ana lÚcia noch de oliveira anÁlise de …

63
CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS ANA LÚCIA NOCH DE OLIVEIRA ANÁLISE DE ENTEROPARASITOSES EM CRIANÇAS DE 3 A 4 ANOS EM UMA ESCOLA DA REDE PARTICULAR DE ENSINO DA CIDADE DE APUCARANA, PR. Apucarana 2020

Upload: others

Post on 07-Jul-2022

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: ANA LÚCIA NOCH DE OLIVEIRA ANÁLISE DE …

CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

ANA LÚCIA NOCH DE OLIVEIRA

ANÁLISE DE ENTEROPARASITOSES EM CRIANÇAS

DE 3 A 4 ANOS EM UMA ESCOLA DA REDE PARTICULAR

DE ENSINO DA CIDADE DE APUCARANA, PR.

Apucarana

2020

Page 2: ANA LÚCIA NOCH DE OLIVEIRA ANÁLISE DE …

ANA LÚCIA NOCH DE OLIVEIRA

ANÁLISE DE ENTEROPARASITOSES EM CRIANÇAS DE 3

A 4 ANOS EM UMA ESCOLA DA REDE PARTICULAR DE

ENSINO DA CIDADE DE APUCARANA, PR.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Ciências Biológicas da Faculdade de Apucarana – FAP, como requisito parcial à obtenção do título de Licenciatura em Ciências Biológicas. Orientadora: Prof.ª Me. Bárbara Melina Viol Barreto

Apucarana

2020

Page 3: ANA LÚCIA NOCH DE OLIVEIRA ANÁLISE DE …

ANA LÚCIA NOCH DE OLIVEIRA

ANÁLISE DE ENTEROPARASITOSES EM CRIANÇAS DE 3 A 4

ANOS EM UMA ESCOLA DA REDE PARTICULAR DE ENSINO DA

CIDADE DE APUCARANA, PR.

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado ao Curso de Ciências

Biológicas da Faculdade de Apucarana –

FAP, como requisito parcial à obtenção do

título de Licenciatura em Ciências

Biológicas, com nota final igual a ______,

conferida pela Banca Examinadora

formada pelos professores:

COMISSÃO EXAMINADORA

_________________________________

Prof.ª Me. Bárbara Melina Viol Barreto

Faculdade de Apucarana

_________________________________

Prof.ª Me. Vera Lúcia Delmônico Vilela

Faculdade de Apucarana

_________________________________

Prof.ª Dr. Paula Tamyres Moya

Faculdade de Apucarana

Apucarana, ___ de ___________de 2020.

Page 4: ANA LÚCIA NOCH DE OLIVEIRA ANÁLISE DE …

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a todos que acreditaram em mim durante estes anos, aos meus

pais Vera Lúcia Noch de Oliveira e Valmir Mascarenhas de Oliveira que foram minha

base. Ao meu esposo Lucas Henrique da Silva que esteve ao meu lado e também a

todos que acreditaram em mim e me incentivaram.

Page 5: ANA LÚCIA NOCH DE OLIVEIRA ANÁLISE DE …

AGRADECIMENTOS

Agradeço aos meus pais Vera Lúcia Noch de Oliveira e Valmir Mascarenhas de

Oliveira, por todos esses anos estarem ao meu lado me acompanhando, apoiando e

me incentivando a lutar em todas as circunstâncias da vida. Ao meu esposo Lucas

Henrique da Silva que esteve ao meu lado durante a vida acadêmica me incentivando.

A Deus por ter me dado saúde e força para lutar e por estar ao meu lado em todos os

dias.

Aos meus professores que durante estes anos se dedicaram para transmitir todo o

conhecimento necessário, principalmente a minha orientadora professora Bárbara

Melina Viol Barreto que se dedicou e me incentivou durante esse projeto de pesquisa.

A escola que me concedeu a permissão para a coleta de dados para a análise, aos

pais dos alunos pesquisados que autorizaram a coleta e principalmente as crianças

sem o material delas não haveria a pesquisa.

Aos meus amigos do curso, por estarem durante esta vida acadêmica me

acompanhando, pela amizade de cada um e por todo o conhecimento transmitido e

principalmente as minhas amigas Jéssica Herek e Victória Regina Murbach por

estarem ao meu lado durante estes anos.

Page 6: ANA LÚCIA NOCH DE OLIVEIRA ANÁLISE DE …

DE OLIVEIRA, A. L. N., BARRETO, B. M V. Análise de enteroparasitoses em crianças de 3 a 4 anos de uma escola particular da rede de ensino da cidade de Apucarana, PR. 63

p. Trabalho de Conclusão de Curso (Artigo). Graduação em Licenciatura Ciências Biológicas da Faculdade de Apucarana. Apucarana - Pr. 2020.

RESUMO

O presente artigo teve como objetivo analisar os casos de parasitologia intestinal em crianças na faixa etária de três a quatro anos em uma escola da rede particular de ensino do município de Apucarana no estado do Paraná, através de uma pesquisa de campo com base na análise de fezes por meio do método de Hoffman, Pons e Janer ou Lutz. A parasitologia é o estudo de parasitos que podem hospedar tanto os seres humanos quanto os animais. As parasitoses intestinais constituem um tipo de endoparasitismo frequente em pessoas que estão expostas a ruins condições sanitárias. Os resultados das amostras foram negativos para todas as amostras, não se encontrando nenhum ovo ou cisto de parasitos nesta pesquisa. Concluindo-se que as crianças pesquisadas se encontram em locais onde as condições sanitárias são adequadas e o grau de instrução dos pesquisados e de seus responsáveis são elevados. Palavras-chave: infância; parasitos; higiene.

Page 7: ANA LÚCIA NOCH DE OLIVEIRA ANÁLISE DE …

DE OLIVEIRA, A. L. N., BARRETO, B. M V. Analysis of enteroparasitosis in children aged 3 to 4 years from a private school in the city of Apucarana, PR. 63 p. Course

Conclusion Paper (Article). Graduation in Biological Sciences at Faculdade de Apucarana. Apucarana - Pr. 2020.

ABSTRACT

This article aimed to analyze the cases of intestinal parasitology in children aged three to four years in a private school in the city of Apucarana in the state of Paraná, through field research based on the analysis of feces using the method of Hoffman, Pons and Janer or Lutz. Parasitology is the study of parasites that can host both humans and animals. Intestinal parasitosis is a type of endoparasitism that is frequent in people who are exposed to poor sanitary conditions. The results of the samples were negative for all samples, with no eggs or cyst of parasites found in this research. In conclusion, the children surveyed are in places where sanitary conditions are adequate and the level of education of those surveyed and their guardians is high. Keyword: childhood; parasites; hygiene.

Page 8: ANA LÚCIA NOCH DE OLIVEIRA ANÁLISE DE …

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Trofozoíto da Giardia lamblia.............................................................. 15

Figura 2 – Entamoeba. histolytica.........................................................................16

Figura 3 – Ascaris lumbricoides ovo fértil e infértil ...............................................17

Figura 4 –Trichuris trichiura ..................................................................................18

Figura 5 – Ovo do Ancilostomídeo........................................................................18

Figura 6 – Enterobius vermicularis .............................................................................19

Figura 1 – Análise das amostras..................................................................................42

Figura 2 – Atividades de conscientização..................................................................43

Page 9: ANA LÚCIA NOCH DE OLIVEIRA ANÁLISE DE …

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Observação de parasitos.........................................................................................................44

Tabela 2 – Resultados do questionário aplicado aos pais quanto aos hábitos diários

....................................................................................................................................45

Page 10: ANA LÚCIA NOCH DE OLIVEIRA ANÁLISE DE …

LISTA DE SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

Cm Centímetros

FAP Faculdade de Apucarana

Ml Mililitro

PR Paraná

UEM Universidade Estadual de Maringá

UEL Universidade Estadual de Londrina

Page 11: ANA LÚCIA NOCH DE OLIVEIRA ANÁLISE DE …

SUMÁRIO

1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ......................................................................... 13

1.1 Parasitoses Intestinais ................................................................................. 13

1.2 O Parasito .................................................................................................... 13

1.2.1 Giardia lamblia ....................................................................................... 14

1.2.2 Entamoeba sp. ....................................................................................... 15

1.2.3 Ascaris lumbricoides .............................................................................. 16

1.2.4 Trichuris trichiura ................................................................................... 17

1.2.5 Ancilostomídeos .................................................................................... 18

1.2.6 Enterobius vermicularis ......................................................................... 19

1.3 Parasitismo................................................................................................... 20

1.4 Prevalência................................................................................................... 20

1.5 Parasitoses em crianças .............................................................................. 21

1.6 Profilaxia ...................................................................................................... 22

REFERÊNCIAS.....................................................................................................22

2 ARTIGO .............................................................................................................. 28

2.1 INTRODUÇÃO ............................................................................................. 31

2.2 METODOLOGIA ........................................................................................... 33

2.3 RESULTADOS ............................................................................................. 35

2.4 DISCUSSÃO E CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................36

REFERÊNCIAS...................................................................................................38

APÊNDICE A - Questionário socioeconômico, cultural, ambiental e comportamental para as famílias......................................................................................................... 45 APÊNDICE B - Informativo aos pais e responsáveis.................................................48 APÊNDICE C - Termo de Assentimento....................................................................49 APÊNDICE D - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.................................50 APÊNDICE E - Termo de Autorização Institucional...................................................52 ANEXO - Normas da Revista Ciência e Saúde..........................................................53

Page 12: ANA LÚCIA NOCH DE OLIVEIRA ANÁLISE DE …

O presente trabalho tem como partes a fundamentação teórica e o artigo. A

fundamentação teórica vem inicialmente descrevendo o assunto abordado e logo

após a referência da mesma em normas da ABNT.

Na segunda parte segue o artigo redigido nas normas da revista Ciência e Saúde e

suas referências seguem também a norma da revista.

Page 13: ANA LÚCIA NOCH DE OLIVEIRA ANÁLISE DE …

13

1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1.1 Paraitoses Intestinais

As parasitoses intestinais constituem um tipo de endoparasitismo, onde o

parasito vive dentro do trato gastrointestinal do hospedeiro (NEVES, 2005). Tendo

como hospedeiro os seres humanos e animais onde os agentes etiológicos possuem

ciclos evolutivos (SILVA et al., 2017).

A principal via de transmissão é a fecal-oral, através da água ou alimentos

contaminados (FERNANDES et al., 2011). Que podem ser levados através da chuva,

vento ou animais coprófilos (THYSSEN et al., 2004). A transmissão pode ocorrer

através da água podendo acontecer de duas maneiras, através de enxurradas que

podem atingir mananciais utilizados no abastecimento de casas e também da irrigação

utilizadas em hortaliças e plantas (PEDROSO; SIQUEIRA, 1997).

As mãos contaminadas ao manipular alimentos também são um caminho

para a disseminação de parasitos intestinais devido a precários hábitos de higiene por

parte dos manuseadores de alimentos (GUILHERME et al., 1999).

Estudos analisaram em amostras de alface (Lactuca sativa) e agrião

(Nasturtium officinale), a frequente contaminação de enteroparasitas em hortaliças,

por serem consumidas cruas e pela sua facilidade e quantidade de produção (ONO et

al., 2005).

As parasitoses podem causar sintomas gastrointestinais inespecíficos

como a dor abdominal, obstrução intestinal, vómito, diarreia frequentemente

associados a perda de peso, que podem variar de acordo com cada parasito e o

hospedeiro (FERNANDES et al.,2011).

Ao longo dos anos, ocorreu uma melhora no saneamento básico dos países

em desenvolvimento, onde assim susceptivelmente a incidência de surtos de

infecções transmitidas pela água diminuiu (KELLER et al., 2005).

1.2 O Parasito

O parasito é eliminado pelo hospedeiro em forma de ovos, larvas ou cistos

juntamente com suas excretas como fezes, urina ou catarro, contaminando assim o

Page 14: ANA LÚCIA NOCH DE OLIVEIRA ANÁLISE DE …

14

ambiente e não se multiplicando no meio externo (SILVEIRA, 2016). Podem

apresentar estágios evolutivos que caracterizam fases ou períodos das manifestações

clínicas, podendo estes estágios ocorrerem no ambiente ou no hospedeiro parasitado

que pode ser o homem ou animal (TOSCANI et al., 2007).

As enteroparasitoses intestinais podem ser helmínticas ou protozooses. Os

helmintos são seres pluricelulares tendo como maiores representantes os

nematelmintos, ou vermes arredondados, e os platelmintos, ou conhecidos como

vermes achatados (NEVES, 2003).

