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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO PROGRAMA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA – 2014/2015 RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA
PATRÍCIA WERNER TSCHOEKE
INICIAÇÃO CIENTÍFICA – BOLSISTA FUNDAÇÃO ARAUCÁRIA
PLANO DE TRABALHO:
Uso de reciclados na arquitetura contemporânea
Relatório final apresentado à Coordenadoria de Iniciação Científica e Integração Acadêmica da UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ – UFPR por ocasião do desenvolvimento das atividades de Iniciação Científica – Edital 2014-2015.
NOME DO ORIENTADOR:
Prof. Dr. Antonio Manoel Nunes Castelnou, neto
Departamento de Arquitetura e Urbanismo
TÍTULO DO PROJETO:
Green Architecture: Estratégias de sustentabilidade aplicadas à arquitetura e design
BANPESQ/THALES: 2014015429
CURITIBA PR
2015
1
1 TÍTULO
Uso de reciclados na arquitetura contemporânea
2 RESUMO
Uma das áreas de maior interesse na atualidade refere-se à questão da sustentabilidade,
em especial aquela aplicada ao design, arquitetura e construção civil, o que se relaciona
essencialmente aos modos de projetar, construir e viver em edificações urbanas. Desde o
despertar ecológico – ocorrido em meados dos anos 1970 e promovido por uma série de crises e
denúncias quanto aos riscos de uma prática profissional que menospreza a limitação dos recursos
naturais e os reflexos disso nas condições de vida e sobrevivência das sociedades –, são
inúmeros os esforços em pesquisar e implementar soluções para a habitação mais sustentável,
buscando a melhoria da qualidade espacial, a eficiência energética, o reaproveitamento de
materiais e a diminuição de impactos ambientais.
Esta proposta de iniciação à pesquisa científica buscou desenvolver uma investigação
preliminar, de caráter teórico-conceitual e cunho exploratório, a respeito do uso de materiais
reciclados e/ou reaproveitados (Earthship Biotecture) na arquitetura contemporânea, incluindo
informações históricas, estéticas, técnicas e funcionais para o projeto e execução de edificações
mais sustentáveis, visando à definição geral de diretrizes de concepção e construção. A primeira
etapa traz a contextualização do tema, buscando um recorte do objeto de pesquisa no que se
refere à aplicação arquitetônica de paletes para, em um segundo momento e de modo específico,
fazer a seleção, a descrição e a análise de 03 (três) obras que façam o emprego prático dos
mesmos no projeto arquitetônico.
Palavras-chave: Arquitetura. Sustentabilidade. Reciclagem.
3 INTRODUÇÃO
Como Mucelin et Bellini (2008) alertam, “a criação das cidades e a crescente ampliação
das áreas urbanas têm contribuído para o crescimento de impactos ambientais negativos” (p.111).
Tais impactos são mais evidentes quando se trata de resíduos sólidos, devido à grande
quantidade de lixo produzido. Inicialmente, a quantidade destes resíduos era pequena, sendo
essencialmente constituída de restos orgânicos. Entretanto, a partir da Revolução Industrial (1750-
1830) e, principalmente, da cultura do consumo que se difundiu com o desenvolvimento da
industrialização nos séculos XIX e XX – com especial destaque para os últimos 50 anos – o
volume de restos inorgânicos sofreu um grande crescimento. De acordo com o jornal The
Economist (2012), a média de resíduos sólidos produzidos por pessoa naquela época (2012) era
de 1,2kg, sendo que, para 2025, prevê-se que a mesma suba para 1,4kg por pessoa. Isto
resultará em um aumento de 900 milhões de toneladas de resíduos sólidos gerados pelas cidades
2
por ano1. Com o objetivo ilustrativo, o mapa da Figura 01 expõe a média da quantidade de lixo
gerado por habitante em cada país.
Para Adam (2001), o
volume de lixo gerado re-
presenta tanto o consumo
como os modelos sociocul-
turais da sociedade e de-
monstra a falta de cons-
ciência ecológica. Adicional-
mente, o descarte irregular
ocasiona enchentes e doen-
ças, assim como a poluição
de rios e mares, ou seja,
causa e agrava o desequi-
líbrio no ecossistema.
O reaproveitamento dos resíduos sólidos para a fabricação de novos produtos tem
aumentado nos últimos anos, tornando-se uma tendência mundial, como relata Namili (2008).
Uma das razões para que isto venha ocorrendo é que, através do uso da reciclagem, contribui-se
para a economia de matéria-prima, água e energia, os quais são fornecidos pela natureza. Em
paralelo, gera-se emprego e renda na região em que se faz a reciclagem.
