vi encontro regional de delegados sindicais das ferias e faltas.pdf · sindicato dos trabalhadores...
Post on 10-Dec-2018
213 Views
Preview:
TRANSCRIPT
SINDICATO DOS TRABALHADORES DA FUNÇÃO PÚBLICA DA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA
______________________________________________________________________________________________ Rua dos Ferreiros, 175-2.º - 9000-082 FUNCHAL - Telf. 291 201180 – Fax: 291 201189 – Contrib. N.º 511017235
VI ENCONTRO REGIONAL DE DELEGADOS SINDICAIS
17-18/10/2014
Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas
(Lei n.º 35/2014, de 20 de Junho)
I - FÉRIAS
1. Qual o regime de férias aplicável aos trabalhadores com vínculo de
emprego público (contrato de trabalho em funções públicas e
nomeação)?
Com a entrada em vigor da Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas
(LTFP), o regime de férias aplicável aos trabalhadores com vínculo de emprego
público passou a ser o previsto no Código do Trabalho (cfr. artigos 237.º e
seguintes) com as especificações constantes dos artigos 126.º a 132.º da
LTFP.
Código do Trabalho
Artigo 237º - Direito a férias 1 - O trabalhador tem direito, em cada ano civil, a um período de férias retribuídas, que se vence
em 1 de Janeiro.
2 - O direito a férias, em regra, reporta-se ao trabalho prestado no ano civil anterior, mas não
está condicionado à assiduidade ou efectividade de serviço.
3 - O direito a férias é irrenunciável e o seu gozo não pode ser substituído, ainda que com o
acordo do trabalhador, por qualquer compensação, económica ou outra, sem prejuízo do
disposto no nº 5 do artigo seguinte.
4 - O direito a férias deve ser exercido de modo a proporcionar ao trabalhador a recuperação
física e psíquica, condições de disponibilidade pessoal, integração na vida familiar e
participação social e cultural.
SINDICATO DOS TRABALHADORES DA FUNÇÃO PÚBLICA DA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA
______________________________________________________________________________________________ Rua dos Ferreiros, 175-2.º - 9000-082 FUNCHAL - Telf. 291 201180 – Fax: 291 201189 – Contrib. N.º 511017235
Artigo 238º - Duração do período de férias 1 - O período anual de férias tem a duração mínima de 22 dias úteis.
2 - Para efeitos de férias, são úteis os dias da semana de segunda-feira a sexta-feira, com
excepção de feriados.
3 - Caso os dias de descanso do trabalhador coincidam com dias úteis, são considerados para
efeitos do cálculo dos dias de férias, em substituição daqueles, os sábados e os domingos que
não sejam feriados.
4 - (Revogado.)
5 - O trabalhador pode renunciar ao gozo de dias de férias que excedam 20 dias úteis, ou a
correspondente proporção no caso de férias no ano de admissão, sem redução da retribuição e
do subsídio relativos ao período de férias vencido, que cumulam com a retribuição do trabalho
prestado nesses dias.
6 - Constitui contraordenação grave a violação do disposto nos n.os 1 e 5.
Artigo 239º - Casos especiais de duração do período de férias 1 - No ano da admissão, o trabalhador tem direito a dois dias úteis de férias por cada mês de
duração do contrato, até 20 dias, cujo gozo pode ter lugar após seis meses completos de
execução do contrato.
2 - No caso de o ano civil terminar antes de decorrido o prazo referido no número anterior, as
férias são gozadas até 30 de Junho do ano subsequente.
3 - Da aplicação do disposto nos números anteriores não pode resultar o gozo, no mesmo ano
civil, de mais de 30 dias úteis de férias, sem prejuízo do disposto em instrumento de
regulamentação colectiva de trabalho.
4 - No caso de a duração do contrato de trabalho ser inferior a seis meses, o trabalhador tem
direito a dois dias úteis de férias por cada mês completo de duração do contrato, contando-se
para o efeito todos os dias seguidos ou interpolados de prestação de trabalho.
5 - As férias referidas no número anterior são gozadas imediatamente antes da cessação do
contrato, salvo acordo das partes.
6 - No ano de cessação de impedimento prolongado iniciado em ano anterior, o trabalhador tem
direito a férias nos termos dos n.os 1 e 2.
7 - Constitui contra-ordenação grave a violação do disposto nos n.os 1, 4, 5 ou 6.
Artigo 240º - Ano do gozo das férias
1 - As férias são gozadas no ano civil em que se vencem, sem prejuízo do disposto nos números
seguintes.
2 - As férias podem ser gozadas até 30 de Abril do ano civil seguinte, em cumulação ou não
com férias vencidas no início deste, por acordo entre empregador e trabalhador ou sempre que
este as pretenda gozar com familiar residente no estrangeiro.
3 - Pode ainda ser cumulado o gozo de metade do período de férias vencido no ano anterior com
o vencido no ano em causa, mediante acordo entre empregador e trabalhador.
4 - Constitui contra-ordenação grave a violação do disposto neste artigo.
Artigo 241º - Marcação do período de férias
1 - O período de férias é marcado por acordo entre empregador e trabalhador.
SINDICATO DOS TRABALHADORES DA FUNÇÃO PÚBLICA DA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA
______________________________________________________________________________________________ Rua dos Ferreiros, 175-2.º - 9000-082 FUNCHAL - Telf. 291 201180 – Fax: 291 201189 – Contrib. N.º 511017235
2 - Na falta de acordo, o empregador marca as férias, que não podem ter início em dia de
descanso semanal do trabalhador, ouvindo para o efeito a comissão de trabalhadores ou, na sua
falta, a comissão intersindical ou a comissão sindical representativa do trabalhador interessado.
3 - Em pequena, média ou grande empresa, o empregador só pode marcar o período de férias
entre 1 de Maio e 31 de Outubro, a menos que o instrumento de regulamentação colectiva de
trabalho ou o parecer dos representantes dos trabalhadores admita época diferente.
4 - Na falta de acordo, o empregador que exerça actividade ligada ao turismo está obrigado a
marcar 25 % do período de férias a que os trabalhadores têm direito, ou percentagem superior
que resulte de instrumento de regulamentação colectiva de trabalho, entre 1 de Maio e 31 de
Outubro, que é gozado de forma consecutiva.
5 - Em caso de cessação do contrato de trabalho sujeita a aviso prévio, o empregador pode
determinar que o gozo das férias tenha lugar imediatamente antes da cessação.
6 - Na marcação das férias, os períodos mais pretendidos devem ser rateados, sempre que
possível, beneficiando alternadamente os trabalhadores em função dos períodos gozados nos
dois anos anteriores.
7 - Os cônjuges, bem como as pessoas que vivam em união de facto ou economia comum nos
termos previstos em legislação específica, que trabalham na mesma empresa ou estabelecimento
têm direito a gozar férias em idêntico período, salvo se houver prejuízo grave para a empresa.
