vida Útil - equipamentos - caldeira, etc
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EEssttuuddoo ddee
VViiddaa ttiill EEccoonnmmiiccaa ee TTaaxxaa ddee
DDeepprreecciiaaoo
VOLUME 1 / 2
Escola Federal de Engenharia de Itajub
CERNE - Centro de Estudos em Recursos Naturais e Energia
Novembro 2000
-
ANEEL Agncia Nacional de Energia Eltrica 1 Estudo de Vida til Econmica e Taxa de Depreciao
NDICE
VOLUME 1 / 2
INTRODUO............................................................................................................................................4
ESTUDOS DE VIDA TIL ECONMICA ..................................................................................................6 Armazenagem, Manipulao, Transporte de Combustvel Lquido ou Gasoso.......................................6
Armazenagem, Manipulao, Transporte de Combustvel Nuclear .......................................................23
Armazenagem, Manipulao, Transporte de Combustvel Slido..........................................................29
Armazenagem, Manipulao, Transporte de Resduo..........................................................................36
Armazenagem, Manipulao, Transporte de Resduo Nuclear..............................................................54
Balana para Veculos de Carga ........................................................................................................60
Banco de Capacitores (Sistemas de Distribuio)................................................................................68
Banco de Capacitores (Sistemas de Transmisso) ..............................................................................77
Barragem e Adutora ..........................................................................................................................86
Barramento.......................................................................................................................................92
Caldeira............................................................................................................................................98
Cmara e Galeria ..............................................................................................................................103
Canal de Descarga ............................................................................................................................107
Chamin ...........................................................................................................................................113
Chave (Sistema de Distribuio).........................................................................................................119
Chave (Sistema de Transmisso) .......................................................................................................124
Compensador de Reativos .................................................................................................................129
Comporta..........................................................................................................................................136
Computador e Perifricos...................................................................................................................153
Condensador de Vapor ......................................................................................................................160
Conduto e Canaleta...........................................................................................................................163
Conduto Forado...............................................................................................................................168
Condutor (Sistema de Distribuio) ....................................................................................................177
Condutor (Sistema de Transmisso) ...................................................................................................182
Controlador Programvel ...................................................................................................................187
Conversor de Corrente ......................................................................................................................193
Conversor de Freqncia...................................................................................................................200
Disjuntor ...........................................................................................................................................205
Edificao Casa de Fora Produo Hidrulica..............................................................................213
Edificao Outras ...........................................................................................................................217
Elevador e Telefrico.........................................................................................................................221
Equipamento Geral............................................................................................................................226
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ANEEL Agncia Nacional de Energia Eltrica 2 Estudo de Vida til Econmica e Taxa de Depreciao
Equipamentos da Tomada Dgua...................................................................................................... 230
Equipamentos do Ciclo Trmico......................................................................................................... 246
Estradas de Acesso .......................................................................................................................... 254
Estrutura (Poste, Torre) (Sistema de Distribuio)............................................................................... 257
Estrutura (Poste, Torre) (Sistema de Transmisso) ............................................................................. 262
Estrutura da Tomada Dgua ............................................................................................................. 269
Estrutura Suporte de Equipamento e de Barramento ........................................................................... 273
Fibra tica........................................................................................................................................ 279
Gerador............................................................................................................................................ 286
Gerador de Vapor ............................................................................................................................. 293
Instalaes de Recreao e Lazer...................................................................................................... 299
Luminria ......................................................................................................................................... 304
Medidor ............................................................................................................................................ 309
Motor de Combusto Interna.............................................................................................................. 316
Painel, Mesa de Comando e Cubculo................................................................................................ 321
Pra-Raios ....................................................................................................................................... 326
Ponte Rolante, Guindaste ou Prtico.................................................................................................. 331
Precipitador de Resduos ................................................................................................................... 342
Protetor de Rede............................................................................................................................... 348
Reator (ou Resistor) .......................................................................................................................... 356
VOLUME 2 / 2
Reator Nuclear.................................................................................................................................. 361
Rede Local de Computadores ............................................................................................................ 368
Regulador de Tenso (Sistema de Distribuio) .................................................................................. 376
Regulador de Tenso (Sistema de Transmisso) ................................................................................ 383
Religador .......................................................................................................................................... 390
Reservatrio ..................................................................................................................................... 395
Seccionalizador................................................................................................................................. 401
Sistema Anti-Rudo ........................................................................................................................... 407
Sistema Auxiliar de Corrente Contnua ............................................................................................... 412
Sistema de gua de Circulao ......................................................................................................... 421
Sistema de Alimentao de Energia ................................................................................................... 426
Sistema de Amostragem Primrio ...................................................................................................... 431
Sistema de Ar Comprimido ................................................................................................................ 435
Sistema de Ar e Gases de Combusto ............................................................................................... 441
Sistema de Aterramento .................................................................................................................... 448
Sistema de Comunicao e Proteo Carrier...................................................................................... 453
Sistema de Comunicao Local ......................................................................................................... 462
Sistema de Controle Qumico e Volumtrico ....................................................................................... 467
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ANEEL Agncia Nacional de Energia Eltrica 3 Estudo de Vida til Econmica e Taxa de Depreciao
Sistema de Dados Meteorolgicos e Hidrolgicos................................................................................474
Sistema de Exausto, Ventilao e Ar Condicionado ...........................................................................482
Sistema de Lubrificao, de leo de Regulao e leo Isolante ..........................................................489
Sistema de Proteo Contra Incndio.................................................................................................495
Sistema de Pulverizao do Envoltrio de Conteno..........................................................................500
Sistema de Radiocomunicao ..........................................................................................................504
Sistema de Refrigerao de Emergncia do Ncleo do Reator .............................................................509
Sistema de Refrigerao do Reator ....................................................................................................515
Sistema de Refrigerao e Purificao do Poo de Combustvel Usado................................................523
Sistema de Resfriamento de Equipamentos ........................................................................................528
Sistema de Servios ..........................................................................................................................537
Sistema para Gaseificao de Carvo ................................................................................................541
Subestao SF6 ................................................................................................................................546
Subestao Unitria ..........................................................................................................................553
Suprimento e Tratamento Dgua .......................................................................................................561
Transformador de Aterramento...........................................................................................................567
Transformador de Distribuio............................................................................................................571
Transformador de Fora ....................................................................................................................579
Transformador de Medida ..................................................................................................................586
Transformador de Potencial Capacitivo ou Indutivo .............................................................................592
Transformador de Servios Auxiliares .................................................................................................597
Turbina a Gs ...................................................................................................................................602
Turbina Hidrulica .............................................................................................................................607
Turbogerador ....................................................................................................................................613
Urbanizao e Benfeitorias ................................................................................................................618
Veculos ............................................................................................................................................622
TABELA COMPARATIVA...........................................................................................................................631
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ANEEL Agncia Nacional de Energia Eltrica 4 Estudo de Vida til Econmica e Taxa de Depreciao
INTRODUO
O artigo 138, 2, da Lei n 6.404/76, estabelece
que: A diminuio de valor dos elementos do
ativo imobilizado ser registrada periodicamente
nas contas de:
Depreciao, quando corresponder
perda do valor dos direitos que tm por
objeto bens fsicos sujeitos a desgastes ou
perda de utilidade por uso, ao da
natureza ou obsolescncia;
Amortizao, quando corresponder
perda do valor do capital aplicado na
aquisio na aquisio de direitos de
propriedade industrial ou comercial e
quaisquer outros com existncia ou
exerccio de durao limitada, ou cujo
objeto sejam bens de utilizao por prazo
legal ou contratualmente limitado;
Exausto, quando corresponder perda
do valor, decorrente da sua exploso, de
direitos cujo objeto sejam recursos
minerais ou florestais, ou bens aplicados
nessa explorao.
Entretanto, a tendncia de um nmero significativo
de empresas simplesmente adotar as taxas
admitidas pela legislao fiscal. Os critrios
bsicos de depreciao, de acordo com a
legislao fiscal, esto consolidados no
Regulamento do Imposto de Renda atravs de
seus arts. 248 a 256.
O fisco admite ainda que a empresa adote taxas
diferentes de depreciao, quando suportadas por
laudo pericial do Instituto Nacional de Tecnologia,
ou de outra entidade oficial de pesquisa cientfica
ou tecnolgica (art. 253, 2, do RIR/94).
A base de clculo da depreciao ser:
Custo histrico, assim entendido o valor do
bem no balano anterior ou no incio do
perodo;
Valor de reavaliao decorrente de novas
avaliaes no ativo imobilizado.
A tcnica contbil estipula que o valor residual do
bem deve ser computado como deduo do seu
valor total para determinar o valor-base de clculo
da depreciao. Todavia, na prtica, esse
procedimento no tem sido muito adotado, pois
bastante difcil estimar o valor residual, numa
economia instvel como a nossa.
Uma dificuldade associada ao clculo da
depreciao a determinao do perodo de vida
til econmica do ativo imobilizado.
Alm das causas fiscais decorrentes do desgastes
natural pelo uso e pela ao de elementos da
natureza, a vida til afetada por fatores
funcionais, tais como a inadequao e o
obsoletismo, resultantes do surgimento de
substitutos mais aperfeioados.
Este trabalho visa o estudo dos diversos sistemas,
equipamentos e componentes do sistema eltrico,
quando ao problema de estimar uma vida til
econmica, e por conseguinte uma taxa de
depreciao para os mesmos.