Em termos gerais, o conceito de reciclagem, segundo a Política Nacional de Resíduos
Sólidos, é o seguinte:
[...] processo de transformação dos resíduos sólidos que envolve a alteração de suas propriedades físicas, físico-químicas ou biológicas, com vistas à transformação em insumos ou novos produtos, observadas as condições e os padrões estabelecidos pelos órgãos competentes do SISNAMA e, se couber, do SNVS e do SUASA. (BRASIL, 2015, p.1)
Para fazer sua reutilização basicamente existem duas maneiras: o reaproveitamento
propriamente dito, que consiste em utilizar o produto sem passá-lo por nenhum processo químico
– que, na arquitetura, resulta em uma prática denominada Earthship Biotecture –; e o
reprocessamento ou reciclagem, a qual é realizada com processos que alteram as propriedades
físico-químicas ou biológicas dos resíduos, que ocorrem a partir da coleta seletiva (Figura 02).
Uma das práticas da arquitetura sustentável, conhecida como Green Architecture, consiste no
emprego de materiais reciclados, duráveis e com baixo grau de toxidade. Cita-se aqui como
1 Em 2012, as cidades geraram cerca de 1,3 bilhões de toneladas de resíduos sólidos. Para 2025, o previsto é de que esta quantidade chegue a 2,2 bilhões. A média do brasileiro, de acordo com reportagem do Jornal da Globo, era de, naquele ano, 1,22kg de resíduos sólidos por pessoa, ou seja, ligeiramente acima da média mundial. (THE ECONOMIST, 2012)
FIGURA 01
3
providências paralelas ao reuso de materiais as práticas “verdes” de aplicação de telhado verde
ou paredes em de terra, além da instalação de biogestores e outras fontes de energia alternativa,
como painéis fotovoltaicos e o reaproveitamento de águas pluviais e cinzas. (CASTELNOU, 2010)
Inicialmente, segundo Keeler et Burke (2010), as construções sustentáveis eram simples e
rústicas, simbolizando um modo de vida diferenciado – que, pelo caráter alternativo, expressavam
muito mais anticonformismo e uma dose de
excentralidade. Hoje em dia não representam
mais o movimento sociopolítico da Contra-
Cultura, que se opunha ao american way-of-
life (“estilo de vida norte-americano”) e
refletia uma crítica entre as décadas de 1960
e 1970. Com a evolução da tecnologia – e o
amadurecimento do pensamento
ambientalista – as edificações passaram a
apresentar um alto grau de desempenho
energético, melhoria de qualidade do ar
interno e diminuição de despesas com
recursos, sendo assim incluídas e
valorizadas cada vez mais por setores
esclarecidos da sociedade.
De acordo com Castelnou (2010), a postura que se tem diante da questão ambiental,
especialmente no caso da arquitetura e construção civil, reflete aquilo que mais se valoriza, ou
seja, o que o projetista ou construtor enfatiza em suas decisões e qual o caminho que seguirá
para melhorar a sustentabilidade de uma edificação. Disto decorre, na sua opinião, em 03 (três)
posturas que são verificadas na história da arquitetura contemporânea, principalmente a partir do
Despertar Ecológico dos anos 1960 em diante: o ecocentrismo, o tecnocentrismo e o
antropocentrismo.
A atitude ecocentrista coloca a natureza, o meio ambiente e o equilíbrio ecológico como
elementos mais importantes, conduzindo assim à chamada ecoarquitetura ou arquitetura
ecológica, a qual procura resgatar o passado, valorizando materiais naturais, técnicas
semiartesanais e tradição popular. Já o tecnocentrismo prioriza a ciência, a máquina e os avanços
tecnológicos – estes capazes de criar condições de maior sustentabilidade das edificações, o que
levou à arquitetura ecotecnista ou sustentável, mais preocupada com a projeção do futuro e
calcada em materiais e técnicas industrializadas, automação predial e invenções. Finalmente, o
antropocentrismo busca reestabelecer a harmonia entre os dois extremos, passando a priorizar o
homem e sua relação equilibrada com o que é natural e artificial ao mesmo tempo: retomando o
presente, a Green Architecture procura maior conscientização ambiental e universal, tentando
FIGURA 02
4
fazer uso tanto de materiais naturais
como industrializados, aplicados de
forma racional e certificada; daí o
aparecimento de difusão de selos
que indicam o grau de
sustentabilidade das construções, os
quais passaram a se disseminar
mundialmente no início do século
XXI2. (CASTELNOU, 2010)
Segundo o site Sustentarqui
(2015a), as construções
sustentáveis são mais confortáveis e
saudáveis para os usuários, além de
que, a longo prazo, proporcionam
retorno financeiro, devido à
economia que geram. A partir do infográfico apresentado na Figura 03, percebe-se que, sendo o
custo da implantação uma porcentagem menor que a de valorização, economicamente, torna-se
mais favorável construir de modo sustentável. Também se constata uma redução de custo
operacional do edifício, o que corresponde à economia de energia e de água.
