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EMANUELE SANTOS FERREIRA
UTILIZAÇÃO DE FITOTERÁPICOS POR PACIENTES ONCOLÓGICOS
COMO TERAPIA ALTERNATIVA
Salvador/BA.
2011
EMANUELE SANTOS FERREIRA
UTILIZAÇÃO DE FITOTERÁPICOS POR PACIENTES ONCOLÓGICOS
COMO TERAPIA ALTERNATIVA
Artigo científico apresentado à disciplina TCC do Curso
de Pós-Graduação Lato Sensu da ATUALIZA regido
pela Universidade Castelo Branco, como requisito para
aquisição do título de Especialista em Farmacologia
Clínica.
Salvador/BA.
2011
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Princípios ativos das drogas vegetais e suas funções
Alcalóides Atuam no sistema nervoso central (efeitos calmante, sedativo, estimulante,
anestésico, analgésico). Alguns podem ser cancerígenos e outros antitumorais.
Ex.: cafeína do café e guaraná, teobromina do cacau, pilocarpina do jaborandi. Mucilagens Efeitos cicatrizante, antiinflamatório, laxativo, expectorante e antiespasmódico.
Ex.: babosa, tanchagem, psyllium. Flavonóides e
derivados
Fortalecem os vasos capilares: efeitos anti-inflamatórios, antiesclerótico,
antiedematoso, dilatador de coronárias, espasmolítico, antihepatotóxico, colerético e
antimicrobiano. Ex.: rutina, quercetina, chá verde.
Taninos Por via interna, exercem efeito antidiarréico e anti-séptico: por via externa
impermeabilizam as camadas mais expostas da pele e mucosas, protegendo assim, as
camadas subjacentes. Ao precipitar proteínas, os taninos propiciam um efeito
antimicrobiano e antifúngico. Ex.: barbatimão, vítis vinífera.
Óleos Essenciais Efeitos: bactericida, antivirótico, cicatrizante, analgésico, relaxante, expectorante e
antiespasmódico. Ex.: mentol nas hortelãs, timol o tomilho, eugenol no cravo da
índia.
Ácidos
Orgânicos (ácidos tartárico,
málico, cítrico e o
silícico)
As plantas das famílias das borragináceas, das equisetáceas e das gramíneas
absorvem grande quantidade de sais orgânicos do solo, principalmente o silícico
armazenado-o nas membranas das células ou no seu protoplasma.
Ex.: ruibarbo, azedinha.
Saponinas Emulsificam o óleo na água e possuem um efeito hemolítico. As plantas que contêm
saponinas são utilizadas também por sua ação mucolítica, diurética e depurativa. Ex.:
ginseng, erva- mate, prímula.
Antraquinonas São principalmente purgativos, pois estimulam movimentos peristálticos: efeitos
colaterais negativos, como perda da absorção de eletrólitos. Ex.: sene, cáscara
sagrada.
Glicosídeos (cardiotônicos,
antraquinônicos,
fenólicos)
Os cardiotônicos possuem alta especificidade no músculo cardíaco: têm efeito
acumulativo; risco de intoxicação; aumentam o débito cardíaco e diminuem a
freqüência cardíaca. Ex.: dedaleira.
Salicilatos Contêm salicina; ações antipirética, analgésica e antiinflamatória. Ex.: salgueiro,
gautéria, bétula.
Fonte: KALUFF, 2008.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Euphorbia tirucalli....................................................................................................13
Figura 2: Aloe vera....................................................................................................................14
Figura 3: Camellia sinensis.......................................................................................................16
.
Figura 4: Annona muricata L....................................................................................................17
Figura 5: Uncaria guianensis (Aubl.) Gmelin..........................................................................18
5
ABORDAGEM TEÓRICA SOBRE A UTILIZAÇÃO DE FITOTERÁPICOS POR
PACIENTES ONCOLÓGICOS COMO TERAPIA ALTERNATIVA
Emanuele Santos Ferreira1
Alessandra Guedes 2
RESUMO
Os usuários da fitoterapia são geralmente indivíduos portadores de doenças crônicas, como o
câncer, que utilizam a medicina alternativa ou complementar como uma fonte adicional ao
seu tratamento. Todavia, sabe-se que muitas plantas medicinais podem desencadear reações
adversas e/ou interações medicamentosas quando associadas à quimioterapia. Este artigo tem
como objetivo analisar a utilização de fitoterápicos em pacientes oncológicos como terapia
alternativa. Para tanto, foi realizado uma revisão de literatura nas bases de dados Lilacs,
Scielo, revistas indexadas e de livros de Fitoterapia, Farmacologia clínica e Oncologia e dos
artigos científicos publicados no período compreendido de 1999 a 2010. Durantes as
consultas de enfermagem e atendimento ambulatorial aos pacientes com neoplasia maligna
em uma instituição privada de oncologia, foi identificado algumas plantas medicinais mais
utilizadas, e dentre essa, cinco foram selecionadas para compor esse artigo, as quais foram:
Euphorbia tirucalli L, Aloe vera, Camellia sinensis, Annona muricata L. e Uncaria
guianensis (Aubl.) Gmelin. Este estudo também possibilitou conhecer os inúmeros benefícios
atribuídos ao uso da fitoterapia, além dos riscos envolvidos quando este consumo é feito de
forma indiscriminada e sem acompanhamento profissional. Portanto, recomenda-se aos
profissionais de saúde, em especial os que prestam atendimento ao paciente oncológico, uma
atualização sobre o assunto e que novas pesquisas científicas sejam realizadas.