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ANEEL Agncia Nacional de Energia Eltrica 5 Estudo de Vida til Econmica e Taxa de Depreciao
Existem diversos fatores que influenciam na vida
til econmica de um equipamento, por exemplo:
Caractersticas de operao: princpio de
funcionamento, condies de operao,
condies do ambiente onde este
equipamento est instalado, entre outras;
Tipos e freqncia de falhas;
Obsolescncia tecnolgica, advinda do
desenvolvimento de novos materiais e
novas tecnologias;
Tipo e freqncia de manuteno.
A manuteno toda atividade que se realiza
atravs de processos diretos ou indiretos nos
equipamentos, obras ou instalaes, com a
finalidade de lhes assegurar condies de cumprir
com segurana e eficincia as funes para as
quais foram fabricados ou construdos, levando-se
em considerao as condies de operao e
econmicas.
Esta desenvolve especial papel na determinao
da vida til econmica, uma vez que ela pode
determinar quando no ser mais
economicamente vivel dar manuteno no
equipamento. dividida da seguinte forma:
Manuteno Preditiva: Manuteno que se
realiza atravs de anlises das
caractersticas operativas e/ou fsica-
qumicas dos equipamentos, obras ou
instalaes, com a finalidade de detectar
possveis falhas;
Manuteno Preventiva: Manuteno que
se realiza mediante um servio
programado de controle, conservao e
reparao de equipamentos, obras ou
instalaes, com a finalidade de mant-los
em condies satisfatrias de
funcionamento, e de prevenir contra
possveis ocorrncias que acarretam sua
indisponibilidade;
Manuteno Corretiva: Manuteno que se
realiza em equipamentos, obras ou
instalaes, com a finalidade de corrigir as
causas e efeitos motivados por ocorrncias
constatadas, e que acarretam ou podem
acarretar sua indisponibilidade, em
condies quase sempre no
programadas. Esta se divide em:
Manuteno Corretiva de Emergncia,
quando se necessita proceder de imediato
o restabelecimento das condies normais
de utilizao dos equipamentos, obras ou
instalaes; e Manuteno Corretiva de
Urgncia, quando se necessita proceder o
mais breve possvel o restabelecimento
das condies normais de utilizao dos
equipamentos, obras ou instalaes;
Manuteno Corretiva Programada,
quando se necessita proceder, a qualquer
tempo, o restabelecimento das condies
normais de utilizao dos equipamentos,
obras ou instalaes.
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Armazenagem, Manipulao, Transporte de Combustvel Lquido e Gasoso
RESUMO
A matriz de processamento dos combustveis
lquidos e gasosos abrange uma complexa cadeia
de equipamentos envolvidos direta e
indiretamente no processo. Os combustveis
lquidos e gasosos aplicados na produo de
potncia por meio de turbinas a vapor ou motores
de combusto interna, so na sua grande maioria
derivados de petrleo. O suprimento de insumos
energticos, abrange uma logstica de
transmisso e distribuio e armazenamento,
garantidas por um sistema virio que envolve
modalidades de transporte como dutos, ferrovias,
hidrovias e rodovias, interligando unidades
produtoras s bases primrias, prximas s
refinarias, e estas s bases secundrias,
normalmente mais distantes. Os processos de
transmisso e distribuio de petrleo e seus
derivados so feitos preferencialmente por
bombeamento atravs de dutos, em funo dessa
modalidade apresentar capacidade de transporte
em grandes volumes, facilidade no controle do
fluxo, alta confiabilidade no suprimento e os
custos envolvidos no processo serem
relativamente menores quando comparados a
outros modos. O processo de armazenagem
funciona como um dispositivo regular entre a
taxas flutuantes de produo e as variaes dos
ndices de demanda. No processo de
armazenamento dos combustveis lquidos, so
utilizados em geral tanques de aos de grandes
dimenses em formato cilndrico ou cnico, e/ou
combinaes dessas duas formas, equipadas com
sistemas de aquecimento. Os combustveis
gasosos so armazenados em tanques
denominados vasos de presso de
armazenamento ou de acumulao, sob presso.
Os vasos de presses, com raras excees, tm o
casco na forma cilndrica, cnica ou esfrica e/ou
combinaes dessas trs formas. A vida til
proposta econmica proposta para esse trabalho
de 35 anos.
I. INTRODUO
Os processos de armazenamento, manipulao e
transporte de combustveis lquidos e gasosos so
analisados considerando suas propriedades
fsicas e composio qumica, inerentes a cada
tipo de combustvel, alm das especificaes
tcnicas relacionadas com a manuteno da
qualidade desejada e os custos envolvidos em
cada etapa do processo, at a sua efetiva
utilizao.
O suprimento de insumos energticos lquidos ou
gasosos aplicados gerao trmica a vapor ou a
combusto interna abrange, uma logstica de
transmisso e distribuio e armazenamento dos
combustveis em geral, garantidas por um sistema
virio que envolve modalidades de transporte
como dutos, ferrovias, hidrovias e rodovias,
interligando unidades produtoras s bases
primrias, prximas s refinarias, e estas s bases
secundrias, normalmente mais distantes.
Os combustveis lquidos compreendem variadas
combinaes no referido estado, ricas em
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ANEEL Agncia Nacional de Energia Eltrica 7 Estudo de Vida til Econmica e Taxa de Depreciao
hidrocarbonetos, com as mais diversas
propriedades motoras, qumicas e fsicas, e de
diversos meios de obteno, produzidos hoje
quase exclusivamente base do petrleo.
Os combustveis gasosos compreendem os gases
permanentes (gs de rua, gs de coque, gs de
alto forno, metano, gs natural), que a
temperatura ambiente, no se liquefazem mesmo
a altas presses, e gases liquefeitos (misturas de
propano, propileno, butano e butileno) que
temperatura ambiente, e altas presses se
liquefazem.
A seguir sero abordados equipamentos utilizados
no processo de armazenamento, manipulao e
transporte de combustveis lquidos e gasosos,
aplicados a gerao trmica a vapor ou
combusto interna.
I.1. ARMAZENAMENTO
O processo de armazenagem funciona como um
dispositivo regular entre a taxas flutuantes de
produo e as variaes dos ndices de demanda.
No processo de armazenamento dos insumos
(combustveis) lquidos para fins de gerao de
energia, so utilizados em geral tanques de aos
de grandes dimenses em formato cilndrico ou
cnico, e/ou combinaes dessas duas formas,
equipadas com sistemas de aquecimento
controlados termostaticamente e, com indicador
de temperatura prximo a linha de sada do
combustvel. Estes procedimentos permitem a
operao dos mesmos a nveis de temperatura
constante e, conseqentemente, na faixa ideal de
viscosidade do combustvel para seu manuseio.
Os combustveis gasosos so freqentemente
armazenados em tanques denominados vasos de
presso de armazenamento ou de acumulao,
em forma liquefeita, sob presso, para que se
possa acondicionar uma grande massa em um
volume relativamente pequeno.
Os vasos de presso (com raras excees) tm o
casco na forma cilndrica, cnica ou esfrica e/ou
combinaes dessas trs formas. A forma esfrica
utilizada no armazenamento de grandes massas
de combustvel, em funo dessa geometria
permitir uma distribuio uniforme das tenses no
material devido presso, com a qual se chega
menor espessura de parede e ao menor peso
relativo, em igualdade de presso e de massa
contida, quando comparada a outros formatos.
Em 1944 no Brasil, j havia uma estrutura de
abastecimento composta de instalaes de
armazenamento para combustveis somando
aproximadamente 815.000 m3 e mais cerca de
100.000 m3 para fins militares, construdas pelas
foras armadas americanas. Estas tancagens
estavam espalhadas pelos estados do Par,
Maranho, Cear Rio Grande do Norte, Bahia,
Minas Gerais, Esprito Santo, Rio de Janeiro,
Distrito Federal, So Paulo e Rio Grande do Sul.
Uma das caractersticas desses equipamentos o
fato de no serem produtos de linhas de
fabricao. So projetados e construdos por
encomenda, segundo o tipo, dimenses e formato
adequados s necessidades e as condies de
desempenho em cada caso. H no mercado,
inmeras empresas que atuam no seguimento de
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ANEEL Agncia Nacional de Energia Eltrica 8 Estudo de Vida til Econmica e Taxa de Depreciao
projeto e fabricao de reservatrios de
combustveis, sendo os principais fabricantes
nacionais so as empresas CONFAB, Pierre
Saby, ALUFER, SADE, FEM, Mecnica Pesada,
BARDELLA entre outros.
I.2. TRANSPORTE
A estrutura de abastecimento de combustveis
interliga, atravs de vrios modos de transporte,
trs pontos distintos:
Fontes de produo;
Refinarias;
Centros consumidores.
Com base nos trs pontos acima pode-se
classificar as etapas do transporte distintamente
em:
Transmisso: caracteriza-se pela etapa do
transporte da matria prima das fontes de
produo as refinarias, e dos derivados
aos centros de distribuio;
Distribuio: compreende a etapa do
transporte dos centros de distribuio dos
derivados aos centros consumidores.
A matriz de transporte para combustveis lquidos
e gasosos envolve as seguintes modalidades
caractersticas:
Rodovirio: atravs de caminhes tanques;
Ferrovirio: por vages tanques;
Hidrovirio e martimo: atravs de
embarcaes e navios tanques;
Por meio de dutos.
O sistema de transmisso e distribuio modal por
bombeamento atravs de dutos o meio mais
seguro e econmico de se transportar
combustveis lquidos e gasosos, interligando
regies produtoras, plataformas, refinarias,
terminais martimos, parques de estocagem e os
centros consumidores. Quase a totalidade dos
dutos constituda por tubos metlicos. Podem
ser instalados no mar ou em terra, e operam dia e
noite para garantir o abastecimento das refinarias
e suprir as necessidades de consumo dos centros
consumidores.