Segundo NEVES, 2003 dentre os nematelmintos inclui-se a classe

Nematoda, Ascaris lumbricoides, Strongiloides stercoralis, Acylostoma duodenale,

Necatur americanos, Enterobius vermiculares, Trichuris trichiura e Wuchereria

bancrofti. Platelmintos inclui as classes Trematoda (Schistosoma mansoni agente da

esquistossomose mansônica) e Cestoda (Taenia solium e Taenia saginata, agentes

da teníase).

Os helmintos são encontrados frequentemente em lugares com clima

quente e úmido, onde a população se encontra em condições higiênicas precárias (DE

SOUZA; MAMEDE-NASCIMENTO; DOS SANTOS, 2007).

O desenvolvimento dos ovos ocorre em ambientes úmidos e sombreados,

onde permanecem infectantes por meses (DE SOUZA; MAMEDE-NASCIMENTO;

DOS SANTOS, 2007).

Os protozoários são seres eucarióticos, unicelulares sendo os parasitas

mais comuns a Giardia lamblia, agente causador da giardíase e Entamoeba histolytica

agente da amebíase (NEVES, 2003).

Principais parasitos intestinais ocorridos em crianças:

1.2.1 Giardia lamblia

Giardia lamblia ou Giardia intestinalis é um protozoário flagelado de

distribuição cosmopolita identificado nos exames fecais (FRANCO, 2007). Durante

seu ciclo apresenta duas formas o trofozoíto e o cisto. Os trofozoítos possuem formato

de corpo periforme, disco suctorial, simetria bilateral, dois núcleos, quatro flagelos

mede 10μm de largura e 20μm de comprimento. Os cistos possuem de dois a quatro

núcleos, axonema e o corpo parabasal (REY, 2002).

Page 15: ANA LÚCIA NOCH DE OLIVEIRA ANÁLISE DE …

15

Segundo SAVIOLI; SMITH e THOMPSON (2006), o protozoário Giardia

spp. se destaca entre as doenças infeccionas mais negligenciadas. Indivíduos

infectados sintomáticos são submetidos a tratamento, no entanto indivíduos

assintomáticos apresentam grande importância para saúde pública, por serem fontes

da produção de cistos podendo fazer ainda a contaminação de outras pessoas

(FRANCO, 2007).

Para Neto et al. (2008), o ciclo de vida se inicia com a ingestão de alimentos

ou água contendo cistos maduros, no estômago devido a presença de ácido ocorre o

desencistamento onde há a liberação de dois trofozoítos binucleados que iram habitar

o jejuno e o duodeno, irão se multiplicar por divisão binária longitudinal e colonizar o

intestino. Estes trofozoítos irão se fixar a mucosa intestinal e após um tempo irão

retornar ao processo de encistamento formando novos cistos que poderão ser

excretados com as fezes.

FIGURA 1 - Trofozoíto da Giardia lamblia

Fonte: MD.SAÚDE, 2019.

1.2.2 Entamoeba sp.

Conhecida como amebas, podem exercer o comensalismo ou parasitismo.

Tanto os cistos (forma infectante) como os trofozoítos (presente no intestino grosso)

podem ser encontrados nas fezes. Devido a similitude dos cistos de E. histolytica e de

E. coli o diagnóstico deve ser feito através da análise da morfologia e do número de

núcleos do organismo (MARINHO, 2008).

A amebíase é definida como infecção que atinge o homem causada pela

E. histolytica podendo ser assintomática ou sintomática (BERTO et al., 2015). O ciclo

se inicia com a ingestão água ou alimentos contaminados, os cistos maduros no

intestino com as condições favoráveis como temperatura ideal, irão liberar trofozoítos

Page 16: ANA LÚCIA NOCH DE OLIVEIRA ANÁLISE DE …

16

que por divisão binária irão se multiplicar e formar oito trofozoítos uninucleados que

irão continuar a multiplicação e colonizar o intestino grosso, se alimentando de

bactérias e detritos (NETO et al., 2008).

A forma de trofozoíto pode penetrar na mucosa do intestino e ocasionar

úlceras intestinais ou em outros órgãos como pulmão, fígado, rim até mesmo no

cérebro em casos raros (SILVA; GOMES, 2005).

No gênero Entamoeba sp. existem três espécies morfologicamente

parecidas que parasitam os seres humanos: E. histolytica, E. dispar e E. moshkovskii.

Porém somente a E. histolytica é patogênica já as outras espécies são comensais do

intestino humano (ALI; CLARK; PETRI JR, 2008).

FIGURA 2 - E. histolytica: cisto

Fonte: MD. SAÚDE, 2019.

1.2.3 Ascaris lumbricoides

O Ascaris lumbricoides é um helminto comum em infecções humanas, este

nematelminto popularmente chamado de lombriga é responsável pela ascaridíase que

acomete aproximadamente um quarto da população mundial (DE SILVA; CHAN;

BUNDY, 1997).

Verme arredondado com maior tamanho que se pode parasitar o intestino

delgado do ser humano, podendo manifestar vários sintomas dependendo do estágio

de desenvolvimento e o local que está alojado, onde pode passar pelo fígado e pulmão

(ZAVALA; VEJA, 2002).

A ascaridíase pode provocar diversos sintomas como febre, manifestações

alérgicas, bronquite, pneumonia, má absorção da vitamina A e de outros 89 nutrientes

assim interferindo no crescimento da criança (BETHONY et al., 2006).

Page 17: ANA LÚCIA NOCH DE OLIVEIRA ANÁLISE DE …

17

A pessoa infectada pode liberar milhares de ovos de Ascaris lumbricoides

através das fezes, estes podem contaminar alimentos e água. A transmissão pode

ocorrer quando um indivíduo ingere acidentalmente ovos presentes no ambiente

(PINHEIRO, 2017).

Após a liberação dos ovos imaturos no solo pelo hospedeiro, irão passar

por dois processos de maturação até se transformar no ovo infectante, fase L3. Após

ingeridos eclodem no estômago liberando larvas que atravessam a parede intestinal,

migrando para o sistema porta hepático para o fígado. Após penetram na corrente

sanguínea e direcionam para os pulmões para iniciar um novo ciclo, tornando-se larva

para o L4 e L5. Após a maturação iram atravessar os bronquíolos e subir pela traqueia

e laringe, onde são deglutidas e retornam para o estômago e sucessivamente para o

intestino, onde ocorre a última muda tornando-se larvas jovens. Após o

desenvolvimento as fêmeas iniciam a liberação de ovos, onde são liberados com as

fezes (NETO et al. 2008).

O diagnóstico é laboratorial, através da identificação de ovos nas fezes ou

reconhecimento através das características do verme adulto com auxílio de um

microscópio, que pode ser encontrado nas fezes, ou passar através da boca ou nariz.

No tratamento pode ser utilizados medicamentos como Albendazol ou Mebendazol ou

até anti-helmínticos (INNOCENTE; OLIVEIRA; GEHRKE, 2009).

FIGURA 3 - Ascaris lumbricoides: ovo fértil e infértil

A- Ovo de Ascaris lumbricoides fértil; B- Ovo de Ascaris lumbricoides infértil.

Fonte: ATLAS ELETRÔNICO DE PARASITOLOGIA (201?).

1.2.4 Trichuris trichiura

Trichuris trichiura é o nematoide que causa a doença chamada tricuríase

no ser humano. Podendo ser assintomática quando há presença de poucos vermes e

quando ocorre o aumento dos mesmos, podem aparecer sintomas como dor de

A B

Page 18: ANA LÚCIA NOCH DE OLIVEIRA ANÁLISE DE …

18

cabeça, diarreia, vômito, anemia e anorexia (ZAVALA; VEJA, 2002). Medindo

aproximadamente de 3 a 5 centímetros de comprimento (NEGRÃO-CORRÊA, 2005).

O ciclo é simples, o período de evolução pode variar entre 7 e 21 dias,

dependendo das condições do solo. Os ovos passam pelo solo para torna-se

embrionário e infeccioso. Tendo maior prevalência em regiões tropicais e subtropicais

(DEVERA et al., 2000).

A fêmea é ovípara ao ser fertilizada, ela pode ovopositar entre 3.000 e

20.000 ovos por dia. O macho possui espícula e uma bolsa copulatória. Os ovos

possuem a cor acastanhada, em forma de barril com dois pólos em forma de alfinete.

Os ovos podem permanecer de meses até anos no solo (GOMEZ, 201?).

FIGURA 4 - Trichuris trichiura: ovo

Fonte: MD. SAÚDE, 201?.

1.2.5 Ancilostomídeos

Ancilostomídeos são helmintos que se evoluirão adaptando-se aos homens

(REY, 2001).

A ancilostomíase é conhecida popularmente como a doença do amarelão.

Os sintomas variam de acordo com a intensidade da infeção. Os ovos dos

ancilostomídeos são liberados pelo homem infectado através das fezes, quando em

ambiente com umidade e temperatura elevada passa para a fase de larvária. Na forma

filarióide essas larvas penetram na pele, mucosa ou pela boca, após a penetração

alcançam a circulação sanguínea ou linfática onde se aloja no pulmão ou coração

(NEVES, 2005).

O principal sintoma de ancilostomose é a anemia. O Necator americanus

pode sugar de dois a três mililitros de sangue por dia (REY, 2001).

Page 19: ANA LÚCIA NOCH DE OLIVEIRA ANÁLISE DE …

19

FIGURA 5 - Ancilostomídeo: ovo

Fonte: ATLAS ELETRÔNICO DE PARASITOLOGIA, 201?.

1.2.6 Enterobius vermicularis

Parasito intestinal encontrado no homem, onde o principal sintoma é o

aparecimento de prurido na região anal.

Conhecido como oxiúros, esse nematódeo mede de 0,3 a 1,0 cm (NEVES,

2005).

A transmissão ocorre através da ingestão de ovos liberados pela fêmea

(FERREIRA et al, 1985). Os ovos possuem um aspecto de “D” possuindo uma

membrana dupla, transparente e lisa (NEVES, 2016). Quando ocorre a ingestão de

ovos, os mesmos eclodem no intestino delgado e após migram através da mucosa

intestinal até o ceco e o intestino grosso e se mantem ali até atingirem a maturidade.

Não havendo a reinfecção os mesmos são eliminados (NEVES, 2005).

As larvas adultas são filiformes, possuem asas cefálicas, com coloração

branca. São dimórficas, fêmeas são maiores com cauda pontiaguda e longa e os

machos possuem uma cauda recurvada em sentido ventral e apresenta espículo

(NEVES, 2016).

FIGURA 6 - Enterobius vermicularis: ovo

Fonte: FUNDAMENTOS BIOLÓGICOS DA PARASITOLOGIA, 201?.

Page 20: ANA LÚCIA NOCH DE OLIVEIRA ANÁLISE DE …

20

1.3 Parasitismo

As diversas formas de associações podem receber variados nomes

dependendo da relação existente entre os seres vivos como parasitismo, mutualismo,

comensalismo, simbiose (FERREIRA, 1973).

Os parasitas intestinais possuem uma relação com outros serem vivos,

onde são os únicos beneficiados pois conseguem abrigo e alimento e aos hospedeiros

restam problemas a sua saúde (MOTA; PENNA; MELO, 2005).

1.4 Prevalência

As parasitoses intestinais são as maiores infecções que acorrem em países

em desenvolvimento ou subdesenvolvimento (PERUZZI et al., 2006). A prevalência

de parasitos intestinais é um grande indicador de status socioeconômico de uma

população (ASTAL, 2004).

Os parasitos estão relacionados a locais com baixa taxa higiênica como

saneamento básico, córregos, esgotos, lagoas onde se encontra uma alta quantidade

de dejetos e fezes eliminadas por pessoas infectadas (DOS SANTOS et al., 1999).

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o saneamento é o

conjunto de ações que possuem como propósito atingir a limpeza ambiental,

saneamento é correspondente a saúde, mas uma saúde pública preventiva que tem

como objetivo dar a população uma vida mais saudável reduzindo os índices de

mortalidade (GUIMARÃES; CARVALHO; SILVA, 2007).

As infecções parasitarias são as maiores causas de morbidade e

mortalidade nos países (ANDREIS; SCHUH; TAVARES, 2008).

Estudos indicam que aproximadamente um terço da população de países

em desenvolvimento vivem em condições facilitadoras para a disseminação de

parasitoses (DE FREITAS MAGALHÃES et al., 2005).