Palavras-chave: Terapia alternativa. Fitoterapia. Câncer
1 Enfermeira graduada pela Universidade Católica do Salvador - UCSAL, Especializada em Farmacologia
Clínica pela ATUALIZA e Enfermeira assistencial do Núcleo de Oncologia da Bahia.
E-mail: emanuele2006@oi.com.br
2 Farmacêutica graduada pela Univerdade Federal da Bahia, Especializada em Metodologia do Ensino Superior
pelas Faculdades Olga Mettig – FACOM, Mestre em Química pela Universidade Federal da Bahia, Docente do
curso de Fitoterapia da Faculdade de Tecnologia e Ciências – FTC.
E-mail: aguedes2656@gmail.com
6
1 INTRODUÇÃO
O homem, durante toda a sua história, vem utilizando os recursos disponíveis na flora de
diversas maneiras com a finalidade de promover o tratamento de inúmeras patologias, e este
hábito popular, têm sido propagados de geração a geração no interior dos diversos grupos
culturais. Em relação ao tratamento do câncer, existem estudos que afirmam a existência de
aproximadamente 700 espécies de plantas, as quais apresentam atividades sobre tumores
malignos. (JACONODINO, 2008).
O câncer é definido com um grupo de doenças caracterizadas pelo crescimento descontrolado
e capacidade de migração e colonização de outros órgãos, decorrentes de alterações em genes
que controlam o crescimento, a divisão e a morte celular durante a vida do indivíduo. Em todo
o mundo, o número previsto de novos casos de câncer é de aproximadamente 10,5 milhões.
Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), as estimativas para o ano de 2010,
válidas também para o ano de 2011, é que haverá 489.270 casos novos de câncer, sendo
esperados 236.240 casos novos para o sexo masculino e 253.030 para sexo feminino.
(LOPES, IYEYASU, CASTRO, 2008; BRASIL, 2009).
Por esta razão, tem-se investido largamente em pesquisas que vão desde uma melhor
compreensão das causas do câncer a descobertas de técnicas cirúrgicas inovadoras, e novos
tratamentos com drogas cada vez mais específicas e eficazes. Porém, a medicina alternativa,
que teve seu surgimento há muito tempo atrás com os povos primitivos, tem superado o
tempo e, ainda hoje, continua ocupando espaço entre a população. No Brasil, em função da
grande biodiversidade e, sobretudo pela tradição do uso de plantas medicinais pela população,
o interesse pelos estudos das propriedades medicinais das plantas vem sendo explorado
amplamente por pesquisadores brasileiros, e mais recentemente, pelas indústrias
farmacêuticas interessadas em produzir novos medicamentos (CALIXTO, 2008).
Ao prestar assistência ao paciente oncológico, a equipe de enfermagem se confronta com
muitos questionamentos a respeito do tratamento proposto. Muitas pessoas ao se depararem
com um diagnóstico de câncer desencadeiam os mais diversos sentimentos, onde na maioria
das vezes, a ansiedade e o medo são os mais comuns. A partir daí, vão em busca de
tratamentos milagrosos e extraordinários, que possa eliminar a doença ou pelo menos
7
minimizar ao máximo os sintomas da patologia ou os efeitos dos tratamentos aos quais serão
submetidos.
Este artigo tem como tema a abordagem teórica sobre a utilização de fitoterápicos por
pacientes oncológicos como terapia alternativa. O tema proposto torna-se pertinente diante da
constatação que, os pacientes têm buscado cada vez mais outras abordagens como opção
terapêutica ou complemento ao tratamento médico, sendo a fitoterapia uma das terapias
alternativas mais utilizadas pelos mais diversos motivos. A partir do exposto, este artigo tem
como objetivo geral analisar a utilização de fitoterápicos por pacientes oncológicos como
terapia alternativa e, como objetivos específicos definir o que são produtos fitoterápicos,
identificar as razões que promovem o uso da fitoterapia entre os pacientes portadores de
neoplasias malignas, considerar a postura da equipe de saúde frente à utilização de tais
produtos, analisar os riscos e benefícios envolvidos no uso de fitoterápicos e identificar
algumas plantas medicinais mais conhecidas e utilizadas.