8 - O gozo do período de férias pode ser interpolado, por acordo entre empregador e
trabalhador, desde que sejam gozados, no mínimo, 10 dias úteis consecutivos.
9 - O empregador elabora o mapa de férias, com indicação do início e do termo dos períodos de
férias de cada trabalhador, até 15 de Abril de cada ano e mantém-no afixado nos locais de
trabalho entre esta data e 31 de Outubro.
10 - Constitui contra-ordenação grave a violação do disposto nos n.os 2, 3 ou 4 e constitui
contra-ordenação leve a violação do disposto em qualquer dos restantes números deste artigo.
LGTFP
Artigo 126.º - Direito a férias
1 — O trabalhador tem direito a um período de férias remuneradas em cada ano civil,
nos termos previstos no Código do Trabalho e com as especificidades dos artigos
seguintes.
2 — O período anual de férias tem a duração de 22 dias úteis.
3 — O período de férias referido no número anterior vence -se no dia 1 de janeiro, sem
prejuízo do disposto no Código do Trabalho.
4 — Ao período de férias previsto no n.º 1 acresce um dia útil de férias por cada 10 anos
de serviço efetivamente prestado.
5 — A duração do período de férias pode ainda ser aumentada no quadro de sistemas de
recompensa do desempenho, nos termos previstos na lei ou em instrumento de
regulamentação coletiva de trabalho.
6 — Para efeitos de férias, são úteis os dias da semana de segunda -feira a sexta -feira,
com exceção dos feriados, não podendo as férias ter início em dia de descanso semanal
do trabalhador.
SINDICATO DOS TRABALHADORES DA FUNÇÃO PÚBLICA DA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA
______________________________________________________________________________________________ Rua dos Ferreiros, 175-2.º - 9000-082 FUNCHAL - Telf. 291 201180 – Fax: 291 201189 – Contrib. N.º 511017235
Artigo 127.º - Vínculos de duração inferior a seis meses
1 — O trabalhador cuja duração total do vínculo não atinja seis meses tem direito a
gozar dois dias úteis de férias por cada mês completo de duração do contrato.
2 — Para efeitos da determinação do mês completo, devem contar -se todos os dias,
seguidos ou interpolados, em que foi prestado trabalho.
3 — Nos vínculos cuja duração total não atinja seis meses, o gozo das férias tem lugar
no momento imediatamente anterior ao da cessação, salvo acordo das partes.
Artigo 128.º - Doença no período de férias
1 — No caso de o trabalhador adoecer durante o período de férias, são as mesmas
suspensas desde que o empregador público seja do facto informado, prosseguindo, logo
após a alta, o gozo dos dias de férias ainda compreendidos naquele período.
2 — Compete ao empregador público, na falta de acordo, a marcação dos dias de férias
não gozados, que podem decorrer em qualquer período.
3 — A prova da doença prevista no n.º 1 é feita por estabelecimento hospitalar, por
declaração do centro de saúde ou por atestado médico.
4 — Para efeitos de verificação da situação de doença, o empregador público pode
requerer a designação de médico dos serviços da segurança social da área da residência
habitual do trabalhador, do facto lhe dando conhecimento na mesma data, podendo
também, para aquele efeito, designar um médico que não tenha qualquer vínculo
contratual anterior ao empregador público.
5 — Em caso de desacordo entre os pareceres médicos referidos nos números
anteriores, pode ser requerida por qualquer das partes a intervenção de junta médica.
6 — Em caso de não cumprimento do dever de informação previsto no n.º 1, bem como
de oposição, sem motivo atendível, à fiscalização da doença, os dias de alegada doença
são considerados dias de férias.
Artigo 129.º - Efeitos da suspensão do contrato por impedimento prolongado
1 — No ano da suspensão do contrato por impedimento prolongado, respeitante ao
trabalhador, verificando -se a impossibilidade total ou parcial do gozo do direito a férias
respondente ao período de férias não gozado e respetivo subsídio.
2 — No ano da cessação do impedimento prolongado o trabalhador tem direito a férias
nos termos previstos no artigo 127.º
3 — No caso de sobrevir o termo do ano civil antes de decorrido o prazo referido no
número anterior ou antes de gozado o direito a férias, pode o trabalhador usufruí -lo até
30 de abril do ano civil subsequente.
4 — Cessando o contrato após impedimento prolongado respeitante ao trabalhador, este
tem direito à remuneração e ao subsídio de férias correspondentes ao tempo de serviço
prestado no ano de início da suspensão.
SINDICATO DOS TRABALHADORES DA FUNÇÃO PÚBLICA DA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA
______________________________________________________________________________________________ Rua dos Ferreiros, 175-2.º - 9000-082 FUNCHAL - Telf. 291 201180 – Fax: 291 201189 – Contrib. N.º 511017235
Artigo 130.º - Violação do direito a férias
Caso o empregador público, com culpa, obste ao gozo das férias nos termos previstos
nos artigos anteriores, o trabalhador recebe, a título de compensação, o triplo da
remuneração correspondente ao período em falta, o qual deve obrigatoriamente ser
gozado até 30 de abril do ano civil subsequente.
Artigo 131.º - Exercício de outra atividade durante as férias
1 — O trabalhador não pode exercer qualquer outra atividade remunerada durante as
férias, salvo se já a viesse exercendo cumulativamente, com autorização, ou o
empregador público a isso o autorizar.
2 — A violação do disposto no número anterior, sem prejuízo da eventual
responsabilidade disciplinar do trabalhador, dá ao empregador público o direito de
reaver a remuneração correspondente às férias e respetivo subsídio, da qual metade
reverte para o Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social, I.P., no caso de o
trabalhador ser beneficiário do regime geral de segurança social para todas as
eventualidades, ou constitui receita do Estado, nos restantes casos.
3 — Para os efeitos previstos no número anterior, o empregador público pode proceder
a descontos na remuneração do trabalhador, até ao limite de um sexto, em relação a
cada um dos períodos de vencimento posteriores.
Artigo 132.º - Contacto em período de férias
Antes do início das férias, o trabalhador deve indicar, se possível, ao respetivo
empregador público, a forma como pode ser eventualmente contactado.
2. Qual o período anual de férias em cada ano civil?
A partir de 1 de janeiro de 2015, o período anual de férias é de 22 dias úteis, a
que acresce um 1 dia útil por cada 10 anos de serviço efetivamente prestado.
A duração do período de férias pode ainda ser aumentada no quadro do
sistema de recompensa do desempenho, nos termos previstos na lei ou em
instrumento de regulamentação coletiva de trabalho
(Cfr. n.ºs 2, 3 e 5 do artigo 126.º da LTFP)
3. Existe obrigatoriedade de ser gozado um período mínimo de dias
consecutivos de férias?
Sim, com a LTFP passaram a ser 10 dias úteis consecutivos.
