, a área de transição apresenta ocorrências de domínio serrano, de
floresta estacional semidecidual, que é caracterizada por exibir formas mais retilíneas
e porte arbóreo e por árvores de porte reduzido, que raramente ultrapassam 8 (oito)
metros de altura, exibindo formas retorcidas, com troncos revestidos de casca bem
48 Pará de Minas. Prefeitura Municipal. Banco de dados Integrados BDI – Pará de Minas. Administração Municipal 2001 – 2008. Secretaria Municipal de Planejamento, desenvolvimento Econômico e Urbano, Pará de Minas. 2006. Acessado em www.parademinas.mg.gov.br, em 25.11.2013 49
- IBGE Cidades, 2013. http://cidades.ibge.gov.br/minas-gerais|para-de-minas|infograficos:-dados-gerais-do-municipio, acessado em 25.11.2013
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espessa, e de folhas predominantemente largas e cobertas de pêlos. (PM de Pará de
Minas, 2006).
O clima é controlado pelas massas de ar continental (Equatorial e Tropical) e Atlântica
(Polar e Tropical), no qual caracteriza o clima da região em duas estações distintas:
inverno seco e verão chuvoso. Nos meses compreendidos entre outubro e março,
registram-se as maiores médias de temperatura, com médias máximas superiores a
22º C.
As questões de saneamento do município de Pará de Minas possuem características
distintas dentre seus principais instrumentos. Segundo o diagnóstico que originou o
Plano Municipal de Saneamento de Pará de Minas – PSM Pará de Minas50 (2010), o
abastecimento de água tratada por rede de distribuição abrange 98% da Sede e na
maioria dos distritos apresenta um percentual de 100%. A coleta de esgoto e o
tratamento de esgoto apresenta situação inversa à distribuição de água tratada. Na
Sede do município a coleta de esgoto abrange 94% do território, porém os efluentes
domésticos são lançados diretamente nos corpos de água. Os distritos não dispõem de
coleta e nem tão pouco de tratamento, sendo que os lançamentos de efluentes são
direto nos corpos de água. No município apenas os lançamento de efluentes
industriais são exceção, pois os mesmos são regulados pelos processos de
licenciamentos e que, normalmente, são exigidos a implantação de sistemas de
tratamentos de efluentes. O município não dispõe ampla de redes de drenagem e nos
trechos disponíveis são compartilhadas pela coleta de efluentes domésticos.
A coleta de resíduos sólidos é suficiente e adequada. Pará de Minas dispõe de rede de
coleta domiciliar, realizada pela própria prefeitura e a deposição é realizada em aterro
sanitário controlado. O município também dispõe de coleta seletiva, mas esta abrange
apenas 6% da população (PSM Pará de Minas, 2010).
50
Pará de Minas. Prefeitura Municipal. Plano Municipal de Saneamento de Pará de Minas: 2009 – 2013. Abril de 2010. Consultado no site: www.parademinas.mg.gov.br/legislações. em 25/11/13.
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Com relação à economia, o IBGE Cidade51 (2013) põe Pará de Minas em 1º lugar na
produção de frangos em Minas Gerais, 2º na produção de suínos e a 4º nos
hortifrutigranjeiros. Além disso, as atividades predominantes no município são os
serviços, indústria e agropecuária.
A educação, segundo o IBGE, é formada por 24 escolas pré-escolares, 39 de nível
fundamental e 13 de nível médio, além da Faculdade de Pará de Minas – FAPAM que
oferece dez cursos, dentre eles Administração e Direito com mais de 1.400 alunos
matriculados em 2012. Existem 25 unidades de saúde estadual, 25 municipais e o
Hospital Nossa Senhora da Conceição, que atende 10 municípios com seus respectivos
gestores de saúde que compõem o Colegiado de Saúde da Microrregião de Pará de
Minas.
51 IBGE Cidade. Obtidos pelo site:
http://cidades.ibge.gov.br/painel/painel.php?lang=&codmun=314710&search=minas-gerais|para-de-minas|infograficos:-dados-gerais-do-municipio em 25/11/2013.
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6.3.2. Plano Diretor Municipal de Pará de Minas
Este Plano Diretor Municipal foi aprovado através de Lei Complementar nº 4658, em
29 de setembro de 2006, e teve seu conteúdo organizado sob sete títulos, dos quais o
primeiro aborda sobre os princípios e o último define as disposições finais. O restante
é objeto de análise desta etapa, onde se busca a interação das diretrizes propostas
pelo Plano Municipal em relação ao Plano Diretor da Bacia Hidrográfica do rio Pará.
Sob este aspectos são destacados os seguintes itens da norma:
Art. 8º São diretrizes das Políticas de Desenvolvimento Econômico no Município de Pará de Minas:
I – Criar, implantar e manter projetos e programas que aumentem o grau de atratividade de
investimento no Município, auxiliando, facilitando e desburocratizando as iniciativas de
instalação de atividades produtivas em todos os setores da economia, sejam elas da
agropecuária, da indústria, do comércio ou dos serviços.
Art. 16 – São diretrizes das Políticas do Meio Ambiente no Município de Pará de Minas:
IV – Promover a constante educação e informação sobre a questão ambiental no município,
eliminando o paradigma equivocado de que o progresso e o desenvolvimento são conflitantes
com a sadia utilização dos recursos naturais.
Art. 17 – São diretrizes das Políticas relativas às áreas verdes e áreas de preservação permanente
no Município de Pará de Minas:
I – Garantir que a partir da promulgação desta Lei, todas as áreas de preservação permanente
sejam mantidas como faixa “non aedificanti” e de recuperação e proteção ambiental, conforme
definidas e delimitadas:
a) Água corrente e dormentes, mínimo de 30 metros contados em reta perpendicular ao seu
limite externo máximo ao longo de todo o curso ou extensão.
b) Nascentes, minas e áreas de merejamento de água, círculo circunscrito de raio mínimo de
50 metros;
c) Topo de morros e montanhas, o 3º terço da área contado a partir da base de inclinação;
d) Fundo de vale, grotas, caminhos naturais da água, mínimo de 5 metros de cada lado a
partir de sua linha central ou a totalidade da área em declive acentuado.
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§2º - A administração pública municipal poderá intervir nas exigências descritas nos incisos
anteriores, quando o uso ou ocupação da área for de relevante interesse público, conforme
legislação específica.
II – Implantar no prazo máximo de um ano o Parque Florestal da Serra do Cristo, em convênio
com o Estado, garantindo proteção total do seu perímetro e infraestrutura adequada para o uso
do público em atividades de esporte, lazer, contemplação e estudo;
III – Priorizar a recuperação de áreas degradadas, viabilizando a sua utilização posterior como
áreas verdes, através da recomposição de vegetação, aterramento e plantio, contenção de
erosões e proteção do perímetro;
VI – Controlar as ações de decapeamento do solo e os movimentos de terra no Município de Pará
de Minas, como forma de evitar erosões, arrastes e assoreamentos em represas, açudes,
córregos, barragens, lagoas e outros mananciais e reservatórios de água, ficando o proprietário
do imóvel urbano ou rural interessado em executar estes movimentos obrigado à prévia
autorização do Poder Público Municipal e Órgãos Ambientais competentes (...);
Art. 18 – São diretrizes das Políticas de Saneamento do Município de Pará de Minas:
I – Articular e integrar inteiramente o planejamento das ações de saneamento no município de
Pará de Minas, buscando além da oferta destes serviços a toda população, a garantia da solução
dos problemas de drenagem urbana e do esgotamento sanitários das bacias;
II – garantir a oferta continua e segura dos serviços de abastecimento de água, esgotamento
sanitário, drenagem urbana, limpeza pública e coleta de lixo em todas as áreas do município,
distribuindo a infraestrutura de forma proporcional aos contingentes populacionais e atividades
socioeconômicas do distrito Sede da cidade, demais distritos , povoados e zona rural.