2 MÉTODOS
Realizou-se uma revisão da literatura de forma sistemática, nas bases de dados Lilacs, Scielo,
revistas indexadas, livros de Fitoterapia, Farmacologia clínica e Oncologia e artigos
científicos publicados no período compreendido de 1999 à 2010. Na estratégia de busca,
foram utilizadas as seguintes palavras-chaves: Terapia alternativa, fitoterapia e câncer. Os
artigos foram selecionados a partir de uma leitura exaustiva dos resumos disponíveis e dos
artigos encontrados na íntegra. A escolha das plantas abordadas neste estudo se deu a partir
da vivência como enfermeira assistencial em um ambulatório de quimioterapia numa
instituição privada. Através de conversas com pacientes e cuidadores durante as consultas de
enfermagem e tratamento quimioterápico, foi possível identificar algumas das plantas
medicinais mais utilizadas, e dentre essas, cinco plantas foram selecionadas.
3 FITOTERÁPICOS: DEFINIÇÃO
No Brasil, a regulamentação dos medicamentos fitoterápicos vem sofrendo alterações nos
últimos anos. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) tem elaborado normas
com o objetivo de regulamentar os medicamentos fitoterápicos desde 1995, e nos últimos
anos, essas normas têm sofrido alterações. A Resolução mais recente foi a RDC nº 14 de 31
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de março de 2010, que dispõe sobre o registro destes medicamentos. Isto demonstra a
preocupação da ANVISA em reconhecer os benefícios, porém levando em conta os riscos
potenciais ao organismo humano. (JACONODINO, 2008; BRASIL, 2010).
Fitoterápicos são os medicamentos obtidos com emprego exclusivo de matérias-
primas ativas vegetais, cuja eficácia e segurança são validadas por meio de
levantamento etnofarmacológicos, de utilização, documentações tecnocientíficas ou
evidências clínicas. São caracterizados pelo conhecimento da eficácia e dos riscos de
seu uso, assim como pela reprodutibilidade e constância de sua qualidade, não sendo
considerados fitoterápicos aqueles que incluem na sua composição substâncias
ativas isoladas sintéticas ou naturais, nem associações dessas com extratos vegetais.
(BRASIL, 2010).
Carvalho (2004) define produto fitoterápico todo medicamento tecnicamente obtido e
elaborado, utilizando-se somente matérias-primas vegetais com finalidades profiláticas,
curativa ou para fins de diagnóstico, com benefício para o usuário. É o produto final acabado,
embalado e rotulado. Por outro lado, planta medicinal é toda e qualquer planta que quando
aplicada sob determinada forma e por alguma via ao homem é capaz de provocar um efeito
farmacológico. Possui o potencial de aliviar ou curar enfermidades e tem tradição de uso
como remédio em uma população ou comunidade.
4 A CRESCENTE BUSCA PELA FITOTERAPIA COMO TERAPIA ALTERNATIVA
Os usuários de produtos fitoterápicos são geralmente pessoas portadoras de doenças crônicas,
como o câncer, que fazem uso de tratamentos convencionais e que buscam na medicina
alternativa ou complementar, uma fonte adicional ao seu tratamento para minimizar suas
dores e desconfortos desconsiderando o seu potencial de causar efeitos adversos e/ou
interação medicamentosa.
Segundo Jaconodino (2008) a procura por práticas complementares de saúde, como uso de
produtos fitoterápicos, dá-se principalmente por dois motivos: a insatisfação com a medicina
convencional e a busca de afinidades pela utilização de produtos naturais, sem contar que
estes são mais fáceis de adquirir e possuem menor custo.
Um estudo realizado em um ambulatório de quimioterapia do serviço de um hospital
universitário em Brasília revelou que o crescimento desta pratica se dá também pela
impessoalidade da medicina moderna. Os pacientes reclamam do atendimento insensível,
9
limitado e apressado de alguns oncologistas e apontam que os profissionais de medicina
alternativa são mais atenciosos por tratarem o individuo como um todo e não de forma
fragmentada (ELIAS; ALVES, 2002).
Para Benson e Stark (1998 apud SILVA e WANDERBROOKE, 2008) quando um paciente
procura outros recursos terapêuticos, além daqueles que estão sendo ministrados pela equipe
de saúde, está se posicionando de uma forma diferenciada frente ao seu próprio tratamento.
