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LENILTON SILVA DA SILVEIRA JUNIOR (ORGANIZADOR) ANAIS DA MOSTRA NACIONAL DO 3º SALÃO NACIONAL DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA 1ª Edição Recife Associação Nacional de Pós Graduandos (ANPG) 2013

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  • LENILTON SILVA DA SILVEIRA JUNIOR

    (ORGANIZADOR)

    ANAIS DA MOSTRA NACIONAL DO 3 SALO

    NACIONAL DE DIVULGAO CIENTFICA

    1 Edio

    Recife

    Associao Nacional de Ps Graduandos (ANPG)

    2013

  • COMISSO ORGANIZADORA DA MOSTRA CIENTFICA DO 3 SALO

    NACIONAL DE DIVULGAO CIENTFICA

    Coordenador Geral

    Lenilton Silva da Silveira Jnior

    Avaliadores de trabalhos

    Anderson Diego Farias da Silva

    Cristiano Moraes Junta

    David Soeiro Barbosa

    Herclia Melo do Nascimento

    Pedro Luiz Teixeira de Camargo

    Roberto Nunes Junior

    Tamara Naiz da Silva

    Yuri Nathan da Costa Lannes

    COMISSO ORGANIZADORA DO 3 SALO NACIONAL DE DIVULGAO

    CIENTFICA

    Coordenadora Geral

    Herclia Melo do Nascimento

    Coordenador da Mostra Cientfica

    Lenilton Silva da Silveira

    Coordenadores de Programao

    Hyllo Nader de Arajo Salles

    Luana Meneguelli Bonone

    Coordenador de Comunicao

    Roberto Nunes Jnior

    Coordenadores de Estrutura

    Anderson Nogueira Oliveira

    Tamara Naiz da Silva

  • DIRETORIA DA ANPG (GESTO 2012-2014)

    Presidenta

    Luana Meneguelli Bonone

    Vice-Presidente

    Hyllo Nader de Arajo Salles

    Tesoureira

    Tamara Naiz da Silva

    Secretria Geral

    Jouhanna do Carmo Menegaz

    Diretora de Cincia, Tecnologia e Inovao

    Herclia Melo do Nascimento

    Diretor de Relaes Institucionais

    Anderson Nogueira Oliveira

    Diretor de Comunicao

    Roberto Nunes Junior

    Vice-Presidente Regional Centro Oeste Fbio Borges da Silva

    Vice-Presidente Regional Nordeste

    Anderson Diego Farias da Silva

    Vice-Presidente Regional Norte

    Jeniffer Christiane Costa Martins

    Vice-Presidente Regional So Paulo

    Marcelo Marigliani Arias

    Vice-Presidente Regional Sudeste

    Caio Augusto Souza Lara

    Vice-Presidente Regional Sul Cristiano Moraes Junta

    1 Diretor de Relaes Institucionais

    Juliano Quintella Dantas Rodrigues

    2 Diretor de Relaes Institucionais

    Manasss Zuliani Jora

    Diretor de Polticas Educacionais

    Lucas Machado dos Santos

  • Diretor Acadmico-Cientfico

    Lenilton Silva da Silveira Jnior

    Diretor de Sade

    Marcos Vinicius Soares Pedrosa

    Diretor de Cultura e Eventos Cientficos

    Ana Cristina de Lima Pimentel

    Diretor de Direitos dos Ps Graduandos

    Cludio Luiz de Freitas

    Diretor de Instituies Estaduais

    Carolina Santos Barroso de Pinho

    Diretor de Instituies Pblicas

    Pedro Luiz Teixeira de Camargo

    Diretor de Instituies Pblicas

    Gabriel Silva Vignoli Muniz

    Diretor de Lato Sensu

    David Soeiro Barbosa

    Diretor de Ensino Distncia

    Frederiko Luz Silva

    Diretor de Movimentos Sociais

    Eduardo Ewerton Sousa Vianna

    Diretor de Polticas de Emprego

    Flvio Silveira

    Diretor de Polticas de Juventude

    Thefilo Codeo Machado Rodrigues

    Diretor de Relaes Internacionais

    Mara Arajo de Oliva Gentil

    Diretora de Mulheres Francisca Cntia Eufrsio

    Diretor de Tecnologias da Informao e da Comunicao

    Yuri Nathan da Costa Lannes

  • APRESENTAO

    com muito apreo que a Associao Nacional de Ps-Graduandos (ANPG),

    como entidade mxima de representao dos ps-graduandos brasileiros, abre mais uma

    vez espao para a divulgao cientfica, atravs da terceira edio do seu Salo

    Nacional. Entendemos como entidade de representao, que a divulgao da cincia

    parte de um conjunto de atividades, que pode contribuir na constituio de vises

    crticas e amplas de cincia aos estudantes, pesquisadores e demais interessados no

    tema. Como incentivo leitura, publicao e ao pensamento crtico, disponibilizamos

    esta obra a todos os autores que se empenharam para escrever seus resumos e apresent-

    los comunidade cientfica do nosso pas, com intuito de contribuir nos debates

    travados durante a Mostra Cientfica.

    Como coordenador da Mostra Cientfica e diretor Acadmico-Cientfico da

    ANPG, desde j agradeo aos autores e avaliadores desta obra, Sociedade Brasileira

    para o Progresso da Cincia (SBPC) e, com especial estima, coordenao do 3 Salo

    Nacional de Divulgao Cientfica e aos meus caros colegas de entidade.

    Desejo que as pginas desta obra sejam luz mente de todos os leitores e

    inspirao para vasta produtividade cientfica,

    Lenilton Silva da Silveira Jnior

    Coordenador da Mostra Cientfica do 3 Salo Nacional de Divulgao Cientfica

    Diretor Acadmico-Cientfico da ANPG

  • 5 ISBN 978-85-61839-13-0

    Eixo: 4.2.1 Inovao de processos

    e/ou produtos

  • 6 ISBN 978-85-61839-13-0

    ROLE PLAYING GAME (RPG): UM RECURSO PSICODRAMTICO SOB

    ENFOQUE PSICANALTICO

    Eduardo Ewerton Sousa Vianna1

    1Universidade Federal de So Carlos - UFSCAR

    Email: [email protected]

    Eixo: Temtico: Inovao de processos e/ou produtos

    Introduo: A terapia ocupacional sempre utilizou o recurso ldico em suas prticas. A

    profisso cresceu e se expandiu, seus modelos enriqueceram seus mtodos e tcnicas.

    Entretanto a sociedade tambm se modificou. A era da informao alterou vrias tradies,

    entre elas o hbito de contar histrias. Atualmente em nosso pas cada vez mais adolescentes

    se renem em grupos criando historias de heris atravs do jogo chamado Dungeons and

    Dragons. Considerado um cone cultural, o jogo j despertou interesse de vrias pesquisas.

    Esta pesquisa teve por objetivo fundamentar a utilizao do jogo "Dungeons and Dragons"

    como um recurso teraputico no mbito da sade mental com os adolescentes.

    Metodologia: O projeto foi realizado por meio de busca bibliogrfica que sustentasse a

    proposta e discusso terica enfocando na investigao sobre a Teoria Psicanaltica e a

    Tcnica do Psicodrama psicanaltico no intuito de formular uma proposta metodolgica de

    utilizao deste jogo como um recurso teraputico ocupacional.

    Resultados e Discusso: O jogo tem elementos para serem utilizados como um recurso

    teraputico no mbito da sade mental com adolescentes.

    Concluso: A proposta se configura como inovao no campo das possibilidades teraputicas

    a serem utilizadas nos servios de sade metal que atendem adolescentes.

    Palavras Chaves: Terapia Ocupacional, Sade Mental, Psicanlise, Psicodrama, Dungeons and Dragons.

  • 7 ISBN 978-85-61839-13-0

    ANLISE DE CASOS E APLICAO INFLUNCIA DO

    DISTENCIONAMENTO EM FERRAMENTAS DE TRABALHO A QUENTE

    APS O PROCESSO DE NITRETAO

    Jardel Jackson de Oliveira Silva(1)

    (1) Universidade Catlica de Pernambuco, Graduando em Engenharia Qumica.

    E-mail: [email protected]

    Eixo Temtico: Inovao de processos e/ou produtos

    Introduo:

    Desde a descoberta dos metais pelas civilizaes antigas, e o domnio do fogo, ficou evidente

    que a utilizao dos metais seria indispensvel para a sobrevivncia humana1. A resistncia e

    durabilidade de ferramentas de forjamento a quente depende de uma srie de variveis. Dentre

    elas podemos destacar com mesmo grau de importncia os seguintes fatores: projeto e

    geometria da ferramenta, condies de trabalho, como lubrificao, pr-aquecimento,

    aquecimento e refrigerao do processo2 o ao utilizado na fabricao da ferramenta,

    tratamento trmico e termoqumico, podendo esses, ser considerados a etapa mais importante

    do processo. Este trabalho pretende aumentar o rendimento de uma ferramenta, fabricada em

    ao especial BHLER W360 ISOBLOC HOT WORK, aps o acrscimo da operao de

    distencionamento no final do fluxo de usinagem (entende-se por usinagem os processos

    convencionais e no convencionais, como eletroeroso a fio e penetrao). Existindo grande

    quantidade de variveis, as ferramentas foram analisadas e as variveis operacionais e de

    processos foram mantidas, dentro dos padres de tolerncia, de forma constante. Podendo-se

    observar com mais clareza o efeito do distencionemento na vida til das ferramentas.

    Metodologia:

    Este trabalho realizou a mudana do fluxo do tratamento trmico de uma matriz de forjamento

    acrescentando a operao de alvio de tenses aps a operao de eletroeroso, com a

    inteno de remover as tenses geradas pela operao de eletroeroso, fazendo com que a

    estrutura cristalina melhor rearranjada melhore a difuso do Nitrognio na superfcie das

    matrizes, aumentando assim sua resistncia ao desgaste. O conjunto composto de matriz

    inferior e matriz superior confeccionados em ao especial para trabalho a quente de nome

    comercial BLHER W360 ISOBLOCK. Foi feito o acompanhamento de 16 ferramentas de

    1 DIETER, G. E. Metalurgia Mecnica. 2 edio, 653 p. Rio de Janeiro, Editora Guanabara Dois, 1981

    2 CHIAVERINI, V. Aos e Ferros Fundidos. 6 edio, 576 p. So Paulo. Publicao da Associao Brasileira de

    Materiais, 1988.

  • 8 ISBN 978-85-61839-13-0

    trabalho a quente na linha de produo, tentando reproduzir ao mximo a condio real de

    trabalho para todas as ferramentas. Sendo que para esse estudo foi analisado exclusivamente

    as matrizes inferiores. As matrizes foram aplicadas em presas hidrulicas de 800 toneladas, e

    foram utilizadas at a apresentarem trincas. Foi fixado como item de controle as variveis:

    temperatura de forjamento, temperatura da ferramenta, velocidade do billet, tonelada do

    forjamento e concentrao de grafite no desmoldante. Para anlise de microestrutura foi

    utilizado microscpio tico NIKON EPIPHOT 200, e para anlise de camada nitretada e dureza

    do ncleo microdurmetro Shimadzu HMV- 2T E.