III – Garantir num prazo Maximo de 02 dois anos, a partir da vigência desta Lei, a completa
captação e tratamento do esgoto sanitário do distrito Sede da cidade, eliminando definitivamente
a possibilidade de seu lançamento na bacia dos cursos de água que correm em área urbana;
IV Assegurar que nenhum empreendimento , de qualquer natureza, seja aprovado ou executado
no Município sem a garantia expressa dos órgãos públicos e concessionárias de serviços, sobre a
viabilidade do atendimento completo da infraestrutura de:
a) Abastecimento de água;
b) Esgotamento sanitários;
c) Drenagem pluvial
d) Limpeza pública e coleta de lixo;
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V – Rever os convênios e contratos com as concessionárias dos serviços urbanos de saneamento,
garantindo a continuidade dos serviços, a qualidade, preço adequados e justos e sua extensão
gradativa e planejada a todos os distritos, Povoados, e zona rural do Município.;
VI – Consolidar o serviço de limpeza urbana de forma a atender a toda a população, garantindo a
coleta e a destinação adequada dos dejetos, através de:
a) Implantação do aterro sanitário no prazo máximo de um ano a partir da lei.
b) Ampliação das atividades de coleta, triagem e processamento dos resíduos recicláveis,
visando:
1 – Ampliar instalações e atuação da Associação de Catadores;
2 – Cadastrar e monitorar os catadores autônomos e as empresas de reciclagem
3 – Projetar e implantar sistema de reciclagem (coleta seletiva) em 100% da área urbana até o
final de 2007 e 100% dos distritos e povoados;
VII – Implantar sistema de destinação adequada dos resíduos de construção civil até o final de
2008;
IX – Implantar sistema de coleta permanente do lixo urbano, através de instalação de lixeiras
coletoras em toda a cidade, distribuídas por setores e proporcionais ao adensamento
populacional, áreas de maior aglomeração , festividades, pontos de ônibus, (...);
Como se percebe pela Legislação de Pará de Minas, principais temas ligados à gestão municipal
possui interlocução com o Plano Diretor de Recursos Hídricos da bacia hidrográfica do rio Pará,
porém com contextualização genérica, sem oferecer programas ou objetivos para a sua
implantação. Entretanto, no caso de Pará de Minas, o município possui o Plano Diretor de
Saneamento, no qual esta muito bem escrito e descreve as ações necessárias para sua
implementação.
6.4. Nova Serrana
6.4.1. Caracterização do Município de Nova Serrana
Nova Serrana está localizada no Centro Oeste de Minas Gerais, na Bacia Hidrográfica
do Rio Pará e apresenta como municípios limítrofes: Araujos, Conceição do Pará,
Divinópolis, Leandro Ferreira, Perdigão e São Gonçalo do Pará. A área do município é
de 282 km² e Densidade Demográfica em 2010 de 261,00 hab./km². A população,
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conforme dados do IBGE Cidades52, em 2010, era de 73.719 habitantes e apresenta
uma estimativa para 2013 de 84.550 habitantes. Nova Serrana é a cidade que mais
cresceu no Estado nas últimas décadas, devido sua economia que é voltada para a
produção de calçados, no qual resulta num Índice de Desenvolvimento Humano, no
valor de 0,715. Este valor comparado ao Estado de Minas Gerais mostra-se elevado.
A produção de calçados em Nova Serrana tem este valor constituído desde o século
XIX, quando o antigo arraial se tornou num tradicional polo produtor de artefatos de
couro, que garantia a subsistência de muitos de seus moradores (Silva53, 2007).
Atualmente, o município é um dos principais polos produtores calçadista do Brasil,
chegando ao status terceira maior cidade produtora do País, com cerca de 1.000
fábricas de calçados ativas. O fato de ser um importante produtor de calçado no pais,
tem permitido ser precursor na região de outra atividade, o turismo voltado para
negócios.
O SENAC54 descreve as seguintes características biofísicas de Nova Serrana. O relevo
distribui-se sobre forma ondulados por 40%, montanhoso por 40% e plano em 20% do
território. A maior altitude é de 910 m no Morro do Chapéu. A hidrografia é
determinada pelo ribeirão Fartura, que tem suas nascentes dentro do município e o rio
Pará que percorre o território. A vegetação predominante é o cerrado, mas também
registra a presença de mata atlântica, através de floresta semidecidual.
52 IBGE Cidade. Obtido pelo site: http://www.cidade-brasil.com.br/municipio-nova-serrana.html#demografia.
Acessado dia 27.11.2013 53
SILVA REGINALDO. Dissertação. O impacto do desenvolvimento industrial nas relações culturais em Nova Serrana. Curso de Mestrado da Fundação Educacional de Divinópolis. 2007. 54
SENAC. Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial. Consulta em 27/11/13 no site: http://descubraminas.com.br/Turismo/DestinoPagina.aspx?cod_destino=854&cod_pg.
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Em portal ODM55 criado pela FIEP/SESI/SENAI/IEL que dispôs dados do Plano Diretor
de Nova Serrana, foi destacada a informações de que no Município não existem
loteamentos irregulares, assim como favelas, mocambos, palafitas ou assemelhados.
Neste mesmo documento consta que a proporção de moradores, em 2010, com
acesso ao direito de propriedade (própria ou alugada) atingem 96,0%.
Segundo site da ALMG, o abastecimento de água e o esgotamento sanitário de Nova
Serrana são realizados pela COPASA. O Portal ODM destaca em seu Relatório que
93,7% dos moradores tinham acesso à rede de água geral com canalização em pelo
menos um cômodo e 93,8% possuíam formas de esgotamento sanitário consideradas
adequadas. Consta ainda que 99,7% dos moradores urbanos contavam com o serviço
de coleta de resíduos e 88,7% tinham energia elétrica distribuída pela CEMIG.
6.4.2. Plano Diretor Municipal de Nova Serrana
O Plano Diretor Municipal de Nova Serrana foi elaborado através da Lei Complementar
1930, aprovada 2007, anterior ao Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia
Hidrográfica do rio Pará. Esta norma encontra-se estabelecida sob nove títulos, sendo
o primeiro documentado pelos princípios fundamentais para a gestão municipal e os
dois últimos delimitados pela gestão participativa que aborda sobre o processo de
elaboração e ultimo que estabelece as disposições finais.
Do segundo ao sétimo título é que se descrevem as diretrizes de gestão,
procedimentos e objetivos para o planejamento municipal e que irá compor o
destaque deste item, a partir da sua interação com o PDRH da Bacia do rio Pará, que se
faz a saber:
55
FIEP/SESI/SENAI/IEL. Portal ODM – Acompanhamento Municipal dos Objetivos de desenvolvimento do Milênio. Relatório Dinâmico de Indicadores Municipais. Consultado em 25/11/2013, a partir do site: www.portalodm.com.br/relatorios/PDF/gera_PDF.php?cidade=21880
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87
Art. 5º - Para dar consecução às diretrizes do planejamento físico-territorial do Município,
deverão ser adotados os seguintes procedimentos:
I. elaboração de uma base cartográfica unificada, que permita o monitoramento efetivo da
expansão urbana, utilizando-se dos seguintes instrumentos:
V. aplicação rigorosa dos parâmetros da legislação ambiental estadual e federal, de forma a inibir
a ocupação indevida das áreas de preservação permanente e demais espaços passíveis de
restrição para uso e urbanização, em especial as faixas lindeiras aos cursos d´água.
Art.13 - A Zona de Preservação Ambiental (ZPA) incorpora as áreas “non aedificandi”, definidas de
acordo com os parâmetros ambientais vigentes, além de outros terrenos, onde exista interesse na
manutenção das características naturais originais do espaço ou riscos para a segurança pública,
como nas faixas lindeiras aos cursos d´água urbanos.
