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PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO MATEUS
ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
Secretaria Municipal de Meio Ambiente
DIAGNÓSTICO DO PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREA DEGRADADA
São Mateus/ES
2014
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO MATEUSESTADO DO ESPÍRITO SANTO
Secretaria Municipal de Meio Ambiente
Prefeito MunicipalAmadeu Boroto
Secretário Municipal de Meio AmbienteAntenor Malverdi Filho
ElaboraçãoSecretaria Municipal de Meio Ambiente
São Mateus/ES
2014
Sumário1 IDENTIFICAÇÃO DA PREFEITURA..............................................................................34
2 IDENTIFICAÇÃO DOS RESPONSÁVEIS......................................................................34
3 CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO............................................................................35
3.1 População...............................................................................................................35
3.2 Localização.............................................................................................................35
3.3 Área Total do Município.........................................................................................38
3.4 Principais Atividades Econômicas.......................................................................38
3.5 Relevo......................................................................................................................38
3.6 Clima........................................................................................................................38
3.7 Bacia Hidrográfica e Principais Cursos D’água..................................................39
Microbacias.................................................................................................................................40
3.8 Sistema de Abastecimento de Água....................................................................40
3.9 Sistema de Esgotamento Sanitário......................................................................41
3.10 Sistema de Limpeza Urbana.....................................................................................41
4 IDENTIFICAÇÃO DA DISPOSIÇÃO FINAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS.....42
5 CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS......................................42
5.1 Quantidade Coletada..............................................................................................42
5.2 Tipos de Resíduos Coletados e Destinação Final..............................................43
- Resíduos de Saúde.........................................................................................................43
- Resíduos de Construção Civil.......................................................................................43
- Varrição, limpeza e conservação..................................................................................44
5.3 Tipo de coleta, Frequência, Horários...................................................................44
6 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO.............................................................47
6.1 Histórico da Área....................................................................................................47
6.2 Situação da Titularidade do Terreno....................................................................47
6.3 Croqui de Localização...........................................................................................47
6.4 Descrição das condições de acesso....................................................................47
6.5 Placa de Alerta e Identificação..............................................................................48
6.6 Caracterização da Área – Declividade e Tipo de Solo........................................48
6.7 Sistema de Isolamento...........................................................................................50
6.9 Funcionários e Procedimentos Quando da Operação/Manutenção/Encerramento da Unidade........................................................50
6.13 Previsão de Utilização, Término e Encerramento..................................................51
6.14 Coleta Seletiva........................................................................................................51
6.15 Medidas Para Recuperação...................................................................................51
6.16 Disposição de Resíduo na Área............................................................................52
7 RELATÓRIO FOTOGRÁFICO........................................................................................54
7.1 Foto da entrada da área.........................................................................................54
7.2 Foto com vista geral da área e do entorno..........................................................54
7.3 Foto Estrada de Acesso.........................................................................................55
7.4 Croqui indicando as posições das fotos e datas em que foram tiradas..........56
8 INDICAÇÃO DAS MEDIDAS PARA A RECUPERAÇÃO DA ÁREA.............................58
8.4 Técnicas de Desativação.......................................................................................60
8.4.1 Remoção dos Resíduos.........................................................................................60
8.4.2 Recuperação Simples.............................................................................................61
8.4.3 Recuperação Parcial...............................................................................................64
9 ESTIMATIVAS DE CUSTO PARA A RECUPERAÇÃO DA ÁREA...............................69
9.4 Sondagem...............................................................................................................69
9.5 Análises físico-químicas e biológicas do solo....................................................69
9.6 Construção de canaletas de drenagem superficial............................................69
9.4 Aberturas de poços piezométricos de monitoramento de água subterrânea.......69
9.5 Reflorestamento..........................................................................................................70
1 IDENTIFICAÇÃO DA PREFEITURA
CNPJ: 27267477000-12
Endereço: Av. Jones dos Santos Neves, 70
Município: São Mateus
CEP: 29.930-000
E-mail: meioambiente@saomateus.es.gov.br
Tel. / Fax: (27) 3763.4749/3761.4850
2 IDENTIFICAÇÃO DOS RESPONSÁVEIS
Prefeitura Municipal de São Mateus
Nome: Amadeu Boroto
Telefone: (27) 3761-4850
E-mail: gabinete@saomateus.es.gov.br
3 CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO
3.1 População
Segundo o IBGE, a população estimada em 2013 do município de São Mateus é de
120.725 habitantes.
3.2 Localização
São Mateus é o segundo município mais antigo e sétimo mais populoso do estado do Espírito Santo, Brasil. Foi fundado em 21 de setembro de 1544, recebendo autonomia municipal apenas em 1764. Originalmente, chamava-se Povoado do Cricaré, sendo rebatizado no ano de 1566 por Padre José de Anchieta para o nome de São Mateus. Sua população atual gira em torno dos 121 mil habitantes.
É considerado o município com a maior população negra do estado. Tal fato se dá, pois, até a segunda metade do século XIX, o Porto de São Mateus era uma das principais portas de entrada de negros no Brasil. Também há a forte presença de italianos, que são responsáveis pela colonização de grande parte dos sertões mateenses.
Sua economia está baseada na exploração e produção de petróleo. Na década de 1970, foram descobertos vários campos de exploração e na década de 1980, essas descobertas foram ampliadas. Na década de 2000 foi implanto na região de Campo Grande o Terminal Norte Capixaba, responsável pelo escoamento de toda a produção da região. Várias empresas estão se instalando no município, entre elas, a montadora de de ônibus Marcopolo que irá alavancar ainda mais a economia local.