    Resultados e Discusses:

    A partir das anlises dos dados obtidos com a utilizao de 15 das 16 ferramentas de teste

    confeccionadas. Onde iremos analisar: dureza e microdureza, anlise microestrutural, camada

    difundida de Nitrognio e vida til das ferramentas. Foram medidas dureza e microdureza em

    todas as ferramentas aps a operao de tempera, aps a operao de nitretao e aps sua

    utilizao no processo de forjamento. Foi observado que as matrizes que passaram pelo

    distencionamento sofreram uma pequena perda de dureza, assim como j era esperado as

    matrizes nitretadas apresentaram durezas mais altas que as matrizes s temperadas, assim

    como aps o forjamento apresentaram durezas mais baixas visto que foram expostas a altas

    temperaturas dos billets. Comparando veremos que existe uma diferena no percentual de

    austenita retida das amostras sem o processo de alvio de tenses e com o processo de alvio

    de tenses, s com a microscopia tica no possvel quantificar a austenita retida. A camada

    difundida mostra-se mais homognea nas matrizes distencionadas sem a presena de nitretos.

    As ferramentas que passaram pelo processo de distencionamento diferente das que no foram

    submetidas ao processo no apresentaram trincas nos raios, porm apresentaram desgaste

    caracterstico de abraso.

    Concluses:

    Com esse trabalho procurou-se verificar a interferncia da operao de alvio de tenses, aps

    a operao de eletroeroso na difuso de nitrognio em matrizes de ao para forjamento a

    quente, na perspectiva de se obter um aumento de vida til das ferramentas. O custo de

    confeco de ferramentas para forjamento a quente bem elevado e seu desgaste ou quebra

    prematura onera muito o custo final da operao de forjar. O retorno obtido com a melhoria foi

    considervel, dando um aumento de produtividade significativo em relao aos nmeros

    anteriores da aplicao da operao de alvio de tenses. A camada difundida mostrou-se bem

    mais uniforme, dado que a estrutura cristalina do ao apresentou-se bem mais reorganizada

    facilitando a difuso, tendo em vista que os tempos de operao foram mantidos, a camada

    apresentou durezas e profundidades maiores que as matrizes no distencionadas. Ficou claro

    que o processo de alvio de tenses tem interferncia direta no processo de tratamento

    termoqumico de nitretao. A vida til das matrizes teve um aumento mdio de 40%

  • 9 ISBN 978-85-61839-13-0

    comparados com os resultados existentes. Nos casos analisados o processos mostrou-se

    estvel e vivel, os estudos esto sendo aprofundados para possveis melhorias.

    Apoio: Musashi do Brasil Ltda., Universidade Catlica de Pernambuco

    Palavras-chave: Forjamento, nitretao, tratamento trmico, matrizes, distencionamento

  • 10 ISBN 978-85-61839-13-0

    EFEITO DA ESTIMULAO TRANSCRANIANA POR CORRENTE CONTNUA ASSOCIADA

    FISIOTERAPIA NA REABILITAO MOTORA DE PACIENTES COM PARKINSON

    Mara Carneiro(1)

    , Dborah Marques(1)

    , Adriana Baltar (2)

    , Ktia Monte-Silva(3)

    (1) Mestranda em Fisioterapia na Universidade Federal de Pernambuco

    (2) Mestranda em Neurocincias na Universidade Federal de Pernambuco

    (3) Professora do Departamento de Fisioterapia Universidade Federal de Pernambuco

    e-mail: [email protected]

    Eixo temtico: Inovao de processos e/ou produtos

    Introduo:

    A doena de Parkinson (DP) uma desordem que atinge 1% da populao mundial acima dos

    65 anos e se caracteriza por apresentar um carter degenerativo, crnico e idioptico do

    sistema nervoso central (SNC). A sintomatologia motora da DP compreende bradicinesia,

    rigidez muscular, tremor de repouso e instabilidade postural. Os sintomas motores so

    tratados, principalmente, com drogas e o uso prolongado destas as tornam limitadas devido

    aos efeitos adversos, como discinesias e flutuaes motoras, que ocorrem em 20 a 45% dos

    pacientes aps cinco anos. Outra proposta teraputica, a cirurgia, tambm apresenta

    desvantagem como o risco de infeco. Na ltima dcada, diferentes estratgias teraputicas

    no invasivas baseadas nas mudanas plsticas do SNC vm sendo empregadas como

    coadjuvantes a fim de maximizar os efeitos da fisioterapia em distrbios neurolgicos. Neste

    contexto, a estimulao transcraniana por corrente contnua (ETCC) tem demonstrado

    resultados promissores na reabilitao de indivduos com DP. O propsito deste estudo foi

    investigar atravs de um ensaio clnico, sham-controlado, randomizado e duplo-cego, a

    influncia da ETCC sobre os efeitos da fisioterapia na destreza manual e na qualidade de vida

    de pacientes com DP.

    Metodologia:

    Aps a triagem, 10 pacientes foram randomizados em dois grupos: (i) experimental (GE),

    submetido a sesses de fisioterapia e de ETCC andica (1mA, crtex motor primrio); e (ii)

    controle (GC), submetido sesses de fisioterapia e de ETCC sham. Cada sesso consistia de

    duas estimulaes de 13 minutos cada com 20 minutos de intervalo e 30 minutos de

    fisioterapia (exerccios de flexibilidade, fora, coordenao, equilbrio e treino de marcha),

    sendo realizadas 3 vezes na semana. Antes e aps 10 sesses teraputicas, os pacientes

    foram submetidos s seguintes medidas: Jebsen Taylor Test (JTT), usado para analisar a

    destreza manual dos pacientes e Parkinsons Disease Quality of Life (PDQL), aplicada para

    avaliar sua qualidade de vida. Para anlise dos dados, aps checar a normalidade com o teste

    de Kolmogorov-Smirnov, a anlise intra-grupos foi realizada atravs do teste de Wilcoxon e

    para anlise comparativa entre os grupos foi utilizado o teste Mann-Whitney. O nvel de

    significncia adotado foi de p< 0,05.

  • 11 ISBN 978-85-61839-13-0

    Resultados e discusso:

    Com relao destreza manual, das 6 tarefas avaliadas no JTT, quando comparado com a

    avaliao, os pacientes do GE obtiveram reduo do tempo necessrio para sua execuo em

    5 delas, enquanto no GC em apenas 3 tarefas o tempo reduziu. No entanto, nenhuma

    diferena significativa (p>0,05) foi encontrada. Apesar de no ter sido confirmada pela

    estatstica, a reduo do tempo para a execuo das tarefas, sugere incremento do

    desempenho motor ao associar a ETCC com fisioterapia. O tempo de execuo de tarefas

    motoras comprometido em pacientes com DP devido bradicinesia que parece estar

    associada diminuio da atividade do crtex motor, assim, o aumento da atividade cortical

    causado pela ETCC justificaria a queda do tempo total no JTT no GE. O aumento do nmero

    de indivduos poder confirmar estatisticamente os resultados. Quanto ao PDQL, os resultados

    mostram discreta melhora, porm, no foi encontrada diferena significante na comparao

    intra-grupo. Na qualidade de vida, a ausncia de resultados positivos nos grupos pode ser

    atribuda ao curto perodo de tratamento. Como a qualidade de vida envolve aspectos

    complexos como funes sociais, sistmicas e emocionais, provvel que em pacientes com

    DP, um tratamento mais duradouro seja necessrio para repercutir nestas funes.

    Concluso:

    Os nossos resultados sugerem que a estratgia de facilitao da plasticidade cortical como o

    uso da ETCC pode incrementar os efeitos teraputicos do programa de reabilitao,

    melhorando a destreza manual, o que poder retardar o agravamento da doena e diminuir as

    possveis complicaes, desta forma, reduzindo tambm os custos com a reabilitao.

    Apoio: Fundao de amparo a cincia e tecnologia do estado de Pernambuco (FACEPE)

    Palavras chave: Parkinson, reabilitao, estimulao transcraniana.

  • 12 ISBN 978-85-61839-13-0

    INTERDISCIPLINARIDADE:

    O QUE PENSAM OS DOCENTES DE ENFERMAGEM

    Juliana Cristina Almeida Barata de Morais(1)

    ; Leidiane Francis de Arajo Costa(2)

    ; Natalia

    Benedito de Oliveira(3)

    ; Raul Amaral de Arajo(4)

    ; Carlos Alberto Domingues do Nascimento(5)

    (1). Enfermeira pela Faculdade de Enfermagem Nossa Senhora das Graas da Universidade

    de Pernambuco (FENSG)/PE); (2). Enfermeira pela FENSG/UPE. Mestranda do Programa de

    Ps-Graduao em Enfermagem da Universidade Federal de Pernambuco

    (PPGENFERMAGEM/UFPE); (3). Enfermeira pela FENSG/UPE. Professora Auxiliar da

    FENSG/UPE; (4). Enfermeiro da UFPE. Mestrando do PPGENFERMAGEM/UFPE; (5).

    Psiclogo, Doutor em Lingstica, Professor Adjunto da FENSG/UPE.

    E-mail: [email protected].

    Eixo Temtico: Inovao de processos e/ou produtos

    Introduo:

    A interdisciplinaridade o elo que possibilita o estabelecimento de inmeras relaes entre as

    disciplinas e destas com a realidade. Para discutir o papel e a importncia do trabalho

    interdisciplinar, preciso pensar a organizao do ensino, pois a forma como o conhecimento

    adquirido, refletido e organizado dentro da matriz curricular retrata a prpria concepo da

    aprendizagem.

    Neste contexto, a interdisciplinaridade surge na educao no como uma nova proposta

    pedaggica, mas como uma aspirao emergente entre os professores. Apresenta-se, ento,

    como o exerccio de algo que se faz entre um objeto voluntarista e, ao mesmo tempo, como

    algo que na prpria dinmica da constituio do conhecimento, acontece, quer queiramos ou

    no.

    No mbito da Enfermagem a interdisciplinaridade colocada como exigncia interna. O

    conhecimento e a prtica da enfermagem necessariamente interdisciplinar, uma vez que seu

    objeto de trabalho envolve relaes sociais, expresses emocionais e afetivas e a biologia,

    traduzida nas condies e razes scio-histricas e culturais das pessoas e grupos.

    O presente estudo objetivou descrever o conhecimento dos docentes de enfermagem sobre a

    interdisciplinaridade enquanto proposta pedaggica.

  • 13 ISBN 978-85-61839-13-0

    Metodologia:

    Esta pesquisa uma anlise de natureza descritiva e exploratria com abordagem qualitativa.

    O estudo foi realizado com docentes de uma Unidade de Ensino Superior (IES) do Curso de

    Enfermagem, localizado na cidade do Recife/PE.

    A investigao envolveu 12 docentes, incluindo-se docentes em exerccio pleno da docncia,

    excluindo-se os que exercessem cargos de direo ou administrao. Os dados foram

    organizados e analisados segundo o mtodo do Discurso do Sujeito Coletivo.

    A pesquisa foi previamente submetida avaliao pelo Comit de tica da Universidade de

    Pernambuco, o qual deu parecer favorvel a sua execuo atravs do registro 109/08. Todos

    os sujeitos autorizaram explicitamente sua participao e a divulgao cientfica, resguardada a

    identidade dos mesmos, mediante assinatura de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

    Resultados e Discusso:

    O ensino da Enfermagem, como nos diversos cursos da rea de sade, foi subordinado ao

    paradigma cartesiano, assumindo uma perspectiva fragmentadora do processo de sade,

    doena e morte, sustentando-se numa abordagem tcnica e biologicista.

