análise bibliométrica sobre o tema marca em pesquisa de ... · tópico em pesquisa de negócios e...

21
Análise bibliométrica sobre o tema marca em pesquisa de gestão e negócios Área temática: Gestão Estratégica de Riscos Julio Silva Jr [email protected] Onésimo Cardoso [email protected] Ana Lucia Novais [email protected] Cleonice Nascimento [email protected] Resumo: A partir da década de 90, o termo branding - referente à marca, construção e processo de gerenciamento - adquire uma discussão significativa no debate acadêmico. De acordo com as intensas relações nos mercados, a discussão sobre o tema se intensifica com o fenômeno da globalização e, diante disso, as empresas têm se esforçado para criar, sustentar e se adaptar tanto no aspecto da sua marca corporativa quanto em seu portifólio de marcas. Este artigo tem por objetivo verificar as atuais tendências de estudo na literatura acadêmica sobre branding, como um tópico em pesquisa de negócios e gestão, por meio da utilização da técnica de análise bibliométrica, a fim de se obter uma visão geral da abordagem no período de 1995 a 2015, bem como para compreender que outros tópicos têm sido associados a marcas e como estes podem ser considerados relevantes para os estudos globais de branding. A análise dos dados inclui abordagens qualitativas e quantitativas. É pertinente afirmar que em termos de pesquisa qualitativa os aspectos que envolvem a marca e suas associações foram tratados no que tange a conteúdo, palavras-chave e relevância. Em relação aos dados quantitativos, as variáveis adotadas são mencionadas como seguem: autores, títulos, fontes de publicação, número total de publicações, ano de publicação, instituições principais, línguas e países. Todos os dados foram recuperados pelo ISI Web of Science, com foco em revistas principais, bem como seu fator de impacto, através do Journal of Citation Report (JCR). A metodologia neste artigo implica a obtenção de dados do ISI Web of Science, exibindo os periódicos mais referidos e descrevendo os autores mais prolíficos, como uma forma de analisar as tendências de pesquisa e caminhos para estudos futuros. Palavras-chave:. branding, negócios, gestão, análise bibliométrica. ISSN 1984-9354

Upload: lamhanh

Post on 10-Nov-2018

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Análise bibliométrica sobre o tema marca em pesquisa de

gestão e negócios

Área temática: Gestão Estratégica de Riscos

Julio Silva Jr

[email protected]

Onésimo Cardoso

[email protected]

Ana Lucia Novais

[email protected]

Cleonice Nascimento

[email protected]

Resumo: A partir da década de 90, o termo branding - referente à marca, construção e processo de gerenciamento -

adquire uma discussão significativa no debate acadêmico. De acordo com as intensas relações nos mercados, a

discussão sobre o tema se intensifica com o fenômeno da globalização e, diante disso, as empresas têm se esforçado

para criar, sustentar e se adaptar tanto no aspecto da sua marca corporativa quanto em seu portifólio de marcas. Este

artigo tem por objetivo verificar as atuais tendências de estudo na literatura acadêmica sobre branding, como um

tópico em pesquisa de negócios e gestão, por meio da utilização da técnica de análise bibliométrica, a fim de se obter

uma visão geral da abordagem no período de 1995 a 2015, bem como para compreender que outros tópicos têm sido

associados a marcas e como estes podem ser considerados relevantes para os estudos globais de branding. A análise

dos dados inclui abordagens qualitativas e quantitativas. É pertinente afirmar que em termos de pesquisa qualitativa os

aspectos que envolvem a marca e suas associações foram tratados no que tange a conteúdo, palavras-chave e

relevância. Em relação aos dados quantitativos, as variáveis adotadas são mencionadas como seguem: autores, títulos,

fontes de publicação, número total de publicações, ano de publicação, instituições principais, línguas e países. Todos

os dados foram recuperados pelo ISI Web of Science, com foco em revistas principais, bem como seu fator de impacto,

através do Journal of Citation Report (JCR). A metodologia neste artigo implica a obtenção de dados do ISI Web of

Science, exibindo os periódicos mais referidos e descrevendo os autores mais prolíficos, como uma forma de analisar

as tendências de pesquisa e caminhos para estudos futuros.

Palavras-chave:. branding, negócios, gestão, análise bibliométrica.

ISSN 1984-9354

XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015

2

INTRODUÇÃO

As mudanças estimuladas pelo modelo econômico praticado globalmente tem demandado das

organizações respostas cada vez mais rápidas e eficientes frente os desafios relacionados ao ambiente

de negócios. Estes desafios, em termos de ambiente interno e externo das empresas e da diversidade da

natureza dos seus campos de atuação, ajudam a tornar mais complexo o cenário com que se defrontam

os gestores e administradores destas organizações.

