anais 51º congresso da sociedade brasileira de medicina … · 2016-11-27 · apresentaÇÃo caro...

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Anais 51º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical DOENÇAS TROPICAIS: DO ENSINO E PESQUISA AOS SERVIÇOS DE SAÚDE Resumos de trabalhos apresentados durante o 51º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical Fortaleza / Ceará / Brasil 14 a 17 de junho de 2015

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  • Anais 51º Congresso da

    Sociedade Brasileira de Medicina Tropical DOENÇAS TROPICAIS: DO ENSINO E PESQUISA AOS SERVIÇOS DE SAÚDE

    Resumos de trabalhos apresentados durante o

    51º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

    Fortaleza / Ceará / Brasil

    14 a 17 de junho de 2015

  • APRESENTAÇÃO

    Caro colega,

    É com imenso prazer que o estou convidando a se fazer presente ao 51 ° Congresso da

    Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, que se realizará em Fortaleza de 14 a 17 de junho

    de 2015, no segundo maior Centro de Eventos da América Latina.

    Estamos esperando pelo menos 2500 pessoas, para apresentar e discutir os mais variados

    aspectos da Medicina Tropical, desde o ensino, passando pela pesquisa de pontos

    importantes, até a assistência. A maior característica do nosso congresso será congraçar,

    irmãmente, os mais variados tipos de profissionais que atuam nesta área. Serão de todos os

    cantos do Brasil e também do mundo, o que contribuirá para aumentar seus conhecimentos

    e poderá ser uma oportunidade ímpar, para você apresentar suas idéias e resultados.

    Aproveite as belezas, a hospitalidade e o clima do Ceará, para ganhar energias e exercer

    com melhor desempenho suas atividades, desde as científicas até as de simplesmente

    descansar, ou dançar forró ou praticar esportes, até os radicais, aproveitando o mar, o

    vento, as trilhas da nossa região.

    Portanto, una a ciência à qualidade de vida estando presente ao nosso Evento.

    Ivo Castelo Branco Coelho

    Presidente do 51º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical.

  • Presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical: Mitermayer Galvão dos Reis

    Presidente do Congresso: Ivo Castelo Branco Coelho

    Presidente da Comissão Organizadora: Terezinha M J Silva Leitão

    Presidente da Comissão Científica: Luciano Pamplona de Góes Cavalcanti

    • Assuntos internacionais: Anastácio de Queiroz Sousa • Temas Livres: Carlos Henrique Morais de Alencar • Cursos pré-congresso: Jorge Luiz Nobre Rodrigues

    Membros da Comissão Científica: • Alberto Novaes Ramos Junior • Aldo Lima (CE) • Aluísio Augusto Cotrim Segurado (SP) • Anastácio de Queiroz Sousa (CE) • Anya Pimental

    • Benedito Antônio Lopes da Fonseca (SP) • Carlos Henrique Nery Costa (PI) • Cleudson Nery de Castro (DF) • Dalmo Correia Filho (MG) • Enrique Vazquez (OPAS-Brasil) • Érico Antônio Gomes de Arruda (CE) • Flávio de Queiroz Teles (PR) • Guilherme Ribeiro (BA) • James Maguire (EUA) • Jarbas Barbosa da Silva Júnior (DF) • José Rodrigues Coura (RJ) • José Wellington de Oliveira Lima (CE) • Julio Croda (MS) • Kleber Giovanni Luz (RN) • Ligia Regina S Kerr • Luciano Pamplona de Góes Cavalcanti (CE) • Marcus Boulos (SP) • Mônica Cardoso Façanha (CE) • Olga Vale Machado (CE) • Pedro Luiz Tauil (DF) • Pedro Vasconcelos (PA)

    • Rivaldo Venâncio da Cunha (MS) • Roberto da Justa Pires Neto (CE)

  • • Sinval Pinto Brandão Filho (PE) • Terezinha M J Silva Leitão (CE)

    Comissão Organizadora Local • Alberto Novaes Ramos Junior • Anastácio de Queiroz Sousa • Braulio M Carvalho • Carlos Henrique Morais de Alencar • Christiane Takeda • Danielle Malta Lima • Dione Bezerra Rolim • Érico Arruda • Evelyne Santana Girão • Fernando Schemelzer de Moraes Bezerra • Guilherme Alves de Lima Henn

    • Jania Maria Texeira • Jorge Luiz Nobre Rodrigues • Keny Colares • Lara Távora • Ligia Regina S Kerr • Luciano Pamplona de Goes Cavalcanti • Margarida Maria de Lima Pompeu • Melissa Medeiros • Mônica Cardoso Façanha • Olga Vale • Patrícia Batista Rosa • Roberta Santos • Roberto Da Justa Pires Neto • Terezinha M J Silva Leitão • Zirlane Castelo

  • PRÊMIO PESQUISADOR SÊNIOR 2015

    A Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT) tem como objetivo reconhecer anualmente um Pesquisador Sênior por seu trabalho e sua contribuição para a Medicina Tropical. Com esta finalidade criou, em 2014, o prêmio Pesquisador Sênior.

    Os sócios da SBMT já podem indicar nomes para concorrer ao Prêmio Pesquisador Sênior 2015, observando os seguintes critérios: possuir elevada produção científica; ter atuação na formação e na capacitação de recursos humanos; bem como exercício de atividades de gestão na área da Medicina Tropical. As sugestões de nomes devem ser enviadas para o endereço eletrônico da assessoria de comunicação da SBMT: [email protected] inserindo o assunto: Prêmio Pesquisador Sênior 2015. Os três nomes com maior indicação serão avaliados pela comissão julgadora que escolherá aquele a ser agraciado. Essa comissão será indicada pela diretoria da SBMT.

    O nome do homenageado será divulgado oficialmente durante a sessão de abertura do 51º Congresso da SBMT, que será realizado em Fortaleza, de 14 a 17 de junho.

    PRÊMIO JORNALISTA TROPICAL 2015

    O objetivo desse prêmio é reconhecer o trabalho de quem contribui levando informações relevantes sobre temas relacionados à Medicina Tropical. Com esta finalidade a SBMT criou, em 2014, o prêmio Jornalista Tropical.

    A proposta é valorizar profissionais da área de comunicação que colaboram para disseminar informações e conhecimentos à população, ajudando na prevenção e no controle de doenças e epidemias, como: dengue, malária, leptospirose, hepatites, esquistossomose, Aids, febres hemorrágicas entre outras.

    Podem se inscrever ou indicar matérias produzidas entre 15 de março 2014 e 15 de maio de 2015. Os prêmios serão para jornalistas que produziram matérias escritas veiculadas em jornais ou revistas e matérias apresentadas na tv. Os interessados podem enviar material veiculado (impresso ou edição online), até o dia 30 de maio de 2015,para o endereço eletrônico: [email protected], indicando o assunto: Prêmio Jornalista Tropical 2015. No e-mail, também deve constar telefone para contato. Os selecionados serão informados por e-mail ou telefone. A premiação contemplará duas categorias: o jornalista e o veículo.

    Além do prêmio em dinheiro, os ganhadores serão convidados a participar da abertura do 51º Congresso da SBMT, que será realizado em Fortaleza, de 14 a 17 de junho, sem custo, para receberem o título de Jornalista Tropical 2015 – reportagem e veículo.

    mailto:[email protected]:[email protected]

  • PALESTRANTES Adele Schwartz Benzaken Arnaldo Lopes Colombo Daniel Garkauskas Ramos

    Alberto Novaes Ramos Júnior Armando de Oliveira Schubach Danielle Malta Lima

    Alda Maria da Cruz Benedito Antônio Lopes da Fonseca Danilo Amâncio

    Aldo Ângelo Moreira Lima Braulio Matias David Allan Brett Dance

    Alejandro Marcel Hasslocher Moreno Carla Magda Allan Santos Domingues

    Deborah Nunes de Melo Braga

    Aluisio Cotrim Segurado Carlos Alexandre Antunes de Brito Dina Cortez Lima Feitosa Vilar

    Ana Carolina Faria e Silva Santelli Carlos Henrique Moraes de Alencar DIONNE BEZERRA ROLIM

    Ana Freitas Ribeiro Carlos Henrique Nery Costa Direk Limmathurotsakul

    Ana Laura de Sene Amâncio Zara Carlos Magno Castelo Branco Fortaleza

    Dorcas Lamounier Costa

    Ana Yecê das Neves Pinto Claude Pirmez Douglas Adriano Augusto

    Anastácio de Queiroz Sousa Cláudia Duarte dos Santos Duane Charles Hinders

    André Gustavo Tempone Cardoso Claudia Mendonça Bezerra Edgardo Moretti

    Andrea Caprara Cláudio Tadeu Daniel-Ribeiro Eduardo Chaves Leal

    Andrea Marchiol Cláudio Maierovitch Pessanha Henriques

    Eduardo Krempser

    Andréa Silvestre de Sousa Constança Simões Barbosa Eduardo Lima da Rocha

    ANTÔNIO AFONSO BEZERRA LIMA Constância Flávia Junqueira Ayres Lopes

    Eduardo Pacheco de Caldas

    Elainne Christine de Souza Gomes Fernando Abad-Franch Ila Fernanda Nunes Lima

    Eliana Amorim de Sousa Fernando Dias de Avila Pires Isabella Fernandes Delgado

    Elisabeth Carmen Duarte Fernando Ferreira Carneiro Ivo Castelo Branco Coelho

    Elodie Hyppolito FERNANDO SCHEMELZER DE MORAES BEZERRA

    James H. Maguire

    Eric Martínez Torres Flavio de Queiroz Telles Filho James Lee Crainey

  • Érico Antônio Gomes de Arruda Francisca Lidiane Sampaio Freitas Jane Margaret Costa

    Eros Antônio de Almeida Francisco Abaeté das Chagas Neto Jansen Fernandes de Medeiros

    Ethel Leonor Noia Maciel George Dimech Jay Edward Gee

    Eurico Arruda Neto Gilmar Josá da Silva Ribeiro Júnior Jeffrey Jon Shaw

    Evaldo Stanislau Affonso de Araújo Giovanini Evelim Coelho Jeová Keny Baima Colares

    Evelyne Santana Girão Glauco José de Souza Oliveira João Carlos Pinto Dias

    Expedito José de Alburqueque Luna Guilherme Alves de Lima Henn João Paulo Toledo

    Fábio Moherdaui Guilherme de Sousa Ribeiro Jonas Lotufo Brant de Carvalho

    Fabio Rocha Formiga Gustavo Adolfo Sierra Romero Jorg Heukelbach

    Fan Hui Wen Haiana Charifker Schindler Jorge Alvar

    Fernanda Montenegro de Carvalho Araújo

    Henrique Luis do Carmo e Sá Jorge Luiz Nobre Rodrigues

    Fernanda Remígio Hooman Momen JOSÉ ALEXANDRE MENEZES DA SILVA

    José Angelo Lauletta Lindoso Lisandra Serra Damasceno MARCELO ADRIANO DA CUNHA E SILVA VIEIRA

    José Cassio de Moraes Luciano Pamplona de Góes Cavalcanti

    Marcelo José Monteiro Ferreira

    José Daniel Vieira de Castro Luis Eduardo Ribeiro da Cunha Marcelo Naveira

    José Ernesto Vidal Bermúdez Luís Fernando de Macedo Brígido Márcia Chame

    José Mauro Peralta Luis Gerardo Castellanos Márcia dos Santos Lazera

    José Milton de Castro Lima Luiz Ernesto de Almeida Troncon MÁRCIO HENRIQUE DE OLIVEIRA GARCIA

    José Paulo Gagliardi Leite Mara Rúbia Santos Gonçalves Marco Antonio Cardoso de Almeida

    José Rodrigues Coura MARCELO ADRIANO DA CUNHA E SILVA VIEIRA

    Marco Antônio Lima

    José Wellington de O. Lima Marcelo José Monteiro Ferreira Marcos Boulos

  • Julio Henrique Rosa Croda Marcelo Naveira Marcus Vinícius Guimarães de Lacerda

    Kleber Giovani Luz Márcia Chame LIGIA REGINA FRANCO SANSIGOLO KERR

    Lara Gurgel Fernandes Távora Márcia dos Santos Lazera Lileia Gonçalves Diotaiuti

    Laura Branquinho do Nascimento MÁRCIO HENRIQUE DE OLIVEIRA GARCIA

    Marco Antônio Lima

    Lauro Vieira Perdigão Neto Marco Antonio Cardoso de Almeida Mara Rúbia Santos Gonçalves

    Lícia Pontes Maria Clara Galhardo Pedro Emmanuel Alvarenga Americano do Brasil

    Margareth Dalcolmo Maria da Glória Lima Cruz Teixeira Pedro Fernando da Costa Vasconcelos

