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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
CURSO DE AGRONOMIA
DANIEL BONIFÁCIO OLIVEIRA CARDOSO
QUALIDADE DA FIBRA EM GENÓTIPOS DE ALGODOEIRO
UBERLÂNDIA-MG
JUNHO DE 2015.
DANIEL BONIFÁCIO OLIVEIRA CARDOSO
QUALIDADE DA FIBRA EM GENÓTIPOS DE ALGODOEIRO
Trabalho de conclusão de curso apresentado
à Universidade Federal de Uberlândia,
como parte das exigências do Curso de
graduação em Agronomia, para obtenção
do título de “Engenheiro Agrônomo”.
Orientadora: Prof. Dra. Larissa Barbosa de
Sousa
UBERLÂNDIA-MG
JUNHO DE 2015
AGRADECIMENTOS
A Deus por ter me dado saúde e força para superar as dificuldades.
A minha orientadora Profa. Dra. Larissa Barbosa de Sousa, pelo suporte no pouco
tempo que lhe coube, pelas suas correções e incentivos.
Aos meus pais Nilo e Rosângela e a minha esposa Emília pelo amor, incentivo e
apoio incondicional.
E a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação, o meu muito
obrigado.
SUMÁRIO
RESUMO ............................................................................................................................. 3
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 6
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA..................................................................................... 7
2.1 Importância histórica e mundial .................................................................................................... 7
2.2 Mercados mundial e brasileiro ...................................................................................................... 8
2.3 Qualidade da fibra ............................................................................................................................ 9
2.4 Fatores ambientais que afetam a qualidade da fibra do algodoeiro ......................................10
2.5 Melhoramento do algodoeiro ........................................................................................................12
3. MATERIAL E MÉTODOS ....................................................................................... 13
3.1 Índice de Consistência de fiação (IFC) .......................................................................................15
3.2 Comprimento de fibra (CF)...........................................................................................................15
3.3 Uniformidade do comprimento (UC) ..........................................................................................15
3.4 Alongamento (AL) ..........................................................................................................................15
3.5 Índice de Micronaire (IM) .............................................................................................................16
3.6 Resistência (R) .................................................................................................................................16
3.7 Maturidade da fibra (MF) ..............................................................................................................16
3.8 Índice de fibra curta (IFC) .............................................................................................................17
3.9 Reflectância (RE) ............................................................................................................................17
3.10 Grau de amarelecimento (GA) .....................................................................................................17
4. RESULTADOS E DISCURSÃO ............................................................................... 17
5. CONCLUSÕES .......................................................................................................... 23
REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 24
RESUMO
O algodão é a mais importante das fibras têxteis, naturais ou artificiais, seja analisando o
aspecto de valor econômico da produção, ou por volume. A qualidade das fibras é
condicionada pela genética, porém podem ser alteradas em decorrência do meio ambiente,
pragas, solo, doenças, dentre outros. O trabalho teve como objetivo avaliar 22 genótipos de
algodoeiro de fibra branca do Programa de Melhoramento Genético do Algodoeiro da
Universidade Federal de Uberlândia quanto à qualidade da fibra. O experimento foi realizado
na fazenda experimental Capim Branco, em Uberlândia-MG. Os genótipos foram derivados
de cruzamentos biparentais. O delineamento experimental foi de blocos completos
casualizados (DBC) com três repetições, parcela experimental composta de 4 linhas de 5 m
espaçadas de 1 m. Com o auxilio do aparelho HVI (High Volume Instrument). avaliou-se o
índice micronaire (IM), índice de consistência a fiação (IFC), maturidade da fibra (MF),
comprimento da fibra(CF), uniformidade de comprimento (UC), índice de fibras curtas (IFC),
resistência (R), alongamento (AL), reflectância (RE) e grau de amarelecimento (GA). As
análises estatísticas foram feitas com o Programa Genes e o teste de médias utilizado foi o de
Scott-Knott a 5% de probabilidade. Houve variabilidade genética entre os genótipos para
todas as características estudadas exceto para maturidade da fibra (MF). Todas as
características apresentaram valores de herdabilidade alta ou muito alta (60,95 a 99,53%),
com exceção de maturidade de fibra (37,99%). As maiores médias encontradas, dentre todas
as características analisadas, foram encontrados para reflectância (RE) (R) (98,65%) e grau de
amarelecimento (GA) (99,53%), o que demonstra que as diferenças entre os genótipos para
essas características são provenientes em maior proporção genética do que ambiental. O
genótipo UFUJP13-12 obteve as médias superiores em: Índice de Consistência a fiação (ICF)
151,00, 4,26 de índice de Micronaire (IM), 85% de Maturidade da Fibra (MF), 29,69mm de
Comprimento de fibra (CF), 84,86% Uniformidade de Comprimento (UC), 6.73% Índice de
Fibras Curtas (IFC), 31,40 gf/tex de Resistencia (R) e 7,80% alongamento (AL), sendo uma
ótima opção para seguir com o processo de melhoramento.
Palavras chaves: Gossypium hirsutum, características intrínsecas, pluma.
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1. INTRODUÇÃO
O algodoeiro (Gossypium hirsutum) é uma espécie do gênero Gossypium, da
família Malvaceae, que tem um importante valor mundial. Isto se deve ao fato do algodoeiro
ser responsável por movimentar setores da sociedade, como indústria têxtil, que expressam
bastante interesse socioeconômico (CHITARRA, 2014).