Neste cenário multifacetado, o fenômeno globalização tem direcionado as organizações em

relação ao gerenciamento da sua marca nos mercados interno e externo, concomitante a complexidade

das relações de competitividade entre as empresas, onde tem havido um aumento de opções de

produtos e serviços e uma disputa intensa pela lealdade do consumidor.

Segundo Tavares (2008), o significado do tema marca cresceu além dos aspectos do produto,

cresceu para dar destaque a suas características únicas. Posteriormente os aspectos exclusivos de uma

marca seriam identificados como sendo a construção do valor da marca (brand equity). Este

direcionamento nas organizações em relação à gestão de suas marcas tem fomentado a discussão e

pesquisa sobre a importância do tema na formação do composto competitivo das organizações.

Para Guimarães e Pinheiro (2008, p. 109): “marca deixou de ser apenas um instrumento de

marketing responsável por vendas e passa a ser um ativo estratégico, uma das maiores garantias de

resultado futuro para a organização.” Esse fenômeno foi descoberto, em primeira mão, não pelos

gestores de marketing, mas pelo mercado de capitais, principalmente durante a forte onda de fusões e

aquisições do final da década de 80. Os financistas chamaram o fenômeno, até então tratado em

segundo plano, de brand equity, que em uma tradução aproximada, seria algo como “construção do

valor da marca”.

A gestão de marca pressupõe uma prática de gestão que visa elevar à marca a categoria de ativo

estratégico, gerenciando os componentes formadores do valor da marca, e contribuindo assim para a

sustentabilidade e longevidade das organizações. O campo de estudo sobre o tema Marca é

interdisciplinar, mas tem sido principalmente direcionado a gestão e negócios. Uma das discussões

principais sobre Marca está em pesquisar a competitividade local por meio de alto grau de adaptação

das marcas e o alto grau de padronização global.

Neste artigo, procura-se analisar o estado da arte na pesquisa sobre marca, ou seja, como a

literatura acadêmica tem lidado com este conceito, como os outros conceitos estão associados à Marca,

e em que ponto encontra-se a pesquisa no ambiente acadêmico.

XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015

3

REVISÃO DA LITERATURA

Alba, Lynch e Weitz (1997), no artigo em que estudam o consumidor, revendedor, fabricante e

incentivos para participar em mercados eletrônicos, examinam as implicações de compras eletrônicas

para consumidores, varejistas e fabricantes. Assumem que a evolução tecnológica de curto prazo irá

oferecer aos consumidores oportunidades sem paralelo para localizar e comparar ofertas de produtos.

Examinam essas vantagens em função de objetivos típicos de consumo e os tipos de produtos e

serviços que estão sendo procurados, e oferecem conclusões sobre incentivos e desincentivos ao

consumidor sobre compras interativas e os formatos tradicionais de varejo.

Brown e Dacin (1997), ao estudar as associações empresariais e as respostas de produtos de

consumo, identificam que embora os teóricos de estudos de marca sugiram, o que uma pessoa sabe

sobre a empresa pode influenciar as percepções de produtos da empresa, existe pouca pesquisa

sistemática sobre esses efeitos. Os autores examinaram os efeitos de dois tipos gerais de associações

empresariais sobre as respostas de produtos: Um centra-se na capacidade da empresa para a produção

de produtos, isto é, a capacidade corporativa, e o outro se concentra na responsabilidade social

percebida.

Tax, Brown e Chandrashekaran (1998), em um estudo sobre as avaliações de clientes em

experiências de reclamação de serviços, e implicações para o marketing de relacionamento, avaliam

que muitas empresas consideram o tratamento de reclamações como meio de aumentar compromisso

com o cliente e fidelização. Os autores demonstram que os clientes avaliam os incidentes de

reclamações em termos de resultados que recebem, ou seja, avaliam os procedimentos usados para

chegar aos resultados, bem como a natureza do tratamento interpessoal dado durante o processo pela

empresa.

Chaudhuri, e Holbrook (2001), na pesquisa sobre a cadeia de efeitos de confiança associados à

marca, examinaram dois aspectos da fidelidade, lealdade de compra e lealdade atitudinal, relacionando

variáveis na cadeia de efeitos de confiança na marca. O modelo inclui ao nível do produto, controles

relacionados à categoria (valor hedônico e valor utilitário) e controles de nível de marca (diferenciação

da marca).

Aaker (2004) em um estudo sobre o papel da marca corporativa, afirma que uma marca

funciona bem quando o seu benefício é baseado na estratégia de marca da empresa. Concomitante a

isso, outros benefícios devem estar presentes, tais como, o emocional, uma vez que a experiência

XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015

4

obtida a partir dos benefícios emocionais pode ser reforçada pela empresa. Ele também indica a

necessidade em evitar algum tipo de risco no processo de alavancar a marca da empresa, em situações

onde de alguma forma exista uma controvérsia em torno dessa marca, o que implica a necessidade de

admitir o problema e oferecer uma solução eficaz para isso. Ele apresenta a importância em gerir a

marca em outros contextos, bem como proporcionar meios para emergir a identidade da marca

corporativa.