Art. 14 - São objetivos na Zona de Proteção Ambiental:
I. proteger os ecossistemas e recursos naturais, em especial os hídricos e a cobertura vegetal,
promovendo a recuperação daqueles que se encontram degradados;
Art. 63 - são diretrizes para políticas relativas ao meio ambiente:
I. preservar ecossistemas naturais e a diversidade biológica do Município;
II. proteger áreas mananciais e de interesse ao equilíbrio ambiental;
III. estimular a educação ambiental;
IV. identificar fontes poluidoras e estabelecer parâmetros para melhoria da qualidade de vida
urbana;
VI. definir áreas de preservação e proteção ambiental;
VII. compatibilizar crescimento urbano, uso do solo e áreas verdes;
IX. reestruturar o sistema de coleta de resíduos sólidos, conforme definido no art. 74 desta Lei;
X. recuperar as áreas “non aedificandi” e os cursos d' água, principalmente os Ribeirões da
Fartura, Pachola e Pavão;
Art. 64 - Para concretização das diretrizes para as políticas relativas ao meio ambiente deverão
ser adotados os seguintes procedimentos:
II. recomposição da mata ciliar nas áreas próximas aos Rios Lambari e Pará;
VI. criação do órgão municipal ambiental específico, destinado ao monitoramento, fiscalização e
controle ambiental, conforme previsto no artigo 139, inciso III, alínea c, desta Lei;
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VII. fiscalização e controle das fontes poluidoras e da degradação do meio ambiente, a partir
Zoneamento Ambiental previsto nos arts. 65 e 66 desta Lei;
VIII. cadastramento de técnicos e empresas habilitados para elaboração de estudos e
implantação de projetos ambientais e monitoramento de fontes poluidoras;
IX. promoção da educação ambiental, mediante políticas articuladas ao sistema educacional,
especialmente com vistas à redução dos índices de desmatamento e recomposição da cobertura
vegetal, principalmente nas margens dos córregos e morros;
X. estabelecimento de controle público sobre os parques, reservas ambientais e demais unidades
de conservação existentes ou criadas, de forma a garantir sua adequada manutenção e
preservação, com cuidados especiais para as reservas naturais situadas na ZPA prevista no artigo
13 desta Lei;
XII. implantação de sistema ágil de licenciamento integrado de atividades econômicas,
contemplando critérios urbanísticos ambientais, com vistas ao desenvolvimento sustentável do
Município;
XVI. inclusão, no projeto de arborização, previsto no inciso XV deste artigo, de recomposição da
vegetação nativa nas áreas próximas às nascentes e aos cursos d' água;
XIX. definição de taxa de permeabilidade do solo para fins de escoamento das águas pluviais e
melhoria do microclima local, conforme definido no art. 85, inciso II, desta Lei;
XX. criação do cinturão verde ao longo da Zona Industrial, prevista no art. 23 desta Lei;
Art. 66 - O Executivo Municipal realizará no prazo máximo de 2 (dois) anos, contados da data de
publicação desta Lei, os estudos necessários à definição do Zoneamento Ambiental do Município,
que deverão conter, no mínimo:
II. mapeamento das áreas de risco, especialmente as áreas de alta declividade, sujeitas à
inundação e aos processos erosivos;
III. cadastro e mapeamento das fontes poluidoras;
Art. 71 - A política de saneamento ambiental integrado tem como objetivo manter o meio
ambiente equilibrado, alcançando níveis crescentes de salubridade, por meio da gestão
ambiental, do abastecimento de água potável, da coleta e tratamento do esgoto sanitário, da
drenagem das águas pluviais e do manejo dos resíduos sólidos, promovendo a sustentabilidade
ambiental do uso e ocupação do solo.
Art. 72 - São diretrizes relativas à política de saneamento ambiental integrado:
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89
I. elaboração de Plano Diretor de Saneamento Básico, em prazo máximo de 2 (dois) anos,
contados da data da vigência desta Lei, baseado em diagnóstico preliminar adequado da
realidade e contemplando integralmente todas as dimensões da questão, no Município,
estabelecendo metas e prazos de referência para sua implantação;
IV. compatibilizar o desenvolvimento econômico, o crescimento urbano e o uso do solo com as
áreas de interesse ambiental paisagístico, observando os limites da sustentabilidade ambiental,
social e econômica do Município e do território sob sua área de influência;
V. assegurar à população o acesso a um sistema de coleta e tratamento adequado dos esgotos e
águas servidas, objetivando minimizar os índices de doenças de veiculação hídrica ou
relacionadas ao saneamento;
VI. adoção de soluções adequadas para a coleta e gestão de resíduos sólidos, objetivando a coleta
seletiva, reciclagem e redução da geração de lixo;
VII. estabelecer um Sistema de Gestão de Drenagem urbana das águas pluviais, objetivando o
equilíbrio sistêmico de absorção, retenção e escoamento das águas pluviais, de modo a evitar
inundações e a formação de voçorocas.
Art. 73 - Para concretização das diretrizes relacionadas à política de saneamento ambiental
integrado, deverão ser adotados os seguintes procedimentos, relativos ao esgotamento sanitário:
I. atendimento aos parâmetros e recomendações constantes do Plano Diretor de Saneamento
Básico previsto nesta Lei;
II. instalação dos interceptores em todos os cursos d'água no perímetro urbano e implantação de
estação de tratamento de esgotos;
III. elaboração de estudos sobre a eficiência da coleta dos esgotos;
IV. localização e eliminação de pontos onde a rede de drenagem pluvial esteja interligada às
redes de esgotos;
Art. 74 - Para concretização das diretrizes relativas à política de saneamento ambiental
integrado, deverá ser adotado um Programa de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos,
envolvendo:
I. atendimento aos parâmetros e recomendações constantes do Plano Diretor de Saneamento
Básico previsto nesta Lei;
II. revisão do sistema de varrição das vias públicas, com vistas a ampliar as áreas atendidas;
III. implementação de estudos de viabilidade de instalação de usinas de compostagem de resíduos
sólidos;
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90
IV. implementação da infraestrutura do aterro sanitário com capacidade física suficiente para um
período mínimo de 15 (quinze) anos;
V. regularização, nos termos da legislação ambiental vigente, dos depósitos clandestinos de
resíduos sólidos, designados popularmente como “bota-foras”, no perímetro urbano.
VI. revisão do sistema de coleta de resíduos sólidos domiciliares, promovendo a otimização e a
diminuição dos custos operacionais empregados e promovendo o reaproveitamento e reciclagem,
vinculada à organização associativa de catadores de materiais recicláveis, visando sua
comercialização.
Parágrafo único - O Poder Executivo Municipal deverá criar normas específicas com a finalidade
organizar e controlar os postos de coleta de resíduos sólidos recicláveis, existentes no Município,
de forma a assegurar boas condições sanitárias para a atividade e evitar transtornos aos
moradores.
Art. 75 - Para concretização das diretrizes relativas à política de saneamento ambiental
integrado, deverão ser adotados os seguintes procedimentos relativos ao abastecimento de água
tratada:
I. atendimento aos parâmetros e recomendações constantes do Plano Diretor de Saneamento
Básico previsto nesta Lei;
II. estudo de soluções específicas para as diversas demandas de abastecimento de água,
garantindo a regularidade;
III. revisão do sistema de abastecimento e tratamento de água em todos os bairros em que o
fornecimento for deficiente.
Art. 76 - A bacia hidrográfica do Rio Pará, localizada a montante da captação de água para
abastecimento público, deverá ser especialmente protegida, observando-se as seguintes
restrições mínimas:
I. Não serão permitidos usos que possam assorear os cursos d’água, especialmente a extração de
areia e outros que impliquem em grandes movimentos de terra;
II. Não será permitido uso do solo para atividades industriais potencialmente poluidoras, em
especial aquelas que produzam resíduos contaminantes;
III. Não será permitido o armazenamento de substâncias tóxicas em quantidade que coloque em
risco o abastecimento de água e a saúde da população do Município.
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91
Art. 78 - Para concretização das diretrizes relativas à política de saneamento ambiental
integrado, deverão ser adotados os seguintes procedimentos relativos ao sistema de drenagem
urbana:
I. atendimento aos parâmetros e recomendações constantes do Plano Diretor de Saneamento
Básico previsto nesta Lei;
II. criação da taxa de permeabilidade do solo na Lei de Uso e Ocupação do Solo Urbano, conforme
previsto nesta Lei;
III. elaboração de um plano para implantação do sistema de drenagem urbana, com o objetivo de
disciplinar o escoamento pluvial, em especial, nos bairros São Geraldo, Dom Bosco, Centro,
Prolongamento do Bairro Frei Paulo, São Marcos, Jéferson Batista de Freitas, Gumercinda
Martins, Marisa e Maria José do Amaral;
IV. realização de estudos que visem à restrição de ocupação das áreas inundáveis externas às
áreas de preservação permanente, localizadas principalmente nos bairros São Geraldo, Bairro
Industrial, José Silva de Almeida, Santa Luzia e Santana, delimitadas no Mapa 4 - anexo 2,
integrante desta lei.
