venezuelanos vão produzir banana chips na bahia

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Produção local será vendida para fábrica estrangeira

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AGRONEGÓCIOSSALVADOR SEGUNDA-FEIRA 18/10/2010 B7

agronegocios@grupoatarde.com.br

INDICADORESAGROPECUÁRIA /15.10.2010 Fonte: EBAL, EBDA, Coordenação de Conjuntura Agrícola - SEAGRI Fone : 3115 - 2725 / SC = Sem Cotação

PRODUTOS TIPO PRAÇA UNIDADE R$ PRODUTOS TIPO PRAÇA UNIDADE R$ABACATE MÉDIO CEASA/SALVADOR SC 30 KG S/CABACAXI MÉDIO CEASA/SALVADOR CENTO 130,00ALGODÃO PLUMA BARREIRAS ARROBA 71,72

CAROÇO BARREIRAS ARROBA 14,50ARROZ COM CASCA BARREIRAS SC 60 KG 29,00BANANA PACOVAN CEASA/SALVADOR KG 1,20

PRATA CEASA/SALVADOR CENTO 15,00BETERRABA IRECÊ SC 20KG 4,00CACAU ILHÉUS/ITABUNA ARROBA 76,00

FUTURO NEW YORK (US$) TON 2.805,00CAFÉ ARÁBICA DURO L.EDUARDO MAGALHÃES SC 60 KG 310,00

RIO L.EDUARDO MAGALHÃES SC 60 KG 220,00DESPOLPADO L.EDUARDO MAGALHÃES SC 60 KG 350,00DESPOLPADO VITÓRIA DA CONQU ISTA SC 60 KG 360,00DURO VITÓRIA DA CONQUISTA SC 60 KG 280,00RIO VITÓRIA DA CONQUISTA SC 60 KG 190,00DISPONÍVEL SANTOS SC 60 KG S/CDISPONÍVEL NEW YORK (U$$) LIBRA-PESO S/CFUTURO NEW YORK (U$$) LIBRA-PESO S/CCONILLON TIPO 7 EUNÁPOLIS SC 60 KG 157,00TIPO 7/8 EUNÁPOLIS SC 60 KG 154,00

CEBOLA CEASA/SALVADOR SC 20 KG 10,00CEASA/JUAZEIRO SC 20 KG 5,00IRECÊ SC 20 KG 4,00

CENOURA IRECÊ SC 20 KG 5,00COCO SECO MÉDIO CEASA/SALVADOR CENTO 95,00COCO VERDE MÉDIO CEASA/SALVADOR CENTO 50,00CRAVO DA ÍNDIA VALENÇA KG 6,50DENDÊ CACHO VALENÇA TONELADA 150,00FARINHA DE MAND. 1ª CEASA/SALVADOR SC 50 KG 70,00FEIJÃO CARIOCA ADUSTINA SC 60 KG 150,00

BARREIRAS SC 60 KG 160,00IRECÊ SC 60 KG 140,00RIBEIRA DO POMBAL SC 60 KG 140,00TUCANO SC 60 KG 140,00

MULATO IRECÊ SC 60 KG S/C

GOIABA CEASA/SALVADOR CX 03 KG 3,90PALUMA CEASA/JUAZEIRO CX 20 KG 20,00GUARANÁ VALENÇA KG 7,50LARANJA PERA GRANDE CEASA/SALVADOR CENTO 10,00

INDÚSTRIA RIO REAL TONELADA 265,00CRUZ DAS ALMAS TONELADA S/C

LIMA CEASA/SALVADOR CENTO 14,00LIMÃO TAITI GRANDE CEASA/SALVADOR SC 20 KG 26,00MAMÃO FORMOSA CEASA/SALVADOR KG 0,70MAMÃO FORMOSA B CEAGESP CX 21 KG 19,32MAMÃO HAWAI CEASA/SALVADOR CX 7/8 KG 8,00MANGA TOMMY ATKINS CEASA/JUAZEIRO KG 0,38