Não está apenas submetido aos procedimentos médicos e aos medicamentos, está assumindo a
responsabilidade pelo cuidado pessoal, e nenhuma força curativa é mais impressionante do
que o poder do indivíduo cuidar de si mesmo e de se curar. No caso específico do câncer, essa
atitude consiste num diferencial que irá refletir diretamente no prognóstico de paciente.
5 POSTURA DA EQUIPE DE SAÚDE
Sabe-se que a maior parte dos pacientes faz uso de algum produto fitoterápico, sem que os
médicos, enfermeiros, farmacêuticos e nutricionistas sejam comunicados. As razões são
diversas e incluem a percepção da falta de interesse do médico em pelo menos ouvir sobre o
assunto, antecipação de uma reação negativa e a crença em que os médicos não possuem
conhecimento nem treinamento adequados a respeito dos tratamentos alternativos, como é o
caso da fitoterapia (ELIAS, 2002).
Não é rotina médica relacionar eventos adversos com prováveis interações medicamentosas
de medicamentos alopáticos versus plantas medicinais ou produtos fitoterápicos. Muitas vezes
o uso destes produtos nem sequer é mencionado durantes as consultas, pois para os pacientes
prevalece a idéia de que são totalmente inócuos por serem de origem natural e para os
profissionais médicos, enfermeiros, farmacêuticos e nutricionistas, ainda permanece o hábito
de não incluí-los como item a ser investigado durante a anamnese. (JACONODINO, 2008).
Na Alemanha, país onde se consome metade dos extratos vegetais comercializados em toda a
Europa, as plantas medicinais são utilizadas pela população para tratar desde um simples
resfriado até doenças de pele. Foi verificado também, que a automedicação com preparações à
base destas plantas é uma prática comum dos alemães. Para exemplificar, no ano 1997, 1.5
milhões de pessoas utilizaram ervas medicinais durante o tratamento alopático, sendo que
mais da metade destes pacientes não comunicaram esse uso ao médico (VEIGA JR, 2005).
10
6 SEGURANÇAS NA UTILIZAÇÃO DOS FITOTERÁPICOS
6.1 RISCOS X BENEFÍCIOS
6.1.1 REAÇÕES ADVERSAS E INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Veiga Jr (2005) afirma que no Brasil, as plantas medicinais da flora nativa são consumidas
com pouca ou nenhuma comprovação de suas propriedades farmacológicas, propagadas por
usuários ou comerciantes, e que muitas vezes são empregadas para fins medicinais diferentes
daqueles apresentados ao usuário. Sabe-se também que muitas ervas medicinais apresentam
substâncias que podem desencadear reações adversas seja por seus próprios componentes ou
por presença de contaminantes ou adulterantes presentes nas preparações fitoterápicas, além
de poderem apresentar interações medicamentosas quando associadas a outras drogas.
(KALUFF, 2008).
Estima-se que cerca de 20 a 30% das reações adversas ao medicamento estão relacionadas
diretamente com interações medicamentosas. Uma preocupação adicional com os pacientes
oncológicos é que estes necessitam receber vários outros medicamentos, além dos
quimioterápicos, para minimizar possíveis complicações advindas da quimioterapia como
náuseas, vômitos, diarréia, leucopenia, fadiga e outros. Por esta razão, é fundamental que o
oncologista tenha a consciência de que além destes medicamentos, diversos componentes
naturais que podem estar sendo consumidos pelo paciente tem a capacidade de alterar a
farmacocinética dos quimioterápicos. Logo, a utilização de fitomedicamentos e até mesmo a
dieta do pacientes merecem especial atenção durante o período do tratamento com drogas
antineoplásicas. (FUKUMASU, 2008).
Conforme Shimada (2009) quando uma erva é administrada em combinação com uma droga
antineoplásica, todos os aspectos da farmacocinética podem ser afetados, isto é, a absorção,
distribuição, metabolismo e excreção. Além disso, os efeitos da interação podem permanecer
despercebidos por longos períodos.
Os principais efeitos destas interações medicamentosas estão relacionados com o aumento ou
diminuição do potencial citotóxico do quimioterápico e seus efeitos colaterais. Muitos
quimioterápicos convencionais usados no tratamento do câncer são medicamentos que atuam
diretamente nas células neoplásicas. Porém, outros são pró-drogas, isto é, são substâncias que
11
necessitam serem biotransformadas para apresentarem seu efeito farmacológico. Assim, é de
extrema importância considerar o risco da ingestão concomitante de plantas medicinais e/ou
fitoterápicos com outros medicamentos por pacientes oncológicos, uma vez que estas plantas
podem ser fortes indutoras ou inibidoras das enzimas do complexo do citocromo p450.