Art. 88 - O Poder Executivo encaminhará à Câmara Municipal, em até 2(dois) anos após a
aprovação desta Lei, o projeto de Lei Ambiental contendo, no mínimo, as seguintes disposições:
III. definição de referências técnicas relativas aos níveis aceitáveis de poluição, em todas as suas
formas;
Art. 89 - O Poder Executivo encaminhará à Câmara Municipal, em até 2 (dois) anos após a
aprovação desta Lei, o Projeto de Lei referente à criação do Código Sanitário do Município,
contendo, no mínimo, as seguintes disposições:
I. incorporação de normas e parâmetros sanitários, já vigentes na legislação estadual e federal,
ou já normatizados, como referência para a legislação municipal;
II. reorganização da vigilância sanitária e epidemiológica, dentro dos padrões da ANVISA -
Agência Nacional de Vigilância Sanitária -, com capacidade para monitorar, atualizar, sempre que
necessário, e fiscalizar os dispositivos da lei aprovada.
Art. 94 – A implementação das políticas de desenvolvimento econômico no Município devem se
orientar pelos seguintes objetivos:
II. fortalecer a economia local com vistas à diversificação econômica;
III. incentivar a articulação da economia local à regional, à nacional e à internacional;
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92
V. atrair novos setores produtivos para o Município, em consonância com as tendências de
desenvolvimento regional;
Art. 95 - Para consecução de seus objetivos, as políticas de desenvolvimento econômico de Nova
Serrana deverão adotar as seguintes medidas:
X. incentivo ao turismo de negócios, orientando a adequada expansão de equipamentos,
instalações, serviços e atividades de apoio ao turismo;
XIII. incentivo aos empreendimentos econômicos, nas atividades de tratamento de dejetos,
reciclagem de resíduos e combate à poluição e reaproveitamento de materiais;
XVII. desenvolvimento de programas de fomento à agricultura familiar, incentivando o
associativismo e a adoção de tecnologias e práticas sustentáveis.
No Plano Diretor Municipal de Nova Serrana, os conteúdos são definidos por diretrizes,
objetivos e procedimentos para implementação. O texto destacou as temáticas de
saneamento ambiental e de recuperação ambiental. As abordagens, em regra, foram
realizadas por diretrizes. Apenas a parte de saneamento contém os três conteúdos. O
município teve o seu Plano Diretor de Saneamento, aprovado pela Lei nº 2064/2010,
porém o texto apenas declara que o Plano de Saneamento está instituído. Nova
Serrana também dispõe de Plano de Desenvolvimento sendo ele voltado para o
desenvolvimento do setor produtivo de calçados.
6.5. Passa Tempo
6.5.1. Contextualização do Município de Passa Tempo
Passa Tempo é um município localizado na sub-bacia hidrográfica do rio Pará e no
Centro-oeste de Minas Gerais. Segundo o IBGE Cidades56, o município apresentava, em
2010, uma população de aproximadamente 8.199 habitantes. Desse contingente,
6.387 pessoas ocupavam a zona urbana e 1.812 ocupavam a zona rural, apresentando
uma taxa de urbanização 77,9%. Possui uma área 430 Km2 e densidade demográfica é
de 19,10 hab/km². A via de acesso ao município se dá pela Rodovia MG 270 e o
56
Fonte: IBGE-Cidades, acessado em 09/12/2013.
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93
município se encontra a 129 km de Belo Horizonte. Possui os seguintes municípios
como limites: Piracema; Carmópolis de Minas; Oliveira; Resende Costa e Desterro de
Entre Rios. Passatempo foi fundado em 30 de Agosto de 1911 após se emancipar de
Oliveira.
Passatempo, segundo site da Assembleia Legislativa57, tem como característica de
relevo plano em 30%, ondulado em 30% e montanhoso em 40% do território. O ponto
mais alto é o Morro do Ferro com 1335m de altitude. O Rio Pará e o Ribeirão Passa
Tempo como seus principais cursos d’água. A característica geológica garante os
recursos minerais, determinados pela presença de Ferro e rochas ornamentais
(granitos). O município tem como principal domínio de vegetação a Mata Atlântica.58.
Segundo IBGE (2012)59, o município possui um total de 9 escolas de Ensino
Fundamental/ Médio e Pré Escolar, sendo 3 de ensino pré-escolar, 5 de ensino
fundamental e 1 de ensino médio.
A Secretaria Municipal de Saúde é responsável pelas ações do Sistema Único de Saúde
no município de Passa Tempo. Ela gerencia os programas e projetos, bem como a
execução das atividades de saúde pública no município.
O município apresenta o índice desenvolvimento humano – IDH considerado médio,
com resultado de 0,687 obtido em 2010, pela qualidade de vida60 que obteve uma taxa
57
Assembleia de Minas Gerais. Portal da ALMG. Municípios de Minas Gerais. Neste site são disponibilizadas informações sobre a divisão do Estado em macro e microrregiões; contatos das associações de municípios e de instituições governamentais. A ultima atualização no portal da ALMG: Junho de 2010. Consultado no site: http://www.almg.gov.br/consulte/info_sobre_minas/ em 16/12/2013. 58
Disponível em http://www.mg.gov.br/governomg/portal/c/governomg/conheca-minas/geografia/5668-clima-vegetacao-e-relevo/27208-vegetacao/5146/5044 59
Disponível em
http://cidades.ibge.gov.br/painel/educacao.php?lang=&codmun=314770&search=minas-gerais|passa-
tempo|infograficos:-escolas-docentes-e-matriculas-por-nivel , acessado em 10/12/2013. 60
Fonte: http://atlasbrasil.org.br/2013/consulta, acessado em 10/12/2013, acessado em 10/12/2013.
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94
de crescimento de 15,66%, seguida por Educação (com crescimento de 0,203%), e por
Longevidade e Renda.
A economia do município, conforme IBGE Cidade (2012), tem como principal atividade
o setor de serviços, seguido pelo setor industrial e, pelo setor agropecuário.
Gráfico 6.1 – Distribuição do Setor Econômico de Passa Tempo
Fonte: IBGE, 2012
Segundo o IBGE Cidade, o abastecimento de água atende a 75,11% da população e a
ALMG informa que a COPASA é a responsável pelo tratamento e distribuição de água
aos domicílios de Passa Tempo. Quanto ao serviço de esgotamento sanitário, o serviço
é realizado pela Prefeitura61, que apresenta um percentual de coleta de esgoto de
22,5%, porém, o esgoto é despejado totalmente in natura (sem tratamento prévio) nos
corpos d’água62. De acordo com o FEAM, o município de Passa Tempo não conta com
um Plano Municipal de Saneamento.
O Município apresenta um Sistema de Tratamento de Resíduos que atende 100% da
população63, sendo o material destinado a uma usina de triagem e compostagem.
61
Fonte: FEAM, http://www.feam.br/images/stories/minastrataesgoto/sumrio%20executivo%20bhrpa%20final.pdf, acessado em 12/12/2013 62
Fonte: FEAM 63
Fonte: GERUB/FEAM
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95
6.5.2. Plano Diretor Municipal de Passa Tempo
Após consulta ao site da Câmara Municipal de Passa Tempo e estabelecer contato com
órgãos da Prefeitura Municipal de Passa Tempo (Câmara Municipal, Gabinete da
Prefeitura e Secretaria Municipal de Educação), verificou-se que o município não
possui Plano Diretor Municipal.
6.6. São Gonçalo do Pará
6.6.1. Caracterização do Município de São Gonçalo do Pará
O Município se localiza na Bacia Hidrográfica do Rio Pará, no Centro Oeste de Minas
Gerais e faz limites com os municípios Conceição do Pará, Igaratinga, Carmo do Cajuru,
Divinópolis e Nova Serrana. De acordo com o IBGE Cidades64 (2012), o município ocupa
uma área de 266 km², com uma população de 10.398, densidade demográfica é de
39,13 habitantes por km² e apresenta o resultado de 0,744 no Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH).
As seguintes características físicas e biológicas do município foram apresentas pela
pagina oficial de Prefeitura65 de São Gonçalo do Pará. O clima definido para o
município é o tropical de altitude, temperado, sem invernos prolongados e sem verões
longos, com uma temperatura média anual de 22ºC. O relevo é semi-montanhoso,
apresenta 30% da topografia plana, 60% de ondulada e 10% montanhosa. O índice
pluviométrico anual é de 1.500mm.
64
IBGE Cidades. Informações obtidas no site do IBGE, referente aos dados gerais do município, pelo site http://cidades.ibge.gov.br/painel/painel.php?lang=&codmun=316180&search=minas-gerais|sao-
goncalo-do-para|infograficos:-dados-gerais-do-municipio em 03/12/2013. 65 Prefeitura de São Gonçalo do Pará. História. Perfil da Cidade. Características Geográficas.