SINDICATO DOS TRABALHADORES DA FUNÇÃO PÚBLICA DA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA
______________________________________________________________________________________________ Rua dos Ferreiros, 175-2.º - 9000-082 FUNCHAL - Telf. 291 201180 – Fax: 291 201189 – Contrib. N.º 511017235
4. É possível acumular férias de um ano para outro?
Em regra, as férias são gozadas no ano civil em que se vencem.
Excecionalmente, as férias vencidas e não gozadas no ano civil respetivo,
podem ser gozadas até 30 de abril do ano seguinte, por acordo entre o
empregador público e o trabalhador, ou sempre que este as pretenda gozar
com familiar residente no estrangeiro.
Pode ainda ser cumulado o gozo de metade do período de férias vencido no
ano civil anterior com o período de férias vencido no ano em causa, mediante
acordo entre o empregador público e o trabalhador.
5. A quem cabe a competência para autorizar a acumulação de férias?
A competência para autorizar a acumulação de férias cabe aos titulares de
cargos dirigentes intermédios de 1.º ou 2.º grau, como decorre
respetivamente da alínea e) do n.º 1 e da alínea h) do n.º 2 ambos do artigo 8.º
da Lei n.º 2/2004, na redação dada pelo artigo 2.º da Lei n.º 51/2005, e alterada
e republicada pela Lei n.º 64/2011, de 22 de dezembro.
6. Qual o prazo para requerer a acumulação de férias?
A lei não estabelece prazo para requerer a acumulação de férias, mas
entendemos que um princípio elementar de organização do trabalho impõe que
a manifestação de vontade em que o requerimento se traduz se verifique até
ao termo do ano civil em que as férias se venceram e no qual, portanto,
deveriam ter sido gozadas face à regra geral do n.º 1 do artigo 240.º do Código
do Trabalho.
SINDICATO DOS TRABALHADORES DA FUNÇÃO PÚBLICA DA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA
______________________________________________________________________________________________ Rua dos Ferreiros, 175-2.º - 9000-082 FUNCHAL - Telf. 291 201180 – Fax: 291 201189 – Contrib. N.º 511017235
7. O trabalhador com vínculo de emprego público pode renunciar
parcialmente ao direito a férias recebendo a remuneração e o subsídio
respetivos, sem prejuízo de assegurar o gozo efetivo de 20 dias úteis de
férias ou a correspondente proporção no caso de férias no ano de
admissão?
Sim, nos termos do n.º 5 do artigo 238.º do Código do Trabalho, aplicável ex-vi
n.º 1 do artigo 4.º e n.º 1 do artigo 126.º da LTFP.
Código do Trabalho
Artigo 238º - Duração do período de férias 1 – (…)
2 – (…)
3 – (…)
4 – (…)
5 - O trabalhador pode renunciar ao gozo de dias de férias que excedam 20 dias úteis,
ou a correspondente proporção no caso de férias no ano de admissão, sem redução da
retribuição e do subsídio relativos ao período de férias vencido, que cumulam com a
retribuição do trabalho prestado nesses dias.
6 – (…).
LGTFP – Férias
Artigo 126.º - Direito a férias
1 — O trabalhador tem direito a um período de férias remuneradas em cada ano civil,
nos termos previstos no Código do Trabalho e com as especificidades dos artigos
seguintes.
SINDICATO DOS TRABALHADORES DA FUNÇÃO PÚBLICA DA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA
______________________________________________________________________________________________ Rua dos Ferreiros, 175-2.º - 9000-082 FUNCHAL - Telf. 291 201180 – Fax: 291 201189 – Contrib. N.º 511017235
II - FALTAS
8. Qual o regime de faltas aplicável aos trabalhadores com vínculo de
emprego público (contrato de trabalho em funções públicas e
nomeação)?
Com a entrada em vigor da Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas (LTFP)
o regime de faltas aplicável aos trabalhadores com vínculo de emprego público
passou a ser o previsto no Código do Trabalho (cfr. artigos 248.º e seguintes)
com as especificações constantes dos artigos 133.º a 143.º da LTFP.
Código do trabalho
Artigo 248º - Noção de falta
1 - Considera-se falta a ausência de trabalhador do local em que devia desempenhar a
actividade durante o período normal de trabalho diário.
2 - Em caso de ausência do trabalhador por períodos inferiores ao período normal de
trabalho diário, os respectivos tempos são adicionados para determinação da falta.
3 - Caso a duração do período normal de trabalho diário não seja uniforme, considera-se
a duração média para efeito do disposto no número anterior.
Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©
Artigo 249º - Tipos de falta
1 - A falta pode ser justificada ou injustificada.
2 - São consideradas faltas justificadas:
a) As dadas, durante 15 dias seguidos, por altura do casamento;
b) A motivada por falecimento de cônjuge, parente ou afim, nos termos do artigo 251º;
c) A motivada pela prestação de prova em estabelecimento de ensino, nos termos do
artigo 91º;
d) A motivada por impossibilidade de prestar trabalho devido a facto não imputável ao
trabalhador, nomeadamente observância de prescrição médica no seguimento de recurso
a técnica de procriação medicamente assistida, doença, acidente ou cumprimento de
obrigação legal;
e) A motivada pela prestação de assistência inadiável e imprescindível a filho, a neto ou
a membro do agregado familiar de trabalhador, nos termos dos artigos 49º, 50º ou 252º,
respectivamente;
f) A motivada por deslocação a estabelecimento de ensino de responsável pela educação
de menor por motivo da situação educativa deste, pelo tempo estritamente necessário,
até quatro horas por trimestre, por cada um;
SINDICATO DOS TRABALHADORES DA FUNÇÃO PÚBLICA DA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA
______________________________________________________________________________________________ Rua dos Ferreiros, 175-2.º - 9000-082 FUNCHAL - Telf. 291 201180 – Fax: 291 201189 – Contrib. N.º 511017235
g) A de trabalhador eleito para estrutura de representação colectiva dos trabalhadores,
nos termos do artigo 409º;
h) A de candidato a cargo público, nos termos da correspondente lei eleitoral;
i) A autorizada ou aprovada pelo empregador;
j) A que por lei seja como tal considerada.
3 - É considerada injustificada qualquer falta não prevista no número anterior.
Artigo 250º - Imperatividade do regime de faltas
As disposições relativas aos motivos justificativos de faltas e à sua duração não podem
ser afastadas por instrumento de regulamentação colectiva de trabalho, salvo em relação
a situação prevista na alínea g) do nº 2 do artigo anterior e desde que em sentido mais
favorável ao trabalhador, ou por contrato de trabalho.
Artigo 251º - Faltas por motivo de falecimento de cônjuge, parente ou afim
1 - O trabalhador pode faltar justificadamente:
a) Até cinco dias consecutivos, por falecimento de cônjuge não separado de pessoas e
bens ou de parente ou afim no 1º grau na linha recta;
b) Até dois dias consecutivos, por falecimento de outro parente ou afim na linha recta
ou no 2º grau da linha colateral.