Também destaca-se pelo forte apelo turístico, tanto histórico quanto de temporada. O carnaval de Guriri, principal balneário do município, é um dos mais animados do estado e chega a ser conhecido nacionalmente, recebendo, principalmente, turistas de Minas Gerais.
Localiza-se a uma latitude 18º42'58" sul e a uma longitude 39º51'21" oeste, estando a uma altitude de 36 metros. Sua área total é de 2.543 km², equivalente a 5,12% do território Capixaba. Limita-se ao norte com os municípios de Boa Esperança, Pinheiros e Conceição da Barra; ao sul com São Gabriel da Palha, Vila Valério, Jaguaré e Linhares; a leste com o oceano atlântico e a oeste com Nova Venécia. Dista da Capital do Estado, Vitória, 219 km.
Figura 1: Mapa de Localização de São Mateus no Espírito Santo
3.3 Área Total do Município
São Mateus possui uma área total de 2.543 km².
3.4 Principais Atividades Econômicas
Atualmente a economia do Município de São Mateus está baseada na exploração e produção do petróleo. Na década de 1970, foram descoberto vários campos de
petróleo em São Mateus e Linhares, e na década de 1980, essas descobertas foram ampliadas.
Com o preço do petróleo ainda em alta no mercado internacional, a Petrobras decidiu criar o Distrito de exploração do Espírito Santo, na cidade de São Mateus a partir de então, a economia da cidade se transformou completamente.
Paralelamente, acontecia uma revolução no uso das terras em São Mateus e Conceição da Barra, com a implantação das florestas de eucalipto, tendo como grandes iniciativa as empresas Aracruz Celulose S/A e Companhia Vale do Rio Doce, com a iniciação de grandes plantios de eucalipto. Novas estradas foram abertas para a exploração do petróleo facilitando o acesso às regiões pouco habitadas.
O Terminal Norte Capixaba, em São Mateus, é um investimento que está modificando a paisagem e a economia do norte capixaba. Além disso o Município recebe o Royalties e está investindo em obras por várias partes da cidade.
São Mateus é um município que tem uma agropecuária forte, baseada na cultura do
café, pimenta do reino, fruticultura entre outras
3.5 Relevo
O município apresenta relevo plano a suavemente ondulado ao oeste, com vertentes
curtas variando de 100 a 150m de comprimento.
3.6 Clima
Levando-se em conta que a temperatura anual média fica em torno de 24°C, variando entre 21°C e 32°C no verão e 17°C e 28°C no inverno, pode-se classificar o clima de São Mateus como megatérmico, não muito quente por causa do vento nordeste que o torna ameno.20
Como a precipitação pluviométrica local está em média de 1432,8mm e o índice de evaporação na média de 1395mm por ano, o clima pode ser enquadrado com seco sub-úmido.20
3.7 Bacia Hidrográfica e Principais Cursos D’água
As Bacias que compõem a paisagem hidrográfica de São Mateus são as do rio Barra Seca, rio Itauninhas e do Rio São Mateus, mais conhecido como Rio Cricaré.
Rio São Mateus
O Rio São Mateus é formado por dois braços: o rio Cotaxé ou rio do Norte, com 244 km de extensão, cuja nascente se localiza no município de Ouro Verde, em Minhas Gerais, e o rio São Mateus ou Cricaré ou ainda Braço Sul, com 188 km, com sua nascente localizada no município de Itajubinha, também em Minas Gerais.
Rio Preto
MicrobaciasRio Preto
Nasce em São Mateus, próximo da sede do distrito de Nestor Gomes. É formado pela junção dos córregos Grande, Areia, Cerejeira e braço sul do rio Preto. Recebe outros pequenos afluentes e deságua no Rio São Mateus, entre a sede da cidade e o rio Mariricu. A partir da década de 1970 esse rio de águas escuras, típico das regiões de turfas, passou a ser um balneário frequentado pelos banhistas que, na volta da praia de Guriri, ali faziam uma parada para tirar o sal do corpo.
Rio Mariricu
Afluente do Rio São Mateus, o rio Mariricu fica na aprazível região que tem o mesmo nome, separando a ilha de Guriri do continente. É propício para passeios de barcos e pesca de linha. Mariricu é uma corruptela do termo tupi marerike, que significa fortaleza ou paliçada. Os índios erguiam-nas para se defender de invasões. Existiam várias ao longo do rio Cricaré, na época da colonização do Brasil. Originalmente, o Rio Mariricu era o Rio Barra Seca, mas com a abertura da nova barra na vila de Barra Nova, esse trecho do Barra Seca recebeu a atual denominação.
3.8Sistema de Abastecimento de Água
O abastecimento de água potável constituído pelas atividades, infraestruturas e
instalações necessárias ao abastecimento público de água potável, desde a
captação até as ligações prediais e respectivos instrumentos de medição são de
responsabilidade do SAAE São Mateus, efetuado por intermédio do uso de
manancial superficial, sendo que, atualmente, a maior parte da população
abastecida é suprida pelo Rio São Mateus cuja captação de água bruta localiza-se
dentro da área urbana, somente o Balneário de Guriri é abastecido pelo Rio Mariricu
afluente do rio São Mateus e no verão como reforço no abastecimento, pelo Rio
Preto também afluente do Rio São Mateus, através de um conjunto de poços
profundo na comunidade do rio Preto e um conjunto de poços rasos nas margens da
estação de tratamento de água.