    Os participantes do estudo, ao definirem a disciplinaridade, demonstram a percepo desta

    abordagem fragmentada do conhecimento. Ressaltam, tambm, que tal fragmentao concorre

    para construo de um saber esttico e modular, uma vez que os diversos contedos,

    abordados isoladamente, no se intercomunicam.

    Contrapondo-se a disciplinaridade, tem-se a interdisciplinaridade, que pressupe um novo

    paradigma, denominado de paradigma emergente ou o paradigma da complexidade, no qual o

    preceito da anlise (disciplinaridade) substitudo pelo preceito da integrao

    (interdisciplinaridade).

    O conceito de interdisciplinaridade, na percepo dos docentes de Enfermagem,

    enfaticamente percebido segundo a caracterstica da integrao. Esses docentes apontam

    necessidade de uma formao na qual o contedo seja construdo segundo a definio de

    eixos comuns que favoream sua inter-relao.

    Concluso:

    Observou-se que os docentes sabem diferenciar os conceitos de disciplinaridade e

    interdisciplinaridade, tm cincia do papel integrador do conhecimento e a necessidade de uma

    formao ampla que se afaste daquela estritamente especialista.

    Para tanto, entendem que introduzir a interdisciplinaridade como proposta pedaggica exige

    uma sensibilizao individual e coletiva, devendo-se considerar o resgate de conhecimentos

    prvios de cada discente. Todavia, demonstram a clareza de que esta no uma ao

    individual, mas que deve refletir a construo de uma proposta pedaggica condizente com tal

    perspectiva, ou seja, que deve est transversal e horizontalmente presente no currculo.

  • 14 ISBN 978-85-61839-13-0

    A enfermagem advoga uma nova forma de conhecimento e prtica na sua formao. Para

    tanto, est sempre reconstruindo suas teorias e modelos de interveno, na busca de uma

    viso holstica e integradora que possa abarcar o ser humano em sua totalidade, no

    dicotomizando os saberes que tangem a formao do profissional e garantindo uma melhoria

    na qualidade assistencial. Desta forma, parece que tem em seu objetivo a busca da

    interdisciplinaridade. O estudo mostra que os docentes tm conscincia desta busca, mas, ao

    mesmo tempo, necessitam de um conjunto de aes que viabilizem tal perspectiva.

    Palavras-chaves: Educao Superior, Educao em Enfermagem, Enfermagem.

  • 15 ISBN 978-85-61839-13-0

    INTERAES DE TROCA NA INTERFACE FM/AFM DE NANOCOMPSITOS OBTIDOS

    POR MECANOSSNTESE

    Lenine Campos Miranda (1); Eduardo Padron Hernandez (2)

    (1).Doutorando em Cincia de Materiais UFPE; (2). Doutor em Fsica UFPE.

    E-mail: [email protected]

    Eixo Temtico: Inovao de processos e/ou produtos

    Introduo:

    Este trabalho apresenta um estudo da relao entre as propriedades magnticas e

    microestruturais em nanocompsitos de Ni/MnO, Ni/CoO, Co/MnO, Co/CoO e

    (Fe50/Co50)x/(MnO)1-x. O objetivo principal compreender como o acoplamento na interface

    FM/AFM se manifesta na resposta magntica destes materiais a um campo aplicado. A

    preparao das amostras foi realizada utilizando sntese mecanoqumica por meio de um

    moinho de bolas de alta energia do tipo planetrio. O efeito da diminuio do tamanho de

    cristalitos leva a grandes variaes das propriedades magnticas do material [1],

    especificamente tm se observado mudanas no campo coercivo (HC), na magnetizao

    remanente (MR) e na magnetizao de saturao (MS). A diminuio do tamanho de cristalitos

    com o decorrer da moagem intensifica os efeitos que dependem da razo superfcie-volume do

    material.

    Metodologia:

    A caracterizao foi feita fundamentalmente por difrao de raios-X (DRX), microscopia

    eletrnica de varredura (MEV) e magnetometria de amostra vibrante (VSM). Analisando os

    picos de DRX das amostras estudadas, observou-se uma diminuio no dimetro mdio das

    partculas com o aumento do tempo de moagem. As anlises por MEV mostram aglomerados

    de partculas multiformes de tamanho micromtrico. Juntando os resultados obtidos por DRX e

    MEV, pode-se concluir ento que existem aglomerados micromtricos de nanocristais das

    fases correspondentes a cada amostra. As medidas magnticas revelam um forte acoplamento

    entre as fases presentes nos nanocompsitos obtidos, mostrando mais uma vez que a

    mecanosntese (MS) uma tcnica eficiente para este tipo de finalidade.

    Resultados e Discusso:

    As amostras com CoO apresentaram variaes significativas nas medidas do momento

    magntico em funo da temperatura quando estudadas prximo da temperatura ambiente.

    Este fato se deve porque o xido de cobalto se torna antiferromagntico abaixo de TN(CoO) =

    291 K. Um estudo semelhante foi realizado em baixas temperaturas nos compsitos contendo

    MnO e verificou-se tambm nestas amostras, variaes da magnetizao perto de TN(MnO) =

    117,5 K, mostrando a existncia do forte acoplamento FM/AFM entre as fases dos

  • 16 ISBN 978-85-61839-13-0

    nanocompsitos. Os altos valores de HC podem ser atribudos ao acoplamento FM/AFM, que

    impe uma barreira energtica junto ao termo magnetocristalino. Medidas de M vs T foram

    realizadas para diferentes valores de campo aplicado e verificou-se um salto no momento da

    amostra perto da temperatura de Nel do antiferromagntico.

    Concluso:

    A tcnica de mecanosntese pode ser utilizada para formao de compsitos em escala

    nanomtrica com aglomerados de cristais em escala micromtrica o j foi visto em pesquisas

    anteriores, o que nos deixou confiante para uso da tcnica com os objetivos especficos dessa

    dissertao. O compsito FeCo/MnO se mostra a mais estvel na MS, nas condies do

    trabalho de 300rpm, razo 1:1, etc., para os precursores Fe+Co+Mn e Fe+Co+MnO, no

    sendo o esperado j que o Fe tenderia a se oxidar no lugar do Mn e no formar uma liga com o

    Co. Com o tempo de moagem, observamos alterao das propriedades magnticas em funo

    do tempo de moagem e alterao das propriedades em funo da porcentagem de FeCo, ou

    seja diminuio do tamanho final do cristalito para a fase MnO com aumento da proporo de

    FeCo no compsito com o mesmo, mas no houve comprometimento da diminuio do

    tamanho de cristalito da fase FeCo na variao de percentagem em peso do mesmo na

    composio com MnO. Magneticamente, o Hc aumenta para amostras de FeCo / MnO aps

    moagem comparado com sem moer devido a diminuio do tamanho de partcula e

    conseqentemente ao aumento da energia de superfcie. Para T < TN do MnO h mudana no

    Hc devido ao acoplamento FM/AFM. Para Ni/MnO, Ni/CoO e CoMnO h uma diminuio da MS

    podendo ser explicado por um acoplamento fraco nas respectivas configuraes e para

    Co/CoO, h um aumento da MS , podendo ser explicado por um acoplamento forte dos tomos

    da superfcie entre Co e seu prprio xido.

    Apoio: CNPq

    Palavras-chave: Magnetismo, nanopartculas, compsitos, acoplamento, mecanossntese.

  • 17 ISBN 978-85-61839-13-0

    Eixo: 4.2.2 Polticas e aes de

    fomento inovao

  • 18 ISBN 978-85-61839-13-0

    POLTICAS PBLICAS DE INCENTIVO INOVAO SUSTENTVEL S PEQUENAS E

    MDIAS EMPRESAS: UMA ANLISE DO PRMIO FINEP DE INOVAO

    Erica da Cruz Novaes Gonalves Dias (1)

    Julio Francisco Blumetti Fac(2)

    (1) Mestranda do programa de Cincias Humanas e Sociais na UFABC (2) Prof. Dr. de Ps-

    Graduao do programa de Cincias Humanas e Sociais na UFABC

    Email: [email protected]; [email protected]

    Eixo temtico: Polticas e aes de fomento inovao

    Introduo:

    A inovao considerada como primordial no desenvolvimento econmico dos pases.

    Todavia, como um processo dinmico e essencial s organizaes de toda natureza, cada vez

    mais esta temtica tem sido envolvida por questes ligadas sustentabilidade. Emergindo

    dessa maneira a inovao sustentvel, que considera um trip de direcionadores social,

    ambiental e econmico nas atividades de desenvolvimento de produtos, servios e processos.

    Tal iniciativa tambm vem ganhando cada vez mais espao no estabelecimento de diretrizes

    norteadoras na esfera pblica, manifestando-se particularmente em polticas federais de

    estmulo inovao e ao desenvolvimento sustentvel.

    A partir deste arcabouo situacional as pequenas e mdias empresas esto sendo inseridas

    pelas polticas pblicas de forma a tentar oferecer a elas os benefcios fiscais ou subvenes

    at pouco tempo disponveis apenas s empresas de grande porte atuantes no Brasil.

    Dessa maneira, o objetivo do presente trabalho foi identificar de que forma esses incentivos

    esto sendo empregados pelo governo, e quais as caractersticas das empresas beneficiadas

    por tais iniciativas, bem como a caracterizao de que setores tm sido foco de ateno destas

    polticas pblicas. Isto, tendo em vista a grande importncia econmica que as mdias e

    pequenas empresas tm para o pas e, portanto, o possvel impacto que podem ter no

    desenvolvimento econmico sustentvel almejado pelas polticas implantadas no pas.

    Para tanto, foram identificadas e estudadas as empresas de mdio e pequeno porte

    ganhadoras de um dos principais prmios de incentivo inovao no pas atualmente: o

    Prmio FINEP de Inovao, do perodo de 2008 a 2012.

    Metodologia:

    Foi realizada uma anlise de casos mltiplos a partir de uma amostra de empresas ganhadoras

    do Prmio FINEP de Inovao, no perodo de 2008 a 2012, de pequeno e mdio porte. Foram

    identificados, mapeados e levantados dados relacionados natureza de atuao de cada

    empresa, bem como aos tipos e especificidades de inovaes objeto de prmio alm de dados

    demogrficos acerca de porte, atuao, localizao destas empresas. A pesquisa procurou

    identificar tambm se as empresas desenvolvem parcerias ou possuem vnculos de

  • 19 ISBN 978-85-61839-13-0

    cooperao com instituies de pesquisas ou fomento inovao para desenvolvimento de

    suas novidades, observando tambm de que forma trabalham com a questo da

    sustentabilidade nos processos de desenvolvimento de inovao sustentvel.

    Resultados e discusso:

    Os dados levantados permitiram evidenciar elementos presentes nas aes governamentais de

    polticas pblicas de fomento inovao nas pequenas e mdias empresas, bem como

    possibilitou identificar aspectos comuns entre as empresas ganhadoras do prmio.