2 - Aplica-se o disposto na alínea a) do número anterior em caso de falecimento de
pessoa que viva em união de facto ou economia comum com o trabalhador, nos termos
previstos em legislação específica.
3 - Constitui contra-ordenação grave a violação do disposto neste artigo.
Artigo 252º - Falta para assistência a membro do agregado familiar
1 - O trabalhador tem direito a faltar ao trabalho até 15 dias por ano para prestar
assistência inadiável e imprescindível, em caso de doença ou acidente, a cônjuge ou
pessoa que viva em união de facto ou economia comum com o trabalhador, parente ou
afim na linha recta ascendente ou no 2º grau da linha colateral.
2 - Ao período de ausência previsto no número anterior acrescem 15 dias por ano, no
caso de prestação de assistência inadiável e imprescindível a pessoa com deficiência ou
doença crónica, que seja cônjuge ou viva em união de facto com o trabalhador.
3 - No caso de assistência a parente ou afim na linha recta ascendente, não é exigível a
pertença ao mesmo agregado familiar.
4 - Para justificação da falta, o empregador pode exigir ao trabalhador:
a) Prova do carácter inadiável e imprescindível da assistência;
b) Declaração de que os outros membros do agregado familiar, caso exerçam actividade
profissional, não faltaram pelo mesmo motivo ou estão impossibilitados de prestar a
assistência;
c) No caso do número anterior, declaração de que outros familiares, caso exerçam
actividade profissional, não faltaram pelo mesmo motivo ou estão impossibilitados de
prestar a assistência.
SINDICATO DOS TRABALHADORES DA FUNÇÃO PÚBLICA DA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA
______________________________________________________________________________________________ Rua dos Ferreiros, 175-2.º - 9000-082 FUNCHAL - Telf. 291 201180 – Fax: 291 201189 – Contrib. N.º 511017235
Artigo 253º - Comunicação de ausência
1 - A ausência, quando previsível, é comunicada ao empregador, acompanhada da
indicação do motivo justificativo, com a antecedência mínima de cinco dias.
2 - Caso a antecedência prevista no número anterior não possa ser respeitada,
nomeadamente por a ausência ser imprevisível com a antecedência de cinco dias, a
comunicação ao empregador é feita logo que possível.
3 - A falta de candidato a cargo público durante o período legal da campanha eleitoral é
comunicada ao empregador com a antecedência mínima de quarenta e oito horas.
4 - A comunicação é reiterada em caso de ausência imediatamente subsequente à
prevista em comunicação referida num dos números anteriores, mesmo quando a
ausência determine a suspensão do contrato de trabalho por impedimento prolongado.
5 - O incumprimento do disposto neste artigo determina que a ausência seja
injustificada.
Artigo 254º - Prova de motivo justificativo de falta
1 - O empregador pode, nos 15 dias seguintes à comunicação da ausência, exigir ao
trabalhador prova de facto invocado para a justificação, a prestar em prazo razoável.
2 - A prova da situação de doença do trabalhador é feita por declaração de
estabelecimento hospitalar, ou centro de saúde ou ainda por atestado médico.
3 - A situação de doença referida no número anterior pode ser verificada por médico,
nos termos previstos em legislação específica.
4 - A apresentação ao empregador de declaração médica com intuito fraudulento
constitui falsa declaração para efeitos de justa causa de despedimento.
5 - O incumprimento de obrigação prevista nos n.os 1 ou 2, ou a oposição, sem motivo
atendível, à verificação da doença a que se refere o nº 3 determina que a ausência seja
considerada injustificada.
Artigo 255º - Efeitos de falta justificada
1 - A falta justificada não afecta qualquer direito do trabalhador, salvo o disposto no
número seguinte.
2 - Sem prejuízo de outras disposições legais, determinam a perda de retribuição as
seguintes faltas justificadas:
a) Por motivo de doença, desde que o trabalhador beneficie de um regime de segurança
social de protecção na doença;
b) Por motivo de acidente no trabalho, desde que o trabalhador tenha direito a qualquer
subsídio ou seguro;
c) A prevista no artigo 252º;
d) As previstas na alínea j) do nº 2 do artigo 249º quando excedam 30 dias por ano;
e) A autorizada ou aprovada pelo empregador.
3 - A falta prevista no artigo 252º é considerada como prestação efectiva de trabalho.
SINDICATO DOS TRABALHADORES DA FUNÇÃO PÚBLICA DA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA
______________________________________________________________________________________________ Rua dos Ferreiros, 175-2.º - 9000-082 FUNCHAL - Telf. 291 201180 – Fax: 291 201189 – Contrib. N.º 511017235
Artigo 256º - Efeitos de falta injustificada
1 - A falta injustificada constitui violação do dever de assiduidade e determina perda
da retribuição correspondente ao período de ausência, que não é contado na
antiguidade do trabalhador.
2 - A falta injustificada a um ou meio período normal de trabalho diário, imediatamente
anterior ou posterior a dia ou meio dia de descanso ou a feriado, constitui infracção
grave.
3 - Na situação referida no número anterior, o período de ausência a considerar para
efeitos da perda de retribuição prevista no n.º 1 abrange os dias ou meios-dias de
descanso ou feriados imediatamente anteriores ou posteriores ao dia de falta.
4 - No caso de apresentação de trabalhador com atraso injustificado:
a) Sendo superior a sessenta minutos e para início do trabalho diário, o empregador
pode não aceitar a prestação de trabalho durante todo o período normal de trabalho;
b) Sendo superior a trinta minutos, o empregador pode não aceitar a prestação de
trabalho durante essa parte do período normal de trabalho.
Artigo 257º - Substituição da perda de retribuição por motivo de falta 1 - A perda de retribuição por motivo de faltas pode ser substituída:
a) Por renúncia a dias de férias em igual número, até ao permitido pelo nº 5 do artigo
238º, mediante declaração expressa do trabalhador comunicada ao empregador;
b) Por prestação de trabalho em acréscimo ao período normal, dentro dos limites
previstos no artigo 204º quando o instrumento de regulamentação colectiva de trabalho
o permita.
2 - O disposto no número anterior não implica redução do subsídio de férias
correspondente ao período de férias vencido.
LGTFP
Artigo 133.º - Noção de Falta
1 — Considera -se falta a ausência de trabalhador do local em que devia desempenhar a
atividade durante o período normal de trabalho diário.
2 — Em caso de ausência do trabalhador por períodos inferiores ao período normal de
trabalho diário, os respetivos tempos são adicionados para determinação da falta.
Artigo 134.º - Tipos de faltas
1 — As faltas podem ser justificadas ou injustificadas.