A população atendida pelo abastecimento público de água potável é basicamente
toda a população da São Mateus – Sede, Ilha de Guriri, Paulista, Litorâneo, Km 41,
Km 35, Km 23, Km 13, Nova Lima, Itauninhas, Nova Vista e, Santa Maria.
A capitação é realizada nas coordenadas UTM – 7930569/409340. A estação
elevatória de água tratada (EEAT) fica localizada na área das ETAs, composta por
cinco (05) conjuntos moto bombas, que succionam a água tratada do tanque de
contato. As elevatórias são equipadas com motores assim discriminados: bombas 1,
2, 3, e 4 são de 50 cv cada, e a bomba 5 é de 75 cv. A capacidade de recalque de
cada conjunto é de 40 l/s.
3.9Sistema de Esgotamento Sanitário
O sistema de esgotamento sanitário existente na sede do município de São Mateus
é constituído pelos subsistemas Centro, SEAC e Guriri.
O órgão responsável pelo tratamento de água e esgoto do município de São Mateus
é o SAAE, cerca de 69 mil habitantes são atendidos pelo abastecimento e
esgotamento no município.
O setor de esgotamento sanitário no município de São Mateus pode ser
caracterizado de forma geral pela baixa cobertura de atendimento e baixa qualidade
dos serviços prestados pelo SAAE. Ainda há falta de planejamento e a locação dos
recursos financeiros tornando os sistemas públicos atualmente em operação pouco
confiáveis em termos técnicos e operacionais.
3.10 Sistema de Limpeza Urbana
A Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos compreende um dos grandes obstáculos
para o crescimento sustentável do Município de São Mateus.
A limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos consiste no conjunto de atividades,
infraestruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo,
tratamento e destino final do lixo doméstico e do lixo originário da varrição e limpeza
de logradouros e vias públicas do município de São Mateus.
O Município de São Mateus tem uma população de 122.000 habitantes produzindo
em média 90 toneladas de resíduos diariamente.
Atualmente estes Resíduos estão sendo enviados para o Aterro Sanitário de
Aracruz, extinguindo com o Lixão do Bairro Liberdade.
4 IDENTIFICAÇÃO DA DISPOSIÇÃO FINAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS
Os RSD de São Mateus eram depositados no Lixão localizado no bairro Liberdade,
de forma precária e sem qualquer atendimento à legislação ambiental.
Em atendimento ao Termo de Compromisso Ambiental conforme prazo estabelecido
para fim dos lixões do Espírito Santo até agosto de 2014, São Mateus passou a
destinar os resíduos para Aracruz.
5 CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS
5.1Quantidade Coletada
Os habitantes de São Mateus geram uma média de 90 toneladas de resíduos
domésticos diariamente. Sendo que 51% é matéria orgânica, 32% reciclável e 17%
rejeito.
5.2Tipos de Resíduos Coletados e Destinação Final
- Resíduos de Saúde
A geração de RSSS em São Mateus é originada de 25 consultórios, 47 farmácias,
15 laboratórios, 25 unidades de saúde, 1 hospital e 1 maternidade. A coleta dos
RSSS de São Mateus é realizada por empresa contratada pela Prefeitura Municipal,
sem cobrança de Tarifa de Coleta e Tratamento, embora a legislação em vigor
estabeleça que cabe aos geradores de resíduos de serviço de saúde a
responsabilidade pelo gerenciamento dos resíduos desde a geração até a
disposição final.
A frequência de coleta é de 3 vezes por semana no hospital, unidades de saúde e
maternidade e 2 vezes por semana nos laboratórios, farmácias e consultórios, com
manuseio e armazenamento adequados.
- Resíduos de Construção Civil
O volume médio mensal de RCC coletado em São Mateus é de 500 metros cúbicos.
A coleta de RCC está incluída no contrato da coleta convencional, que prevê a
retirada dos resíduos, a pedido do próprio munícipe à empresa contratada, que
disponibiliza uma caixa estacionária por 24 horas. Além disso, a contratada mantém
uma equipe de patrulha mecanizada contendo 5 caçambas, 1 retroescavadeira e 2
garis que fazem a remoção dos entulhos por meio de programação, que abrange
todos os bairros.
O programa descrito acima não impede que a população promova o descarte
irregular de RCC (e também de RSD) em pontos viciados o que sempre vai exigir a
permanência de campanhas de educação e conscientização.
Parte dos RCC, limpo, não contaminado, é utilizada para reaterro de terrenos,
estradas e vias municipais. Outra parte é depositada no Lixão, utilizada para
cobertura do RSD, com aproveitamento dos recicláveis pelos catadores.
- Varrição, limpeza e conservação
Varrição, limpeza e conservação são itens que integram o mesmo contrato de coleta
e destinação final dos RSD.
A varrição é realizada em diversas ruas da cidade. Além da varrição a contratada
executa, também, com frequência mensal, os serviços de capina, roçada e poda de
árvores. Por solicitação dos munícipes, ou constatação da demanda pelos fiscais,
está frequência pode ser alterada.
O contrato inclui a varrição, lavagem, desinfecção e coleta dos resíduos originados
das feiras livres e eventos especiais e, também, a manutenção de bocas de lobo e
limpeza superficial do sistema de drenagem, que inclui a remoção da vegetação que
cresce sobre os cursos d’água, bem como a retirada de entulho e resíduos, inclusive
volumosos, além do excesso de areia dos canais de drenagem a céu aberto,
serviços esses realizados de acordo com a demanda.