    Primeiramente, foi possvel identificar que, dentre as empresas pesquisadas, a grande maioria

    possui algum tipo de cooperao com instituies de pesquisa e/ou ensino. Fato bastante

    incomum na esfera das pequenas e mdias empresas tpicas no pas e que pode representar

    uma maior necessidade de aes e polticas pblicas voltadas para este fim, objetivando

    desenvolvimento de processos de inovaes cooperativos ou mesmo intercmbio de

    profissionais com maior qualificao para compor sua fora de trabalho.

    Sobre os setores a que pertencem, todas as empresas da amostra so atuantes de reas

    consideradas como estratgicas pelas polticas de incentivos inovao sustentvel. As

    empresas analisadas pertencem aos setores de Tecnologia da Informao, Sade, Energia,

    Biotecnologia, Espao e Defesa e Comunicao estando alinhadas com a proposta de polticas

    pblicas em setores-chave identificados no Livro Azul, publicado pelo Ministrio da Cincia,

    Tecnologia e Inovao (MCTI), no ano de 2011.

    Concluso:

    As pequenas e mdias empresas, por um longo perodo no contempladas por aes

    governamentais de incentivo s inovaes sustentveis, vm ganhando aos poucos uma maior

    participao na aplicao de polticas pblicas e aes setoriais. Um exemplo disso a prpria

    FINEP que oferece estmulo inovao, em nvel nacional, s pequenas e mdias empresas

    por meio de aes alinhadas com iniciativas governamentais como as tratadas no Livro Azul do

    MCTI. No trabalho foram analisados dados acerca das empresas ganhadoras deste prmio e

    foi possvel identificar diretrizes de estmulo ao desenvolvimento de inovaes sustentveis nas

    pequenas e mdias empresas.

    Alm disso, as empresas analisadas possuem caractersticas que lhes so comuns, em sua

    maioria, como: ligao com instituies de ensino e/ou pesquisa, o fato de estarem localizadas

    (ou possurem matriz) no eixo sul-sudeste do pas alm de considerarem a sustentabilidade no

    processo de desenvolvimento inovador.

    No obstante, tais resultados demonstram que ainda h espao para refinamentos e

    surgimento de novas aes e polticas no sentido de amplificar a atuao destas iniciativas de

    inovao para um maior nmero de empresas nos setores pesquisados.

    Palavras-chave: Inovao, inovao sustentvel, polticas pblicas, pequenas e mdias

    empresas, FINEP

  • 20 ISBN 978-85-61839-13-0

    RETROSPECTIVA DAS TRS EDIES DO PRMIO INOVAO EM GESTO

    EDUCACIONAL

    Camylla Portela de Araujo2; Nicole Isabel dos Reis

    3; Paola Matos da Hora

    4

    E-mail: [email protected]

    Eixo Temtico: Polticas e aes de fomento inovao

    Introduo:

    O objetivo deste trabalho apresentar o Prmio Inovao em Gesto Educacional. Este

    identifica projetos em gesto municipal do Laboratrio de Experincias Inovadoras em Gesto

    Educacional, criado em 2006, coordenado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas

    Educacionais Ansio Teixeira (Inep).O Prmio visa incentivar o desenvolvimento de

    experincias inovadoras em Gesto Educacional municipal que contribuam para o alcance dos

    objetivos e metas do Plano Nacional de Educao (PNE) e do Compromisso Todos pela

    Educao e mobilizar os municpios a fim de as tornar pblicas; reconhecer e premiar os

    coordenadores e os dirigentes municipais de Educao por suas iniciativas inovadoras e

    resultados alcanados;prospectar experincias inovadoras em Gesto Educacional que

    apresentem resultados positivos e divulg-las no Banco de Experincias em Gesto do

    Laboratrio.Foram realizadas trs edies do Prmio, que ocorreram nos anos de 2006, 2008 e

    2011.

    Metodologia:

    O Prmio Inovao em Gesto Educacional (institudo pela Portaria Ministerial n 2, de 17 de

    maio de 2006) ocorre a cada dois anos, mediante publicaes de portarias, que regulamentam

    sua realizao. As experincias so classificadas em quatro reas temticas que abrangem as

    28 diretrizes do Plano de Metas Compromisso Todos pela Educao. So elas: gesto

    pedaggica, gesto de pessoas, planejamento e gesto, avaliaes e resultados educacionais.

    O foco das experincias so a aprendizagem e os resultados concretos. Os critrios de

    participao exigem que a experincia esteja em vigncia, resultados concretos disponveis, e

    no mnimo, 18 meses de implementao at a data do trmino das inscries. Os participantes

    deste processo de seleo so os rgos gestores da educao municipal. A seleo das

    2Mestre em Educao pela Universidade de Braslia. Pesquisadora-Tecnologista em informaes e avaliaes

    educacionais no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Ansio Teixeira (Inep).

    3Doutora em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Pesquisadora-Tecnologista em

    informaes e avaliaes educacionais no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Ansio Teixeira

    (Inep)

    4 Mestre em Educao pela Universidade de Braslia. Pesquisadora-Tecnologista em informaes e avaliaes

    educacionais no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Ansio Teixeira (Inep).

  • 21 ISBN 978-85-61839-13-0

    experincias constituda por quatro etapas: recebimento e triagem das experincias; seleo,

    pela Comisso Julgadora, de at vinte experincias inovadoras destacadas pela avaliao in

    loco; visita in loco destes municpios, por consultores; seleo e premiao de dez

    experincias.

    Resultados e Discusso:

    O Prmio Inovao em Gesto Educacional premiou e divulgou experincias inovadoras no

    campo da gesto educacional em diversos contextos das cinco regies brasileiras. Atualmente,

    encontra-se em processo contnuo de aprimoramento da qualidade dos instrumentos de

    inscrio, de pontuao (avaliao da comisso julgadora) e de avaliao in loco das

    experincias. Houve a ampliao do conceito de inovao, associando-o no apenas a algo

    indito, mas a um conjunto de boas prticas com efeito multiplicador em favor do xito escolar.

    O Prmio tambm pretende contribuir para a soluo de problemas e desafios da educao

    bsica. Entretanto, at o presente momento, no foram implementados mecanismos de

    monitoramento da continuidade das aes, nem realizou um estudo de associao entre o

    contexto educacional e o desempenho escolar dos alunos, desafios que se fazem presentes na

    sua continuidade.

    Concluso:

    O Prmio Inovao em Gesto Educacional demonstrou que h entre os gestores municipais

    uma grande diversidade de projetos e ideias. A partir da realidade educacional de cada

    municpio, a rede traa estratgias para subsidiar os problemas detectados. Assim, as

    intervenes so fatores positivos, todavia ainda no foi mensurado o impacto das aes e

    nem definido quais fatores tornam uma iniciativa mais bem-sucedida que as outras. Uma etapa

    necessria, e que passa a ser pensada agora, seria a reflexo sobre a associao do contexto

    educacional e os fatores socioeconmicos, culturais, estatsticos. Dessa maneira, o Banco de

    Experincias, derivado do Prmio, poderia ser usado como um multiplicador de conhecimentos

    para outras localidades.

    Apoio:

    Desde 2006, vem sendo realizado pela parceria entre o Instituto Nacional de Estudos e

    Pesquisas Educacionais Ansio Teixeira (Inep), Secretaria de Educao Bsica (SEB), o Fundo

    Nacional de Desenvolvimento da Educao (FNDE), a Unio dos Dirigentes Municipais de

    Educao (UNDIME) e a Organizao das Naes Unidas para a Educao, a Cincia e

    a Cultura (UNESCO).

    Palavras-chave: Gesto Educacional, Prmio Inovao, experincia.

  • 22 ISBN 978-85-61839-13-0

    POLTICA EDUCACIONAL PARA O ESTADO DE ALAGOAS: PARCERIAS E DISCURSOS

    EM QUESTO

    Luciano Henrique da Silva Amorim

    Graduando em Pedagogia pela Universidade Federal de Alagoas UFAL

    E-mail: [email protected]

    Eixo Temtico: Polticas e aes de fomento inovao

    Introduo:

    O Estado de Alagoas sempre foi conhecido nacionalmente pelos dados socioeconmicos

    abaixo do IDH brasileiro, e pelos contrastes principalmente no campo educacional, exibindo

    sempre um dficit na promoo da educao em todos os nveis ao longo dos anos,

    principalmente por no possuir uma poltica construda, discutida e fundamentada dentro do

    ambiente terico requerido, deixando a desejar na tarefa da oferta de uma educao de

    qualidade no mbito estadual. Atravs dos governos e seu histrico na tentativa de construo

    de projetos no campo da educao, os resultados nunca alcanaram seus verdadeiros

    objetivos e metas. Portanto, a partir de uma iniciativa e construo coletiva na forma de

    parceria, o governo de Teotnio Vilela elaborou juntamente com a Secretaria de Estado da

    Educao e do Esporte (SEE/AL), o Ministrio da Educao (MEC) e o Programa das Naes

    Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) um programa denominado Gerao Saber que

    visava resoluo dos problemas tanto na rea de ensino/aprendizagem bem como os

    problemas sociais em que os alunos estavam inseridos, trazendo consigo um discurso e

    projeto salvacionista. Assim, o Programa Gerao Saber tornou-se o paradigma da educao

    em Alagoas, sendo constitudo por cinco grandes eixos e vinte oito aes. Neste trabalho, o

    foco se dar nas parcerias e discursos apresentados pelo governo do Estado, bem como nos

    documentos basilares que norteiam o eixo um, que discorre sobre Poltica Educacional para

    Alagoas, onde so apresentadas as parcerias promovidas atravs desse programa, com

    rgos pblicos e privados, para suster e oferecer a educao em Alagoas.

    Metodologia:

    O trabalho foi desenvolvido atravs de anlises dos documentos (eixos) do Programa Gerao

    Saber. Fazendo uma leitura e reviso bibliogrfica dos cinco eixos e de suas vinte e oito aes,

    foi realizada uma busca nos documentos utilizando a palavra-chave parceria, o qual foi

    organizado um documento com todas as citaes onde apareciam as parcerias desenvolvidas

    entre o Estado, o programa Gerao Saber e os rgos a serem contratados (pblicos e

  • 23 ISBN 978-85-61839-13-0

    privados), alm das organizaes do denominado Terceiro Setor. Alm da anlise dos

    documentos, dentro do Grupo de Pesquisa sobre Trabalho, Estado, Sociedade e Educao

    (GP-TESE-UFAL), foram realizadas reunies e debates sobre a temtica das parcerias, o papel

    do Estado, polticas pblicas e educacionais, bem como a interferncia de organismos

    internacionais. Por fim, foi realizado um levantamento de artigos, peridicos e livros sobre as

    temticas que envolviam a pesquisa, os quais foram fichados e revisados, podendo assim

    contribuir para uma anlise terica sobre o respectivo tema. Assim, foi redigido um relatrio, do

    qual com suas anlises, foi possvel construir o presente trabalho.