PALMER LIVRAMENTO N. SRA CX 6,5 KG 8,45TOMMY ATKINS LIVRAMENTO N. SRA CX 6,5 KG 2,10

MARACUJÁ CEASA/JUAZEIRO SC 15 KG 20,10COMUM CEASA/JAGUAQUARA SC 20 KG 16,00

MEL TUCANO KG 3,50MELANCIA COMUM CEASA/SALVADOR KG 0,55

CEASA/JUAZEIRO KG 0,38MELÃO GRANDE CEASA/SALVADOR KG 1,20

CEASA/JUAZEIRO KG 0,90MILHO ADUSTINA SC 60 KG 25,00

IRECÊ SC 60 KG 23,00RIBEIRA DO POMBAL SC 60 KG 25,00TUCANO SC 60 KG 23,00

SISAL EXTRA VALENTE KG 1,14TIPO 2 VALENTE KG 1,04REFUGO VALENTE KG 0,51

SOJA BARREIRAS SC 60 KG 41,00CHICAGO-USA (U$$) BUSCHEL 10,93

SORGO IRECÊ SC 60 KG 17,00TOMATE MESA 1ª CEASA/SALVADOR CX 20/22 KG 13,00

CEASA/JUAZEIRO CX 26 KG 14,00CEASA/JAGUAQUARA CX 23 KG 11,00

UVA ITÁLIA CEASA/SALVADOR CX 07 KG 17,00UVA ITÁLIA CEASA/JUAZEIRO CX 06 KG 41,00

FEIJÃO

150MILHO

25u

CACAU

76BOI

88SOJA

41

PECUÁRIAPRODUTOS PRAÇA UNIDADE R$BOI GORDOPOSTO NO FRIGORÍFICO FEIRA DE SANTANA ARROBA 88,00POSTO NO FRIGORÍFICO STO. ANTÔNIO DE JESUS ARROBA 86,00POSTO NO FRIGORÍFICO ITAPETINGA ARROBA 85,00

SALVADOR ARROBA 89,00ARAÇATUBA/SP ARROBA S/C

CAPRINO FEIRA DE SANTANA ARROBA 135,00JEQUIÉ ARROBA 127,50

OVINO FEIRA DE SANTANA ARROBA 138,00JEQUIÉ ARROBA 127,50

LEITE (NA PLATAFORMA) F. DE SANTANA LITRO 0,65TEIXEIRA DE FREITAS LITRO 0,72

Fonte: EBAL, EBDA, Coordenação de Conjuntura Agrícola - SEAGRI

CACAUILHÉUS/ITABUNA 76,00 (arroba)

Fonte: Seagri-Ba

NOVA IORQUE ABT. MAX. MIN. AJUSTE OSC.DEZ/10 - 2.900 2.794 2.805 -75MAR/11 - 2.921 2.824 2.834 -73MAI/11 - 2.930 2.843 2.852 -70

Fonte: AGÊNCIA EFE

AGENDA DA SEMANASEG 18HOMEOPATIA Curso sobrehomeopatia animal, de 18 a22, em Jorro (BA), voltado atécnicos da região, como al-ternativa de controle dasdoenças dos rebanhos. Inscri-ções e informações no escri-tório regional da EBDA emSerrinha.

TER 19CLIMA Workshop “Tolerânciaà Deficiência Hídrica emPlantas: Adaptando as Cultu-ras ao Clima do Futuro”, de 19a 21, na Federação da Agri-cultura e Pecuária de Goiás,em Goiânia (GO), às 10h, nu-ma parceria da Embrapa coma Monsanto.

QUA 20BATATA V Seminário Brasilei-ro da Batata, dias 20 e 21, noCentro de Convenções deUberlândia (MG), com a pro-posta de debater os princi-pais problemas “porteira paradentro”. Informações:www.abbabatatabrasilei-ra.com.br

QUI 21TECNOLOGIA Semana Nacio-nal de Ciência e Tecnologia -2ª Mostra de Ciência e Tec-nologia, até o dia 24, na Fun-dação Fórum Campinas (SP).Informações e inscrições gra-tuitas: www.forumcampi-nas.org.br/2009/New/in-dex.html

SEX 22OVINOS Leilão Integração Na-cional Dorper e White Dor-per, no Parque de ExposiçõesTattersal da ABCZ, em Ube-raba, às 16h. Promoção: Ovi-nogen, Mac Ovinos, CabanhaSammichele, Rancho Coma-grivel. Informações:www.agresteleiloes.com.br

SAB 23NELORE 9º Leilão Nelore Bar-ros Correia, com oferta dematrizes e reprodutores Ne-lore, às 12h, com transmissão,ao vivo, pelo Canal Rural. NoParque de Exposições José daSilva Nogueira, em Maceió(AL), durante a Expoagro2010.

