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PORTO ALEGRE • RS • BRASIL 12 A 15 DE MAIO DE 2010 EDITORA FACOS UFSM TURISMO RURAL E AGRICULTURA FAMILIAR: INICIATIVAS E INOVAÇÕES ANAIS DO VII CONGRESSO INTERNACIONAL SOBRE TURISMO RURAL E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL - CITURDES

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  • PORTO ALEGRE RS BRASIL 12 A 15 DE MAIO DE 2010

    EDITORA FACOS UFSM

    TURISMO RURAL E AGRICULTURA FAMILIAR: INICIATIVAS E INOVAES

    ANAIS DO VII CONGRESSO INTERNACIONAL SOBRE TURISMO RURAL E DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL - CITURDES

  • PORTO ALEGRE RS BRASIL 12 A 15 DE MAIO DE 2010

    TURISMO RURAL E AGRICULTURA FAMILIAR: INICIATIVAS E INOVAES

    ANAIS DO VII CONGRESSO INTERNACIONAL SOBRE TURISMO RURAL E DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL - CITURDES

    EDITORA FACOS UFSM

  • APRESENTAO

    O Congresso Internacional sobre Turismo Rural e Desenvolvimento Sustentvel CITURDES se con-solidou como um dos principais fruns de discusso do turismo rural no Brasil e no mundo, possibilitando importantes interaes entre a comunidade cientfi ca, as instituies pblicas e a iniciativa privada. Desde maio de 1998, quando da sua primeira edio em Santa Maria (RS), passando pela sexta edio, realizada em junho de 2008 na cidade de Toluca, no Mxico, at chegar nesta stima edio em Porto Alegre (RS), o evento se tornou referncia e as temticas a serem discutidas no mesmo evoluram consideravelmente.

    O CITURDES tem trazido grande contribuio queles que buscam compreender os processos de transformao do espao rural e a insero do turismo nesse contexto, sendo o turismo rural atualmente considerado uma atividade potencialmente importante para contribuir nas estratgias de desenvolvimen-to rural.

    O VII Congresso Internacional sobre Turismo Rural e Desenvolvimento Sustentvel teve como obje-tivo geral congregar especialistas para discutir a temtica intitulada Turismo Rural e Agricultura Familiar: Iniciativas e Inovaes.

    Os textos aqui organizados por Grupos de Trabalhos foram previamente selecionados pela Comisso Cientfi ca do Congresso e trazem importante contribuio para a compreenso de uma realidade em constante transformao. Este Anais est organizado de acordo com os oito Grupos de Trabalhos defi -nidos para o Evento: GT1 Inovao e Empreendedorismo no Turismo Rural; GT2 Polticas Pblicas, Desenvolvimento e Turismo Rural; GT3 Associativismo e Redes no Turismo Rural; GT4 Meio Ambiente e Turismo Rural; GT5 Demanda e Marketing Tursticos em reas Rurais; GT6 - Patrimnio, Paisagem e Cultura no Turismo Rural; GT7 Temticas emergentes em Turismo Rural; GT8 Relatos de Experincias.

    Organizar um evento desse porte requer trabalho e dedicao, e no se realiza sem a conjugao de esforos. Por isso, gostaramos de agradecer todos aqueles que de alguma forma contriburam para a sua realizao.

    Esperamos que o contedo deste Anais contribua tanto para a compreenso do desenvolvimento do turismo rural, como tambm no planejamento e implementao das polticas pblicas no Brasil.

    Prof. Marcelino de Souza Prof. Ivo Elesbo

    (Coordenao Geral do VII CITURDES).

  • Organizao dos AnaisAndressa Ramos Teixeira, Elvis Albert Robe Wandscheer, Ivo Elesbo e Marcelino de Souza.

    Projeto Grfi co e CapaImagine Design

    EditoraFACOS UFSM

    ISBN: 978-85-98031-65-1

    Congresso Internacional sobre Turismo Rural e Desenvolvimento Sustentvel (7.: 2010 : Porto Alegre, RS)

    Anais do VII Congresso Internacional sobre Turismo Rural e Desenvolvimento Sustentvel : tur-ismo rural e agricultura familiar : iniciativas e inovaes, 12 a 15 de maio de 2010, Porto Alegre, RS, Brasil/ [coordenao geral Marcelino de Souza, Ivo Elesbo] Porto Alegre : s.n., 2010. 597 p., il.

    ISBN 978-85-98031-65-1 1.Turismo Rural. 2. Agricultura familiar. 3. Empreendedorismo. I. Souza, Marcelino II. Elesbo, Ivol III.Ttulo.

    CDU 338.48-44(1-22)

    Cip-Catalogao na publicaoVanessa I. Souza CRB10/1468

    Grupo Mercados No-Agrcolas RuraisAv. Joo Pessoa 31, Centro - Porto Alegre / RS BrasilFone: 55 51 3308 3965www.ufrgs.br/pgdr/mercados

  • INOVAO E EMPREENDEDORISMO NO TURISMO RURAL

    SUMRIO

    ANAIS DO VII CONGRESSO INTERNACIONAL SOBRE TURISMO RURAL E DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL - CITURDES

    1. TURISMO RURAL E DIFERENTES APROPRIAES: UMA TENTATIVA DE COMPARAO ENTRE BRASIL E HOLANDA ....................................................................3Zsuzsanna Kassai; Raquel Lunardi; Carlise Schneider Rudnicki; Meng Xiangdan; Verenice Zanchi

    2. EMPREENDEDORISMO NO TURISMO RURAL: ESTUDO DE CASO DA AGROINDSTRIA FAMILIAR PRANKE, MUNICPIO DE SINIMBU/RS ..........................................................9Flvio Abreu Calcanhotto; Claudiana Castro; Carlos Corra da Costa

    3. TURISMO E INOVAO NO MEIO RURAL: VISES A PARTIR DOS CAMPOS DE CIMA DA SERRA (RS) E DO CAT (RN) ..............................................................................15Augusto de Carvalho; Raquel Lunardi; Aldenor Gomes; Marcelino de Souza

    4. O SURGIMENTO DE NOVOS EMPREENDIMENTOS NO ROTEIRO DO VINHO GASTRONOMIA E LAZER EM PROPRIEDADES DE SEGUNDA RESIDNCIA - ESTUDO DE CASO ............................................................................................21Sandro Marcelo Cobello

    5. REVELANDO BENEFCIOS DO TURISMO RURAL: UM ESTUDO DO ROTEIRO TURSTICO CAMINHOS DE PEDRA, BENTO GONALVES, RS .................................................27Ariana de Oliveira; Ivo Elesbo; Marcelino de Souza

    6. AS MUDANAS PRODUTIVAS NAS AGROINDSTRIAS RURAIS FAMILIARES: ESTRATGIAS INOVADORAS NOS MERCADOS DE PROXIMIDADE NA REGIODO COREDE JACU CENTRO/RS ......................................................................................................................32Chaiane Leal Agne; Paulo Waquil Dabdab

    7. O EMPREENDEDORISMO NA FRONTEIRA DA PAZ/RS/BRASIL/URUGUAI: CASO DAS VINCOLAS ..........................................................................................38Rut Friedrich Marquetto; Taize de Andrade Machado

    8. IMIGRAO ITALIANA, TURISMO NO ESPAO RURAL E A VALORIZAO DAS PRTICAS LOCAIS:O CAMINHO COLONIAL DO VINHO NO MUNICPIO DE PELOTAS - RS ...................................................44Tiaraju Salini Duarte; Giancarla Vital Salamoni

    GT 1

  • GT 2 POLTICAS PBLICAS, DESENVOLVIMENTO E TURISMO RURAL

    1. A PONTE CAIU E A VACA FOI PRO BREJO:O CASO DO TURISMO RURAL EM RIO CLARO, SP .........................................................................................54Silas Nogueira de Melo; Michele Lindner; Cibele M. Oliveira; Carolina Vilela Figueiredo

    2. O AGROTURISMO FAMILIAR EM CANANIA, NO VALE DO RIBEIRA/SP: MULTIFUNCIONALIDADE DA AGRICULTURA EM QUESTO ...............................60Paulo Eduardo Moruzzi Marques; Gabriela Narezi

    3. TURISMO RURAL NA QUARTA COLNIA: PROFISSIONALISMO E ENVOLVIMENTO ................................67Clandio RUVIARO; Carolina TURCATO; Daniela Moreira de CARVALHO; Gisele MOLINARI, Tnia Silva NUNES

    4. EMPODERAMIENTO DE COMUNIDADES MAYAS A TRAVS DEL ECOTURISMO INDGENA EN PALENQUE, MXICO ................................................................74Adrin Mendoza-Ramos & Heather Zeppel

    5. ECONOMIA DO TURISMO NO VALE DOS VINHEDOS BENTO GONALVES RS .................................82Cludia B. Marques; Carlos Honorato Schuch Santos

    6. AGRICULTURA FAMILIAR E PLURIATIVIDADE: A CONTRIBUIO DAS AGROINDSTRIAS E DO TURISMO NO MEIO RURAL ............................................90Adriana Pisoni da SILVA; Clayton HILLIG

    7. A VISO DO PODER PBLICO PARA O DESENVOLVIMENTO DO TURISMO NA ROTA CAMINHO DAS ORIGENS RS ..........................................97Adriana Pisoni DA SILVA, Prescilla Silveira SAQUETT

    8. O CIRCUITO TURSTICO COMO RESULTADO DA POLTICA DE REGIONALIZAO DO TURISMO EM MINAS GERAIS: O CASO DA MICRORREGIO DE VIOSA. ..................................................104Leomar TIRADENTES

    9. O CIRCUITO TURSTICO SERRAS DE MINAS NA PERCEPO DOS PROPRIETRIOS RURAIS DA MICRORREGIO DE VIOSA. ...........................................111Leomar TIRADENTES

    10. O DESENVOLVIMENTO DO TURISMO: REFLEXES A PARTIR DA ROTA COLONIAL BAUMSCHNEIS DOIS IRMOS/RS ............................................................117Camila FAGUNDES; Mary Sandra Guerra ASHTON

    11. GESTO DO TERRITRIO: MULTIFUNCIONALIDADE RURAL E TURISMO COMO ESTRATGIAS PARA O DESENVOLVIMENTO .....................................................127Adriano Corra MAIA ; Darlene Aparecida de Oliveira FERREIRA

    SUMRIO

    ANAIS DO VII CONGRESSO INTERNACIONAL SOBRE TURISMO RURAL E DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL - CITURDES

  • 12. TURISMO RURAL NO ESTADO DE RORAIMA/BRASIL: UMA ANLISE DAS POTENCIALIDADES TURSTICAS DAS FAZENDAS BURITIZAL GROSSO E CASTANHAL ...............................134Leila de Sena CAVALCANTE; rika de Oliveira LIMA

    13. OS EFEITOS DO TURISMO RURAL: UM ESTUDO DE CASO NAS FAMLIAS AGROECOLGICAS DOS CAMINHOS RURAIS DE PORTO ALEGRE RS .....................................................140Thas Tavares Duarte; Ana Maria Costa Beber

    14. INDICADORES DE DESARROLLO LOCAL PARA EL TURISMO RURAL DE QUINTANA ROO, MXICO ...145Alejandro Palafox Muoz; Alejandro Collantes Chvez Costa; Lilia Zizumbo Villarreal

    15. DESENVOLVIMENTO RURAL EM REGIES DO AGRONEGCIO: DESAFIOS E PERSPECTIVAS A PARTIR DE UM ESTUDO DE CASO ................................................................150Vitor Villar BARRETO

    16. TURISMO RURAL COMO ESTRATGIA DE DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL SUSTENTVEL NA REGIO SUL DA BAHIA. ...........................................................................157Isabelle P. DJARDIN

    17. O ENOTURISMO NO VALE DOS VINHEDOS (RS-BRASIL): RURALIDADES E POLTICAS PBLICAS: UMA QUESTO DE SOBREVIVNCIA ............................................163Jonas ROSSATTO; Rosa Maria Vieira MEDEIROS

    18. A DIFERENCIAO DOS PRODUTOS DAS AGROINDSTRIAS RURAIS FAMILIARES: ESTRATGIAS NOS MERCADOS DE PROXIMIDADE NA REGIO DO COREDE JACU CENTRO/RS ................................................................................................170Chaiane Leal AGNE; Paulo Dabdab WAQUIL