A maior dificuldade no controle de parasitoses são o custo financeiro e as

medidas técnicas, que estão correlacionadas a necessidade de conscientização

sanitária, a falta de saneamento e de ações terapêuticas para que se tenha o controle

das enfermidades parasitarias (ROCHA; BRAZ; CALHEIROS, 2010).

Page 21: ANA LÚCIA NOCH DE OLIVEIRA ANÁLISE DE …

21

As infecções parasitarias possuem uma extensa distribuição demográfica,

sendo encontrada tanto em áreas rurais como áreas urbanas (NORBERG et al.,

2014).

1.5 Parasitoses em crianças

A população infantil é a mais afetada sendo mais elevado o nível de

infecção em crianças de até com 5 anos de idade por conta da ausência de imunidade,

precários hábitos de higiene e da dependência e necessidade de cuidados alheios

(BARÇANTE et al., 2008).

Ambientes coletivos como creches e escolas possuem susceptibilidade a

aumentar e transmitir infecções parasitárias (CARDOSO; SANTANA; AGUIAR, 1995).

Onde se proporciona um grande contato interpessoal, contato com o solo e objetos

sendo inerente pelas crianças nesta idade estarem na fase oral, portanto ocorrendo

circulação e transmissão de agentes patológicos (COLLET et al., 1994). Podendo de

acordo com a gravidade da infecção comprometer seu desenvolvimento físico e

intelectual prejudicando assim o rendimento escolar (SILVA et al., 2017).

A observação de parasitas pode ser através de variadas técnicas como a

de sangue, fezes e o tecido lesado. A identificação de helmintos e protozoários por

meio do material fecal pode ser executado por técnicas como a da sedimentação

espontânea, centrifugação – flutuação, centrifugação simples, flutuação espontânea

ou método direto (EASTERN REGION, OFSÃO, 2012).

Muitas das infecções parasitárias são menosprezadas pelos agentes de

saúde, porém possuem sintomas que causam a morbidade como a infecção

por Giardia lamblia que causa náuseas, vômitos, síndrome da má absorção, diarreia

e perda de peso; a infecção por Enterobius vermicularis pode causar irritação e

distúrbio do sono; a infecção por Ancylostoma duodenale e Necator americanus faz

com que o indivíduo tenha a perda de sangue e anemia; e a infecção por Entamoeba

histolytica pode causar ulcerações intestinais, diarreia sanguinolenta, obstrução

gastrointestinal e peritonite (TOSCANI et al., 2007).

Page 22: ANA LÚCIA NOCH DE OLIVEIRA ANÁLISE DE …

22

1.6 Profilaxia

Algumas medidas de higiene como lavar as mãos e alimentos com água e

sabão neutro podem ser eficazes no combate a infecções parasitarias, devendo ser

concentradas em locais propensos a disseminação de parasitos (BLOOMFIELD,

2001).

A educação em saúde é um caminho de pouco custo e se mostra eficaz

no controle de parasitoses (FERREIRA et al., 2005).

Conforme Luby (2001) em sua revisão de literatura sobre o papel da

lavagem das mãos em países pobres, observou a importância de programas de

educação que promoviam o habito de higiene de lavar as mãos e que o mesmo

influenciava na diminuição da incidência de doenças infecciosas.

Práticas educativas tem se mostrado mais eficientes quanto o

saneamento básico quando aplicada em populações podendo estas possuírem taxas

endêmicas altas ou baixas (PHIRI et al., 2000).

A educação é um meio extremamente importante para a prevenção de

doenças parasitárias. É na escola que ocorre a formação de conceitos, hábitos de

higiene e valores que formam a criança, contribuindo para o desenvolvimento de

atitudes saudáveis (BRASIL, 2006).

Page 23: ANA LÚCIA NOCH DE OLIVEIRA ANÁLISE DE …

23

REFERÊNCIAS

ALI, I. K. M.; CLARK, C. G.; PETRI, W. A. JR. Molecular epidemiology of amebiasis. Infection, Genetics and Evolution, [S.I.], v. 8, n. 5, p. 698-707, set.,

2008. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.meegid.2008.05.004 ANDREIS, A.; SCHUH, G. M.; TAVARES, R. G. Contaminação do solo por parasitas e ocorrência de doenças intestinais. Revista EVS-Revista de Ciências Ambientais e Saúde, Goiânia, v. 35, n. 6, p. 1169-1177, nov./dez., 2008. Disponível em: http://revistas.pucgoias.edu.br/index.php/estudos/article/view/769

ASTAL, Z. Epidemiological survey of the prevalence of parasites among children in Khan Younis governorate, Palestine. Parasitology research, [S.I.], v. 94, n. 6, p. 449-451, dez., 2004. Disponível em: https://doi.org/10.1007/s00436-004-1234-1 ATLAS ELETRÔNICO DE PARASITOLOGIA. Ancylostoma braziliense, [201?]. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/parasite/siteantigo/Imagensatlas/Animalia/Ancylostoma%20braziliense.htm>. Acesso em: 10 mar. 2020.

ATLAS ELETRÔNICO DE PARASITOLOGIA. Ascaris lumbricoides, [201?]. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/parasite/siteantigo/Imagensatlas/Animalia/Ascaris%20lumbricoides.htm>. Acesso em: 10 mar. 2020.

BARÇANTE, T. A. et al. Enteroparasitos em crianças matriculadas em creches públicas do município de Vespasiano, Minas Gerais. Revista de Patologia Tropical/Journal of Tropical Pathology, [S.I.], v. 37, n. 1, p. 32-42, jun., 2008. Disponível em: https://www.revistas.ufg.br/iptsp/article/view/4029

BERTO, A. M. C. et al. Prevalência e aspectos epidemiológicos das enteroparasitoses na população de Gurupi, Tocantins, Goiânia, 2015. Disponível em: https://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/9270 BETHONY, J. et al. Soil-transmitted helminth infections: ascariasis, trichuriasis, and hookworm. The Lancet, [S.I.], v. 367, n. 9521, p. 1521-1532, maio, 2006. Disponível em: https://doi.org/10.1016/S0140-6736(06)68653-4 BLOOMFIELD, S. F. Preventing infectious disease in the domestic setting: a risk-based approach. American journal of infection control, [S.I.], v. 29, n. 4, p. 207-210, ago., 2001. Disponível em: https://doi.org/10.1067/mic.2001.115685 BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Saúde. Brasília, 2006. p. 284 CARDOSO, G. S.; SANTANA, A. D. C.; AGUIAR, C. P. Prevalência e aspectos epidemiológicos da giardíase em creches no município de Aracaju, SE, Brasil. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, [S.I.], v. 28, n. 1, p.

25-31, jan./mar., 1995. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rsbmt/v28n1/05.pdf

Page 24: ANA LÚCIA NOCH DE OLIVEIRA ANÁLISE DE …

24

COLLET, J. P. et al. Type of day-care setting and risk of repeated infections. Pediatrics, [S.I.], v. 94, n. 6, p. 997-999, dez.,1994. Disponível em: https://pediatrics.aappublications.org/content/94/6/997/tab-e-letters DA SILVA, P. L. N. et al. Análise de prevalência parasitológica em amostras fecais de crianças de uma escola da rede pública do estado de Minas Gerais. Revista Contexto & Saúde, [S.I.], v. 17, n. 33, p. 146-154, jul., 2017. Disponível em:

https://revistas.unijui.edu.br/index.php/contextoesaude/article/view/6596 DE FREITAS MAGALHÃES, R. et al. Ocorrência de enteroparasitoses em crianças de creches na Região do Vale do Aço–MG, Brasil. Journal of Health Sciences,

[S.I.], v. 15, n. 3, jul., 2015. Disponível em: https://revista.pgsskroton.com/index.php/JHealthSci/article/view/666 DE SILVA, N. R.; CHAN, M. S.; BUNDY, D. A. P. Morbidity and mortality due to ascariasis: re‐estimation and sensitivity analysis of global numbers at risk. Tropical Medicine & International Health, [S.I.], v. 2, n. 6, p. 513-518, jun., 1997. Disponível

em: https://doi.org/10.1046/j.1365-3156.1997.d01-320.x DE SOUZA, F. D.; MAMEDE-NASCIMENTO, T. L.; DOS SANTOS, C. S. Encontro de ovos e larvas de helmintos no solo de praças públicas na zona sul da cidade do Rio de Janeiro. Revista de Patologia Tropical/Journal of Tropical Pathology,

[S.I.], v. 36, n. 3, p. 247-253, dez., 2007. Disponível em: https://www.revistas.ufg.br/iptsp/article/view/3181 DEVERA, R. A. et al. Prevalencia de Trichuris trichiura y otros enteroparasitos em siete escuelas del área urbana de ciudad Bolivar, estado Bolivar, Venezuela. Saber, v. 12, n. 1, jan., 2000. Disponível em: https://www.researchgate.net/profile/Jose_Nastasi/publication/264239463_PREVALENCIA_DE_Trichuris_trichiura_Y_OTROS_ENTEROPARASITOS_EN_SIETE_ESCUELAS_DEL_AREA_URBANA_DE_CIUDAD_BOLIVAR_ESTADO_BOLIVAR_VENEZUELA/links/53d52bf90cf228d363ea073a.pdf DOS SANTOS, J. F. et al. Estudo das Parasitoses Intestinais na Comunidade Carente dos Bairros Periféricos do Município de Feira de Santana (BA), 1993–1997. Sitientibus, [S.I.], n.20, p.55-67, jan., 1999. Disponível em:

http://www2.uefs.br:8081/sitientibus/pdf/20/estudo_das_parasitoses.pdf EASTERN REGION, O. Estudo da contaminação por parasitas em hortaliças da região leste de São Paulo. Science in health, São Paulo, v. 3, n. 2, p. 96-103, maio,

2012. Disponível em: http://arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/new/revista_scienceinhealth/08_maio_ago_2012/science_02_2012.pdf#page=40 FERNANDES, S. et al. Protocolo de parasitoses intestinais. Acta Pediátrica Portuguesa, [S.I.] v. 43, n. 1, p. 35-41, maio, 2011. Disponível em:

https://d1wqtxts1xzle7.cloudfront.net/53683882/20120530172157_Consensos_Fernandes_S_431.pdf?1498607116=&response-content-disposition=inline%3B+filename%3DConsensos_Fernandes_S_43_1.pdf&Expires=1593103961&Signature=aQWL03rMjP6r566J2ljhLaHns55NFwZxcZICkh0WE7vrrRfDFVU9i7NxqUV-

Page 25: ANA LÚCIA NOCH DE OLIVEIRA ANÁLISE DE …

25

3M6xfG7nCyRsMzJysl7k815fMwiOlpy8Xu54fpk6HYujqBNc4OSNgNsQZo138DLvGotI5a2M4W1ZQWX2mkPUX8GhzqDQTsRJtEANeWmEB5Irn0jVO5eCdJMFeKKc9-eEGVVxGQ4qdRrgYOLMsRBllV9~O7s8iOKUQ4FW~FkX9Eyicw6sZXmh8zG1YUvcqlrOapuXnnoCiNPIYhaSxvbmwcc87~hCL-LWtppuYT0IwVLWfUHfoHYjzGuGFxaiS0Xa8-FaUPYO2vpsnyS1UFMJXZ~BHw__&Key-Pair-Id=APKAJLOHF5GGSLRBV4ZA FERREIRA, G. R. et al. Alguns aspectos socioeconômicos relacionados a parasitoses intestinais e avaliação de uma intervenção educativa em escolares de Estiva Gerbi, SP. Revista da sociedade brasileira de medicina tropical, São Paulo, set., 2005. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rsbmt/v38n5/a08v38n5.pdf FERREIRA, L. F. et al. Infecção por Enterobius vermicularis em população pré-colombianas no Chile. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 1, p. 112-

113, jan., 1985. Disponível em: https://www.scielosp.org/pdf/csp/1985.v1n1/112-113/pt FERREIRA, L. F. O fenômeno parasitismo. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, [S.I.], v. 7, n. 4, p. 261-277, jul., 1973. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rsbmt/v7n4/06.pdf FRANCO, R. M. B. Protozoários de veiculação hídrica: relevância em saúde pública. Rev Panam Infectol, [S.I.] v. 9, n. 4, p. 36-43, ago., 2007. Disponível em: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/artigos_teses/2011/ciencias/03protozoarios_veiculacao_hidrica.pdf FUNDAMENTOS BIOLÓGICOS DA PARASITOLOGIA. [201?]. Disponível em: <http://www.icb.usp.br/~livropar/img/capitulo9/16.html. html>. Acesso em: 11 mar. 2020.