As bombas centrfugas para combustveis lquidos
e compressores a pisto para gasosos, com
vrias etapas de impulso, instaladas em srie ou
em paralelo, segundo os fluxos, as presses e as
necessidades de se contar com reservas.
Para conseguir a presso mnima necessria na
aspirao destas bombas, se recorrem a outras
pequenas bombas auxiliares denominadas
bombas de reforo ou booster.
Os motores que movem as bombas podem ser
eltricos, de exploso, cujo caso se alojam em
recinto distinto das bombas, ou turbinas a gs.
No parque de vlvulas ocorre regulao das
presses e fluxos do fluido. Chega-se a uma total
automao nestas estaes.
Em casos onde os centros de gerao no so
atendidos pela malha dutoviaria, por questes de
falta de investimentos ou demandas insuficientes
que justifiquem economicamente a implantao de
troncos para distribuio, o processo de
abastecimento intermodal, combinando as
outras modalidades de transporte em funo da
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ANEEL Agncia Nacional de Energia Eltrica 9 Estudo de Vida til Econmica e Taxa de Depreciao
capacidade, mobilidade dos respectivos modos e
vias de acesso. I.3. HISTRICO DO OLEODUTO NO BRASIL
A primeira linha de 10 de dimetro entre Santos e
So Paulo foi inaugurada em 20/10/1951. O
traado desse oleoduto representou um grande
desafio, pois alm do trecho pantanoso entre
Santos e Cubato, enfrentou-se pela primeira vez
a subida da Serra do Mar um desnvel de 750m
em apenas 1,5km. Esta obra tem sido usada
como referencia at os dias de hoje.
Em 1966 comeou a funcionar o primeiro duto de
grande extenso no Brasil, o Oleoduto Rio/Belo
Horizonte (ORBEL), transferindo produtos
refinados provenientes da Refinaria Duque de
Caxias (REDUC) para Belo Horizonte, com
dimetro de 18" e 365 km de extenso. Com a
entrada em operao da Refinaria Gabriel Passos,
em 1968, o oleoduto passou a desempenhar a
funo para a qual foi construdo, ou seja, atender
o abastecimento daquela Refinaria com petrleo
recebido atravs do Terminal da Guanabara
(TORGU).
A primeira grande obra da dcada de 70, na rea
de transporte, foi a entrada em operao, em
1971, da ampliao do TEBAR, permitindo a
atracao de navios de at 300.000 tpb e o
oleoduto So Sebastio/Paulnia com dimetro de
24" e 226 km de extenso.
I.4. HISTRICO DO GASODUTO NO BRASIL
Na dcada de 60, no Recncavo Baiano tambm
foram concludas algumas obras importantes
como a primeira Planta de Gasolina Natural (PGN)
do Brasil com a Unidade de Absoro em Catu e a
Unidade de Fracionamento em Mataripe. A fim de
alimentar e escoar a produo da PGN foi
construdo mais de 150 km de gasodutos e dutos
para gasolina natural e GLP.
A dcada de 80 caracterizou-se pela construo
de um grande nmero de gasodutos, ampliando o
aproveitamento do gs natural produzido no
Esprito Santo e principalmente na Bacia de
Campos, no litoral do Rio de Janeiro.
O primeiro gasoduto interestadual entrou em
operao em 1974 ligando os estados de Sergipe
e Bahia. o GASEB, como foi denominado. Ele tem
seu ponto inicial na Estao de Compressores de
Atalaia Velha, em Sergipe, e seu ponto final no
Campo de Catu, conectando-se ao sistema de
gasodutos do Recncavo Baiano. A sua extenso
de 235 km, o dimetro de 14" e capacidade
inicial de transferncia de 1.500.000 m3/dia.
I.5. MANIPULAO
Os processos de manipulao apresentam
algumas particularidades em relao aos
combustveis lquidos e gasosos utilizados nos
ptios de gerao.
Os equipamentos utilizados na manipulao dos
combustveis lquidos em ptios de gerao
trmica a vapor ou motor de combusto interna
compreendem:
Conjunto moto-bomba propulsor para
elevar a presso no fluxo de injeo do
leo aos queimadores, a patamares
adequados a nebulizao (atomizao);
Tanques de armazenagem principal para
reserva estratgica e de servio, caso este
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ANEEL Agncia Nacional de Energia Eltrica 10 Estudo de Vida til Econmica e Taxa de Depreciao
ltimo tambm exista, equipados com
sistemas de aquecimento, controlado
termostaticamente com indicadores de
temperatura.
Tubulaes isoladas termicamente com
sistemas de aquecimento do trecho entre o
tanque principal e/ou de servio ao(s)
queimador (es), possibilitando manter os
nveis de temperatura constante e,
conseqentemente, manter a faixa ideal de
viscosidade do combustvel para que
oferea baixa resistncia ao fluxo.
Nos geradores de vapor, a partir do tanque,
enchido atravs da estao de recepo, o
combustvel bombeado para tanques de servio
por meio de bombas especficas ou pela inverso
das bombas de admisso. A dimenso dos
tanques de servio suficiente para uma carga
total de 6 a 8 horas.
O combustvel dos tanques de servio flui atravs
dos filtros duplos de aspirao para as bombas
axiais dos queimadores, que comprimem o
combustvel atravs de pr-aquecedores
tubulares, aquecidos a vapor, e eventualmente
atravs de filtros duplos de presso, com presso
e viscosidade necessrias a atomizao do fluido
nos queimadores.
Quando opera com gs natural, utiliza-se o ciclo
OTTO; com leo pesado, o ciclo DIESEL. Existe
ainda uma terceira verso bi-combustvel
operando em ciclo DIESEL, que pode queimar
tanto gs natural como leo pesado.
Os motores de combusto interna que operam em
ciclo diesel tm como vantagens produzir pouco
rudo, grande durabilidade, possibilidade de
utilizar combustveis de baixa volatilidade (leo
cru, leo de alcatro e leo diesel), menores
exigncias de fiscalizao durante o
funcionamento e menos trabalho de manuteno,
devido ao nmero reduzido de vlvulas,
tubulaes bombas, etc. So utilizados em usinas
termoeltricas de grande potncia e na propulso
de navios de grande tonelagem.
Para gerao trmica por meio de motores de
combusto interna utilizando leo diesel os
tanques de armazenamento e as tubulaes no
possuem sistema de aquecimento, uma vez que a
viscosidade do leo diesel a temperatura e
presso ambiente so satisfatrias para imediata
utilizao.
Os parques equipados com de motores de
combusto interna estacionrios a gs e/ou
alimentao de caldeiras para gerao trmica a
vapor para gerao de grandes potncias, devem
estar circunscritos s regies onde haja
disponibilidade de combustveis gasosos (gs de
coqueria, gs de alto forno, metano, gs natural,
etc), que temperatura ambiente, no se
liquefazem, mesmo a altas presses. Os
equipamentos utilizados na manipulao so:
Sistemas de regulagem da presso e
medio (vasos de presso, vlvulas e
medidores) do gs para redes de
alimentao de alta e mdia presso;
Pressurizadores ou moto-compressor;
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ANEEL Agncia Nacional de Energia Eltrica 11 Estudo de Vida til Econmica e Taxa de Depreciao
Vasos de presso para armazenamento de
gases liquefeitos (misturas e propano,
propileno, butano, butileno);
Instrumentos de controles de vlvulas, que
atuam sobre vlvulas moduladoras para
regular a presso do gs.
Tubulaes sem sistemas de
aquecimento.
II. CARACTERSTICAS
II.1. TANQUES E VASOS DE PRESSO PARA
ARMAZENAMENTO DE COMBUSTVEIS LIQUIDOS
E GASOSOS
Os tanques e os vasos de presso e seus
componentes, para fins de armazenamento,
podem ser confeccionados com diversos
materiais, sendo as seguintes classes as
principais:
Materiais metlicos: Metais ferrosos -
Aos-carbono, aos-liga, aos inoxidveis;
Metais no-ferrosos - Alumnio e ligas,
nquel e ligas, titnio e ligas.
Materiais no-ferrosos: Materiais plsticos
reforados (termoestveis) e cermicas.
O ao-carbono o material mais empregado na
construo de tanques e vasos de presso para
armazenamento de combustveis lquidos e
gasosos, por ser um material de boa
conformabilidade, boa soldabilidade, de fcil
obteno e encontrado sob todas as formas de
apresentao, e o material de menor preo em
relao a sua resistncia mecnica.
As propriedades do ao carbono so influenciadas
por sua composio qumica e pela temperatura
de trabalho. O aumento na quantidade de carbono
no ao produz basicamente um aumento nos
limites de resistncia e de elasticidade e na
dureza e temperabilidade do ao; em
compensao, esse aumento prejudica a
ductilidade e a soldabilidade do material.
O ao-carbono um material de baixa resistncia
a corroso, sendo necessrio o acrscimo de
sobre-espessura no casco, para prevenir a
corroso em todas as partes em contato com os
fluidos de processo ou com a atmosfera, ou
aplicao de uma pintura ou outro revestimento
protetor adequado.
Os aos-ligas (alloy-steel) so aos que
possuem em sua composio uma quantidade de
outros elementos (molibdnio, cromo, nquel,
fsforo e cobre) alm da composio bsica dos
aos carbonos. Estes elementos acrescidos h
estrutura cristalina dos aos, conferem altas
resistncias corroso (cromo, fsforo, cobre),
fluncia (molibdnio) e fratura devido as baixas
temperaturas (nquel).