[...] Os projetistas que estão deixando a faculdade interessados na sustentabilidade precisam olhar com atenção para os materiais que usam em suas edificações. Este é um dever na pratica de arquitetura e dos cuidados com a saúde humana. (KEELER et BURKE, 2010, p.85)
É importante ressaltar que materiais sustentáveis não possuem o mesmo conceito que
materiais ecológicos. Enquanto os primeiros preocupam-se tanto com questões socioambientais
como com o ciclo econômico, os ecológicos levam em consideração apenas o impacto ambiental
(SUSTENTARQUI, 2015b; 2015c). Ademais, há características que devem ser consideradas para
definir se um material é ou não sustentável, como, por exemplo, a origem da matéria-prima,
observando-se se provém de recursos renováveis e legais; ou ainda, se o material é reciclável ou
reciclado. Outras características que precisam ser avaliadas referem-se a: o processo produtivo,
quantidade de energia e recursos naturais necessários; a legalidade e responsabilidade ambiental
e social da empresa fornecedora; a qualidade, durabilidade e toxidade do material; a certificação e
aplicação de selos; e o transporte, que leva em consideração a distância percorrida. Deve-se
também observar a utilização, manutenção e limpeza do material; assim como se há excesso de
2 Castelnou (2010) aponta ainda o que seria uma quarta vertente da arquitetura contemporânea, esta representada pelo biocentrismo, ou seja, uma atitude que busca encontrar outras dimensões para o espaço arquitetônico, incluindo valores espirituais ou mesmo esotéricos – equilíbrio corpo/mente/espírito –, a partir do estudo de disciplinas não-ortodoxas, práticas alternativas e filosofias orientais. Isto corresponderia a uma vertente mais recente, ainda heterogênea, a qual pode ser expressa por várias designações, tais como: bioarquitetura, arquitetura saudável, arquitetura antroposófica, etc,
FIGURA 03
5
embalagem e se a mesma é reciclável. Por fim, recomenda-se verificar o descarte final, visto que
é importante analisar o ciclo de vida útil e o impacto de seu descarte e/ou resíduos.
Adicionalmente, é necessário considerar o local em que o material será inserido, para que esteja
de acordo com a história e geografia local, com o ecossistema e suas condições bioclimáticas e
com a responsabilidade social. (ARAÚJO, 2015)
5 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Segundo Gouveia et Righetti (2009), foi a
partir da década de 1970 que a construção civil
começou a experimentar alternativas para
aproveitar os materiais que eram descartados,
principalmente devido à crise mundial do
petróleo, visando a redução de custos. Na
arquitetura, diferentes materiais recicláveis
podem ser reutilizados, tais como garrafas, sejam
de vidro como plástico, as quais podem ser
usadas empilhadas como tijolos, permitindo a
passagem da luz natural e assim contribuindo
para economizar energia elétrica (Figura 04). Já
os pneus podem ser utilizados em muros de
arrimo ou mesmo em paredes, pois atuam
mantendo a temperatura interior constante, por
causa da sua grande massa térmica (Figura 05).
Por sua vez, as madeiras de demolição
têm a vantagem de seu reuso quando
apresentarem bom estado de conservação e
tratarem-se de madeiras nobres (Figura 06).
Paralelamente, os containers ou contêineres são
usados pelo baixo custo de manutenção, além da
sua grande resistência e durabilidade, assim
como serem compactos e modulares (Figura 07).
Por fim, os pallets ou paletes (Figura 08)
contribuem para construções de baixo custo e de
rápida execução. (JACQUES, 2013)
FIGURA 04
FIGURA 05
FIGURA 06
6
Em termos gerais, os paletes são
estruturas reforçadas feitas em madeira, aço ou
plástico usadas para guardar e transportar
mercadorias e cargas pesadas. Podem ser
inclusive executadas em madeiras de lei, tais
como: cambará, peroba, canafistola, jatobá,
guarucaia, paraju, sucupira, angelim,
massaranduba, cumaru e ipê, entre várias outras,
chegando a suportar até 1.500 kg (PICORELLI,
2011). Após sua utilização são geralmente
descartados, estimando-se que, segundo o site
Ciclo Vivo (2015), cerca de 21 milhões de paletes
são descartados só nos EUA.
Picorelli (2011) defende o uso de pallets, tanto na arquitetura quanto no design, visto que
muitos são feitos de madeiras nobres e caras, as quais passaram por tratamentos de
higienização3, recomendados pela Agência Nacional de Saúde; e cuja extração já produziu grande
volume de emissão de gás carbônico (CO2), de modo a evitar mais custos ao meio ambiente com
novos desmatamentos. Economicamente, trata-se de uma alternativa bastante viável, pois o valor
unitário do palete é de cerca de R$ 5,00. No Rio de Janeiro e nas demais capitais podem ser
encontrados desde em depósitos de ferro-velho à beira de rodovias até empresas
organizadas como a Força Pallete e a Tarin, esta sediada em São Paulo.