    Maria Beatriz Ruy Maria Paula Gomes Mourão Pedro Luiz Tauil

    Maria Carolina Batista dos Santos Maria Vitória Ramos Gonçalves Priscila Leal Leite

    Maria Clara Galhardo Mariana Mota Moura Fé Rachel Soeiro

    Maria da Glória Lima Cruz Teixeira Marina Boni Rafael Henrique Machado Sacramento

    Maria Paula Gomes Mourão Marta Guimarães Cavalcanti Renato Santana de Aguiar

    Maria Vitória Ramos Gonçalves Matheus de Paula Cerroni Renato Vieira Alves

    Mariana Mota Moura Fé Mathieu Pierre Nacher Ricardo Sobhie Diaz

    Marina Boni Mauro Cunha Ramos Robério Dias Leite

    Marta Guimarães Cavalcanti Melissa Medeiros Roberto da Justa Pires Neto

    Matheus de Paula Cerroni Mitermayer Galvão dos Reis Roberto Salvatella

    Mathieu Pierre Nacher Mônica Façanha Rodrigo Guerino Stabeli

    Margareth Dalcolmo Naftale Katz Rodrigo Gurgel Gonçalves

    Maria Beatriz Ruy Nancy Cristina Junqueira Bellei Rosely Maria Zancopé Oliveira

    Maria Carolina Batista dos Santos Sinval P. Brandão Filho Valdes Roberto Bollela

  • Rivaldo Venâncio da Cunha Paula Frassinetti Fernandes Walquiria Aparecida Ferreira de Almeida

    Rossana de Aguiar Cordeiro Tânia do Socorro Souza Chaves Wanderson Kleber de Oliveira

    Santha kumari Veluppillai Natkunam Terezinha M J Silva Leitão Washington Luis Conrado dos-Santos

    Sergio Marcos Arruda Uriel Dan Kitron Zulma Maria de Medeiros

  • CÓDIGO DO TRABALHO: 19

    INSTITUIÇÃO: Ilmd- Fiocruz/amazonia

    AUTOR(ES): Lucas Barbosa Oliveira,

    TÍTULO: AVALIAÇÃO IMUNOENSAIOS UTILIZANDO ANTICORPOS POLICLONAIS PARA DETECÇÃO DE MARCADORES DE

    INFECÇÃO NA MALÁRIA

    PALAVRAS-CHAVES: Malária; LDH; Anticorpo.

    RESUMO:

    Introdução: O aumento do número de casos com complicações clínicas graves vem colocando em questão se a malária pelo

    Plasmodium vivax (P. vivax) pode ser ainda definida como benigna. A gravidade da malária vivax geralmente é atribuído à co-

    infecções e o atraso no diagnóstico e tratamento inadequado pode resultar em complicações fatais. Visando o desenvolvimento

    de um imunoensaio com sensibilidade superior ao diagnóstico padrão ouro (gota espessa) o objetivo do trabalho foi avaliar a

    eficiência dos anticorpos policlonais anti–LDH em amostras com parasitemias não detectáveis teste da gota espessa. Material e

    Métodos: Dois anticorpos policlonais foram gerados contra as proteínas LDHp-14kDa e LDHp-50kDa em coelhos e camundongos,

    respectivamente. Dispondo de amostras sanguíneas de pacientes atendidos na FMT-HVD, o imunoensaio foi testado com

    diluições seriadas das amostras positivas em sangue humano sadio e comparadas com a respectiva parasitemia mensurada pela

    gota espessa. A padronização do Elisa foi realizada com o anticorpo de captura anti LDHp-14kDa à 8ug/ul e o anticorpo primário

    anti LDHp-50kDa à 16ug/ul. O imunoensaio ficou mais sensível com a adição de anticorpo anti IgG de camundongo Biotinilado

    acrescido posteriormente estreptavidina - peroxidase. Resultados e Discussão O imunoensaio apresentou uma sensibilidade de

    100% com amostras sanguíneas congeladas. O Elisa sanduíche com amostras frescas deu um resultado bastante significativo,

    observando que a D.O em relação as amostras que estavam congeladas . Foi feito análise da parasitemia de todas as amostras e

    todas as diluições que foram realizadas a cada Elisa vendo o nível de sensibilidade dos anticorpos e do sistema Elisa para

    diagnóstico de malária. O ELISA no modelo sanduíche com as novas amostras em um número amostral de cem amostras de

    pacientes infectados com malária pelo Plasmodium Vivax. Os resultados com estes anticorpos foram animadores para torná-lo

    útil na pesquisa de campo e detecção de parasitemias subclínicas. Conclusão. O nível de sensibilidade do sistema ELISA para

    diagnóstico de malária são bastante animadores, pois o imunoensaio foi dose dependente e detectou a LDHp no plasma podendo

    abrir perspectiva para outros estudos relacionados, imunopatologia dentre outros. No entanto Agora está sendo realizado PCR

    para comparar o nível de PvLDH com o nível de DNAg do parasita para estimar a carga parasitaria. Estes testes estão sendo

    realizados em parceria com a plataforma PCR-REAL TIME da FMT-AM com amostras de pacientes com malária.

  • CÓDIGO DO TRABALHO: 20

    INSTITUIÇÃO: Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública

    AUTOR(ES): Ana Elisa Almeida Santos de Oliveira,

    TÍTULO: Incidência de AIDS na juventude soteropolitana

    PALAVRAS-CHAVES: DST. Aids. Salvador. Jovens.

    RESUMO:

    Introdução: Em 1983, foi descoberto o vírus HIV e ele foi associado à Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), a qual cursa

    com um espectro de manifestações clínicas. Mais tarde, houve o advento da terapia antirretroviral, permitindo-se assim que a

    AIDS seja uma doença crônica, já que tem aumentado a expectativa de vida dos doentes. Apesar disso, continua sendo incurável

    e uma epidemia mundial, brasileira e baiana. Material e Método: Trata-se de um estudo descritivo, com dados obtidos através do

    SINAM (Sistema de Informações de Agravo de Notificação), SIM (Sistema de Informações sobre Mortalidade) e SISCEL (Sistema

    de Controle de Exames Laboratoriais), disponíveis no Departamento de Informação e Informática do Sistema Único de Saúde

    (DATASUS). Resultados: Do período de 2008 a 2013, foram notificados, na capital baiana, 389 casos de AIDS entre os jovens (faixa

    etária de 15 a 24 anos). Sendo que no ano de 2008, foram 18 casos, em 2009, 38, já em 2010 foram 61 atingidos pela doença, em

    2011, 50, 2012, teve 89 notificações e em 2013, 85. Discussão: Com os dados obtidos, é possível afirmar que, em geral, a

    incidência da AIDS tem aumentado na juventude soteropolitana ao decorrer dos anos (quadro semelhante ao dos jovens

    brasileiros). Dessa forma, pode-se inferir que isso se deve aos seguintes fatos: diante do grande avanço na medicina, muitos

    doentes têm vivido com relativa qualidade, não se vendo muitas pessoas morrendo em estado grave, como foi logo na

    descoberta da síndrome. Com isso, muitos jovens têm um entendimento distorcido da invunerabilidade ao HIV/AIDS, começando

    a vida sexual cedo e a levando de forma irresponsável, o que inclui o não uso do preservativo e a vulgarização do sexo. Isso

    reflete quanto o jovem soteropolitano está imaturo social, emocional e psicologicamente. Somado a esse aspecto, a doença está

    sendo cada vez mais banalizada nas escolas e na mídia, o que faz com que a falta de informação seja um problema. Além disso, a

    juventude é uma fase muito exposta às bebidas alcoólicas, fumo e drogas, fatores responsáveis por tornar o indivíduo mais

    suscetível à aquisição do vírus. Conclusão: A prevenção continua sendo a melhor alternativa para mudar essa situação. O

    processo educação- saúde precisa ser implementado melhor nas comunidades, permitindo palestras de doenças sexualmente

    transmissíveis, métodos contraceptivos e combate às drogas, pois, deste jeito, pais e filhos são informados e podem fazer esses

    temas como rotina nas conversas. Sem contar que a atenção à saúde do adolescente/ jovem precisa ser estruturada de uma

    forma mais eficaz no Sistema Único de Saúde, já que a atual é muito precária.

  • CÓDIGO DO TRABALHO: 21

    INSTITUIÇÃO: Upe

    AUTOR(ES): Andrea Santos de Oliveira, LEUCIO CÂMARA ALVES,

    TÍTULO: DISTRIBUIÇÃO E COMPORTAMENTO DA LEISHMANIOSE VISCERAL AMERICANA NO MUNICÍPIO DE FORTALEZA - CE,

    ENTRE 2010 E 2012

    PALAVRAS-CHAVES: Leishmaniose Visceral Americana. Leishmaniose Visceral Canina.

    RESUMO:

    INTRODUÇÃO A Leishmaniose Visceral Americana (LVA) é uma antropozoonose com ampla distribuição geográfica e ocorrência

    mundial. No Brasil, das 27 unidades federativas, 19 já relataram casos da doença. O protozoário responsável é a Leishmania

    (Leishmania) infantum e a doença que era eminentemente rural atualmente se encontra urbanizada. Seu vetor é o inseto

    Lutzomyia longipalpis. Dentro da cadeia epidemiológica da LVA, o cão é considerado a principal fonte de infecção para o homem

    no ambiente urbano no Brasil devido à elevada susceptibilidade à infecção e pela estreita relação com o homem. A grande

    explosão da LVA em Fortaleza aconteceu no ano de 2006, quando 287 casos foram notificados. A epidemia piorou em 2007, com

    o surgimento de 304 novos casos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a distribuição de casos humanos e casos caninos de

    Leishmaniose Visceral no município de Fortaleza entre os anos de 2010 e 2012 e verificar se o número de casos de Leishmaniose

    Visceral Canina (LVC) influencia o número de casos de LVA. MATERIAL E MÉTODOS O município de Fortaleza, capital do Ceará,

    possui uma área de 312 km2 e 2.500.000 habitantes. Atualmente é dividido em seis Secretarias Executivas Regionais (SER). A

    análise da distribuição dos casos de LVA e LVC entre 2010 e 2012 foi realizada segundo localização dos casos. Para testar se o

    número de casos caninos influencia o número de casos humanos de LV foi utilizado o teste de regressão linear, com o programa

    Microsoft Office Excel® como ferramenta auxiliar no processamento dos dados. RESULTADOS E CONCLUSÃO Os resultados deste

    estudo evidenciaram que LVA e LVC vêm apresentando uma diminuição no número de casos ao longo dos anos estudados. Foram

    227 casos de LVA em 2010, 184 em 2011 e 28 em 2012. Já em relação à LVC, foram, respectivamente, 6475, 5024 e 3461 casos.

    Quando se analisa a distribuição por SER, constata-se que a tendência se manteve, com exceção do número de casos de LVC na

    SER IV, que aumentou. As SER V e VI respondem por metade dos casos de LVC e 42% dos casos de LVA. A SER II é a menos

    acometida. A diminuição no número de casos de LVC pode ser em parte atribuída à política municipal de realização de inquéritos

    sorológicos caninos anuais e recolhimento dos cães positivos. Apesar disto, nem todos os cães diagnosticados com LVC são

    efetivamente recolhidos, e estes continuam convivendo com humanos e atuando como reservatórios da doença. A regressão

    linear confirmou que o número de casos de LVC tem influência sobre o número de casos de LVA, considerando-se um nível de

    significância de 5%. Os valores da Frequência Calculada e da Frequência Crítica foram, respectivamente, 383319,5 e 161,4. Com a

    regressão linear foi possível também obter uma fórmula que permite calcular o comportamento aproximado da LVA em relação à

    LVC, com base no comportamento dos anos anteriores. Desta forma, o valor negativo da constante obtida (-1094,3) é indicativo

    de que o número de casos vem diminuindo.

  • CÓDIGO DO TRABALHO: 22

    INSTITUIÇÃO: Instituto Oswaldo Cruz

    AUTOR(ES): Maria Luiza Felippe Bauer, GILMARA PEREIRA GONZAGA, ROBSON DA COSTA CAVALCANTE,

    TÍTULO: CULICOIDES (DIPTERA: CERATOPOGONIDAE) DA MICROREGIÃO DE BATURITÉ, NORTE DO ESTADO DO CEARÁ.

    PALAVRAS-CHAVES: Fauna. Culicoides. Ceratopogonidae

    RESUMO:

    TÍTULO: CULICOIDES (DIPTERA: CERATOPOGONIDAE) DA MICROREGIÃO DE BATURITÉ, NORTE DO ESTADO DO CEARÁ.