Os aos-liga so mais caros que os aos-carbono,
em funo da maior quantidade de elementos de
liga em sua composio, alm dos processos de
fabricao (usinagem, montagem e soldagem)
eles so mais difceis e custoso.
Devido a alta resistncia aos agentes oxidantes,
tanques e vasos confeccionados em aos-liga
apresentam uma vida til sensivelmente maior em
relao aos aos-carbonos.
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ANEEL Agncia Nacional de Energia Eltrica 12 Estudo de Vida til Econmica e Taxa de Depreciao
O cdigo ASME seo VIII, divises 1 e 2
(American Society of Mechanical Engineers) so
as normas de referencia (materiais, projetos e
processos de fabricao) para tanques e vasos de
presso.
II.2. LEODUTOS E GASODUTOS
Os dutos para transporte de combustveis lquidos
e gasosos so confeccionados na sua grande
maioria, com tubos de seo circular de aos-
carbono e, eventualmente para necessidades
especiais empregam-se outros materiais como
aos-liga, fundidos e plsticos entre os principais.
Entre os dutos de aos-carbono se empregam trs
tipos fundamentais:
Tubos sem costura ou estirados obtidos
por puno e laminao de troncos
(procedimento Mannesman);
Tubos soldados longitudinalmente obtidos
por calandreamento e soldagem das
chapas por arco submerso;
Tubos helicoidais obtidos por enrolamento
e soldagem em arco submerso de chapas
procedente de bobinas.
Com o objetivo de proteger os dutos contra
corroso, se recorre freqentemente a proteo
catdica em geral por corrente impressa e
ocasionalmente com anodos de sacrifcio. Utiliza-
se de potenciais de proteo da ordem de 1,5
volts em relao ao solo.
A utilizao dos revestimentos termoplsticos,
pinturas a base de resinas epxi, polister e ligas
mais adequadas a manipulao de
hidrocarbonetos, tambm tm contribudo para
uma melhora significativa na resistncia a
corroso, prorrogando sensivelmente a vida utl.
As normas tcnicas pertinentes a especificao de
tubos para conduo, so:
Tubos de ao-carbono: ASTM A106 graus
A, B e C; ASTM A53 graus A e B; ASTM
A120; ASTM A333 grau 6; API 5L; API 5LX
grau 42, 46, 52,60,65, 70; ASTM A134;
ASTM A135 grau A e B; ASTM A671;
ASTM A672; ASTM A211.
Tubos de Aos-liga e aos inoxidveis:
ASTM A335 graus P1,P5, P11, P22, 3 e 7;
ASTM A691; ASTM A333; AISI 304, 304
L, 316, 316L, 321, 347 e 405.
II.3. BOMBAS
Bombas so mquinas operatrizes hidraulicas,
que recebem energia de uma fonte motora e
conferindo-a ao fluido no estado liquido, com a
finalidade de transport-lo de um ponto para outro,
obedecendo s condies do processo.
O modo pelo qual feita a transmisso da
potncia mecnica ao fluido, aumentando sua
presso e/ou velocidade. Classificam as bombas
em:
Bombas de deslocamento positivo ou
volumgenas;
Turbobombas ou rotodinmicas.
As bombas de deslocamento positivo
caracterizam-se pela movimentao do rgo
propulsor da bomba, que obriga o fluido a
executar o mesmo movimento do qual est
animado. Esta categoria de bombas podem ser
divididas em dois tipos: alternativas e rotativas.
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ANEEL Agncia Nacional de Energia Eltrica 13 Estudo de Vida til Econmica e Taxa de Depreciao
Nas bombas alternativas, o lquido recebe a ao
das foras diretamente de um pisto ou mbolo
(pisto alongado) ou de membrana. Classificam-
se em:
Pisto ou mbolo (duplo efeito e simples
efeito, acionadas pela ao do vapor
(steam pumps), motores de combusto
interna ou eletricos (power pumps);
Diafragma (operao por fluido ou
mecanicamente.
Nas bombas rotativas, o lquido recebe ao de
foras de um ou mais propulsores dotados do
movimento de rotao. Pode-se classifica-las em:
Rotor nico (palhetas (deslizantes,
oscilantes e flexveis), pisto rotativo,
elemento flexvel e parafuso simples);
Rotores mltiplos (engrenagens (exteriores
e interiores), rotores lobulares, pistes
oscilatrios e parafusos (duplos e
mltiplos).
As turbobombas ou rotodinmicas so mquinas
nas quais a movimentao do lquido produzida
por foras que se desenvolvem na massa lquida,
em conseqncia da rotao de um rotor
(impelidor) com um certo nmero de ps
especiais.
A distino entre os tipos de bombas
rotodinmicas feita fundamentalmente em
funo da forma como o impelidor cede energia
ao fluido bem como a orientao do fluxo ao sair
do impelidor. Classificam-se em: bombas
centrfugas puras ou radiais, bombas de fluxo
axial ou propulsoras, bombas de fluxo misto ou
diagonal.
A bomba centrfuga propriamente dita, tem um
rotor cuja forma obriga o fluido a deslocar-se
radialmente. Em outro extremo figuraria as
bombas cujo rotor desloca o fluido axialmente,
denominada de bomba de fluxo axial. Entre
ambos os tipos de rotores, h o que desloca o
fluido com componentes axiais e radiais de
velocidade chamada de fluxo misto ou diagonais.
As bombas centrfugas ou radiais so dotadas de
um rotor cuja forma obriga o fluido a deslocar-se
paralelamente ao eixo, sendo dirigido pelas ps
para a periferia, segundo trajetrias contidas em
planos normais ao eixo do rotor. Em outro extremo
figuraria as bombas de fluxo axial, cujo rotor em
forma de hlice transmite a energia cintica
massa lquida por foras puramente de arrasto,
caracterizando-se pela direo do fluxo na sada
ser paralela ao eixo de rotao.
As bombas centrfugas de fluxo misto fornecem
energia ao fluido pelo efeito combinado das
componentes das foras centrifugas e de arrasto,
produzindo no rotor um fluxo inclinado em relao
ao seu eixo.
Quanto ao nmero de estgios, pode-se
classifica-las em:
Simples estgio: o fornecimento da energia
ao lquido feito em um nico estgio
(constitudo por um rotor e um difusor);
Mltiplos estgios: a transferncia de
energia ao lquido feita por dois ou mais
rotores fixados no mesmo eixo. A
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ANEEL Agncia Nacional de Energia Eltrica 14 Estudo de Vida til Econmica e Taxa de Depreciao
passagem do liquido em cada rotor e
difusor configura um estgio na operao
de bombeamento.
Dimenses excessivas, correspondente custo
elevado e baixo rendimento fazem com que
fabricantes no utilizem bombas de um estgio
para alturas de elevao grandes. Esse limite
pode variar de 50 a 100 metros, conforme a
bomba, mas a fabricantes que constroem bombas
com um s estgio, para alturas bem maiores,
usando rotores especiais de elevada rotao,
como o caso das bombas Sundayne com
rotaes que vo de 3600 a 24700 rpm, usando
engrenagens para conseguir elevadas rotaes.
H tambm outra categoria de bombas
rotodinmicas centrfugas que usa um rotor com
palhetas tipo Francis. A caractersticas desse rotor
que suas palhetas possuem curvaturas em dois
planos. Essa particularidade aproxima o
desempenho dessa bomba ao de uma bomba de
fluxo misto, para aplicadas nas linhas de impulso
no processo de transporte de combustveis com
viscosidade elevadas.
A seleo do tipo de bomba mais adequado para
a manipulao de combustveis lquidos a base de
petrleo funo das seguintes caractersticas:
A viscosidade do fluido (combustvel);
Capacidade necessria (fluxo);
Presso e altura manomtrica necessrios.
Este fator pode determinar o ponto de
funcionamento em caso de bombas
centrfugas;
Natureza do combustvel. A presena de
elementos potencialmente corrosivos no
fluido.
Relaciona-se abaixo os servios prprios da
indstria de petrleo e nas centrais de gerao
trmica a vapor e os tipos de bombas comumente
empregados para cada caso.
Transporte e manipulao de petrleo cr:
Conduo: centrfuga horizontal de
mltiplos estgios e alternativas;
Carga: cntrfuga de um e mltiplos
estgios e de turbina (tipo Francis) e
rotativas.
Linhas de Impulso: de turbina vertical
(tipo Francis);
Lanamento: combinaes de bombas de
hlice de um estgio e de turbinas de
mltiplos estgios;
Injeo: alternativas.
Refinarias:
Bombas para refinarias: vrios tipos de
centrfugas, de turbina, submergveis,
rotativas e alternativas;
Bombas de processo: centrfugas e de
turbina (tipo Francis);
Bombas qumicas: centrfugas de vrios
tipos;
Bombas dosadoras: dosadoras e
contadoras.
Transporte de produtos refinados so utilizadas
bombas centrifugas, rotativas e alternativas.
Os fatores bsicos que influenciam na
durabilidade das bombas so as condies de
operao (presses, temperaturas, velocidades e
viscosidade do fluido manipulado) compatveis
com as caractersticas de projeto da bomba, as
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ANEEL Agncia Nacional de Energia Eltrica 15 Estudo de Vida til Econmica e Taxa de Depreciao
manutenes e principalmente os materiais dos
quais elas so confeccionadas.
Os materiais so selecionados em funo das
condies de resistncia mecnica (trao,
fluncia, fadiga, desgaste por atrito, etc),
composio qumica (corroso), facilidade de
fabricao e custos envolvidos.