A fabricação de paletes processa-se conforme a necessidade do cliente, para que os
mesmos sejam adaptados de acordo com o meio de transporte e as cargas dos produtos que irão
suportar, podendo ou não ser fechados na parte superior. Segundo este critério, Oelke (2009)
classifica-os da seguinte forma:
a) Paletes descartáveis (one way): como o nome já indica, são utilizados apenas uma vez. Embora sugira que sejam mais baratos, caso seja necessário transportar cargas elevadas, tornam-se mais caros do que os paletes retornáveis.
b) Paletes retornáveis: são utilizados mais de uma vez para fazer carregamentos e, portanto, possuem uma estrutura mais reforçada de modo a ser mais resistente e durável. Em geral, seu valor é mais elevado comparado aos descartáveis, mas a relação custo/benefício torna-o compensador.
c) Paletes de movimentação (estocagem): são fabricados para estocar mercadorias e também para sua locomoção. Há pallets de duas ou quatro entradas, optando-se geralmente pelos primeiros por apoiarem melhor no solo ou em prateleiras, sendo confeccionados por mão-de-obra mais barata. A desvantagem é que as empilhadeiras somente podem se conectar em apenas dois dos quatro lados. Por sua vez, os paletes de quatro entradas são feitos de tábuas superiores, podendo assim ter a face superior vazada ou fechada.
3 Entre os tratamentos que os pallets previamente sofrem, citam-se dois deles: o MB, quando o material recebe um
banho químico de Brometo de Metila; e o HT, que é realizado em estufas onde as unidades são submetidas a altas temperaturas. O segundo é ecologicamente o mais indicado para o reaproveitamento, tanto por não expor os materiais a produtos químicos como pelo fato do Brometo de Metila ser prejudicial à camada de Ozônio. (N. A.)
FIGURA 07
FIGURA 08
7
d) Paletes reversíveis: são aqueles em que as faces superior e inferior são iguais e, portanto, podem ser utilizados por qualquer face. Possuem duas entradas e são próprios para prateleiras porta-pallets, permitindo a superposição de cargas em superfícies regulares, o que é considerado ideal para movimentação interna de cargas. São mais resistentes e duráveis pela quantidade maior de madeira utilizada na sua fabricação.
e) Paletes vazados: são aqueles em que as tábuas na face superior são distribuídas para que existam vãos, definidos a partir da resistência necessária ao peso que deverão suportar. A espessura da madeira também definirá a resistência do produto bem como o seu custo.
f) Paletes assoalhados ou de face superior fechada: são, ao contrário dos vazados, fechados na face superior, sendo geralmente utilizados com complementos feitos de caixa de papelão para diminuir os custos.
g) Paletes dupla-face: são aqueles reversíveis ou não, com duas ou quatro entradas, executados com tábuas em cima e em baixo.
Oelke (2009) acrescenta que os pallets padronizados foram introduzidos no Brasil somente
em 1990, por iniciativa da ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE SUPERMERCADOS (ABRAS) e por entidades
que fazem parte do Comitê Permanente de Paletização – CPP, as quais são assessoradas pelo
INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (IPT-USP). Estes são
conhecidos como Paletes PBR e utilizados em toda cadeira produtiva. Suas dimensões são de
1000x1200 mm – ou 100x120cm. Possuem número de peças (tábuas superiores, intermediárias e
inferiores, além dos tocos) com quantidade e medidas padronizadas, apresentando gravação a
fogo nos tocos que mostra o nome do fabricante e o mês/ano da fabricação4.
Os paletes destinados à exportação podem ser de qualquer modelo e dimensão, pois são
transportados por qualquer meio de transporte. Assim, são fabricados de forma a se adaptarem às
condições que precisam estar submetidos. A maior preocupação é com o tratamento para eliminar
possíveis fontes de pragas e doenças. Muitos paletes são recolhidos por empresas
especializadas, as quais acabam oferecendo o serviço de reciclagem, através do
reaproveitamento dos próprios pallets ou mesmo para serem usados na geração de energia.
Denominam-se paletes reformados aqueles padronizados que são recolocados no mercado
depois de restaurados. (OELKE, 2009)
As principais vantagens do reuso de paletes na atividade arquitetônica referem-se
principalmente ao seu apelo sustentável, devido à sua facilidade de obtenção e uso
(disponibilidade e versatilidade), baixo custo (viabilidade) e contribuição para minimizar os
impactos ambientais (sustentabilidade). No design de interiores, há diferentes móveis que podem
ser feitos com pallets, como sofás, mesas, camas, estantes e bancadas, dependendo apenas da
criatividade (Figuras 09 a 11).