GOMEZ, V. Trichuris trichiura: características, morfología, ciclo de vida. [201?]. Disponível em: http://www.lifeder.com/trichuris-trichiura/.html. Acesso em: 24 jan. 2020. GUILHERME, A. L. F. et al. Prevalência de enteroparasitas em horticultores e hortaliças da Feira do Produtor de Maringá, Paraná. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, [S.I.], v. 32, n. 4, p. 405-411, jul., 1999. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rsbmt/v32n4/0821.pdf GUIMARÃES, C. e S. Saneamento Básico, 2007. Disponível em:

http://www.ufrrj.br/institutos/it/deng/leonardo/downloads/APOSTILA/Apostila%20IT%20179/Cap%201.pdf. Acesso em: jan. 2020. INNOCENTE, M.; OLIVEIRA, L. A.; GEHRKE, C. Surto de ascaridíase intradomiciliar em região central urbana, Jacareí, SP, Brasil, junho de 2008. BEPA. Boletim Epidemiológico Paulista (Online), v. 6, n. 62, p. 12-16, 2009. Disponível em: http://periodicos.ses.sp.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-42722009000200002&lng=p&nrm=iso&tlng=pt

Page 26: ANA LÚCIA NOCH DE OLIVEIRA ANÁLISE DE …

26

KELLER, R. et al. Hydroponic cultivation of lettuce (Lactuca sativa) using effluents from primary, secondary and tertiary+ UV treatments. Water Science and Technology: Water Supply, [S.I.], v. 5, n. 1, p. 95-100, mar., 2005. Disponível em:

https://doi.org/10.2166/ws.2005.0012 LUBY, S. The role of handwashing in improving hygiene and health in low-income countries. American Journal of Infection Control, [S.I.], v. 29, n. 4, p. 239-240,

ago., 2001. Disponível em: https://doi.org/10.1067/mic.2001.115678 MARINHO, J. A. Prevalência das parasitoses intestinais e esquistossomose no município de Piauí-Minas Gerais. 2008. Monografia. Universidade Federal de Juiz

de Fora. Disponível em: https://www.ufjf.br/parasitologia/files/2010/04/MONOGRAFIA-Juliane.pdf MD.SAÚDE. Entamoeba histolytica, 2019. Disponível em: https://www.mdsaude.com/doencas-infecciosas/parasitoses/ameba-entamoeba-histolytica/. Acesso em: 04 mar. 2020. MD.SAÚDE. Giardia lamblia, 2019. Disponível em: https://www.mdsaude.com/doencas-infecciosas/parasitoses/giardiase/. Acesso em: 04 mar. 2020. MD.SAÚDE. Tricuríase, 2019. Disponível em: https://www.mdsaude.com/doencas-infecciosas/parasitoses/tricuriase/. Acesso em: 04 mar. 2020. MOTA, J.A.C.; PENNA, F.J.; MELO, M.C.B. Parasitoses intestinais. In: LEÃO, E.; CORRÊA, E.J.; VIANA, M.B.; MOTA, J.A.C. Pediatria Ambulatorial. Belo Horizonte: Coopmed. Belo Horizonte, 2005. Disponível em: https://ares.unasus.gov.br/acervo/handle/ARES/9327 NEGRÃO-CORRÊA, D.A. Trichuris trichiura e Outros trichuridas. In: NEVES, D.P. Parasitologia Humana. 11º edição. São Paulo: Editora Atheneu, cap. 34, p.289-

298, 2005. NETO, V. A., et al. Parasitologia: uma abordagem clínica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. NEVES, David Pereira. Parasitologia Humana. 10. ed. São Paulo: Atheneu; 2003.

NEVES, David Pereira. Parasitologia Humana. 11ª ed. São Paulo: Atheneu; 2005.

p.494. NEVES, David Pereira. Parasitologia Humana. 13ª ed. São Paulo: Atheneu, 2016. NORBERG, A. N. et al. Protozoários e helmintos em interação com idosos albergados em lares geriátricos no Estado do Rio de Janeiro, Brasil. Revista Uniabeu, Belford Roxo, v. 7, n. 16, p. 103-112, maio, 2014. Disponível em: https://core.ac.uk/download/pdf/268395881.pdf ONO, L. M. et al. Ocorrência de helmintos e protozoários em hortaliças cruas comercializadas no município de Guarapuava, Paraná, Brasil. Semina: Ciências

Page 27: ANA LÚCIA NOCH DE OLIVEIRA ANÁLISE DE …

27

Agrárias, Londrina, v. 26, n. 4, p. 543-546, out., 2005. Disponível em:

https://www.redalyc.org/pdf/4457/445744078010.pdf PERUZZI, S. et al. Prevalence of intestinal parasites in the area of Parma during the year 2005. Acta Bio Medica Atenei Parmensis, [S.I.], v. 77, n. 3, p. 147-151, 2006.

Disponível em: http://citeseerx.ist.psu.edu/viewdoc/download?doi=10.1.1.837.4071&rep=rep1&type=pdf PHIRI, K. et al. Urban/rural differences in prevalence and risk factors for intestinal helminth infection in southern Malawi. Annals of Tropical Medicine & Parasitology,

[S.I.], v. 94, n. 4, p. 381-387, mar., 2000. Disponível em: https://doi.org/10.1080/00034983.2000.11813553 PINHEIRO, P. Ascaridíase – Ascaris lumbricoides, 2016. Disponível em:

<http://www.mdsaude.com/2014/01/ascaris-lumbricoides. Acesso em: 17 jan. 2020. PREDROSO, R. S.; SIQUEIRA, R. V. Pesquisa de cistos de protozoários, larvas e ovos de helmintos em chupetas. J Pediatr (Rio J), v. 73, n. 1, p. 21-25, 1997.

Disponível em: https://pdfs.semanticscholar.org/d55a/415ad8d9e06c0bb383161ed8e7ee7a0ee734.pdf REY, L. Bases da Parasitologia Médica. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. REY, L. Um século de experiência no controle da ancilostomíase. Rev Soc Bras Med Trop, Uberaba, v. 34, n. 1, p. 61-7, jan., 2001. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0037-86822001000100010&script=sci_arttext ROCHA, T. J. M.; BRAZ, J. C.; CALHEIROS, C. M. L. Parasitismo intestinal em uma comunidade carente do município de barra de Santo Antônio, estado de Alagoas. Revista Eletrônica de Farmácia, [S.I.], v. 7, n. 3, p. 6-6, jul., 2010. Disponível em: https://www.revistas.ufg.br/REF/article/view/12893/8450 SAVIOLI, L.; SMITH, H.; THOMPSON, A. Giardia and Cryptosporidium join the ‘neglected diseases initiative’. Trends in parasitology, [S.I.], v. 22, n. 5, p. 203-208, maio, 2006. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.pt.2006.02.015 SILVA, E.F., GOMES, M.A. Amebíase: Entamoeba histolytica/ Entamoeba

dispar. In: NEVES, D.P. Parasitologia Humana. 11º edição. São Paulo: Editora Atheneu, cap.15, p.127-138, 2005. SILVA, J. C. et al. Parasitismo por Ascaris lumbricoides e seus aspectos epidemiológicos em crianças do estado do Maranhão. Rev Soc Bras Med Trop, [S.I.], v. 44, n. 1, p. 100-2, jan./fev., 2011. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rsbmt/v44n1/22.pdf

Page 28: ANA LÚCIA NOCH DE OLIVEIRA ANÁLISE DE …

28

SILVEIRA, T. Z. Abordagem das parasitoses intestinais no município de Santa Rita do Ituêto-Elaboração de um plano de ação, Minas Gerais, 2016. Disponível em: https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-9K9Q4A/1/abordagem_das_parasitoses_intestinais_no_munic_pio_de_santa_rita_do_itu_to____elabora__o_de_um_plano_de_a__o.pdf THYSSEN, P. J. et al. O papel de insetos (Blattodea, Diptera e Hymenoptera) como possíveis vetores mecânicos de helmintos em ambiente domiciliar e peridomiciliar. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 20, p. 1096-1102,

jul./ago., 2004. Disponível em: https://www.scielosp.org/pdf/csp/2004.v20n4/1096-1102/pt TOSCANI, N. V. et al. Desenvolvimento e análise de jogo educativo para crianças visando à prevenção de doenças parasitológicas. Interface-Comunicação, Saúde, Educação, [S.I.], v. 11, p. 281-294, maio/ago., 2007. Disponível em:

https://www.scielo.br/pdf/icse/v11n22/08.pdf ZAVALA, J. T.; VEGA, J. T. S. Características de protozoarios y helmintos capaces de causar diarrea aguda en humanos. Revista de la Facultad de Medicina UNAM,

[S.I.], v. 45, n. 2, p. 64-70, mar./abr., 2002. Disponível em: https://www.medigraphic.com/pdfs/facmed/un-2002/un022e.pdf

Page 29: ANA LÚCIA NOCH DE OLIVEIRA ANÁLISE DE …

28

2 ARTIGO

ANÁLISE DE ENTEROPARASITOSES EM CRIANÇAS

DE 3 A 4 ANOS EM UMA ESCOLA DA REDE PARTICULAR DE

ENSINO DA CIDADE DE APUCARANA, PR

ANALYSIS OF ENTEROPARASITOSIS IN CHILDREN OF 3 TO 4

YEARS OLD IN A SCHOOL OF THE PRIVATE TEACHING

NETWORK OF THE CITY OF APUCARANA, PR

Ana Lúcia Noch de Oliveira1

Bárbara Melina Viol Barreto2

1 Discente do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas na Faculdade de

Apucarana (FAP)

2 Licenciatura em Ciências Biológicas (FAP); Especialista em Biologia aplicada a

Saúde (UEL); Mestre em Ciências da Saúde (UEM)

Revista Ciência e Saúde da Faculdade da Faculdade de Enfermagem, Nutrição e

Fisioterapia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.

Correspondência:

Ana Lúcia Noch de Oliveira

Rua Rosa Ribeiro Zacarias, 528

E-mail: [email protected]

Número de figuras: 2

Número de tabelas: 2

Número de palavras: 2188

Page 30: ANA LÚCIA NOCH DE OLIVEIRA ANÁLISE DE …

29

RESUMO

O presente artigo teve como objetivo analisar os casos de parasitologia intestinal

em crianças na faixa etária de três a quatro anos em uma escola da rede particular de

ensino do município de Apucarana no estado do Paraná, através de uma pesquisa de

campo com base na análise de fezes por meio do método de Hoffman, Pons e Janer ou

Lutz. A parasitologia é o estudo de parasitos que podem hospedar tanto os seres humanos

quanto os animais. As parasitoses intestinais constituem um tipo de endoparasitismo

frequente em pessoas que estão expostas a ruins condições sanitárias. Os resultados das

amostras foram negativos para todas as amostras, não se encontrando nenhum ovo ou

cisto de parasitos nesta pesquisa. Concluindo-se que as crianças pesquisadas se

encontram em locais onde as condições sanitárias são adequadas e o grau de instrução

dos pesquisados e de seus responsáveis são elevados.

Palavras-chave: infância; parasitos; higiene.

Page 31: ANA LÚCIA NOCH DE OLIVEIRA ANÁLISE DE …

30

ABSTRACT

This article aimed to analyze the cases of intestinal parasitology in children aged

three to four years in a private school in the city of Apucarana in the state of Paraná, through

field research based on the analysis of feces using the method of Hoffman, Pons and Janer

or Lutz. Parasitology is the study of parasites that can host both humans and animals.

Intestinal parasitosis is a type of endoparasitism that is frequent in people who are exposed

to poor sanitary conditions. The results of the samples were negative for all samples, with

no eggs or cyst of parasites found in this research. In conclusion, the children surveyed are

in places where sanitary conditions are adequate and the level of education of those

surveyed and their guardians is high.

Keyword: childhood; parasites; hygiene.

Page 32: ANA LÚCIA NOCH DE OLIVEIRA ANÁLISE DE …

31

2.1 INTRODUÇÃO

Na natureza existem vários tipos de associações entre os seres vivos, algumas

que pode afetar um dos organismos, como a simbiose e outras onde um dos seres são

afetados como o predatismo e canibalismo. O parasitismo é um tipo de associação

simbiótica que possui uma relação benéfica para o parasito, no qual o hospedeiro abriga o

parasito proporcionando ao mesmo proteção e obtenção de alimento1.

Diante das relações entre diferentes seres vivos, os parasitas podem ser

classificados como ectoparasitas, ou seja, aqueles em que vivem fora do hospedeiro; e

endoparasitas, que se abrigam dentro do hospedeiro1. Pode-se mencionar as

enteroparasitoses, que segundo Berto2 “são definidas como doenças causadas por

parasitos que habitam normalmente o intestino do hospedeiro”.