A seleo dos materiais metlicos para confeco
das bombas feita em funo do pH do fluido a
manipular. So basicamente:
(pH de 0 4) Aos inoxidveis, aos de
alta liga, ligas intermediarias e baixa liga;
(pH de 4 6) Totalmente de Bronze;
(pH de 6 9) Ferro fundido ou ao-
carbono moldado (normais ou com peas
de bronze);
(pH de 9 14) Totalmente de ferro.
Devido a patamares de escoamento mais
elevados, os aos moldados so aplicados para
bombas de alta presso e, nas de maior tamanho,
as carcaas podem ser de ao forjado ou soldado,
ou inclusive de aos inoxidveis.
Para bombas submetidas a baixas e mdias
presses, as carcaas e rotores so
confeccionados em ferro fundindo, os eixos em
aos de alta resistncia trao e, ao ou bronze
para peas de reposio submetidas ao desgaste.
O bronze e os aos inoxidveis no so muito
adequados para trabalhar a temperaturas
elevadas. Em funo do elevado coeficiente de
dilatao desses materiais, causa grandes
dificuldades em manter ajustes e folgas corretas
e, pela sensvel perda de resistncia a trao.
Entre outros materiais metlicos de construo
empregados na fabricao de bombas para
manipulao de combustveis lquidos, tem-se:
Ligas no-ferrosas: srie de ligas para
servios duros baseados em nquel, cromo
e molibdnio com menos de 20% de ferro
e pequenas quantidades de cobre,
mangans, silcio e tungstnio;
Ferro com alto contedo em silcio: com
uma porcentagem mnima de 14,25% de
silcio;
Fundio de ferro austentico: comum
mnimo de 22% de nquel, cobre e cromo
no total;
Monel, Titnio entre outros.
Os materiais no metlicos oferecem vantagens
no custo inicial, pois evita os gastos em ligas
especialmente resistentes a corroso e na
manuteno ao longo da vida til. Os materiais
cermicos tais como a porcelana, arenito e vidro
so, em geral, de excelente resistncia qumica
(corroso), porem difceis de fabricar e carecem
de resistncia mecnica baixa a solicitaes no
estticas.
A mesma fragilidade inerente nos materiais
polimerizados rgidos, mas os mesmos podem ser
reforados mecanicamente como poliester e as
resinas epxi reforadas com fibra de vidro e
outras resinas termoestveis.
A aplicao dos materiais termoplsticos na
confeco de bombas torna-se conveniente por
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ANEEL Agncia Nacional de Energia Eltrica 16 Estudo de Vida til Econmica e Taxa de Depreciao
sua capacidade de melhorar as propriedades
tanto mecnicas como qumicas e, podendo ser
facilmente moldado em qualquer formato. Alguns
deles so considerados como material de
engenharia por direito prprio, sobre tudo o nylon,
poliester, o policarbonato e o polipropileno.
A convenincia de aplicar um material base de
polmeros na fabricao de bombas, depende de
suas propriedades fsicas, do custo inicial, e da
reduo dos custos de manuteno que se pode
conseguir em funo de uma maior durabilidade
dos componentes alm dos custos de substituio
do equipamento. A menor resistncia fsica destes
materiais, assim como seus mdulos de
elasticidade impem limitaes no tamanho dos
componentes totalmente plsticos.
A tecnologia dos materiais cermicos e polmeros
vem evoluindo de maneira rpida e consistente.
Com os incrementos tecnolgicos, em mdio
prazo, aprimorando suas propriedades fsicas
(dureza, ductilidade, etc) e mecnicas (fluncia,
trao, etc), esses materiais deixaram de ser
aplicados em casos isolados, para utilizao em
grande escala na fabricao de bombas,
contribuindo para um sensvel aumento na vida
til do equipamento.
A especificao ASTM (American Society for
Testing and Materials) de materiais para peas de
bombas de acordo com o Hidraulic Institute, para
manipulao e transporte de derivados de
petrleo:
Fundidos: ASTM A48; ASTM A216 grau
WCA ou WCB; ASTM A217 grau C5;
ASTM 743 grau CA15 ou CA6NM; ASTM
743 grau CF8M; ASTM B 584, UNS-C
87200.
Forjados: ASTM A105 ou A576; ASTM
A182 grau F5; ASTM A182 grau F6; ASTM
A182; ASTM A182 grau F316.
Barras: ASTM A576 grau 1015; ASTM
A322 grau 4140; ASTM A276 tipo 410 ou
416; ASTM A276; ASTM A276 tipo 316;
ASTM B139.
Parafusos e estojos: ASTM A193 grau B7;
ASTM A193 grau B6; ASTM A193; ASTM
A193 grau B8M; ASTM B124 liga 655.
II.4. COMPRESSORES
Compressores so utilizados para proporcionar a
elevao da presso de um gs ou escoamento
gasoso. Nos processos de manipulao e
transporte de combustveis gasosos, elevao de
presso em relao a atmosfera, pode variar
desde um centsimo de bar at centenas de
bares.
A classificao dos compressores basicamente
idntica as bombas.
De acordo com a natureza do movimento principal
apresentado por esse tipo de mquina, os
compressores podem ser classificados de uma
maneira geral, em alternativos e rotativos.
Os compressores alternativos podem ser tanto de
mbolo (pisto) como de membrana. Quando de
membrana, esta pode ser movimentada direta ou
indiretamente por meio de leo, que comprimido
por um pisto secundrio.
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ANEEL Agncia Nacional de Energia Eltrica 17 Estudo de Vida til Econmica e Taxa de Depreciao
O acionamento desse tipo de compressor tipo de
compressor rotativo, mas eventualmente, em
pequenas unidades, adotado tambm o
acionamento alternativo direto (motores
eletromagnticos).
Os compressores rotativos, por sua vez, podem
ser:
De engrenagens de fluxo tangencial
(Roots);
De engrenagens helicoidais ou de fluxo
axial;
De palhetas;
De pndulo;
De anel lquido;
De pisto rotativo;
Centrfugos ou radiais;
Axiais.
Os processos de transporte de combustveis no
estado gasoso via dutos, demanda altas vazes e
elevados nveis de presso e consequentemente
o efeito indesejado da elevao da temperatura
devido ao processo de compresso.
Em funo dessas caractersticas os
compressores alternativos pisto, alimentados
por motores de combusto so amplamente
empregados nas estaes de compresso. Eles
operam em baixas velocidades e produzem
elevadas presses. Suas desvantagens so:
Requerem grande espao devido a sua
robustez;
Contm inmeras vlvulas e outras partes
internas mveis que requerem
manuteno peridica, o que acarreta um
elevado custo operacional.
Os compressores centrfugos so utilizados no
processo em menor escala. Podem ser acionados
por motores de combusto, motores eltricos ou
turbinas a gs. Atuam com elevadas vazes mas
com menor relao de compresso.
A durabilidade dos compressores est relacionada
com as condies de operao (presses,
temperaturas) compatveis com as especificaes
de projeto do equipamento; seleo dos materiais
empregados na fabricao adequada s
solicitaes mecnicas (trao, fluncia, fadiga,
atrito, etc.), qumicas (corroso) bem como o
cumprimento de bons programas de manuteno.
O ferro cinzento o material adotado para
cilindros que iro operar com presses moderadas
(= 70000kPa), de boa resistncia a corroso e
excelente usinabilidade. Para a faixa acima dessa
presso (= 10000kPa) vem sendo muito utilizado
o ferro fundido nodular, mais resistente e mais
dctil que o cinzento, porm de difcil
usinabilidade. Para altas presses, os cilindros
so fundidos em aos-liga (=17000kPa) ou
forjados no mesmo material.
As carcaas e rotores so confeccionados em
ferro fundindo ou aos-liga fundido ou forjado. Os
eixos e rotores ou palhetas, em aos de mdia e
alta liga Cr-Mo, devido a elevada resistncia a
fluncia apresentada por essas ligas.
II.5. VLVULAS
As vlvulas so dispositivos destinados a
estabelecer, controlar e interromper o fluxo em
uma tubulaes. Elas representam em torno de
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ANEEL Agncia Nacional de Energia Eltrica 18 Estudo de Vida til Econmica e Taxa de Depreciao
8% do custo total de uma instalao de
processamento. So classificadas em:
Vlvulas de Bloqueio (destinam-se a estabelecer
ou interromper o fluxo):
Vlvulas de gaveta (gate valves);
Vlvulas de macho (plug, cock valves);
Vlvulas de esfera (ball valves);
Vlvulas de comporta (slide, blast valves).
Vlvulas de Regulagem (throttling valves)
Destinadas especificamente ao controle do fluxo:
Vlvula de globo (globe valves);
Vlvulas de agulha (needle valves);
Vlvulas de controle (control valves);
Vlvulas de borboleta (butterfly valves);
Vlvulas de diafragma (diaphragm valves).
Vlvulas que permitem o fluxo em um s sentido:
Vlvulas de reteno (check valves);
Vlvulas de reteno e fechamento (stop-
check valves);
Vlvulas de p (foot valves).
Vlvulas que controlam a presso de montante:
Vlvulas de segurana e de alvio (relief
valves);
Vlvulas de contrapresso (back-pressure
valves).
Vlvulas que controlam a presso de jusante:
Vlvulas redutoras e reguladoras de
presso.
Os sistemas usados para operao das vlvulas
so os seguintes:
Manual (por meio de volante, alavanca,
engrenagens, parafusos sem-fim, etc.);
Motorizada (pneumtica, hidrulica e
eltrica);
Automtica (por diferena de presses
geradas pelo escoamento ou por meio de
molas ou contrapesos).
A seleo dos materiais para fabricao de
vlvulas depende da temperatura e da presena
de impurezas do fluido, principalmente de
produtos sulfurosos e clorados.