    INTRODUÇÃO: Os ceratopogonídeos constituem uma família cosmopolita e megadiversa, com 6180 espécies distribuídas em 111

    gêneros. Apenas 18% das espécies foram assinaladas ou descritas para a região neotropical, indicativo da enorme lacuna do

    conhecimento da biodiversidade da família para essa região. O gênero Culicoides inclui 1343 espécies em todo o mundo, sendo

    que 266 estão distribuídas na região neotropical e aproximadamente 142 são reportadas para o Brasil. Devido aos esparsos

    trabalhos realizados no nordeste brasileiro, existem poucos registros da presença de maruins nessa região e apenas sete espécies

    foram assinaladas, até o presente, para o estado do Ceará. Nesse sentido, este trabalho visa contribuir para ampliar o

    conhecimento da fauna de Culicoides, através do levantamento das espécies de maruins de 12 localidades pertencentes a cinco

    municípios da microrregião de Baturité, norte do estado do Ceará. MATERIAL E MÉTODOS: Foram realizadas 48 coletas com

    armadilha luminosa CDC em 12 localidades de cinco municípios da microrregião de Baturité, a saber: Baturité (Jordão, Labirinto e

    Tijuca), Guaramiranga (Álvaro e Granja Bonfim), Itapiúna (Boa Água), Mulungu (Bagaço, Piaba e Trapiá) e Pacoti (Pau do Alho,

    Mulunguzinho e Arvoredo). Estabeleceu-se quatro coletas por localidade durante um mês entre fevereiro de 2013 a janeiro de

    2014, em função da presença do coletor na área de estudo. RESULTADOS: Obtivemos um total de 110 espécimes distribuídas em

    11 espécies ou grupo de espécies. A espécie predominante foi C. paraensis (Goeldi) (33,6%), seguida de C. pifanoi Ortiz (21%), C.

    pusillus Lutz (6,4%), C. leopoldoi Ortiz (3,6%), C. poikilonotus Macfie (3,6%), C. venezuelensis Ortiz & Mirsa (3,6%), C. debilipalpis

    Lutz (1,8%), C. guyanensis Floch & Abonnenc (0,9%). Culicoides do grupo guttatus, C. do grupo haematomyidium, C. do grupo

    limai correspondem a 25,5% da amostragem e se encontram em fase de identificação. C. paraensis e C. pifanoi foram

    encontradas em quatro dos cinco municípios trabalhados, estando ausente em Itapiúna, em cujo município foi observado apenas

    a presença de 1 exemplar fêmea de C. guyanensis. Obtivemos um total de 72 fêmeas e 38 machos, correspondendo,

    respectivamente a 65% e 35% dos espécimes coletados. Foram reportadas pela primeira vez a presença de C. pifanoi, C.

    poikilonotus, C. pusillus, C. venezuelensis para o estado. DISCUSSÃO: Barbosa (1952) cita a presença de C. debilipalpis para a

    serra do Baturité. No entanto, nenhum outro registro foi feito desde então para essa espécie no estado. Em nosso trabalho

    encontramos duas fêmeas dessa espécie, respectivamente para as localidades de Labirinto, município de Baturité e de Granja

    Bonfim, no município de Guaramiranga. O encontro de mais quatro novos registros totaliza 11 espécies reportadas para o estado

    do Ceará até o presente.

  • CÓDIGO DO TRABALHO: 23

    INSTITUIÇÃO: Ministério da Saúde Ceará / 4ª Cres

    AUTOR(ES): Robson da Costa Cavalcante, MARIA DE NAZARÉ DE OLIVEIRA SEGURA, MARIA FÁTIMA FERREIRA DE OLIVEIRA,

    OTAMIRES ALVES DA SILVA, FRANCISCO HÉLIO SAMPAIO FURTADO, FRANCISCO BERGSON PINHEIRO MOURA, HAMILTON

    ANTONIO DE OLIVEIRA MONTEIRO,

    TÍTULO: FAUNA CULICIDIANA (DIPTERA: CULICIDAE) E SUAS POSSÍVEIS IMPLICAÇÕES EPIDEMIOLÓGICAS NO MACIÇO DE

    BATURITÉ-CEARÁ

    PALAVRAS-CHAVES: Fauna. Culicidae. Arbovirus

    RESUMO:

    TÍTULO: FAUNA CULICIDIANA (DIPTERA: CULICIDAE) E SUAS POSSÍVEIS IMPLICAÇÕES EPIDEMIOLÓGICAS NO MACIÇO DE

    BATURITÉ-CEARÁ INTRODUÇÃO: A manutenção dos arbovírus na natureza ocorre basicamente através da transmissão biológica

    de um vertebrado infectado a outro susceptível através de artrópodes hematófagos. Os culicidae desempenham papel

    importante na transmissão destes agentes por reunirem espécies vetoras de arbovírus, por isso, são mosquitos de relevante

    interesse para a saúde pública. O objetivo deste estudo foi conhecer a abundância e diversidade da fauna culicidae e avaliar

    possíveis implicações epidemiológicas no Maciço de Baturité. MATERIAL E MÉTODOS: Foram realizadas capturas em ambiente

    silvestre por meio de atrativo humano capacitado e devidamente protegido, uma vez por semana a cada mês, com duração de

    uma hora de exposição, alternando horários entre manhã e tarde, e armadilhas luminosas tipo CDC expostas das 18:00 às 06:00,

    durante o período fevereiro de 2013 a janeiro de 2014. Os espécimes foram identificados pela equipe de entomologia do

    Instituto Evandro Chagas, onde se encontram depositados. RESULTADOS: Foram capturados 1282 culicídeos, distribuídos em 27

    espécies, pertencentes aos gêneros Aedeomyia, Aedes, Anopheles, Coquillettidia, Culex, Haemagogus, Limatus, Mansonia,

    Phoniomyia, Psorophora, Runchomyia, Sabethes, Uranotaenia, Wyeomyia. Espécies incriminadas como vetores somaram juntas

    566 indivíduos; 44% das capturas. CONCLUSÃO: As capturas tiveram maior êxito com atrativo humano que contribuíram com

    82% dos espécimes capturados, enquanto que as capturas com CDC contribuíram com 18%. As espécies encontradas buscam

    exercer hematofagia em humanos podendo atuar como vetores de agentes patológicos. A presença de Ae. albopictus, desperta

    para a necessidade de vigilância da chikungunyia, que recentemente tem acometido a população de estados brasileiros como

    Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Amapá, Bahia e Ceará, além de outras arboviroses que já foram registradas na Mata Atlântica,

    circulando em aves. Estes registros sugerem a realização de novas capturas para melhor avaliar a fauna culicidiana na região e

    submetê-los às técnicas de isolamento viral.

  • CÓDIGO DO TRABALHO: 24

    INSTITUIÇÃO: Ministério da Saúde Ceará / 4ª Cres

    AUTOR(ES): Robson da Costa Cavalcante, OTAMIRES ALVES DA SILVA, FRANCISCO FRAGA PEREIRA, RELRISON DIAS RAMALHO,

    FABRÍCIO KÁSSIO MOURA SANTOS, ANTONIO JARDELINO VIGÁRIO, BENEDITO NEILSON ROLIM,

    TÍTULO: ESTUDO FAUNÍSTICO DE ARACHNIDA EM MUNICÍPIOS DO MACIÇO DE BATURITÉ, CEARÁ.

    PALAVRAS-CHAVES: Fauna. Arachnida

    RESUMO:

    TÍTULO: ESTUDO FAUNÍSTICO DE ARACHNIDA EM MUNICÍPIOS DA 4ª COORDENADORIA REGIONAL DE SAÚDE, CEARÁ.

    INTRODUÇÃO: É frequente o envenenamento causado pela inoculação de toxinas em acidentes envolvendo aranhas e

    escorpiões, podendo levar a distúrbios locais ou a nível sistêmico. De acordo com o Sistema Nacional de Informações Tóxico-

    Farmacológica – SINITOX, em 2011, foram registrados 15.124 mil envenenamentos, sendo por escorpiões 11.542 mil casos, com

    10 óbitos e por aranhas 3.582 mil casos, com 3 óbitos. Este estudo teve como objetivo avaliar a frequência desses animais e

    assim descrevê-los epidemiologicamente na região. MATERIAL E MÉTODOS: Os espécimes foram coletados em ambientes de

    mata e no peridomicilio de casas de veraneio construídas em ambientes similares, utilizando a técnica manual-visual em

    recipiente, sendo acondicionados em copos entomológicos transparentes contendo etanol 70% e levados ao laboratório de

    endemias da 4ª CRES, onde foram etiquetados e enviados ao Núcleo de Controle de Vetores/NUVET e identificados a nível

    taxonômico. RESULTADOS: Foram identificadas 18 famílias e 143 morfoespécies, sendo: ARANEAE - Araneidae 74(52%);

    Theribiidae 17(12%); Linyphiidae 07(5%); Pholocidae 06(4%); Theraphosidae 05(3%); Lycosidae 04(2%); Agelinidae 02(1,5%);

    Ctenidae 02(1,5%); Salticidae 02(1,5%); Thomosidae 02(1,5%); Segestriida 01(1%); Amaurobiidae 01(1%); Gnaphosidae 01(1%);

    Pisauridae 01(1%); Dictynidae 01(1%); OPILIONES - Gonyleptidae 08(6%); SCORPIONES - Buthidae 16(11%) e Bothriuridae

    22(15%). CONCLUSÃO: Aranhas e escorpiões de importância médica para o Brasil pertencem aos gêneros Loxosceles, Phoneutria,

    Latrodectus, (onde estão agrupadas as espécies da família Theribiidae) e Tityus, (onde estão agrupadas as espécies da família

    Buthidae). São necessários mais estudos relacionados aos arachnidae na região, para se ter uma real dimensão da riqueza de

    espécies existentes e mensurar possíveis acidentes.

  • CÓDIGO DO TRABALHO: 27

    INSTITUIÇÃO: Cemetron

    AUTOR(ES): Marcéli Skrobot,

    TÍTULO: Hantavirose

    PALAVRAS-CHAVES: hantavirose

    RESUMO:

    RELATO DE CASOS DE HANTAVIROSE NO HOSPITAL CEMETRON EM PORTO VELHO - RO : MÉDICA RESIDENTE – MARCÉLI

    HAVRELUCH FANTACHOLI SKROBOT INTRODUÇÃO: A HANTAVIROSE É UMA ZOONOSE QUE APRESENTA DISTRIBUIÇÃOO

    MUNDIAL E SUA TRANSMISSÃO ESTÁ RELACIONADA COM ROEDORES . A INCIDENCIA É MAIOR NO SEXO MASCULINO , A

    LETALIDADE É MAIOR NO SEXO FEMININO , IDADE MÉDIA DE 35 ANOS , EM POPULAÇÃO RURAL E PERIURBANA DE BAIXA RENDA

    , OCORRE COM MAIOR FREQUENCIA ENTRE OS MESES DE MAIO A JULHO E 60% EVOLUEM COM CURA. RELATO DE CASO 1-

    PACIENTE A.S. ,31 ANOS , NATURAL DE VERA CRUZ DO OESTE - PR . PROCEDENTE DE ALTO PARAÍSO -RO , CASADO ,MORADOR DE

    ZONA RURAL DA LINHA 80 , TRAVESSA B20 – SÍTIO RIO MUTUM . PROFISSÃO : EMPILHADOR DE MADEIRA ESCOLARIDADE :

    ENSINO FUNDAMENTAL COMPLETO. NO DIA 01-09-2013 O PACIENTE APRESENTOU ASTENIA, HIPOREXIA E FEBRE INTENSA,

    PROCUROU AJUDA MÉDICA AMBULATORIAL NO MUNICÍPIO DE ALTO PARAÍSO ONDE FORAM REALIZADOS 3 EXAMES DE GOTA

    ESPESSA PARA PESQUISA DE PLASMODIUM,SENDO TODOS OS RESULTADOS NEGATIVOS. NO DIA 03-09-2013 O PACIENTE

    EVOLUIU COM HIPOTENSÃO , TAQUICARDIA, CONGESTÃO PULMONAR ,DISPNÉIA, PROSTRAÇÃO E SUDORESE FRIA .AVENTOU -SE

    A HIPÓTESE DE DENGUE GRAVE E O PACIENTE FOI ENCAMINHADO PARA O HOSPITAL DE REFERENCIA. AO CHEGAR NO HOSPITAL

    CEMETRON O PACIENTE APRESENTOU AO EXAME FÍSICO: PA- 120X 70 MMHG SAPO2: 88% TAX: 36,9C FC: 102BPM FR: 32 IPM

    DIURESE: 1,8ML/KG/H EXAMES REALIZADOS NA ADMISSÃO: HT- 45,7% HB- 15,3G/DL LEUCÓCITOS- 6.100/MM SEGMENTADOS -

    60% LINFÓCITOS- 29% MONÓCITOS – 11% PLAQUETAS – 76.000/MM BILIRRUBINA TOTAL – 0,43MG/DL BILIRRUBINA DIRETA –

    0,22 MG/DL BILIRRUBINA INDIRETA – 0,22 MG/DL URÉIA – 36,37 MG/DL TGO – 52 U/L TGP – 32 U/L CREATININA – 0,80 MG/DL

    EAS: PH- 6, DENSIDADE – 1.020 , HEMOGLOBINA ++ , PIÓCITOS – 06 P/C – 400 X , HEMÁCIAS – 35 P/C 400X RESULTADO DE

    SOROLOGIAS : ANTI- HIV 1 E 2 – NEGATIVO HBSAG – NEGATIVO ANTI- HCV – NEGATIVO VDRL – NEGATIVO DENGUE IGM ( ELISA)