5.3Tipo de coleta, Frequência, Horários
A coleta convencional de RSD em São Mateus atende 100% dos moradores da área
urbana e é realizada por meio do sistema porta a porta, dividido em 16 rotas de
coleta, diurnas e noturnas. Os bairros/locais atendidos e as frequências de coleta,
referentes ao ano de 2012, estão apresentados no quadro 1 abaixo.
A coleta e a destinação dos RSD são realizadas atualmente por empresa contratada
em caráter emergencial. Uma nova licitação está em curso de realização, através do
edital de concorrência n° 005/2013, que tem como objeto de contratação os serviços
de coleta convencional e manual de resíduos sólidos urbanos do tipo domiciliar
(residencial e comercial) incluindo transbordo, transporte e destinação final; coleta
seletiva de resíduos e campanha de educação ambiental; coleta e transporte de
resíduos sólidos (inerte); entre outros serviços necessários à execução da Limpeza
Urbana da Sede e Distritos do Município de São Mateus/ES.
Quadro 1: Rotas, bairros e frequências de coleta.
ROTA FREQUÊNCIA BAIRROS/DISTRITOS/COMUNIDADES/LOCALIDADES
401 Segunda a Sábado Av. João XXIII, Parquete, Boa Vista e Centro.
402 Segunda, Quarta e Sexta-feira Bom Sucesso I, II e III, Morada do Lago, São Pedro, Caic, Santo Antônio, Fenix e Nova São Mateus.
403 Segunda a Sábado Sernamby, Ideal, Fátima, Lago Cisnes, Golfinho, Inocoop, Blokos, Aviação, Buritis e Jardim Floresta.
404 Terça, Quinta e Sábado
Paulista, DPJ, Posto Caminhoneiro, Nova Era, Seac, Rodocon, Posto Flecha, Posto Rio Negro, Mosteiro, Boa Esperança, Ribeirão, Loteamento Joril, Pedra D'água, Areinha, Liberdade e Seringueira.
405-ASegunda a Sábado
Guriri Lado Norte: Av. Guriri, Av. Oceano Atlântico, Rua Horácio Barbosa Alves, Rua Linhares, Rua São Gabriel da Palha, Rua Nova Venécia, Rua C. Barra, Av. Esbertalina B. Damiani.
Segunda, Quarta e Sexta-feira Guriri Lado Norte:. Rua 06 a 48, Loteamento Vavá e Mariricu.
405-BSegunda a Sábado
GURIRI LADO SUL: Av. Guriri, Av. Oceano Atlântico, Rua Horácio Barbosa Alves, Rua Linhares, Rua São Gabriel da Palha, Rua Nova Venécia, Rua C. Barra, Av. Esbertalina B.Damiani e Bosque Praia.
Terça, Quinta e Sábado GURIRI LADO SUL:. Rua 06 a 48, Loteamento Wallace, Fazendinha e Mariricu.
406 Segunda, Quarta e Sexta-feiraCepe, Universitário, Maruim, Porto, Av. Cricaré, Ladeira Besouro, Santa Inez, Ladeira São Mateus x Nova Venécia, Ladeira DER, Ponte, Posto Esso, Cacique I e II, Bairro Vitória.
407 Terça, Quinta e Sábado Novo Horizonte, BR101, Jaqueline, Girlim, Bom Gosto, Nova Conquista, Cohab I e II, San Remo e Parque Washington.
408-A Segunda, Quarta e Sexta-feira Km 13, 15, 18, 23, 28, 35, 41, 47, Buraco do Sapo.
409-B Terça, Quinta e Sábado Posto Rodonaldo, Nova Lima, Itauninhas, Santa Maria, São Geraldo, Dilô Barbosa e Aeroporto.
410-A Segunda, Quarta e Sexta-feira Vila Nova, Litorâneo, Caiçara, Ayrton Senna e Rio Preto.
410-B Terça, Quinta e Sábado Morada Ribeirão, Alvorada, Vila Verde, Colina, São Miguel, Aroeira e El’dourado.
Interior Segunda, Quarta e Sexta-feira Barra Nova, Nativo e Campo Grande (executada com
Caçamba).
Especial Domingos Centro da Cidade, Feirinha e Centro de Guriri e Av.
Esbertalina Barbosa Damiani (lado norte e sul).
Locais de
difícil acesso (coleta manua
l)
Segunda, Quarta e Sexta-feiraBairro Vitória, Bom Sucesso I, II e III, Vila Nova, Morada do Lago, Buraco do Sapo, Santa Inês, Nova Bela Vista e Cacique I.
Terça, Quinta e Sábado Alvorada, Vila Verde, Morada do Ribeirão, Rinha de Galo, Nova Conquista, Cohab III, Ribeirão, Ideal, Maruim e Porto.
6 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO6.1Histórico da Área
O Lixão do Bairro Liberdade encontra-se em uma área de reestinga, com solo
arenoso e lençol freático com aproximadamente 2 metros de profundidade próximo
ao bairro liberdade que foi se formando devido a demanda dos resíduos e a
oportunidade de coleta resíduos recicláveis, a área foi invadida e pertence a
prefeitura.