4 A Comunidade Europeia adota nas suas exportações os chamados EURO Pallets, cujas medidas padronizadas são de 800 x 1200 mm. Da mesma forma que existem paletes com as medidas de 1000 x1 200 mm que não são necessariamente PBR aqui no país, também há pallets com medidas 800 x 1200 m que não são necessariamente EURO, pois a coincidência ocorre apenas nas medidas de largura e comprimento, já que sua composição (número de peças e medidas de espessura e largura) acaba sendo distinta daquela padronizada. Existem ainda os Pallets CP, os quais fazem parte de um conjunto de modelos que foram projetados especificamente para uso na indústria química de toda a Europa, classificados de 1 a 9. Cada tipo tem medidas padronizadas, sendo os mais usados no Brasil os Pallet CP2, de 800 x 1200 mm; e o Pallet CP3, de 1140 x 1140 mm. Tais modelos, assim como os demais, são frequentemente encontrados no comércio brasileiro de paletes usados. (OELKE, 2009)
8
Na arquitetura, os paletes podem ser
usados na vedação, separação de ambientes e
até como escada. Podem constituir uma parede,
como Almeida et Bastos (2014) idealizaram, a
partir de um "sanduíche" de painéis duplos de
paletes de madeira. Estes são preenchidos com
resíduos da construção civil, como cerâmica,
concreto e argamassa, de modo que a parede
seja mais resistente e, consequentemente, mais
durável (Figura 12). Na parte externa da parede,
os pallets desmontados foram dispostos de modo
a simularem uma veneziana que impedisse a
penetração da água da chuva. Seus criadores
alertam para que o lançamento do concreto com
resíduos seja feito quando os painéis já
estiverem fixados, de modo que não ocorram
vazamentos.
Em um projeto residencial desenvolvido
por Baungarten, Mello et Almeida (2012), foram
feitos painéis fechados modulares a partir dos
paletes destinados a comportar esquadrias, além
do telhado (Figura 13). O módulo foi realizado
tendo como base dois montantes externos e um
interno, além de uma travessa superior e outra
interior. Cada palete foi desmontado e montado
novamente para criar a modulação escolhida. As
tábuas foram fixadas entre si através de pregos
cravados de topo ou em ângulo. Entre o
revestimento interno e externo, colocou-se caixas
Tetrapak para isolamento. Já a fixação do painel
na fundação em radier foi realizada através de parafusos auto-atarrachantes. Para portas e
janelas, o painel recebeu um reforço estrutural de vergas, contra-vergas e umbrais, sendo as
primeiras apoiadas e fixadas sobre os umbrais e a contra-verga nos montantes curtos. Os autores
determinaram que cada umbral fosse fixado lateralmente a um montante inteiro e seu
comprimento limitado pela verga. Pela menor quantidade de ripas no painel, a rigidez tornou-se
menor e o vão para encaixar a esquadria aconteceu internamente.
FIGURA 10
FIGURA 09
9
Mais recentemente, em 2014, foi realizado outro projeto de habitação utilizando os pallets
em sua vedação (Figuras 15 e 16). Criada pelo arquiteto Francis Pfenninger, em parceria com
Valeria Verlezza, esta residência – a Holmes House – possui cerca de 155 m2, em que os paletes
foram utilizados entre as esquadrias, cujos vãos foram preenchidos por placas de poliestireno
expandido cortado. (ARCHDAILY, 2015; TECNONICA BLOG, 2015)
Aplicados em fachadas, os paletes auxiliam na proteção solar, funcionando como
persianas. Suas diversas opções de instalação permitem diferentes aberturas e geram movimento
no exterior do edifício, como pode ser observado no edifício AME-LOT (Figura 16), proposto pelo
arquiteto Sthephane Malka, no qual os pallets foram utilizados para revestir uma moradia de
estudantes em Paris (França). Buscando a sustentabilidade a partir de um material reciclável, o
FIGURA 12 Parede de camada dupla de paletes de madeira preenchida com concreto de resíduo de construção civil reciclado: Vistas em planta (A) e em corte (B). (ALMEIDA et BASTOS, 2014)
FIGURA 15
FIGURA 14
10
arquiteto optou pelo emprego de paletes unidos por dobradiças (Figura 17), as quais permitem
uma articulação que proporciona regulagem de iluminação e ventilação natural. (DELAQUA, 2012)
Também é possível aplicar esse material
em outros elementos da construção, como, por
exemplo, em coberturas. Devido ao seu baixo
custo, o palete foi escolhido para ser usado na
Casa Gertopan (Figura 18), criada pelo arquiteto
Javier Corvalán e construída em 2007 na cidade
de Assunção (Paraguai). De acordo com o site
Archdaily (2013), o projeto representa a
flexibilidade do uso dos paletes ao serem
utilizados de forma a construir uma estrutura curvilínea. Por sua vez, no projeto citado de Almeida
et Bastos (2014), os pallets foram usados para conformar o forro da residência.
Criado por dois estudantes de arquitetura da Universidade de Viena (Áustria), o projeto da
PalletHaus (Figura 19) propõe a construção de casas de emergência com o uso de paletes.
Conforme Cilento (2010), a estrutura da cobertura segue a modulação das paredes laterais, com
um ponto de captação de água para uma cisterna (Figura 20). Para a estrutura da edificação
foram escolhidos os pallets, segundo os autores do projeto, devido ao seu baixo custo e por
serem de fácil transporte, graças à existência de modulações. (MEINHOLD, 2010a)
FIGURA 16
FIGURA 18
FIGURA 20
FIGURA 17
FIGURA 19
FIGURA 18
11
Por fim, os pallets também podem ser utilizados como base para a estrutura de jardins
verticais (Figura 21). Este tipo de vedação
oferece, segundo Nunes (2015), diversas
vantagens, tais como isolamento térmico,
melhoria da eficiência energética do edifício,
redução dos ruídos externos – visto que a
vegetação absorve os ruídos – e diminuição da
poluição, além de combater as ilhas de calor,
reter a água proveniente da chuva e contribuir
para o aumento da biodiversidade.