(FUKUMASU, 2008).
O suco de Toranja (Grapefruit) é um exemplo desta interação, pois é um conhecido inibidor
da enzima do complexo do citocromo p450 CYP3A4 nos enterócitos. Este suco promove
maior biodisponibilidade de diversas substâncias, incluindo-se os vários quimioterápicos
antineoplásicos de ação direta, que podem então ter seus efeitos colaterais aumentados, como
por exemplo, o Erlotinib® que é biotransformado principalmente pela CYP3A4.
(FUKUMASU, 2008).
Deve-se também considerar a possibilidade de indução dessas enzimas pelo uso de plantas
medicinais, que acarretaria na diminuição da eficácia dos medicamentos por acelerar sua
eliminação do organismo, aumentar a biodisponibilidade das pró-drogas e conseqüentes
efeitos colaterais por acelerar sua ativação. Uma das plantas mais conhecidas por esse efeito
indutor de enzimas do complexo do citocromo p450 é a Erva de São João (Hypericum
perforatum), indutora da CYP3A4. Pesquisas apontam evidências que o hipérico reduz os
níveis séricos de vários fármacos, provavelmente pelo citocromo p450 e a isoenzima
CYP1A2. Dentre estes fármacos, os estudos mencionam alguns anti retrovirais, ciclosporinas,
digoxinas e anticontraceptivos orais. E devido a essa indução enzimática, durante o
tratamento quimioterápico com o Irinotecan, um pró-fárrmaco substrato para CYP3A4, os
pacientes não devem fazer associação ao uso de hipérico. (FUKUMASU, 2008; CORDEIRO,
2005).
Estas interações medicamentosas tem sido motivo de grande preocupação e devido a
inúmeros relatos a ANVISA tem intensificado sua fiscalização restringindo a venda de alguns
fitoterápicos, como o Hypericum perforatum (Erva de São João) e Piper methysticum (Kava
Kava), somente mediante prescrição médica. (BRASIL, 2002a; BRASIL 2002b).
Conforme abordado, as plantas medicinais não são sinônimos de inocuidade: elas têm uma
caracterização positiva e negativa de acordo com as suas propriedades químicas específicas. A
tabela 1 apresentada neste estudo, aborda os princípios ativos das drogas vegetais e suas
12
funções no organismo humano. Tais princípios ativos são classificados como: alcalóides,
antraquinonas, saponinas, resinas, mucilagens, ácidos orgânicos, flavonóides, taninos, óleos
essenciais, glicosídeos e salicilatos. Quanto à eficácia terapêutica dos fitoterápicos depende
muito da absorção destes princípios ativos, o que envolve a farmacocinética e a
farmacodinâmica.
No entanto, quando comparadas com outras terapias, especialmente terapias com drogas
sintéticas, é possível identificar algumas das vantagens no uso da Fitoterapia. Dentre estas,
destacam-se o alto grau de confiança que grande parte da população exerce nos
fitomedicamentos baseada parcialmente na percepção emocional de que os produtos naturais
são mais brandos e menos perigosos do que os produtos químicos, a eficácia aliada ao baixo
custo operacional, a relativa facilidade na aquisição das plantas e o costume popular difundido
de geração após geração. (KALUFF, 2008).
Para Teske (1997) os benefícios adquiridos do uso da fitoterapia são variados e amplamente
divulgados. Algumas plantas medicinais que possuem como principio ativo, por exemplo,
óleos essenciais podem atuar como anti-séptico, diuréticos, antiespasmódicos, anti-
inflamatórios e expectorantes e as que possuem como principio ativos os flavonóides têm
algumas propriedades farmacológicas que age sobre capilares, em determinados distúrbios
cardíacos e circulatórios e também possui ação antiespasmódica. Os vegetais que apresentam
ácidos orgânicos como princípio ativo são essenciais para o tecido conjuntivo, pele, cabelos e
unhas, sendo bastante utilizado na fitocosmética.
7 PLANTAS MEDICINAIS: CARACTERÍSTICAS E USO FARMACOLÓGICO
De acordo com Shimada (2009) existe uma grande variedade de espécies de plantas existentes
da flora mundial com importantes propriedades terapêuticas. O emprego das plantas
medicinais na recuperação da saúde tem cada vez mais se difundido e com base neste
conhecimento e na observação frente à assistência de enfermagem este artigo selecionou
cinco plantas medicinais dentre as mais conhecidas e utilizadas pelos pacientes oncológicos.
