viagens na minha terra (garrett) - resumo

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AlmeidaAlmeida GarrettGarrett

carlos h carneiroyoutube.com/letradeletra

Publicado nos anos de 1843 e 1846, na Revista

Universal Lisboense

Almeida Garrett - 1799 - 1854

Frades e barões: dois símbolos importantes do livro. Em seguida, a instituiçãouniversitária é também criticada. Contudo, o narrador parece estar desviando-se da história principal. A técnica de “desvio e retardamento” caracterizam o estilodigressivo – como em “M P B Cubas”.

Garrett suspende, vez por outra, a narrativa e emite opiniões a respeito doassunto do momento. A digressão é uma constante

De como o autor deste erudito livro se resolveu a viajar na sua terra, depois de ter viajado no seu quarto; e como resolveu imortalizar-se escrevendo estas suas viagens. Parte para Santarém. Chega ao terreiro do Paço, embarca no vapor de Vila Nova; e o que aí lhe sucede. A Dedução Cronológica e a Baixa de Lisboa. Lorde Byron e um bom charuto. Travam-se de razões os ilhavos e os Bordas-d’Água: os da calça larga levam a melhor. Que viaje à roda do seu quarto quem está à beira dos Alpes, de inverno, em Turim, que é quase tão frio como S. Petersburgo — entende-se. Mas com este clima, com esse ar que Deus nos deu, onde a laranjeira cresce na horta, e o mato é de murta, o próprio Xavier de Maistre, que aqui escrevesse, ao menos ia até o quintal.

[ cap 1]

nota - alusão ao popular de Xavier de Maistre, Voyage autor de ma chambre, que decerto foi iniciado a escrever em Turim, e que muitos supõem que tenha sido concluído em São Petersburgo.

Em Viagens na minha terra, Garrett procura estabelecer uma conexão entre passado, presente e futuro, utilizando-se das memórias e das imagens.

Estas vão ser corporificadas através de seus personagens principais, cada um deles configurando um aspecto-símbolo da história de Portugal.

AS HISTÓRIAS PRINCIPAIS DO LIVRO

Carlos e Joaninha[ A menina dos rouxinóis ]

Viagem do narrador: Lisboa a Santarém

GUERRA CIVILentre absolutistas e constitucionalistas.

[ Pedro IV e Miguel – 1828 – 34 ]

João VI Carlota

Pedro MiguelLeopoldina

Pedro II Maria II

Isabel

Conde D´Eu, Pedro II, Thereza e Isabel

conde D´Eu

Luís

Pedro de Alacântararenunciou à nobrezaPedro

Luiz Orleans e BragançaChefe da Casa Imperial do Brasil

“Ora, nesta minha viagem Tejo arriba está simbolizadaa marcha de nosso progresso social”

Princípios para a civilização e o progresso:

princípio espiritualista – “que marcha sem atender à parte material e terrena desta vida,com os olhos fitos em suas grandes e abstratas teorias, hirto, seco, duro, inflexível, e que pode bem personalizar-se, simbolizar-se pelo famoso mito do cavaleiro da Mancha, D. Quixote”

princípio materialista – “que, sem fazer caso, nem cabedal dessas teorias, em que não crê e cujas impossíveis aplicações declara todas utopias, pode bem representar-se pela rotunda e anafada presença do nosso amigo velho, Sancho Pança”

Navega pelo rio Tejo e observa povo local Mundo dividido como o tema de D Quixote:

espiritualistas e materialistas (o progresso estaria na convivência de ambos, no mundo) Reclama das estradas e chega a Vila Nova da

Rainha : lugar feio

A narrativa

Principais ações

• Chega a Azambuja : incomoda-se com as ruínas (trata da possível decepção do leitor, pois não usará linguagem

romântica)• Nos pinhais de Azambuja faz reflexões sobre

modéstia• Trata da receita para livro de sucesso

Homenageia Camões, valorizando seu estilo; cita Goethe e Dante Alighieri

No universo do sonho, vê o marquês de Pombal mas não consegue conversar

Cartaxo (produz bebidas) – encanta-se com a vegetação mas se recusa a fazer versos

É lembrado que D Pedro esteve ali com os liberais (pensa na guerra)

• Ponte Asseca• Lembra Junot, militar a serviço de Napoleão que por

ali passara• Garrett lembra sua viagem a França, na juventude• No Vale de Santarém vê beleza; encanta-se com uma

janela enfeitada e rouxinóis• Inicia-se a história de Joaninha e Carlos

• Carlos chega à cidade revê Joaninha (beijam-se)• O narrador revela que Carlos ama Joaninha mas se relaciona com

Georgina, na Inglaterra• Carlos hesita em fazer visita à casa de sua avó, acaba desistindo (ele ainda tem Soledade, amante)• Primo de Joaninha seria um “Adão social” que deseja ser “Adão natural”

– libertar-se das correntes morais

• Com receios, decide se encontrar com Joaninha – mesmo em território dos miguelistas

• Joaninha desconfia que seu primo tem outra mulher• O narrador que estava no vale, chega a Santarém e

decepciona-se• Trata de poetas da Europa e se justifica dizendo que

não se apegará a datas exatas, em sua história

Sta Iria (ou Irene), a lenda: jovem é raptada e morta por um cavaleiro que hospedou-se em sua casaSta Iria na versão do povo: Iria era freira que aparentou estar grávida; seu ex-apaixonado mandou matá-la e seu corpo jogado no rio; tempos depois, no Tejo, Iria aparece (é uma santa)

• O autor volta tratar Santarém com tristeza por seu estado acabado, um tanto destruído

• Garrett se desculpa com leitores por suas digressões

• Carlos é ferido e se vê ao lado de Georgina– ela diz que sabe de tudo e que não o ama mais

• Diniz surge e pede perdão a Carlos. Este o acusa de ter matado seu pai. Diniz pede que o mate

• Francisca aparece e impede a tragédia revelando que o frei era seu pai. Carlos desmaia

• A história é revelada : Diniz era amante da mãe de Carlos e resiste a uma emboscada feita pelo marido – acaba assassinando-o.

• Carlos parte para Évora

• O narrador está na Ribeira de Santarém : divaga sobre Lisboa e suas saudades

• Garrett revela que voltará a Santarém para continuar a história (passa pelo túmulo de Frei Gil)

• Diniz e Georgina saem da cidade – esta última leva consigo Francisca e Joaninha debilitadas

• Garrett visita túmulo de D Fernando e de novo critica o descaso com monumentos históricos

• Na casa que teria sido de Joaninha, Garrett encontra Diniz e Francisca. Joaninha teria morrido

• Recebe cartas que Carlos escrevera à prima. Nelas, estão as amadas Julia e Laura (irmãs de Georgina)

• O primo de Joaninha irá tornar-se político. Georgina, abadessa, na Inglaterra.

Fim

Em maio de 1834, Carlos escreve de Évora e se despede de Joaninha... o mesmo lugar em que Miguel assina a “Concessão” e é exilado, na França

Carlos XDinis

Pedro X Miguel

Santarém seria umacorruptela do nome“Santa Irene” (Iria)

LITERATURAENSINO MÉDIO

carlos h carneiro

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