Adicionalmente, os jardins verticais são
esteticamente agradáveis.
6 MATERIAIS E MÉTODOS
De caráter teórico-conceitual e cunho exploratório, esta pesquisa de iniciação científica foi
fundamentada na revisão web e bibliográfica, realizando-se por meio da investigação, seleção e
coleta de fontes impressas (livros nacionais e internacionais) e publicações on line, que tratavam
direta ou indiretamente sobre o tema: uso de materiais reciclados em arquitetura, com ênfase na
aplicação de pallets ou paletes. Em resumo, a metodologia seguiu as seguintes etapas:
a) Revisão Bibliográfica e Coleta de Dados: Pesquisa sobre a conceituação, contextualização e pressupostos de sustentabilidade aplicados à arquitetura, enfatizando o uso de materiais reciclados e/ou reprocessados, com destaque dos pallets ou paletes;
b) Seleção de Exemplares Ilustrativos: Identificação e descrição de 03 (três) obras representativas que tenham feito uso de paletes em sua execução, seja em nível construtivo como de interiores, excluindo propostas teóricas e/ou experimentais;
c) Análise e Avaliação dos Casos: Descrição e comparação de características funcionais, técnicas e estéticas mais relevantes, ilustrando-se com imagens dos exemplares escolhidos;
d) Conclusão e Redação Final: Elaboração do RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA, e também material expositivo por ocasião do 23º Evento de Iniciação Científica da UFPR – EVINCI, previsto para ocorrer em outubro de 2015.
7 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A partir da revisão bibliográfica realizada, ficou clara a ampla utilização de paletes no
design e na arquitetura, principalmente devido ao seu baixo custo graças à sua
reutização/reciclagem. Isto contribui para a sustentabilidade visto que se utiliza um material que
seria descartado, reduzindo a quantidade de matéria-prima extraída da natureza, assim como a
água e energia utilizadas na transformação da mesma. Outro fator diz respeito aos pallets serem
feitos em madeira; material que requer menor consumo energético para a sua transformação.
Para ilustrar seu reuso na arquitetura, selecionou-se 03 (três) casos de estudo representados por
projetos de pavilhões, sendo um brasileiro e dois internacionais. Apresenta-se na sequência a
descrição, ilustração e análise dessas obras em paletes reaproveitados.
FIGURA 21
12
ESTUDO DE CASO I Pavilhão Rio+20 2012, Rio de Janeiro RJ – Brasil
P&G Cenografia
Localização: Parque dos Atletas – Rio de Janeiro RJ (Brasil)
Autoria: Abel Gomes (P&G Cenografia)
Área do projeto: 3.500 m²
Data do projeto: 2012
Data de construção: 2012
Inaugurado oficialmente para abrir o Rock in Rio
2012, este pavilhão foi implantado no Parque dos
Atletas, que consiste em uma área em frente ao Rio
Centro Convention Center, onde ocorreram as reuniões
oficiais da CONFERÊNCIA MUNDIAL SOBRE MEIO AMBIENTE
E DESENVOLVIMENTO (CMMAD) promovida pela ONU na
capital carioca e que, devido à cidade voltar a sediar
este evento depois de duas décadas, ficou conhecida
popularmente como Rio+20. O local futuramente
também será usado nas Olimpíadas de 2016.
(ALVARADO, 2012)
O projeto, que foi executado em apenas 40 dias,
é constituído de dois edifícios (Figuras 22 e 23),
possuindo o primeiro cerca de 1.400 m² para uso como
plenária com a capacidade de até 500 pessoas, além de
duas salas de reuniões e área de serviços. O segundo
conta com 700 m² de área construída, servindo como
área de exposição de projetos do Governo do Rio de
Janeiro e contando com três salas de reunião e um lobby
(Figuras 24 e 25). Foram utilizados aproximadamente
7.000 paletes na construção, sendo o material
empregado por questões estéticas e servindo também
como bloqueio físico e visual, pois vedava parcialmente a
edificação. A ventilação natural foi aproveitada devido à
permeabilidade do material (SOBRAL, 2012).
Os pallets também foram usados no mobiliário
interno e externo, assim como no suporte para o jardim
vertical. Eles revestiam uma estrutura tubular de tenda,
no caso, alugada; e, além deles, foram empregadas
raspas de pneus no piso do edifício da plenária, assim
como carpete de fibra de PET. Houve uma preocupação
para que o pavilhão pudesse ser desmontável, além do
fato de que houvesse uma gestão dos resíduos, em conjunto a uma estratégia de utilizar materiais de reuso,
reciclados e certificados.