Para temperaturas at 280oC, a carcaa em ao
carbono, mecanismo interno de ao inoxidvel tipo
410.
Para temperatura at 350oC, a carcaa de ao liga
5 Cr - Mo, mecanismo interno de ao inoxidvel
tipo 410; para alto teor de enxofre o mecanismo
interno deve ser de ao inoxidvel tipos 430 ou
304.
Os hidrocarbonetos com presena de cloretos, em
temperaturas abaixo do ponto de orvalho, so
altamente corrosivos devido possibilidade de
formao de HCl (acido clordrico) diludo.
Recomenda-se nestes casos que seja adotado
para o ao carbono maior sobre-espessura para
corroso (3 a 4mm). As vlvulas devem ter o
mecanismo interno de metal Monel.
As principais normas brasileiras e americanas
sobre vlvulas industriais so:
EB-141 ABNT classes 150# a 1500#;
ANSI.B.16.10 / 16.5 / 16.11 / 2.1 classes
150# a 2500#.
Normas API (American Petroleum Institute)
-
ANEEL Agncia Nacional de Energia Eltrica 19 Estudo de Vida til Econmica e Taxa de Depreciao
API-6D / API-526 classes 150# a 2500# /
API-594 classes 150# a 2500# / API-598 /
API-599 classes 150# a 2500# / API-600
classes 150# a 2500# / API-602 / API-604
classes 150# e 300# / API-609 classes 125#
e 150#.
ISA-RP 4.1 (Instrument Society of America)
Padroniza dimenses de vlvulas de controle.
III. MANUTENO PREVENTIVA
III.1. TANQUES DE ARMAZENAMENTO E VASOS DE
PRESSO
As manutenes preventivas aplicadas neste item
so respectivamente:
Limpeza dos revestimentos internos
anticorrosivos no metlicos (plsticos,
borrachas, ebonite, grafite, cermicas, etc.)
a cada 3 anos;
Verificao dos revestimentos externos
(pinturas, isolamentos trmicos, etc) em
um intervalo mdio de 5 anos. Repintura
do casco num ciclo de 10 a 15 anos;
Inspeo da pintura externa e do estado
de conservao das vlvulas e purgadores
a cada 3 anos. Lubrificao dos
mecanismos mveis anualmente;
Limpeza das serpentinas ou resistncias
eltricas do sistema de aquecimento dos
tanques a cada 3 anos.
III.2. LEODUTOS E GASODUTOS
As manutenes usuais em redes de distribuio
so preventiva e a corretiva. Da manuteno
preventiva constam as seguintes atividades:
Verificao de vazamentos nas Estaes
Redutoras de Presso (ERPs) e
Estaes Redutoras de Presso e Medio
(ERPMs) e nas vlvulas de bloqueio;
Verificao do estado dos filtros;
Verificao do funcionamento dos
reguladores de presso;
Inspeo e verificao do estado geral de
conservao das ERPs e ERPMs;
Verificao da pintura e da conservao
das vlvulas reguladoras de bloqueio
automtico e de alvio;
Verificao da pintura e conservao geral
do sistema;
Passagem peridica de pigs espuma para
limpeza das tubulaes;
Acompanhamento do sistema de proteo
catdica;
Verificao do estado de conservao da
sinalizao do gasoduto;
Verificao do funcionamento do sistema
de odorizao;
Verificao de vazamentos no sistema de
odorizao;
Patrulhamento da rede de distribuio de
gs natural.
No aspecto de manuteno preditiva, os rpidos
avanos da informtica deram um grande impulso
nos sistemas de controle e de aquisio de dados
nos oleodutos e gasodutos construdos mais
(Supervisory Control and Data Aquisition),
permitindo um acompanhamento e superviso das
operaes em tempo real. Nos projetos dos dutos
mais modernos foram utilizados, ainda com o uso
da informtica, outros equipamentos e sistemas
avanados, permitindo levantamentos e
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ANEEL Agncia Nacional de Energia Eltrica 20 Estudo de Vida til Econmica e Taxa de Depreciao
mapeamentos com a ajuda de satlites, como o
GPS (Global Positioning System) e o GIS
(Geographic Information System).
III.3. BOMBAS E COMPRESSORES
Para bombas/compressores de uma maneira
geral, aplicam-se os seguintes procedimentos:
Inspees dirias:
Presses de suco e descarga;
Indicadores de vazo;
Vazamento de caixa de gaxetas;
Temperatura dos mancais;
Sistemas de selagem.
Inspees mensais:
Nveis de vibrao, alinhamento,
temperaturas dos mancais, sistemas de
refrigerao e lubrificao.
Inspees semi-anuais:
Funcionamento da caixa de selagem e da
sobreposta;
Manter o nivel de leo nos mancais dos
rolamentos.
Limpeza das vlvulas, filtros e purgadores.
Inspeo anual:
Reviso completa da bomba / compressor,
acionador, sistemas auxiliares,
acoplamento e instrumentos indicadores.
No caso de manuteno preditiva, esto sendo
aplicados sistemas informatizados de controle e
aquisio de dados nas principais variveis;
vibrao, temperatura, presso.
IV. MANUTENO CORRETIVA
IV.1. TANQUES E VASOS DE PRESSO
Os processos de fabricao dos tanques e vasos
so em via de regra, extremamente rigorosos
sendo que as manutenes corretivas esto mais
associadas aos acessrios do equipamento em si.
Com relao essas manutenes pode-se
destacar o descolamento dos revestimentos
internos anticorrosivos, externos (anticorrosivos e
isolamentos trmicos), vlvulas controladoras de
presso, purgadores, fratura/fissura ou corroso
na serpentina do sistema de aquecimento,
pequenas fissuras nas soldas do costado e
corroso interna avanada em reas localizadas
do costado devido a fissuras no revestimento
interno. As aes corretivas so respectivamente:
Remoo e aplicao de novo
revestimento na rea danificada, externa
ou internamente;
Troca das juntas e/ou anis de vedao ou
substituio da vlvula;
Esgotamento e troca da seguimento
tubular danificado;
Esgotamento, tratamento da(s) fissura(s) e
posterior soldagem;
Esgotamento, remoo e substituio da
chapa do costado comprometida (reforma
parcial).
IV.2. LEODUTOS E GASODUTOS
As falhas mais comuns ocorridas nestes
equipamentos so os vazamentos devido ao
desgaste qumico (corroso) dos anis de
vedao na junes tubulao/vlvula, corroso
interna e externa das paredes em trechos da
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ANEEL Agncia Nacional de Energia Eltrica 21 Estudo de Vida til Econmica e Taxa de Depreciao
tubulao, juntas de vedao das vlvulas e
fissuras nas soldas dos tubos. Os procedimentos
para este tipo de manuteno nesses casos so
respectivamente:
Trocas dos anis de vedao;
Substituio do trecho da tubulao
danificado pela corroso;
Trocas das juntas de vedao ou
substituio da vlvula danificada;
Tratamento da fissura e posterior
soldagem.
IV.3. BOMBAS
Os tipos de falhas mais comuns neste tipo de
equipamento so vazamentos nas juntas e
retentores; eroso nos rotores devido cavitao
e/ou agentes qumicos (corroso); vibraes
provocadas por deformaes longitudinais no eixo
(flechas) devido componentes radiais; falncia
dos rolamentos dos mancais devido
componentes axiais; lubrificao deficiente dos
componentes. As aes corretivas so
respectivamente:
Troca das juntas de vedao, dos
retentores da gaxeta;
Reforma ou troca dos rotores;
Balanceamento do eixo por processo
trmico ou em casos extremos a
substituio. Recomenda-se nestes casos
a troca dos retentores da gaxeta e os
rolamentos dos mancais;
Substituio dos rolamentos dos mancais;
Troca da bomba de leo.
IV.4. VLVULAS
As vlvulas esto sujeitas a vazamentos e
deteriorao dos componentes mecnicos, com
perda parcial ou total da funo devido a fadiga
dos retentores, anis de vedao e/ou ao de
agentes qumicos corrosivos. As manutenes
corretivas aplicveis so respectivamente:
Reposio dos retentores e anis de
vedao;
Substituio parcial ou total dos
componentes mecnicos do comando, em
casos extremos a troca do equipamento.
V. VIDA TIL ECONMICA
A vida til econmica referente aos equipamentos
supracitados, em funo da literatura e dos dados
coletados frente aos fabricantes e empresas
usurias, relacionando os fatores durabilidade e
obsolescncia dos equipamentos, suger-se:
Vida til
(anos)
Dutos 40
Tanques e Vasos de Presso 40
Bombas 20
Compressores 20
Vlvulas 20
REFERNCIAS
[1] Karassik, I.; Krutzswch, W. C.; Fraser, W. H.;
Messina, J. P. Pump Handbook. McGraw-Hill
Book Company, second edition year 1986.
[2] Berger, B. D.; Anderson, K. E. Petrleo
Moderno. PennWell Publishing Company, tercera
edicin, ano 1992.
-
ANEEL Agncia Nacional de Energia Eltrica 22 Estudo de Vida til Econmica e Taxa de Depreciao
[3] Gibbs, Charles W., Compressed Air and Gas
Data. Ingersoll-Rand Company, second edition
year 1969.
-
Armazenagem, Manipulao, Transporte de Combustvel Nuclear
RESUMO
Os Elementos Combustveis so formados pela
combinao de 236 varetas de combustveis e 20
tubos guias para as varetas das barras de
controle, dispostos todos em uma matriz 16x16.