Informações obtidas pelo pagina oficial da Prefeitura Municipal de S. Gonçalo do Pará:
http://www.saogoncalodopara.mg.gov.br/index.asp?c=padrao&modulo=conteudo&url=27 , em
03/12/2013.
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96
A vegetação típica é de cerrado, coberto por vegetação rasteira. As florestas da região,
a maioria, foram devastadas para uso de lenha pela indústria e para consumo
doméstico. O solo é de formação quaternária, com predominância vulcânica
superficial, no qual oferece uma conotação fértil.
Ainda pelo site da Prefeitura, o município é banhado pelos rios Pará e São João. Ambos
fazem parte da Bacia do Rio São Francisco. No perímetro urbano há duas lagoas, a
Lagoa da Bagagem e Lagoa da Biquinha. O Córrego da Biquinha deságua no Córrego do
Pinto, que por sua vez deságua no Rio Pará.
O sistema de abastecimento de água da cidade é operado pela COPASA desde 1983. A
água é captada no Ribeirão dos Morais e tratada em uma Estação de Tratamento do
tipo convencional. O manancial da COPASA é formado por uma bacia hidrográfica cuja
extensão é de 109 km² (Site: Prefeitura de São Gonçalo do Pará, 03/12/13). No
Município 3.968 unidades recebem água, sendo 1.480m³ de água tratada de forma
convencional, 50m³ sem tratamento, 171m³ com simples desinfecção (cloração e
outros).
A Gestão Municipal do Saneamento Básico conta com serviço de manejo de resíduos
sólidos e a Prefeitura é a única executora.
De acordo com IBGE Cidade (op.cit), na área da Saúde, São Gonçalo do Pará possui oito
estabelecimentos de saúde municipais, uma Unidade de Pronto Atendimento, porém
não possui hospital. Na área da educação são 7 escolas municipais, sendo um Centro
de Educação Infantil (creche, 1º e 2º períodos); quatro em zona rural do 1º ao 5º
períodos e outras duas de 1º ao 5º períodos, totalizando atendimento a 1.183 alunos.
São duas Escolas estaduais, sendo uma Escola de Jovens e Adultos – CESEC, com cursos
técnicos, alfabetização de adultos com uma média de 459 alunos e, por último, uma
escola de ensino fundamental (do 6º ao 9º períodos) e ensino médio, onde ministram
também o curso de Magistério, num total de 1.123 alunos.
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97
O SENAI está presente na sede do Município com 75 alunos e a Prefeitura trabalha em
parceria com o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego –
PRONATEC, com 90 alunos matriculados em cursos de aperfeiçoamento.
6.6.2. Plano Diretor Municipal de São Gonçalo do Pará
O Plano Diretor do Município de São Gonçalo do Pará foi aprovado através de Lei
Municipal nº 1445, em 2010. O documento é composto por 10 títulos. O primeiro
define as disposições preliminares; o segundo, o ordenamento do território; o terceiro,
os instrumentos da política municipal, o quarto contempla as políticas municipais, o
quinto estabelece a infraestrutura, dos serviços urbanos e dos equipamentos públicos
municipais, o sexto título realizou a elaboração, revisão ou revogação da legislação
urbanística; o título sete aborda as políticas de desenvolvimento econômico e social; o
oitavo retrata o processo de construção do Plano; o nono regulamenta as políticas de
integração regional e o ultimo título estabelece as disposições finais e transitórias para
o instrumento.
O Plano Diretor do Município de São Gonçalo do Pará apresenta as seguintes diretrizes
que se articulam com o Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pará, a
saber:
Art. 59. As políticas relativas ao meio ambiente têm como diretriz possibilitar a conservação dos
recursos naturais e o desenvolvimento socioeconômico e ambiental.
Art. 60. Para concretização à diretriz para as políticas relativas ao meio ambiente deverão ser
adotados os seguintes procedimentos:
III – criação de parcerias com órgãos ambientais competentes, setor industrial e sociedade civil
para disseminação de projeto de recomposição da mata ciliar em todos os corpos hídricos do
Município, incluindo as nascentes, delimitando as faixas “non aedificandi”;
IV – Controle sobre os movimentos de terra e botas-fora, a fim de evitar o assoreamento dos
corpos hídricos e o desencadeamento de processos erosivos bem como estimular a recomposição
das áreas comprometidas em virtude da supressão da cobertura vegetal;
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98
V – instituição de programa de educação ambiental formal e não formal;
VII – adoção de programas de assistência técnica de modo a orientar a população rural quanto
implantação de fossas sépticas e ao posicionamento das fossas no sentido de evitar a
contaminação dos recursos hídricos;
VIII – viabilização, através de cooperação com outras instituições ou de forma direta pelo poder
público executivo municipal, o acesso de produtor rural às técnicas de manejo ambientalmente
sustentáveis, minimizando os impactos ambientais das atividades agropastoris;
Art. 66 - A política de saneamento ambiental integrado tem como objetivo manter o meio
ambiente equilibrado, alcançando níveis crescentes de salubridade, por meio da gestão
ambiental, do abastecimento de águas potável, da coleta e tratamento do esgoto sanitário, da
drenagem das águas pluviais e do manejo dos resíduos sólidos, promovendo a sustentabilidade
ambiental do uso e ocupação do solo.
Art. 67 São diretrizes relativas à política de saneamento ambiental integrado:
I – garantir o funcionamento do sistema de microdrenagem, possibilitar a infiltração de águas
pluviais;
II – conservar a qualidade do solo e das águas superficiais;
III – minimizar os impactos decorrentes do carreamento do solo
IV – garantir a melhora da saúde coletiva e a conservação e/ou a preservação do meio ambiente;
e
V – garantir as condições de saúde prevista na Lei Federal de Saneamento.
Art. 68. Para concretização das diretrizes relacionadas à política de saneamento ambiental
integrado, deverão ser adotados os seguintes instrumentos:
I – mapeamento e cadastro das rede de coleta, contemplando informações como, sentido de
fluxo, diâmetro, profundidade de rede, poços de visitas, estações elevatórias e os pontos de
lançamentos;
II – eliminação dos pontos de redes presentes em terrenos particulares;
III – elaboração de Plano Diretor de Esgotos;
IV – implementação de medidas de fiscalização para garantia do sistema separador absoluto;
VI – implantação de interceptores junto aos cursos d`água;
VII – definição e implantação do sistema de tratamento de esgoto, bem como definição da área
destinada ao tratamento sugerido;
GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos – SISEMA Instituto Mineiro de Gestão das Águas – IGAM
99
VIII – elaboração de projetos, mediante estudo prévio, para a implantação de coletores,
interceptores e tratamento na comunidade rural de Quilombo do Gaia;
XI – revisão do sistema de coleta do resíduo séptico com a utilização de veículo adequado; e
XII – obrigatoriedade de criação de sistema de tratamento de esgoto próprio e de
responsabilidade das indústrias que gerem resíduos líquidos causadores de danos ambientais.
Art. 69. Para concretização das diretrizes relativas à política de saneamento ambiental integrado
relativa ao manejo dos resíduos sólidos deverão ser adotados os seguintes instrumentos:
I – elaboração de propostas e implementação de programas ambientais, que levem a população a
repensar e reduzir a geração de lixo na fonte;
II – elaboração de projeto de coleta, que contemple a análise sobre o volume de freqüência, de
forma a minimizar o descarte em locais inadequados;
III – estabelecimento da proibição da disposição dos resíduos da construção civil em voçorocas,
nascentes e cursos de água;
IV – designação de área licenciada destinada à deposição de resíduos popularmente chamados
“bota-foras”;
V – controle dos resíduos sólidos industriais com a destinação ambientalmente adequada,
adotando mecanismos de responsabilização para as indústrias geradoras de poluentes que não
cumprirem a destinação correta;
VI – criação de rotina de coleta de lixo nas comunidades rurais do Município; e
VII – implementação de serviço de manutenção e limpeza de córregos, canais e galerias pluviais,
observando a legislação ambiental em vigor.