DOM 24NUTRIÇÃO IV Congresso La-tino Americano de NutriçãoAnimal (Clana), de 24 a 26, noHotel Fazenda Fonte ColinaVerde, na cidade de São Pedro(SP). Informações com o Co-légio Brasileiro de NutriçãoAnimal ou no site:www.cbna.com.br

TIRA DÚVIDASO que é preciso fazer para produzir banana emregiões com estação seca prolongada, como naregião semiárida do Nordeste do Brasil?Em regiões que apresentam baixa precipitaçãopluvial (500-600mm/ano),adeficiênciahídricaé permanente. Portanto, elas exigem irrigaçãosuplementar para a obtenção de colheitas eco-nomicamente satisfatórias. Práticas alternati-vas, como o manejo do solo, a fim de aumentara infiltração da água das chuvas, e a utilizaçãode cobertura morta do solo, para conservar aumidade, também são recomendáveis.

Quais as exigências da bananeira em relaçãoà luminosidade?A bananeira requer alta luminosidade aindaque a duração do dia, aparentemente, não in-flua em seu crescimento e frutificação.

É possível obter boa produtividade comercialna Região Nordeste?Sim, desde que se use irrigação suplementar naszonas semiáridas. Nas zonas litorâneas, maisúmidas, a utilização de práticas alternativas,como o manejo do solo, para aumentar a in-filtração e o armazenamento da água no solo,e a utilização de cobertura morta do solo, paraconservaraumidade,podemsersuficientesparaa obtenção de produtividades comerciais.

ENVIE DÚVIDAS PARA ECONOMIA@GRUPOATARDE.COM.BROU PELO ALÔ REDAÇÃO (TEL. 71 - 3340-8990)

Principais cotações agrícolas em R$

Editor-coordenadorFlávio Oliveira

MANEJO Quais são e como tratar pragasdas bananeiras www.atarde.com.br/economia

AGROINDÚSTRIA Produção local serávendida para fábrica estrangeira

Venezuelanosvão produzirbanana chipsna BahiaJULIANA BRITO ECRISTINA SANTOS PITASanto Antônio de Jesus

O município de WenceslauGuimarães, localizado a 236km de Salvador, vai receber,em 2011, uma indústria de be-neficiamento de bana-na-da-terra da empresa vene-zuelana Alina do Brasil. O in-tuitoéproduzirbananachips,uma versão da tradicional ba-tata chips feita a partir dessafruta. A previsão inicial paraa inserção do produto comer-cialmente no mercado é maiodo ano que vem.

Para os agricultores da re-gião, que inclui ainda os mu-nicípios de Teolândia e Tan-credo Neves, a vantagem quea indústria venezuelana traráé a compra da banana dire-tamente dos seus produtores,o que aumentará o lucro. “Ho-je, o nosso produto é desva-lorizado, pois a gente vendepara o atravessador, que ga-nha mais. Essa indústria vainos beneficiar porque vaicomprar direto da gente”, co-memora o produtor AntônioPires Barbosa. O pequenoagricultor Valdir Elias dosSantos também é otimista so-bre os ganhos com o empre-endimento. “Nosso produtovai ter um valor agregado, co-mo falam por aí. Muitos pro-dutores vão aumentar a plan-tação porque quanto maisproduzirmos, mais vamosvender para a fábrica”.

Ampliação de mercadoA Alina aposta na expressãodo mercado brasileiro paraque o produto seja bem-su-cedido nas prateleiras. “NaVenezuela, que tem 26 mi-lhões de pessoas, a bananachips já é uma tradição. A em-presa acredita que no Brasil,com a população de 190 mi-lhões, será um sucesso”, ex-plica o secretário municipalde Agricultura de WenceslauGuimarães, Juarez Leal.

Acredita-se que a instala-

ção da fábrica de bananachips vai promover um saltona quantidade e de qualidadena produção local. Este cres-cimento deve acontecer numperíodo de dois anos, devidoà ampliação dos turnos deoperação da indústria.

O plano é que, inicialmen-te, a empresa funcione emapenas um turno, e, no anoseguinte, passe a operar emmais um, para, finalmente,no terceiro ano de atividade,atingir a capacidade plena,operando nos três turnos.

Aipim chipsOutro projeto relacionado àinstalação da Alina em Wen-ceslau Guimarães é a produ-ção de aipim chips, a partir dosegundo ano de funciona-mento. “A empresa já produzchips de aipim, inhame e ba-nana”, conta Leal. Por isso, aSecretaria Municipal de Agri-cultura, em parceria com aEmbrapa, pretende aproxi-mar os agricultores locais datecnologia de produção do ai-pim chips.