Rust, Lemon, e Zeithaml (2004), no estudo do retorno sobre o marketing, usando o valor do

cliente para concentrar estratégia de marketing, apresentam um quadro estratégico unificado que

possibilita a seleção de opções de estratégia de marketing com base no retorno financeiro projetado.

Para demonstrar como as opções podem ser implementadas em um ambiente corporativo específico e

para mostrar os métodos utilizados para testar e validar o modelo, os autores ilustram a aplicação

detalhada da abordagem usando dados da indústria aérea.

Schau, Muniz e Arnould (2009), em um estudo sobre como as práticas comunitárias podem

criar valor de marca, usando a teoria da prática social, apresentam o processo de criação de valor

coletivo dentro de comunidades de marca. Indo além de um único estudo de caso, os autores

examinam previamente dados coletados em nove comunidades de marca que compreendem uma

variedade de categorias de produtos, e identificam um conjunto comum de práticas de criação de valor.

Os autores identificaram 12 práticas comuns em comunidades de marca, organizados por quatro

agregados temáticos, por meio do qual os consumidores percebem valor.

Chintagunta & Nair (2010) relacionam o sucesso de uma marca em relação às expectativas dos

consumidores e a capacidade de uma empresa em prever tipos de comportamento de consumo. A

discussão começa verificando os objetivos da análise de demanda, ao prever, medir e testar, então, em

um segundo momento, a divisão em blocos dos modelos da demanda de consumo em nível individual.

METODOLOGIA E DADOS

Com o intuito de caracterizar e analisar por meio de índices bibliométricos a produção

acadêmica em torno do conceito marca, este estudo dividiu-se em três etapas fundamentais, conforme

ilustrado na Figura 1.

XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015

5

Todas as informações para realização deste trabalho foram obtidas a partir de ISI Web of

Science (2015). A investigação foi estimulada pelas seguintes questões de pesquisa:

1) Como os artigos estão relacionados com o conceito de marca para as ações realizadas por empresas

e consumidores em geral?

2) Que outros conceitos derivam da marca e como lida com elas literatura em termos de trabalhos

futuros?

Uma vez que as questões de pesquisa foram feitas, alguns procedimentos foram adotados a fim

de obter a amostra que atenda os critérios de uma análise bibliométrica eficaz. Na busca do tema

"branding", na ISI Web of Science entre o período de 1995 e 2015, mais de 55.011 acessos foram

obtidos inicialmente, no entanto, por meio da utilização de filtros, foram especificadas as fontes de

base de dados Web of ScienceTM Core Collection e SciELO Citation Index, excluindo as demais bases.

Também foi aplicado o filtro para consulta no domínio Ciências Sociais, na área de Economia e

Negócios, excluindo as demais áreas de pesquisa. Apenas artigos foram aceitos, o que resultou em

4.717 resultados.

Também visando criar um recorte mais representativo da produção acadêmica relevante sobre o

conceito Branding, foram selecionados somente os primeiros 50 artigos com maior número de citações

para realização deste estudo. Todas as pesquisas foram realizadas em 11 de abril de 2015.

ANÁLISE E RESULTADOS

XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015

6

Constatou-se que no ano de 1998 ocorreu o maior volume de publicações, o que equivale a

18% da publicação total, tendo como amostra de pesquisa os 50 artigos mais citados (ver tabela 1). É

possível observar que o maior volume de publicações ocorreu entre os anos de 1996 e 2000,

totalizando 30 publicações neste período, o que equivale a 60% da publicação total. Nos demais anos

podemos destacar 2005, com 4 publicações, correspondendo a 8%. É importante ressaltar que não

foram localizadas na base do ISI Web of Science publicações dentre as primeiras 50 classificadas por

citação entre 2011 e 2015.

Em relação ao total de citações distribuídas por ano de publicação, observamos que o maior

número de citações está concentrado nos anos de 1998 e 1997, o que representa 38,3% do total de

citações do período, conforme apresentado na tabela 2.

XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015

7

A quantidade de publicações concomitante a quantidade de citações das publicações nos

possibilita uma análise mais precisa da relação de relevância dos trabalhos produzidos nos

determinados períodos, isso porque a quantidade total de publicações não necessariamente está

relacionada com quantidade total de citações, isso pode ser facilmente observado tomando como

exemplo os anos de 1999 e 2001. Em 1999 foram publicados 5 artigos, e realizadas 978 citações em

relação a estes artigos, já em 2001 foram publicados 3 artigos, e realizadas 1201 citações. Podemos

concluir que o grau de relevância dos trabalhos publicados em 2001 foi maior do que os trabalhos

publicados em 1999, o que pode ser visualizado no Gráfico 1.

XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015

8

Em relação aos periódicos, foi constatado que a publicação dos 50 artigos mais citados ocorreu

dentre um rol de 15 periódicos, onde se destaca a participação dominante do Journal of Marketing(17),

seguido do Journal of Marketing Research(8), o que representa 50% das publicações do período dentre

os 50 artigos, conforme a tabela 3.

Em termos das principais fontes, a revista mais recorrente é o Journal of Marketing, e a

segunda é o Journal of Marketing Research, o que é compreensível, uma vez que a maior parte do

debate sobre o tema Marca é realizada na área de marketing.

A relevância dos artigos pesquisados pode ser também avaliada pelo fator de impacto (FI) do

periódico no qual foi publicado (ver tabela 4). O FI é usado como uma medida de avaliação de

relevância da produção da fonte, e é comumente usado como indicativo da qualidade de pesquisa

XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015

9

publicada. O FI de um periódico é calculado com o número médio de citações dos artigos que foram

publicados durante o biênio anterior.

Os fatores de impacto de um determinado ano são publicados somente no ano seguinte, isso

para que as publicações do ano anterior possam ter sido recebidas pela agência de indexação. A

avaliação geral de produção relevante de um periódico pode ser mais bem avaliada baseando-se no

histórico de valores de Fator de Impacto, alcançado pelo periódico, conforme apresentado nos gráficos

2-16.

Gráfico 2 – FI do Journal of Marketing

Fonte: Journal Citation Reports (2015)

Gráfico 3 – FI do Journal of The Academy of Marketing Sciense

Fonte: Journal Citation Reports (2015)

Gráfico 4 – FI do American Economic Review

Fonte: Journal Citation Reports (2015)

Gráfico 5 – FI do Strategic Management Journal

Fonte: Journal Citation Reports (2015)

Gráfico 6 – FI do Journal of Accounting & Economics

Fonte: Journal Citation Reports (2015)

Gráfico 7 – FI do Journal of Consumer Research

Fonte: Journal Citation Reports (2015)

Gráfico 8 – FI do Journal of Marketing Research

Fonte: Journal Citation Reports (2015)

Gráfico 9 – FI do Marketing Sciense

Fonte: Journal Citation Reports (2015)

XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015

10

A avaliação dos Fatores de Impacto por período entre periódicos possibilita inferir sobre a

tendência de produção e a importância do Journal, o que pode ser observado no Gráfico 17. É possível

verificar o revezamento entre posições, destacando o Journal of Marketing, que entre 2009 e 2013

obteve maior fator de impacto em três momentos, destacando também o Journal of Retailing, que em

2009 possuia o FI maior em relação aos 14 demais Journals, e em 2013 o menor FI. Já o Journal of

Gráfico 11 – FI do California Management Review

Fonte: Journal Citation Reports (2015)

Gráfico 12 – FI do Harvard Business Review

Fonte: Journal Citation Reports (2015)

Gráfico 13 – FI do Mit Sloan Management Review

Fonte: Journal Citation Reports (2015)

Gráfico 14 – FI do International Journal of Research in Marketing

Fonte: Journal Citation Reports (2015)

Gráfico 15 – FI do Journal of Business Research

Fonte: Journal Citation Reports (2015)

Gráfico 16 – FI do Journal of Retailing

Fonte: Journal Citation Reports (2015)

XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015

11

The Academy of Marketing Sciense e o American Economic Review desde 2009 tem alternado

posições, esta alteração tem se configurado em uma tendência clara de crescimento do FI e ganho de

relevância, ocupando em 2013 a segunda e terceira posições respectivamente.

FATOR DE IMPACTO DOS JOURNALS

Também observamos que 11 periódicos se mantiveram na faixa de 1000 a 4000 pontos no FI,

apresentando uma tendência em manutenção de valores máximos em mínimos de FI da categoria de

periódicos, com exceção do Mit Sloan Management Review, que em 2011 obteve o valor de 971, o que

constata-se é o menor valor entre o período analisado. O Journal of Marketing que em 2011 obteve

5472 pontos, o Journal of Retailing que em 2009 obteve 4567 pontos e o Strategic Management

Journal, que em 2009 obteve 4464 pontos. Em termos de país de origem dos periódicos, 47 artigos

(94%) foram publicados em periódicos dos EUA, e a segunda e terceira posições foram ocupadas pelos

Países Baixos (4%) e Inglaterra (2%), o que reforça a quantidade de publicações sobre o tema Marca

na língua inglesa, predominantemente em periódicos dos EUA. É notável o fato de que as principais

instituições estarem localizadas nos EUA, conforme tabela 5.