2 — São consideradas faltas justificadas:
a) As dadas, durante 15 dias seguidos, por altura do casamento;
b) As motivadas por falecimento do cônjuge, parentes ou afins;
c) As motivadas pela prestação de provas em estabelecimento de ensino;
d) As motivadas por impossibilidade de prestar trabalho devido a facto que não seja
imputável ao trabalhador, nomeadamente observância de prescrição médica no
SINDICATO DOS TRABALHADORES DA FUNÇÃO PÚBLICA DA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA
______________________________________________________________________________________________ Rua dos Ferreiros, 175-2.º - 9000-082 FUNCHAL - Telf. 291 201180 – Fax: 291 201189 – Contrib. N.º 511017235
seguimento de recurso a técnica de procriação medicamente assistida, doença, acidente
ou cumprimento de obrigação legal;
e) A motivada pela prestação de assistência inadiável e imprescindível a filho, a neto ou
a membro do agregado familiar do trabalhador;
f) As motivadas por deslocação a estabelecimento de ensino de responsável pela
educação de menor por motivo da situação educativa deste, pelo tempo estritamente
necessário, até quatro horas por trimestre, por cada menor;
g) As de trabalhador eleito para estrutura de representação coletiva dos trabalhadores,
nos termos do artigo 316.º;
h) As dadas por candidatos a eleições para cargos públicos, durante o período legal da
respetiva campanha eleitoral, nos termos da correspondente lei eleitoral;
i) As motivadas pela necessidade de tratamento ambulatório, realização de consultas
médicas e exames complementares de diagnóstico, que não possam efetuar -se fora do
período normal de trabalho e só pelo tempo estritamente necessário;
j) As motivadas por isolamento profilático;
k) As dadas para doação de sangue e socorrismo;
l) As motivadas pela necessidade de submissão a métodos de seleção em procedimento
concursal;
m) As dadas por conta do período de férias;
n) As que por lei sejam como tal consideradas.
3 — O disposto na alínea i) do número anterior é extensivo à assistência ao cônjuge ou
equiparado, ascendentes, descendentes, adotando, adotados e enteados, menores ou
deficientes, quando comprovadamente o trabalhador seja a pessoa mais adequada para o
fazer.
4 — As faltas referidas no n.º 2 têm os seguintes efeitos:
a) As dadas ao abrigo das alíneas a) a h) e n) têm os efeitos previstos no Código do
Trabalho;
b) Sem prejuízo do disposto na alínea anterior, as dadas ao abrigo das alíneas i) a l) não
determinam perda de remuneração;
c) As dadas ao abrigo da alínea m) têm os efeitos previstos no artigo seguinte.
5 — As disposições relativas aos tipos de faltas e à sua duração não podem ser objeto de
instrumento de regulamentação coletiva de trabalho, salvo tratando -se das situações
previstas na alínea g) do n.º 2.
6 — São consideradas injustificadas as faltas não previstas no n.º 2.
Artigo 135.º - Faltas por conta do período de férias
1 — Sem prejuízo do disposto em lei especial, o trabalhador pode faltar dois dias por
mês por conta do período de férias, até ao máximo de 13 dias por ano, os quais podem
ser utilizados em períodos de meios dias.
2 — As faltas previstas no número anterior relevam, segundo opção do interessado, no
período de férias do próprio ano ou do ano seguinte.
SINDICATO DOS TRABALHADORES DA FUNÇÃO PÚBLICA DA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA
______________________________________________________________________________________________ Rua dos Ferreiros, 175-2.º - 9000-082 FUNCHAL - Telf. 291 201180 – Fax: 291 201189 – Contrib. N.º 511017235
3 — As faltas por conta do período de férias devem ser comunicadas com a
antecedência mínima de 24 horas ou, se não for possível, no próprio dia, e estão sujeitas
a autorização, que pode ser recusada se forem suscetíveis de causar prejuízo para o
normal funcionamento do órgão ou serviço.
4 — Nos casos em que as faltas determinem perda de remuneração, as ausências podem
ser substituídas, se o trabalhador assim o preferir, por dias de férias, na proporção de um
dia de férias por cada dia de falta, desde que seja salvaguardado o gozo efetivo de 20
dias de férias ou da correspondente proporção, se se tratar do ano de admissão, mediante
comunicação expressa do trabalhador ao empregador público.
FALTAS POR DOENÇA E JUSTIFICAÇÃO DA DOENÇA
Artigo 136.º - Verificação da situação de doença por médico designado pela
segurança social
1 — Para efeitos de verificação da situação de doença do trabalhador, o empregador
público deve requerer a designação de médico aos serviços de segurança social da área
da residência habitual do trabalhador, informando o trabalhador do requerimento nessa
mesma data.
2 — Os serviços da segurança social referidos no número anterior devem, no prazo de
24 horas, a contar da receção do requerimento:
a) Designar o médico, de entre os que integram comissões de verificação de
incapacidade temporária;
b) Comunicar a designação do médico ao empregador público;
c) Convocar o trabalhador para o exame médico, indicando o local, dia e hora da sua
realização, que deve ocorrer nas 72 horas seguintes;
d) Comunicar ao trabalhador que a sua não comparência ao exame médico, sem motivo
atendível, tem como consequência que os dias de alegada doença são considerados dias
de férias, bem como que deve apresentar, aquando da sua observação, informação
clínica e os elementos auxiliares de diagnóstico de que disponha, comprovativos da sua
incapacidade.
3 — Os serviços de segurança social, caso não possam cumprir o disposto no número
anterior, devem, dentro do mesmo prazo, comunicar essa impossibilidade ao
empregador público.
Artigo 137.º - Verificação da situação de doença por médico designado pelo
empregador público
1 — O empregador público pode designar um médico para efetuar a verificação da
situação de doença do trabalhado, nos seguintes casos:
a) Não se tendo realizado o exame no prazo previsto na alínea c) do n.º 2 do artigo
anterior por motivo não imputável ao trabalhador ou, sendo caso disso, no prazo
previsto no n.º 2 do artigo 140.º;
SINDICATO DOS TRABALHADORES DA FUNÇÃO PÚBLICA DA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA
______________________________________________________________________________________________ Rua dos Ferreiros, 175-2.º - 9000-082 FUNCHAL - Telf. 291 201180 – Fax: 291 201189 – Contrib. N.º 511017235
b) Tendo recebido a comunicação prevista no n.º 3 do artigo anterior ou, na falta desta,
se não tiver obtido indicação do médico por parte dos serviços da segurança social nas
24 horas após a apresentação do seu requerimento.
2 — Na data em que designar o médico, nos termos do número anterior, o empregador
público dá cumprimento ao disposto nas alíneas c) e d) do n.º 2 do artigo anterior.
9. Têm os trabalhadores direito a faltar justificadamente para além das
situações contempladas no n.º 2 do artigo 134.º da Lei Geral do Trabalho
em Funções Públicas (LTFP)?
Não. No entanto, em casos excecionais e devidamente fundamentados, pode o
empregador público autorizar interrupções na prestação de trabalho, durante o
período de presença obrigatória, sendo estas interrupções consideradas como
tempo de trabalho (Cfr. artigo 102.º da LTFP)
10. Fora da situação específica das faltas por doença, com a entrada em
vigor da LTFP houve alteração no modo de comunicação e justificação
das faltas?