Nesse tipo de produção, oaipim atravessa nove etapas:lavagem, sanitização, descas-camento, lavagem, fatiamen-to, fritura em óleo vegetal,drenagem do excesso de gor-dura, salga e acondiciona-mento. Como não passa pelasetapas de branqueamento eresfriamento, além de redu-zir o tempo de processamen-to, o aipim chips possui aindaum teor menor de absorçãode gordura do produto.

Zeka / Ag. A TARDE / 18.8.2008

Produtores têm lucro de até R$ 18 mil com custo médio de R$ 3 mil até a colheita

A região dobaixo sul baianoproduz cerca de30 miltoneladas debanana ao ano

Produtividade torna Estado lugarideal para instalar nova indústriaHá algum tempo, a empresavenezuelana buscava um par-ceiro brasileiro para o negó-cio da banana chips e per-cebeu na “capital da banana”na Bahia o lugar ideal. “Eles(Alina) têm todo conheci-mento de como beneficiar oproduto e encontraram emWenceslau a maior produçãode banana com qualidade. Va-mos começar processando240 toneladas da fruta, pormês, para produzir a bananachips”, conta o secretário mu-nicipal de Agricultura, JuarezLeal Ribeiro.

O Brasil é o segundo maior

produtor de banana, e a Ba-hia, o maior produtor nacio-nal, com área plantada supe-rior a 90 mil hectares. O Es-tado é fornecedor de outrasregiões, como São Paulo, Per-nambuco, Brasília e Goiás.

Pequeno produtorWenceslau Guimarães pos-

sui, atualmente, cerca de doismil produtores de banana. Apredominância é da agricul-tura familiar, com roças detrês a quatro hectares. Entrefamiliares e empregados, se-gundo dados do IBGE, exis-tem 7.379 pessoas envolvidas

com o cultivo da fruta, que, aotodo, soma sete mil hectaresplantados.

O cultivo de banana é aces-sível aos pequenos produto-res, com um custo médio deR$ 3 mil, do plantio à colheita,e gerando um lucro que podevariar entre R$ 12 mil e R$ 18mil. Na opinião do secretáriode Agricultura, essa é uma la-voura que apresenta poucosriscos. “Há algum tempo, to-mamos as medidas devidas.Em parceria com a Embrapa(Empresa Brasileira de Pes-quisa Agropecuária), fizemosexperimentos.

Unidade vaigerar mais de200 empregospara a região

O investimento inicial na ins-talação da indústria de bana-na da terra em WenceslauGuimarães será de U$ 1,5 mi-lhão, com perspectiva de fa-turamento de U$ 7 milhões.Além dos 60 empregos ge-rados diretamente pela in-dústria, estima-se que cercade 200 outros serão criadosno campo. A indústria de ba-nana chips vai ser a primeiraa se instalar no Centro Indus-trial da cidade.

A prefeitura doou para aAlina do Brasil a área ondeserá realizada a construção dafábrica, em sistema de como-dato. O protocolo de intençãopara foi assinado recente-mente entre a empresa, a Se-cretaria de Agricultura, Irri-gação e Reforma Agrária (Sea-gri), a Secretaria da Indústria,Comércio e Mineração(SICM), a Secretaria da Fazen-da (Sefaz) e a prefeitura domunicípio.

A prefeita, Susete da Silva,acredita que essa iniciativaimpulsionará o desenvolvi-mento da economia local.“Além de nos ajudar a ordenara produção de banana, vaiatrair outros investimentospara o município, como umafábrica de polpa”, entusias-ma-se. “Com essa indústria,ganha o comércio de um mo-do geral: pousadas, bares, res-taurantes, lojas de equipa-mentos, casas que serão alu-gadas. Além disso, vamos im-plantar uma escola técnicapara qualificar a mão-de-obralocal, que será usada na fá-brica”, ressalta a prefeita.

IntercâmbioOs diretores da fábrica vene-zuelana Alina, Gerardo Rosa-les e Isidrio Rodrigues, elo-giaram, na assinatura do pro-tocolo, o profissionalismo doestado da Bahia nas negocia-ções da instalação da fábricae convidaram as autoridadeslocais a visitarem a matriz ve-nezuelana. Nos próximosdias, o secretário de Agricul-tura de Wenceslau Guima-rães, Juarez Leal, deve embar-car para a Venezuela.

A região do Baixo Sul pro-duz,anualmente,emtornode30 mil toneladas de banana,com rendimento médio de 20toneladas por hectare. Wen-ceslau Guimarães, além da se-gunda posição nacional emproduçãodessafruta,acumu-la também essa mesma po-sição na produção nacionalde graviola.

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