    19. DEL DESARROLLO AL DESARROLLO SUSTENTABLE. LA GLOBALIZACIN DE LOS RECURSOS NATURALES EN TABASCO, MXICO ............................................176Manuel Jess Pinkus Rendn; Jorge Pacheco Castro

    20. O TURISMO RURAL NO RN: LIMITES E POSSIBILIDADES......................................................................183Rita de Cssia da Conceio GOMES; Janaina Maria da Conceio SILVEIRA; Hilca Maria Honorato dos SANTOS; Luciene de Vasconcelos CASADO; Maria Beatriz Silva de ANDRADE

    21. O HOMEM DO CAMPO E A ALTERNATIVA DO TURISMO NO ESPAO RURAL: UM ESTUDO DO CASO DA ROTA GERMNICA RS ..................................................190Juliana Rose Jasper

    ANAIS DO VII CONGRESSO INTERNACIONAL SOBRE TURISMO RURAL E DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL - CITURDES

  • GT 3 ASSOCIATIVISMO E REDES NO TURISMO RURAL SUMRIO

    1. TURISMO PS-MODERNO, ESPAO RURAL E TRADIO:O CASO DO TURISMO RURAL EM SO JOS DO CERRITO, SC. ................................................................. 196Patricia FERNANDES; Joo FERT NETO; Karen Rodak de Quadros KFFURI

    2. DA PESCA AO TURISMO RURAL COM BASE COMUNITRIA: O CASO DO POVOADO DE TERRA CADA EM INDIROBA-SE ..................................................................... 202Lcio Valrio Lima VIEIRA; Maria Geralda de ALMEIDA

    3.TURISMO RURAL E COOPERATIVISMO: DIFICULDADES E POTENCIALIDADES DE UMA ROTA NO VALE DO CA/RS ......................................................................... 208Fabiano Santana dos SANTOS; Luciano MENDES

    4. A COOPERAO NO AGLOMERADO PRODUTIVO EM TURISMO: UM ESTUDO NO MUNICPIO DE SO MARTINHO, SC ...................................................... 214Gabriela TISCOSKI; Luis MORETTO NETO

    5. ANLISE DO POTENCIAL TURSTICO RURAL EM SILVNIA / GO: ESTUDO DA VIABILIDADE DA IMPLANTAO DE UMA ROTA TURSTICA RURAL ..................................... 220Blenda BITTENCOURT; Carlos DOMICIANO; Polyana BORGES; Las LIMA; Flvia LINS

    6. ESPAO VIRTUAL EM TURISMO RURAL: CONSTRUINDO REDE COLABORATIVA ................................. 227Karina Toledo SOLHA; Maria do Carmo Moreira JACON

    7. O TURISMO NA ROTA DA RAPADURA: O CASO DE SANTO ANTONIO DA PATRULHA, RIO GRANDE DO SUL, BRASIL .............................................................. 233Elvis Albert Robe WANDSCHEER; Maurcio SCHAIDHAUER; Michele LINDNER; Jos Samuel da Silva SANTOS

    8. O ESTMULO A ORGANIZAO EM REDE PARA EFETIVAO DE FUTUROS CENRIOS TURSTICOS .........238Suelen de Leal RODRIGUES

    9. DISTRITO DE VARGINHA SANTO ANTNIO DE LEVERGER: UM ESTUDO DE POSSIBILIDADES PARA O INGRESSO NO TURISMO ....................................................... 245Ftima Lourdes de SOUZA; Sandra Regina QUEIRZ

    ANAIS DO VII CONGRESSO INTERNACIONAL SOBRE TURISMO RURAL E DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL - CITURDES

  • GT 4 MEIO AMBIENTE E TURISMO RURAL

    1. TURISMO RURAL COMO IMPULSOR PARA EL DESARROLLO SOSTENIBLE EN EL EJIDO CANOAS MUNICIPIO DE MANZANILLO, COLIMA, MXICO ..............................254Nuchnudee CHAISATIT, Lilia ZIZUMBO VILLARREAL , Anglica Mara LOERA RUZ , Alfonso GONZALEZ CARRILLO , Flor GODINEZ HERNANDEZ

    2. TURISMO RURAL, POLTICA AMBIENTAL Y REDES DE POLTICA PBLICA EN LA RESERVA DE LA BIOSFERA DE LA MARIPOSA MONARCA .............................257Susana ESQUIVEL ROS, Graciela CRUZ JIMNEZ, Lilia ZIZUMBO VILLAREAL, Cecilia CADENA INOSTROZA, Roco del Carmen SERRANO BARQUN

    3. SUSTENTABILIDADE NO TURISMO: O CASO DO RIO DO RASTRO ECO RESORT..................................264Tiago Savi MONDO

    4. ENTRE O TURISMO RURAL E O TURISMO PERIURBANO: O CASO DE TINGU, NOVA IGUAU-RJ .....270Fabrcio CASTRO DE CARVALHO

    5. EL IMPACTO ECOSOCIOCULTURAL DEL TURISMO ALTERNATIVO EN MXICO......................................276Csar CAMACHO AMADOR

    6. CERTIFICAO AMBIENTAL E A PROMOO DO ECOTURISMO NO PARQUE ESTADUAL TURSTICO DO ALTO RIBEIRA (PETAR) ..................................283Flvio Bordino KLEIN; Snia Regina PAULINO

    7. POTENCIALIDADES E DESAFIOS DOS PARQUES NACIONAIS PARA A AGRICULTURA FAMILIAR ............290Mrcio de Arajo Pereira; Ccero Antnio Oliveira Tredezini

    8. GESTIN AMBIENTAL EN LAS EMPRESAS HOTELERAS DE VALLE DE BRAVO, MXICO ............................297Elva Esther VARGAS Martnez; Lilia ZIZUMBO Villarreal; Dorisel REYES Duarte

    9. TURISMO E DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL NO TERRITRIO RURAL DE GOIS ............................304Maisa TEIXEIRA

    10. TURISMO SUSTENTVEL EM ESPAOS NATURAIS PROTEGIDOS: OS PARQUES NATURAIS DE MONTESINHO E DOURO INTERNACIONAL ...................................................309Jos Paulo Ribeiro CASTRO; Filomena Maria Cardoso Pedrosa Ferreira MARTINS

    11. PRESERVAO AMBIENTAL E ECOTURISMO: O CASO DO PARQUE DO JALAPO ...............................318Maria do Carmo BEZERRA; Rosngela BENVINDO

    12. OBSERVAO DE AVES NA ROTA TURSTICA E GASTRONMICA SANTA MARIA E SILVEIRA MARTINS .... 326Fabrcio Freire de VILA; Carmen Terezinha LORENCI

    SUMRIO

    ANAIS DO VII CONGRESSO INTERNACIONAL SOBRE TURISMO RURAL E DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL - CITURDES

  • GT 5 DEMANDA E MARKETING TURSTICOS EM REAS RURAIS SUMRIO

    1. PUBLICIDADE NA WEB E TURISMO: ANLISE DAS APARIES DOS ROTEIROS DA REGIO DO YUCUM/RS EM BUSCAS NA WEB ...........................................................335Bruno KEGLER; Jaqueline Quincozes da Silva KEGLER

    2. A ATRATIVIDADE DO DESTINO SERRA VERDE IMPERIAL: UM ENFOQUE SOBRE O PERFIL DO TURISTA REAL E POTENCIAL AO MEIO RURAL FLUMINENSE ...........342Dan Gabriel DONOFRE

    3. DEMANDA TURSTICA POTENCIAL DOS CAMINHOS RURAIS DE PORTO ALEGRE.................................348Ana Lcia SARAIVA; Ana Cristina PINTO

    4. PERFIL E MOTIVAES DO TURISMO NO ESPAO RURAL NA METADE SUL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL BRASIL (1997-2002-2006) ...............................354Eurico de Oliveira Santos; Marcelo Ribeiro; Hugo Anbal Gonzalez Vela

    5. ESTRATGIA COMERCIAL PARA IMPULSAR EL TURISMO RURAL EN LA COMUNIDAD ABILLAL, COLIMA, MXICO .............................................................................360Nuchnudee CHAISATIT; Aurelio DENIZ GUIZAR; Juan Alonzo LIVAS DE LA GARZA

    ANAIS DO VII CONGRESSO INTERNACIONAL SOBRE TURISMO RURAL E DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL - CITURDES

  • GT 6 PATRIMNIO, PAISAGEM E CULTURA NO TURISMO RURAL SUMRIO

    1. SABERES E SABORES NA PRODUO DO ESPAO ..................................................................................366Elsbeth Leia Spode BECKER; Dreisse Gabbi FANTINELI; Thais Gomes Torres

    2. IDENTIDADE, PATRIMNIO E PARTICIPAO: PROJETO DE TURISMO RURAL CAMINHOS DE PEDRA ...............................................................................374Pedro de Alcntara Bittencourt CSAR; Patricia Kreusburg MARQUES; Ana Maria De Paris POSSAMAI

    3. REPRESENTAO SOCIAL, IDENTIDADE TERRITORIAL E TURISMO: IMPRESSES DO PBLICO DA MOSTRA GASTRONMICA DA QUARTA COLNIA/RS SOBRE O TERRITRIO .......................................................................................380Jaqueline Quincozes da Silva KEGLER; Jos Marcos FROEHLICH; Rafaela VENDRUSCOLO ; Carlos Rosa MACIEL; Jos Antonio LOUZADA

    4. TURISMO RURAL NA QUARTA COLNIA: UMA CARACTERIZAO A PARTIR DE SEUS VISITANTES ...386Jos Antnio LOUZADA; Carlos Alberto da Rosa MACIEL; Rafaela VENDRUSCOLO; Jos Marcos FROEHLICH

    5. PAISAGEM CULTURAL E TURISMO RURAL: APORTES PARA O ROTEIRO ESTRADA DO IMIGRANTE, RS ..... 392Beatriz Veroneze STIGLIANO; Pedro de Alcntara Bittencourt CSAR

    6. A VALORIZAO CULTURAL DO SABER FAZER INDIVIDUAL COMO IMAGEM DE UMA IDENTIDADE COLETIVA .....................................................................................398Marta Helena DalAsta ANTUNES

    7. LA TRASNFORMACIN DEL PAISAJE RURAL POR EL TURISMO, EN CANCN, QUINTANA ROO, MXICO. ....................................................................................................405Neptali MONTERROSO-SALVATIERRA, Erika CRUZ-CORIA, Ana Luz QUINTANILLA-MONTOYA

    8. O RESGATE DA MEMORIA COLONIAL PELOTENSE E O SEU SIGNIFICADO PARA O DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE TURSTICA REGIONAL ...................410Alice LOPES; Caroline CERETTA

    9. RURALIDADES E TURISMO: REPRESENTAES DA CULTURA RURAL NO MUNICPIO DE SO JOO DO POLSINE, RS ....................................................414Michele LINDNER; Elvis Albert Robe WANDSCHEER; Enas Rente FERREIRA

    10. REPRESENTATIVIDADE TURSTICA ATRAVS DO LEGADO CULTURAL E NATURAL DO MUNICPIO DE NOVO AIRO .........................................................420Maria Adriana Sena Bezerra TEIXEIRA; Eloisa Mendona GADELHA

    ANAIS DO VII CONGRESSO INTERNACIONAL SOBRE TURISMO RURAL E DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL - CITURDES

  • 11. O MORANGO DO VALE DO CA - RS: UM PATRIMNIO PRODUTIVO ................................................425Suzimary SPECHT

    12. ANLISE DO POTENCIAL GEOTURSTICO DA PAISAGEM DO ALTO CAMAQU/RS ............................430Simone Marafi ga DEGRANDI; Adriano Severo FIGUEIR

    13. ROTA TURSTICA: ESTRADA DO PERAU E MUNICIPIO DE ITAARA, RS ................................................436Sinara Sarassua DIETRICH; Vera Maria Favila MIORIN

    14. TURISMO RURAL E SUSTENTABILIDADE CULTURAL: DESAFIOS E POSSIBILIDADES ...........................443Patrcia BETTI

    ANAIS DO VII CONGRESSO INTERNACIONAL SOBRE TURISMO RURAL E DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL - CITURDES

  • GT 7 TEMTICAS EMERGENTESEM TURISMO RURALSUMRIO

    1. UN ENCLAVE DE TURSTICO RELIGIOSO ................................................................................................. 449Rogelio Martnez CRDENAS

    2. TURISMO DE SEGUNDAS RESIDNCIAS EM MEIO RURAL ...................................................................... 455Leila COBUCI; Elisabeth KASTENHOLZ