FIGURA 22
FIGURA 23
FIGURA 24
FIGURA 25
13
ESTUDO DE CASO II Pavilhão de Paletes Reciclados 2010, Florença – Itália
Avatar Architettura
Localização: Jardim da Villa Romana – Florença (Itália)
Autoria: Nicola Santini e Paolo Taddei (Avatar Architettura)
Área do projeto: 100 m²
Data do projeto: 2010
Data de construção: 2010
Fundado em 2001, na Itália, o Avatar
Architettura é um escritório multidisciplinar de
arquitetura e desenho industrial, cujo pavilhão de
pallets reciclados (Figura 26), criado por iniciativa do
Instituto Alemão de Cultura de Florença, é uma
estrutura temporária que atua como um espaço de arte
versátil, podendo abrigar diferentes tipos de eventos e
oferecendo uma ampla diversidade de formas de
produção. (FRANCO, 2013)
A estrutura possui forma de diamante e é
modular e desmontável, sendo os paletes unidos no
formato de losangos por juntas metálicas feitas sob
medida (Figuras 27 e 28). Ainda segundo Franco
(2013), a cobertura do pavilhão possui uma estrutura
de modulação diferente das paredes, sendo composta
por módulos triangulares formados pelas ripas dos
paletes, unindo 07 (sete) peças de madeira em uma
junção vazada.
O conjunto de pallets é coberto por uma
membrana única de PVC, sendo que na cobertura a
área da membrana é opaca e nas paredes laterais é
transparente (Figura 29). Essa cobertura de PVC faz a
vedação e protege os paletes contra as intempéries.
(ADMIN, 2013)
Toda a estrutura foi montada em apenas
quatro dias, sendo iniciada pela construção do piso de
madeira, que abrange todo o pavilhão. Durante a noite,
recebe uma iluminação diferenciada, que faz com que
haja contraste entre a estrutura de paletes e o vão entre
os mesmos. (DIVISARE, 2012)
FIGURA 26
FIGURA 33
FIGURA 35
FIGURA 27
FIGURA 29
FIGURA 28
14
ESTUDO DE CASO III Palleten Pavillon 2005, Oberstdorf – Alemanha
Matthias Loebermann
Localização: Oberstdorfm (Alemanha)
Autoria: Matthias Loebermann
Área do projeto: 140 m²
Data do projeto: 2005
Data de construção: 2005
Este pavilhão (Figura 30), criado pelo designer
alemão Matthias Loebermann em 2005, foi concebido
para o campeonato mundial de esqui como estrutura
temporária, servindo como um espaço de encontro e
mídia para atletas e jornalistas. Composto por 1.300
paletes de madeira da gama EURO Pallets, possuía 6
(seis) metros de altura, 8 (oito) metros de largura e 18
metros de comprimento, resultando em uma construção
facilmente desmontada e remontada em outro local.
(MEINHOLD, 2010b; MAIS PALETES, 2015)
A estrutura foi construída a partir do
empilhamento de paletes, amarrados por tirantes e
apertados com tiras de compressão, conformando um
formato irregular curvilíneo, similar a uma caverna
(Figura 31 e 32). De acordo com Meinhold (2010b), por
se tratar de uma região sujeita a nevascas no inverno, o
pavilhão deveria resistir à neve, a qual a cobriria
frequentemente.
Ao final do evento a estrutura foi desmontada e
os paletes foram reutilizados para outros fins. Além do
formato diferenciado do pavilhão, o mesmo chamava a
atenção por outro motivo: sua iluminação durante a
noite. No interior do edifício durante a noite era aceso
lâmpadas e refletores, fazendo com que a luz passasse
pelas aberturas dos paletes, iluminando em conjunto o
pavilhão externamente (Figura 33).
FIGURA 30
FIGURA 30
FIGURA 32
FIGURA 31
FIGURA 33
15
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este relatório resumiu a pesquisa sobre o reuso arquitetônico dos paletes, exemplificando
a prática da utilização de materiais reciclados na arquitetura e no design contemporâneo tendo em
vistas a maior sustentabilidade. Ainda, apresentou os diferentes tipos de paletes, seus
tratamentos e aplicações funcionais, além de formas para a sua reutilização. A preocupação
sustentável está presente diante do quadro de que, a cada ano, a quantidade de lixo gerado tem
aumentado em todo o planeta, o que leva a um descarte progressivo de materiais, dos quais
também fazem parte os pallets utilizados para armazenamento e transporte de cargas. Assim,
torna-se fundamental difundir metodologias de reaproveitamento desses materiais descartados,
além da tentativa para uma maior conscientização da população sobre este problema,
sensibilizando arquitetos e outros profissionais ligados à construção e mobiliário para a adoção de
alternativas que ajudem a diminuição de resíduos sólidos gerados.