Gráfico 17 – Relação de FI entre Periódicos

Fonte: Journal Citation Reports (2015)

XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015

12

Em relação às instituições de ensino e pesquisa ligadas aos autores, é possível observar que os

artigos estão distribuídos em 34 instituições, sendo que a University of California Berkeley e a

University of California Los Angeles possuem 3 publicações cada, seguida pela Arizona State

University, Northwestern University, Saint Cloud State University e University of Miami, com duas

publicações cada, conforme tabela 6.

As demais 28 possuem cada uma publicação relacionada com autor, que são Cornell

University, Bond University, DePaul University, East Carolina University, Penn State University,

Fairfield University, INSEAD Business School, Oklahoma State University – Stillwater, Oregon State

University, University of Arizona, Portland State University, Texas A&M University College Station,

University of Maryland College Park, University of Florida, University of Minnesota Twin Cities,

University of Mississippi, University of Hawaii Manoa, University of New South Wales, University of

Rochester, University of South Florida, University of Sydney, University of Ulster, University of Texas

Austin, University of Victoria, University of Washington, University of Zurich, UNSW, Div Business &

Humanities, Singapore, Singapore e Vanderbilt University, o que pode ser observado na tabela 6.

Em termos de pais de origem das instituições de ensino e pesquisa, observamos que a maior

concentração de instituições está nos EUA, com 82%, seguido da Austrália com 10% das instituições,

o que pode ser observado na tabela 7.

XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015

13

A avaliação da relação entre país de origem dos periódicos (tabela 5) e país de origem das

instituições (tabela 7) reforça a percepção sobre a relevância dos periódicos por país, já que os autores

ligados a instituições de outros países tem preferencialmente publicado os artigos em periódicos nos

EUA.

Em termos de autoria de artigos, Aaker, Brown e Gremler se destacam com a produção de 3

artigos cada, os autores Bitner, Donthu, Krishnan, McAlexander, Muniz, Schouten, Soutar, Sweeney,

Yoo, possuem duas publicações cada, conforme apresentado na tabela 8. Já os demais 105 autores

possuem uma publicação cada um. A produção e publicação dos 50 artigos mobilizaram 117

pesquisadores, perfazendo uma média de 2,34 autores por artigo. Este valor confirma o padrão

dominante de coautoria encontrado nesses estudos e apresentado na tabela 9.

Relacionado ao tema dos artigos estão às palavras-chave especificadas pelos autores para

orientar, indexar e filtrar as buscas e pesquisas. Essas palavras por meio de sua diversidade

XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015

14

possibilitam a analise e identificação preliminar das áreas de conhecimento ou temas de pesquisa que

possuem maior destaque dentre os 50 artigos pesquisados sobre Marca. Para melhor visualizar estas

palavras, preparou-se uma “nuvem de palavras” por meio do aplicativo Wordle (www.wordle.net). Na

nuvem aparecem as palavras em maior evidência e mais recorrentes no texto selecionado. O resultado

está apresentado na Figura 1.

239 palavras estão distribuídas em 390 ocorrências de palavras-chave nos artigos pesquisados,

a diferença de valores entre total de palavras e ocorrências é justificada pela repetição de palavras-

chave em diversos artigos. Na tabela 10 destacamos as 16 palavras com maior número de ocorrências

nos artigos, o que também pode ser observado na “nuvem de palavras” apresentado na figura 1.

A análise da ocorrência das palavras-chaves possibilita a observação dos temas que estão mais

em voga no rol de artigos pesquisados sobre Marca, permitindo avaliar quais as tendências na

produção acadêmica sobre o tema Marca. Devido o grande número de palavras-chave distribuídas nos

50 artigos, optamos em avaliar a ocorrência das palavras por triênio, buscando assim identificar as

Figura 1 – Nuvem de palavras preparada pelo aplicativo Wordlee

Fonte: Autores (2015)

XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015

15

tendências dos estudos realizados em cada período, distribuição essa que pode ser observada nos

quadros 1-5.

Quadro 1 - Ocorrência de palavras-chave nos anos de 1995, 1996 e 1997.

Fonte: ISI

Web of Sciense

Quadro 2 - Ocorrência de palavras-chave nos anos de 1998, 1999 e 2000.

Fonte: ISI

Web Of Sciense

Quadro 3 - Ocorrência de palavras-chave nos anos de 2001, 2002 e 2003.

Fonte: ISI

Web Of Sciense

Quadro 4 - Ocorrência de palavras-chave nos anos de 2004, 2005 e 2006.

XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015

16

Fonte: ISI

Web Of Sciense

Quadro 5 - Ocorrência de palavras-chave nos anos de 2007, 2009 e 2010.