    Resultados e Discusso:

    O Programa Gerao Saber se corporifica em uma poltica educacional para o Estado de

    Alagoas. No apenas o eixo um que aborda sobre a temtica, mas o programa como um todo,

    que indica e exibe em seus documentos e nos discursos dos governantes, em especifico o

    governador e o secretrio de educao de Alagoas, a apresentao de que o Estado

    deficiente, enfatizando a participao da sociedade civil organizada como responsvel e

    construtora do processo poltico de organizao e de oferta da educao. Identifica-se a

    interferncia em mbito estadual e nacional de organismos multilaterais (PNUD, Banco

    Mundial) na organizao educacional de Alagoas, enfatizo que a construo do programa

    educacional pedaggico foi realizada por tcnicos desses organismos internacionais. A

    insero da PARCERIA, como redentora da educao no Estado de Alagoas, afirma-se como

    uma categoria estruturante do Programa Gerao Saber e da poltica educacional para o

    estado. Portanto, para o estado de Alagoas, a educao no acontece sem a idealizao das

    parcerias com rgos diversos (pblicos, privados e Organizaes da Sociedade Civil de

    Interesse Pblico -OSCIP), sendo que a noo de parceria est presente em todos os eixos

    estruturantes do Programa Gerao Saber, e surge posteriormente como poltica

    desenvolvimentista para Alagoas, atravs do macroprograma Alagoas Tem Pressa, que torna

    os programas de todas as secretarias do estado em pequenas aes, tendo por base a

    parceria como realizadora de aes para o estado, bem como sucateando e excluindo a

    discusso sobre a educao como um fator de relevncia para o estado e a sociedade,

    propagando um discurso neoliberal, e efetivando atravs desses programas, a implantao da

    poltica da Terceira Via.

    Consideraes Finais:

    A parceria, objeto alvo da pesquisa e categoria estruturante do programa Gerao Saber que

    d subsdios e sustenta a poltica educacional em Alagoas, parece ser indicada como a

    principal estratgia para que as mudanas educacionais ocorram, tornando-se um elemento

    essencial da poltica educacional alagoana, desde a organizao da gesto, at o uso das

    TICs. O Programa Gerao Saber e as parcerias que ele desenvolve principalmente no que

    tange a poltica educacional mostra-nos o quanto a educao est longe de ser uma prioridade

    para o Estado, apesar do discurso de valorizao presente na mdia preparada pelo governo,

  • 24 ISBN 978-85-61839-13-0

    servindo para mascarar uma realidade social e que envolve as diretrizes construtivas de

    programas eficazes, e que cumpram o princpio bsico da LDB 9394/96, que ofertar um

    ensino pblico, gratuito e de qualidade, alm de demostrar a ineficcia do aparelho do Estado e

    da crise financeira e poltica mundial que o envolve.

    Apoio: FAPEAL

    Palavras-chave: Parceria, Polticas Educacionais, Programa Gerao Saber.

  • 25 ISBN 978-85-61839-13-0

    Eixo: 4.2.3 Experincias exitosas

    em inovao

  • 26 ISBN 978-85-61839-13-0

    AVALIAO DO COMPORTAMENTO FSICO E MENTAL A PARTIR DO ESTUDO

    NEUROPSICOLGICO DO SONO EXCESSIVO EM ESTUDANTES DO ENSINO

    FUNDAMENTAL II E MDIO

    Rodolfo de Melo Valois Soares de Aguiar(1)

    , Eduardo Henrique da Silva(2)

    , Leandro Paes

    Barreto Silveira(3)

    , Gabriel Cezar Carneiro dos Santos (4)

    , Thiago Vasconcellos Modenesi

    (5),

    Erick Francisco Quintas Conde(6)

    (1) Graduando em Licenciatura em Matemtica pela Universidade Federal de Pernambuco

    UFPE

    (2) Estudante de Edificaes pela Instituio ETSAF

    (3) Graduando em Publicidade e Propaganda pela Universidade Maurcio de Nassau

    (4) Graduando em Matemtica pela Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE

    (5) Doutorando em Educao pela Universidade Federal de Pernambuco UFPE

    (6) Professor Adjunto no Departamento de Psicologia da Universidade Federal de

    Pernambuco UFPE

    E-mail: [email protected]

    Eixo Temtico: Experincias exitosas em inovao

    INTRODUO :

    O sono um estado de imobilidade parcial durante o qual estamos parcialmente

    desconectados do ambiente que nos rodeia. Durante o sono so executados e desenvolvidos

    vrios processos biolgicos, que no seu conjunto so essenciais sobrevivncia.

    No sono o crebro est ativo e ir oscilar entre trs modos de funcionamento: o sono lento, o

    sono paradoxal e a viglia. O sono uma viagem. O crebro funciona como um motor com trs

    tempos: viglia, sono lento, sono paradoxal, e vai alternando estes fases, com regularidade, em

    episdios sucessivos que duram cerca de 90 minutos, os ciclos.

    Em cada noite fazemos cerca de cinco ciclos de sono, com uma durao mdia de 60

    minutos.Com relao ao sono, tm-se alguns problemas se no o for executado corretamente,

    como o excesso dele. Dormir demais pode acarretar srios riscos tanto na sade como no

    aprendizado. Na sade, uma futura diabete e problemas cardacos. No aprendizado, problemas

    em filtrar informaes e mau estmulo cerebral. O estudo da sonolncia excessiva (SE), seus

    mtodos de avaliao aplicados a jovens estudantes e as intervenes por meio de

    experimentos cientficos foram tema dessa pesquisa com o propsito de desenvolver uma

    soluo tecnolgica que promova uma melhor adaptao do estudante ao sono correto e

    saudvel a vida escolar e, consequentemente, apresentando resultados mais significativos no

    dia a dia.

  • 27 ISBN 978-85-61839-13-0

    METODOLOGIA:

    Para uma maior comprovao do problema foi elaborado um levantamento sobre dois

    importantes instrumentos da avaliao do sono, suas tradues, adaptaes culturais e

    validao para a lngua portuguesa: Escala de sonolncia de Epworth e o ndice da qualidade

    de sono de Pittsburgh. Os mesmos foram aplicados com 30 estudantes, entre eles alunos do

    ensino fundamental II e mdio, avaliao do rendimento escolar atravs de exerccios

    matemticos e uma redao, aplicadas aps uma noite de sono dormida corretamente, ou

    seja, 8 horas de sono e os mesmos testes aps uma noite de sono irregular, alm do teste

    experimental de Recordao Livre, utilizado com pacientes para medir a capacidade de

    memorizao do indivduo at chegarmos a um resultado concreto em relao ao tempo de

    sono dormido pelos alunos. O presente estudo respeitou os princpios ticos para pesquisas

    com seres humanos estabelecidos na declarao de Helsinque em sua ltima reviso

    (10/2008) e da Resoluo 196/96 do Conselho Nacional de Sade (1996). Todos participantes

    foram orientados sobre os objetivos, riscos e benefcios do estudo e assinaram um termo de

    consentimento livre e esclarecido (anexo) sobre sua participao na pesquisa e sobre a

    utilizao dos dados em artigos cientficos.

    RESULTADOS E DISCUSSES

    Anlise estatstica: Utilizamos o teste de correlao de Pearson para estudar possveis

    correlaes entre os escores obtidos na escala de sonolncia de Epworth (ESS-Br),

    instrumento que obteve validade e consistncia interna para avaliao da sonolncia em

    territrio brasileiro, com o escore de um teste clssico para estudo da memria, conhecido

    como teste da livre recordao (Bertolazi et al., 200). Resultados: O coeficiente de Pearson

    indicou uma forte correlao negativa entre o escore obtido na ESS-Br com o teste da livre

    recordao (r= -0,74). Em outras palavras, os resultados demonstraram que, quanto maior a

    sonolncia, menor a capacidade de memorizao do sujeito.

    CONCLUSO:

    A partir da coleta de dados e da anlise dos resultados dos questionrios de avaliao da

    qualidade do sono (Epworth e Pittsburgh), junto aos testes experimentais com o grupo de

    estudantes do ensino mdio, podemos concluir que o sono excessivo pode sim comprometer o

    rendimento escolar. Alm do estudante no ter um bom desempenho causado pela irritao do

    crebro, que manda como resposta ao corpo a fadiga, falta de concentrao e memorizao

    (analisada a partir do experimento de Recordao Livre), interferindo negativamente no

    aprendizado do estudante. Dormir em excesso, mesmo que de vez em quando, faz to mal

    para a sade quanto dormir pouco. De acordo com estudos, se a pessoa dorme menos ou

    mais que o tempo necessrio para o corpo descansar, o crebro passa a no executar bem as

    suas funes de forma a prejudicar o desempenho em diferentes tipos atividades. E como

    complemento de pesquisa, com o propsito de desenvolver uma soluo tecnolgica que

  • 28 ISBN 978-85-61839-13-0

    promova uma melhor adaptao do estudante ao sono correto e saudvel a vida escolar foi

    idealizado e elaborado o Waking To Life, software para dispositivos mveis de sistema

    operacional Windows Phone, que auxilia os estudantes a regularem seu tempo de sono, alm

    de aprenderem diariamente sobre a sonolncia excessiva e seus perigos a sade e rendimento

    dentro da escola atravs de um quiz.

    Palavras-chave: Estudantes, sono excessivo, instrumentos de avaliao.

  • 29 ISBN 978-85-61839-13-0

    USO DO MATERIAL DIDTICO NAS AULAS DE EDUCAO FSICA DO ENSINO

    FUNDAMENTAL II DA REDE PARTICULAR DE ENSINO DE CARAUARU-PE

    Severino Antonio da Silva Junior; Kleber Brulio da Silva Nascimento

    Faculdade ASCES-Caruaru-PE ; Faculdade ASCES-Caruaru-PE

    Email: [email protected]

    Eixo Temtico: Experincias exitosas em inovao

    Apresentao:

    Na disciplina de educao fsica o uso do livro didtico quase inexistente por uma questo

    cultural de no materializar os contedos prprios da educao fsica em formato de livro como

    as demais disciplinas no ambiente escolar, o material didtico nas aulas da educao fsica

    uma iniciativa para mudar esse panorama e modificarmos nosso posicionamento como

    professores em nossas aulas sejam na sala de aula ou na quadra da escola. O presente relato

    de experincia teve o objetivo de procurar um caminho para desenvolver os contedos

    conceituais da Educao Fsica escolar nas sries iniciais do Ensino Fundamental II e debater

    questes proeminentes para a Educao Fsica na escola.

    Metodologia:

    Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa, visando uma anlise mediante

    pr-requisito terico-prtico. O projeto foi desenvolvido no Colgio Criativo da cidade de

    Caruaru-PE, com os alunos dos 8 anos A e B (manh), 8 ano C (tarde), no ano de 2012,

    foram entregue a cada unidade um material didtico, os contedos escolhidos foram temas

    especficos da educao fsica: na 1 unidade com dana, 2 unidade lutas, 3 unidade jogos e

    na 4 unidade esportes.

    Resultados e Discusses:

    Conforme plano anual de ensino proposto para o planejamento escolar do ano letivo de 2012,

    inicialmente, a proposta do material didtico foi bem aceita pelos alunos dos oitavos anos,

    porm ficaram desconfiados sobre a possibilidade de pesquisar, elaborar e, acima de tudo, ler

    nas aulas de Educao Fsica. A dvida era apenas se teriam somente aulas tericas, no

    podendo assim ir mais para a quadra!, uma vez que os contedos conceituais j eram

    trabalhados nas aulas de Educao Fsica com a utilizao de outros recursos.

    Concluses:

    Um bom aproveitamento escolar nas turmas dos 8 anos na disciplina e principalmente o

    reconhecimento, tanto pelos pais que no comeo do ano letivo no entenderam quando alunos

    como professores e coordenadores, da importncia dos contedos conceituais da Educao

    Fsica para a formao integral do aluno se apresenta como principal resultado do estudo.