Por se tratar de um uso arquitetônico relativamente recente, percebeu-se, no
desenvolvimento desta pesquisa, que há poucas referências bibliográficas sobre a utilização dos
pallets após o seu descarte, o que restringiu o campo de investigação e fez com que se
procurassem fontes webgráficas, geralmente mais atualizadas. Da mesma forma, há um número
ainda pequeno, porém ascendente, de obras arquitetônicas que utilizam esse material reciclado,
existindo portanto mais projetos ou propostas teóricas do que obras propriamente realizadas.
Mesmo assim é possível afirmar que o pallet de madeira consiste em um material, cujo reuso tem
elevado potencial de aplicação, devido ao baixo custo e à grande acessibilidade na sua obtenção,
o que gera uma grande quantidade de material descartado. Porém, deve-se procurar conhecer
sua procedência para garantir que não haja toxinas contidas nos mesmos, as quis sejam
provenientes do tratamento anterior do material e que podem ser prejudiciais à saúde.
A partir do estudo de casos realizado, ficou evidente a versatilidade do uso do material,
especialmente em construções temporárias, as quais exijam rapidez de montagem, desmontagem
e remontagem. Observou-se que as diferentes técnicas construtivas utilizadas resultaram em
distintas formas e estruturas, desde orgânicas até geométricas, de caráter retilíneo ou mesmo
irregular. Isto comprova que os pallets são elementos facilmente manejáveis, favorecendo
diversas composições. Sua leveza, transparência e maleabilidade contribuem para projetos
originais, especialmente se há a exploração conjunta de iluminação, ventilação e texturização, o
que é bastante importante em se tratando de pavilhões de exposição. Soma-se a isto os fatos de
que a possibilidade das estruturas serem desmontáveis e os paletes serem novamente
reutilizados contribuem para uma significativa redução dos impactos ambientais ocasionados pelo
acúmulo de resíduos sólidos.
Para a continuação da pesquisa, pode-se apontar vários desdobramentos como, por
exemplo, a investigação de novas técnicas desenvolvidas, assim como novos usos na arquitetura
e no design para os paletes. Novos estudos de caso podem ser apontados em edifícios com
16
outras funções. Acredita-se assim que a pesquisa, apesar de suas limitações acadêmicas e
preliminares, tenha atingido seus objetivos e possa contribuir nos primeiros 0passos em direção
de uma arquitetura cada vez mais sustentável e consciente do seu verdadeiro papel diante da
natureza.
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08/04/2015
15 http://images.adsttc.com/media/images/54a3/89f4/e58e/ce6c/5a00/0069/large_jpg/Detalle_2_2411.jpg?1420003778
08/04/2015
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15/05/2015
19 http://images.adsttc.com/media/images/557f/9eb4/c843/c2b3/7600/0f02/medium_jpg/pallet01.jpg?1434427057
15/05/2015
20 http://1.bp.blogspot.com/-i8Ei7x2QZY8/UoJQkNzrJZI/AAAAAAAAANs/3hQfIPSKRCs/s400/PH1.png
12/05/2015
21 http://sustentarqui.com.br/wp-content/uploads/2014/11/FotorCreated-jardim-e1416607397192.jpg
30/06/2015
22 http://au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/221/imagens/i349555.jpg 02/07/2015
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27 http://www.detail.de/daily/wp-content/uploads/2012/03/04.jpg 10/07/2015
28 http://www.morethangreen.es/wp-content/uploads/2013/10/02.jpg 10/07/2015
29 http://www.detail.de/daily/wp-content/uploads/2012/03/06.jpg 10/07/2015
30 http://www.maispaletes.com/wp-content/uploads/2013/12/Ideias_paletes.jpg 06/07/2015
31 - 33 http://inhabitat.com/beautiful-german-pavillion-made-from-1300-shipping-pallets/ 08/07/2015
32 MOLA, F.Z. Woodh Houses. Barcelona: LOFT Publications, 2014. p. 306Pa -
10 APRECIAÇÃO DO ORIENTADOR
Este trabalho de iniciação científica cumpriu o cronograma inicial, permitindo atingir os objetivos
iniciais, não ocorrendo atrasos e imprevistos. Seu desenvolvimento junto ao professor-orientador
permitiu a complementação e publicação de material didático do curso de arquitetura e urbanismo da
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ – UFPR. A aluna bolsista apresentou interesse e dedicação
satisfatórias na elaboração das tarefas indicadas pelo professor-orientador, permitindo o
desenvolvimento adequado da pesquisa. Tratando-se de um trabalho introdutório sobre o tema e da
19
vastidão de questões possíveis de serem abordadas em investigações nesse campo de trabalho,
considera-se que os resultados atingidos são suficientes aos meios utilizados e também aos fins
pretendidos.
DATA E ASSINATURAS
Curitiba, julho de 2015.
Patrícia Werner Tschoeke
Antonio Manoel Nunes Castelnou, neto
OBSERVAÇÃO Em anexo, recibos referentes aos meses da Bolsa Fundação Araucária segundo modelo disponível em:
<http://www.prppg.ufpr.br/sites/default/files/documentos/ic/docs2015/Modelo_Recibo_Fundacao_Araucaria_
Edital_2014_2015.docx>.
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