    – NEGATIVO LEPTOSPIROSE IGM – NEGATIVO PESQUISA DE ANTICORCOPOS IGM PARA HANTAVÍRUS PELO MÉTODO

    IMUNOENZIMÁTICO (ICC HANTEC- INSTITUTI EVANDRO CHAGAS) – POSITIVO PESQUISA DE ANTICORPOS IGM PARA HANTAVÍRUS

    POR IMUNOENSAIO (EIE – IGM – HANTEC- ICC/FIO CRUZ –PR ) – POSITIVO DISCUSSÃO: O PACIENTE RECEBEU CUIDADOS DE

    TERAPIA INTENSIVA ANTES DA CONFIRMAÇÃO SOROLÓGICA POR APRESENTAR FATORES DE RISCO PARA HANTAVIROSE E

    EVOLUIU COM CURA . É NECESSÁRIO CONSIDERAR COMO FERRAMENTA AUXILIAR O QUESTIONAMENTO EPIDEMIOLÓGICO E A

    INTRODUÇÃO DE MEDIDAS DE SUPORTE PRECOCEMENTE.

  • CÓDIGO DO TRABALHO: 28

    INSTITUIÇÃO: Cemetron

    AUTOR(ES): Marcéli Skrobot,

    TÍTULO: hantavirose

    PALAVRAS-CHAVES: hantavirose

    RESUMO:

    RELATO DE CASO DE HANTAVIROSE ASSOCIADA A MALARIA VIVAX COM DESFECHO LETAL NO HOSPITAL CEMETRON EM PORTO

    VELHO - RO : MARCÉLI HAVRELUCH FANTACHOLI SKROBOT INTRODUÇÃO: A HANTAVIROSE É UMA ZOONOSE QUE APRESENTA

    DISTRIBUIÇÃO MUNDIAL E SUA TRANSMISSÃO ESTÁ RELACIONADA COM ROEDORES SILVESTRES COM PREDOMINIO NO SEXO

    MASCULINO E ALTA LETALIDADE EM POPULAÇÃO RURAL E PERIURBANA DE BAIXA RENDA , OCORRENDO COM MAIOR

    FREQUENCIA ENTRE OS MESES DE MAIO A JULHO, PODENDO SER DIAGNOSTICADA EM AREAS MALARIGENAS. RELATO DE CASO

    2: M. L. D. J. 44ANOS , NATURAL DE MANICORÉ –AM , PROCEDENTE DE PORTO VELHO- BAIRRO TRIÂNGULO, PRIMÁRIO

    INCOMPLETO, PROFISSÃO –AGRICULTORA. PACIENTE APRESENTOU NO DIA 24-01-2014 FEBRE E DOR EM MMII, FEZ USO DE

    DIPIRONA SEM MELHORA DO QUADRO. NO DIA 28-01-2014 EVOLUIU COM CALAFRIOS, EMESE DE CONTEÚDO ALIMENTAR E

    INTENSA ARTRALGIA E MIALGIA EM MMII . A FAMÍLIA TROUXE A PACIENTE DE MANICORÉ PARA UM PRONTO ATENDIMENTO EM

    PORTO VELHO ,NA DATA DE 25-01-2014 ONDE ATRAVÉS DE UM EXAME DE GOTA ESPESSA FOI DIAGNOSTICADA MALÁRIA VIVAX

    (++). A PACIENTE APRESENTAVA-SE DESIDRATADA ++/4, HB- 6G/DL ,PLAQUETAS – 42.000, DISPNEIA , ICTERÍCIA ++++/4 E

    COLÚRIA. FOI PRESCRITO TRATAMENTO COM CLORIQUINA E PRIMAQUINA. NÃO HAVENDO MELHORA DO QUADRO A PACIENTE

    FOI ENCAMINHADA PARA O CEMETRON PARA TRATAMENTO DE MALÁRIA GRAVE. EXAMES NA ADMISSÃO NO CEMETRON 01-02-

    1014: HT – 14% HB – 4,6 G/DL LEUCÓCITOS- 6.500 EOSINÓFILOS 2% SEGMENTADOS – 72% LINFÓCITOS - 25% MONÓCITOS – 1%

    PLAQUETAS – 42.000/MM GAMA-GT- 201U/L FA – 452 U/L PROTEÍNAS TOTAIS- 5,6 G/DL ALBUMINA SÉRICA – 2,9 G/DL

    GLOBULINAS – 2,7 G/DL BILIRRUBINA TOTAL – 3,6 MG/DL BILIRRUBINA DIRETA- 2,1 MG/DL BILIRRUBINA INDIRETA – 1,5 MG/DL

    URÉIA – 36 CREATININA – 1 MG/DL A PACIENTE FOI ENCAMINHADA PARA A UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA APÓS PIORA DO

    QUADRO RESPIRATÓRIO E RENAL , TAMBÉM INICIOU QUADRO DE DIARREIA E OLIGÚRIA. RESULTADO DE EXAMES DA UTI: ANTI –

    HIV 1 E 2 – NEGATIVO ANTI- HCV – NEGATIVO VDRL- NEGATIVO PCR – 71,3MG/L URÉIA- 128 MG/DL POTÁSSIO 3,6 MEQ/L CÁLCIO

    TOTAL – 7,5 MG/DL FÓSFORO 5,9 MG/DL LDH – 2.280 U/L TGO- 81 U/L TGP- 33 U/L EAS- HEMOGLOBINAS +++ , PIÓCITOS 5P/C -

    400X , HEMÁCIAS INCONTÁVEIS A PACIENTE FOI INTUBADA , RECEBEU ARTESUNATO EV, FOI SEDADA COM DORMONID E

    FENTANIL , RECEBEU CONCENTRADO DE PLAQUETAS 4UI E CONCENTRADO DE HEMÁCIAS 4 UI. FORAM SOLICITADAS

    SOROLOGIAS, MAS A PACIENTE EVOLUIU A ÓBITO POR FALENCIA DE MÚLTIPLOS ÓRGÃOS. RESULTADO DAS SOROLOGIAS:

    PESQUISA DE ANTICORPOS IGM PARA HANTAVÍRUS PELO MÉTODO IMUNOENZIMÁTICO ( ICC HANTEC- INSTITUTO EVANDRO

    CHAGAS ) – POSITIVO PESQUISA DE EIE IGM ( ICC/FIO CRUZ – PR) – POSITIVO DENGUE IGM ( ELISA ) NEGATIVO LEPTOSPIROSE

    IGM – NEGATIVO DISCUSSÃO: A PACIENTE RECEBEU CUIDADOS DE TERAPIA INTENSIVA TARDIAMENTE . É NECESSÁRIO

    CONSIDERAR COMO FERRAMENTA AUXILIAR O QUESTIONAMENTO EPIDEMIOLÓGICO E A INTRODUÇÃO DE MEDIDAS DE

    SUPORTE PRECOCEMENTE.

  • CÓDIGO DO TRABALHO: 29

    INSTITUIÇÃO: Universidade Federal de Sergipe

    AUTOR(ES): Diana Matos Euzébio, ANGELA MARIA SILVA, Genilde Gomes Oliveira, Flávia Oliveira da Costa, Dalmo Correia

    Filho, Bernard Guimarães Costa,

    TÍTULO: NOVOS CASOS DA DOENÇA DE CHAGAS EM UMA ÁREA RURAL DO MUNICÍPIO DE TOBIAS BARRETO – SERGIPE

    PALAVRAS-CHAVES: Doença de Chagas; epidemiologia; triatominae; sorologia.

    RESUMO:

    Introdução: A doença de Chagas humana, também conhecida como tripanossomíase americana, é considerada pela Organização

    Mundial de Saúde uma das 17 doenças tropicais mais negligenciadas no mundo. O objetivo do trabalho foi investigar a infecção

    da doença de Chagas por transmissão vetorial em humanos em área rural de Tobias Barreto. Material e Métodos: Trata-se de

    estudo transversal de campo com abordagem quantitativa que investigou a transmissão vetorial da doença de Chagas em

    humanos em área rural do município de Tobias Barreto - Sergipe. Os 255 participantes da pesquisa foram selecionados de forma

    aleatória, possuíam idades entre 0 a 85 anos, residiam nos povoados Alagoinhas e Poço da Clara. Foram utilizados os testes ELISA

    Chagas III, imunoenzimático e testes para Imunofluorescência indireta para T. cruzi para processar as amostras. Os dados foram

    tabulados e analisados através do software Epi Info versão 7.1.4., sendo extraídas frequências e desvio padrão, e cruzado as

    variáveis nominais com os testes Qui-Quadrado de Pearson. Resultados: A frequência de soropositividade para a doença de

    Chagas nos povoados foi de 0,39%, e 1,18% da população obtiveram sorologia não conclusiva mesmo após dois testes

    sorológicos. O sororeagente e dois indivíduos não conclusivos residem em Alagoinhas, o terceiro não conclusivo em Poço da

    Clara, O perfil traçado por exames do sororeagente demostra fase crônica, na forma digestiva da doença, com discreto

    comprometimento do esôfago. Dentre a população estudada 146 pertenciam ao gênero feminino, e 109 ao masculino; o

    sororeagente e não conclusivos eram do gênero masculino. A idade média da população do estudo foi de 38,55 anos, tempo de

    residência médio foi de 27 anos nas localidades. Cerca de 30,19% dos pesquisados encontraram o triatomíneo no domicilio.

    Realizaram transfusão sanguínea 5,85% dos participantes, sendo um deles não conclusivo. O sororeagente e não conclusivos

    apresentavam diversos fatores de risco analisados. Conclusão: Os resultados deste estudo comprovam a transmissão vetorial em

    Poço da Clara e Alagoinhas na área estudada. Dados obtidos no estudo demostram subnotificação da doença evidenciada pela

    presença do triatomíneo e condições precárias de moradia. A domicialização de espécie silvestre da região estudada assumindo o

    papel do Triatoma infestans, pode ser responsável pela manutenção da transmissão da doença, demonstrando a necessidade de

    mudanças na política de prevenção e controle da doença.

  • CÓDIGO DO TRABALHO: 30

    INSTITUIÇÃO: Hospital Estadual Azevedo Lima

    AUTOR(ES): Maria Elizabeth Herdy Boechat, Cassemiro Sergio Martins, Marcia Bessa Ramos, Luiza Herdy Boechat Luz Tiago,

    Carine Marie Vasconcellos Sales, Cristiane Fernandes Ribeiro,

    TÍTULO: INFECÇÃO POR DENGUE EM ADOLESCENTE COM PARTURIÇÃO DE NATIMORTO EM ANOS SUBSEQUENTES NA

    MATERNIDADE DO HOSPITAL ESTADUAL AZEVEDO LIMA-NITERÓI-RJ (Ano de 2011 e 2012)

    PALAVRAS-CHAVES: Dengue. Gestação. Natimorto. Prevenção

    RESUMO:

    INTRODUÇÃO: Dengue é uma virose aguda com importante morbi-mortalidade tendo como agente infeccioso os sorotipos virais

    DEN 1, DEN 2, DEN 3 e DEN 4 no país. O seu vetor é o mosquito Aedes aegyptis. Esta doença acomete todas as faixas etárias e

    ambos os sexos. Não poupando inclusive gestantes, puérperas e recém-nascidos, estes últimos por transmissão vertical. Sendo,

    que no seguimento gestacional a Dengue pode promover partos prematuros, abortamentos e mesmo mortes. E este estudo é um

    exemplo da sua significativa virulência. RELATO DE CASO: K.C.A, 17 anos, moradora de Inoã-Maricá-RJ, do lar, gestação com 28

    semanas, fez pré-natal. Em 28/07/2011: dor no baixo ventre, perdas vaginais, em uso de metildopa. É internada nesta

    maternidade em 29/07 com pressão arterial normal, em trabalho de parto prematuro, batimento cárdio-fetal inaudível ao sonar.