    Palavras-Chave: Educao Fsica, contedos e escola.

  • 30 ISBN 978-85-61839-13-0

    Eixo: 4.2.4 Inovao, conceito e

    crtica nas cincias humanas

  • 31 ISBN 978-85-61839-13-0

    LIMITAO DA SOBERANIA: O ESTADO SOB O PRISMA DA DIGNIDADE DA PESSOA

    HUMANA

    Marta Thais Leite dos Santos(1)

    Ronaira Costa Ribeiro (2)

    (1)Mestranda em Direitos Humanos pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). E-mail: [email protected] (2) Graduada em Direito pela Universidade Estadual da Paraba (UEPB). E-mail: [email protected]

    Eixo Temtico: Inovao, conceito e crtica nas cincias humanas

    Introduo

    O estado enquanto sociedade politicamente organizada detm o poder dos poderes. Por

    conseguinte, a soberania confere, internamente, entidade estatal a imperatividade de ditar as

    regras que iro ordenar o corpo social, e externamente, a condio jurdica de figurar no

    cenrio internacional em igualdade com os demais. Classicamente, a soberania definida

    como um poder absoluto e ilimitado do Estado, ou seja, um poder que no conheceria restrio

    de quem quer que seja, ao atribuir uma fora mxima ao Estado, caracterizada como um

    irresistvel agir com autoridade tanto no plano interno quanto externo.

    Entretanto, em meados do sculo XX, determinado conceito passa a ser questionado diante

    das atrocidades cometidas durante a Segunda Guerra Mundial, responsveis por sistemticas

    violaes a direitos fundamentais. A ascenso dos regimes totalitrios ocasiona a necessidade

    de mudana para um novo paradigma estatal, que visa considerar no apenas os ideais

    polticos e sociais, mas resgatar os valores da essncia humana.

    O ser humano, antes tratado como objeto de interesses diversos nos tempos de guerra, agora

    readquire, com ampla nfase, o status de pessoa dotada de direitos, para que pudesse ser

    assegurada a sua dignidade. A partir deste momento, reconhecido o valor de cada pessoa, e

    o Estado ter que coadunar suas atitudes em direo a este escopo. Houve o esforo para se

    repensar o conceito de direitos humanos, contemplando sua pluralidade e necessidade de

    efetivao e internacionalizao dos mesmos.

    Metodologia

    A pesquisa foi realizada atravs de um estudo exploratrio e bibliogrfico, incluindo, alm de

    livros sobre o assunto, consulta a artigos cientficos especializados e material disponibilizado

    na internet, utilizando a anlise crtica com o objetivo de se contrapor s proposies

    concernentes ao tema em questo.

    Resultados e Discusso

    A soberania sem restries de outrora sucumbe diante da obrigao estatal de efetivar a sua

    principal finalidade, ou seja, propiciar o bem comum. Diante disso, ocorre o fenmeno da

    relativizao da soberania, isto , o Estado limita esta em virtude da proteo que deve

  • 32 ISBN 978-85-61839-13-0

    estender a pessoa humana, visto que inerente ao Estado o nus de conceder ao indivduo as

    condies necessrias para a sua realizao. Por conseguinte, passa pelo respeito e amparo

    aos direitos humanos o alcance deste propsito. Com isso, tem-se a limitao da soberania em

    prol de um Estado que preconiza o bem estar dos seus cidados.

    Deveras, a soberania no pode ser bice para resguardar os direitos humanos. Estes, na

    contemporaneidade, so um assunto de interesse universal, e no apenas singular dos entes

    estais. Em linhas gerais, os atores da Sociedade Internacional tm pactuado o compromisso de

    velar pela dignidade da pessoa humana, atravs principalmente de Tratados e Convenes

    Internacionais. Este aspecto torna legtima a interveno domstica de um Estado nos

    argumentos de outro, quando se trata de garantir os direitos fundamentais do homem. Por meio

    da submisso a acordos internacionais sobre a respectiva matria, esta interferncia configura-

    se completamente autorizada pelos entes internacionais.

    A universalizao da dignidade da pessoa humana o que justifica a mitigao da soberania

    estatal no mundo ps-moderno. Para proteger os direitos imanentes ao homem os Estados

    abdicam de um poder absoluto e atendem a uma demanda internacional. Aos membros da

    Sociedade Internacional cabe propiciar no plano interno, todos os meios necessrios, para que

    seus cidados tenham uma vida condigna. E consequentemente, no plano externo figurar com

    uma entidade que observar o bem mais precioso do individuo, sua dignidade.

    Concluso

    Sabe-se que as relaes internacionais so travadas pelos Estados, cada qual imbudo por

    seus interesses. E no resta dvida que a proteo aos valores humanos de imprescindvel

    debate, pois para um Estado ter o respeito de outro e obter os frutos deste respaldo, ele

    precisa ser visto internacionalmente com bons olhos, ter o apreo dos seus pares, fazer jus s

    regalias de futuras transaes. Pois, na atual esteira das relaes internacionais os Estados

    mediante o interesse comum de amparo aos direitos do homem, buscam atender interesses

    divergentes de diversos segmentos.

    Afinal, um Estado que se preze democrtico, deve alm de ter positivado os direitos

    fundamentais do indivduo, concretiz-los. Dessa forma, mister se faz lanar mo de

    instrumentos adequados para aquela consecuo. Assim, contemplar a dignidade da pessoa

    humana o mecanismo que detm o Estado para efetivar no mbito social os direitos que

    compem a integridade fsica e psquica do homem. Por isso, a proteo e preservao dos

    valores intrnsecos a dignidade da pessoa humana o sucedneo do antigo conceito de

    soberania ilimitada.

    Palavras-chave: Soberania; Direitos Humanos; Dignidade da Pessoa Humana.

  • 33 ISBN 978-85-61839-13-0

    DESAFIOS DO DOCENTE EM FILOSOFIA EM SUA PRTICA NO ENSINO MDIO

    Nelson Rocha da Silva(1)

    ; Thiago Vasconcellos Modenesi(2)

    (1) Graduando em Filosofia pela Universidade Federal de Pernambuco UFPE

    (2) Doutorando em Educao pela Universidade Federal de Pernambuco UFPE

    E-mail: [email protected]

    Eixo Temtico: Inovao: conceito e crtica nas cincias humanas

    Introduo:

    Sabemos que a disciplina filosofia foi banida do currculo do Ensino Mdio por quase trs

    dcadas, o que visualizamos como sendo responsvel pela alienao que se instalou em

    nossa sociedade, principalmente nos jovens, no momento em que cresce a indstria da falsa

    necessidade, do consumo abusivo, da informao rpida, da coisa pronta adquirida sem

    maiores esforos para a concluso. Legalmente foi reestabelecida essa condio curricular,

    exemplo disso so as Leis 9394/1996 e a de Diretrizes e Bases para Educao, mas esbarrou

    na falta de profissionais habilitados para docncia nesta disciplina o que pouco a pouco deve

    ser equilibrado. H um abismo a ser vencido, pois como citado, o jovem (que o pblico

    preponderante no Ensino Mdio) no est sendo educado no sentido de desenvolver a

    reflexo. H uma inquietao que at podemos considerar normal, quando no

    exageradamente apresentada, ento surge o desafio do docente em filosofia: inverter esse

    entendimento e dialeticamente atrair o interesse desses atores ao contedo filosfico.

    receoso que o retorno dessa disciplina venha recheado de parmetros institucionais, o que

    obrigatoriamente levar esses profissionais a limitar-se ao contedo filosfico enciclopedista,

    divergindo dos reais fundamentos da filosofia: o refletir e o ironizar.

    Metodologia:

    Nossa ideia para este artigo surgiu em um debate numa disciplina que cursamos na

    Universidade, neste de forma clarificada visualizamos os desafios dos profissionais em

    educao de uma forma geral quando adequamos a realidade: turma formada por graduandos

    em filosofia. Isto despertou o desejo de sequenciar uma investigao mais refinada a respeito.

    Sabemos que na Histria diversos pensadores filsofos foram perseguidos e at mortos por

    governos e atores religiosos com a afirmao justificante de que seus escritos, pensares e

    ideias levavam inquietao e perturbao aos jovens. Aqui que se visualiza a possibilidade

    de maior aproveitamento cognitivo, consequentemente a formao de uma sociedade libertria.

    Resultados e Discusso:

    A ideia que nos move, como dito anteriormente, surgiu aps uma aula de Fundamentos da

    Educao na UFPE, em que foram abordados os modelos de educao adotados atualmente,

    devido a problemtica que se instalou naquele evento, em que a discusso no terminou no

  • 34 ISBN 978-85-61839-13-0

    tempo previsto, ou seja: ao final da aula, percebeu-se a necessidade de sequenciarmos tal

    temtica, gestando a ideia de uma atividade mais substancial.

    Concluso:

    Entendendo ser este apenas uma inicial das problemticas na trajetria de um docente a

    superar, continuamos fortalecidos ao desafio que nos propusemos: educao. Dito isto, parece

    que no to recente por parte das classes dominantes o desejo de unificao de pensamento

    da sociedade, ou seja, alienao. Ficando clarificada a ideia de manter inerte a capacidade de

    criticar dos seres sociais tornando-os limitados, desenvolvendo apenas a obedincia, na

    perspectiva filosfica sartreriana seres em si (Jean-Paul Sartre, 1905 1980). Quando faz

    uma analogia ao garom, aquele personagem que vive apenas para satisfazer as

    necessidades alheias, no desenvolvendo sua perspectiva crtica, ignorando seu livre-arbtrio,

    dessa forma, tornando-se vulnervel socialmente.

    Palavras-chave: desafio, abismo, alienao, educao.

  • 35 ISBN 978-85-61839-13-0

    A PEDAGOGIA DE PAULO FREIRE NA EDUCAO DE JOVENS E ADULTOS (EJA)

    COMO POLTICA DE REDUO DA DESIGUALDADE SOCIAL NO BRASIL.

    Priscilla Rodrigues de Souza(1)

    ; Osas Rodrigues dos Santos Silva(2)

    (1).Graduanda de Licenciatura em Geografia na Universidade Federal de Pernambuco;

    (2).Graduando em Psicologia na Faculdade de Cincias Humanas - ESUDA.

    E-mail: [email protected]

    Eixo Temtico: Inovao: conceito e crtica nas cincias humanas

    Introduo:

    O programa de educao de jovens e adultos idealizado por Paulo Freire visa escolarizar

    pessoas que no tiveram acesso a escola no seu tempo regular, oferecendo acessibilidade e

    flexibilidade nos horrios, para que essas pessoas que antes viviam a margem pudessem ser

    inseridas no meio social mais igualitrio e garantissem a sua acesso profissional. Ao refletir

    sobre a importncia do EJA vemos a transformao social e compreendemos as dificuldades

    de sua implantao como poltica permanente em um pas profundamente desigual como o

    Brasil. Esse sistema de ensino se tornaria uma ameaa para a elite, pois os marginalizados

    economicamente, aps ter acesso ao conhecimento poderiam causar o que chamaram de

    desobedincia civil, passando a no mais aceitar os limites impostos pela sociedade de

    classe dominante. Esse foi um dos motivos que dificultou o melhor desenvolvimento do EJA:

    um desinteresse dos mais favorecidos para no perder a sua mo de obra e o seu poder,

    sabendo que o conhecimento liberta. Este trabalho objetiva demonstrar como a educao de

    jovens e adultos, a partir de um breve estudo do trabalho de Paulo Freire, pode ser uma

    ferramenta na reduo da desigualdade social no Brasil, onde Paulo Freire indica que se deve

    expulsar esta sombra pela conscientizao.