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7.1 Aveloz
Euphorbia tirucalli L – Nomes comuns: Almeidinha, árvore-de-são-sebastião, árvore-de-
lápis, cega-olho, graveto-do-diabo, mata-verrugas, etc. Características: Arbusto grande ou
arvoreta suculenta, nativa de Madagascar e amplamente cultivada no Brasil, principalmente
no Nordeste.
Uso farmacológico: Em sua composição química foram encontradas diversas substâncias
pertencentes a classes dos polifenóis, flavonoídes, taninos, triterpenos, eteróis,
hidrocarbonetos, ácidos orgânicos e açucares, destacando dentre eles um éster do forbol que é
um agente procancerígeno O látex de seus ramos apresenta atividades farmacológicas como
antibactericida, anti-herpético e anti-mutagênico e é empregado externamente em algumas
regiões do país para cauterizar abcessos e verrugas e, possivelmente para remover
melanomas. No entanto, devido a sua toxidade tem capacidade de irritar a pele, podendo
causar cegueira temporária ou permanente se atingir os olhos, por lesão na córnea. É utilizado
na medicina popular como coadjuvante no tratamento do câncer, embora nenhuma evidência
científica de sua atividade anticancerígena em usos internos ainda tenha sido comprovada. No
Nordeste do Brasil, é ainda utilizado popularmente contra sífilis, como antimicrobiano, contra
parasitas intestinais, laxante, no tratamento de asma, tosse e reumatismo. (BARBOSA, 2009;
LORENZI, 2002).
Figura 1. Euphorbia tirucalli L
Fonte: LORENZI,2002.
14
7.2 Babosa
Aloe vera – Nomes comuns: Aloé, babosa-grande, erva-de-azebre, caraguatá-de-jardim, erva-
babosa. Características: Planta herbácea, suculenta, de até 1 m de altura, de origem
provavelmente africana. No Nordeste, cresce de forma espontânea em toda a região. Prefere
solo arenoso e não exige muita água. É uma das plantas de uso tradicional mais antiga que se
conhece.
Uso farmacológico: Nas suas folhas encontra-se um composto de natureza antraquinônica, as
aloínas, e uma mucilagem constituída de um polissacarídeo de natureza complexa, o
aloeferon, semelhante a arabinogalactana. Esta mucilagem encontrada nas folhas pode ser
separada em gel ou látex. A fase gel contém glucomanan, acemanan, magnésio, glucose,
ácido linolênico, saponinas, esteróis, cálcio e colesterol. O látex, por sua vez, contém
heterosídeos antraqunônicos como a aloína, emodina e barboloína. Também descobriu-se em
sua composição altas dose de vitaminas A, C e E, além de zinco e aminoácidos. O gel da Aloe
vera é conhecido pela sua atividade fortemente cicatrizante nos casos de queimaduras e
ferimentos superficiais da pele, antimicrobiana sobre bactérias e fungos, antiviral e
antitumoral por estimular a resposta do sistema imunológico. Toda via, os compostos
antraquinônicos são tóxicos quando ingeridos em dose alta, podendo até mesmo causar
nefrotoxidade. Por esta razão, lambedores, xaropes e outros remédios preparados com base
nesta planta, podem causar grave crise de nefrite aguda quando ingeridos com doses maiores
das que já foram preconizadas. (BARBOSA, 2009; LORENZI, 2002).
Figura 2. Aloe vera
Fonte: LORENZI,2002.
15
7.3 Chá Verde
Camellia sinensis – Nomes comuns: Chá, chá-preto, chá-da-índia, black tea (inglês), green
tea (inglês). Características: Arbusto perenifólio grande ou arvoreta de 3-4 m, originária da
Ásia na região de Assam, Laos e Sião e cultivada em larga escala especialmente na China,
Japão e Ceilão e, em menor escala no Brasil no litoral sul do estado de São Paulo.
Comercialmente considera-se como chá-verde as folhas jovens e brotos foliares produzidos
por dessecação das folhas sem fermentação, ou chá-preto produzido por dessecação após
fermentação parcial.
Uso farmacológico: Importante antioxidante vegetal que auxilia o corpo na resistência a
várias condições patológicas especialmente aquelas associadas com o envelhecimento, e por
isso é classificado como agentes quimioportetores. Em sua composição encontra-se polifénois
do tipo flavonóides do grupo proantocianidinas que, segundo evidências obtidas em diversos
estudos com pequenos animais in vitro, são eficazes como antioxidantes potentes,
removedores de radicais livres e inibidores de peroxidação de lipídeos. Também são
inibidores ativos de colagenases, elastase, hialuronidase e β-glucuronidase, todas envolvidas
na degradação dos principais constituintes estruturais da matriz extravascular. Portanto, as
proantocianidinas ajudam a manter a permeabilidade capilar normal. Possui ainda atividade
antimutagênica, sendo que os polifenóis, particularmente o galato de (-)-epigalocatequina
(EGCg), têm atividade antitumoral.