A prevalência de parasitos intestinais é um grande indicador de status

socioeconômico de uma população3. Alguns fatores são indispensáveis para que ocorra a

infecção, como as condições que hospedeiro se encontra como a idade, fatores genéticos,

estado nutricional, culturais e comportamentais, o parasito, quanto a resistência ao sistema

imune do hospedeiro e os mecanismos de escape vinculados às transformações

bioquímicas e imunológicas verificadas ao longo do ciclo, e o meio ambiente no que tange

a falta de saneamento básico, e a má higiene pessoal4,5.

Os endoparasitas intestinais incluem um grande grupo de microrganismo, onde

os protozoários e helmintos sendo os maiores representantes6. Dentre os protozoários

mais comuns a Entamoeba histolytica e Giardia lamblia, entre os helmintos se destacam os

nematelmintos como Ascaris lumbricoides e Trichuris trichiura e Ancilostomídeos, Necator

americanus e Ancylostoma duodenale7.

A infecção pode ocorrer pela ingestão de ovos de helmintos ou cistos de

protozoários, ou através da penetração de larvas de helmintos pela pele ou mucosa. Os

vermes eliminam seus ovos ou cistos junto com as fezes dos seres humanos contaminando

o solo e o ambiente, podendo ser arrastados por correntes de água ou levados pela poeira

aos alimentos onde podem ser ingeridos8.

Segundo Da Silva e Dos Santos9, no Brasil os helmintos podem ser encontrados

tanto em zonas rurais como urbanas e em vários estados, com intensidade variável,

diversificando de espécie para espécie, prevalecendo onde são mais precárias as

condições socioeconômicas da população.

Mesmo com as modificações e melhoramento das condições de vida que o Brasil

tenha passado, as parasitoses intestinais ainda são consideradas endêmicas em diversas

áreas do país, constituindo um problema relevante de Saúde Pública10.

Page 33: ANA LÚCIA NOCH DE OLIVEIRA ANÁLISE DE …

32

A grande dificuldade no controle das verminoses, além da falta de recursos

financeiros e das medidas técnicas, é a falta de projetos de educação sanitária com o

envolvimento da comunidade11. Grande parte das mortes por este tipo de infecção

poderiam ser evitadas no Brasil se as investigações não fossem tão negligenciadas12.

No Brasil as crianças são as mais acometidas por esse tipo de infecção, podendo

apresentar sintomas como diarreia, obstrução intestinal, anemia, podendo interferir na

concentração, comprometendo assim seu aprendizado13. Outro fator que pode ser

considerado é a frequente demanda de mulheres ingressando no mercado de trabalho, a

cada dia, mais crianças frequentam a escola nos seus anos iniciais de vida, sendo mais

propensas a infecções por passarem maior parte do seu tempo, do que aquelas que se

mantém em sua residência devido ao alto contato propiciado pelos ambientes,14.

Conforme diz Silva e Gonçalves da Silva15, na literatura inúmeros relatos de

enteroparasitoses em crianças que frequentam creches, destacam a importância de se

estudar estes tipos de infecções.

Segundo Komagome16, a água de boa qualidade em instituições de ensino

contribui para prevenção de enteroparasitos, sendo essa prevenção potencializada quando

está associada com uma rede de esgoto equivalente.

Assim o presente estudo tem como objetivo analisar os casos de parasitologia

intestinal em crianças na faixa etária de três a quatro anos em uma escola da rede particular

de ensino do município de Apucarana - PR.

Page 34: ANA LÚCIA NOCH DE OLIVEIRA ANÁLISE DE …

33

2.2 METODOLOGIA

Foi realizado uma análise através do exame parasitológico de fezes utilizando o

método de Hoffman, Pons e Janer ou Lutz (sedimentação espontânea). O local de coleta

da pesquisa foi em uma escola particular do município de Apucarana no estado do Paraná,

em uma sala de 15 crianças, porém foram somente analisados 11 amostras em crianças

entre a faixa etária de três a quatro anos.

Para a realização da coleta das amostras foram distribuídos aos responsáveis

pelas crianças coletores de fezes e os mesmos foram orientados quanto ao manuseio e os

procedimentos para a coleta do material. A criança poderia defecar em um lugar seco e

limpo, como penico ou uma folha de papel, as fezes foram colocadas no coletor com ajuda

de uma espátula ou palito de picolé, até preencher o meio do frasco. As fezes foram

colhidas logo após a criança defecar, o frasco continha nome e data. Orientou-se lavar as

mãos com água e sabão logo após a coleta. A amostra foi entregue na data marcada. Sendo

analisado em até 24 horas após a coleta no laboratório de Parasitologia da Faculdade de

Apucarana.

O método consistiu em:

1. Colocar 2 gramas de fezes em um frasco Borrel (podendo ser substituído por

copo plástico descartável), com cerca de 5 ml de água para homogeneizar com auxílio de

bastão de vidro ou palito de picolé.

2. Acrescentar mais 20 ml de água.

3.Filtrar a suspensão para um cálice cônico de 200 ml de capacidade, por

intermédio de tela metálica ou de náilon com cerca de 80 a 100 malhas por cm², ou gaze

cirúrgica dobrada em quatro; os detritos retidos são lavados com mais 20 ml de água,

agitando-se constantemente com o bastão de vidro, devendo o liquido da lavagem se

recolhido no mesmo cálice.

4. Completar o volume do cálice com água.

5. Deixar essa suspensão em repouso entre 2 a 4 horas.

6. Após esse tempo, observar o aspecto do liquido sobrenadante, tomando uma

das duas condutas:

a) se o líquido estiver turvo descartá-lo cuidadosamente sem levantar ou perder

o sedimento, colocar mais água até o volume anterior e deixar em repouso por mais 60

minutos;

b) se o líquido estiver límpido e sedimento bom colher uma amostra do

sedimento para exame.

7.Existem duas técnicas para se colher o sedimento para exame:

Page 35: ANA LÚCIA NOCH DE OLIVEIRA ANÁLISE DE …

34

a) introduzir uma pipeta obliterada pelo dedo indicador até o sedimento contido

no fundo do cálice, retirar o dedo e deixar subir uma pequena porção do sedimento;

recolocar o dedo e retirar a pipeta;

b) desprezar o líquido sobrenadante cuidadosamente, homogeneizar o

sedimento e colher uma gota do mesmo (esse procedimento é melhor, pois a gota colhida

é mais representativa do sedimento).

8. Colocar parte do sedimento numa lâmina e fazer um esfregaço. O uso de

lamínulas é facultativo. Examinar com as objetivas de 10x e/ou 40x. Deve-se examinar, no

mínimo, duas lâminas de cada amostra.

Para a viabilização do trabalho esta pesquisa foi encaminhada e autorizada pelo

Comitê de ética em Pesquisa com seres Humanos da Faculdade de Apucarana com a

aprovação sob número do Parecer: 3.548.568. Posteriormente os responsáveis pelas

crianças foram informados dos objetivos do mesmo e um Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido que foi assinado por cada responsável de cada criança avaliada.

Também foi aplicado aos responsáveis das crianças um questionário a fim de

levantar informações dos hábitos pessoais e socioculturais.

Ao final da pesquisa, foi proporcionado atividades e narração de história

idealizada pela autora do trabalho, como ações de medidas profiláticas. Os resultados dos

exames foram repassados em reunião ao final da pesquisa.

Page 36: ANA LÚCIA NOCH DE OLIVEIRA ANÁLISE DE …

35

2.3 RESULTADOS

Durante os meses de setembro e dezembro foram examinadas 22 amostras

correspondente a 44 lâminas, coletados de 11 crianças com idades entre 3 e 4 anos que

frequentavam uma escola da rede particular de ensino da cidade de Apucarana, PR no ano

de 2019. Dentre 4 são do gênero masculino e 7 pertencem ao gênero feminino. As outras

crianças não conseguiram participar pois não conseguiram fazer as coletas. Durante este

período os resultados foram negativos para todas as amostras. Foram realizadas atividades

de conscientização como narração de história como medidas profiláticas e também

conscientização dos responsáveis sobre identificação e tratamento de parasitoses (Figura

2).

No que diz respeito aos resultados do questionário socioeconômico, cultural,

ambiental e comportamental realizado com as famílias das crianças avaliadas pode-se

observar 100% das famílias residem na área urbana da cidade de Apucarana, Paraná.

De acordo com o questionário e através dos dados da tabela 1, pode-se observar

um número demasiado de crianças que nunca fizeram um exame parasitológico de fezes.

Sendo o primeiro realizado durante esta pesquisa.

Conforme o questionário aplicado observou-se que a procedência da água

usada para o consumo pelas famílias das crianças da pesquisa, vem das torneiras, onde é

utilizado a filtração como meio de tratamento.

As verduras e frutas utilizadas para o consumo são adquiridas de supermercados

e sacolões, onde todas as famílias pesquisadas relataram fazer a higienização da mesma

antes do consumo.

A presença de animais domésticos em casa 9 das famílias pesquisadas

alegaram não possuir e 4 possuem. Dentre estas últimas 1 família tem gatos e as outras 3

famílias cães. Quanto ao destino dos dejetos produzidos nas respectivas residências,11

famílias possuem a rede de esgoto e outras 2 possuem fossa em casa.

Conforme a Tabela 2 sobre os hábitos diários, 30,76% das famílias assinalaram

que possuem o costume de andar descalço em casa, 38,46% ás vezes e 30,76% não

possuem este costume. Com o contato com terra, 7,69% disseram que sempre um membro

da família manuseia, 53,84% às vezes e 38,46% não manuseiam a terra em nenhum

momento. Quando a questão sobre nadar com frequência, 38,46% nadam geralmente em

clubes e chácaras e 61,53% não nadam com frequência.

Page 37: ANA LÚCIA NOCH DE OLIVEIRA ANÁLISE DE …

36

2.4 DISCUSSÃO E CONSIDERAÇÕES FINAIS

As práticas educativas levam as pessoas a redução e prevenção das

enteroparasitoses, quando associadas às condições de moradia e saneamento

adequadas7.

O predomínio de parasitas intestinais nesta pesquisa foi baixa quando

comparada a outras pesquisas envolvidas nesta área.

Conforme demonstrado no trabalho de Basso et al.17 em sua pesquisa os

principais parasitos encontrados entre os anos de 1969 a 2004 foram os Ascaris

lumbricoides, Trichuris trichiura e Enterobius vermiculares; dentre os protozoários foram

observados Giardia lamblia e Entamoeba coli. Houve durante estes anos de pesquisa uma

regressão de 89% de casos positivos no ano de 1969, para 37% de casos no ano de 2004.

Sá-Silva et al.8 em sua pesquisa desenvolvida em uma escola municipal de

educação infantil com alunos de faixa etária entre 3 a 6 anos, localizada na zona rural da

cidade no ano de 2010, analisaram 76 materiais fecais que apresentaram positividade de

64,39% referentes a 49 amostras. Sendo o gênero masculino o mais infectado por estes

parasitas. Dentre os parasitos encontrados, as frequências foram protozoários: Entamoeba

coli (32,05%), Giardia lamblia (23,07%), Entamoeba histolytica/dispar (7,69%), Endolimax

nana (1,28%) e Iodamoeba butchilli (1,28%); e helmintos: Ascaris lumbricoides (19,21%),

Tricuris trichiura (12,82%) e Strongyloides stercoralis (2,6%).

Soares18 em sua pesquisa analisou amostras fecais de crianças de 1 a 4 anos

de uma creche municipal localizada no Distrito federal no ano de 2016, onde foram

analisadas 90 amostras de 30 crianças, destas análises 10 (33,3%) apresentavam

resultados positivos para os parasitos intestinais. Dentre essas 10 amostras positivas, 8

amostras foram positivas para cisto de Giardia lamblia (80%) e 2 amostras positivas para

cisto de Entamoeba coli (20%). Onde 6 destas amostras eram crianças do sexo masculino,

podendo este resultado ser justificado pois os meninos são mais ativos tendo maior contato

com o ambiente externo e subsequentemente ao solo, já as meninas possuem um menor

contato com o ambiente exterior.