    Metodologia:

    O trabalho realizado contou com o levantamento bibliogrfico da obra de Paulo Freire sobre o

    tema da Educao de Jovens e Adultos (EJA); como forma de libertao da opresso da

    desigualdade social, com auxlio da obra de Josu de Castro Fome Um Tema Proibido (2003).

    Tambm foram analisados dados do senso demogrfico de 1980 a 2010 do Instituto Brasileiro

    de Geografia e Estatstica (IBGE) para termos noo do avano obtido com a implantao do

    programa de educao de jovens e adultos.

    Resultados e Discusso:

    O EJA tem por base trabalhos de alfabetizao e de educao derivados da vida concreta das

    pessoas cujo contedo advindo do cotidiano dos alunos, visando atender suas maiores

    necessidades, utilizando esse saber emprico como base para melhor compreenso dos

    contedos.Paulo freire (1970), descreve que ensinar no apenas repassar contedos, mas

    criar condies para que se consiga por seu prprio mrito construir conhecimento, o aplicando

  • 36 ISBN 978-85-61839-13-0

    a seu cotidiano, contribuindo para que essas pessoas que antes eram oprimidas e

    marginalizadas tambm pudessem aprender deixando a condio do "no saber" como mais

    um fator de excluso da sociedade em que elas vivem passando a ter igualdade social nesse

    mesmo meio, assim Paulo Freire (1997) incita ao educador a ensinar a analisar suas

    realidades concretas, superando seu saber anterior por um saber mais critico e menos

    ingnuo. Contudo existe um compromisso em tornar por meio do "poder ler o mundo" nas suas

    dimenses polticas, histricas e econmicas, uma vida mais digna e justa para os

    trabalhadores, que j haviam sido expulsos de vrios direitos, inclusive do direito de poder ter

    acesso ao mundo alfabetizado e dominante.

    Concluso:

    Apesar do bom desenvolvimento que o EJA tem proporcionado aos seus alunos, ainda temos

    em mdia 9,6% de pessoas maiores de quinze anos analfabetas no Brasil (IBGE, 2010), o que

    ainda um dado alarmante, uma vez que para o pas tornar-se desenvolvido se faz necessrio

    cumprir o parmetro da taxa de desenvolvimento humano (IDH) que corresponde riqueza

    total do pas e a alfabetizao de sua populao. Porm, j notamos um grande avano se

    comparado aos dados das ultimas trs dcadas. Sobre o subdesenvolvimento, Castro (2003)

    afirma que o subdesenvolvimento uma forma de subeducao. De subeducao, no apenas

    do terceiro mundo, mas do mundo inteiro. Para acabar com ele, preciso educar bem e formar

    o esprito dos homens, que foi deformado por toda parte. S um novo tipo de homem capaz de

    ousar pensar, ousar refletir e de ousar passar ao poder realizar uma verdadeira economia

    baseada no desenvolvimento humano. Se conseguirmos libertar os homens da opresso que

    vive criando condies para que se consiga por seu prprio mrito o acesso ao letramento,

    poderemos criar seres crticos, capazes de aplicar em seu cotidiano o conhecimento adquirido

    e lutar por seus direitos, defendendo as polticas publicas nas quais esto inseridos

    influenciando o desenvolvimento do pas.

    Palavras-chave: Poltica, Educao, EJA.

  • 37 ISBN 978-85-61839-13-0

    SITE TEORIA E METODOLOGIA DA HISTRIA: USO DA TECNOLOGIA INTERATIVA NA

    FORMAO DO MUSELOGO UFS

    Jean Costa Souza (1); Janaina Cardoso de Mello (2)

    (1).Graduando em Museologia/Monitor/Universidade Federal de Sergipe -UFS; (2). Profa.

    Adjunta de Museologia/UFS - Orientadora

    E-mail: [email protected]

    Eixo Temtico: Inovao: conceito e crtica nas cincias humanas

    Introduo:

    O site Teoria e Metodologias da Histria da UFS insere-se na perspectiva da elaborao de

    suportes tecnolgicos direcionados s Cincias Humanas e Sociais Aplicadas para o fomento

    da aprendizagem do futuro profissional em Museologia. Nesse sentido, como objetivo geral,

    esse produto busca constituir-se como um instrumento de informao, pesquisa e interao,

    tratando de temas conceituais e metodolgicos da rea da Histria que tm sido uma fonte

    para os dilogos interdisciplinares exercitados pelos profissionais de museus. Como objetivos

    especficos propem-se aos alunos e professores a apropriao das ferramentas tecnolgicas

    na difuso do conhecimento produzido em sala de aula, bem como nas reflexes extra-sala; o

    desenvolvimento de um canal de aperfeioamento das tcnicas de ensino; a ruptura com a

    concepo tradicional de distanciamento das Cincias Humanas e Sociais Aplicadas da

    informatizao; o estabelecimento de uma linguagem que alie inovao tecnolgica e

    humanizao da tcnica, com potencial de crtica interpretativa.

    Metodologia:

    A primeira etapa compreende a elaborao de um site armazenado em um domnio gratuito

    (googlesites) para a alocao de textos, filmes e vdeos de apoio, sugestes para a disciplina,

    lista bibliogrfica complementar, atividades extra-sala, papers dos textos debatidos em aula,

    organizao de seminrios e eventos da disciplina de Teoria e Metodologias da Histria. A

    segunda etapa consiste nas leituras e pesquisa para obteno de dados que alimentaro essa

    base de dados. A terceira etapa compreende a insero das informaes no site. A quarta

    etapa envolve o gerenciamento do site (atualizaes, acompanhamento e avaliao dos

    comentrios). A quinta etapa desenvolve-se simultaneamente quarta etapa, a partir do

    contato pessoal com os alunos e o feedback da usabilidade dessa ferramenta tecnolgica, para

    a correo de eventuais problemas. Para acesso ao site os alunos podero utilizar os

    computadores conectados internet do Laboratrio de Informao e Memria Digital (LabTrix)

    do curso de graduao em Museologia, alm da rede wireless nas salas de aula ou das

    conexes realizadas de suas residncias.

  • 38 ISBN 978-85-61839-13-0

    Resultados e Discusso:

    O site Teorias e Metodologias da Histria UFS

    [https://sites.google.com/site/teoriasemetodologiashistoria/] propicia ao aluno um ambiente

    computacional para estudo, pesquisa e debate de textos dos autores Ronaldo Vainfas ao tratar

    da Histria Cultural, Jaques Revel sobre Micro-Histria, Brendan McSweeney sobre as

    incoerncias da cultura, Sandra Pelegrini abordando a gesto do patrimnio cultural, Lus

    Raposo sobre a musealizao de stios arqueolgicos, dentre outros. Assim, Histria e

    Museologia dialogam em suas convergncias e especificidades, proporciona aos alunos uma

    vivncia interdisciplinar de conhecimentos necessrios sua formao. A ferramenta

    tecnolgica amplia o espao da sala de aula para a virtualidade da cibercultura, expandindo os

    horizontes da produo acadmica. O site possibilita aos alunos mais tmidos uma interao

    maior no debate atravs de comentrios; seduz os alunos das novas geraes que j fazem

    uso de tablets, celulares, aplicativos; desenvolve nos alunos o senso de autonomia com links

    que ultrapassam as indicaes formais bibliogrficas. O aprendizado torna-se mais prazeroso,

    desafiador e abrangente, resultando num ndice de acessos por mais 80% dos alunos, com a

    aprovao de mais de 80% nas avaliaes daqueles que fazem uso do site.

    Concluso:

    O site Teoria e Metodologias da Histria da UFS uma ferramenta de auxlio, estmulo e

    desenvolvimento da aprendizagem dos graduandos em Museologia. Na rea das Cincias

    Humanas e Sociais Aplicadas configura-se como uma inovao tecnolgica, tendo em vista a

    disseminao recente desse ambiente computacional nesses campos do saber. Ao transpor o

    conhecimento terico e metodolgico em Histria do papel e da oralidade para a o universo

    digital descortina-se inmeras possibilidades que ultrapassam barreiras geogrficas e

    institucionais. Desburocratiza-se a pesquisa e o ensino, conferindo ao aluno o papel de agente

    ativo em sua formao profissional.

    Apoio: Bolsa de Monitoria da disciplina de Teorias e Metodologias da Histria

    (PROGRAD/DEAPE-UFS).

    Palavras-chave: site, ensino, Histria, Museologia, cibercultura.

  • 39 ISBN 978-85-61839-13-0

    AES AFIRMATIVAS NA UFRGS: AVALIAO DOS CINCO PRIMEIROS ANOS.

    Gregrio Durlo Grisa

    Doutorando em Educao na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, bolsista CAPES.

    Email: [email protected]

    Eixo temtico: Inovao: conceito e crtica nas cincias humanas

    Introduo:

    Como primeira etapa de avaliao da implementao do Programa de Aes Afirmativas por

    meio do Ingresso por cotas na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, como membro e

    junto a Comisso ad hoc Comisso de Acompanhamento dos Alunos do Programa de Aes

    Afirmativas, constituda para este fim, realizei estudo quantitativo do impacto do Programa no

    perfil dos alunos ingressantes na UFRGS por meio de concurso vestibular (CV), conforme as

    duas categorias estabelecidas na legislao pertinente (Deciso 134/2007 do Conselho

    Universitrio): estudantes egressos de escolas pblicas e estudantes egressos de escola

    pblica, autodeclarados negros. Apresentase aqui um relato conciso e alguns dos resultados

    numricos obtidos pelos indicadores,considerados teis por esta Comisso para o

    conhecimento, pela comunidade universitria, dos efeitos das cotas tanto no perfil dos

    estudantes que procuram ingressar na UFRGS,como no perfil dos que se classificam para

    ingresso pelo concurso vestibular. Farei aqui uma anlise sinttica de elementos que julgo

    destacveis dentro do estudo maior j referido.

    Metodologia:

    Os indicadores comparam os dados disponveis relativos ao CV 2007, anterior instituio das

    cotas, com os dados dos CV 2008, 2009, 2010, 2011 e 2012, permitindo calcular as

    propores, no universo dos alunos inscritos e classificados, de estudantes egressos de

    escolas pblicas e de estudantes egressos de escolas pblicas autodeclarados negros. Ainda

    se calculou a taxa de classificao que mede a probabilidade de classificao dos dois grupos

    estudados. Em todos os casos, as comparaes foram feitas inicialmente tomandose os dados

    gerais dos seis vestibulares considerados, e, em seguida, buscando observar qualitativamente

    o impacto das cotas, dividindose a amostra por cursos dentro de trs faixas de densidade; ou

    seja, dividindo-se os cursos conforme a razo entre o nmero de inscritos e as vagas

    disponveis. Foram considerados cursos de baixa densidade aqueles em que esta razo foi

    menor do que 5,0; de mdia densidade, os cursos cuja densidade ficou entre 5,0 e 9,0; e de

    alta densidade aqueles cuja densidade foi maior do que 9,0. A diviso dos cursos por

    densidade foi realizada com base nos dados do CV 2007.