O Lixão foi utilizado por 30 anos
6.2Situação da Titularidade do Terreno
Em anexo, cópia da Escritura pública de permuta de Imóveis nº 5958, folha nº 1de
26 de junho de 1984, do Cartório de Registro de Imóveis, Livro nº 2 da Comarca de
São Mateus.
6.3Croqui de Localização
Em anexo, croqui de localização atendendo ao item acima.
6.4 Descrição das condições de acesso
O acesso é feita pela Rod. Othovarino Duarte Santos que liga São Mateus a Guriri,
entrando no Bairro Pedra D’água em frente a Agrorosa.
6.5Placa de Alerta e Identificação
Através do TCA 02/2013 firmado entre o Ministério Público Estadual, IEMA, MPT e
São Mateus, foram feitas algumas exigências quanto as antigas áreas de deposição
de resíduos sólidos. Uma dessas exigências é a instalação de uma placa informando
a proibição de entrada nas áreas por pessoas não autorizadas.
Estas placas encontram-se devidamente instaladas nos locais indicados pelo
referido TCA.
6.6 Caracterização da Área – Declividade e Tipo de Solo
Segundo INCAPER, 2011 o município de São Mateus apresenta o tipo de solo
latossolo vermelho amarelo distrófico, textura Argilo-arenosa, fertilidade média a
baixa e o Sistema de Classificação de Solos (EMBRAPA, 2006), conceitua-o e
classifica-o da seguinte forma:
- Classe de 1º nível (ordens):
Latossolo: Solos constituídos por material mineral, apresentando horizonte B
latossólico imediatamente abaixo de qualquer tipo de horizonte A, dentro de 200 cm
da superfície do solo ou dentro de 300 cm, se o horizonte A apresenta mais que
150cm de espessura.São solos em avançado estágio de intemperização, muito
evoluídos, como resultado de enérgicas transformações no material constitutivo. Os
solos são virtualmente destituídos de minerais primários ou secundários menos
resistentes ao intemperismo, e têm capacidade de troca de cátions da fração argila
baixa, inferior a 17cmolc/kg de argila sem correção para carbono, comportando
variações desde solos predominantemente cauliníticos, com valores de Ki mais
altos, em torno de 2,0, admitindo o máximo de 2,2, até solos oxídicos de Ki
extremamente baixo.Variam de fortemente a bem drenados, embora ocorram solos
que têm cores pálidas, de drenagem moderada ou até mesmo imperfeitamente
drenada, indicativa de formação em condições, atuais ou pretéritas, com um certo
grau de gleização .São normalmente muito profundos, sendo a espessura do solum
raramente inferior a um metro. Têm seqüência de horizontes A, B, C, com pouca
diferenciação de suborizontes, e transições usualmente difusas ou graduais. Em
distinção às cores mais escuras do A, o horizonte B tem cores mais vivas, variando
desde amarelas ou mesmo bruno-acinzentadas até vermelho-escuro-acinzentadas,
nos matizes 2,5YR a 10YR, dependendo da natureza, forma e quantidade dos
constituintes minerais - mormente dos óxidos e hidróxidos de ferro - segundo
condicionamento de regime hídrico e drenagem do solo, dos teores de ferro no
material de origem e se a hematita é herdada ou não. No horizonte C,
comparativamente menos colorido, a expressão cromática é bem variável, mesmo
heterogênea, dada a sua natureza mais saprolítica. O incremento de argila do A
para o B é pouco expressivo ou inexistente e a relação textural B/A não satisfaz os
requisitos para B textural. De um modo geral, os teores da fração argila no solum
aumentam gradativamente com a profundidade, ou permanecem constantes ao
longo do perfil. A cerosidade, se presente, é pouca e fraca. Tipicamente, é baixa a
mobilidade das argilas no horizonte B, ressalvados comportamentos atípicos, de
solos desenvolvidos de material com textura mais leve, de composição areno–
quartzosa, de interações com constituintes orgânicos de alta atividade, ou solos com
DpH positivo ou nulo. São, em geral, solos fortemente ácidos, com baixa saturação
por bases, distróficos ou alumínicos. Ocorrem, todavia, solos com saturação por
bases média e até mesmo alta; encontrados geralmente em zonas que apresentam
estação seca pronunciada, semi-áridas ou não, ou ainda por influência de rochas
básicas ou calcarias. São típicos das regiões equatoriais e tropicais, ocorrendo
também em zonas subtropicais, distribuídos, sobretudo, por amplas e antigas
superfícies de erosão, sedimentos ou terraços fluviais antigos, normalmente em
relevo plano e suave ondulado, embora possam ocorrer em áreas mais acidentadas,
inclusive em relevo montanhoso. São originados a partir das mais diversas espécies
de rochas e sedimentos, sob condições de clima e tipos de vegetação os mais
diversos.
- Classe de 2º nível (subordens):
Latossolo vermelho-amarelo
- Classe de 3º nível categórico (grandes grupos):
Latossolo vermelho-amarelo distrófico: Solos com saturação por bases baixa (V <
50%) na maior parte dos primeiros100 cm do horizonte B (inclusive BA).
6.7Sistema de Isolamento
Toda a área objeto desta avaliação, encontra-se devidamente cercada, através de
cercas físicas, dotadas de arames e mourões, bem como guarita de controle de
acesso de veículos.