    Expeliu feto morto macerado do sexo feminino. Deste dia até 31/07 teve aumento da pressão arterial que variou de

    130x60mmHg a 170x130mmHg, em uso de anti-hipertensivos. Em 31/07 submetida à wintercuretagem com saída de restos

    placentários. A partir deste dia normalizou a pressão arterial. Nos exames complementares: aumento do hematócrito entre

    31/07 a 01/08 (variando de 36,7% a 42,6%); menor quantitativo de plaquetas 75.000/µL em 29/07; não houve leucopenia e

    linfocitose; ureia, creatinina e prova de função hepática normais; HIV, VDRL e Sorologia de Leptospirose não reagentes; Sorologia

    de Dengue: IgM e IgG reagentes em 31/07. Alta hospitalar em 03/08/11. Por último, a paciente em abril/2012 está na segunda

    gravidez, 18 anos, reside no mesmo endereço, com 32 semanas gestacionais, fez pré-natal. Em 16/04/12 chega nesta

    maternidade com dor no baixo ventre, sem perdas vaginais, com pressão arterial de 140x90mmHg, em uso de metildopa, sulfato

    ferroso e ácido fólico. Evoluiu com parto vaginal com feto morto macerado do sexo masculino. Realizada wintercuretagem com

    saída de restos placentários. Não houve elevação da pressão arterial. Exames complementares: não ocorreu hemoconcentração;

    presença de plaquetopenia de 114.000/µL; linfocitose de 33,1% na série branca específica; HIV, VDRL e Sorologia de Leptospirose

    não reagentes; Sorologia de Dengue IgM e IgG reagentes em 17/04. Alta hospitalar em 18/04/12. DISCUSSÃO: Pensamos na

    ocorrência de Dengue por sorotipos diferentes em virtude do intervalo de tempo entre os seus episódios ser superior a

    permanência habitual de detecção de IgM desta infecção e não haver imunidade cruzada entre os seus sorotipos virais. Também

    observamos que o endereço residencial se manteve igual, podendo contribuir na vulnerabilidade sócio-ambiental de adquirir

    esta doença e ainda, o desfecho da natimortalidade ratificou a sua significativa virulência. Portanto, é fundamental a permanente

    prevenção e controle da Dengue, e reiterar a inclusão desta virose como hipótese diagnóstica de infecção na gravidez junto aos

    obstetras.

  • CÓDIGO DO TRABALHO: 32

    INSTITUIÇÃO: Universidade de Brasília (unb)

    AUTOR(ES): George Harrison Ferreira de Carvallho, Jaime Martins de Santana, Cecília Maria Alves de Oliveira, Rose Gomes

    Monnerat Solon de Pontes,

    TÍTULO: AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE PUPICIDA DA FRAÇÃO HEXÂNICA DO EXTRATO BRUTO ETANÓLICO DA CASCA DO CAULE

    DA PERSEA AMERICANA (LAURACEAE) SOBRE PUPAS DE CULEX QUINQUEFASCIATUS (SAY, 1823)

    PALAVRAS-CHAVES: Culex quinquefasciatus. Persea americana. Atividade pupicida

    RESUMO:

    Intrudução. Culex quinquefasciatus (Say, 1823) é um mosquito de distribuição cosmopolita e hábitos predominantemente

    sinantrópicos. Constitui uma espécie de grande importância na saúde pública brasileira por ser o principal vetor da filária

    Wuchereria bancrofti, bem como outras arboviroses de epidemiologia comprovada. Assim, estudos visando o seu controle

    apresentam importância. As plantas têm sido os organismos vivos mais investigados como fonte de produtos naturais na busca

    de inseticidas viáveis, seletivos, biodegradáveis e econômicos, pelo baixo impacto ambiental e maior segurança a população. A

    Persea americana é uma planta frutífera e altaneira cultivada em quase todo o Brasil. O presente trabalho teve o objetivo de

    avaliar a toxicidade da fração hexânica do extrato bruto etanólico da casca do caule da P. americana sobre pupas de Cx.

    quinquefasciatus. Material e Métodos. Após a coleta da casca e realizados os processos de secagem, moagem, percolação e

    evaporação, foi obtido o extrato bruto etanólico, este foi submetido ao método de separação de substâncias partição líquido-

    líquido em funil de separação, resultando nas frações de: hexano, metanol e acetato de etila, sendo a fração hexânica a mais

    efetiva. Uma alíquota da fração hexânica foi previamente solubilizado em Dimetilsulfóxido (DMSO 2%), e em seguida diluída,

    obtendo-se uma solução teste. Utilizaram-se 20 pupas para cada concentração e para cada repetição, tanto para os testes quanto

    para os controles feitos em água e DMSO 2%. Todo o bioensaio foi feito em triplicata. A mortalidade foi observada após 24h de

    exposição das pupas de Cx. quinquefasciatus a fração hexânica. Resultados. As concentrações letais CL50 e CL90 obtidas da

    fração hexânica do extrato bruto etanólico da casca do caule de P. americana foram, respectivamente, de 120,05 e 198,3 ppm

    não houve morte no grupo controle. Discussão. A constatação mais importante deste trabalho foi o efeito pupicida de P.

    americana, raramente encontrado em outros produtos tanto naturais quanto sintéticos. Conclusão. Esses resultados sugerem a

    continuação dos estudos na obtenção de estruturas químicas passíveis de aprimoramento da atividade pela via sintética de

    outros derivados e/ou pela diminuição das concentrações letais.

  • CÓDIGO DO TRABALHO: 34

    INSTITUIÇÃO: Departmento de Medicina Clínica, Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará

    AUTOR(ES): Elizabeth de Francesco Daher, LAIO LADISLAU LOPES LIMA, ANA PATRÍCIA FREITAS VIEIRA, LUCAS SILVEIRA DO

    NASCIMENTO, DOUGLAS SOUSA SOARES, GERALDO BEZERRA DA SILVA JUNIOR,

    TÍTULO: CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E LABORATORIAIS DA SÍNDROME HEMOFAGOCÍTICA EM CRIANÇAS COM LEISHMANIOSE

    VISCERAL

    PALAVRAS-CHAVES: Leishmaniose, Hemofagocitose, Calazar

    RESUMO:

    Introdução: A leishmaniose visceral (LV) é uma doença causada por um grupo heterogêneo de protozoários do gênero

    Leishmania, que ocorre tipicamente em regiões tropicais. A síndrome hemofagocítica (SH) caracteriza-se pela produção excessiva

    de citocinas e proliferação e ativação de linfócitos citotóxicos e histiócitos, levando à hemofagocitose. O objetivo deste estudo é

    descrever as características clínicas e laboratoriais da SH em crianças com LV. Material e Métodos: Foi realizado estudo

    retrospectivo de crianças com LV admitidas em um hospital terciário em Fortaleza, Ceará, Brasil, de janeiro de 2012 a abril de

    2014. Foram revisadas as características clínicas e laboratoriais dos pacientes na admissão e durante a internação. Resultados:

    Foram admitidos no período do estudo 127 crianças com LV, com média de idade de 4,2±4,3 anos, sendo 62,9% do sexo

    masculino. SH foi diagnosticada em 35 pacientes (27,5%). O tempo médio entre o início dos sintomas e a admissão foi de 44±50

    dias. O tempo médio de internação foi de 29±12 dias. Os principais sinais e sintomas na admissão foram: febre (100%),

    esplenomegalia (91,4%), hepatomegalia (60%), dor abdominal (42,9%), tosse (40%), astenia (34,3%), palidez (25,7%), perda de

    peso (22,9%) e edema (22,9%). Os principais achados laboratoriais na admissão foram: hemoglobina 6,7±1,3g/dL, leucócitos

    3583±2619/mm3, neutrófilos 936±628/mm3, plaquetas 106885±102741/mm3, albumina 3,03±0,77g/dL, AST 140±90UI/L, ALT

    106±98UI/L, ferritina 4296ng/dL, triglicerídeos 333±140mg/dL, globulina 3,8±1,4g/dL, sódio 133±4,9mEq/L, potássio

    4,06±0,5mEq/L, ureia 22,5±6,7mg/dL e creatinina 0,4±0,17mg/dL. A maioria dos pacientes (74,3%) apresentou anemia grave

    durante a internação, com hemoglobina abaixo de 7g/dL. Houve apenas 1 óbito (2,9%), e 7 pacientes necessitaram de terapia

    intensiva (20%). Nenhum paciente necessitou de diálise. Leucopenia grave, com neutropenia febril, foi observada em 14 casos

    (40%). Lesão renal aguda (LRA) foi observada em 10 pacientes (28,6%). De acordo com o critério pRIFLE, 9 pacientes (90%) foram

    classificados em “Risk” e 1 (10%) em “Injury”. A comparação dos pacientes com e sem LRA mostrou que os pacientes com LRA

    eram mais velhos (6,2±5,4 vs. 3,04±3,02 anos, p=0,042) e apresentaram níveis mais elevados de creatinina (0,73±0,2 vs.

    0,48±0,13mg/dL, p

  • CÓDIGO DO TRABALHO: 35

    INSTITUIÇÃO: Curso de Medicina, Programa de Pós-graduação Em Saúde Coletiva, Universidade de Fortaleza

    AUTOR(ES): Geraldo Bezerra da Silva Junior, DOUGLAS DE SOUSA SOARES, MALENA GADELHA CAVALCANTE, SAMILLE MARIA

    VASCONCELOS RIBEIRO, RAYANA CAFÉ LEITÃO, ANA PATRÍCIA FREITAS VIEIRA, ELIZABETH DE FRANCESCO DAHER,

    TÍTULO: LESÃO RENAL AGUDA EM CRIANÇAS COM HIV: ESTUDO COMPARATIVO ENTRE PACIENTES COM E SEM TERAPIA

    ANTIRETROVIRAL

    PALAVRAS-CHAVES: HIV, AIDS, Criança, Lesão renal

    RESUMO:

    Introdução: A doença renal é uma complicação frequente em pacientes com HIV. Existem poucos estudos sobre o acometimento

    renal em crianças com HIV. O objetivo deste estudo é avaliar as características clínicas da lesão renal aguda (LRA) em crianças

    com HIV de acordo com o uso de terapia antirretroviral. Material e Métodos: Foi realizado estudo retrospective incluindo

    pacientes < 16 anos de idade admitidos em um hospital terciário de Fortaleza, Ceará, Brasil, com diagnóstico confirmado de

    infecção pelo HIV, entre janeiro de 2007 a dezembro de 2012. Foi realizada uma comparação dos pacientes com e sem uso de

    terapia antirretroviral antes da admissão. Resultados: Foram incluídos 63 pacientes no estudo, com média de idade de 5,3±4,27

    anos (variação de 1 a 14 anos); 44 (69,8%) eram manores de 7 anos; 35 (55,6%) era do sexo feminino. O tempo médio de

    internação variou de 1 a 352 dias (média 34,2±57,8 dias). As causas mais comuns de internação foram: pneumonia (44,4%),

    tuberculose pulmonar (9,5%) e varicela (6,3%). Os sinais e sintomas mais frequentes na admissão foram: febre (82,5%), tosse

    (68,3%), diarreia (36,5%), dispneia (34,9%) e vômitos (28,6%). LRA foi observada em 31 casos (49,2%), de acordo com o critério

    pRIFLE. Os pacientes foram classificados em “Risk” (64,5%), “Injury” (32,2%) e “Failure” (1,6%). Apenas 1 paciente (3,2%)

    necessitou de diálise. Houve 2 óbitos (6,4%). Os principais exams laboratoriais mostraram: Ht 29,5±4,2%, Hb 9,6±1,6g/dL, LDH

    839,4±989,4UI/L, ureia 24,4±12,8mg/dL, creatinina 0,5±0,2mg/dL, K 4,1±0,8mEq/L, pH 7,4±0,1, Pco2 34,3±11mmHg e HCO3

    20,7±4,6mEq/L. Estavam em uso de terapia antirretroviral 43 pacientes (68,3%); 37 (58,7%) estava em uso de lamivudina, 31

    (49,2%) zidovidine, 16 (35,4%) lopinavir e 5 (7,9%) tenofovir. Os pacientes em uso de antirretrovirais apresentaram níveis mais

    baixos de bicarbonato (19,1±4,9 vs. 23,6±2,2mEq/L, p=0,013) e potássio (3,9±0,8 vs. 4,5±0,7mEq/L, p=0,019), além de níveis mais

    baixos de AST (39,8±26,7 vs. 123,1±1899UI/L, p=0,008) e ALT (25,3±21,5 vs. 77,9±102,8UI/L, p=0,001). A taxa de filtração

    glomerular (TFG) era mais alta nos pacientes em uso de antiretrovirais (102,2±36,7 vs. 77,0±32,8ml/min/1,73m², p=0,011). O

    número de pacientes com carga viral < 120.000 cópias era maior nos pacientes em terapia antiretroviral (76,9% vs. 23,1%,

    p=0,027). Conclusão: A doença renal é uma complicação frequente em crianças com HIV. O tratamento antirretroviral não

    alterou de forma significativa a TFG, porém parece estar associado com maior incidência de acidose metabólica e hipocalemia.