Art. 70. Para concretização das diretrizes relativas à política de saneamento ambiental integrado,
deverão ser adotados os seguintes procedimentos relativos ao abastecimento de água tratada:
I – instalação de redes com dimensões adequadas junto ao Distrito Industrial e aos bairros, na
medida em que forem sendo ocupados;
II – substituição das redes e conexões em ferro fundido e em cimento amianto localizado na
região central e nos trechos de bairros (...);
III – mapeamento e cadastramento das rede de adução e distribuição de água potável, bem como
das informações das unidades de tratamento e reservação do sistema de abastecimento público
das comunidades rurais;
IV – criação de autarquias para gestão da água nas comunidades rurais; e
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100
Art. 71 – Para concretização das diretrizes relativas à política de saneamento ambiental
integrado, deverão ser adotados os seguintes procedimentos relativos ao sistema de drenagem
urbana:
I – delimitação e implementação das áreas de preservação permanente ao longo dos cursos de
água urbanos e rurais, com faixas de 30 (trinta) metros de cada margem;
II – elaboração de estudos para a implantação de parques lineares ao longo de APPs: Áreas de
Preservação Permanente;
III – implementação de rotina de serviços de fiscalização e notificação para obrigar os
proprietários a manterem os lotes vagos limpos; e
IV – estabelecimento de multas aos proprietários de lotes baldios sujos.
Art. 82. O Poder Executivo encaminhará à Câmara Municipal, em até 18 meses após a entrada em
vigor deste Plano Diretor, o projeto de Lei referente à criação do Código Sanitário do Município
que deverá obedecer aos princípios e diretrizes estabelecidos neste Plano Diretor e na Lei
Orgânica do Município, visando dentre outros instrumentos:
I – incorporação das normas e parâmetros sanitários já vigentes na legislação estadual e federal,
ou já normatizado, como referência para a legislação municipal; e
II – reorganização da vigilância sanitária e epidemiológica, dentro dos padrões da ANVISA –
Agência Nacional de Vigilância Sanitária, com capacidade para monitorar, atualizar sempre que
necessário, e fiscalizar os dispositivos da lei aprovadas.
6.7. ANÁLISE COMPARATIVA DO PLANO DIRETOR DE RECURSOS HIDRICOS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PARÁ COM OS PLANOS DIRETORES MUNICIPAIS
O cenário de interação entre Plano Diretor de Recursos Hídricos da bacia hidrográfica
do rio das Pará e os Planos Diretores Municipais encontra-se definido pela tabela (6.2).
Nota-se que os municípios apresentam diretrizes alinhadas aos programas de gestão
da bacia definido pelo PDRH Pará, a exceção de Passa Tempo, do qual não possui Plano
Diretor Municipal. Outro critério analisado, que diferente da Bacia do rio das Velhas,
foi a proposição de objetivos para as diretrizes. Conforme resultados, foram propostos
diretrizes e objetivos nos PDMs apenas para os municípios de Nova Serrana e São
Gonçalo do Pará.
GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos – SISEMA Instituto Mineiro de Gestão das Águas – IGAM
101
Na análise da linha do tempo, representada pelo gráfico 6.2, percebeu-se que dos
quatro instrumentos de gestão municipal, apenas o Município de São Gonçalo do Pará
teve o seu Plano Diretor Municipal aprovado posterior ao PDRH Pará (2008), porém
isso não representou um maior arranjo entre as diretrizes do Plano de gestão
municipal e os programas do Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia do rio Pará.
Gráfico 6.2 – Linha do Tempo: PDRH Pará versus PDM
PDRH Pará 2008
PDM Para de Minas 2006
PDM Itauna 2007
PDM Nova Serrana 2007
PDM São Gonçalo do Pará 2010
PDM Passa Tempo -
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102
Tabela 6.2. - Articulação dos Programas do Plano Diretor da Bacia do Rio do Pará com os Planos Diretores Municipais
Diretrizes Objetivos Diretrizes Objetivos Diretrizes Objetivos Diretrizes Objetivos Diretrizes Objetivos
x
x
Universalização da Coleta e destinação do Residuo Sólido x x x x x x
x x x x x x
x x x x x x
Elab. Plano Revit, recup, e Conservação hidroambiental bacias x x x
x x x
Capacitação de Pref. Municipais para projetos de Rec Hid
x
Complem e revisao do Cadastro de Usuários e de outorgas x
x x x x
Proj. acomp. Do Atingimento de Metas para racionaliz. Usos agua
Complem. e aprimoramento desenvolv. estudos hidrológicos
x x x
x x x x
x x x x
x x x x
x
x
Estabelecimento de indicadores de desemp de fiscal e monit x
x
x x x
x x x
x x x
Plano de manejo dos recursos hídricos ao abastecimento x x x
x
Plano de conservação do solo - controle erosão e assoreamento x x x x
x
Manejo integrado de sub-bacias e microbacias
Construção de barragens de acum. De água, desvio de aguas (cacimbas e
Aprimoramento do Sist de Informação
PDM Nova Serrana PDM São G. do Pará
Estabelecimento de indicadores socioeconomicos
Plano Integrado de gestão de residuos solidos
Plano Integrado de saneamento urbano e rural
Plano Integrado de drenagem (aguas pluviais)
Plano de manejo dos recursos hídricos a irrigação
Plano de manejo dos recursos hidricos ao uso rural
Revegetação em áreas de matas ciliares
Ampliação de rede agrometeorológica
Ampliação de rede pluviométrica
Ampliançã de rede fluviométrica
Ampliação de rede de qualidade
Implantação do sistema de alerta a enchentes
Transf. Do enquadram. Em Delib. Normativa
Projeto de Educação Ambiental
Levantamento da capacidade de autodepuração dos rios
Criação de Unidades de Conservação
Recuperação de APP, reflorest e reveget de areas degradadas (topo de
Cercamento de nascentes e revegetação
Fortalecimento do CBH do Pará
Criação de convenios de cooperação técnica
Universalização da coleta de esgoto
Construção de Estação de Tratamento de Esgoto
Estudos específicos de projeções socioeconomicas
Desenvolvimento de Plano Turistico
PDRH DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PARÁ PDM Pará de Minas PDM Itauna PDM Passa Tempo
PROGRAMAS
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103
As diretrizes mais comuns aos PDMs e que se alinham ao PDRH da Bacia do rio Pará,
estão determinados pela política de saneamento ambiental e de recuperação
ambiental. Isso permite dizer que as diretrizes municipais atendem aos programas do
Plano de gestão da Bacia nos aspectos urbanos e rurais.
As diretrizes alinhadas aos programas de saneamento básico, como o abastecimento
público, esgotos sanitários, tratamento de efluentes domésticos e rede de drenagem
pluvial, ou aos Programas de Planos Emergenciais, como Plano Integrado de Resíduos
Sólidos, Plano Integrado de saneamento urbano e rural ou Plano Integrado de
Drenagem, tiveram uma boa difusão de abordagem pelos Municípios.
Um programa destacado pelo Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia do rio Pará e
que se mostrou presente dentre as diretrizes nos quatro municípios foi à necessidade
de se estabelecer medidas ou plano de controle de erosão e assoreamento.
A tabela 6.2 ainda demonstra que 11 (onze) programas do PDRH da Bacia do Rio Pará
não foram citados por nenhum dos quatro Planos Diretores Municipais. Para estas
ocorrências percebeu-se que os programas referem-se a atividades específicas de
Estado, como por exemplo: ampliação de rede hidrológica, ampliação de rede
pluviométrica, ampliação de rede fluviométrica, etc. O entendimento destas atividades
serem tratadas como função específica de Estado, não implica em impedimentos para
que os municípios proponham diretrizes voltadas para este fim, inclusive, entendemos
que tal medida reforçaria e ampliaria a gestão compartilhada entre os diferentes entes
do Estado.
Na análise do grau de inter-relação dos programas do Plano Diretor de Recursos
Hídricos da Bacia Hidrográfica do rio Pará com os Planos Diretores Municipais nota-se
que 69% dos programas foram contemplados pelas diretrizes dos Planos Municipais,
conforme gráfico 6.3. O município de Nova Serrana é o que apresentou o maior
número de diretrizes alinhadas aos programas do Plano de Bacia. Pará de Minas é o
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104
município que apresentou menor percentual interlocução entre os instrumentos, com
descarte de Passa Tempo, que não possui Plano Diretor Municipal.