    3. A HOSPITALIDADE E O TURISMO NO ESPAO RURAL ............................................................................ 460Rosislene FONTANA

    4. TURISMO E ESPAO: COMPREENDENDO A INFLUNCIA DA ATIVIDADE TURSTICA NA ORGANIZAO DO TERRITRIO DO DISTRITO MORUMBI ............................................ 464Priscila de OLIVEIRA; Charlei Aparecido da SILVA

    5. O TURISMO RURAL PEDAGGICO NO PROJETO CAMINHOS RURAIS DE PORTO ALEGRE: UMA ALTERNATIVA VIVEL PARA AS PEQUENAS PROPRIEDADES RURAIS ................ 470Angela KLEIN

    6. TURISMO RURAL Y ESPACIO SOCIAL DE LA MUJER CAMPESINA DE LA COMUNIDAD DE SAN PEDRO ATLAPULCO, MEXICO .................................................. 475Lilia ZIZUMBO-VILLARREAL; Carlos PEREZ-RAMIREZ; Sandra MIRANDA-CONTRERAS

    7. DEFENSA DE RECURSOS Y TURISMO RURAL EN PUERTO MORELOS, QUINTANA ROO ....................... 480Adrian VILCHIS-ONOFRE; Lilia ZIZUMBO-VILLARREAL; Neptal MONTERROSO-SALVATIERRA; Erika CRUZ-CORIA

    8. HOSPITALIDADE COMUNITRIA E TURISMO SOLIDRIO: ATIVIDADE TURSTICA E ECONOMIA SOLIDRIA EM COMUNIDADES RECEPTIVAS ................................. 484Ricardo de Oliveira REZENDE; Elias Jnior Cmara Gomes SALES

    9. ANLISIS COMPARATIVO DE LA SITUACIN LABORAL DE LAS MUJERES RURALES EN LA VITIVINICULTURA, LA INDUSTRIA VITIVINCOLA Y EL TURISMO ENOLGICO. EL CASO DEL VALLE DE COLCHAGUA, CHILE .............................................. 491Ana Mara Dvila, Mariela Pinuer y Pablo Szmulewicz

    10. FESTAS DE PADROEIROS: POTENCIALIDADES PARA O DESENVOLVIMENTO DO TURISMO RELIGIOSO EM GOIS ........................................................................ 499Maria Idelma Vieira DABADIA; Cleusa Maria SILVA; Mary Anne Vieira SILVA; Ondimar Batista; Jakelline Graziela PINTO

    11. O TURISMO NA ALDEIA LAGOA ENCANTADA - POVOS JENIPAPO-KANIND DO CEAR .................. 505Isis Maria Cunha LUSTOSA

    12. A INCORPORAO DO RURAL AO URBANO: QUAIS OS RUMOS DA ZONA RURAL DE PORTO ALEGRE? .. 509Cintia Maria Castro ALMEIDA

    ANAIS DO VII CONGRESSO INTERNACIONAL SOBRE TURISMO RURAL E DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL - CITURDES

  • GT 8 RELATOS DE EXPERINCIAS EM TURISMO RURALSUMRIO

    ANAIS DO VII CONGRESSO INTERNACIONAL SOBRE TURISMO RURAL E DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL - CITURDES

    1. CAMINHOS PARA O TURISMO SUSTENTVEL NA MANTIQUEIRA MINEIRA ITAMONTE .................... 520Marcos ARZUA BARBOSA; Fabrcio CASTRO DE CARVALHO

    2. A CONSTRUO DA MARCA ESTADUAL TURISMO RURAL GACHO: UMA EXPERINCIA A SER CONHECIDA ...................................................................................... 527Flvio Abreu CALCANHOTTO; Gladis Terezinha GARCIA; Mrcia MERLLO; Maria Helena MLLER

    3. TURISMO RURAL: EXPERINCIAS NO AGRESTE E SERTO DO ESTADO DE PERNAMBUCO ................. 531Filipe Augusto Xavier LIMA, Maviael Fonseca CASTRO, Gustavo Silva Carreiro SOUZA, Flix Gregrio Chaves Portugal ZEGARRA e Maria Luiza Lins e Silva PIRES

    4. TURISMO RURAL E AGRICULTURA FAMILIAR DE BASE AGROECOLGICA: O CASO DO MUNICPIO DE ABREU E LIMA PE ........................................................ 535Filipe Augusto Xavier LIMA, Joo Paulo SILVA, Flix Gregrio Chaves Portugal ZEGARRA, Gustavo Silva Carreiro SOUZA e Jorge Luiz Schirmer MATTOS

    5. PROJETO CAMINHADAS NA NATUREZA: A EXPERINCIA DO PARAN BRASIL ................................... 539Clarice BASTARZ; Adriana IGREJA

    6. POLTICAS PBLICAS DE TURISMO RURAL: DESENVOLVIMENTO E IMPLEMENTAO NO MUNICPIO DE RIO CLARO, SP. ............................................................................ 544Carolina Vilela FIGUEIREDO; Ronei Dione GRELLA; Silas Nogueira de MELO

    7. LEI TRAF SANTA CATARINA: AVANOS E DESAFIOS DA MULTIFUNCIONALIDADE DO ESPAO RURAL ............................................................................................ 549Rodrigo Borsatto Sommer da SILVA, Vera Lcia Nehls DIAS

    8. TURISMO RURAL DE BASE COMUNITARIA EM ASSENTAMENTOS DE REFORMA AGRRIA: BREVE TRAJETRIA DO PROGRAMA TERRA SOL DO INCRA BAHIA ..................... 556Alberto Viana de Campos Filho; Ises Maria Ferreira Chaves; Ianna Kelly Daltro Rangel; Revecca Oliveira Santos

    9. TURISMO NA AGRICULTURA FAMILIAR A RETOMADA DA ROTA DOS TROPEIROS DE CANDELRIA/RS ....561Aline Moraes CUNHA, Eneida de Ftima Souto BRASIL

    10. METODOLOGIAS PARTICIPATIVAS, O CASO ROTA DAS ESPECIARIAS .................................................. 566Marutschka MOESCH; Alice COSTA; Camila SILVA

    11. O DESENVOLVIMENTO TURSTICO DA REGIO CENTRAL DO RS: O CASO DO PROJETO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL DO TURISMO NO VALE DO JAGUARI RS ........................................ 571Claudio BRASIL

  • ANAIS DO VII CONGRESSO INTERNACIONAL SOBRE TURISMO RURAL E DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL - CITURDES

    12. PROPRIEDADE DA TERRA & TURISMO: CONSIDERAES SOBRE TURISMO EM ASSENTAMENTOS RURAIS ..................................................................................................... 575Patrcia Alves Ramiro

    13. DIAGNSTICO PARA A SUSTENTABILIDADE EM TURISMO DE BASE COMUNITRIA NOS CAMINHOS RURAIS DE PORTO ALEGRE ..................................................... 580Eneida de Ftima Souto BRASIL; Aline Moraes CUNHA

    14. TURISMO RURAL E AGRICULTURA FAMILIAR EM REA DE FRONTEIRA: UMA POSSIBILIDADE PARA O BRASIL E BOLVIA NA REGIO DE CCERES MT ........................................ 586Daniel Fernando Queiroz MARTINS; Rejane PASQUALI

    15. PROJETO SCIO-AMBIENTAL DE RECUPERAO E PRESERVAO DA LAGOA DO MEIO - MARATAZES ................................................................................. 593Isabella Ribeiro MARINUZZI, Aline Chaves PEREIRA, Jos Rubens BRUMANA, Renato Gomes ALVES, Fabio Ferreira da SILVA,

  • INOVAO E EMPREENDEDORISMONO TURISMO RURAL

    1GT

  • INOVAO E EMPREENDEDORISMO NO TURISMO RURAL

    SUMRIO

    1GT

    ANAIS DO VII CONGRESSO INTERNACIONAL SOBRE TURISMO RURAL E DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL - CITURDES

    1. TURISMO RURAL E DIFERENTES APROPRIAES: UMA TENTATIVA DE COMPARAO ENTRE BRASIL E HOLANDA ....................................................................3Zsuzsanna Kassai; Raquel Lunardi; Carlise Schneider Rudnicki; Meng Xiangdan; Verenice Zanchi

    2. EMPREENDEDORISMO NO TURISMO RURAL: ESTUDO DE CASO DA AGROINDSTRIA FAMILIAR PRANKE, MUNICPIO DE SINIMBU/RS ..........................................................9Flvio Abreu Calcanhotto; Claudiana Y. Castro; Carlos Corra da Rosa

    3. TURISMO E INOVAO NO MEIO RURAL: VISES A PARTIR DOS CAMPOS DE CIMA DA SERRA (RS) E DO CAT (RN) ..............................................................................15Augusto de Carvalho; Raquel Lunardi; Aldenor Gomes; Marcelino de Souza

    4. O SURGIMENTO DE NOVOS EMPREENDIMENTOS NO ROTEIRO DO VINHO GASTRONOMIA E LAZER EM PROPRIEDADES DE SEGUNDA RESIDNCIA - ESTUDO DE CASO ............................................................................................21Sandro Marcelo Cobello

    5. REVELANDO BENEFCIOS DO TURISMO RURAL: UM ESTUDO DO ROTEIRO TURSTICO CAMINHOS DE PEDRA, BENTO GONALVES, RS .................................................27Ariana de Oliveira; Ivo Elesbo; Marcelino de Souza

    6. AS MUDANAS PRODUTIVAS NAS AGROINDSTRIAS RURAIS FAMILIARES: ESTRATGIAS INOVADORAS NOS MERCADOS DE PROXIMIDADE NA REGIODO COREDE JACU CENTRO/RS ......................................................................................................................32Chaiane Leal Agne; Paulo Waquil Dabdab

    7. O EMPREENDEDORISMO NA FRONTEIRA DA PAZ/RS/BRASIL/URUGUAI: CASO DAS VINCOLAS ..........................................................................................38Rut Friedrich Marquetto; Taize de Andrade Machado

    8. IMIGRAO ITALIANA, TURISMO NO ESPAO RURAL E A VALORIZAO DAS PRTICAS LOCAIS:O CAMINHO COLONIAL DO VINHO NO MUNICPIO DE PELOTAS - RS ...................................................44Tiaraju Salini Duarte; Giancarla Vital Salamoni

  • POLTICAS PBLICAS, DESENVOLVIMENTO E TURISMO RURAL

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  • ANAIS DO VII CONGRESSO INTERNACIONAL SOBRE TURISMO RURAL E DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL - CITURDES

    POLTICAS PBLICAS, DESENVOLVIMENTO E TURISMO RURAL

    2GT

    1. A PONTE CAIU E A VACA FOI PRO BREJO:O CASO DO TURISMO RURAL EM RIO CLARO, SP .........................................................................................54Silas Nogueira de Melo; Michele Lindner; Cibele M. Oliveira; Carolina Vilela Figueiredo

    2. O AGROTURISMO FAMILIAR EM CANANIA, NO VALE DO RIBEIRA/SP: MULTIFUNCIONALIDADE DA AGRICULTURA EM QUESTO ...............................60Paulo Eduardo Moruzzi Marques; Gabriela Narezi

    3. TURISMO RURAL NA QUARTA COLNIA: PROFISSIONALISMO E ENVOLVIMENTO ................................67Clandio RUVIARO; Carolina TURCATO; Daniela Moreira de CARVALHO; Gisele MOLINARI, Tnia Silva NUNES

    4. EMPODERAMIENTO DE COMUNIDADES MAYAS A TRAVS DEL ECOTURISMO INDGENA EN PALENQUE, MXICO ................................................................74Adrin Mendoza-Ramos & Heather Zeppel

    5. ECONOMIA DO TURISMO NO VALE DOS VINHEDOS BENTO GONALVES RS .................................82Cludia B. Marques; Carlos Honorato Schuch Santos

    6. AGRICULTURA FAMILIAR E PLURIATIVIDADE: A CONTRIBUIO DAS AGROINDSTRIAS E DO TURISMO NO MEIO RURAL ............................................90Adriana Pisoni da SILVA; Clayton HILLIG

    7. A VISO DO PODER PBLICO PARA O DESENVOLVIMENTO DO TURISMO NA ROTA CAMINHO DAS ORIGENS RS ..........................................97Adriana Pisoni DA SILVA, Prescilla Silveira SAQUETT