    Fonte de financiamento: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, CNPq.

  • CÓDIGO DO TRABALHO: 37

    INSTITUIÇÃO: Universidade Federal do Ceará

    AUTOR(ES): Camille Sampaio Torres, Breno Milhomens Arraes, Henrique Carvalho de Lima Farias, Pedro Luiz Lopes, Pedro

    Philippe Pinto Moreira, Francisco Gustavo Silveira Correia, Carlos Henrique Morais de Alencar,

    TÍTULO: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA DENGUE NA REGIÃO ADMINISTRATIVA I (SER I) DO MUNICÍPIO DE FORTALEZA, CEARÁ

    PALAVRAS-CHAVES: dengue. epidemiologia.

    RESUMO:

    PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA DENGUE NA REGIÃO ADMINISTRATIVA I (SER I) DO MUNICÍPIO DE FORTALEZA, CEARÁ. BRENO

    MILHOMENS ARRAIS¹, CAMILLE SAMPAIO TORRES¹, HENRIQUE CARVALHO DE LIMA FARIAS¹, PEDRO LUIZ LOPES¹, PEDRO PHILIPPE

    PINTO MOREIRA¹, FRANCISCO GUSTAVO SILVEIRA CORREIA¹, CARLOS HENRIQUE MORAIS DE ALENCAR¹ ¹ Departamento de Saúde

    Pública, Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará. Resumo Objetivo: Traçar um perfil epidemiológico das

    notificações e dos casos de dengue ocorridos na região física e administrativa extremo noroeste do município de Fortaleza

    (Regional I) no período entre 2010 e 2013. Métodos: Realizado sob o viés epidemiológico da Regional I, com estudo transversal

    descritivo das informações coletadas durante as visitas realizadas à Célula de Vigilância Epidemiológica de Fortaleza (CEVEPI), à

    Secretaria Municipal de Saúde e a regiões da própria Regional I e dados obtidos do Sistema de Monitoramento Diário de Agravos

    e Departamento de Informação (SIMDA). Resultados: Foi possível correlacionar período chuvoso com o ciclo reprodutivo do seu

    principal vetor da Dengue, o Aedes Aegypti. Houve a recirculação de alguns sorotipos de vírus da dengue, como o DENV-2, um

    dos mais perigosos, na Secretaria Executiva Regional I (SER I), justificando o alto número de crianças acometidas pela Dengue no

    ano de 2013, e do sorotipo DENV-1, em grande parte do Estado. Em 2013, em números absolutos, foram registrados e

    notificados 1153 casos de Dengue na SER I. A distribuição mensal destes casos foi predominante nos períodos chuvosos, com

    ênfase em Junho. O estudo também enfatiza o número de casos diminutos de pessoas entre 10 e 35 anos, se comparado com as

    outras faixas etárias, devido à sensibilização prévia dessas pessoas por determinados sorotipos do vírus, inclusive do DENV-2, em

    outrora. Conclusão: Com base nesse estudo, pretende-se, a partir dos dados avaliados, mostrar de forma mais detalhada a

    situação administrativa da saúde na SER I do município de Fortaleza, no Ceará, tentando retratar de forma fidedigna o

    acometimento de infecções pelo vírus da Dengue na população. Assim, políticas públicas de melhor qualidade, com um

    embasamento científico sério, podem ser adotadas para que se melhore as condições de vida de tal parcela da população de

    Fortaleza.

  • CÓDIGO DO TRABALHO: 38

    INSTITUIÇÃO: Pós-graduação em Ciências da Saúde, Faculdade de Medicina (FM), Universidade Federal do Mato Grosso

    (UFMT)

    AUTOR(ES): SAMANTHA SOARES OURIVES, DIEGO SAMPAIO ARANTES DOS SANTOS, COR JESUS FERNANDES FONTES,

    AMÍLCAR SABINO DAMAZO,

    TÍTULO: ANÁLISE DAS SUBPOPULAÇÕES DE CÉLULAS T E DA ATIVAÇÃO LINFOCITÁRIA DURANTE A MALÁRIA VIVAX

    PALAVRAS-CHAVES: Plaquetas, malária, células T, Th1, Plasmodium vivax

    RESUMO:

    Introdução: A malária é uma das doenças parasitárias de maior importância global e é responsável pelas principais causas de

    morbidade e mortalidade nas áreas tropicais e subtropicais do mundo. A resposta imune na malária é complexa e os mecanismos

    de ativação e regulação de linfócitos T e suas citocinas ainda são pouco compreendidos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a

    correlação da parasitemia com o número de plaquetas e leucócitos, além de identificar e quantificar as subpopulações

    específicas de células Th1, Th2, Th17 e Treg, durante a infecção por Plasmodium vivax. Material e Métodos: Para avaliar a

    correlação da parasitemia com o número de plaquetas, número total de leucócitos, monócitos e neutrófilos, os resultados foram

    submetidos à análise de regressão linear pelo teste de coeficiente de correlação de Spearman. Por meio da citometria de fluxo foi

    feito a identificação e quantificação das subpopulações de células T: Th1 (CD3+CD4+IFN-γ+), Th2 (CD3+CD4+IL4+), Th17

    (CD3+CD4+IL-17+), Treg (CD3+CD4+CD25+CD127-) e citotóxica (CD3+CD8+), obtidos do sangue periférico de pacientes com

    malária vivax e em controles sadios. Nesse caso, o teste t de Mann Whitney foi utilizado para análise estatística. Resultados: A

    plaquetopenia foi observada em pacientes com malária vivax quando comparados aos controles sadios (p

  • CÓDIGO DO TRABALHO: 39

    INSTITUIÇÃO: Universidade Federal do Ceará

    AUTOR(ES): Paula Sacha Frota Nogueira, ANITA MARIA ROSA BORRINI, LIS PAZ SAMPAIO, THAIS AQUINO CARNEIRO, RUTE

    COSTA REGIS, MARILIA TORRES BENEVIDES,

    TÍTULO: ATIVIDADE EDUCATIVA SOBRE HANSENÍASE EM SALA DE ESPERA COMO ESTRATÉGIA DE INTEGRAÇÃO ENSINO-

    SERVIÇO

    PALAVRAS-CHAVES: Educação em Saúde. Hanseníase. Enfermagem em Saúde Comunitária.

    RESUMO:

    Introdução: A hanseníase é uma doença infectocontagiosa, de evolução crônica, que afeta principalmente pele e nervos. A

    identificação precoce, adesão ao tratamento e a posse de conhecimento evitam o aparecimento das incapacidades permanentes

    e das consequências sociais vinculadas à doença. Assim estratégias educativas em sala de espera são importantes, pois oferecem

    espaço de discussão e desmistificação da doença para o usuário, o que favorece o diagnóstico precoce e a redução da

    estigmatização. Objetivou-se relatar a experiência de acadêmicas de enfermagem na elaboração e desenvolvimento de atividade

    educativa sobre hanseníase em sala de espera. Relato: Foi realizada uma atividade de educação em saúde com aproximadamente

    30 pacientes em ambiente de sala de espera para a consulta de triagem dermatológica de centro de referência em dermatologia

    localizado em Fortaleza-CE. Iniciou-se com a apresentação dos objetivos do trabalho, seguido de roda de conversa com os

    participantes sobre seu conhecimento prévio sobre a hanseníase, com o objetivo de detectar o conteúdo a ser abordado.

    Posteriormente, deu-se início a uma explanação dialogada com o auxílio de álbum seriado sobre o tema, onde foram abordados

    aspectos sobre transmissão, sinais e sintomas característicos da doença, proteção dos comunicantes, e autocuidado. Já para as

    orientações sobre o tratamento foi disponibilizada aos participantes as cartelas de tratamento paucibacilar e multibacilar, como

    forma de aproximar e desmistificar o tratamento. A atividade teve duração de 45 minutos, encerrando-se com a distribuição de

    folhetos informativos produzidos pelas acadêmicas. Discussão: O trabalho desenvolvido mostrou-se efetivo em seu propósito,

    pois os participantes mostraram-se interessados e participativos, através de esclarecimento de dúvidas e relatos de experiências

    anteriores, fossem estas, pessoais ou familiares. Como produto desta atividade, ressalta-se um diagnóstico de hanseníase entre

    os participantes, o qual já era acompanhado na unidade para outra morbidade; e no encaminhamento de uma comunicante para

    avaliação médica, pois apresentava sinais sugestivos. A abordagem escolhida mostrou-se adequada e eficaz na sensibilização da

    população, por ser em um ambiente favorável ao aprendizado e esclarecimento de dúvidas.

  • CÓDIGO DO TRABALHO: 40

    INSTITUIÇÃO: Universidade Federal do Ceará

    AUTOR(ES): Paula Sacha Frota Nogueira, ESCOLÁSTICA REJANE FERREIRA MOURA,

    TÍTULO: CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE PARA USO DE MÉTODOS ANTICONCEPCIONAIS POR MULHERES COM HANSENÍASE

    PALAVRAS-CHAVES: Hanseníase. Planejamento Familiar. Saúde da Mulher.

    RESUMO:

    Introdução: A hanseníase, geralmente, acomete o sexo feminino em plena capacidade reprodutiva, função que pode ser afetada

    pela patologia nos aspectos da concepção e da anticoncepção. Em face aos possíveis agravos decorrentes desta interação,

    percebe-se a relevância do acesso às orientações por mulheres com hanseníase sobre a importância de adiar a gestação e adotar

    Métodos Anticoncepcionais (MAC) adequados à doença. Portanto, objetivou-se elaborar critérios de elegibilidade para uso de

    MAC por mulheres com hanseníase. Material e Métodos: Tratou-se de reflexão crítica sobre as evidências disponíveis envolvendo

    uso de MAC por mulheres com hanseníase. Tomou-se por base oito artigos selecionados em revisão integrativa da literatura

    realizada em 12 de dezembro de 2014 nas bases de dados Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature (CINAHL),

    MEDLINE/PubMed via National Library of Medicine, e SCOPUS pela utilização dos descritores leprosy (hanseníase) e pregnancy

    (gravidez) de forma integrada. As demais referências utilizadas foram duas publicações da Organização Mundial da Saúde

    (“Critérios Médicos de Elegibilidade para Uso de Anticoncepcionais” e “Planejamento Familiar: Um Manual para Prestadores de

    Serviços de Saúde”) e duas do Ministério da Saúde do Brasil (“Amamentação e uso de drogas” e “Portaria Nº 3.175”). Resultados:

    Da reflexão crítica destacou-se a necessidade de uso de MAC muito eficazes pelas mulheres com hanseníase; a interação entre a

    Rifampicina e os anticoncepcionais hormonais orais, resultando na diminuição da ação do contraceptivo; e o surgimento do

    Eritema Nodoso (EN) como reação adversa ao uso de anticoncepcionais hormonais. Diante dos resultados, construiu-se os

    seguintes critérios: categoria 1 - laqueadura, vasectomia, DIU de cobre e hormonal, Anticoncepcional Injetável exclusivo de

    Progestágeno (AIP), e Método da Amenorréia Lactacional (MAL). Este último tem seu uso permitido por não trazer complicações

    à mulher, mas deve-se atentar para ocorrência de anemia grave no recém nascido de baixo peso; categoria 2 - preservativo

    masculino e feminino, diafragma com espermicida, temperatura corporal basal, e tabelinha; categoria 3 – coito interrompido e

    método de Billings; e categoria 4 - Anticoncepcional Oral Combinado (AOC), Anticoncepcional Injetavel Combinado (AIC), e Pílula

    só de Progestágeno (PEP). Para uso por parte dos profissionais de saúde envolvidos, as categorias são simplificadas, unindo-se

    categoria 1 e 2 como uso indicado do método, e categoria 3 e 4 não recomendação de uso. Conclusão: Espera-se que os critérios

    elaborados auxiliem aos provedores de serviços de saúde a indicarem um MAC eficaz e seguro às mulheres com hanseníase.