6.8Sistema de Drenagem Superficial de Águas Pluviais
A antiga área de deposição de resíduos sólidos urbanos não ocorre mais a
deposição de resíduos. Visto isso, a drenagem superficial das águas pluviais ocorre
de forma natural e ordenada, uma vez que as áreas encontram-se em locais planos,
não havendo a possibilidade de surgirem ravinas ou voçorocas bem como o
carreamento de sedimentos. A área atualmente não dispõe de sistema de drenagem
de água pluvial. No entanto, de acordo com o TCA 02/2013 firmado entre o
Ministério Público Estadual, IEMA, MPT e São Mateus, será implantado algumas
medidas de adequação e melhorias do local.
Os projetos que contemplarão estas melhorias estão em fase se elaboração.
6.9 Funcionários e Procedimentos Quando da Operação/Manutenção/Encerramento da Unidade
Hoje a área do lixão do Bairro liberdade funciona com o apoio de 1(um) funcionário e
da Guarda municipal , presente na guarita de segurança que faz o controle do
acesso a área e faz o controle de entrada e saída de veículos.
6.13 Previsão de Utilização, Término e Encerramento.
Atualmente a área está Desativada para destinação final de resíduos.
6.14 Coleta Seletiva
O Programa Municipal de Coleta Seletiva de Resíduos Sólidos Urbanos está sendo
implantada através de um projeto municipal, Ele conta com a participação da Caritas
diocesana, e do Projeto Reciclar.
Atualmente o programa conta com um caminhão que realiza rotas diárias de coletas
em pontos específicos.
A prefeitura também já está em processo licitatório para compra dos PEV’S Pontos
de Entrega Voluntária que serão instalados, no Bairro Aviação e no Bairro Inocoop e
em algumas condicionantes de Licenças Ambientais, está sendo Solicitada a doação
de PEV’s para o Município.
6.15 Medidas Para Recuperação
A área que era utilizada para deposição de resíduos municipais foi devidamente
cercada com arames e conta com uma guarita de controle de acesso à área. Na
área as quantias de resíduos que existiam no local, estão sendo devidamente
cobertas por camada de argila.
Visto isso, a drenagem superficial das águas pluviais ocorre de forma natural e
ordenada, uma vez que a área encontra-se em locais planos, não havendo a
possibilidade de surgirem ravinas ou voçorocas bem como o carreamento de
sedimentos.
Todas as ações e iniciativas de recuperação da antiga área de deposição estão
previstas no TCA 02/2013 firmado entre o Ministério Público Estadual, IEMA, MPT e
São Mateus, o qual se encontra em fase de atendimento.
6.16 Disposição de Resíduo na Área
A área foi utilizada para a deposição de resíduos, desde anos 80 até meados de
2014, quando foi desativada definitivamente, perfazendo então uns 30 anos em que
esteve em operação.
No local eram depositados apenas resíduos domiciliares da coleta pública diária da
cidade, bem como materiais inertes como resíduos de construção civil e resíduos de
poda.
De acordo com estudo de órgãos que atuam no serviço de coleta e destinação, a
composição geral gravimétrica dos resíduos domiciliares apresenta-se da seguinte
forma:
Figura 2: Composição gravimétrica dos resíduos domiciliares
7 RELATÓRIO FOTOGRÁFICO
7.1Foto da entrada da área
7.2Foto com vista geral da área e do entorno
7.3Foto Estrada de Acesso
7 INDICAÇÃO DAS MEDIDAS PARA A RECUPERAÇÃO DA ÁREA
Depois de diagnosticado a característica das antigas áreas de deposição de
resíduos sólidos urbanos existentes no município de São Mateus chega-se as
seguintes conclusões:
A antiga área de deposição de RSU, encontram-se desativadas para o
recebimento dos resíduos de coleta domiciliar do município desde o inicio de Agosto
de 2014, sendo utilizada apenas uma pequena área onde ocorre o transbordo
desses resíduos.
Atualmente, todo resíduo gerado no município é enviado para o aterro da
Brasil ambiental em Aracruz, evitando que o município receba estes resíduos de
forma irregular.
Através do TCA 02/2013 firmado entre o Ministério Público Estadual, IEMA,
MPT e São Mateus, todas as medidas de compensação e recuperação previstas
para a área vem sendo providenciadas.
Para que se escolha da melhor técnica a ser utilizada, este estudo prévio visa
avaliar as condições físicas e o comprometimento ambiental da área.
Após estes estudos podemos verificar o grau de necessidade de analisarmos as
águas superficiais e subterrâneas, a caracterização geotécnica do solo, entre outros
aspectos locais.
De acordo com o grau de contaminação ou não contaminação do solo, poderemos
aplicar as seguintes técnicas de desativação e recuperação das áreas:
7.4Técnicas de Desativação
7.4.1 Remoção dos Resíduos
Uma das técnicas utilizadas para o encerramento de uma área degradada pela
disposição inadequada de resíduos envolve a remoção e o transporte desses
resíduos para outro local, previamente preparado e regularizado no órgão ambiental
competente. Essa alternativa só é viável quando a quantidade de resíduos a ser
removida e transportada não é muito grande, pois essas atividades representam
elevados custos e dificuldades operacionais, que podem inviabilizar
economicamente o processo.
A quantidade de resíduos a ser removida é uma questão de ampla relatividade, pois,
prefeituras com maiores recursos orçamentárias e com equipamentos adequados,
poderão remover quantidades julgadas por elas pequenas e que seriam grandes
pelas administrações de menor capacidade.