Não, devendo a comunicação da ausência seguir as determinações do artigo
253.º do Código do Trabalho e a prova do motivo justificativo da falta ser
entregue, quando solicitada, nos termos do n.º 1 do artigo 254.º do mesmo
Código.
Código do Trabalho
Artigo 253º - Comunicação de ausência
1 - A ausência, quando previsível, é comunicada ao empregador, acompanhada da
indicação do motivo justificativo, com a antecedência mínima de cinco dias.
2 - Caso a antecedência prevista no número anterior não possa ser respeitada,
nomeadamente por a ausência ser imprevisível com a antecedência de cinco dias, a
comunicação ao empregador é feita logo que possível.
3 - A falta de candidato a cargo público durante o período legal da campanha eleitoral é
comunicada ao empregador com a antecedência mínima de quarenta e oito horas.
4 - A comunicação é reiterada em caso de ausência imediatamente subsequente à
prevista em comunicação referida num dos números anteriores, mesmo quando a
ausência determine a suspensão do contrato de trabalho por impedimento prolongado.
SINDICATO DOS TRABALHADORES DA FUNÇÃO PÚBLICA DA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA
______________________________________________________________________________________________ Rua dos Ferreiros, 175-2.º - 9000-082 FUNCHAL - Telf. 291 201180 – Fax: 291 201189 – Contrib. N.º 511017235
5 - O incumprimento do disposto neste artigo determina que a ausência seja
injustificada.
Artigo 254º - Prova de motivo justificativo de falta
1 - O empregador pode, nos 15 dias seguintes à comunicação da ausência, exigir ao
trabalhador prova de facto invocado para a justificação, a prestar em prazo razoável.
2 - A prova da situação de doença do trabalhador é feita por declaração de
estabelecimento hospitalar, ou centro de saúde ou ainda por atestado médico.
3 - A situação de doença referida no número anterior pode ser verificada por médico,
nos termos previstos em legislação específica.
4 - A apresentação ao empregador de declaração médica com intuito fraudulento
constitui falsa declaração para efeitos de justa causa de despedimento.
5 - O incumprimento de obrigação prevista nos n.os 1 ou 2, ou a oposição, sem motivo
atendível, à verificação da doença a que se refere o nº 3 determina que a ausência seja
considerada injustificada.
11. Há lugar a descontos nas férias em virtude de faltas dadas pelos
trabalhadores?
Não, em regra, e independentemente de se tratar de faltas justificadas ou
injustificadas, por força do disposto no n.º 2 do artigo 237.º do Código do
Trabalho, estas não têm quaisquer efeitos nas férias. Só assim não será se
as faltas determinarem a perda da remuneração, caso em que estão sujeitas à
disciplina do n.º 4 do artigo 135.º da LTFP.
Neste caso, as ausências podem ser substituídas, se o trabalhador assim o
preferir, por dias de férias, na proporção de um dia de férias por cada dia de
falta, desde que seja salvaguardado o gozo efetivo de 20 dias de férias ou da
correspondente proporção, se se tratar do ano de admissão, mediante
comunicação expressa do trabalhador ao empregador público.
LGTFP
Artigo 135.º - Faltas por conta do período de férias
1 — Sem prejuízo do disposto em lei especial, o trabalhador pode faltar dois dias por
mês por conta do período de férias, até ao máximo de 13 dias por ano, os quais podem
ser utilizados em períodos de meios dias.
SINDICATO DOS TRABALHADORES DA FUNÇÃO PÚBLICA DA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA
______________________________________________________________________________________________ Rua dos Ferreiros, 175-2.º - 9000-082 FUNCHAL - Telf. 291 201180 – Fax: 291 201189 – Contrib. N.º 511017235
2 — As faltas previstas no número anterior relevam, segundo opção do interessado, no
período de férias do próprio ano ou do ano seguinte.
3 — As faltas por conta do período de férias devem ser comunicadas com a
antecedência mínima de 24 horas ou, se não for possível, no próprio dia, e estão
sujeitas a autorização, que pode ser recusada se forem suscetíveis de causar prejuízo
para o normal funcionamento do órgão ou serviço.
4 — Nos casos em que as faltas determinem perda de remuneração, as ausências podem
ser substituídas, se o trabalhador assim o preferir, por dias de férias, na proporção de um
dia de férias por cada dia de falta, desde que seja salvaguardado o gozo efetivo de 20
dias de férias ou da correspondente proporção, se se tratar do ano de admissão, mediante
comunicação expressa do trabalhador ao empregador público.
III - FALTAS POR DOENÇA
12. Qual é o regime aplicável nas ausências por motivo de doença dos
trabalhadores com vínculo de emprego público?
Os trabalhadores com vínculo de emprego público, em qualquer das suas
modalidades – contrato de trabalho em funções públicas, nomeação ou
comissão de serviço – enquadrados no regime geral de segurança social
(RGSS), estão abrangidos, no que respeita à proteção social, pelo Decreto-Lei
n.º 28/2004, de 4 de fevereiro, tendo direito ao subsídio de doença após o
período de espera (primeiros três dias de ausência ao trabalho); estão também
sujeitos à verificação da doença por iniciativa das instituições de segurança
social.
No âmbito laboral são aplicáveis a estes trabalhadores, como decorre do n.º 1
do artigo 122.º da Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas (LTFP),
aprovada pela Lei n.º 35/2014, de 20 de junho, as faltas por doença, previstas
na alínea d) do n.º 1 do artigo 134.º, que têm os efeitos estabelecidos no
Código do Trabalho (CT), aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 9 de fevereiro, para
o mesmo tipo de faltas, conforme dispõe a alínea a) do n.º 4 do mesmo artigo
134.º. As faltas por motivo de doença determinam a perda de
SINDICATO DOS TRABALHADORES DA FUNÇÃO PÚBLICA DA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA
______________________________________________________________________________________________ Rua dos Ferreiros, 175-2.º - 9000-082 FUNCHAL - Telf. 291 201180 – Fax: 291 201189 – Contrib. N.º 511017235
remuneração desde que o trabalhador beneficie de um regime de
segurança social de proteção na doença – cfr. alínea a) do n.º 2 do artigo
255.º do CT; estão também sujeitos ao disposto nos artigos 136.º a 143.º da
LTFP, quanto à verificação da doença por iniciativa da entidade empregadora
pública.
Aos trabalhadores com vínculo de emprego público, em qualquer das suas
modalidades, que se encontrem enquadrados no regime de proteção social
convergente (RPSC), é aplicável, no âmbito laboral e de proteção social, o
regime constante dos artigos 15.º a 39.º da Lei n.º 35/2014, de 20 de junho,
nomeadamente no que respeita à justificação, verificação e efeitos das faltas,
com o desconto, em regra, da totalidade de remuneração nos primeiros três
dias de ausência e de 10% da mesma do 4.º ao 30.º dia.
13. É obrigatória a comunicação da ausência por motivo de doença,
antes da apresentação do respetivo documento comprovativo?