    8. O CIRCUITO TURSTICO COMO RESULTADO DA POLTICA DE REGIONALIZAO DO TURISMO EM MINAS GERAIS: O CASO DA MICRORREGIO DE VIOSA. ..................................................104Leomar TIRADENTES

    9. O CIRCUITO TURSTICO SERRAS DE MINAS NA PERCEPO DOS PROPRIETRIOS RURAIS DA MICRORREGIO DE VIOSA. ...........................................111Leomar TIRADENTES

    10. O DESENVOLVIMENTO DO TURISMO: REFLEXES A PARTIR DA ROTA COLONIAL BAUMSCHNEIS DOIS IRMOS/RS ............................................................117Camila FAGUNDES; Mary Sandra Guerra ASHTON

    11. GESTO DO TERRITRIO: MULTIFUNCIONALIDADE RURAL E TURISMO COMO ESTRATGIAS PARA O DESENVOLVIMENTO .....................................................127Adriano Corra MAIA ; Darlene Aparecida de Oliveira FERREIRA

    12. TURISMO RURAL NO ESTADO DE RORAIMA/BRASIL: UMA ANLISE DAS POTENCIALIDADES TURSTICAS DAS FAZENDAS BURITIZAL GROSSO E CASTANHAL ...............................134Leila de Sena CAVALCANTE; rika de Oliveira LIMA

    SUMRIO

  • ANAIS DO VII CONGRESSO INTERNACIONAL SOBRE TURISMO RURAL E DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL - CITURDES

    POLTICAS PBLICAS, DESENVOLVIMENTO E TURISMO RURAL

    2GT13. OS EFEITOS DO TURISMO RURAL: UM ESTUDO DE CASO NAS FAMLIAS AGROECOLGICAS DOS CAMINHOS RURAIS DE PORTO ALEGRE RS .....................................................140Thas Tavares Duarte; Ana Maria Costa Beber

    14. INDICADORES DE DESARROLLO LOCAL PARA EL TURISMO RURAL DE QUINTANA ROO, MXICO ...145Alejandro Palafox Muoz; Alejandro Collantes Chvez Costa; Lilia Zizumbo Villarreal

    15. DESENVOLVIMENTO RURAL EM REGIES DO AGRONEGCIO: DESAFIOS E PERSPECTIVAS A PARTIR DE UM ESTUDO DE CASO ................................................................150Vitor Villar BARRETO

    16. TURISMO RURAL COMO ESTRATGIA DE DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL SUSTENTVEL NA REGIO SUL DA BAHIA. ...........................................................................157Isabelle P. DJARDIN

    17. O ENOTURISMO NO VALE DOS VINHEDOS (RS-BRASIL): RURALIDADES E POLTICAS PBLICAS: UMA QUESTO DE SOBREVIVNCIA ............................................163Jonas ROSSATTO; Rosa Maria Vieira MEDEIROS

    18. A DIFERENCIAO DOS PRODUTOS DAS AGROINDSTRIAS RURAIS FAMILIARES: ESTRATGIAS NOS MERCADOS DE PROXIMIDADE NA REGIO DO COREDE JACU CENTRO/RS ................................................................................................170Chaiane Leal AGNE; Paulo Dabdab WAQUIL

    19. DEL DESARROLLO AL DESARROLLO SUSTENTABLE. LA GLOBALIZACIN DE LOS RECURSOS NATURALES EN TABASCO, MXICO ............................................176Manuel Jess Pinkus Rendn; Jorge Pacheco Castro

    20. O TURISMO RURAL NO RN: LIMITES E POSSIBILIDADES......................................................................183Rita de Cssia da Conceio GOMES; Janaina Maria da Conceio SILVEIRA; Hilca Maria Honorato dos SANTOS; Luciene de Vasconcelos CASADO; Maria Beatriz Silva de ANDRADE

    21. O HOMEM DO CAMPO E A ALTERNATIVA DO TURISMO NO ESPAO RURAL: UM ESTUDO DO CASO DA ROTA GERMNICA RS ..................................................190Juliana Rose Jasper

  • ASSOCIATIVISMOE REDES NO

    TURISMO RURAL

    3GT

  • ASSOCIATIVISMO E REDES NO TURISMO RURAL

    3GT

    ANAIS DO VII CONGRESSO INTERNACIONAL SOBRE TURISMO RURAL E DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL - CITURDES

    SUMRIO

    1. TURISMO PS-MODERNO, ESPAO RURAL E TRADIO:O CASO DO TURISMO RURAL EM SO JOS DO CERRITO, SC. ................................................................. 196Patricia FERNANDES; Joo FERT NETO; Karen Rodak de Quadros KFFURI

    2. DA PESCA AO TURISMO RURAL COM BASE COMUNITRIA: O CASO DO POVOADO DE TERRA CADA EM INDIROBA-SE ..................................................................... 202Lcio Valrio Lima VIEIRA; Maria Geralda de ALMEIDA

    3.TURISMO RURAL E COOPERATIVISMO: DIFICULDADES E POTENCIALIDADES DE UMA ROTA NO VALE DO CA/RS ......................................................................... 208Fabiano Santana dos SANTOS; Luciano MENDES

    4. A COOPERAO NO AGLOMERADO PRODUTIVO EM TURISMO: UM ESTUDO NO MUNICPIO DE SO MARTINHO, SC ...................................................... 214Gabriela TISCOSKI; Luis MORETTO NETO

    5. ANLISE DO POTENCIAL TURSTICO RURAL EM SILVNIA / GO: ESTUDO DA VIABILIDADE DA IMPLANTAO DE UMA ROTA TURSTICA RURAL ..................................... 220Blenda BITTENCOURT; Carlos DOMICIANO; Polyana BORGES; Las LIMA; Flvia LINS

    6. ESPAO VIRTUAL EM TURISMO RURAL: CONSTRUINDO REDE COLABORATIVA ................................. 227Karina Toledo SOLHA; Maria do Carmo Moreira JACON

    7. O TURISMO NA ROTA DA RAPADURA: O CASO DE SANTO ANTONIO DA PATRULHA, RIO GRANDE DO SUL, BRASIL .............................................................. 233Elvis Albert Robe WANDSCHEER; Maurcio SCHAIDHAUER; Michele LINDNER; Jos Samuel da Silva SANTOS

    8. O ESTMULO A ORGANIZAO EM REDE PARA EFETIVAO DE FUTUROS CENRIOS TURSTICOS .........238Suelen de Leal RODRIGUES

    9. DISTRITO DE VARGINHA SANTO ANTNIO DE LEVERGER: UM ESTUDO DE POSSIBILIDADES PARA O INGRESSO NO TURISMO ....................................................... 245Ftima Lourdes de SOUZA; Sandra Regina QUEIRZ

  • MEIO AMBIENTEE TURISMO RURAL

    4GT

  • ANAIS DO VII CONGRESSO INTERNACIONAL SOBRE TURISMO RURAL E DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL - CITURDES

    MEIO AMBIENTE E TURISMO RURAL 4GT

    1. TURISMO RURAL COMO IMPULSOR PARA EL DESARROLLO SOSTENIBLE EN EL EJIDO CANOAS MUNICIPIO DE MANZANILLO, COLIMA, MXICO ..............................254Nuchnudee CHAISATIT, Lilia ZIZUMBO VILLARREAL , Anglica Mara LOERA RUZ , Alfonso GONZALEZ CARRILLO , Flor GODINEZ HERNANDEZ

    2. TURISMO RURAL, POLTICA AMBIENTAL Y REDES DE POLTICA PBLICA EN LA RESERVA DE LA BIOSFERA DE LA MARIPOSA MONARCA .............................257Susana ESQUIVEL ROS, Graciela CRUZ JIMNEZ, Lilia ZIZUMBO VILLAREAL, Cecilia CADENA INOSTROZA, Roco del Carmen SERRANO BARQUN

    3. SUSTENTABILIDADE NO TURISMO: O CASO DO RIO DO RASTRO ECO RESORT..................................264Tiago Savi MONDO

    4. ENTRE O TURISMO RURAL E O TURISMO PERIURBANO: O CASO DE TINGU, NOVA IGUAU-RJ .....270Fabrcio CASTRO DE CARVALHO

    5. EL IMPACTO ECOSOCIOCULTURAL DEL TURISMO ALTERNATIVO EN MXICO......................................276Csar CAMACHO AMADOR

    6. CERTIFICAO AMBIENTAL E A PROMOO DO ECOTURISMO NO PARQUE ESTADUAL TURSTICO DO ALTO RIBEIRA (PETAR) ..................................283Flvio Bordino KLEIN; Snia Regina PAULINO

    7. POTENCIALIDADES E DESAFIOS DOS PARQUES NACIONAIS PARA A AGRICULTURA FAMILIAR ............290Mrcio de Arajo Pereira; Ccero Antnio Oliveira Tredezini

    8. GESTIN AMBIENTAL EN LAS EMPRESAS HOTELERAS DE VALLE DE BRAVO, MXICO ............................297Elva Esther VARGAS Martnez; Lilia ZIZUMBO Villarreal; Dorisel REYES Duarte

    9. TURISMO E DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL NO TERRITRIO RURAL DE GOIS ............................304Maisa TEIXEIRA

    10. TURISMO SUSTENTVEL EM ESPAOS NATURAIS PROTEGIDOS: OS PARQUES NATURAIS DE MONTESINHO E DOURO INTERNACIONAL ...................................................309Jos Paulo Ribeiro CASTRO; Filomena Maria Cardoso Pedrosa Ferreira MARTINS

    11. PRESERVAO AMBIENTAL E ECOTURISMO: O CASO DO PARQUE DO JALAPO ...............................318Maria do Carmo BEZERRA; Rosngela BENVINDO

    12. OBSERVAO DE AVES NA ROTA TURSTICA E GASTRONMICA SANTA MARIA E SILVEIRA MARTINS .... 326Fabrcio Freire de VILA; Carmen Terezinha LORENCI

    SUMRIO

  • DEMANDA EMARKETING TURSTICOS

    EM REAS RURAIS

    5GT

  • DEMANDA E MARKETING TURSTICOS EM REAS RURAIS

    5GT

    ANAIS DO VII CONGRESSO INTERNACIONAL SOBRE TURISMO RURAL E DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL - CITURDES

    SUMRIO

    1. PUBLICIDADE NA WEB E TURISMO: ANLISE DAS APARIES DOS ROTEIROS DA REGIO DO YUCUM/RS EM BUSCAS NA WEB ...........................................................335Bruno KEGLER; Jaqueline Quincozes da Silva KEGLER

    2. A ATRATIVIDADE DO DESTINO SERRA VERDE IMPERIAL: UM ENFOQUE SOBRE O PERFIL DO TURISTA REAL E POTENCIAL AO MEIO RURAL FLUMINENSE ...........342Dan Gabriel DONOFRE

    3. DEMANDA TURSTICA POTENCIAL DOS CAMINHOS RURAIS DE PORTO ALEGRE.................................348Ana Lcia SARAIVA; Ana Cristina PINTO

    4. PERFIL E MOTIVAES DO TURISMO NO ESPAO RURAL NA METADE SUL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL BRASIL (1997-2002-2006) ...............................354Eurico de Oliveira Santos; Marcelo Ribeiro; Hugo Anbal Gonzalez Vela

    5. ESTRATGIA COMERCIAL PARA IMPULSAR EL TURISMO RURAL EN LA COMUNIDAD ABILLAL, COLIMA, MXICO .............................................................................360Nuchnudee CHAISATIT; Aurelio DENIZ GUIZAR; Juan Alonzo LIVAS DE LA GARZA

  • PATRIMNIO,PAISAGEM E CULTURANO TURISMO RURAL

    6GT

  • PATRIMNIO, PAISAGEM E CULTURA NO TURISMO RURAL

    6GT

    ANAIS DO VII CONGRESSO INTERNACIONAL SOBRE TURISMO RURAL E DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL - CITURDES

    SUMRIO

    1. SABERES E SABORES NA PRODUO DO ESPAO ..................................................................................366Elsbeth Leia Spode BECKER; Dreisse Gabbi FANTINELI; Thais Gomes Torres

    2. IDENTIDADE, PATRIMNIO E PARTICIPAO: PROJETO DE TURISMO RURAL CAMINHOS DE PEDRA ...............................................................................374Pedro de Alcntara Bittencourt CSAR; Patricia Kreusburg MARQUES; Ana Maria De Paris POSSAMAI