Fonte: ISI

Web Of Sciense

Também para melhor visualizar estas palavras-chave distribuídas por período, preparou-se uma

“nuvem de palavras”, apresentadas nas figuras 2-6.

Figura 2 – Nuvem de palavras dos

anos 1995, 1996 e 1997

Fonte: Autores (2015)

Figura 4 – Nuvem de palavras dos anos 2001, 2002 e 2003

Fonte: Autores (2015)

Figura 3 – Nuvem de palavras dos

anos 1998, 1999 e 2000

Fonte: Autores (2015)

Figura 5 – Nuvem de palavras dos anos

2004, 2005 e 2006

Fonte: Autores (2015)

Figura 6 – Nuvem de palavras dos anos

2007, 2009 e 2010

Fonte: Autores (2015)

XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015

17

Este estudo indica que em todo o período avaliado ocorreu uma concentração de pesquisa sobre

Marca em torno dos temas Informação, Qualidade, Comportamento, Preço e Consumo. Constatou-se

que entre os anos de 1995 e 1998, as pesquisas estiveram principalmente direcionadas para os estudos

de Marca relacionados aos temas Informação, Mercado, Preço, Modelos, e em menor quantidade, aos

temas Atributo, Qualidade e Compra. Já no triênio 2001, 2002 e 2003, as pesquisas estiveram

concentradas no estudo da Marca em relação ao Consumo. Nos anos de 2004, 2005 e 2006 ocorreu

uma maior diversificação dos temas pesquisados, destacando Satisfação, Comportamento e Qualidade,

seguido de Marca e Cultura. Nos anos de 2007, 2009 e 2010 o tema Inovação ganha destaque, seguido

dos temas Atitude, Tecnologia, Co-criação, Co-produção, Percepções e Conhecimento.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estudo dos 50 artigos sobre o tema Marca, com maior número de citações entre os anos de

1995 e 2015, confirma a produção acadêmica no idioma Inglês e em países onde este idioma é a língua

mãe. Isso certamente justifica o grande número de publicações neste idioma e ao fato de que 82% das

instituições de ensino e pesquisa e 94% dos periódicos estarem localizados nos Estados Unidos da

América.

Em relação às questões de pesquisa, a maioria dos artigos relaciona o conceito de Marca como

uma preocupação sobre a percepção dos consumidores e os aspectos de lealdade com empresas e

produtos envolvidos nesta relação. Isso se torna evidente diante da apresentação dos temas mais

pesquisados na amostra de artigos, que vão desde pesquisa em torno da Informação sobre a Marca,

associações de Qualidade com Marca, Preço, Comportamento de consumo em relação à Marca,

Percepção de valores do consumidor sobre Marca, Satisfação, Cultura, Consumo, Inovação, entre

outros.

Também é observado que nos trabalhos mais recentes existe uma tendência em pesquisas de

estudo do comportamento dos consumidores em relação à Marca, no entendimento e percepção destes

consumidores sobre os valores da Marca e na criação de valores de Marca para estes consumidores.

Derivando do conceito principal de pesquisa sobre o conceito Marca, os mais recentes estudos

tem procurado estabelecer uma relação sobre temas que possuem abrangência de aplicação nos

XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015

18

diversos eixos de estudo de marca e consumo. O tema Inovação, apresentado em destaque nos

trabalhos mais recentes, preconiza a tendência de estudos destes temas nos mais diversos formatos e

aplicações, isso também é verificado com a produção de trabalhos de pesquisa relacionados ao estudo

das relações de marca com Tecnologia, Co-criação e Conhecimento, entre outros.

REFERÊNCIAS

AAKER, DA. Measuring brand equity across products and markets. California Management

Review, v. 38, n. 3, p. 102-&, Sept. 1996.

AAKER, J; FOURNIER, S; BRASEL, SA.When good brands do bad. Journal of Consumer

Research, v. 31, n.1, p. 1-16, June 2004.

AAKER, JL. Dimensions of brand personality. Journal of Marketing Research, v.34, n.3, p.347-356,

Aug. 1997.

AAKER, JL. The malleable self: The role of self-expression in persuasion. Journal of Marketing

Research, v. 36, n.1, p. 45-57, Feb. 1999.

AHLUWALIA, R; BURNKRANT, RE; UNNAVA, HR. Consumer response to negative publicity:

The moderating role of commitment. Journal of Marketing Research, v. 37, n.2, p.203-214, May

2000.

ALBA, J; LYNCH, J; WEITZ, B; et al. Interactive home shopping: Consumer, retailer, and

manufacturer incentives to participate in electronic marketplaces. Journal of Marketing, v.61, n.3, p.

38-53, July 1997.

ALDEN, DL; STEENKAMP, JBEM; BATRA, R. Brand positioning through advertising in Asia,

North America, and Europe: The role of global consumer culture. Journal of Marketing, v.63, n.1, p.