Sim, nos termos do artigo 253.º do Código do Trabalho (CT), aprovado pela Lei
n.º 7/2009, de 9 de fevereiro, aplicável aos trabalhadores com vínculo de
emprego público, por força do artigo 122.º da Lei Geral do Trabalho em
Funções Públicas (LTFP), aprovada pela Lei n.º 35/2014, de 20 de junho, é
obrigatória a comunicação das faltas, mesmo que esteja ainda a decorrer o
prazo para entrega do documento justificativo.
Segundo os artigos 248.º e 253.º (n.ºs 1 e 2) do CT, a falta, quando previsível,
é comunicada ao empregador, acompanhada da indicação do motivo
justificativo, com a antecedência mínima de cinco dias, ou logo que possível,
caso essa antecedência não possa ser respeitada, nomeadamente por a
ausência ser imprevisível com a referida antecedência mínima.
Para os trabalhadores integrados no regime de proteção social
convergente, deverá, no entanto, ser rigorosamente observado o prazo
SINDICATO DOS TRABALHADORES DA FUNÇÃO PÚBLICA DA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA
______________________________________________________________________________________________ Rua dos Ferreiros, 175-2.º - 9000-082 FUNCHAL - Telf. 291 201180 – Fax: 291 201189 – Contrib. N.º 511017235
perentório de 5 dias úteis fixado no n.º 1 do artigo 17.º da Lei n.º 35/2014, de
20 de junho, para a entrega nos serviços do certificado de incapacidade
temporária, salvo se existir motivo justificativo que tenha impossibilitado a
observância do aludido prazo como se prevê no n.º 5 do mesmo artigo e
diploma.
14. Quais os efeitos das faltas por doença dos trabalhadores integrados
no regime de proteção social convergente?
As faltas por motivo de doença até 30 dias determinam a perda da
remuneração diária nos primeiros três dias e a perda de 10% da remuneração
diária do 4.º ao 30º dia, sendo interrompida a contagem destes períodos
sempre que a prestação de trabalho seja retomada, considerando-se o 4º dia
de doença o que ocorre após três dias sucessivos de ausência por doença –
n.ºs 2, 3 e 4 do artigo 15.º da Lei n.º 35/2014, de 20 de junho.
Nos casos de internamento hospitalar, de faltas por motivo de cirurgia
ambulatória, de doença por tuberculose e de doença com início no decurso do
período de atribuição do subsídio parental que ultrapasse o termo deste
período não há perda da remuneração diária nos primeiros 3 dias de doença,
mas só de 10% dessa remuneração do 4.º dia (inclusive) até ao 30.º, se for o
caso – n.º 5 do artigo 15º da Lei n.º 35/2014, de 20 de junho.
As faltas por doença dadas por trabalhadores deficientes desde que
decorrentes da deficiência de que são portadores não sofrem quaisquer
descontos na remuneração – n.º 7 do artigo 15.º da Lei n.º 35/2014, de 20 de
junho.
As faltas por doença que ultrapassem 30 dias, seguidos ou interpolados em
cada ano civil, descontam na antiguidade para efeitos de carreira – n.º 6 do
artigo 15.º da Lei n.º 35/2014, de 20 de junho.
SINDICATO DOS TRABALHADORES DA FUNÇÃO PÚBLICA DA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA
______________________________________________________________________________________________ Rua dos Ferreiros, 175-2.º - 9000-082 FUNCHAL - Telf. 291 201180 – Fax: 291 201189 – Contrib. N.º 511017235
As faltas por doença dadas por trabalhadores deficientes não têm, no
entanto, quaisquer reflexos sobre a antiguidade, desde que decorrentes da
própria deficiência – n.º 7 do artigo 15.º da Lei n.º 35/2014, de 20 de junho – o
mesmo sucedendo com as faltas por doença prolongada, por força do disposto
no n.º 4 do artigo 37.º da Lei n.º 35/2014, de 20 de junho.
As faltas por doença implicam sempre a perda do subsídio de refeição –
n.º 8 do artigo 15.º da Lei n.º 35/2014, de 20 de junho.
15. Em caso de períodos sucessivos de faltas por doenças diferentes
aplica-se o limite máximo de 18 meses previsto no artigo 31.º da Lei n.º
35/2014, de 20 de junho?
A alínea b) deste artigo 31.º deve ser objeto de leitura corretiva, de modo a
considerar-se a referência a 30 dias como feita a 60 dias.
Efetivamente, as faltas a que aquela alínea se reporta são as que ocorrem
após os 60 dias a que alude a alínea a) do n.º 1 do artigo 23.º do diploma em
causa, que não poderão deixar de ser computadas para efeitos do limite de 18
meses previsto no n.º 1 do artigo 25.º da Lei n.º 35/2014, de 20 de junho.
Feita esta correção, refere-se que, de acordo com o princípio geral de direito,
ínsito no Código Civil - n.º 2 do artigo 9.º - segundo o qual onde a lei não
distingue não é lícito ao intérprete distinguir, devem ser tidas em conta, para
aqueles efeitos, todas as faltas seguidas ou interpoladas (desde que entre elas
não medeie um intervalo superior a 30 dias, nos quais não se incluem as
férias), independentemente de se tratar da mesma doença ou de doenças
diferentes.
SINDICATO DOS TRABALHADORES DA FUNÇÃO PÚBLICA DA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA
______________________________________________________________________________________________ Rua dos Ferreiros, 175-2.º - 9000-082 FUNCHAL - Telf. 291 201180 – Fax: 291 201189 – Contrib. N.º 511017235
16. Como se consideram os dias de descanso semanal, complementar e
feriados intercalados numa sucessão de faltas por doença?
Na contagem das faltas por doença, os artigos 15.º a 39.º da Lei n.º 35/2014,
de 20 de junho, não se reportam a dias úteis, pelo que se mantém o
entendimento, resultante do disposto no artigo 100.º do Decreto-Lei n.º 100/99,
de 31 de março, pese embora a sua revogação.
Considera-se, assim, que, numa sucessão de faltas por doença que ocorra
durante vários dias consecutivos, os dias de descanso semanal, complementar
e feriados nela intercalados se integram no respetivo cômputo.
O que antecede aplica-se independentemente de as faltas em causa serem
determinadas pela mesma ou por doenças diferentes e de a respetiva
justificação ser feita por um único ou mais documentos comprovativos de
doença.
Nos casos em que a validade do documento comprovativo de doença abranja
dia ou dias não úteis, não serão estes integrados no período de faltas por
doença se, no dia imediatamente anterior ou posterior, o trabalhador não tiver
faltado por este motivo.
17. Como se consideram os dias de descanso semanal, complementar e
feriados intercalados entre uma situação de faltas por doença do próprio
e para assistência a familiares doentes?