Gráfico 6.3 – Percentual de diretrizes alinhadas aos Programas dos PDRH Pará
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
Total de Diretrizes
PDM N.Serrana
PDM Itauna PDM Pará de Minas
PDM Passa Tempo
Outra avaliação interessante são os programas que tiveram maior recorrência de
diretrizes pelos Planos Diretores Municipais e os ausentes, como se observa no gráfico
6.4.
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105
Gráfico 6.4 – Ocorrência de Programas do PDRH Pará por Municípios
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Cercamento de nascentes e revegetação
Construção de Estação de Tratamento de Esgoto
Plano de conservação do solo - controle erosão e …
Projeto de Educação Ambiental
Recuperação de APP e revegetaçao (topo de morros e …
Revegetação em áreas de matas ciliares
Universalização da coleta de esgoto
Universalização da Coleta e destinação do Residuo Sólido
Criação de Unidades de Conservação
Elab. Plano Revit, recup, e Conservação hidroambiental bacias
Estudos específicos de projeções socioeconomicas
Plano de manejo dos recursos hídricos ao abastecimento
Plano Integrado de drenagem (aguas pluviais)
Plano Integrado de gestão de residuos solidos
Plano Integrado de saneamento urbano e rural
Fortalecimento do CBH do Pará
Ampliação de rede de qualidade
Aprimoramento do Sist de Informação
Complem e revisao do Cadastro de Usuários e de outorgas
Criação de convenios de cooperação técnica
Desenvolvimento de Plano Turistico
Estabelecimento de indicadores de desemp de fiscal e monit
Estabelecimento de indicadores socioeconomicos
Implantação do sistema de alerta a enchentes
Plano de manejo dos recursos hidricos ao uso rural
Ampliação de rede agrometeorológica
Ampliação de rede pluviométrica
Ampliançã de rede fluviométrica
Capacitação de Pref. Municipais para projetos de Rec Hid
Complem. e aprimoramento desenvolv. estudos hidrológicos
Construção de barragens de acum. De água, desvio de …
Levantamento da capacidade de autodepuração dos rios
Manejo integrado de sub-bacias e microbacias
Plano de manejo dos recursos hídricos a irrigação
Proj. acomp. de Metas para racionaliz. Usos agua
Transf. Do enquadram. Em Delib. Normativa
Série1
Como destacado anteriormente, observa-se que os programas de recuperação
ambiental, tanto na área urbana, como saneamento básico, quanto na área rural,
como a recuperação de áreas de proteção permanente, as diretrizes dos planos
diretores municipais tem se preocupado em atender a demanda do Plano Diretor de
Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pará. Nesta análise encontramos 8 programas
atendidos pelas diretrizes, com ocorrência nos quatros municípios que possuem Planos
Diretores Municipais.
Dado a classificação, o segundo grupo com diretrizes alinhadas ao Plano Diretor de
Recursos Hídricos são determinados por dois programas: Elaboração de Planos de
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106
Revitalização, Recuperação e Conservação Hidroambiental e a Criação de Unidades de
Conservação, que se mostraram presente em três dos cinco municípios analisados.
Cinco programas (ações) alinhados ao componente plano emergencial mostraram-se
como preocupação de dois dos cinco municípios analisados. Percebe-se também pelo
gráfico que 11 (onze) programas não foram citados por nenhum dos cinco municípios,
a partir de suas diretrizes. Por fim, 10 (dez) programas foram citados, na forma de
diretrizes, por pelo menos um dos Planos Diretores Municipais.
Na análise específica por municípios, o primeiro arranjo avaliado foi do município de
Nova Serrana, representado pela tabela (6.3). Nela se observa as diretrizes do Plano
Diretor Municipal alinharam-se a 53% dos programas do Plano Diretor de Recursos
Hídricos da Bacia do rio Pará.
A maior parte das diretrizes está voltada para o saneamento básico e para a
recuperação ambiental. Destacam-se as diretrizes voltas para a universalização da
coleta de esgoto, da coleta de resíduos sólidos e de recuperação de vegetação de
topos de morros, matas ciliares e de nascentes de água. O Plano Diretor de Nova
Serrana estabeleceu objetivos de implementação para a área de saneamento básico.
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107
Tabela 6.3 – Comparativa do PDRH Pará com o PDM de Nova Serrana
Diretrizes Objetivos
Universalização da Coleta e destinação do Residuo Sólido x x
x x
x x
Elab. Plano Revit, recup, e Conservação hidroambiental bacias x
x
Capacitação de Pref. Municipais para projetos de Rec Hid
Complem e revisao do Cadastro de Usuários e de outorgas x
x
Proj. acomp. Do Atingimento de Metas para racionaliz. Usos agua
Complem. e aprimoramento desenvolv. estudos hidrológicos
x
x
x
x
x
x
Estabelecimento de indicadores de desemp de fiscal e monit x
x
x
x
x
Plano de manejo dos recursos hídricos ao abastecimento x
Plano de conservação do solo - controle erosão e assoreamento x
Desenvolvimento de Plano Turistico
PDRH DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PARÁ
PROGRAMAS
Fortalecimento do CBH do Pará
Criação de convenios de cooperação técnica
Universalização da coleta de esgoto
Construção de Estação de Tratamento de Esgoto
Estudos específicos de projeções socioeconomicas
Implantação do sistema de alerta a enchentes
Transf. Do enquadram. Em Delib. Normativa
Projeto de Educação Ambiental
Levantamento da capacidade de autodepuração dos rios
Criação de Unidades de Conservação
Recuperação de APP, reflorest e reveget de areas degradadas (topo de
Cercamento de nascentes e revegetação
Manejo integrado de sub-bacias e microbacias
Construção de barragens de acum. De água, desvio de aguas (cacimbas e
Aprimoramento do Sist de Informação
PDM Nova Serrana
Estabelecimento de indicadores socioeconomicos
Plano Integrado de gestão de residuos solidos
Plano Integrado de saneamento urbano e rural
Plano Integrado de drenagem (aguas pluviais)
Plano de manejo dos recursos hídricos a irrigação
Plano de manejo dos recursos hidricos ao uso rural
Revegetação em áreas de matas ciliares
Ampliação de rede agrometeorológica
Ampliação de rede pluviométrica
Ampliançã de rede fluviométrica
Ampliação de rede de qualidade
O Plano Diretor Municipal de Para de Minas enquadrou as suas diretrizes em 31% dos
programas do Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia do rio Pará. A tabela 6.4
demonstra que o Plano Diretor Municipal de Pará de Minas não estabeleceu objetivos
para nenhuma das diretrizes. O saneamento básico e a recuperação ambiental foram
os principais pontos abordados pelo Plano Diretor Municipal.
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108
Tabela 6.4 - Comparativa do PDRH Pará com o PDM de Pará de Minas
PDRH DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PARÁ PDM Pará de Minas
PROGRAMAS Diretrizes Objetivos
Fortalecimento do CBH do Pará
Criação de convenios de cooperação técnica
Universalização da Coleta e destinação do Residuo Sólido x
Universalização da coleta de esgoto x
Construção de Estação de Tratamento de Esgoto x
Elab. Plano Revit, recup, e Conservação hidroambiental bacias x
Estudos específicos de projeções socioeconomicas x
Capacitação de Pref. Municipais para projetos de Rec Hid
Desenvolvimento de Plano Turistico
Complem e revisao do Cadastro de Usuários e de outorgas
Transf. Do enquadram. Em Delib. Normativa
Projeto de Educação Ambiental x
Proj. acomp. Do Atingimento de Metas para racionaliz. Usos agua
Complem. e aprimoramento desenvolv. estudos hidrológicos
Levantamento da capacidade de autodepuração dos rios
Criação de Unidades de Conservação x
Recuperação de APP, reflorest e reveget de areas degradadas (topo x
Cercamento de nascentes e revegetação x
Revegetação em áreas de matas ciliares x
Ampliação de rede agrometeorológica
Ampliação de rede pluviométrica
Ampliançã de rede fluviométrica
Ampliação de rede de qualidade
Implantação do sistema de alerta a enchentes
Estabelecimento de indicadores de desemp de fiscal e monit
Estabelecimento de indicadores socioeconomicos
Plano Integrado de gestão de residuos solidos
Plano Integrado de saneamento urbano e rural
Plano Integrado de drenagem (aguas pluviais)
Plano de manejo dos recursos hídricos a irrigação
Plano de manejo dos recursos hídricos ao abastecimento
Plano de manejo dos recursos hidricos ao uso rural
Plano de conservação do solo - controle erosão e assoreamento x
Manejo integrado de sub-bacias e microbacias
Construção de barragens de acum. De água, desvio de aguas
Aprimoramento do Sist de Informação
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Itaúna apresentou propostas de diretrizes alinhadas ao Plano Diretor de Recursos
Hídricos em 39% das possibilidades. Assim como os anteriores, a maior parte dos
programas está voltada para o saneamento e a recuperação ambiental (recuperação
de áreas degradadas). Este Plano Diretor Municipal definiu diretrizes que o distingue
dos demais, conforme descreve a tabela 6.5. Nota-se a proposta de diretrizes que
reforça a importância do Município em participar do Comitê de Bacia Hidrográfica do
rio Pará, a importância de se estabelecer convênios de cooperação técnica e do
município possui o sistema de informações que agregue dados, inclusive, de recursos
hídricos para promover a melhor gestão de seu território.