A adoção desse tipo de projeto deve prever um uso futuro apropriado para a área,
evitando-se a ocupação por habitações ou outras instalações que possam colocar
em perigo a população. Adicionalmente, deve-se considerar que os custos resultam
da soma dos valores remunerados para as operações de escavação e deslocamento
do resíduo, com os gastos adicionais de conformação, drenagem e proteção vegetal
na antiga área a ser recuperada.
Paralelamente à remoção dos resíduos, poderá ser realizada uma avaliação da
contaminação do solo e água subterrânea na área degradada.
Caso a avaliação não tenha constatada gravidade ou a ocorrência de contaminação
na área, deve ser realizada a sua recuperação com solo natural e revegetação com
espécies da região.
Caso a avaliação tenha apresentado indícios de contaminação na área, deve-se
definir as ações visando ao gerenciamento da contaminação, bem como à
reabilitação da área.
Em alguns casos, são necessárias medidas de proteção à saúde da população,
sendo mais comum a instalação de lacres em cisternas ou poços, para evitar o
consumo de água subterrânea contaminada.
7.4.2 Recuperação Simples
Há algumas situações em que um conjunto de circunstâncias indica como mais
sensatas as medidas de recuperação simplificadas, por meio doença dos resíduos
dispostos no lixão.
A técnica de recuperação simples deve ser avaliada quando for inviável a remoção
dos resíduos dispostos no local, em função da quantidade e de dificuldades
operacionais, quando a extensão da área ocupada pelos resíduos não for muito
grande e, sobretudo, quando o local não puder ser recuperado.
Recomenda-se a recuperação simples somente quando um grupo de condições
específicas for atendido:
o maciço do depósito deve ter pequena altura e ter taludes estáveis na condição em
que se encontra, podendo ser capeado com solo, sem manejo de lixo, de modo
seguro e economicamente viável;
o depósito não deve estar localizado em:
áreas de formação cárstica, ou sobre qualquer outra formação geológica
propícia à formação de cavernas;
17 áreas de valor histórico ou cultural, como, por exemplo, os sítios
arqueológicos;
áreas de preservação permanente, áreas de proteção ambiental e reservas
biológicas;
áreas com menos de 200 metros de distância de corpos hídricos utilizados
para irrigação de hortaliças e consumo humano.
deve haver disponibilidade de solo apropriado para o encapsulamento dos resíduos
a menos de 1,5 km do local;
não ter ocorrido comprometimento das águas subterrâneas, constatado em análises
químicas e biológicas;
Obedecidas às condições citadas, recomenda-se a realização das seguintes
atividades:
avaliação da extensão da área ocupada pelos resíduos;
delimitação da área com cerca de isolamento e portão;
identificação do local com placas de advertência;
arrumação dos resíduos em valas escavadas ou reconformação geométrica
dos resíduos com a menor movimentação de lixo possível, ficando a critério
dos técnicos responsáveis, a obtenção da configuração mais estável.
recobrimento do maciço de resíduos com uma camada mínima de 50 cm de
argila de boa qualidade, inclusive nos taludes laterais.
execução de canaletas de drenagem pluvial a montante do maciço para
desvio das águas de chuva;
lançamento de uma camada de terra vegetal ou composto orgânico para
possibilitar o plantio de espécies nativas de raízes curtas,
Dentre as vantagens aventadas para esse tipo de intervenção, ressalta-se a
simplicidade dos equipamentos exigidos (trator de esteiras de qualquer porte é
desejável), dispensando a aquisição de novos equipamentos e das operações
envolvidas para a selagem do lixão e para a execução de drenagem pluvial, por
exemplo.
Como uma desvantagem importante da recuperação simples menciona-se a
restrição de uso futuro da área, porém, a área objeto desta avaliação já se encontra
averbada em cartório suas restrições para o uso futuro.
Além disso, vale destacar que a disposição de resíduos do município, é realizada em
local adequado, em conformidade com alegislação ambiental e as normas técnicas
pertinentes, mais precisamente no aterro sanitário da Marca Ambiental.
7.4.3 Recuperação Parcial
A recuperação parcial poderá ser utilizada nos casos excepcionais, quando
avaliação da situação do lixão não se enquadrar na recuperação simples prevista
devido às restrições observadas durante os estudos prévios de avaliação da área,
que incluem a avaliação da água subterrânea quanto à contaminação. Caso a
avaliação tenha apresentado indícios de contaminação na área, devem ser definidas
as ações para o gerenciamento da contaminação, bem como as medidas de
recuperação a serem adotadas .Por outro lado, caso a avaliação não tenha
constatada a ocorrência de contaminação da água subterrânea, deverá ser
implantado um Programa de Monitoramento da água subterrânea, com frequência
de 06 (seis) meses e extensão a serem definidas. Tal ação é justificada uma vez que
essa técnica não cessa todas as fontes de contaminação da área, como, por
exemplo, a geração de chorume no maciço de resíduos. Os demais impactos
ambientais poderão ser sensivelmente mitigados, imediatamente após a intervenção
pela recuperação parcial, com diferentes graus de intensidades.
Cabe observar que a recuperação parcial de um lixão deve ser objeto de um projeto
conceitual e de um projeto executivo, que contemple, no mínimo, as seguintes
medidas:
reconformação geométrica baseada em avaliação geotécnica para garantir a
estabilidade dos taludes e capeamento do lixão com selo impermeável;
conformação do platô superior com declividade mínima de 2%, na direção das
bordas;
coleta e desvio das águas superficiais, de forma a minimizar o ingresso das águas
de chuva no maciço de resíduos;
controle da emissão e queima de gases;
isolamento da área;
controle de recalques;
controle da qualidade das águas superficiais e subterrâneas da área, por meio de
poços de monitoramento;
implantação de cobertura vegetal com gramíneas nos maciços de resíduos
encerrados.