Como agentes imunoestimulantes, ajudam a aumentar a atividade do sistema imunológico
estimulando fatores imunológicos mediados por células (macrófagos, granulócitos,
leucócitos) e por mediadores liberados pelo sistema imunológicos celular, porém de forma
inespecífica. Além disso, estudos em animais demonstraram que o chá verde estimula a
atividade de transferase hepática UDP-glicuronil e proteje contra peroxidação de lipídeos no
rim. Ainda outras pesquisas mostraram que a proantocianidinas agem sinergicamente com a
vitamina C potencializando a atividade dessa vitamina na cicatrização de feridas e na
eliminação do excesso do colesterol. Todavia, declarações de eficácia para distúrbio de falta
de atenção/hiperatividade e artrite exigem mais verificações científicas. (CARVALHO, 2004;
LORENZI, 2002; SCHULZ, 2002).
16
Figura 3. Camellia sinensis
Fonte: SCHULZ, 2002.
7.4 Graviola
Annona muricata L. – Nomes comuns: Araticum, araticum-de-comer, araticum-do-grande,
coração-de-rainha, carossol, fruta-do-conde, graviola-do-norte, jaca-do-pobre, jaca-do-pará,
pinha, etc. Características: Árvore originária da América tropical, principalmente Antilhas e
América Central, é amplamente cultivada em todos os países de clima tropical, como o Brasil,
em especial no Nordeste.
Uso farmacológico: A literatura etnofarmacológica registra vários usos medicinais como
antidiarréicos e antiespamódicos, adstringentes e antidiabético Porém todos esses são
baseados na tradição popular que atribui a esta planta várias propriedades sem que ainda a
eficácia e segurança tenham sido comprovadas cientificamente. No entanto vale à pena
lembrar que a planta, e não a fruta é potencialmente considerada tóxica para o homem. O
estudo fitoquímico mostrou que as folhas contêm até 1.8% de óleo essencial rico em beta-
cariofileno, gamacadineno e alfa-elemeno. Na composição química do fruto estão presentes
açucares tanino, ácido ascórbico, pectinas e vitaminas A (beta-carotenos) C e do complexo B,
enquanto nas folhas, casca e raiz foram identificados vários alcaloídes como, por exemplo,
reticulina, coreximina, Também são encontrados acetogeninas, composto natural que tem
atividade antitumoral e inseticida, sendo a mais ativa delas a anonacina e outra substância
desta mesma classe que mostrou intensa atividade contra o adenocarcinoma do colon.
(LORENZI, 2002).
17
Figura 4. Annona muricata L.
Fonte: LORENZI,2002.
7.5 Unha de Gato
Uncaria guianensis (Aubl.) Gmelin – Nomes comuns: Unha-de-cigana, carrapato-
amarelado, garra-de-gavião, cat’s claw (inglês). Características: Arbusto vigoroso e robusto,
de ramos trepadores com um espinho em forma de gancho em cada axila foliar. Possui 34
espécies concentradas no sudoeste da Ásia e três espécies ocorrem no continente africano.
Ainda nas florestas tropicais da América do Sul são encontradas outras duas espécies,
Uncaria tomentosa e Uncaria guaianensis, bem conhecida pelos antigos Incas e
posteriormente pelos índios nativos do Peru que as utilizavam terapeuticamente no tratamento
de processos inflamatórios, artrite, casos de câncer, infecções virais, úlceras gástrica e
desordens menstruais.
Uso farmacológico: Dentre os compostos isolados desta planta, foi evidenciado uma ação
imunoestimulante dos alcalóides oxindólicos pentacíclicos, assim como uma inibição do
crescimento de células leucêmicas. Estudos evidenciaram que os alcalóides oxindólicos
encontrados nas raízes e cascas desta planta estimulam o sistema imunológico em até 50%.
Desta forma, houve uma indução ao seu uso adjuvante em vários países no tratamento da
AIDS, do câncer e de outras moléstias que afetam o sistema imunológico. Outro grupo de
composto pesquisado são os triterpenos polioxigenados e os glicosídeos do ácido quinóvico.