75-87, Jan.1999.

ALGESHEIMER, R; DHOLAKIA, UM; Herrmann, A. The social influence of brand community:

Evidence from European car clubs. Journal of Marketing, v. 69, n.3, p. 19-34, July 2005.

BAGWELL, LS; BERNHEIM, BD. Veblen effects in a theory of conspicuous consumption.

American Economic Review, v. 86, n.3, p. 349-373, June 1996.

BART, Y; SHANKAR, V; SULTAN, F; et al. Are the drivers and role of online trust the same for all

Web sites and consumers? A large-scale exploratory empirical study. Journal of Marketing, v. 69,

n.4, p.133-152, Oct. 2005.

BECKER-OLSEN, KL; CUDMORE, BA; HILL, RP. The impact of perceived corporate social

responsibility on consumer behavior. Journal of Business Research, v.59, n. 1, p. 46-53, Jan. 2006.

BERGKVIST, Lars; ROSSITER, John R. The predictive validity of multiple-item versus single-item

measures of the same constructs. Journal of Marketing Research, v.44, n. 2, p.175-184, May 2007.

XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015

19

BERRY, LL. Cultivating service brand equity. Journal of the Academy of Marketing Scienc, v.28,

n.1, p. 128-137, 2000.

BLATTBERG, RC; DEIGHTON, J. Manage marketing by the customer equity test. Harvard

Business Review, v.74, n. 4, p.136-&, julho-agosto 1996.

BROWN, S; KOZINETS, RV; SHERRY, JF. Teaching old brands new tricks: Retro branding and the

revival of brand meaning. Journal of Marketing, v.67, n.3, p.19-33, July 2003.

BROWN. TJ; DACIN, PA. The company and the product: Corporate associations and consumer

product responses. Journal of Marketing, v.61, n.1, p.68-84, Jan. 1997.

CHANDON, P; WANSINK, B; LAURENT, G. A benefit congruency framework of sales promotion

effectiveness. Journal of Marketing, v.64, n. 4, p. 65-81, Oct. 2000.

CHAUDHURI, A; HOLBROOK, MB. The chain of effects from brand trust and brand affect to brand

performance: The role of brand loyalty. Journal of Marketing, v. 65, n.2, p. 81-93, Apr. 2001.

CRASWELL, AT; FRANCIS, JR; TAYLOR, SL. Auditor brand name reputations and industry

specializations. Journal of Accounting & Economics, v. 20, n. 3, p. 297-322, dezembro 1995.

DEGERATU, AM; RANGASWAMY, A; WU, JN. Consumer choice behavior in online and

traditional supermarkets: The effects of brand name, price, and other search attributes. International

Journal of Research in Marketing, v. 17, n. 1, p.55-78, Mar. 2000.

DOWLING, GR; UNCLES, M. Do customer loyalty programs really work?. Sloan Management

Review, v.38, n. 4, p.71-&, 1997.

ERDEM, T; KEANE, MP. Decision-making under uncertainty: Capturing dynamic brand choice

processes in turbulent consumer goods markets. Marketing Science, v.15, n. 1, p.1-20, 1996.

ESCALAS, JE; BETTMAN, JR. Self-construal, reference groups, and brand meaning. Journal of

Consumer Research, v.32, n. 3, p.378-389, Dec. 2005.

GANESH, J; ARNOLD, MJ; REYNOLDS, KE. Understanding the customer base of service

providers: An examination of the differences between switchers and stayers. Journal of Marketing,

v.64, n.3, p.65-87, July 2000.

GUIMARÃES, R.; PINHEIRO, R. Branding: Identidade, Relações e Valor de Mercado. In:Gestão

Integrada de Ativos Instangíveis. Rio de Janeiro - RJ: Qualitymark, 2008. p. 97–121.

GREWAL, D; KRISHNAN, R; BAKER, J; et al.The effect of store name, brand name and price

discounts on consumers' evaluations and purchase intentions. Journal of Retailing, v.74, n.3, p.331-

352, 1998.

GREWAL, D; MONROE, KB; KRISHNAN, R. The effects of price-comparison advertising on

buyers' perceptions of acquisition value, transaction value, and behavioral intentions. Journal of

Marketing, v.62, n.2, p.46-59, Apr. 1998.

XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015

20

GWINNER, KP; GREMLER, DD; BITNER, MJ. Relational benefits in services industries: The

customer's perspective. Journal of the Academy of Marketing Science, v.26, n.2, p. 101-114,

Sept.1998.

HOLT, DB. Why do brands cause trouble? A dialectical theory of consumer culture and branding.

Journal of Consumer Research, v.29, n.1, p. 70-90, June 2002.