    Contudo, ressalta-se a não validação deste construto, o que constitui uma limitação a ser vencida em estudos futuros, inclusive

    por outros autores.

  • CÓDIGO DO TRABALHO: 41

    INSTITUIÇÃO: Universidade Federal do Ceará

    AUTOR(ES): Paula Sacha Frota Nogueira, MARIA JOSEFINA DA SILVA, MARÍLIA BRAGA MARQUES, JANAÍNA FONSECA VICTOR

    COUTINHO,

    TÍTULO: HANSENÍASE EM IDOSOS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

    PALAVRAS-CHAVES: Hanseníase. Saúde do Idoso. Enfermagem.

    RESUMO:

    Introdução: O envelhecimento populacional é um fenômeno de grande impacto na estrutura econômica e sanitária das

    sociedades em geral. Os estigmas negativos, normalmente associados ao processo de envelhecimento, têm como um de seus

    pilares o declínio biológico, ocasionalmente acompanhado de doenças e dificuldades funcionais. Desta forma, doenças que

    possam potencializar as dificuldades funcionais e, consequentemente a dependência, devem ser priorizadas no cuidado desta

    população. Assim destaca-se a hanseníase, doença crônica, infecciosa, cujo potencial incapacitante mantém o preconceito e o

    estigma em relação aos seus portadores. Objetivou-se apresentar o conhecimento produzido no Brasil sobre o desenvolvimento

    da hanseníase em idosos. Materiais e Método: Revisão integrativa norteada pela questão “Quais os temas prevalentes na

    abordagem ao idoso com hanseníase, disponíveis na literatura brasileira?”. Realizou-se busca pareada realizada na Biblioteca

    Virtual em Saúde, no período de março a abril de 2014, através dos descritores “hanseníase” e “idoso”, de forma integrada. Após

    a leitura do título e resumo dos 2283 artigos encontrados, foram selecionados sete artigos pela primeira avaliadora e 10 artigos

    pela segunda avaliadora. Entretanto para que a seleção fosse fidedigna os artigos foram submetidos a uma terceira avaliadora,

    que chegou a amostra final de oito trabalhos. Resultados: O ano de publicação dos trabalhos selecionados variou de 2005 a 2013,

    sendo que os anos 2005, 2011, 2012 e 2013 apresentaram um artigo, respectivamente, e os anos de 2009 e 2010 com dois

    artigos, respectivamente. Quanto ao local do estudo, três foram realizados em São Paulo, dois no Pará e em São Paulo, um no

    Ceará, um no Espírito Santo, e um na Paraíba. A metodologia predominante foi a qualitativa com sete trabalhos, sendo o estudo

    de caso o tipo de estudo mais utilizado. Dentre os oito trabalhos encontrados percebeu-se que a abordagem ao idoso com

    hanseníase ainda é incipiente, pois está baseada na apresentação de aspectos incomuns na hanseníase, principalmente através

    de relato de caso, não contribuindo de forma geral no acompanhamento da população idosa com hanseníase; e na investigação

    histórica do isolamento compulsório de pacientes com hanseníase no Brasil. Conclusão: Este estudo demonstrou que em muitos

    estudos o idoso surge apenas como uma faixa etária na descrição da amostra pesquisada, o que não constituía objetivo, porém

    traz um alerta para a escassa inserção do idoso com hanseníase e suas particularidades como problema de pesquisa.

  • CÓDIGO DO TRABALHO: 42

    INSTITUIÇÃO: Universidade Federal do Ceará

    AUTOR(ES): Paula Sacha Frota Nogueira, ESCOLÁSTICA REJANE FERREIRA MOURA, ANDREZZA ALVES DIAS, LIDIANE NOGUEIRA

    REBOUÇAS AGUIAR, ADMAN CÂMARA SOARES LIMA, RAQUEL FERREIRA GOMES BRASIL,

    TÍTULO: HANSENÍASE EM MEIO À GRAVIDEZ E LACTAÇÃO

    PALAVRAS-CHAVES: Hanseníase. Complicações Infecciosas na Gravidez. Saúde Pública.

    RESUMO:

    Introdução: A hanseníase desperta interesse pelo complexo espectro clínico e a gravidade dos episódios reacionais. Assim,

    circunstâncias que provoquem alterações do equilíbrio entre o bacilo e o hospedeiro expõem os pacientes ao maior risco, tais

    como as alterações hormonais da puberdade e a gestação. Características de mulheres que conceberam em meio a hanseníase

    são pouco conhecidas, bem como os resultados dessa interação. Objetivou-se descrever características clínicas e epidemiológicas

    de mulheres com hanseníase cujo início da sintomatologia da doença ocorreu na gravidez e/ou na lactação. Materiais e Métodos:

    estudo descritivo, transversal, com 49 mulheres com hanseníase, cujo houvesse relato ou registro em prontuário de gravidez ou

    lactação durante o início dos sinais e sintomas, e/ou surgimento de reações hansênicas, e/ou recidiva, em acompanhamento em

    centro de referência em dermatologia localizado em Fortaleza, Ceará, Brasil, de março a outubro de 2011. A pesquisa foi

    aprovada pelo comitê de ética do local da pesquisa, conforme protocolo n° 012/2011. Resultados: A idade média foi de 32,1

    anos, forma clínica dimorfa (44,9%), e Grau de Incapacidade Física zero ao diagnóstico (77,6%). Dentre o período da gravidez

    e/ou lactação que foram percebidos os sinais da hanseníase, os mais citados foram o último trimestre da gravidez e o primeiro

    trimestre de lactação, correspondendo a 10 (20,4%) mulheres, respectivamente. Oito (16,3%) mulheres não recordavam o

    momento exato. A ausência de complicações foi referida por 24 (48%) mulheres. A possível justificativa para este achado ser

    prevalente, pode ser o delineamento transversal do estudo, ressaltando a existência de 5 (10%) gestantes e de 5 (10%) mulheres

    em amamentação neste grupo. As implicações mais relatadas foram: recém-nascido de baixo peso (12 – 22,3%) e reação

    hansênica (10 – 18,6%). Conclusão: A associação entre hanseníase e gravidez está presente nos serviços de saúde, devendo ser

    investigada rotineiramente, sobretudo nas regiões hiperendêmicas. Ressalta-se que a gestante com hanseníase deve ser

    acompanhada com atenção no que se refere a anemia e a altura uterina, visto que a Dapsona, tem como efeito adverso a anemia

    hemolítica que, aliada à anemia fisiológica da gravidez, pode trazer consequências graves à gestante, de forma indireta para o

    bebê, pois haveria diminuição do aporte sanguíneo necessário para o adequado desenvolvimento da placenta.

  • CÓDIGO DO TRABALHO: 43

    INSTITUIÇÃO: Universidade Federal de Goiás

    AUTOR(ES): Evandro Leão Ribeiro, CLEVER GOMES CARDOSO, LARA STEFÂNIA DE OLIVEIRA LEÃO-VASCONCELOS, MOISÉS

    MORAIS INÁCIO, WANESSA MOREIRA GOES,

    TÍTULO: COMPORTAMENTO DE CULTIVOS DE Candida albicans ISOLADAS DA MICROBIOTA BUCAL DE CRIANÇAS COM E SEM

    SÍNDROME DE DOWN NA PRESENÇA in vitro DE DROGAS AZÓLICAS, EQUINOCANDINAS E POLIÊNICAS

    PALAVRAS-CHAVES: Candida albicans, Síndrome de Down, Antifungigrama

    RESUMO:

    INTRODUÇÃO: A eficácia dos antifúngicos no tratamento de candidíase bucal em crianças com Síndrome de Down (CCSD) se faz

    cada dia mais necessário devido os relatos de recidivas constantes dessa infecção. Este trabalho objetivou verificar a

    suscetibilidade das drogas azólicas, equinocandinas e poliênicas empregadas às Candida albicans bucais de CCSD e crianças sem

    Síndrome (CSSD) frente às fitas de E-test®. MATERIAL E MÉTODOS: Quarenta C. albicans bucais de CCSD e 80 de CSSD foram

    empregadas. O antifungigrama E-test® da ABBIODISK empregou cetoconazol, fluconazol, itraconazol, posaconazol, voriconazol,

    caspofungina e anfotericina B para a determinação inibitória mínima (CIM). Cada Candida isolada foi submetida à preparação de

    uma suspensão em 5mL de água esterilizada e a densidade celular ajustada em espectrofotômetro para a transmitância de 85%

    em comprimento de onda de 530nm. As placas de Petri continham 25mL de ágar dextrose a 45oC e 25mL do meio de ágar RPMI-

    1640 filtrado.Volume de 0,6mL de cada Candida, a ser testado, foi semeado, as fitas de E-test® foram adicionadas e as placas

    mantidas à 30oC/24h. A CIM foi lida como sendo o ponto em que o limite da área de inibição de crescimento do micro-organismo

    na superfície do ágar interceptou a fita de E-test®. RESULTADOS: IC50: CCSD (cetoconazol: 0,38µg/mL; fluconazol: 1,50µg/mL,

    itraconazol: 0,25µg/mL, posaconazol: 0,008µg/mL, voriconazol: 0,125µg/mL, caspofungina: 0,006µg/mL e anfotericina B:

    0,004µg/mL) e CSSD (cetoconazol: 0,75µg/mL; fluconazol: 2,00µg/mL; itraconazol: 0,50µg/mL, posaconazol: 0,12µg/mL,

    voriconazol: 0,25µg/mL, caspofungina: 0,012µg/mL e anfotericina B: 0,032µg/mL). CONCLUSÃO: Ambas as amostras de C.

    albicans bucais de CCSD e CSSD mostraram-se pelo método de fitas de E-test® suscetíveis às drogas antifúngicas empregadas e

    com melhor resposta in vitro o grupo de leveduras de Candida de CCSD.

  • CÓDIGO DO TRABALHO: 44

    INSTITUIÇÃO: Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (sesa)

    AUTOR(ES): Relrison Dias Ramalho,

    TÍTULO: INVENTÁRIO PRELIMINAR DA ESCORPIOFAUNA DA CHAPADA DA IBIAPINA CEARÁ

    PALAVRAS-CHAVES: Escorpiofauna, Diversidade, Bioecologia.

    RESUMO:

    INVENTÁRIO PRELIMINAR DA ESCORPIOFAUNA DA CHAPADA DA IBIAPINA CEARÁ RELRISON DIAS RAMALHO¹; ADELINE COSTA

    DELMONDES²; HELDER PEREIRA DA COSTA³; RAFFAEL JUNIOR DE OLIVEIRA⁴; JORGE BEZERRA DA SILVA⁵; 1. Núcleo de proteção à

    saúde – COPROM/SESA/CE 2. Núcleo de Controle de Vetores – NUVET/SESA/CE 3. Laboratório de Entomologia Dr. Thomaz Correa

    Aragão 4. Secretaria de Saúde do Estado do Ceará/ SESA INTRODUÇÃO: Os escorpiões pertencem ao filo artrópodes, subfilo

    chelicerata, classe arachnida e a ordem scorpiones. Na ordem existem 18 famílias às quais pertencem cerca de 1500 espécies e

    subespécies localizadas em todo mundo predominantemente em regiões tropicais e subtropicais. Na ordem scorpiones, a família

    Buthidae tem distribuição mundial e nela está presente o gênero Tityus, com três espécies encontradas no Brasil causador de

    acidentes humanos. OBJETIVO: Este estudo objetivou conhecer a composição da escorpiofauna da chapada da Ibiapina.

    MÉTODOS: As coletas das espécimes de escorpiões foram realizadas por encontro ocasionais e coletados por terceiros e agente

    de endemias em ambientes de mata e no intra e Peri domicílios das residências, utilizando técnica de busca ativa manual-visual

    acondicionados em copos entomológicos transparentes contendo álcool 70% e enviados ao laboratórios de endemias da 13ª

    coordenadoria regional de saúde (CRES), onde foram etiquetados e enviados ao núcleo de controle de vetores (NUVET), e

    identificados a nível taxonômico. RESULTADO: Foram coletados 108 exemplares classificados em duas famílias Bothriuridae e

    Buthidae, divididos em 4 gêneros e 7 espécimes sendo: Rhopalurus rochai 32 (29,69 %); Bothriurus rochai 26 (24,07%);

    Bothriurus asper 15 (13,88%); Physoctonus debilis 14 (12,96%) foram encontrados em ambientes de matas próximo as

    residências. Já Tityus stigmurus, Tityus serrulatus 5 (4,62%); Tityus martinpaechi 2 (1,85%) foram coletados no intra domiciliar.