Estes compostos apresentam atividade anti-inflamatória através da inibição da enzima
fosfolipase A2. Promovem também uma incorporação reparadora de lipídeos nas membranas
celulares danificadas e apresentam efeito inibidor de infecções virais. Em sua composição
ainda encontra-se outras substâncias bioativas, as procianidinas, que também tem
18
responsabilidade pelas atividades antioxidativa, antiinflamatória e anti-viral. (CARVALHO,
2004; LORENZI, 2002; SCHULZ, 2002).
Figura 5. Uncaria guianensis (Aubl.) Gmelin
Fonte: LORENZI,2002.
8 CONCLUSÃO
A utilização da fitoterapia como terapia alternativa é uma realidade fortemente incorporada
aos costumes da população desde a antiguidade, sobretudo, entre as pessoas portadoras de
doenças crônicas, como o câncer. As razões encontradas que justificam a utilização são:
afinidade pela utilização de produtos naturais devido a grande biodiversidade existente no
Brasil, tradição cultural transmitida entre as gerações, menor custo e facilidades na aquisição e
insatisfação com a impessoalidade da medicina moderna. Não obstante, observou-se que, não é
costume dos pacientes mencionarem o uso de plantas medicinais e produtos fitoterápicos
durante uma consulta médica ou entrevista com enfermeiros, farmacêuticos e nutricionistas,
pois para eles prevalece a idéia errônea de que se é de origem natural, não apresenta riscos à
saúde.
Alguns estudos chegam a afirmar a existência de aproximadamente 700 espécies de plantas, as
quais apresentam atividades sobre tumores malignos. Isso demonstra a importância de incluir
na anamnese uma investigação mais cuidadosa quanto ao uso de plantas medicinais e produtos
fitoterápicos. Em se tratando de pacientes oncológicos, a necessidade de uma investigação
mais detalhada torna-se ainda maior, pois além dos quimioterápicos, eles utilizam outros
medicamentos para minimizar ou combater os eventos adversos inerentes a quimioterapia.
Ademais, segundo uma pesquisa mostrou 20 a 30% aproximadamente das reações adversas
estão relacionadas à interação medicamentosa que neste caso, podem ser desencadeadas pelo
consumo de elementos naturais, seja por meio de fitoterápicos ou até mesmo através da dieta
19
do paciente em associação com quimioterapia, uma vez que as plantas medicinais podem ser
fortes indutoras ou inibidoras das enzimas do complexo do citocromo p450.
Este artigo também possibilitou conhecer os inúmeros benefícios atribuídos ao uso da
fitoterapia. Algumas plantas medicinais possuem importantes propriedades terapêuticas e seu
emprego na recuperação da saúde tem cada vez mais despertado os pesquisadores e as
indústrias farmacêuticas interessadas em produzir novos medicamentos. Contudo, poucos
estudos têm sido realizados. Muitas propriedades terapêuticas atualmente conhecidas e até
mesmo divulgadas pela mídia não possuem comprovação científica.
Diante disso, conclui-se que ao passo que a fitoterapia cada vez mais se insere na rotina de
muitos pacientes oncológicos e que estes desconhecem os riscos, os profissionais de saúde,
médicos, enfermeiros, farmacêuticos e nutricionistas, que fazem parte do dia-a-dia destes
pacientes, necessitam se atualizarem neste assunto. Desta forma, este artigo visa despertar
nestes profissionais a realização de novas pesquisas científicas a fim de oferecer um serviço de
qualidade integrando à medicina convencional os recursos disponíveis na natureza.
THEORETICAL APPROACH ABOUT THE USE OF HERBAL MEDICINES IN
CANCER PATIENTS AS AN ALTERNATIVE THERAPY
ABSTRACT
The users of herbal medicine are generally people with chronic diseases such as cancer, which
use alternative or complementary medicine as an additional source to their treatment.
However, it is known that many medicinal plants may trigger adverse reactions and / or drug
interactions when combined with chemotherapy. This article aims to analyze the use of herbal
medicines in cancer patients as an alternative therapy. To that end, we conducted a review of
the literature in the databases LILACS, SciELO, journals and books, Herbal Medicine,
Clinical Pharmacology and Oncology and scientific papers published in the period 1999 to
2010. During the nursing visits and outpatient care to patients with malignancy in a private
oncology was identified medicinal plants commonly used by them and among these, five were
selected to compose articles which were: Euphorbia tirucalli L, Aloe vera, Camellia sinensis,
Annona muricata L. and Uncaria guianensis (Aubl.) Gmelin. This study also helped
understand the numerous benefits attributed to the use of herbal medicine as well as the risks
when the consumption is done indiscriminately and without professional supervision.
Therefore, it is recommended to the health team involved in the care of cancer patients an
update on the subject as well as the attainment of new scientific research on this issue.
Keywords: Alternative therapy. Phytotherapy. Cancer
20
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