    3. REPRESENTAO SOCIAL, IDENTIDADE TERRITORIAL E TURISMO: IMPRESSES DO PBLICO DA MOSTRA GASTRONMICA DA QUARTA COLNIA/RS SOBRE O TERRITRIO .......................................................................................380Jaqueline Quincozes da Silva KEGLER; Jos Marcos FROEHLICH; Rafaela VENDRUSCOLO ; Carlos Rosa MACIEL; Jos Antonio LOUZADA

    4. TURISMO RURAL NA QUARTA COLNIA: UMA CARACTERIZAO A PARTIR DE SEUS VISITANTES ...386Jos Antnio LOUZADA; Carlos Alberto da Rosa MACIEL; Rafaela VENDRUSCOLO; Jos Marcos FROEHLICH

    5. PAISAGEM CULTURAL E TURISMO RURAL: APORTES PARA O ROTEIRO ESTRADA DO IMIGRANTE, RS ..... 392Beatriz Veroneze STIGLIANO; Pedro de Alcntara Bittencourt CSAR

    6. A VALORIZAO CULTURAL DO SABER FAZER INDIVIDUAL COMO IMAGEM DE UMA IDENTIDADE COLETIVA .....................................................................................398Marta Helena DalAsta ANTUNES

    7. LA TRASNFORMACIN DEL PAISAJE RURAL POR EL TURISMO, EN CANCN, QUINTANA ROO, MXICO. ....................................................................................................405Neptali MONTERROSO-SALVATIERRA, Erika CRUZ-CORIA, Ana Luz QUINTANILLA-MONTOYA

    8. O RESGATE DA MEMORIA COLONIAL PELOTENSE E O SEU SIGNIFICADO PARA O DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE TURSTICA REGIONAL ...................410Alice LOPES; Caroline CERETTA

    9. RURALIDADES E TURISMO: REPRESENTAES DA CULTURA RURAL NO MUNICPIO DE SO JOO DO POLSINE, RS ....................................................414Michele LINDNER; Elvis Albert Robe WANDSCHEER; Enas Rente FERREIRA

    10. REPRESENTATIVIDADE TURSTICA ATRAVS DO LEGADO CULTURAL E NATURAL DO MUNICPIO DE NOVO AIRO .........................................................420Maria Adriana Sena Bezerra TEIXEIRA; Eloisa Mendona GADELHA

    11. O MORANGO DO VALE DO CA - RS: UM PATRIMNIO PRODUTIVO ................................................425Suzimary SPECHT

  • PATRIMNIO, PAISAGEM E CULTURA NO TURISMO RURAL

    6GT

    ANAIS DO VII CONGRESSO INTERNACIONAL SOBRE TURISMO RURAL E DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL - CITURDES

    12. ANLISE DO POTENCIAL GEOTURSTICO DA PAISAGEM DO ALTO CAMAQU/RS ............................430Simone Marafi ga DEGRANDI; Adriano Severo FIGUEIR

    13. ROTA TURSTICA: ESTRADA DO PERAU E MUNICIPIO DE ITAARA, RS ................................................436Sinara Sarassua DIETRICH; Vera Maria Favila MIORIN

    14. TURISMO RURAL E SUSTENTABILIDADE CULTURAL: DESAFIOS E POSSIBILIDADES ...........................443Patrcia BETTI

  • TEMTICAS EMERGENTESEM TURISMO RURAL

    7GT

  • ANAIS DO VII CONGRESSO INTERNACIONAL SOBRE TURISMO RURAL E DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL - CITURDES

    TEMTICAS EMERGENTESEM TURISMO RURAL

    7GTSUMRIO

    1. UN ENCLAVE DE TURSTICO RELIGIOSO ................................................................................................. 449Rogelio Martnez CRDENAS

    2. TURISMO DE SEGUNDAS RESIDNCIAS EM MEIO RURAL ...................................................................... 455Leila COBUCI; Elisabeth KASTENHOLZ

    3. A HOSPITALIDADE E O TURISMO NO ESPAO RURAL ............................................................................ 460Rosislene FONTANA

    4. TURISMO E ESPAO: COMPREENDENDO A INFLUNCIA DA ATIVIDADE TURSTICA NA ORGANIZAO DO TERRITRIO DO DISTRITO MORUMBI ............................................ 464Priscila de OLIVEIRA; Charlei Aparecido da SILVA

    5. O TURISMO RURAL PEDAGGICO NO PROJETO CAMINHOS RURAIS DE PORTO ALEGRE: UMA ALTERNATIVA VIVEL PARA AS PEQUENAS PROPRIEDADES RURAIS ................ 470Angela KLEIN

    6. TURISMO RURAL Y ESPACIO SOCIAL DE LA MUJER CAMPESINA DE LA COMUNIDAD DE SAN PEDRO ATLAPULCO, MEXICO .................................................. 475Lilia ZIZUMBO-VILLARREAL; Carlos PEREZ-RAMIREZ; Sandra MIRANDA-CONTRERAS

    7. DEFENSA DE RECURSOS Y TURISMO RURAL EN PUERTO MORELOS, QUINTANA ROO ....................... 480Adrian VILCHIS-ONOFRE; Lilia ZIZUMBO-VILLARREAL; Neptal MONTERROSO-SALVATIERRA; Erika CRUZ-CORIA

    8. HOSPITALIDADE COMUNITRIA E TURISMO SOLIDRIO: ATIVIDADE TURSTICA E ECONOMIA SOLIDRIA EM COMUNIDADES RECEPTIVAS ................................. 484Ricardo de Oliveira REZENDE; Elias Jnior Cmara Gomes SALES

    9. ANLISIS COMPARATIVO DE LA SITUACIN LABORAL DE LAS MUJERES RURALES EN LA VITIVINICULTURA, LA INDUSTRIA VITIVINCOLA Y EL TURISMO ENOLGICO. EL CASO DEL VALLE DE COLCHAGUA, CHILE .............................................. 491Ana Mara Dvila, Mariela Pinuer y Pablo Szmulewicz

    10. FESTAS DE PADROEIROS: POTENCIALIDADES PARA O DESENVOLVIMENTO DO TURISMO RELIGIOSO EM GOIS ........................................................................ 499Maria Idelma Vieira DABADIA; Cleusa Maria SILVA; Mary Anne Vieira SILVA; Ondimar Batista; Jakelline Graziela PINTO

    11. O TURISMO NA ALDEIA LAGOA ENCANTADA - POVOS JENIPAPO-KANIND DO CEAR .................. 505Isis Maria Cunha LUSTOSA

    12. A INCORPORAO DO RURAL AO URBANO: QUAIS OS RUMOS DA ZONA RURAL DE PORTO ALEGRE? ......................................................................................................... 509Cintia Maria Castro ALMEIDA

  • RELATOS DE EXPERINCIAS EM TURISMO RURAL

    8GT

  • RELATOS DE EXPERINCIASEM TURISMO RURAL

    8GT

    ANAIS DO VII CONGRESSO INTERNACIONAL SOBRE TURISMO RURAL E DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL - CITURDES

    SUMRIO

    1. CAMINHOS PARA O TURISMO SUSTENTVEL NA MANTIQUEIRA MINEIRA ITAMONTE .................... 520Marcos ARZUA BARBOSA; Fabrcio CASTRO DE CARVALHO

    2. A CONSTRUO DA MARCA ESTADUAL TURISMO RURAL GACHO: UMA EXPERINCIA A SER CONHECIDA ...................................................................................... 527Flvio Abreu CALCANHOTTO; Gladis Terezinha GARCIA; Mrcia MERLLO; Maria Helena MLLER

    3. TURISMO RURAL: EXPERINCIAS NO AGRESTE E SERTO DO ESTADO DE PERNAMBUCO ................. 531Filipe Augusto Xavier LIMA, Maviael Fonseca CASTRO, Gustavo Silva Carreiro SOUZA, Flix Gregrio Chaves Portugal ZEGARRA e Maria Luiza Lins e Silva PIRES

    4. TURISMO RURAL E AGRICULTURA FAMILIAR DE BASE AGROECOLGICA: O CASO DO MUNICPIO DE ABREU E LIMA PE ........................................................ 535Filipe Augusto Xavier LIMA, Joo Paulo SILVA, Flix Gregrio Chaves Portugal ZEGARRA, Gustavo Silva Carreiro SOUZA e Jorge Luiz Schirmer MATTOS

    5. PROJETO CAMINHADAS NA NATUREZA: A EXPERINCIA DO PARAN BRASIL ................................... 539Clarice BASTARZ; Adriana IGREJA

    6. POLTICAS PBLICAS DE TURISMO RURAL: DESENVOLVIMENTO E IMPLEMENTAO NO MUNICPIO DE RIO CLARO, SP. ............................................................................ 544Carolina Vilela FIGUEIREDO; Ronei Dione GRELLA; Silas Nogueira de MELO

    7. LEI TRAF SANTA CATARINA: AVANOS E DESAFIOS DA MULTIFUNCIONALIDADE DO ESPAO RURAL ............................................................................................ 549Rodrigo Borsatto Sommer da SILVA, Vera Lcia Nehls DIAS

    8. TURISMO RURAL DE BASE COMUNITARIA EM ASSENTAMENTOS DE REFORMA AGRRIA: BREVE TRAJETRIA DO PROGRAMA TERRA SOL DO INCRA BAHIA ..................... 556Alberto Viana de Campos Filho; Ises Maria Ferreira Chaves; Ianna Kelly Daltro Rangel; Revecca Oliveira Santos

    9. TURISMO NA AGRICULTURA FAMILIAR A RETOMADA DA ROTA DOS TROPEIROS DE CANDELRIA/RS ....561Aline Moraes CUNHA, Eneida de Ftima Souto BRASIL

    10. METODOLOGIAS PARTICIPATIVAS, O CASO ROTA DAS ESPECIARIAS .................................................. 566Marutschka MOESCH; Alice COSTA; Camila SILVA

    11. O DESENVOLVIMENTO TURSTICO DA REGIO CENTRAL DO RS: O CASO DO PROJETO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL DO TURISMO NO VALE DO JAGUARI RS ........................................ 571Claudio BRASIL

    12. PROPRIEDADE DA TERRA & TURISMO: CONSIDERAES SOBRE TURISMO EM ASSENTAMENTOS RURAIS ..................................................................................................... 575Patrcia Alves Ramiro

  • RELATOS DE EXPERINCIASEM TURISMO RURAL

    8GT

    ANAIS DO VII CONGRESSO INTERNACIONAL SOBRE TURISMO RURAL E DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL - CITURDES

    13. DIAGNSTICO PARA A SUSTENTABILIDADE EM TURISMO DE BASE COMUNITRIA NOS CAMINHOS RURAIS DE PORTO ALEGRE ..................................................... 580Eneida de Ftima Souto BRASIL; Aline Moraes CUNHA

    14. TURISMO RURAL E AGRICULTURA FAMILIAR EM REA DE FRONTEIRA: UMA POSSIBILIDADE PARA O BRASIL E BOLVIA NA REGIO DE CCERES MT ........................................ 586Daniel Fernando Queiroz MARTINS; Rejane PASQUALI

    15. PROJETO SCIO-AMBIENTAL DE RECUPERAO E PRESERVAO DA LAGOA DO MEIO - MARATAZES ................................................................................. 593Isabella Ribeiro MARINUZZI, Aline Chaves PEREIRA, Jos Rubens BRUMANA, Renato Gomes ALVES, Fabio Ferreira da SILVA,

  • INOVAO E EMPREENDEDORISMO NO TURISMO RURAL

    1GT

    3ANAIS DO VII CONGRESSO INTERNACIONAL SOBRE TURISMO RURAL E DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL - CITURDES

    TURISMO RURAL E DIFERENTES APROPRIAES: UMA TENTATIVA DE COMPARAO ENTRE BRASIL E HOLANDA

    KASSAI, Zsuzsanna1; LUNARDI, Raquel2; RUDNICKI, Carlise Schneider3; XIANGDAN, Meng4 e ZANCHI, Verenice5

    Resumo

    Este trabalho busca refl etir sobre o turismo rural a partir das diversas apropriaes e estratgias que os atores tm utilizado no seu cotidiano. Alm disso, pretende-se discutir, de maneira sucinta, de que forma o empreendedorismo tem sido discutido como alternativa de fomentar novas atitudes, bem como os processos inovativos. Para isso, optou-se por um estudo comparativo entre Brasil e Holanda e, como metodologia, uma pesquisa qualitativa na qual foram utilizadas tcnicas como a fotografi a e a obser-vao participante. Palavras-chave: turismo rural; empreendedorismo, inovao

    Introduo

    O meio rural brasileiro passa, principalmente aps a dcada de setenta, por diversas mudanas sociais e econmicas. A partir destes novos cenrios, importantes questes veem sendo pensadas: processos inovativos, estratgias, grau de autonomia dos agricultores e as relaes de poder imersas nas relaes estabelecidas entre coo-perativas, empresas, instituies e agricultores. Estas novas paisagens vm sendo transformadas a partir da necessi-dade dos atores aumentarem suas rendas e possibilidades de atuao, o que propicia novas funes, perspectivas e signifi caes do meio rural (Schneider, 2007: 22).