Cada Elemento Combustvel pode conter um
conjunto de controle, um conjunto absorvedor,
uma fonte de nutrons ou um restritor de fluxo, de
acordo com sua posio no ncleo. A estrutura do
Elemento Combustvel (esqueleto), alm de
manter as varetas de combustvel em suas
respectivas posies e garantir o correto
alinhamento das Barras de Controle, possibilita
um manejo seguro do Elemento Combustvel
dentro e fora da usina. A vareta de combustvel
consiste de um tubo de zircaloy, no qual so
introduzidas pastilhas sinterizadas de UO2. A
coluna de pastilhas de combustvel prensada
por mola, que permite movimentos em funo do
aquecimento e evita dano s pastilhas durante o
transporte do Elemento Combustvel. Todo o
conjunto de ao inoxidvel, sendo que as
varetas de combustvel so de uma liga especial,
zircaloy. O Elemento Combustvel transportado
dentro de continers especiais. Um planejamento
detalhado feito para o transporte destes
elementos desde a fabrica, ou da retirada dos
avies quando importados, at a entrega na porta
da usina. Sua armazenagem enquanto novo
feito em piscinas secas com toda a segurana, em
edifcios com classe de segurana nuclear. Uma
vez dentro da usina, todo manuseio de Elementos
Combustveis feito seguindo procedimentos
detalhados e executados por pessoas qualificadas
para manuseio de combustvel. O armazenamento
dos Elementos Combustveis queimados feito
dentro de uma piscina com gua borada. Esta
piscina est dentro do edifcio de classe de
segurana nuclear, com todos os sistemas
necessrios para mant-los em condio segura,
blindados e refrigerados. Em termos de vida til,
os Sistemas de Manuseio de Combustvel Nuclear
diferem dos Sistemas de Armazenamento. Os
Sistemas de Manuseio tm vida til 20 anos,
enquanto que os Sistemas de Armazenamento
apresentam vida til 30 anos. Desta forma,
considerar-se- para o Armazenamento,
Manipulao e Transporte de Combustvel
Nuclear a vida til de 20 anos.
I. FUNES DO SISTEMA
Por transporte de Elementos combustveis
entende-se a transferncia destes desde o porto
de chegada no Brasil ou da Fbrica at a entrada
da Usina.
As funes do Sistema de Armazenagem de
Elementos Combustveis Novos so:
Garantir que os Elementos Combustveis
sejam armazenados com segurana, e em
condies que mantenham sua estrutura
ntegra e permitam ser inspecionados;
Garantir a remoo do calor residual dos
Elementos Combustveis Usados;
-
ANEEL Agncia Nacional de Energia Eltrica 24 Estudo de Vida til Econmica e Taxa de Depreciao
Garantir a remoo do calor residual dos
Elementos Combustveis Usados a longo
termo, mesmo aps um evento externo;
Garantir que os Elementos Combustveis
sejam armazenados de uma maneira
segura e mantenham sua estrutura ntegra;
Garantir blindagem para os Elementos
Combustveis Usados.
Manuseio de Elementos Combustveis toda
operao que feita com os mesmos dentro da
planta.
So vrios os Sistemas de Manuseio de
Elementos Combustveis, os quais tem como
funo principal garantir a transferncia dos
mesmos dentro da planta de uma maneira segura.
As principais operaes de manuseio de
Elementos Combustveis esto relacionadas
abaixo:
Recebimento dos Elementos Combustveis
- Retirada dos caminhes, inspeo e
posterior armazenagem em piscina seca;
Transferncia dos Elementos
Combustveis da Piscina da Piscina de
Combustvel Novo para a Piscina de
Combustvel usado;
Transferncia dos Elementos
Combustveis da Piscina de Combustvel
Usado para o Ncleo do Reator;
Transferncia dos Elementos
Combustveis do Ncleo do Reator para a
Piscina de Combustvel Usado;
Transferncia dos Elementos
Combustveis da Piscina de Combustvel
Usado para os Continers de
Combustveis Usados;
Outros manuseios para inspees, trocas
de Barras de Controle, Plugs, Veneno
Queimvel, Testes no Sipping Can, etc.
II. DESCRIO DO SISTEMA
II.1. SISTEMA DE TRANSPORTE DE ELEMENTOS
COMBUSTVEIS
O transporte dos Elementos Combustveis Novos
feito atravs de continers especiais, secos,
podendo ser atravs de avio, navio ou caminho
convencional.
Os continers so equipamentos especiais que
podem transportar dois ou quatro Elementos
Combustveis. So providos com sistemas de
amortecimento atravs de molas e dispositivos de
proteo e medio de choques.
O transporte de Elementos Combustveis Usados
feito atravs de continers especiais com
sistemas de blindagem e de resfriamento. Da
mesma maneira, o transporte pode ser atravs de
avio, navio ou caminho convencional.
Normalmente estes continers transportam dois
Elementos Combustveis. A finalidade deste
transporte transferir os Elementos Combustveis
Usados para locais definitivos de armazenamento
ou para fbricas de reprocessamento. Como no
Brasil ainda no foram definidos e construdos
estes depsitos definitivos, estes Elementos
Combustveis Usados esto sendo armazenados
dentro das prprias usinas.
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ANEEL Agncia Nacional de Energia Eltrica 25 Estudo de Vida til Econmica e Taxa de Depreciao
II.2. SISTEMA DE ARM AZENAMENTO DE
ELEMENTOS COMBUSTVEIS NOVOS
O Sistema de Armazenagem de Combustveis
novos composto de um conjunto de racks que
podem ser abertos ou fechados lateralmente,
onde os Elementos ficam armazenados na
posio vertical, tendo como apoio o bocal inferior.
As condies de armazenamento tem que ser
timas, para evitar qualquer tipo de empeno nos
Elementos Combustveis. O armazenamento
poder ser numa piscina ou outro compartimento,
seco, local onde o acesso dos tcnicos
fundamental para a realizao de inspees. O
nvel de radiao num Elemento Combustvel
novo praticamente desprezvel. Desta maneira,
permitido que os tcnicos faam inspees
visuais, esfregaos etc.
Na Usina Nuclear de Angra 1, a piscina para
armazenamento dos Elementos Combustveis
Novos fica no Edifcio de combustvel, logo ao
lado da piscina de Combustveis Usados. Na
Usina Nuclear de Angra 2, a armazenagem dos
Elementos Combustveis Novos feita dentro do
Envoltrio de Conteno num compartimento
especial para esta finalidade.
II.3. SISTEMA DE ARM AZENAM ENTO DE
ELEMENTOS COMBUSTVEIS USADOS
Cada fabricante tem um projeto diferente para os
sistemas de armazenagem de Elementos
Combustveis Usados. Descrever-se- os
sistemas existentes em Angra 1 e Angra 2.
A Piscina de Combustveis Usados para Angra 1
armazena um ncleo inteiro mais 25 recargas de
1/3 de ncleo. Ela fica num edifcio especfico de
nome Edifcio do Combustvel externo ao
Envoltrio de conteno. Desta maneira, h um
sistema especial para transferir os Elementos
Combustveis para o Vaso do Reator que fica
dentro do Envoltrio de Conteno. Toda a
operao feita debaixo dgua. O projeto para
Angra 2 prev armazenagem de um ncleo inteiro
e mais 9 recargas de 1/3 e a piscina fica
localizada dentro do prprio Envoltrio de
Conteno do lado da Cavidade do Reator o que
torna as manobras mais rpidas.
Estas piscinas so todas revestidas com ao
inoxidvel e seu projeto feito de maneira a evitar
uma drenagem, mesmo que seja acidental.
Ambas as piscinas possuem sistemas de
resfriamento com bombas e vlvulas alimentadas
pelos sistemas de segurana da planta. As fontes
frias dos trocadores de calor, da mesma maneira,
so sistemas de segurana garantindo o
resfriamento a longo termo. Na eventualidade de
um acidente externo com blackout, os
sequenciadores de carga iro partir
automaticamente estas cargas.
Os sistemas de refrigerao so redundantes,
com 100% de capacidade cada um. Ambas as
piscinas so equipadas com sistemas de limpeza
e purificao que garante a visibilidade da gua
para permitir manobras e trabalhos com
ferramentas.
II.4. SISTEMAS DE MANUSEIO DE COMBUSTVEL
So vrios os sistemas de manuseio de
Elementos Combustveis. A seguir so
apresentados estes sistemas.
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ANEEL Agncia Nacional de Energia Eltrica 26 Estudo de Vida til Econmica e Taxa de Depreciao
Ponte Manipuladora de Elementos Combustveis
(Manipulator Craning) No caso especfico da
Usina Nuclear de Angra 1 utilizada para
transferir os Elementos Combustveis do Ncleo
do Reator para o Dispositivo de Transferncia
para a Piscina de Combustvel Usado e para o
Dispositivo de Troca de Barras de Controle que
fica dentro do Edifcio de Conteno.
Para a Usina Nuclear de Angra 2, a Ponte
Manipuladora de Elementos Combustveis
transfere diretamente os Elementos Combustveis
do Ncleo do Reator para a Piscina de
Combustvel Usado, da mesma maneira que ela
utilizada para qualquer manobra que feita sobre
a Piscina de Combustvel Usado.
Em Angra 1 h ainda o Dispositivo de
Transferncia de Elementos Combustveis onde
um trole transporta os elementos do Envoltrio de
Conteno para o Edifcio de Combustvel. No
Edifcio de Combustvel sobre a Piscina de
Combustvel Usado h uma ponte rolante
especfica para manuseio com Elementos
Combustveis. Ela usada para transferir os
Elementos Combustveis do Dispositivo de
Transferncia para a Piscina de Combustvel
Usado, para o continer de combustvel usado ou
para o Sipping Can. Em Angra 1, manobras de
recebimento e armazenamento de Elementos
Combustveis Novos feita com a ponte rolante
do Edifcio de Combustvel.