Reuter et al.19 em sua pesquisa em uma creche da cidade de Caxias do Sul -

RS, que atende 52 crianças, foram coletadas 31 amostras e posteriormente analisadas

apresentando 32, 3% de casos positivos de parasitos intestinais onde a maior positividade

estava em crianças entre os 3 anos de idade, apresentando como parasito principal a

Page 38: ANA LÚCIA NOCH DE OLIVEIRA ANÁLISE DE …

37

Giardia lamblia (90,0%) e Ascaris lumblicoides (10,0%). Segundo Reuter o pico de

infestação de Giardia lamblia ocorre em crianças entre 2 a 4 anos.

Quando associados o tratamento de esgoto e água das casas, o tipo de moradia,

as condições higiênicas que as crianças estão submetidas, pode-se notar o controle de

parasitos. Portanto é fundamental à adoção de práticas educativas a comunidade, as

escolas e aos pais e professores, levando a conscientização da importância da prevenção

no combate as parasitoses.

Está pesquisa foi submetida a crianças que frequentam uma escola particular da

cidade de Apucarana - PR, onde as condições sanitárias do local são boas e o grau de

instrução dos professores e pais são elevados, auxiliando na prevenção dos parasitos

intestinais.

Baseados nos resultados podemos chegar as seguintes conclusões:

Que as crianças analisadas por estarem em um estabelecimento onde as

condições sanitárias e higiênicas são constantes, as condições de moradias serem

adequadas e os responsáveis terem o cuidado com a higiene dos alunos, não foi

encontrado nenhum ovo ou cisto de parasito intestinal.

O resultado desta pesquisa demostra manter medidas de controle em locais com

tendência a ter parasitoses intestinais, embora os resultados tenham sido satisfatórios.

Após as análises as crianças e responsáveis, mesmo com resultados negativos,

foram orientados sobre medidas profiláticas e a importância de manter boas condições de

higiene tanto pessoal quanto em alimentos e água, e também caso ocorra a infecção seja

procurada ajuda médica.

Page 39: ANA LÚCIA NOCH DE OLIVEIRA ANÁLISE DE …

38

REFERÊNCIAS

1. Neves DP. Parasitologia Humana. In: Rocha MO, Mello, RT. Exame Parasitológico de

Fezes. São Paulo: Atheneu, 2011, pág. 509-522.

2. Berto AMC. Prevalência e aspectos epidemiológicos das enteroparasitoses na população

de Gurupi, Tocantins. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Goiás, 2015.

Disponível em: https://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/9270

3. Astal Z. Epidemiological survey of the prevalence of parasites among childr9en in Khan

Younis governorate, Palestine. Parasitology research. 2004;94(6): 449-451.

4. Carneiro M, Antunes CMF. Epidemiologia: introdução e conceitos. Neves DP, Melo AL,

Genaro O, Linardi PM, organizadores. Parasitologia humana. 10ª Ed. São Paulo: Editora

Atheneu. 2000.

5. Chieffi PP, Amato Neto V. Vermes, verminoses e a saúde pública. Ciência e Cultura.

[periódico online]. 2003;55(1):41-43. Disponível em:

http://cienciaecultura.bvs.br/pdf/cic/v55n1/14854.pdf

6. Harhay MO, Horton J, Olliaro PL. Epidemiology and control of human gastrointestinal

parasites in children. Expert review of anti-infective therapy. [periódico online].

2010;8(2):219-234. Disponível em: https://doi.org/10.1586/eri.09.119

7. Ferreira UB, Ferreira CS, Monteiro CA. Tendência secular das parasitoses intestinais na

infância na cidade de São Paulo (1984-1996). Revista de Saúde Pública. [periódico online].

2000;34:73-82. Disponível em: https://www.scielosp.org/pdf/rsp/2000.v34n6suppl0/73-82/pt

8. Sá-Silva JR, Porto MJF, De Sousa CEB, De Almeida FVP. Escola, educação em saúde e

representações sociais: problematizando as parasitoses intestinais. Pesquisa em Foco.

[periódico online]. 2010;18(1):82-95. Disponível em:

http://45.71.6.41/index.php/PESQUISA_EM_FOCO/article/view/325

9. Da Silva CG, Dos Santos HA. Ocorrência de parasitoses intestinais da área de

abrangência do Centro de Saúde Cícero Idelfonso da Regional Oeste da Prefeitura

Municipal de Belo Horizonte, Minas Gerais. Revista de Biologia e Ciências da

Terra,Paraíba. [periódico online]. 2001;1(1). Disponível em:

https://www.redalyc.org/pdf/500/50010105.pdf

Page 40: ANA LÚCIA NOCH DE OLIVEIRA ANÁLISE DE …

39

10. Belo VS, De Oliveira RB, Fernandes PC, Nascimento BWL, Fernandes FV, Castro CLF,

Dos Santos WB, Da Silva ES. Fatores associados à ocorrência de parasitoses intestinais

em uma população de crianças e adolescentes. Revista Paulista de Pediatria. [periódico

online]. 2012;30(2):195-201. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rpp/v30n2/07.pdf

11. Kunz JMO, Vieira AS, Varvakis T, Gomes GA, Rossetto AL, Bernardini OJ, Almeida MSS,

Ishida MMI. Parasitas intestinais em crianças de escola municipal de Florianópolis, SC–

Educação ambiental e em saúde. Biotemas. [periódico online]. 2008;21(4):157-162.

Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/biotemas/article/view/20678

12. Vasconcelos IAB, Oliveira JW, Cabral FRF, Coutinho HDM, Menezes IRA. Prevalência de

parasitoses intestinais entre crianças de 4-12 anos no Crato, Estado do Ceará: um

problema recorrente de saúde pública. Acta Scientiarum. Health Sciences. [periódico

online]. 2011;33(1). Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/3072/307226628010.pdf

13. Da Silva PLN, Cerqueira FA, Ferraz RS, Vaz MDT, Fonseca JR. Análise da prevalência

parasitológica em amostras fecais de crianças de uma escola da rede pública do estado de

Minas Gerais. Revista Contexto & Saúde. [periódico online]. 2017; 17(33):146-154.

Disponível em: https://revistas.unijui.edu.br/index.php/contextoesaude/article/view/6596

14. Dos Santos J, Duarte ARM, Gadotti G, Lima LM. Parasitoses intestinais em crianças de

creche comunitária em Florianópolis, SC, Brasil. Revista de Patologia Tropical/Journal of

Tropical Pathology. [periódico online] 2014;43(3):332-340. Disponível em:

https://www.revistas.ufg.br/iptsp/article/view/32201/17234

15. Silva LP, Da Silva RMG. Ocorrência de enteroparasitos em centros de educação infantil no

município de Patos de Minas, MG, Brasil. Bioscience Journal. [periódico online].

2010;26:147-151. Disponível em:

http://www.seer.ufu.br/index.php/biosciencejournal/article/view/7038

16. Komagone SH, Romagnoli MPM, Previdelli ITS, Falavigna DLM, Dias MLGG, Gomes ML.

Fatores de risco para infecção parasitária intestinal em crianças e funcionários de

creche. Ciência, Cuidado e Saúde. [periódico online]. 2007;6:442-447. Disponível em:

http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/CiencCuidSaude/article/view/5354

17. Basso RMC, Silva-Ribeiro RT, Soligo DS, Ribacki SI, Callegari-Jacques SM, Zoppas BCA.

Evolução da prevalência de parasitoses intestinais em escolares em Caxias do Sul,

Page 41: ANA LÚCIA NOCH DE OLIVEIRA ANÁLISE DE …

40

RS. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. [periódico online].

2008;41(3):263-268. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rsbmt/v41n3/a08v41n3.pdf

18. Soares TVC. Análise de parasitas intestinais em amostras fecais infantis e comparação

entre métodos parasitológicos. 2016. Disponível em:

https://www.bdm.unb.br/handle/10483/13856

19. Reuter C. P, da Silva Furtado LBF, da Silva R, Pasa L, Klinger EI, dos Santos CE, Renner

JDP. Frequência de parasitoses intestinais: um estudo com crianças de uma creche de

Santa Cruz do Sul-RS. Cinergis. [periódico online]. 2015;16(2). Disponível em:

https://online.unisc.br/seer/index.php/cinergis/article/view/6426

Page 42: ANA LÚCIA NOCH DE OLIVEIRA ANÁLISE DE …

41

FIGURA 2 - Análise das amostras

1-Coleta e armazenamento da amostra; 2- Sedimentação das fezes; 3- Decantação da amostra; 4- Análise da amostra em

microscópio.

Fonte: Autora do trabalho, 2019.

Page 43: ANA LÚCIA NOCH DE OLIVEIRA ANÁLISE DE …

42

FIGURA 2 - Atividades de conscientização

Fonte: Autora do trabalho, 2019.

Page 44: ANA LÚCIA NOCH DE OLIVEIRA ANÁLISE DE …

43

Tabela 1 – Observação de parasitos

NÃO

N %

SIM

N %

TOTAL

Observou algum parasito em membros

familiares

13 (100%) _ 13 (100%)

Exame parasitológico na criança

7 (53,84%) 6 (46,15%) 13 (100%)

Fonte: Autora do trabalho, 2020.

Page 45: ANA LÚCIA NOCH DE OLIVEIRA ANÁLISE DE …

44

Tabela 2 – Resultados do questionário aplicado aos pais quanto aos hábitos diários.

SIM N %

ÁS VEZES N%

NÃO N%

TOTAL

Andar descalço

4 (30,76%) 5 (38,46%) 4 (30,76%) 13 (100%)

Contato com a terra

1 (7,69%) 7 (53,84%) 5 (38,46%) 13 (100%)

Nadar com frequência

5 (38,46%) _ 8 (61,53%) 13 (100%)

Fonte: Autora do trabalho, 2020.

Page 46: ANA LÚCIA NOCH DE OLIVEIRA ANÁLISE DE …

45

APÊNDICE A – Questionário socioeconômico, cultural, ambiental e comportamental para

as famílias

1- Dados Pessoais:

Nome da criança: __________________________________________

Idade:_______ anos Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino

Endereço: _______________________________________________

2- Dados Sócio-Culturais:

Profissão do pai/mãe:________________________________________

Nível de escolaridade do pai/mãe:______________________________

Número de pessoas na família: ________________________________

2.1 - Local onde vive:

( ) Área urbana

( ) Área rural (sítio, fazenda, chácara)

2.2 - Tipo de piso da casa:

( ) Madeira

( ) Cerâmica

( ) Vermelhão

( ) Terra

( ) Outro, Qual?

2.3 - Tipo de construção da casa:

( ) Madeira

( ) Alvenaria

( ) Outro, Qual?________________________.

2.4 - Possui animais na residência?

( ) Sim ( ) Não

Quais? ______________

2.5 - Procedência (de onde vem) a água de beber:

( ) Torneira

( ) Rio /ribeirão

( ) Poço/mina

( ) Outros, Quais?

2.6 - Utiliza qual forma de tratamento para água de beber:

( ) Filtração

( ) Fervura

Page 47: ANA LÚCIA NOCH DE OLIVEIRA ANÁLISE DE …

46

( ) Solução clorada (água sanitária)

( ) Não faz nenhum tratamento

( ) Outros, Quais?

2.7 - Instalações sanitárias:

( ) Privada/vaso sanitário

( ) Fossa

( ) Não tem

2.8 - Destinos dos dejetos (fezes):

( ) Esgoto

( ) Fossa

( ) Queima

( ) Meio ambiente (quintal, mato, rua)

2.9 - Verduras e frutas consumidas no domicilio são procedentes (de onde

vem):

( ) Da horta de casa;

( ) De feiras (mercado municipal);

( ) Sacolão ou supermercados;

( ) Outros, Qual?

2.10 – Costuma fazer a lavagem e limpeza dos alimentos com que frequência,

quantas vezes?

__________________________________________________________

2.11 – Depois de usar o banheiro, com que frequência costuma lavar as mãos?

_________________________________________________________

2.12 - Costuma andar descalço no quintal, fazenda ou sítio?

( ) Sempre ( ) Às vezes ( ) Raramente ( ) Nunca

2.13 – A criança ou alguém da família costuma manipular ou brincar na terra?

( ) Sim, Quem?____________.

( ) Às vezes, Quem?____________.

( ) Não

2.14 - A criança ou alguém da família costuma nadar com frequência?

( ) Sim Onde?_________________.

( ) Não

2.15 - Já observou algum parasito (verme, lombriga) nas fezes da criança ou

de alguém da família?

( ) Sim ( ) Não Qual?

Page 48: ANA LÚCIA NOCH DE OLIVEIRA ANÁLISE DE …

47

2.16 – A criança já fez algum exame parasitológico de fezes?

( ) Sim ( ) Não

Se o resultado foi positivo, cite o nome do parasito:__________________.