    Conforme Dargan e Shucksmith (2006), estas mudanas so facilitadas a partir do envolvimento dos atores locais e sua difuso est diretamente relacionada relao entre as instituies, as polticas de inovaes para pro-mover a competitividade, os sistemas educacionais, do capital social, entre outros aspectos e tem na perspectiva orientada ao ator como uma de suas sustentaes tericas (Ploeg, et.al.2004).

    Assim os atores apresentam heterognicas formas de apropriar-se das tecnologias e cenrios, conforme suas habilidades e conhecimentos necessrios na busca por mudanas de nvel local. Conforme Ploeg (2004), o conheci-mento uma nova fonte de recursos que mobiliza as capacidades e transforma a estrutura das agendas polticas. O conhecimento local , dessa forma, um dos principais recursos utilizados na formatao do produto turstico rural.

    A partir destas diferentes apropriaes entende-se que uma das estratgias encontradas nesta pesquisa foi localizar no turismo rural um modo de vida, no caso dos agricultores na Holanda. Para Ellis (2000)

    [...] a diversifi cao dos meios de vida defi nida como o processo pelo qual o grupo domstico rural constri uma crescente diversifi cao do portflio de atividades e ativos para sobreviver e melhorar seu padro de vida (Ellis, 2000: 15).

    A diversifi cao dos meios de vida resulta em complexas interaes com a pobreza, podendo contribuir de vrias formas: primeiro, com a distribuio de renda, pois existe uma correlao positiva entre a superao da po-breza por parte das famlias rurais e a diversifi cao de seus meios de vida; segundo, com a produtividade rural, cuja diversifi cao de dentro da unidade de produo, muitas vezes, acontece associada s contribuies de segurana de renda domstica melhoradas pela diversifi cao fora da porteira da propriedade rural; terceiro, com o meio ambiente, pela reduo da necessidade dos agricultores menos capitalizados explorarem de forma intensiva o solo agrcola; quarto, com as relaes de gnero, ao melhorar a distribuio da renda dentro da famlia; e, quinto, com maior segurana aos efeitos macroeconmicos, isso porque, com a relativa liberalizao de preos e mercados, a diversifi cao pode reduzir seus efeitos imediatos que poderia ocorrer caso fosse dependente de apenas uma estra-tgia de renda (Ellis, 2000).

    1 Mestre e Doutoranda em Desenvolvimento Rural Szent Istvan University, Hungary. E-mail: zsuzsi,[email protected] 2 Doutoranda em Desenvolvimento Rural PGDR/UFRGS Professora do Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia Farroupilha/RS. E-mail: [email protected] Mestre em Desenvolvimento Rural PGDR/UFRGS Doutoranda em Desenvolvimento Rural PGDR/UFRGS. E-mail: [email protected] 4 Mestre em Desenvolvimento Rural/ College of Humanities and Development, China Agricultural University, Pequim. Doutoranda em Sociologia Rural/Wageningen University /

    Nedherlands.E-mail: [email protected] Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC). E-mail: [email protected]

  • INOVAO E EMPREENDEDORISMO NO TURISMO RURAL

    1GT

    4ANAIS DO VII CONGRESSO INTERNACIONAL SOBRE TURISMO RURAL E DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL - CITURDES

    Brasil, Rio Grande do Sul: algumas caractersticas

    No Brasil o turismo rural inicia na ps-dcada de 90, nos Estados do sul o pais. A experincia pioneira no Brasil ocorreu em Lages-SC, na fazenda Pedras Brancas. Pode ser compreendido, de um lado, como uma resposta reestruturao da economia sob os efeitos da globalizao, sendo o aparecimento das atividades no agrcolas uma destas dimenses. Por outro lado, uma atividade que sofre a infl uncia das mudanas sociais relacionadas re-duo das jornadas de trabalho promovidas pelos incrementos tecnolgicos crescentes e o aumento do tempo livre dos indivduos, assim como elevao da expectativa de vida das pessoas e das alteraes nos padres de consumo, que se voltam crescentemente s amenidades e aos bens no tangveis.

    A inovao do turismo no RS tem sido fomentada, especialmente, pelas instituies no governamentais in-centivadoras do desenvolvimento de pequenas empresas e pelas instituies de extenso rural, como a EMATER/ASCAR. Essa realidade no diferente nos Campos de Cima da Serra. Nesta regio, a participao das instituies locais como Prefeituras Municipais, EMATER/ASCAR e SEBRAE representaram um papel central no desenvolvimento e consolidao do turismo nesta regio. Foram elas, tambm, que organizaram o turismo rural em redes, atravs da elaborao da Rota Turstica Campos de Cima da Serra, bem como roteiros tursticos. A formao de redes no turismo rural uma forma de consolidao do produto turstico e, tambm, um meio facilitador nas estratgias de marketing e divulgao do local (Lunardi, 2007). No caso do SEBRAE importante ressaltar que vm sendo esti-mulado o empreendedorismo tambm em parceria com outros programas voltados ao campo, como o Centro de Desenvolvimento do Jovem Rural (CEDEJOR). Porm, neste caso o turismo no veem sendo abordado, mas sim estratgias de diversifi cao voltadas a agroecologia (Schneider Rudnicki, 2008).

    Para Almeida o [] turismo rural conhecido como a atividade turstica que ocorre na zona rural, integrando a atividade agrcola pecuria atividade turstica. um fenmeno social que consiste no envolvimento dos indiv-duos ou grupo de pessoas, gerando mltiplas inter-relaes de importncia social, econmica e cultural (2000: 7).

    Mas como pensar estas atitudes: a partir dos processos inovativos ou de uma viso empreendedora? No que se refere ao empreendedorismo, as discusses tm sido polmicas.Mas afi nal, o que empreendedorismo? Existem diversas opinies sobre o tema. A literatura sobre empreendedorismo vasta. Porm, a maior parte dos estudos e obras pesquisadas se limitam a abordar o tema a partir da idia de conquistar seus sonhos ou tornar-se cidado. Parece que, na ps-modernidade (ou como conseqncias da modernidade, conforme Giddens), tudo gira em torno da cidadania: projetos sociais buscam levar cidadania aos excludos. Tambm fala-se muito em desenvolvimento e sustentabilidade, a ponto de vulgarizar ainda mais tais expresses, muitas vezes, desprovidas de contextualizao e de uma conceituao adequada. Para Dolabela Chagas, o empreendedorismo est relacionado ao desenvolvimento social e realizao dos sonhos e [...] no pode ser um instrumento de concentrao de renda, de aumento de diferenas sociais ou uma estratgia pessoal de enriquecimento (Chagas, 2007).

    J Veiga se refere ao termo como uma noo que

    [...] passou a ser usada para caracterizar outros fenmenos, em geral com a ajuda de qualifi cativos. Cada vez mais se fala em empreendedorismo social e em empreendedorismo pblico para caracterizar fenmenos bem diferentes [...] (Veiga, 2006)

    Logo,

    [...] Ocorre, todavia, que os prprios especialistas no assunto (em geral de reas da Administrao) fi zeram uma imensa maionese com a noo original. Um deles enxerga empreendedorismo em toda atividade no-rotineira daqueles que dirigem atividades econmicas de grandes e pequenos grupos e/ou organizaes. Outro diz que empreendedor quem se especializa em tomar deci-ses razoveis sobre a coordenao de recursos escassos. E h at quem chegue ao extremo de afi rmar que um empreendedor uma pessoa que imagina, desenvolve e realiza vises [...] (Veiga, 2006)

    Conforme Harvey, as mudanas propostas pelo empreendedorismo na contemporaneidade tem sua origem no modelo atual de acumulao de capital e destacam a novidade, o fugidio, o efmero, incentivando um individua-lismo exacerbado (Harvey, 1992). Para o autor, os valores coletivos encontrados nos anos 50 e 60 se transformaram em um individualismo competitivo. Dentre os valores e caractersticas do empreendedorismo destacam-se a capa-cidade de inovar, assumir riscos e gerar riquezas, transformar o trabalho em espao de auto-realizao.

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    Assim, o empreendedorismo vem interferindo nas relaes de trabalho e no modo como os agentes passam a perceber o mundo do trabalho, imersos em uma nova noo de espao e tempo

    [...] em que o tempo deixou de ser qualquer coisa alm de velocidade, instantaneidade e simulta-neidade e, em que o tempo como histria desapareceu da vida de todas as pessoas...ento, sim, ento, em toda essa perturbao, uma pergunta ainda nos assombra como um espectro: Para qu? Para onde? E depois? [...] (Heidegger apud Harvey, 1992: 192-3)

    Em relao inovao tem-se aparatos tericos mais concretos. A partir da Perspectiva Orientada ao Ator a inovao ast diretamente relacionada relao entre as instituies, s polticas de inovaes que promovem a competitividade, o capital social, entre outros aspectos e tem a perspectiva orientada ao ator como uma de suas sustentaes tericas (Long, 1992; Ploeg, et.al.2004). Para o autor

    [...] os estudos detalhados centrados nos atores revelam no s a criatividade e a experimentao desenvolvidas por agricultores, como tambm sua capacidade contnua de absorver e re-trabalhar idias externas e tecnologias, de forma tal que se torna impossvel caracterizar um elemento par-ticular como pertencente cincia popular ou cincia dos cientistas [...] (Ploeg et al. 2004:34).

    Dessa maneira pode-se dizer que o turismo rural tambm apresenta-se como uma estratgia possvel de reproduo social, econmica e cultural das populaes rurais. Entretanto, esta no pode ser a nica alternativa de desenvolvimento rural, atitude que acarretaria o no aproveitamento de outros espaos a serem pensados nas propriedades.

    Buscando clarear algumas questes, algumas comparaes pretendem propiciar uma observao mais deta-lhada sobre a maneira como diferentes vises de mundo e conjunturas econmicass e sociais tm infl uenciado as estratgias utilizadas pelos atores. Por esse motiovo, neste trabalho apresenta-se tambm o cotidiano de uma famlia de agricultores na Holanda.

    Holanda: caractersticas gerais e algumas comparaes com o Brasil

    Segundo Wiskerke (2007), o sucesso da agricultura holandesa est relacionado ao modo de organizao dos agricultores:

    As the number of what we now call multifunctional farms grew considerably over the past fi fteen years, and took on an increasingly diverse range of functions (such as nature and landscape management, care, education, sport and catering), we have also seen the rise and growth of various collaborative relationships. The growing diversity of roles was accompanied by a growing diversity in rolerelated collaborative relationships in the countryside. At present there are numerous regional organizations in the fi eld of agriculture and care, agriculture and nature / environmental education, agritourism etc. ( Wiskerke, 2007:6)

    Como se percebe, o turismo na Holanda j se apresenta como um modo de vida estruturado e fortemente articulado. As atividades tursticas iniciaram de forma diferente, se comparmos ao Brasil: foi gradual e, ao mesmo, convivendo com a agricultura. As propriedades encontram-se adaptadas para receber visitantes em vrios aspectos: produtos coloniais, cabanas, espao para refeies, passeios, entre outras possibilidades. Embora a industrializao e modernizao ainda serem signifi cantes, os agricultores desempenham um papel importante nas reas rurais, em todo o pas. James Scott salienta em seus trabalhos que, embora os camponeses parecem fracos, eles tm a sua prpria arma para se proteger. Este o caso da propriedade Het Exoo Orgnica.