A seguir são apresentados três exemplos de soluções que ilustram a recuperação
parcial de lixões:
a) Alternativa 01
Alternativa de concepção mais simples, considerando a rapidez de execução, a
simplicidade executiva e os menores custos e tem a seguinte proposta:
a camada selante será construída com argila compactada, sem controle
tecnológico, com espessura de 80 cm nas plataformas e bermas e 50 cm na
superfície dos taludes;
a zona radicular das espécies graminosas a serem plantadas sobre a
superfície reconformada do lixão será suportada por uma única camada de
solo/composto orgânico com espessura de 40 cm;
o sistema de drenagem de gases será constituído por furos (a serem
construídos por equipamento destinado a escavação de estacas de
fundações, com diâmetro de 40 cm) preenchidos por brita n.º 4. Na
extremidade superior dos furos será colocado um tubo de concreto, destinado
à queima dos gases;
a área deverá ser isolada por meio de cerca complementada por uma cerca
viva inserida no plano paisagístico.
b) Alternativa 02
Essa alternativa é de concepção intermediária, considerando principalmente os
aspectos de custo, facilidade operacional e prazo de execução, e tem a seguinte
proposta:
a camada selante será construída com argila compactada, com controle
tecnológico criterioso das camadas compactadas, usando- se espessuras de
60 cm nas plataformas e bermas e 40 cm na superfície dos taludes;
a zona radicular das espécies graminosas a serem plantadas sobre a
superfície reconformada do lixão será suportada por uma camada de argila
moderadamente compactada, com 20 cm de espessura, (imediatamente
acima da camada selante) e de solo/composto orgânico com espessura de 40
cm;
a sistema de drenagem de gases será constituído de furos (a serem
construídos por equipamento destinado a escavação de estacas de
fundações, com diâmetro de 60 cm) preenchidos por brita n.º 4. Na
extremidade superior dos furos será colocado um tubo de concreto, destinado
à queima dos gases;
a área deve ser isolada por meio de cerca complementada por uma cerca
viva inserida no plano paisagístico.
c) Alternativa 03
Essa alternativa é a de concepção técnica mais rigorosa e de expectativade
melhores resultados, porém implicando aumento no tempo de execução,na
complexidade executiva e nos custos. A proposta consiste no seguinte:
a proteção de cobertura será feita com material geocomposto, como se
descreve a seguir, sendo o material terroso retirado de área de empréstimo
situada próximo ao lixão.
a camada selante será construída com geomembrana de PEAD (espessura
de 1 mm), sobre a qual serão colocadas as camadas de proteção (argila
moderadamente compactada com espessura de 40 cm), de drenagem e
substrato orgânico para a cobertura vegetal;
a zona radicular das espécies graminosas a serem plantadas sobre a
superfície reconformada do lixão será suportada por uma camada de
solo/composto orgânico com espessura de 40 cm.
o sistema de drenagem de gases será constituído de furos (a serem
construídos por equipamento destinado à escavação de estacas de
fundações), posteriormente encamisados por tubos de concreto perfurado e
preenchidos por brita n.º 4. A queima dos gases será feita na extremidade
superior dos tubos;
a área deve ser isolada por meio de cerca complementada por uma cerca
viva inserida no plano paisagístico.
24Cabe destacar que a escolha da melhor alternativa deve ser feita a partir de um
minucioso levantamento de suas necessidades, bem como vantagens e
desvantagens, discutindo-as previamente com profissionais e empresas habilitadas.
Destaca-se, ainda, que as alternativas apresentadas são apenas exemplos de
recuperações parciais, podendo sofrer adaptações quanto à realidade das áreas de
deposição do município.
8 ESTIMATIVAS DE CUSTO PARA A RECUPERAÇÃO DA ÁREA
Os custos para a recuperação das áreas objeto desta avaliação podem variar de
acordo com os diagnósticos obtidos.
Podemos elencar valores generalizados referentes às atividades que poderão ser
aplicadas caso necessárias sendo as seguintes:
8.4Sondagem
Sondagem: R$ 150,00/metro perfurado
8.5Análises físico-químicas e biológicas do solo
Descrição dos Parâmetros PeriodicidadeQuantidade de
amostrasValor Total
CONAMA 420/2009Semestral 15 15.750,00
OBS: a periodicidade estimada para realização de análises poderá ser alterado de acordo com os primeiros
resultados obtidos.
8.6Construção de canaletas de drenagem superficial
Construção de canaletas de drenagem: R$ 30,00/metro x 6.000 metros
9.4 Aberturas de poços piezométricos de monitoramento de água subterrânea.Mapeamento e Instalação de poços piezométricos: R$ 2.000,00 / Uni
9.4 Análises físico-químicas e biológicas de água Subterrâneas.
Descrição dos parâmetros
Descrição dos Parâmetros PeriodicidadeQuantidade de
amostrasValor Total
CONAMA 420/2009Semestral 15 14.700,00
OBS: a periodicidade estimada para realização de análises poderá ser alterado de acordo com os primeiros
resultados obtidos.
9.5 ReflorestamentoReflorestamento: R$ 14.000,00 /ha
ANEXO I
Planta Georreferenciada da área
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