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biologia 11º

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Zonas Costeiras

Ocupação antrópica da faixa litoral e problemas de ordenamento

Dois terços da superfície terrestre são ocupados pelo mar. A zona de transição entre o domínio continental e o domínio marítimo é uma faixa

complexa, dinâmica, mutável e que está sujeita a variados processos geológicos, a que se chama

faixa litoral ou costeira.

Forma de erosão que consiste numa estaca isolada ao largo da costa.

Tipo de forma de erosão provocada pelo desgaste de uma arriba, e da parte inferior dessa mesma, originando uma estrutura em forma de U invertido.

Forma de erosão provocada pelo desgaste na base da arriba, formando uma recessão.

Tipo de costa constituído por material rochoso consolidado, com inclinação acentuada (entre os 15º e os 90º), com pouco ou nenhuma cobertura vegetal.

Superfície aplanada e irregular e muito próximas do nível do mar, resultante do desmoronamento das arribas. Como tal, é constituída por sedimentos de grandes dimensões.

Diversidade de formas do Litoral

Arco

Arco

Factores modeladores das zonas costeiras

Factores modeladores das zonas costeiras

Acção mecânica das ondas,correntes e das marés,

resultando:

Formas de erosão Formas de deposição

Formas de erosão

Resultam da abrasão marinha, ou seja, do desgaste provocado pelo impacto dos movimentos das ondas sobre as costas, que é mais notória nas arribas.Ex: leixões, arcos, plataformas de abrasão, cavernas, etc…

Formas de erosão

Esquerda: Exemplo de um arco formado por erosão. Direita: As características arribas brancas de Dover - Inglaterra.

Arribas

Construção sob as arribas

Construção sob as arribas - Algarve

Tipo de costa constituído, geralmente, por material rochoso consolidado, com inclinação acentuada e pouca ou nenhuma cobertura vegetal.Podem ser:

Mortas ou fosseis – já não sofrem a acção do mar;Vivas – ainda sofrem a acção modeladora da água.

Arribas

As arribas, sofrem intensamente abrasão marinha, sendo a mais frequente consequência desta a formação de

plataformas de abrasão. Formam-se quando a erosão da base de arriba enfraquece de tal modo a estrutura que

esta desmorona-se, criando uma acumulação de detritos rochosos de grandes dimensões.

Efeito da abrasão nas arribas

Formas de deposição

Resultam da acumulação dos materiais arrancados pelo mar ou transportados pelos rios, quando as condições ambientais são propícias.Ex: praias, ilhas-barreira, etc…

Formas de deposição

Esquerda: Praia. Direita: Ilhas-barreira ao largo da Austrália .

Praias e Dunas

Praias

Estruturas onde ocorre a deposição de sedimentos.São locais frágeis em termos ecológicos e geológicos.

Dunas

São estruturas de enorme importância porque impedem naturalmente o avanço das águas do mar para o interior dos continentes.São ecossistemas únicos com elevada biodiversidade.

Praias e Dunas

Esquerda: Dunas. Direita: Praia em Maiorca.

Praias e Dunas

Evolução da faixa litoral

Evolução da faixa litoral

As zonas litorais são espaços privilegiados para actividades culturais, desportivas,

económicas, turísticas e de lazer, sendo reconhecidos pela sua importância

paisagística, patrimonial e ecológica. Por isso, são locais de grande concentração

populacional. São, ainda, valiosos recursos naturais, insubstituíveis e não renováveis, e

zonas, em termos morfológicos, extremamente dinâmicas.

Dinamismo litoral

O litoral sofre constantes alteraçõesdevido a factores, essencialmente,

de dois tipos:

Naturais Antrópicos

Factores naturais

A alternância entre transgressões e regressões marinhas;A alternância entre períodos de glaciação e interglaciação;A deformação das margens continentais resultante de movimentos tectónicos.

Factores antrópicos

O agravamento do efeito de estufa;A ocupação da faixa litoral;A diminuição da quantidade de sedimentos que chegam ao litoral, graças à construção de barragens;A destruição das defesas naturais, como as dunas, para fins económicos.

Consequências

Como consequências dos factores naturais e antrópicos, os litorais estão a sofrer uma processo de erosão acelerado, provocando:

A ameaça de muitos locais pelo avanço das águas do mar;A destruição de zonas de importância económica, ecológica e patrimonial;A diminuição dos locais de sedimentação e maior exposição das arribas e praias àacção abrasiva do mar

Medidas de prevenção

Medidas de prevenção

Medidas de prevenção

Paredões

Alimentação artificialde sedimentos

Esporões

Quebra-mares

Enrocamentos

Paredões

Paredões

Enrocamentos

Enrocamentos

Enrocamentos

Paredão/Enrocamento

Esporões

Obras transversais à costa;Verifica-se após a construção uma acumulação maior de sedimentos do lado virado para a corrente, e uma erosão mais evidente do lado oposto;Exigem a construção de sucessivos esporões.

Esporões – Exemplo e esquema

Esquerda: Esquema dos efeitos provocados pela construção de Esporões. Direita: Esporão curvo em Cortegaça.

Esporão

Esporões – Vista de satélite

Quebra-mares

Obras paralelas à linha da costa construídas, muitas vezes, de modo a criar um porto de mar;Verifica-se igualmente a acumulação excessiva de sedimentos do lado virado para a corrente e uma erosão notória no lado oposto.

Quebra-mares – Exemplo e esquema

Esquerda: Esquema dos efeitos da construção de Quebra-mares. Direita: Quebra-mar na praia da Aguda.

Quebra-mar

Quebra-mar – Vista de satelite

Alimentação artificial de sedimentos

Consiste na realimentação artificial de praias com areias, de modo a possibilitar a reconstituição natural dessas praias;É menos agressiva para a paisagem e mais económica, em comparação com as obras de engenharia referidas;É uma solução que exige continuidade em litorais muito energéticos.

Inconvenientes

Custos elevados tanto na construção como na manutenção;Provocam impactos negativos no litoral, como a alteração estética da paisagem, e, a longo prazo, podem tornar-se estruturas de risco;Apenas oferecem protecção local e reduzida no tempo.

Exemplo prático

Portugal: O Algarve – exemplo paradigmático

A excessiva construção habitacional e turística a que se assiste no Algarve é, para além de perigosa, muito prejudicial para o meio ambiente.

Esquerda: Praia de Albufeira – construção sobre a arriba. Direita: Praia da Falésia – desmoronamento da arriba.

Portugal – Medidas tomadas

Para combater a erosão e artificialização do litoral português, procedeu-se à elaboração dos chamados POOC: Planos de Ordenamento da Orla Costeira, cujos principais objectivos são:

Identificar áreas de risco

Promover a reabilitação de áreas afectadas

Requalificação das praias balneares

Estabelecer regras para a utilização da orla costeira

FINISTERRA – Programa de Intervenção na Orla Costeira Continental

Recuperação das dunasAlimentação artificial das praiasEstabilização de arribasManutenção e construção de esporões e muros de protecçãoDemolição e remoção de estruturas localizadas em áreas de risco

Para se proceder a um ordenamento sustentável de todas as zonas costeiras, é necessário uma compreensão profunda dos diversos processos

geológicos que condicionam a evolução do litoral.

Litoral - Espinho

Praia de Cortegaça

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