A revogação do artigo 100.º do Decreto-Lei n.º 100/99, de 31 de março, não
prejudica o entendimento, resultante da interpretação dos artigos 15.º a 39.º da
Lei n.º 35/2014, de 20 de junho, de que os dias de descanso e os feriados só
podem ser considerados como faltas ou licenças quando intercalados numa
sucessão de faltas ou licenças da mesma natureza.
Sendo, inequivocamente, distintos os motivos subjacentes às faltas por doença
do próprio trabalhador e às determinadas pela necessidade de prestação de
SINDICATO DOS TRABALHADORES DA FUNÇÃO PÚBLICA DA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA
______________________________________________________________________________________________ Rua dos Ferreiros, 175-2.º - 9000-082 FUNCHAL - Telf. 291 201180 – Fax: 291 201189 – Contrib. N.º 511017235
assistência a membros do respetivo agregado familiar (a impossibilidade de
comparência ao serviço decorrente da doença, no primeiro caso, e o
acompanhamento ou assistência a familiar doente, no segundo), deve concluir-
se que os dias intercalares em que não há obrigatoriedade de comparência ao
serviço (dias de descanso semanal, complementar e feriados) não são
considerados como faltas.
18. Como justificar as faltas subsequentes ao internamento?
Nestes casos, tal como em todos os demais, a justificação das faltas por
doença dos trabalhadores integrados no regime de proteção social convergente
obedece ao disposto nos n.ºs 2 e 3 do artigo 17.º da Lei n.º 35/2014, de 20 de
junho.
(n.º 2 do artigo 18.º da Lei n.º 35/2014, de 20 de junho)
LGTFP
Artigo 17.º - Justificação da doença
1 — (…).
2 — A doença deve ser comprovada mediante declaração passada por estabelecimento
hospitalar, centro de saúde, incluindo as modalidades de atendimento complementar e
permanente, ou instituições destinadas à prevenção ou reabilitação de
toxicodependência ou alcoolismo, integrados no Serviço Nacional de Saúde, de modelo
aprovado por portaria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas da saúde e da
Administração Pública.
3 — A doença pode, ainda, ser comprovada, através de preenchimento do modelo
referido no número anterior, por médico privativo dos serviços, por médico de outros
estabelecimentos públicos de saúde, bem como por médicos ao abrigo de acordos com
qualquer dos subsistemas de saúde da Administração Pública no âmbito da
especialidade médica objeto do respetivo acordo.
4 — (…).
5 — (…)
6 — (…)
7 — (…).
SINDICATO DOS TRABALHADORES DA FUNÇÃO PÚBLICA DA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA
______________________________________________________________________________________________ Rua dos Ferreiros, 175-2.º - 9000-082 FUNCHAL - Telf. 291 201180 – Fax: 291 201189 – Contrib. N.º 511017235
Artigo 18.º - Meios de prova
1 — (…).
2 — Quando tiver havido internamento e este cessar, o trabalhador deve apresentar -se
ao serviço com o respetivo documento de alta ou, no caso de ainda não estar apto a
regressar, proceder à comunicação e apresentar documento comprovativo da doença nos
termos do disposto no artigo anterior, contando -se os prazos nele previstos a partir do
dia em que teve alta.
3 — (…).
4 — (…).
19. A entrega do documento comprovativo da doença fora do prazo
determina sempre a injustificação de faltas?
Embora a lei fixe o prazo de cinco dias úteis para a entrega ou envio do
documento comprovativo da doença dos trabalhadores integrados no regime
de proteção social convergente - cfr. n.ºs 1 e 6 do artigo 17.º da Lei n.º
35/2014, de 20 de junho - a violação deste prazo não implica,
automaticamente, a injustificação das faltas dadas, conforme decorre da
redação do n.º 5 deste artigo.
Efetivamente, desde que o interessado comprove, por si ou por interposta
pessoa, a impossibilidade de cumprimento daquele prazo e que os
motivos invocados sejam considerados atendíveis pelo dirigente
competente para o efeito, dentro dos poderes gestionários que lhe são
próprios, não haverá lugar à respetiva injustificação.
20. Como proceder no caso de ausência do trabalhador integrado no
regime de proteção social convergente no momento da verificação
domiciliária da doença?
A ausência do domicílio ou do local onde o interessado tiver indicado estar
doente constitui presunção de inexistência de doença, determinando a
injustificação de todas as faltas dadas.
SINDICATO DOS TRABALHADORES DA FUNÇÃO PÚBLICA DA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA
______________________________________________________________________________________________ Rua dos Ferreiros, 175-2.º - 9000-082 FUNCHAL - Telf. 291 201180 – Fax: 291 201189 – Contrib. N.º 511017235
Esta presunção é, no entanto, ilidível por prova em contrário, se o trabalhador
justificar a ausência mediante apresentação de meios de prova considerados
adequados pelo dirigente competente para o efeito.
(n.º 4 do artigo 20.º da Lei n.º 35/2014, de 20 de junho)
21. É obrigatória a verificação domiciliária da doença dos trabalhadores
integrados no regime de proteção social convergente?
A verificação domiciliária da doença depende de decisão gestionária do
dirigente máximo do serviço, conforme resulta do disposto no n.º 1 do artigo
20.º da Lei n.º 35/2014, de 20 de junho.
Não haverá, porém, lugar à aludida verificação nos casos de internamento e de
doença ocorrida no estrangeiro, nos termos do mesmo preceito.
22. Qual o efeito da falta de indicação dos dias e horas a que pode
efetuar-se a verificação da doença?
Sempre que o documento comprovativo da doença contenha a menção de que
a mesma não implica a permanência no domicílio - cfr. n.º 2 do artigo 20.º da
Lei n.º 35/2014, de 20 de junho, o interessado deve indicar os dias e horas a
que pode efetuar-se a verificação domiciliária da doença, nos termos previstos
no n.º 3 deste preceito.
Nos casos em que o interessado não proceda a esta indicação, deve a menção
constante do documento comprovativo ter-se por não escrita, podendo a
verificação domiciliária ser feita a qualquer tempo, como nas demais situações.
SINDICATO DOS TRABALHADORES DA FUNÇÃO PÚBLICA DA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA
______________________________________________________________________________________________ Rua dos Ferreiros, 175-2.º - 9000-082 FUNCHAL - Telf. 291 201180 – Fax: 291 201189 – Contrib. N.º 511017235
23. Qual o limite máximo de duração da licença sem remuneração dos
trabalhadores, integrados no regime de proteção social convergente, que
a requeiram ou passem a essa situação por terem atingido os limites
máximos de faltas por doença?
Não existe qualquer limite, tal como já sucedia quando o Decreto-Lei n.º
100/99, de 31 de março, regulava a matéria da licença sem vencimento de
longa duração relativamente aos então funcionários que transitaram para o
contrato de trabalho em funções públicas ou para a nomeação.
(Artigo 34.º, n.º 1, alínea b), n.º 3 e n.º 5 e artigo 37.º da Lei n.º 35/2014, de 20
de junho).
Santa Cruz, 18 de Outubro de 2014
top related