2.17- Em que período (data) realizou o último exame de fezes?

( ) Menos de 6 meses ( ) De 6 meses a um ano....( ) Mais de um ano

Page 49: ANA LÚCIA NOCH DE OLIVEIRA ANÁLISE DE …

48

APÊNDICE B - Informativo aos pais e responsáveis

INFORMATIVO AS PAIS E/OU RESPONSÁVEIS

Neste mês de setembro, outubro e novembro serão realizados exames de fezes dos

alunos com idade de 3 e 4 anos. Para colher o material necessário, siga as seguintes

instruções:

1) Você está recebendo um frasco coletor (potinho) onde colocará as fezes de sua(s)

criança(s).

2) A criança deverá defecar (fazer cocô) em lugar seco e limpo (penico, urinol ou até

mesmo uma folha de papel limpa). Nunca pegue cocô do vaso ou misturado com xixi.

3) Pegue o frasco e com a ajuda da espátula (ou palito de picolé limpo) e coloque as

fezes dentro do frasco, enchendo até a metade. Tampe bem quando acabar de fazer a

coleta.

4) É importante que as fezes sejam colhidas assim que a criança defecar (fazer

cocô). Só coloque fezes da pessoa que tiver o nome colado no frasco. Nunca misture fezes

de outras pessoas. Após a colheita do material, lave bem as mãos com água e sabão.

5) Entregue o material (frascos com fezes) no dia marcado para a entrega.

6) Você será informado sobre o resultado do exame de seu filho(s) por meio da

instituição.

Apucarana ,____ de__________ de 2019.

OBRIGADO PELA SUA COLABORAÇÃO!

Page 50: ANA LÚCIA NOCH DE OLIVEIRA ANÁLISE DE …

49

APÊNDICE C – Termo de Assentimento

Olá, meu nome é Ana Lúcia Noch de Oliveira e estou com um projeto que se chama

ANÁLISE DE ENTEROPARASITOSES EM CRIANÇAS DE 3 A 4 ANOS EM UMA

ESCOLA DA REDE PARTICULAR DE ENSINO DA CIDADE DE APUCARANA, PR.

Tendo por objetivo analisar os casos de parasitologia intestinal em crianças na faixa etária

de três a quatro anos em uma escola da rede particular de ensino do município de

Apucarana-PR

Meu amiguinho(a), que tal participar de uma investigação sobre os bichinhos que podem

viver em nossa barriguinha?

Se você topar pinte a carinha feliz, se não quiser pinte a carinha triste.

Pesquisado(a):______________________________ Data:___/____/________.

Page 51: ANA LÚCIA NOCH DE OLIVEIRA ANÁLISE DE …

50

APÊNDICE D – Termo de consentimento livre e esclarecido

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Gostaríamos de sua autorização para que seu filho(a)

_______________________________________________________________possa

participar da pesquisa intitulada como: ANÁLISE DE ENTEROPARASITOSES EM

CRIANÇAS DE 3 A 4 ANOS NA REDE PARTICULAR DE ENSINO DA CIDADE DE

APUCARANA, PR : ESTUDO DE CASO, que faz parte do curso de Ciências Biológicas,

sob orientação da profª Bárbara Melina Viol Barreto da Faculdade de Apucarana (FAP). O

objetivo da pesquisa é analisar os casos de parasitologia intestinal em crianças na faixa

etária de 3 a 4 anos em uma escola particular do município de Apucarana-PR. Pra isto a

sua participação é muito importante, e ela se dará da seguinte forma: será coletado com

auxílio de um palito de sorvete pela professora ou por você responsável uma amostra das

fezes em um frasco coletor, cedido. Você deverá armazenar a amostra refrigerada até a

data marcada para entrega. Após será analisada e repassado os resultados em reunião.

Informamos ainda que a toda pesquisa tem um risco inerente a sua realização e neste caso

específico pode ocorrer desconforto para pessoas que apresentem reações emocionais

negativas ao responderem ao questionário; além de possíveis exposição dos resultados,

porém será amenizado através da escrita das iniciais dos nomes das crianças e orientação

aos participantes sobre a não obrigatoriedade de participação na pesquisa, possibilidade

de desistência de participação a qualquer momento sem qualquer ônus e acolhimento

realizado pelo pesquisador. É importante esclarecer que a participação de seu (a) filho (a)

é totalmente voluntária, podendo você recusar-se a autorizar tal participação, ou mesmo

desistir a qualquer momento sem que isto acarrete qualquer prejuízo à sua pessoa ou seu

(a) filho(a). Informamos ainda que as informações serão utilizadas somente para os fins

desta pesquisa, e serão tratadas com o mais absoluto sigilo e confidencialidade, de modo

a preservar a identidade dos pesquisados. Os benefícios esperados são: conhecer os casos

de parasitologia intestinal em crianças na faixa etária de três a quatro anos em uma escola

da rede particular a fim de proporcionar mais orientações profiláticas para diminuir os

índices de enteroparasitoses. Os procedimentos a serem realizados serão supervisionados

diretamente pela pesquisadora e orientadora para contornar eventuais problemas.

Caso você tenha mais dúvidas ou necessite maiores esclarecimentos, pode nos contatar

nos endereços abaixo ou procurar o Comitê de Ética em Pesquisa da FAP, cujo endereço

consta deste documento.

Page 52: ANA LÚCIA NOCH DE OLIVEIRA ANÁLISE DE …

51

Eu_______________________________________________________declaro que

fui devidamente esclarecida(o) e concordo em participar VOLUNTARIAMENTE da pesquisa

coordenada pela Profª Bárbara Melina Viol Barreto.

_____________________________________Data:___________________

Assinatura ou impressão datiloscópica

Eu, Ana Lúcia Noch de Oliveira, declaro que forneci todas as informações referentes ao

projeto de pesquisa supra-nominado.

________________________________________ Data:_________________

Assinatura do pesquisador

Qualquer dúvida com relação à pesquisa poderá ser esclarecida com o pesquisador,

conforme o endereço abaixo:

Nome: Ana Lúcia Noch de Oliveira

Telefone: (43) 998087457

Endereço: rua Rosa Ribeiro Zacarias, 528

Apucarana, PR

E-mail: [email protected]

Pesquisador responsável:

Nome: Bárbara Melina Viol Barreto

Telefone: (43) 99911-6352

Endereço: Rua João Antônio Braga cortes, 48

Apucarana-PR

E-mail: [email protected]

Qualquer dúvida com relação aos aspectos éticos da pesquisa poderá ser

esclarecida com o Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos (CETi-FAP), no

endereço abaixo:

CETi-FAP

Faculdade de Apucarana.

Rua Osvaldo de Oliveira, 600.

Bloco III, sala 23 da FAP.

CEP 86811-500. Apucarana-Pr. Tel: (43) 3033-8900

E-mail: [email protected]

Page 53: ANA LÚCIA NOCH DE OLIVEIRA ANÁLISE DE …

52

APÊNDICE E - Termo de Autorização Institucional

Apucarana, _____ de _________________ de 2019.

À Escola Nossa Senhora da Alegria

A/C Diretora Geral

Luzia de Fátima Gonçalves da Silva

Eu, Ana Lúcia Noch de Oliveira, acadêmica do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas

da Faculdade de Apucarana – FAP – tendo como requisito, apresentar o Trabalho de Conclusão de

Curso (TCC) com o seguinte tema ANÁLISE DE ENTEROPARASITOSES EM CRIANÇAS DE 3 A

4 ANOS DE UMA ESCOLA DA REDE PARTICULAR DE ENSINO DA CIDADE DE APUCARANA,

PR.

Assim, venho por meio deste, solicitar a permissão para realizar esta pesquisa que tem por

objetivo analisar os casos de parasitoses intestinal em crianças na faixa etária de 3 a 4 anos em

uma escola da rede particular de ensino do município de Apucarana, Pr.

O estudo será realizado através da coleta de amostras fecais sendo analisado nas

dependências do laboratório de Parasitologia da FAP a fim de obter informações sobre a presença

de enteroparasitos nas crianças. Além de proporcionar orientação posterior aos resultados

buscando melhorias nas medidas profiláticas.

A participação será voluntária e/ou poderá retirar o consentimento do responsável a

qualquer momento. Pela participação no estudo, a Instituição e o pesquisado não se

responsabilizarão por quais quer ônus, bem como não será ofertado qualquer bônus. Esclareço que

os dados da pesquisa são para objetivo único de estudo.

Certo de poder contar com vossa colaboração, antecipo agradecimento.

Atenciosamente,

________________________ __________________________

Bárbara Melina Viol Barreto Ana Lúcia Noch de Oliveira

Pesquisadora Responsável Acadêmica de Ciências Biológicas

Rua João Antônio Braga Cortes, 48 Rua Rosa Ribeiro Zacarias,528

Apucarana- PR Apucarana-PR

___________________________________

Diretora Geral

Escola Nossa Senhora da Alegria

Page 54: ANA LÚCIA NOCH DE OLIVEIRA ANÁLISE DE …

53

ANEXO A - Normas da revista

Ciência & Saúde

http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/faenfi

Diretrizes para Autores

NORMAS PARA PUBLICAÇÃO DE TRABALHOS

As submissões somente poderão ser feitas através do sistema eletrônico da Revista.

Antes de iniciar o processo de submissão, solicitamos que os autores leiam todas as

instruções. O autor principal do estudo deve cadastrar-se no site, recebendo um nome de

usuário, senha e instruções sobre o processo de submissão. Uma vez cadastrado, o autor

poderá entrar no sistema a qualquer momento, com seu login e senha. Após o cadastro, o

autor é remetido diretamente para a Página do Usuário, podendo iniciar uma nova

submissão, editar submissões ativas, assim como visualizar submissões ativas ou

arquivadas.

Todo o processo de submissão possui instruções específicas a serem seguidas em cada

passo. Caso não seja possível concluir todos os passos, o autor pode retomar o processo

acessando a sua submissão incompleta a qualquer momento.

É imprescindível que o autor principal inclua no sistema (metadados) os dados de todos

os autores do trabalho, na mesma ordem em que aparecem na página título do

manuscrito, assim como seus endereços de e-mail, instituições de origem, etc. Também

devem ser preenchidos os campos destinados ao título do artigo em Português e Inglês,

Resumo e Abstract.

Todo e qualquer tipo de comunicação com editores ou secretaria executiva, assim como

envio de arquivos, respostas ou comunicações deve ser realizado através do Sistema

Eletrônico da Revista. Não serão aceitos envios de arquivos e comunicações por e-mail.

A Revista Ciência & Saúde não cobra taxa de publicação dos autores e os artigos são

disponibilizados de forma gratuita, de acordo com a Licença Creative Commons no

rodapé desta página.

1. FORMATAÇÃO

Page 55: ANA LÚCIA NOCH DE OLIVEIRA ANÁLISE DE …

54

Os trabalhos deverão ser submetidos somente através do sistema eletrônico na página da

Revista utilizando Editor Word for Windows 98 ou Editores que sejam compatíveis, fonte

Arial 12, digitados com espaço de 1,5 cm, com margens de 2,0 cm cada. O documento

deve ser formatado para tamanho A4 (210 x 297 mm). Iniciar cada uma das sessões em

páginas separadas: página título, resumo com palavras chaves, abstract e keywords,

texto, agradecimento, referências, tabelas, figuras. Numerar as páginas consecutivamente

iniciando na página título. A numeração deve ser colocada no canto inferior direito de

cada página. As ilustrações não devem exceder ¼ do espaço ocupado pelo artigo, no seu

total. As fotografias devem vir, preferencialmente, em cópia de alta resolução. Se forem

utilizadas fotos de pessoas, estas não podem ser identificadas, ou então, as fotografias

deverão vir acompanhadas de permissão por escrito das pessoas fotografadas.

2 PREPARAÇÃO E SUBMISSÃO DO MANUSCRITO

2.1 Página Título ou Página de Rosto

• Título: deve ser conciso e completo, em negrito com fonte 16, não devendo exceder 90

caracteres (incluindo espaços). Recomenda-se começar pelo termo que represente a

aspecto mais importante do trabalho, com os demais termos em ordem decrescente de

importância;

• Título em Inglês: deve seguir a formatação do título original e representar tradução fiel

do mesmo.

• Nome dos Autores: apresentar nome completo, área de graduação, a mais alta titulação

e afiliação institucional.

• Nome do Departamento(s) ou Instituição a qual o trabalho deve ser atribuído.

• Autor para correspondência: nome, endereço completo, telefone e endereço eletrônico

do autor para correspondência.