    A partir deste trabalho de campo foram pensadas vrias nuances sobre autonomia e sobre as formas de organi-zao encontradas em propriedades tpicas holandesas. O agricultor entrevistado, por exemplo, viajou para o Brasil e a Frana no intuito de encontrar solues quando os preos estagnaram e os custos de produo aumentaram na propriedade. Ademais, o agricultor construiu relaes com outros agricultores, os quais apresentavam os mesmos problemas, ou seja, eles buscaram uma maneira mais til e rentvel para sobreviver e a soluo foi a agricultura orgnica. Os agricultores esto bem informados e sabem, por exemplo, que tipo de gado est apto para sua pro-priedade: o momento e quantas vezes as suas vacas devem ser ordenhadas um exemplo. Em relao ao uso de fontes externas de informao para inovar, eles contatam as universidades. Muitos agricultores tambm investem em

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    web sites para promover atividades de agro-turismo. Outra caracterstica relaciona-se a facilidade de cooperao e organizao entre eles. Quando ocorrem presses internas (polticas ou de mercado) eles pensam, juntos, formas de reduzir os custos de transao: a primeira atitude pedir ajuda de parentes ou vizinhos. Assim, observa-se que a capacidade de negociao e cooperao so intensas.

    Propriedades como modo de vida

    Fotografi a 1: OpenFonte: Carlise Rudnicki, Outubro 2009/Holanda

    Neste trabalho pode-se visualizar alguns exemplos de inovao e multifuncionalidade na Holanda. Cabe aqui tambm ressaltar que a inovao pode ser vista como estratgias mais locais e a multifuncionalidade abarcam possibilidades de integrao mais amplas. Nesse sentido, a inovao, ao ser pensada em conjunto, torna-se uma possibilidade real de superao individual e, de certa forma, a transio, de um autonomia individual para uma autonomia coletiva.

    Ao entrarmos na propriedade localizamos um importante indicativo da viso dos agricultores: a placa OPEN (Fotografi a 1) representa a abertura a novas possibilidades de renda. Estes cones so encontrados em todos os mo-mentos, inclusive nos caminhos que os agricultores trilham para que o pblico possa circular pelas propriedades e, ento, ter um contato mais prximo e acessar produtos e servios que so oferecidos ao pblico em geral, como se pode observar na imagem abaixo (Fotografi a 2). Dessa forma, percebe-se que o turismo confi gura-se de forma diferenciada do que ocorre no Brasil. Em So Jos dos Ausentes, por exemplo, os servios vm sendo confi gurados a partir de um padro hoteleiro que apresenta um custo mais alto e sofi sticado, em grande parte das pousadas. J na Holanda, so feitas cabanas para receber hspedes que circulam nas proximidades e o custo no se compara a rede de hotis na regio.

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    Fotografi a 2: CaminhoFonte: Carlise Rudnicki, Outubro 2009/Holanda

    A Het Exoo foi visitada em outubro de 2009. A agricultura iniciou de maneira convencional e assim perma-neceu por trs dcadas. No incio de 1990, a renda passou a diminuir e a famlia teve que decidir que caminho continuar: manter a agricultura convencional ou buscar novas alternativas. Os proprietrios disseram desejar um contato mais direto com os consumidores e melhores preos para seus produtos: ento eles decidiram mudar para a agricultura biolgica. O processo iniciou em Janeiro de 1997 e, desde ento, trabalhadores so empregados de for-ma permanente na fazenda (trs pessoas em tempo integral e dois em tempo parcial). A propriedade caracteriza-se como uma agricultura familiar e possui 60 hectares: 30 hectares so utilizados pela famlia e 30 ha so arrendados. importante ressaltar tambm que no so utilizados pesticidas no plantio. Tambm encontramos 50 vacas leiteiras e 15 sunos. O alto rendimento se deve ao cuidado dedicado e seleo. A famlia tambm no utiliza qualquer tipo de medicamento para os animais e a idade mdia de seis anos, mais do que a maneira convencional de cultivo e criao de animais.

    Resultados e discusses

    No decorrer do trabalho foi possvel vislumbrar interessantes observaes sobre o turismo rural e como os agri-cultores de apropriam e pensam em estratgias para incrementar renda e inovar, tendo em vista as diferentes reali-dades culturais, sociais e econmicas. Os agricultores na Holanda aprenderam, com o passar do tempo, a gerenciar suas potencialidades e, paralelamente, manter a agricultura, mesclando comodidades modernas, como computador e internet, e preservando suas vantagens de casas antigas e personagens.

    No Brasil o turismo uma ferramenta que comea a ser pensada como alternativa de renda, mas parece ainda no ter sido ainda apropriada como um modo de vida, adaptado a situaes cotidianas. Podemos observar tambm algumas regies, como os Campos de Cima da Serra, uma srie de pousadas e servios que assemelham a estrutura hoteleira formal e buscam atender o pblico A e B, tanto no que se refere ao alto custo, quanto estrutura (como calefao, por exemplo), que se encaminham para um servio similar ao das redes de hotis. De forma diferente, na Holanda a propriedade adaptada aos visitantes gradualmente, tanto no que se refere aos investimentos fi nan-ceiros, quanto ao tempo destinado pelos agricultores. A propriedade permanece guiada pelas atividades agrcolas e o turismo um complemento que os possibilita tambm a abertura a outros mercados, como, por exemplo, a venda de produtos oriundos do local. Ao mesmo tempo, necessrio relevar que a populao tambm possui uma diferente representao do rural e valoriza o modo de vida no campo. As caminhadas e passeios de bicicletas nas reas rurais proporcionam mais possibilidades e recursos aos agricultores.

    Concluses

    Tendo-se em vista as ambivalncias da vida humana, a nova ruralidade encontra-se permeada por refl exes, sonhos, expectativas e possibilidades (re) apropriadas. Uma caracterstica crucial para o desenvolvimento de novas

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    perspectivas pode ser visualizada na forte organizao encontrada no meio rural da Europa, de uma forma geral. Na Holanda os agricultores participam frequentemente em atividades de desenvolvimento rural, buscando reduzir custos de transao e ampliar mercados para seus produtos e servios. Por exemplo, os proprietrios da Het Exoo decidiram ampliar suas atividades h dois anos, momento em que iniciaram atividades de agro-turismo. Alm disso, os agricultores pesquisados criaram outras formas de atende o pblico atravs de uma loja de produtos orgnicos. Importante ressaltar que as lojas nas propriedades so vendidos, Alm dos produtos locais, so vendidos produtos oriundos das propriedades vizinhas. Buscando fortalecer suas relaes com o mercado, encontram-se organizados em cooperativas e buscam, nestes espaos, informao e fora para buscar novas alternativas de renda e resolver problemas cotidianos. Este foi o primeiro passo, conforme os agricultores, importante para a inovao. Neste sen-tido, talvez o empreendedorismo no seja uma viso adequada para analisar determinados cenrios, devido s suas caractersticas marcantes voltadas ao crescimento individual e a concorrnica. Se o empreendedorismo incita projetos individuais, se sobrepondo aos coletivos, como conect-lo agroecologia, a qual visa fortalecer e impul-sionar a organizao social? (Guzmn, 2001; Altiere, 2001). Tem-se uma nova ruralidade, imersa em um cotidiano complexo. A convivncia com o risco, as tecnologias, a destruio do meio ambiente e a introduo de novas ne-cessidades, devido ao estreitamento das fronteiras entre o rural e o urbano, caracterizam esses novos tempos. Seja como modo de vida ou como meio de incrementar renda e prospectar pblicos de poder aquisitivo mais elevado, o turismo rural, de uma forma geral, tem sido uma importante ferramenta que estimula os processos criativos e de inovao, bem como aumenta o grau de autonomia e estratgias de sobrevivncia no meio rural. No decorrer deste trabalho muitas questes puderam ser revisadas. Porm, o que ainda guia a pretenso da continuidade : porque as pessoas agem de determinada forma, aceitam desafi os? O que move suas escolhes e os motiva? Obviamente o carter econmico e cultural pode explicar parte deste questionamento, mas no o sufi ciente para explicar como estes processos iniciam ou so bloqueados. Seguindo esta linha, entende-se que as redes locais incentivam mais aes cooperativas e as inovaes de forma coletiva. Por esse motivo cr-se na continuidade destes estudos, a partir da noo de multifuncionalidade, a qual visa incentivar, no caso da Holanda, uma nova comunidade regional, no-vas possibilidades realizadas em grupo e, sem dvida, contando com um aparato estatal mais concreto. Cabe aos pesquisadores analisar tambm que turismo vem sendo incentivado no Brasil e quais os rumos pretende-se trilhar.

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    EMPREENDEDORISMO NO TURISMO RURAL: ESTUDO DE CASO DA AGROINDSTRIA FAMILIAR PRANKE,

    MUNICPIO DE SINIMBU/RS

    CALCANHOTTO, Flvio Abreu1; CASTRO, Claudiana Y2 e ROSA, Carlos Corra da3

    Resumo

    O Turismo Rural na agricultura familiar tem se caracterizado por ser uma atividade que permite a adoo de estratgias capa-zes de diversifi car o sistema de produo implementado pelas famlias rurais, proporcionando complementaridade s demais atividades da unidade de produo. O objetivo deste estudo trazer ao debate temas como turismo rural, agricultura familiar e empreendedorismo. O estudo de caso da famlia Pranke evidencia mudanas no cotidiano rural, a partir da adoo do turismo rural como atividade que complementa, ou mesmo, suplementa as rendas oriundas da explorao de atividades tradicionais como a produo de leite e sunos. O avano na implementao da atividade agroindustrial familiar (focada em derivados fari-nceos, como cucas, bolachas, pes e massas) ampliou a oportunidade de oferta de produtos oriundos da agricultura familiar. Exemplos como este, justifi cam o desafi o da criao de um produto turstico, a Rota Germnica do Rio Pardinho, formatada com o propsito de reunir parceiros empreendedores com objetivos comuns, situados no mbito dos territrios compreendidos pelos municpios de Sinimbu e de Santa Cruz do Sul.Palavras-chave: turismo rural, agricultura familiar, empreendedorismo.

    Introduo

    O Turismo rural como atividade econmica, social, cultural e ambiental vem se caracterizando como dina-mizador dos territrios rurais, em particular pelo olhar diferenciado que tem sido agregado ao mundo agrrio. O meio rural neste contexto deixa de ser apenas visto como o local onde se pratica pura e exclusivamente, atividades de agricultura e pecuria. O ambiente passa a desenvolver outras atividades identifi cadas com o rural, porm, re-conhecidas como atividades no agrcolas. Dentre elas possvel destacar o turismo, o artesanato e a agroindstria entre outras. Estas atividades tm contribudo signifi cativamente para que o produtor rural possa gerar renda, tendo como base a agregao de valor aos seus produtos, atravs do reconhecimento de valores inerentes s tradies e aos costumes identifi cados com o modo de vida das comunidades locais, alm de reconhecer a necessidade de preservar o meio ambiente dos entornos.

    Diante desse contexto, o estudo se prope a apresentar a importncia do empreendedorismo na agricultura familiar, tendo como escopo, a iniciativa da Famlia Pranke. Unidade de Produo Familiar que desde 1977 desen-volve atividades tradicionais, como a produo de leite e criao de sunos, mas que a partir de 2006, d origem as atividades de uma agroindstria familiar. Este empreendimento com o passar dos anos, protagoniza o surgimento do status de referncia local e regional, na produo de gneros alimentcios. Tal circunstncia permitiu a conquista de espao socioeconmico capaz de ocupar o direito de vir a fazer parte de uma Rota Regional de Turismo Rural. E o fundamental nestas mudanas, foi o fato de que as atividades de agricultura e pecuria no foram relegadas a segundo plano, e sim, incorporadas a proposta do turismo rural.

    Cabe ressaltar que, os elementos envolvidos acerca do conceito de turismo rural, agricultura familiar e em-preendedorismo, demonstraram nitidamente, a existncia de correlao de reciprocidade. Circunstncia que se evidencia em resultados concretos na agregao de valor produo, a partir do processamento agroindustrial da matria-prima e o modelo de produo familiar, ambiente organizacional desejvel para a sustentabilidade do em-preendimento.