Tabela 6.5 - Comparativa do PDRH Pará com o PDM de Itaúna
Diretrizes Objetivos
x
x
Universalização da Coleta e destinação do Residuo Sólido x
x
x
Elab. Plano Revit, recup, e Conservação hidroambiental bacias
x
Capacitação de Pref. Municipais para projetos de Rec Hid
x
Complem e revisao do Cadastro de Usuários e de outorgas
x
Proj. acomp. Do Atingimento de Metas para racionaliz. Usos agua
Complem. e aprimoramento desenvolv. estudos hidrológicos
x
x
x
x
Estabelecimento de indicadores de desemp de fiscal e monit
Plano de manejo dos recursos hídricos ao abastecimento
Plano de conservação do solo - controle erosão e assoreamento x
x
Construção de barragens de acum. De água, desvio de aguas
Aprimoramento do Sist de Informação
PDM Itauna
Plano Integrado de saneamento urbano e rural
Plano Integrado de drenagem (aguas pluviais)
Plano de manejo dos recursos hídricos a irrigação
Plano de manejo dos recursos hidricos ao uso rural
Manejo integrado de sub-bacias e microbacias
Ampliançã de rede fluviométrica
Ampliação de rede de qualidade
Implantação do sistema de alerta a enchentes
Estabelecimento de indicadores socioeconomicos
Plano Integrado de gestão de residuos solidos
Criação de Unidades de Conservação
Recuperação de APP, reflorest e reveget de areas degradadas (topo
Cercamento de nascentes e revegetação
Revegetação em áreas de matas ciliares
Ampliação de rede agrometeorológica
PDRH DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PARÁ
PROGRAMAS
Fortalecimento do CBH do Pará
Criação de convenios de cooperação técnica
Universalização da coleta de esgoto
Construção de Estação de Tratamento de Esgoto
Estudos específicos de projeções socioeconomicas
Desenvolvimento de Plano Turistico
Transf. Do enquadram. Em Delib. Normativa
Projeto de Educação Ambiental
Levantamento da capacidade de autodepuração dos rios
Ampliação de rede pluviométrica
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110
O Plano Diretor Municipal de São Gonçalo do Pará é o de data mais recente dentre os
instrumentos de gestão analisados. As diretrizes se mostraram alinhadas à 36% dos
programas definidos pelo Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pará, de
acordo com a tabela 6.6. Este Plano Diretor Municipal se distingue dos demais, pois
propõe objetivos para todas diretrizes voltadas ao saneamento básico. Outro aspecto
interessante a destacar, foram os Planos Emergenciais estabelecidos pelo Plano
Diretor da Bacia do rio Pará e que o instrumento de gestão municipal de São Gonçalo
do Pará propõe diretrizes e objetivos. Exemplos dos Planos Emergenciais:
- Plano Integrado de gestão de resíduos sólidos
- Plano Integrado de saneamento urbano e rural;
- Plano Integrado de drenagem (águas pluviais)
Tabela 6.6 - Comparativa do PDRH Pará com o PDM de São Gonçalo do Pará
Diretrizes Objetivos
Universalização da Coleta e destinação do Residuo Sólido x x
x x
x x
Elab. Plano Revit, recup, e Conservação hidroambiental bacias x
Capacitação de Pref. Municipais para projetos de Rec Hid
Complem e revisao do Cadastro de Usuários e de outorgas
x
Proj. acomp. Do Atingimento de Metas para racionaliz. Usos agua
Complem. e aprimoramento desenvolv. estudos hidrológicos
x
x
x
Estabelecimento de indicadores de desemp de fiscal e monit
x x
x x
x x
Plano de manejo dos recursos hídricos ao abastecimento x x
x
Plano de conservação do solo - controle erosão e assoreamento x
Aprimoramento do Sist de Informação
PDM São G. do Pará
Plano Integrado de drenagem (aguas pluviais)
Plano de manejo dos recursos hídricos a irrigação
Plano de manejo dos recursos hidricos ao uso rural
Manejo integrado de sub-bacias e microbacias
Construção de barragens de acum. De água, desvio de aguas
Ampliação de rede de qualidade
Implantação do sistema de alerta a enchentes
Estabelecimento de indicadores socioeconomicos
Plano Integrado de gestão de residuos solidos
Plano Integrado de saneamento urbano e rural
Cercamento de nascentes e revegetação
Revegetação em áreas de matas ciliares
Ampliação de rede agrometeorológica
Ampliação de rede pluviométrica
Ampliançã de rede fluviométrica
PDRH DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PARÁ
PROGRAMAS
Fortalecimento do CBH do Pará
Criação de convenios de cooperação técnica
Universalização da coleta de esgoto
Construção de Estação de Tratamento de Esgoto
Estudos específicos de projeções socioeconomicas
Desenvolvimento de Plano Turistico
Transf. Do enquadram. Em Delib. Normativa
Projeto de Educação Ambiental
Levantamento da capacidade de autodepuração dos rios
Criação de Unidades de Conservação
Recuperação de APP, reflorest e reveget de areas degradadas
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111
7 – Considerações Finais
Os resultados encontrados foram de que a qualidade das águas nestes municípios
críticos não se deve a ausência de instrumentos gestores territoriais ou de recursos
hídrico, sendo que ambos os instrumentos (PDRH e PDM) estabelecem programas ou
diretrizes para promoção da manutenção ou melhora da qualidade das águas.
Nos Planos Municipais destacaram as diretrizes que privilegiam ações, sobretudo, no
saneamento básico e na recuperação ambiental (revegetação de matas ciliares,
nascentes e topos de morros), se mostram alinhadas aos programas dos Planos
Diretores de Recursos Hídricos.
Percebeu-se que alguns programas dos Planos Diretores de Recursos Hídricos não
tiveram diretrizes observadas nos Planos Diretores Municipais, a destacar a rede de
monitoramento e controle de qualidade das águas (licenciamento ou enquadramentos
de corpos de água), ampliação de redes pluvio e fluviométricas, estudos hidrológicos e
de disponibilidades hídricas, capacitação de municípios, etc. Este fato deve-se as
competências das atividades, estabelecidas para o Estado e/ou a União.
Um aspecto positivo, apesar de incipiente, foi à proposição de diretrizes pelos Planos
Diretores Municipais para fortalecimentos dos Comitês de Bacias Hidrográficas. Esta
diretriz esteve presente nos Planos Diretores Municipais de Caeté, Sabará e Sete
Lagoas, na Bacia do rio das Velhas, e no Município de Itaúna, na Bacia Hidrográfica do
Rio Pará.
A partir das considerações apresentadas, conclui-se que a importância dos
instrumentos de gestão (municipal e de bacia) é a articulação firmada entre eles. Para
que isso ocorra, devem os Planos nos seus processos de atualização consultar os
quesitos que favorecem a promoção da melhoria ou manutenção da qualidade e da
disponibilidade hídrica de suas bacias.
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112
Além disso, esta temática reforça a necessidade, como já abordada por alguns
municípios, da aproximação dos Comitês de Bacias Hidrográficas com as prefeituras
Municipais, para que seja consolidado o entrelaço da gestão de recursos hídricos com
as políticas públicas municipais. Tem-se que esta ação promoverá e facilitará a gestão
integrada dos recursos hídricos e dos territórios (bacia e Município), tornando-a mais
participativa e descentralizada.
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113
8. Referências Bibliográficas
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