  • 40 ISBN 978-85-61839-13-0

    Resultados:

    Entre os egressos de escola pblica, notase o aumento de 15,77% na proporo de

    classificados entre 2007 e 2012. Entre os candidatos de escola pblica que se autodeclararam

    negros, a proporo entre os classificados aumenta em 8,18%. O aumento ainda maior nos

    cursos de alta densidade, nos quais a proporo passa de 1,43%, em 2007, para 14,83%, em

    2012; o que representa 10,4 vezes mais candidatos desse grupo classificados. H aumento

    significante na proporo de candidatos de escola pblica que se autodeclararam negros entre

    os classificados quando comparase o CV 2011 com o CV 2012. Em cursos de alta densidade,

    o aumento significante, de 6,48%. As cotas, em 2008, 2009, 2010, 2011 e 2012 aumentaram

    a probabilidade de classificao dos egressos de escolas pblicas (1,59 vezes a probabilidade

    de 2007), bem como a de candidatos autodeclarados negros, tanto entre os egressos de

    escolas pblicas (2,89 vezes a probabilidade de 2007), como entre os egressos de todas as

    escolas (2,13 vezes a probabilidade de 2007). Nos cursos de alta densidade, a chance de

    classificao dos candidatos autodeclarados negros aumentou em 08 vezes, quando se

    compara a taxa de classificao de 2007 com a de 2012. No geral dos cursos, a chance de

    aprovao desse grupo de alunos aumenta em 03 vezes.

    Concluso:

    As informaes apresentadas indicam que, por meio do Programa de Aes Afirmativas, a

    Universidade Federal do Rio Grande do Sul conseguiu ampliar o acesso, em todos os seus

    cursos de graduao, para candidatos egressos das escolas pblicas e para candidatos

    egressos das escolas pblicas autodeclarados negros. O impacto do Programa no perfil dos

    candidatos inscritos e aprovados no concurso vestibular foi significativo.

    A implementao das cotas, e o consequente ingresso de estudantes com perfis diferenciados,

    levou a Universidade, em suas diferentes instncias, tanto a uma maior reflexo sobre a

    diversidade que caracteriza a sociedade, quanto promoo da diversidade tnico-racial e

    social e da educao das relaes tnico-raciais no ambiente universitrio, por meio de

    diferentes aes. O grande desafio que est diante da universidade o de criar aes que

    contribuam para a permanncia qualificada dos estudantes e atividades de formao de

    servidores tcnico-administrativos e servidores docentes, visando a promover a diversidade e a

    educao das relaes tnico-raciais na Universidade.

    Palavras-chave: Aes afirmativas, avaliao, UFRGS.

  • 41 ISBN 978-85-61839-13-0

    ABORDANDO AS DIFERENAS FSICAS DE GNERO ATRAVS DO ESPORTE:

    REFLETINDO SOBRE CULTURA E EDUCAO.

    INEILDES CALHEIRO DOS SANTOS

    Pesquisadora independente, graduada em educao fsica licenciatura plena, especialista em

    Condicionamento Fsico Aplicado Cardiologia, pela UNIME/BA, rbitra de futebol profissional.

    [email protected]

    Eixo temtico: Inovao: Conceito e Crtica nas Cincias Humanas

    INTRODUO

    Esse trabalho trata-se de um relato de experincia, fazendo abordagens sobre as diferenas

    fsicas de gnero entre a cultura sexista e a educao, e mostra atravs do esporte, mais

    precisamente o futebol, como s vezes, tais diferenas so utilizadas como critrio da

    hegemonia masculina, aonde destacamos as questes fsicas, fazendo uma relao com

    corredores de elite, em virtude da melhor compreenso.

    Trazendo reflexes sobre a cultura e a educao na sociedade, construda baseada na

    desigualdade de gnero, onde h a hegemonia do sujeito masculino em detrimento do

    feminino. O homem legitimado como ser humano e a mulher como o outro, numa relao de

    poder e subalternidade que culmina com enormes conseqncias para elas e para a

    sociedade, sobretudo, as mulheres so restringidas em alguns espaos e limitadas em sua

    liberdade.

    Na arbitragem em futebol, os recentes critrios para a insero neste setor: as exigncias

    fsicas de mesmo ndices, iguais entre homens e mulheres, tm restringido as atuaes e

    causado a excluso de gnero. Nos apropriamos desta situao para discutir as diferenas

    fsicas de gnero.

    Devido os avanos ocorridos ao longo do tempo, a mulher no mais considerada sexo

    frgil, mais ainda pautada na tica do sexo. Entretanto, como pensar na igualdade social nas

    relaes de gnero, a partir da igualdade fsica?

    Com essa problemtica, nosso objetivo discutir a temtica, visando elaborar um projeto de

    pesquisa que visa investigar se os fatores biolgicos so determinantes nas diferenas fsicas

    entre os sexos.

    METODOLOGIA

    Utilizamos o mtodo qualitativo, descritivo, e como anlise e coleta dos dados, foram

    destacadas as tcnicas: pesquisa documental, online e atravs de meios de comunicao

    diversos. Utilizamos como fonte de pesquisa os informes, documentos legais e atuaes da

    arbitragem atravs da CBF Confederao Brasileira de Futebol, interpretados no mbito

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    desse espao institucional e os critrios de insero de gnero, tendo como base a minha

    vivncia nesta rea, destacando como relato de experincia.

    Relacionamos as provas fsicas de gnero desenvolvidas na funo de arbitragem, com os

    resultados obtidos entre mulheres e homens e comparamos com as questes de gnero entre

    os corredores de elite. Diante dos dados coletados foi utilizada uma anlise de contedo

    comparativa, refletindo sobre as questes culturais, obtendo resultados parciais.

    RESULTADOS E DISCUSSO

    Nos resultados preliminares, arbitrar futebol apitar jogos ou auxiliar (bandeirinha) e

    desempenhar a funo de reserva. uma atividade remunerada e faz parte do mercado de

    trabalho informal.

    Em 2007, ocorreu um episdio no Brasil: as mulheres foram oportunizadas pela CBF-

    Confederao Brasileira de Futebol, na funo de arbitragem desta modalidade, e como

    exigncias dos critrios de insero executaram provas fsicas, nos ndices estabelecidos para

    mulheres.

    Mostrando-se capacitadas, grande quantidade logrou xitos, sendo formado um quadro de

    mulheres rbitras, denominado RENAF feminino, passando a atuar em competies nacional,

    tanto de categoria feminina quanto masculina.

    Ano seguinte ocorreu novo episdio: as mulheres para arbitrar em competies masculinas

    deveriam executar as provas fsicas de ndice masculinas e serem aprovadas. Assim sendo, do

    total que realizaram tais provas, apenas uma mulher logrou xito, sendo a nica considerada

    apta e oportunizada. As demais passaram a ser vetadas e autorizadas a participar

    exclusivamente em competies femininas. Competio de categoria feminina, at a presente

    data, s existe uma no Brasil e dura em mdia quatro meses no ano.

    Vale frisar que, atualmente, no Brasil, na funo de arbitragem, analisando o perodo de

    insero, existem mais aprovaes de mulheres em provas fsicas de ndice masculino, ainda

    assim, o nmero insignificante em comparao aos indivduos masculinos, e nessa

    discusso, pretendemos mostrar como isso vem acontecendo e as conseqncias para as

    mulheres que desempenham ou desejam inserir-se neste setor, alm de refletir sobre questes

    como as contidas no pargrafo seguinte.

    Ser que a exigncia da igualdade fsica de gnero, que supe ser justa, e que vem ocorrendo

    na arbitragem do futebol brasileiro, como critrio para incluir a mulher, legal? exigida

    tambm por rgos de outras instancias? Ou mais uma estratgia de se utilizar do sexo para

    manter a hegemonia masculina e o controle do poder?

    CONCLUSO

    As exigncias fsicas de gnero, iguais entre ambos os sexos, para a insero de mulheres na

    arbitragem em futebol, tanto limitam as atuaes quanto causam a excluso de mulheres neste

    setor. Alm do mais, parece ser uma estratgia de manter o controle do poder e a hegemonia

    masculina, aonde vista a discriminao contra as mulheres, simblica e sutilmente, mostrada

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    atravs dos suposto direitos iguais entre homens e mulheres (da Conveno da ONU).

    Contudo, mostramos que, o que deveria ser utilizado em benefcio da mulher, em prol da

    igualdade scio-cultural e econmica, utilizado contra ela.

    Fazendo uma comparao de gnero com corredores maratonistas, mesmo que na atualidade

    essas mulheres mostrem-se mais prximas aos homens no desempenho fsico, do que quando

    comeou a participar, no encontramos registro de mulheres corredoras de elite com a

    performance fsica igual ao de homens tambm do mesmo ttulo.

    Os estudos fazem-nos refletir sobre s desigualdades de gnero entre as oportunidades nos

    esportes, no caso particular, de corrida de rua, retratamos o atraso em que as mulheres foram

    inseridas. Nesse caso, sobre as diferenas fsicas de gnero, observando alguns autores, a

    cultura sexista parece ser um empecilho determinante, sobrepondo outros fatores, como os

    biolgicos.

    Na arbitragem, as mulheres no tm alcanado a igualdade nas oportunidades e

    socioeconmicas. O que no condiz com os direitos iguais entre homens e mulheres. Por isso,

    pensamos discutir essas questes e fomentar uma pesquisa contundente.

    Palavras-chave: Gnero; Performance fsica; Arbitragem em futebol; Educao; Cultura.

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    O ENSINO DE HISTRIA DA FRICA NO ESTADO DE PERNAMBUCO

    talo Belarmino de Andrade(1)

    ; Emelly Clara do Rgo e Silva(1)

    ; Arthur Danillo Castelo Branco de

    Souza(1)

    ; Joselane Maria de Medeiros(1)

    ; Karla Caroline Santiago Fagundes(1)

    ; Thiago

    Vasconcellos Modenesi(2)

    (1) Graduandos em Histria pela Universidade Federal de Pernambuco UFPE

    (2) Doutorando em Educao pela Universidade Federal de Pernambuco UFPE

    Email: [email protected]

    Eixo temtico: Inovao: conceito e crtica nas cincias humanas

    INTRODUO:

    Este trabalho pretende estudar o ensino de Histria da frica no estado de Pernambuco,

    partindo da Lei n 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que torna obrigatrio o ensino da referida

    disciplina e da cultura afro-brasileira. Para tanto nos propomos a analisar a forma como

    professores de Histria tratam deste tema, dos possveis impedimentos enfrentados por estes,

    apoiando-se na maneira como os livros didticos abordam esta temtica.

    METODOLOGIA:

    A anlise da forma como docentes tratam e como os livros didticos abordam o ensino de

    Histria da frica no estado de Pernambuco ser feita tendo como referencial terico os

    escritos de Leila Leite Hernandez sobre o assunto, bem como obras de outros autores

    especialistas no tema proposto. Alicerado na hiptese apresentada, onde acreditamos haver

    negligncia por parte dos rgos responsveis por fiscalizar e aprovar os livros didticos a

    serem usados em sala de aula por professores da educao bsica, negligncia esta que