    DISCUSSÃO: Observou-se que o gênero Rhopalurus vivem exclusivamente em formações vegetais de matas abertas; espécies

    adaptadas à micro-habitat exclusivos, como diversas espécies da família Bothiuridae, que vivem em galerias escavadas no solo.

    Naturalmente, existem muitas exceções, em particular entre os Buthidae, assim espécies do gênero Tityus apresentam alta

    capacidade de dispersão, que se traduzem por padrões irregulares de distribuição geográfica. CONCLUSÃO: constatou-se

    espécies da mesma família Buthidae mas de gêneros diferentes; Rhopalurus, Bothriurus, Physoctonus compartilham o mesmo

    nicho ecológico mostrando também que esses gêneros são típicos de áreas com vegetação abertas. Já os Tityus não fazem

    partes, devido ao alto grau de predação e adaptação as áreas urbanas. O crescimento progressivo e desordenado dos centros

    urbanos propicia o fenômeno da domiciliacão de escorpiões forçando esses animais a se confrontarem com novas situações

    pondo em risco a saúde dos seres humanos.

  • CÓDIGO DO TRABALHO: 45

    INSTITUIÇÃO: Universidade do Estado do Amazonas

    AUTOR(ES): Luiz Henrique Gonçalves Maciel, Jacqueline de Almeida Gonçalves Sachett, Wendel Menezes de Azevedo, Juliana

    Barroso de Freitas, Francielen de Azevedo Furtado, Yara Nayá Lopes de Andrade, Mônica Carolina dos Santos Saburá,

    TÍTULO: CARACTERIZAÇÃO DOS ACIDENTES POR ARANEÍSMO EM MANAUS – AM, NO ANO DE 2012.

    PALAVRAS-CHAVES: acidentes, araneísmo, Manaus

    RESUMO:

    Introdução: Apesar de ainda negligenciados os acidentes com aranhas (araneísmo) constituem um sério problema de saúde

    pública, principalmente nas regiões de tropicais do planeta como a região amazônica. Objetivo: Caracterizar os acidentes

    causados por aranha atendidos no serviço de urgência e emergência na cidade de Manaus. Estudo realizado a partir da análise

    documental de prontuários e fichas de 55 pacientes vítimas de acidentes com animais peçonhentos no ano de 2012. A coleta de

    dados foi feita no Serviço de Arquivo Médico e Estatístico (SAME) das seguintes instituições: Hospital e Pronto Socorro Dr. João

    Lúcio Pereira Machado, Pronto Socorro Dr. Aristóteles Platão Bezerra de Araújo e Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor

    Vieira Dourado, localizados na cidade de Manaus – AM. Resultados: Dos 55 acidentados com aranha, 35(63,60%) eram do sexo

    masculino e 20(36,40%) do sexo feminino. A média de idade foi de 40 anos. Com relação à parte do corpo, 16(29,10%) tiveram o

    pé como região atingida por picada, 14(25,50%) foram picados na mão, sendo estes os locais mais acometidos. Além disso,

    8(14,50%) foram picados na perna, 6(10,90%) no braço, 3(5,50%) no tronco, 2(3,60%) na cabeça, 1(1,80%) na região da face e 5

    pacientes (9,10%) não tiveram local da picada informado no prontuário. Quanto às manifestações clínicas, 42(76,40%)

    apresentaram dor e 25(45,50%) apresentaram edema. Quanto ao tratamento com soro antiaracnídeo foi observada a grande

    omissão dessa informação nos registros (94,54%) 52. Nos que constavam esta informação, foram usadas duas ampolas em 1

    paciente (1,80%) e 5 ampolas (3,60%) em 2 pacientes. Discussão: O tratamento pós picada visa combater os sintomas de

    envenenamento e dar suporte ao quadro clínico do paciente. O uso e informação da soroterapia nos registros é de extrema

    importância, entretanto, observou-se que estes dados foram praticamente omissos nas fichas dos pacientes atendidos nas

    instituições de saúde em Manaus onde foi realizado este trabalho. Conclusão: Predominantemente as mulheres são as maiores

    vítimas de acidentes com aranhas, uma vez que, estas passam maior tempo dentro de casa em contato com objetos domésticos,

    vestuários e calçados, locais onde esses animais podem se esconder. Entretanto, a situação em Manaus no ano de 2012 mostrou

    o contrário, os homens foram os que mais sofreram acidentes com aranhas. A escolha do soro para tratamento vai depender da

    aranha que causou o acidente e o número de ampolas varia de acordo com a gravidade do quadro clínico apresentado pelo

    paciente, sendo obrigatório o registro da soroterapia escolhida. Entretanto, foi observado que o soro antiaracnídeo foi pouco

    utilizado segundo registros encontrados.

  • CÓDIGO DO TRABALHO: 47

    INSTITUIÇÃO: Universidade do Estado do Amazonas

    AUTOR(ES): Wendel Menezes de Azevedo, Jacqueline de Almeida Gonçalves Sachett, Luiz Henrique Gonçalves Maciel, Juliana

    Barroso de Freitas, Renato da Silva Galvão, Bruna Lyandra Portela Sena de Souza, Francielen de Azevedo Furtado,

    TÍTULO: CARACTERIZAÇÃO E NOTIFICAÇÃO DE ACIDENTES POR LEPIDÓPTEROS (LAGARTAS) EM MANAUS/AM

    PALAVRAS-CHAVES: erucismo. animais peçonhentos. lepidópteros. lagartas

    RESUMO:

    Introdução: Os Lepidópteros estão entre o grupo de animais peçonhentos e figuram entre os principais causadores destes

    acidentes no Brasil. Muitas espécies possuem cerdas e espículas que ao contato costumam evoluir apenas com dermatite

    urticante, mas, eventualmente, podem ocasionar sérias complicações sistêmicas, especialmente nos eventos provocados por

    Lonomia spp. Qualquer dano à integridade física do indivíduo, provocado por circunstâncias nocivas é considerado um agravo.

    Acidentes por lepidópteros são agravos de notificação compulsória no Brasil. Porém, estes têm sido, de modo geral,

    subnotificados, o que dificulta seu real dimensionamento. Manaus está situada no centro de uma densa floresta cuja

    biodiversidade impressiona e se torna fator importante na epidemiologia desses acidentes. Por isso, pretende-se caracterizar os

    acidentes por lepidópteros e identificar sua notificação nos atendimentos ocorridos na rede de urgência e emergência de

    Manaus/AM; Métodos: Trata-se de um estudo exploratório, transversal, com análise dos acidentes por Lepidópteros atendidos

    em 3 hospitais de referência do serviço de urgência do município de Manaus no ano de 2012; Resultados: Participaram do estudo

    74 registros de acidentes por Lepidópteros, destes, 52,70% eram do sexo masculino e 47,30% do sexo feminino. A média de

    idade foi de 23 anos. Quanto ao local do corpo acometido, observou-se que há uma grande omissão desses dados nas fichas e

    prontuários (38,80%), sendo os pés os mais acometidos (28,40%), seguido das mãos (17,90%), pernas (7,50%), tronco (4,50%),

    braços (1,50%) e nádegas (1,50%). A principal manifestação clínica encontrada foi a dor, presente em 60,80% dos casos e não

    relatada em 39,20%. Foi relatado ainda edema em 25,70% dos pacientes. O período de maior ocorrência foi nos meses de março

    (17,14%), maio (20%) e junho (31,42%). O horário dos acidentes não foi informado em 82,44% das fichas e prontuários, o

    restante ocorreu mais pela manhã (10,81%), seguido pela noite (4,05%) e pela tarde (2,70%). Quanto à zona de ocorrência, a

    maioria dos prontuários ignorou essa informação (67,60%) e os que continham mostraram que aconteceram mais na zona

    urbana (29,70%), seguido da zona periurbana (2,70%). O número de casos não notificados foi superior ao dos notificados. Sendo,

    somente, 33,78% dos casos, notificados, enquanto que 66,21% deixaram de ser notificados; Conclusão: Os acidentes por formas

    larvárias de Lepidópteros possuem alta prevalência em Manaus, ultrapassando as expectativas, suas manifestações clínicas são,

    na maioria das vezes, leves e localizadas, acometendo adultos jovens do sexo masculino em idade produtiva. É um agravo

    importante que tem sido ignorado, acarretando aumento expressivo na prevalência de casos subnotificados.Logo, deve-se

    priorizar o aperfeiçoamento e qualidade do processo de notificação e elaborar meios de divulgação de condutas simples que

    podem ser realizadas pelas vítimas em questão, visando o bem estar da população em geral.

  • CÓDIGO DO TRABALHO: 49

    INSTITUIÇÃO: Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Veira Doura/ Fundação de Amparo A Pesquisa do Estado do

    Amazonas/ Faculdade Metropolitana de Manaus

    AUTOR(ES): DANIEL DE SOUSA MACHADO, EYDE CRISTIANNE SARAIVA DOS SANTOS, FÁTIMA TEREZA PRAIA GARCIA, LINDA

    KAROLINNE RODRIGUES ALMEIDA CUNHA, VALÉRIA SARACENI, SAMIRA BÜHRER, MARIA DAS GRAÇAS GOMES SARAIVA,

    TÍTULO: ACIDENTES OCUPACIONAIS COM MATERIAL BIOLÓGICO REGISTRADOS EM INSTITUIÇÃO DE REFERÊNCIA, EM

    MANAUS, AMAZONAS

    PALAVRAS-CHAVES: Acidentes ocupacionais. Material biológico.

    RESUMO:

    Introdução: No município de Manaus, ao longo dos anos têm-se registrado acidentes com exposição a materiais biológicos

    envolvendo distintas ocupações. Este trabalho visa analisar dados de acidentes ocupacionais com material biológico, notificados

    na Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), 2011 a 2014. Material e Métodos: Foram utilizadas

    informações do SINAN-NET/Departamento de Epidemiologia e Saúde Pública/FMT-HVD. As variáveis foram: idade, sexo,

    escolaridade, raça/cor, gestante, ocupação, tipo de exposição, tipo de material orgânico, circunstância do acidente, objeto que

    causou o acidente, uso de Equipamento de Proteção de Individual (EPI), situação vacinal do acidentado em relação à hepatite B,

    resultado de exames sorológicos do acidentado no momento do acidente. Resultados: No período em estudo foram notificados

    2.400 casos de acidentes ocupacionais, em 2011 foi observado o menor registro, 27 (1,1%) acidentes e em 2014 o maior registro,

    1.027 (42,8%). Do sexo masculino 726 (30,2%) e feminino 1.660 (69,2%), desses 16 (1,0%) mulheres grávidas. O maior número de

    acidentes 2.100 (87,5%) ocorreu em indivíduos entre 21 e 50 anos (idade média de 29 anos). Sobre escolaridade, 39 (1,6%) casos

    eram do ensino fundamental, seguido do médio 629 (26,2%) e superior 410 (17,1%). Quanto raça/cor, a parda foi a mais

    frequente, 2.304 (96%). Entre as ocupações os maiores registros foram: 761 (31,8%) técnico de enfermagem, 215 (8,9%)

    faxineiro, 213 (8,9%) estudante, 418 (17,4%) com informação ignorada. Tipo de exposição com maior ocorrência foi percutânea

    2.093 (80%); tipo de material orgânico mais referido foi sangue 2.076 (86,5%). Sobre as circunstâncias do acidente, maior em

    descarte inadequado de material perfurocortante 307 (12,8%), e por agente perfurocortante, foi expressivo agulha com lúmen

    1579 (65,8%). No que se refere ao EPI, 1.660 (38,1%) utilizavam luvas; 1.058 (44,1%) eram vacinados para hepatite B. Em relação

    aos resultados dos exames do acidentado das sorologias positivas: Anti-HIV 20 (28,6%) casos, HbsAg 2 (2,9%), Anti-Hbs 48

    (68,5%) e Anti-HCV sem registro. Conclusão: Observou-se crescente registro de acidentes ocupacionais com material biológico,

    ano a ano, possivelmente pela implementação das notificações reduzindo as subnotificações. Maior ocorrência no sexo feminino,

    envolvendo gestantes e, as faixas etárias afetando pessoas mais jovens de diferentes ocupações, especialmente técnicos de

    saúde e estudantes. Portanto, é indispensável a sensibilização continuada para todas as pessoas com exposição a material

    biológico, mesmo aqueles que não desenvolvam suas atividades em instituições de saúde, garantindo a redução dos acidentes

    ocupacionais por diferentes tipos de material orgânico evitando futuros casos de agravos relacionados aos vírus das hepatites e

    HIV, entre outros.

  • CÓDIGO DO TRABALHO: 50

    INSTITUIÇÃO: Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (sesa)

    AUTOR(ES): Relrison Dias