Em Angra 2, manobras de recebimento de
Elementos Combustveis novos feito utilizando a
ponte rolante polar do Edifcio da Conteno e
pontes auxiliares.
III. DESCRIO DOS EQUIPAMENTOS
III.1. SISTEMA DE ARMAZENAMENTO
As piscinas de armazenamento dos Elementos
Combustveis Usados bem como toda a cavidade
do Reator e canais de transferncia so todos
revestidos com uma camada de ao inoxidvel.
Sistemas de deteco de vazamentos atravs
destas camadas de ao so providos.
Todas as estruturas dos racks tanto da Piscina de
Combustvel Usado como para os Elementos
Combustveis novos so em ao inoxidvel.
III.2. SISTEMA DE MANUSEIO DE ELEMENTOS
COMBUSTVEIS
As pontes manipuladoras de Elementos
Combustveis sobre o Ncleo do Reator so
pontes rolantes especiais, com um sistema de
identificao que permite localizar com preciso
os Elementos Combustveis dentro do Ncleo do
Reator quanto nas Piscinas de Combustvel
Usados.
Estas pontes possuem um completo sistema de
controle e intertravamentos que garantem uma
operao segura.
No prprio mastro da ponte manipuladora, onde o
Elemento Combustvel inserido para ser
transportado j existe um sistema de inspeo de
Elementos Combustveis falhados, Sipping Can.
Especificamente para a Usina de Angra 1, h um
sistema que faz a transferncia dos Elementos
Combustveis do Edifcio de Combustvel para o
Edifcio do Reator. Este sistema recebe o
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ANEEL Agncia Nacional de Energia Eltrica 27 Estudo de Vida til Econmica e Taxa de Depreciao
Elemento Combustvel na vertical dentro do
Edifcio de Combustvel, leva-o para a posio
horizontal e o transporta atravs de um tubo que
faz a ligao para o Envoltrio de Conteno,
dentro da Cavidade de Recarga, onde o elemento
novamente colocado na vertical para que a
ponte manipuladora possa apanh-lo e transferir
para dentro do Ncleo do Reator.
III.3. FERRAMENTAS ESPECIAIS
H uma grande quantidade de ferramentas
especiais utilizadas para manuseio com
Elementos Combustveis tais como: ferramenta
para transferncia de Barras de Controle,
ferramenta para transferncia de plugs,
ferramentas para manuseio com Elementos
Combustveis Novos, etc.
IV. INSTRUMENTAO
As piscinas so equipadas com medies de nvel
e temperatura. A maior instrumentao est nos
sistemas de manuseio, principalmente nas pontes
manipuladoras de Elementos Combustveis, onde
h uma grande instrumentao relacionadas com
os sistemas de medidas, sipping can, peso, freios,
torques etc. e os intertravamentos relacionados
com os diversos modos de operao.
V. OPERAO
Todos estes sistemas so normalmente usados
durante as paradas para recarga de Elementos
Combustveis na planta.
Seguindo os procedimentos da usina, antes de
cada operao de recarga dos Elementos
Combustveis, todo o sistema e ferramentas
especiais so testados e os operadores treinados
nas operaes utilizando mockups de
Elementos Combustveis.
Por tratar-se de uma operao infreqente, um
mdulo especfico de treinamento realizado
envolvendo todos os tcnicos da planta que
estaro envolvidos com o manuseio dos
Elementos Combustveis. Fsicos e operadores
licenciados coordenam todas as atividades.
As Especificaes Tcnicas da Usina tm um
captulo especial para Recargas. Onde esto
definidos todos os testes que devem ser
realizados antes de iniciar as atividades de
recarga.
VI. MANUTENO PREDITIVA
Procedimentos especficos definem todos os
testes que so realizados nos equipamentos e
ferramentas utilizadas para manuseio de
combustvel.
Antes do incio da operao de cada recarga
estes testes so realizados aps o qual um
treinamento completo envolvendo todas as
operaes realizado.
Programas de anlises qumicas garantem a
qualidade da gua que ficam armazenadas nas
piscinas de Elementos Combustveis Usados,
diminuindo os riscos de corroso.
VII. MANUTENO CORRETIVA
Em funo da maioria dos equipamentos
utilizados no manuseio de combustveis serem
usados somente durante as recargas, perodos
maiores do que um ano, e por trabalharem
-
ANEEL Agncia Nacional de Energia Eltrica 28 Estudo de Vida til Econmica e Taxa de Depreciao
debaixo dgua muito comum encontrar
problemas. Por serem equipamentos que
trabalham dentro dgua normalmente utilizam
muito mais de recursos mecnicos, como,
engrenagens, correntes, cabos de ao, alavancas
e outros, que fazem com que a taxa de
manutenes corretivas seja maior do que nos
equipamentos eltrico/eletrnicos.
As manutenes corretivas mais comuns so:
trocas de cabos de ao, engrenagens, chaves
limites, alavancas, engrenagens etc. Estas
manutenes so delicadas principalmente se a
cavidade de recarga j estiver cheia com gua e
segundo pelo nvel de dose que envolve o
trabalho o que requer planejamentos muito bem
feitos.
VIII. VIDA TIL ECONMICA
A vida til dos Sistemas de Manuseio de
Combustvel Nuclear de 20 anos, considerando
o nvel de manutenes e a experincia nuclear.
Quanto aos sistemas de armazenamento a vida
til de 30 anos para os sistemas de resfriamento
e limpeza das piscinas e vida permanente para as
piscinas por tratarem de equipamentos estticos,
com espessa base de concreto com revestimentos
de ao inoxidvel.
Desta forma, considerar-se- para o
Armazenamento, Manipulao e Transporte de
Combustvel Nuclear a vida til de 20 anos.
REFERNCIAS
[1] CFOL - Curso de Formao de Operador
Licenciado da Central Nuclear de Angra dos Reis
Eletronuclear SA
-
Armazenagem, Manipulao, Transporte de Combustvel Slido
RESUMO
A matriz de processamento dos combustveis
slidos abrange uma complexa cadeia de
equipamentos envolvidos direta e indiretamente
no processo. Os combustveis slidos, aplicados
na produo de potncia por meio de turbinas a
vapor, so, na sua grande maioria, de origem
fssil (carves, xisto betuminoso, calcrio
betuminoso, antracito, turfa), e, em menor escala,
combustveis naturais renovveis (lenha, carvo
vegetal, bagao de cana, resduos vegetais,
serragem, palhas e outros). O suprimento de
insumos energticos abrange uma logstica de
transporte e armazenamento, garantida por um
sistema virio que envolve modalidades de
transporte ferrovirio, hidrovirio e rodovirio,
interligando unidades produtoras s centrais de
gerao termeltricas a vapor. O processo de
armazenamento funciona como um dispositivo
regular entre a taxas flutuantes de produo e as
variaes dos ndices de demanda. No processo
de armazenamento dos combustveis slidos para
fins de gerao de energia devido grande
quantidade, feito a cu aberto em reas
denominadas ptio de estocagem ou parque de
intempries. Sob certas condies, a flexibilidade
de uma central trmica depende de uma
porcentagem estocada de carvo modo em
funo da demanda. Utilizam-se silos para a
estocagem do material. Os equipamentos
utilizados na manipulao dos combustveis
slidos em centrais de gerao trmica a vapor
compreendem tratores, caminhes, moinhos,
carregadores mecnicos, transportadores
contnuos de inmeros tipos. A vida til econmica
proposta para esse trabalho de 25 anos.
I. INTRODUO
Os processos de armazenamento, manipulao e
transporte de combustveis slidos so analisados
considerando suas propriedades fsicas e
composio qumica, alm das especificaes
tcnicas relacionadas manuteno da qualidade
desejada e os custos envolvidos em cada etapa
do processo.
Os combustveis slidos compreendem os
combustveis naturais fsseis: hulha, linhite, xisto
betuminoso, calcrio betuminoso, antracito, turfa;
combustveis naturais renovveis ou biomassa:
madeira, bagao de cana, resduos vegetais como
serragem, restos de casca, cascas de sementes,
caroos de frutas, entre outros.
O processo de armazenagem funciona como um
dispositivo regular entre a taxas flutuantes de
produo e as variaes dos ndices de demanda.
O processo de estocagem dos combustveis
slidos para fins de gerao de energia, em
particular dos carves (turfa, lignito, betuminosos
e antracito), devido grande quantidade, feito a
cu aberto em reas denominadas ptio de
estocagem ou parque de intempries, segundo os
seguintes procedimentos:
-
ANEEL Agncia Nacional de Energia Eltrica 30 Estudo de Vida til Econmica e Taxa de Depreciao
O ptio de estocagem dever ser seco e
com boa drenagem natural;
No deve haver drenagem artificial, com
cinzas, vegetao ou resduos que podem
facilitar a formao de correntes de ar. A
melhor soluo um piso de cimento ou
argiloso;
Deve haver espao suficiente para
movimentao do carvo no caso de
aquecimento;
No dever ser estocado prximo a fontes
de calor (tubulaes de vapor, caldeiras,
paredes quentes ou chamins) devido
possibilidade de ignio pelo aumento da
temperatura.
As pilhas devero ser compostas de forma a
permitir uma boa circulao do ar e,
conseqentemente, a eliminao do anidro
carbnico. Deve-se monitorar a temperatura das
pilhas, no podendo ultrapassar os 65oC.
A maior parte das instalaes existentes operam
confor
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