KLEIN, JG; ETTENSON, R; MORRIS, MD. The animosity model of foreign product purchase: An

empirical test in the People's Republic of China. Journal of Marketing,v.62, n.1, p.89-100, Jan.1998.

LIEBERMAN, MB; MONTGOMERY, DB. First-Mover (dis)Advantages: Retrospective and link with

the resource-based view. Strategic Management Journal, v.19, n.12, p.1111-1125, Dec.1998.

MCALEXANDER, JH; SCHOUTEN, JW; KOENIG, HF. Building brand community. Journal of

Marketing, v. 66, n. 1, p. 38-54, Jan.2002.

MELA, CF; GUPTA, S; LEHMANN, DR. The long-term impact of promotion and advertising on

consumer brand choice. Journal of Marketing Research,v.34, n.2, p.248-261, May 1997.

MOORTHY, S; RATCHFORD, BT; TALUKDAR, D. Consumer information search revisited: Theory

and empirical analysis. Journal of Consumer Research, v. 23, n.4, p.263-277, Mar. 1997.

MUNIZ, AM; SCHAU, HJ. Religiosity in the abandoned Apple Newton brand community. Journal of

Consumer Research, v.31, n.4, p.737-747, Mar. 2005.

NOBLE, CH; SINHA, RK; KUMAR, A. Market orientation and alternative strategic orientations: A

longitudinal assessment of performance implications. Journal of Marketing, v.66, n. 4, p. 25-39, Oct.

2002.

OSTROM, Amy L.; BITNER, Mary Jo; BROWN, Stephen W.; et al.. Moving Forward and Making a

Difference: Research Priorities for the Science of Service. Journal of Service Research, v.13, n. 1,

p.4-36, Feb. 2010.

PRITCHARD, MP; HAVITZ, ME; HOWARD, DR. Analyzing the commitment-loyalty link in service

contexts. Journal of the Academy of Marketing Science, v.27, n. 3, p. 333-348, 1999.

RAO, AR; QU, L; RUEKERT, RW. Signaling unobservable product quality through a brand ally.

Journal of Marketing Research, v.36, n.2, p.258-268, May 1999.

RUST, RT; LEMON, KN; ZEITHAML, VA. Return on marketing: Using customer equity to focus

marketing strategy. Journal of Marketing, v.68, n.1, p.109-127, Jan. 2004.

SCHAU, Hope Jensen; MUNIZ, Albert M., Jr.; ARNOULD, Eric J. How Brand Community Practices

Create Value. Journal of Marketing, v.73, n.5, p.30-51, Sept. 2009.

SCHOUTEN, JW; MCALEXANDER, JH. SUBCULTURES OF CONSUMPTION - AN

ETHNOGRAPHY OF THE NEW BIKERS. Journal of Consumer Research, v.22, n.1, p.43-61, June

1995.

XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015

21

SIMONIN, BL; RUTH, JA. Is a company known by the company it keeps? Assessing the spillover

effects of brand alliances on consumer brand attitudes. Journal of Marketing Research, v.35, n.1,

p.30-42, Feb.1998.

SIROHI, N; MCLAUGHLIN, EW; WITTINK, DR. A modes of consumer perceptions and store

loyalty intentions for a supermarket retailer. Journal of Retailing, v.74, n.2, p.223-245, 1998.

SRIVASTAVA, RK; SHERVANI, TA; Fahey, L. Market-based assets and shareholder value: A

framework for analysis. Journal of Marketing, v.62, n.1, p.2-18, Jan.1998.

SWEENEY, JC; SOUTAR, GN. Consumer perceived value: The development of a multiple item

scale. Journal of Retailing, v.77, n. 2, p. 203-220, 2001.

SWEENEY, JC; SOUTAR, GN; JOHNSON, LW. The role of perceived risk in the quality-value

relationship: A study in a retail environment. Journal of Retailing, v.75, n. 1, p.77-105, Sept. 1999.

TAVARES, M. C. Gestão de Marcas: construindo marcas de valor. São Paulo: Harbra, 2008.

TAX, SS; BROWN, SW; CHANDRASHEKARAN, M. Customer evaluations of service complaint

experiences: Implications for relationship marketing. Journal of Marketing, v.62, n.2, p. 60-76,

Apr.1998.

VOSS, KE; SPANGENBERG, ER; GROHMANN, B. Measuring the hedonic and utilitarian

dimensions of consumer attitude. Journal of Marketing Research, v.40, n. 3, p. 310-320, Aug. 2003.

YOO, B; Donthu, N. Developing and validating a multidimensional consumer-based brand equity

scale. Journal of Business Research, v.52, n.1, p.1-14, Apr. 2001.

YOO, B; DONTHU, N; Lee, S. An examination of selected marketing mix elements and brand equity.

Journal of the Academy of Marketing Science, v.28, n.2, p.195-211, Sept. 2000.

1.