    1 Engenheiro Agrnomo e Mestre em Economia Rural da Associao Riograndense de Empreendimentos de Assistncia Tcnica e Extenso Rural EMATER/RS. Rua Botafogo, 1051, Porto Alegre/RS, 90 150-053. E-mail: fl [email protected] Turismloga pela Universidade de Santa Cruz do Sul ( UNISC), Mestre em Turismo pela Universidade de Caxias do Sul (UCS); Coordenadora de Turismo da Prefeitura Municipal de Sobradi- nho. E-mail: [email protected] Tcnico Agrcola da Associao Riograndense de Empreendimentos de Assistncia Tcnica e Extenso Rural EMATER/RS do Escritrio Municipal de Sinimbu/RS; Acadmico do Curso de Graduao Tecnolgica de Agricultura Familiar e Sustentabilidade pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). E-mail: [email protected]

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    A dinmica das atividades no agrcolas vista pela tica do turismo rural

    O carter dinmico da atividade turstica, aliado necessidade de desenvolvimento contnuo, faz do turismo rural um segmento em franca expanso no contexto mundial. Tal fato se relaciona crescente adeso das unidades de produo familiar, que descobre nas atividades no agrcolas um novo modo de superar os limites impostos pelo modelo tradicional at ento desenvolvido. Isto no signifi ca dizer que o modelo tradicional de produo, seja necessariamente, um exemplo de atraso ou estagnao no tempo. Todavia, as unidades de produo familiar aliceradas na produo de gros e/ou protena animal, fi cam a merc de condicionantes que esto fora do seu alcance, como por exemplo, a formao fi nal de preo do produto. Nas atividades no agrcolas o que se percebe uma maior autonomia em termos de valorizao da ruralidade. Outros valores esto em jogo, como o caso da conservao do meio ambiente, a preservao da cultura local e a valorizao de espaos em que a beleza natural passa a assumir. Outro fato importante que o consumidor deste produto turstico, o turista, reconhece estes valores como importantes qualidades. A est um exemplo concreto de agregao de renda famlia rural.

    A defi nio de Turismo Rural como atividade econmica, social, cultural e ambiental reconhecida pela governana pblica, como o caso do Ministrio do Turismo Mtur, ao se referir ao turismo, ao territrio, a base econmica, aos recursos naturais/culturais e a sociedade, da seguinte forma:

    Turismo rural o conjunto de atividades tursticas desenvolvidas no meio rural, comprometida com a produo agropecuria, agregando valor a produtos e servios, resgatando e promovendo o patrimnio cultural e natural da comunidade (Ministrio do Turismo. Segmentao do Turismo: Marcos Conceituais, 2006, p. 49).

    No que se refere compreenso deste conceito, salienta-se que as atividades de turismo rural se constituem de oferta de servios, equipamentos e produtos, entre eles: servio de transporte, hospedagem, alimentao, recep-o visitao em propriedades, servios de entretenimento como pescaria, cavalgada e caminhada entre outras opes. O comprometimento com a produo agrria pode ser representada pelas prticas sociais e de trabalho, considerados tpicos de cada comunidade rural. Com relao valorizao de produtos e servios como a hospitali-dade em ambiente rural, as manifestaes culturais, bem como a agregao de valor de produtos in natura, que so oferecidos aos turistas, em forma de conservas e embutidos entre outros, passam a serem importantes componentes do produto turstico. Do ponto de vista de patrimnio imaterial, o turismo rural contribui ainda para o resgate das manifestaes culturais como o folclore, os costumes tnicos, os contos que passam de gerao para gerao e a gastronomia tpica, as quais se caracterizam por um conjunto de elementos que ir formar a oferta turstica no meio rural.

    A amplitude que envolve o Turismo Rural como conceito permite inter-relaes com as questes do agro e o turismo propriamente dito. Conforme GRAZIANO DA SILVA et al. (1998, p. 14), o agroturismo envolve atividades internas propriedade que geram ocupaes complementares as atividades agrcolas, as quais continuam a fazer parte do cotidiano da propriedade, em menor ou maior intensidades. Devem ser entendidas como parte de um processo de agregao de servios e bens no materiais existentes nas propriedades rurais (paisagem, ar puro, etc.), a partir do tempo livre das famlias agrcolas, com eventuais contrataes de mo de obra externa. Para o Ministrio do Turismo e Ministrio do Desenvolvimento Agrrio (2008, p. 4) O Turismo rural na agricultura familiar uma atividade turstica que ocorre no mbito da propriedade dos agricultores familiares que mantm as atividades eco-nmicas tpicas da agricultura familiar, dispostos a valorizar, respeitar e compartilhar seu modo de vida, o patrimnio cultural e natural, ofertando produtos e servios de qualidade e proporcionado o bem estar dos envolvidos.

    A agricultura familiar como pblico da poltica de turismo rural

    A partir de 24 de julho de 2006, quando o Governo Federal regulamenta a Lei n 11.326, chamada Lei da Agricultura Familiar, fi cam estabelecidas diretrizes para a formulao da Poltica Nacional da Agricultura Familiar- PNATER. Alm disso, prev a articulao das polticas da agricultura familiar, em todas as suas fases de implementa-o, gesto e execuo, bem como quelas direcionadas reforma agrria.

    A nova lei permite fazer de fato, a diferenciao de enquadramento das estratifi caes existentes entre os pro-dutores rurais. A lei reconhece e classifi ca legalmente a agricultura familiar e o seu trabalhador, que passa a existir como categoria produtiva, superando o conceito de pequeno agricultor. Esse arcabouo legal vai contribuir com a

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    criao de legislaes especfi cas nos mbitos previdencirio, tributrio e ambiental, que leve em conta, as caracte-rsticas da agricultura familiar, garantindo a sua participao na formulao e implementao de polticas pblicas.

    Dados do Ministrio do Desenvolvimento Agrrio divulgados a partir do Censo Agropecurio de 2006, do conta de que a agricultura familiar no Brasil responsvel por 38% do valor bruto da produo agropecuria e suas cadeias produtivas correspondem a 10% de todo o Produto Interno Bruto (PIB) do Pas. A sua magnitude rene o universo de 4,36 milhes de estabelecimentos familiares, o que representa 84,4% dos estabelecimentos rurais do Brasil e responsvel pelo emprego de 74,4% da mo-de-obra do campo. Alm disso, responsvel pela maioria dos alimentos na mesa dos brasileiros: 87% da mandioca, 70% do feijo, 59% dos sunos, 58% da bovinocultura do leite, 46% do milho, 50% das aves, 16% da soja, 97% do tabaco, entre outros.

    Os parmetros para enquadramento como benefi cirios desta poltica pblica deve obedecer:

    Detentor de at quatro mdulos fi scais (unidade-padro para todo o territrio brasileiro). Utilizar predominantemente mo-de-obra da prpria famlia nas atividades econmicas do seu empreendi-

    mento. Ter renda familiar predominantemente originada de atividades econmicas vinculadas ao prprio estabeleci-

    mento ou empreendimento. Dirigir o estabelecimento ou empreendimento com auxlio de pessoas da famlia.

    O Empreendedorismo na unidade de produo familiar

    Independente do ramo de atividade escolhido, pessoas empreendedoras possuem determinadas caractersticas em comum, como a criatividade e a iniciativa, qualidades essenciais para buscar caminhos alternativos e solues diferenciais. Outro aspecto importante, diz respeito disposio para assumir riscos e fazer com que o empreendi-mento conviva e sobreviva com eles, administrando-os com competncia. Some-se a estes fatores, a qualidade e a efi cincia na oferta de produtos e servios, a liderana e comunicao entre colaboradores/clientes/fornecedores, a organizao e o planejamento indispensveis ao bom andamento do empreendimento em todos os seus setores.

    Por fi m, o conhecimento do ramo de atividade do empreendimento fundamental para ter o amplo domnio sobre o mercado e o segmento no qual est inserido. Isto aliado persistncia e o comprometimento so essenciais para se ter foco nas metas a serem atingidas a fi m de fortalecer o empreendimento.

    Caracterizao do municpio de Sinimbu e a insero na Rota Germnica do Rio Pardinho

    O municpio de Sinimbu est localizado na Regio do Vale do Rio Pardo, com coordenadas 29 32 15 SUL e 52 31 11 OESTE . Distante 161 km de Porto Alegre, possui uma rea territorial de 510,12 km2, uma populao em torno de 10.477 habitantes sendo 8.804 residindo no meio rural. Possui 1.858 estabelecimentos agropecurios onde so cultivados, principalmente, 6.000 ha de milho, 600 ha de feijo e 4.300 ha de tabaco (Emater/RS, 2010).

    Tais caractersticas conferem ao municpio tendncia para o desenvolvimento da atividade turstica, sobretudo vol-tada ao turismo rural.

    A Rota Germnica do Rio Pardinho um roteiro que compreende 23 empreendimentos entre os Municpios de Sinimbu e Santa Cruz do Sul e tem como objetivo precpuo, oferecer ao turista a oportunidade de voltar ao passado. Esta oportunidade possvel graas a fi delidade da cultura alem em manter viva suas belezas e particula-ridades como tradio, exuberncias naturais e tranqilidade comuns ao que existia poca do sculo XIX.

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    Figura 1 - Localizao do municpio de Sinimbuno mapa geogrfi co do Rio Grande do Sul. Fonte: FEE, 2010 (Adaptado pelos autores).

    A Famlia Pranke

    Descendentes de imigrantes alemes, o casal Willy e Ele Pranke chegaram na localidade de Rio Pequeno, na poca municpio de Santa Cruz do Sul, em meados de 1953. Aps a construo da infraestrutura caracterstica da etnia alem poca, como casa, galpo e estbulo, bem como a formao de lavouras de culturas anuais de milho, feijo e demais produtos para subsistncia, montaram uma marcenaria (ano de 1955). Uma das caractersticas da poca consistia em ter famlias numerosas, visto a necessidade de mo de obra para desenvolver as atividades que garantiriam a sobrevivncia. Neste nterim, os Pranke tiveram cinco fi lhos. A rea de terras sob seus domnios con-sistem em 5,3 ha prprios mais 5,0 ha arrendados, onde cultivam pastagens para criao de bovinos de leite.

    Metodologia

    O estudo de caso da famlia Pranke adotou procedimentos metodolgicos como pesquisa em fontes prim-rias e secundrias, que conforme DUARTE e BARROS (2006) destacam, auxiliam na orientao das informaes, percepes e experincias coletadas ao longo das anlises. Procedeu-se ainda, entrevista junto aos membros da famlia que esto ligados diretamente ao empreendimento. Para tanto se recorreu ao mtodo de histria oral que, de acordo com FERREIRA e ARMANDO (1996), esta estratgia permite a caracterizao mais corrente, atravs da memria viva como mecanismo de registro e reteno, depsito de informaes, conhecimentos e experincias. A memria aparece ento como algo concreto, defi nido, cuja participao e acabamento foram realizados no passado e que cumpre apenas o papel de transportar tudo para o presente.

    Resultados alcanados

    A entrevista focou o itinerrio cronolgico da formao da herana cultural da etnia alem no Vale do Rio Pardinho, a partir da viagem realizada pelos imigrantes da Alemanha para o Brasil, do percurso, suas difi culdades e como iniciaram a vida na localidade de Rio Pequeno. A partir da anlise dos relatos, foi possvel perceber que o tema turismo rural na vida cotidiana da famlia Pranke, evidenciou o orgulho em relao as origens, as conquistas do patrimnio material e imaterial, como o caso do atual casaro e o prdio onde abrigava a marcenaria e o moinho. Do lado do patrimnio imaterial, chamou a ateno, a preocupao em perpetuar os hbitos do folclore, como forma de comunicao e manuteno da lngua alem entre os adultos, crianas da famlia e comunidade.

    Os relatos destacam a dcada de 70 como marco inicial no empreendimento da famlia na produo de sunos que eram vendidos para uma indstria de Santa Cruz do Sul. Com a necessidade de aumentar os investimentos e a infra-estrutura produtiva na propriedade e com as difi culdades comerciais da poca, sem garantias de preos, apostaram na efi cincia e competncia do seu trabalho e adquiriram o primeiro trator agrcola, a fi m de otimizar os servios de transporte de insumos, dejetos orgnicos e mesmo a produo agropecuria.

    Na dcada de 80, como havia disponibilidade de insumos para adubao orgnica em pastagens a partir da

  • INOVAO E EMPREENDEDORISMO NO TURISMO RURAL

    1GT

    13ANAIS DO VII CONGRESSO INTERNACIONAL SOBRE TURISMO RURAL E DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL - CITURDES

    criao de sunos, apostaram na produo de leite como forma de iniciar a diversifi cao da renda da propriedade. Em 1996 e 1997, resolveram seguir a tendncia regional devido ao apelo comercial e iniciaram o cultivo de 4,5 ha do tabaco (fumo) que era destinado para indstria. Mas a grande demanda de mo-de-obra aliada ao uso intensivo de agroqumicos, os fez desistir da cultura e focar os trabalhos na produo exclusiva de alimentos. A partir do ano de 2004, a famlia decidiu em empreender ainda mais, aproveitaram a experincia c