• Fontes de financiamento: agências de fomento, bolsa de estudo, equipamentos,

medicamentos e/ou outros.

• Número total de palavras para texto (excluindo resumos, agradecimentos, legendas e

referências)

Page 56: ANA LÚCIA NOCH DE OLIVEIRA ANÁLISE DE …

55

• Número de Figuras e Tabelas

2.2 Resumo e Palavras-chave

• Resumo: do tipo estruturado, com limite mínimo de 80 e máximo de 250 palavras, em

português e inglês, este último em itálico. O Resumo deve conter: propósitos do estudo

em investigação, método (tipo de estudo; seleção de indivíduos ou animais;

procedimentos básicos principais), resultados (especificando os valores dos achados

significativos e sua respectiva significância estatística), e principais conclusões.

• Palavras-chave: Abaixo de cada resumo, indicar de 3 a 5 termos, em português e inglês

respectivamente, que identifiquem o tema, limitando-se aos descritores recomendados no

DeCS (Descritores em Ciências da Saúde), traduzido do MeSH (Medical Subject of

Health), e apresentado gratuitamente pela BIREME na forma trilingüe, na página URL:

http://decs.bvs.br. 2.3 Texto

• Estrutura: as partes do trabalho denominadas pré-textuais (RESUMO, ABSTRACT) e

pós-textuais (REFERÊNCIAS e APÊNDICES (APÊNDICE A – Seu título. APÊNDICE B -

Seu título.), devem ter seus títulos centralizados e sem numeração. Anexos

(complementos adicionados sem participação dos autores do trabalho) não serão aceitos.

O texto, iniciando pela Introdução e avançando até as Conclusões/Considerações Finais,

deve ter os títulos de suas seções: curtos; com fonte maiúscula e alinhados à esquerda.

• Tabelas: devem conter dados representativos que contribuam para a qualificação do

texto, numeradas com algarismos arábicos, título em letras minúsculas e sem grifo (Ex.:

TABELA 1 – Caracterização da amostra), com espaço 1,5 cm (incluindo as notas de

rodapé). As tabelas devem ser apresentadas ao final do arquivo, em ordem de

aparecimento e em páginas separadas. Não inserir tabelas no corpo do texto.

• Ilustrações: (figuras, desenhos, gráficos, etc.) devem apresentar sua identificação na

parte inferior, precedida da palavra designativa, seguida de seu número de ordem de

ocorrência no texto, em algarismos arábicos [...] de forma breve e clara em letras

minúsculas, e sem grifo (Ex.: FIGURA 1 – Esquema de mensuração utilizado...). As

ilustrações devem ser apresentadas ao final do arquivo, em ordem de aparecimento e em

páginas separadas. Não inserir ilustrações no corpo do texto. Todas as ilustrações

devem, preferencialmente, ser em tons de cinza, excetuando-se os casos particulares em

que a reprodução em cores é imprescindível para o entendimento da mesma.

Page 57: ANA LÚCIA NOCH DE OLIVEIRA ANÁLISE DE …

56

• Notas de rodapé: usadas, preferencialmente, para esclarecimento de termos, e se

imprescindíveis, deverão ter codificação sequencial por asteriscos a partir do último usado

na titulação dos autores e inserido acima da linha do texto (sobrescrito).

• Citações: Citações diretas de até 3 linhas, entre aspas, inseridas no texto; com mais de

3 linhas, em novo parágrafo, fonte Arial 11, espaço simples e sem aspas.

• Referências: listar em ordem numérica e consecutiva na ordem de aparecimento no

texto de todos, e apenas, os autores citados no texto. A numeração deve ser sobrescrita,

antes da pontuação final, separada por vírgulas e sem espaço em relação ao texto.

Identificar um mesmo artigo pelo mesmo número sempre que citado, devendo atender

rigorosamente às normas de Vancouver (www.icmje.org). Usar fonte Arial 11 e espaço

simples. Citar todos os autores do estudo. Alguns exemplos são apresentados abaixo:

Artigo padrão

Fernandez A, Formigo J. Are Canadian prostheses used? A long-term experience.

Prosthet Orthot Int. 2005;29(2):177-81.

Rietman JS, Dijkstra PU, Hoekstra HJ, Eisma WH, Szabo BG, Groothoff JW, Geertzen JH.

Late morbidity after treatment of breast cancer in relation to daily activitiesand quality of

life: a systematic review. Eur J Surg Oncol. 2003;29:229-38.

Artigo de revista em formato eletrônico

Abramo AC, Milan RC, Mateus S. Avaliação da sensibilidade do complexo aréolo-mamilar

após mamaplastia redutora com pedículo dérmico vertical superior. Rev Soc Bras Cir

Plást. [periódico online]. 1999 Jul [capturado 1999 Jul 27]; 14(1):[7 telas] Disponível em:

http://www.sbcp.org/revista/vol14_n1/abramo/index.html

Livros

Beck A, Rush AJ, Shaw BF, Emery G. Terapia cognitiva da depressão. Porto Alegre: Artes

Médicas; 1997. Cunningham FG, Macdonald PC, Gant NF, Leveno KJ, Gilstrap III LC,

Hankins GDV. Williams obstetrics. 20th ed. Stamford: Appleton & Lange; 1997. Botega

NJ, organizador. Prática psiquiátrica no hospital geral: interconsulta e emergência. Porto

Alegre: Artmed; 2006.

Page 58: ANA LÚCIA NOCH DE OLIVEIRA ANÁLISE DE …

57

• Apêndices: usados somente se necessário à compreensão do trabalho, devem conter o

mínimo de páginas (que serão computadas como parte do texto) e localizar-se após as

referências.

• Agradecimentos: se necessários, devem ser breves e objetivos, posicionados ao final do

artigo como nota editorial.

• Erratas: os pedidos de correção deverão ser encaminhados num prazo máximo de 30

dias após a publicação do periódico.

ARTIGOS ORIGINAIS – destinam-se à publicação de resultados inéditos de pesquisa na

área da saúde com caráter qualitativo ou quantitativo. O texto deve ser estruturado em:

• Introdução - deve conter a fundamentação teórica necessária à formação e

contextualização do problema em questão e os objetivos da pesquisa;

• Materiais e Métodos - devem ser descritos de forma completa permitindo a

replicabilidade dos mesmos e incluindo o delineamento do estudo, a caracterização da

amostra ou população, a análise estatística e as considerações éticas.

• Resultados - devem ser apresentados de forma breve e concisa. Tabelas e figuras

podem ser utilizadas, quando necessárias, para garantir melhor e mais efetiva

compreensão dos dados.

• Discussão - o objetivo da discussão é interpretar os achados do estudo em questão e

relacioná-los aos conhecimentos já existentes e disponíveis. As considerações finais

devem ser apresentadas no final da discussão de forma clara e direta, levando-se em

consideração os objetivos propostos.

• Em pesquisa de caráter qualitativo, a estrutura do texto pode contemplar os resultados e

análise dos dados em um único tópico, sendo seguido de considerações finais.

RELATOS DE CASO - destinados à publicação de casos especiais, que contribuam com

algum caráter de originalidade ou contemplem um relato pouco freqüente na prática

clínica. O texto deve ser estruturado em:

• Introdução - deve conter a fundamentação teórica necessária à formação e

contextualização do caso em questão e os objetivos do relato;

Page 59: ANA LÚCIA NOCH DE OLIVEIRA ANÁLISE DE …

58

• Descrição do Caso - o caso deve ser descrito de forma completa e as considerações

éticas necessárias citadas. Em caso de realização de procedimentos, a metodologia

utilizada deve ser descrita permitindo a sua replicabilidade. Havendo dados qualitativos ou

quantitativos, estes devem ser expressos de forma clara.

• Discussão - o objetivo da discussão é interpretar os achados do caso em questão e

relacioná-los aos conhecimentos já existentes e disponíveis. As considerações finais

devem ser apresentadas no final da discussão de forma clara e direta, levando-se em

consideração os objetivos propostos.

ARTIGOS DE REVISÃO - devem abordar um tema de alta relevância e ser realizados por

pesquisadores de grupos de pesquisa com reconhecida experiência na área. A revisão

deve ser preferencialmente sistemática e seguir a estrutura prevista para os artigos

originais, podendo a sessão resultados estar unida com a sessão discussão.

ARTIGO DE REFLEXÃO – aborda a discussão de tema relevante no contexto atual da

saúde. Deve ser preferencialmente realizado mediante convite da revista. É permitida a

livre estruturação em sessões a critério dos autores.

RELATO DE EXPERIÊNCIA - descrição e análise de experiências profissionais na área

de ensino, pesquisa, assistência e extensão. O texto deve ser estruturado em:

• Introdução - deve conter a fundamentação teórica necessária à formação e

contextualização da experiência em questão e os objetivos do relato;

• Descrição da experiência - a experiência deve ser descrita de forma completa e clara.

Os aspectos éticos devem achados da experiência em questão e relacioná-los aos

conhecimentos já existentes e disponíveis, principalmente os citados na introdução do

relato. As considerações finais devem ser apresentadas no final da discussão de forma

clara e direta, levando-se em consideração os objetivos propostos.

Page 60: ANA LÚCIA NOCH DE OLIVEIRA ANÁLISE DE …

59

RESENHA - síntese e análise de livro recentemente publicado. Deve conter referência

completa e orientar o leitor quanto às características e usos potenciais da obra

comentada.

ORCID:

É obrigatório informar o código ORCID. Se necessário, registre-se

em: https://orcid.org/signin

Condições para submissão

Como parte do processo de submissão, os autores são obrigados a verificar a

conformidade da submissão em relação a todos os itens listados a seguir. As submissões

que não estiverem de acordo com as normas serão devolvidas aos autores.

1. A contribuição é original e inédita, e não está sendo avaliada para publicação por

outra revista. O trabalho não contém dados falsificados, nem cópia de trabalhos

publicados.

2. Os arquivos para submissão estão em formato Microsoft Word, OpenOffice ou

RTF. A preparação do manuscrito segue rigorosamente os requisitos de

formatação da Revista Ciência & Saúde, segundo as Diretrizes para autores,

encontradas na seção "Sobre" da revista.

3. As referências estão listadas em ordem numérica e consecutiva de aparecimento

no texto e seguem rigorosamente às normas fornecidas pela Revista. Figuras e

tabelas são apresentadas ao final, e não inseridas no texto.

4. A aprovação por um Comitê de Ética em Pesquisa está especificada no texto

(somente para estudos originais com seres humanos ou animais, incluindo relatos

de casos).

5. Todos os autores do manuscrito estão informados e concordam com as políticas

editoriais da Revista, leram o manuscrito que está sendo submetido e estão de

acordo com o mesmo.

Declaração de Direito Autoral

DIREITOS AUTORAIS

A submissão de originais para a Ciência & Saúde implica na transferência, pelos autores,

Page 61: ANA LÚCIA NOCH DE OLIVEIRA ANÁLISE DE …

60

dos direitos de publicação. Os direitos autorais para os artigos publicados nesta revista

são do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente

poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente

a Ciência & Saúde como o meio da publicação original.

LICENÇA CREATIVE COMMONS

Em virtude de ser uma revista de acesso aberto, permite-se o uso gratuito dos artigos em

aplicações científicas e educacionais, desde que citada a fonte. De acordo

coma Licença Creative Commons CC-BY 4.0, adotada pela Ciência & Saúde o usuário

deve respeitar os requisitos abaixo.

Você tem o direito de:

Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato.

Adaptar — remixar, transformar e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que

comercialmente.

Porém, somente de acordo com os termos seguintes:

Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar

se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de

maneira alguma que sugira que a Ciência & Saúde apoia você ou o seu uso.

Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de

caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença

permita.

Avisos:

Você não tem de cumprir com os termos da licença relativamente a elementos do material

que estejam no domínio público ou cuja utilização seja permitida por uma exceção ou

limitação que seja aplicável.

Não são dadas quaisquer garantias. A licença pode não lhe dar todas as autorizações

necessárias para o uso pretendido. Por exemplo, outros direitos, tais como direitos de

imagem, de privacidade ou direitos morais, podem limitar o uso do material.

Para mais detalhes sobre a licença Creative Commons, siga o link no rodapé desta

página eletrônica.

Política de Privacidade

Page 62: ANA LÚCIA NOCH DE OLIVEIRA ANÁLISE DE …

61

Os nomes e endereços de e-mail neste site serão usados exclusivamente para os

propósitos da revista, não estando disponíveis para outros fins.

Page 63: ANA LÚCIA NOCH DE OLIVEIRA ANÁLISE DE …