O algodoeiro é utilizado pelo homem desde tempos remotos. A domesticação
desta cultura ocorreu há mais de 4.000 anos no sul da Arábia (BELTRÃO, 2004) e sua
importância cresceu com o passar dos tempos e civilizações.
Hoje o algodão é cultivado por mais de 60 países, nos cinco continentes, onde Índia,
China, Estados Unidos, Paquistão e Brasil são os principais produtores da fibra (ICAC, 2015).
É a mais importante fibra têxtil do planeta e responsável por quase metade da vestidura da
população mundial. O valor econômico da cultura aumenta com a produção de biodiesel,
alimentação de animais e humana, produtos farmacêuticos, fitoterápicos, óleos, etc.
(ABRAPA, 2014).
O comércio mundial do algodão movimenta anualmente cerca de US$ 12 bilhões e
envolve mais de 350 milhões de pessoas em sua produção, desde fazendas até a logística, o
descaroçamento, processamento e embalagem (ABRAPA, 2014). O Brasil é o quinto maior
produtor global de algodão e o quarto em exportação, segundo acompanhamento do
Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (ICAC, 2015), o que demonstra sua
importância socioeconômica no Brasil e no mundo.
Alta qualidade tecnológica da fibra é fator primordial para que o algodão tenha uma
boa aceitação no mercado externo. Com isso, as avaliações da qualidade da fibra, estão cada
vez mais rigorosas, e são executadas por laboratórios, que a cada dia apresentam maior
qualificação.
A fibra é comercializada de acordo com suas características físicas intrínsecas e
extrínsecas, classificadas atualmente pelo High Volume Instrument (HVI), atendendo a
legislação vigente, o que possibilita menor subjetividade da classificação manual/visual e
oferece outras determinações adicionais importantes para a classificação (VIDAL NETO;
FREIRE, 2009), que refletem na qualidade.
Devido à expressiva participação econômica no mercado e a exigência do mercado
externo, cotonicultores estão cada vez mais atentos a atender as exigências destes, e dentre
19
81
7
estas, está a constante necessidade na melhoria das características da pluma produzida, sem
que seja reduzida a produtividade, melhorando cada vez mais a eficiência do manejo
(PEDROSA, 2011).
Diante disso, é de extrema importância o conhecimento dos fatores que interferem na
qualidade da fibra e como obter fibras de maior qualidade. O melhoramento do algodoeiro, é
um forte aliado na obtenção de plantas que além de adaptadas a região, apresentam melhor
qualidade da fibra, atendendo as exigências do mercado (PEDROSA, 2011).
O trabalho teve como objetivo avaliar 22 genótipos de algodoeiro de fibra branca do
Programa de melhoramento genético do algodoeiro da Universidade Federal de Uberlândia
quanto à qualidade da fibra, índice micronaire (IM), índice de consistência a fiação (IFC),
maturidade da fibra (MF), comprimento da fibra (CF), uniformidade de comprimento (UC),
índice de fibras curtas (IFC), resistência (R), alongamento (AL), reflectância (RE) e grau de
amarelecimento (GA), nas condições de Uberlândia-MG.
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 Importância histórica e mundial
O algodoeiro é uma angiosperma da classe das dicotiledôneas, pertencente à ordem
Malvales, família das Malvaceae, gênero Gossypium (PENNA, 2005).
Existem no mundo, mais de 50 espécies pertencentes ao gênero Gossypium, sendo
que as espécies mais importantes economicamente são quatro, G. hirsutum L., G. barbadense
L., G. herbaceum L. e G. arboreum L (BELTRÃO, 2004).
Segundo Vainsencher (2009), há oito séculos A.C. os egípcios já conheciam e
cultivavam o algodão na Antiguidade, e os Incas e outras civilizações antigas, já utilizavam o
algodão em 4.500 a.C. No Brasil, entre os séculos XIX e XX, o algodão era uma importante
fonte de renda, principalmente no Nordeste. Devido à sua grande capacidade de tolerância a
seca e potencial de produção com pouca água, o algodoeiro propagou-se na região semiárida
do Nordeste (BELTRÃO, 2004).
No Brasil o algodão adaptou-se muito bem, e um dos fatores foram às boas
condições climáticas do país, a tecnologia aplicada no setor e as pesquisas com melhoramento
genético, que possibilitaram a sua adaptação a diversas regiões, com diferentes condições de
clima e solo, mantendo uma boa produtividade (BORÉM; SANTOS, 2001).
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O produto colhido é denominado algodão em caroço e é composto pela pluma (fibra)
e pelo caroço (sementes com “línter”, ou seja, fibras curtas). Sua utilização encontra-se na
indústria de fiação e tecelagem e na indústria de alimentação animal (farelo) e humana (óleo),
além de grande número de produtos secundários (PENNA, 2005).
A estrutura da fibra do algodão quando esta seca é composta praticamente por
celulose (88 a 96%). Sua fibra é formada na epiderme, na parte externa da semente, e cada
fibra é formada por uma única célula (RIBEIRO, 1987).
As características tecnológicas das fibras são condicionadas pela hereditariedade,
porém podem ser alteradas em decorrência do meio ambiente, pragas, solo, doenças, dentre
outros (KONDO; SABINO, 1981), das quais o déficit hídrico, temperatura e luminosidade,
são os fatores que mais podem interferir na constituição da fibra. Pragas como ácaros,
lagartas, percevejos também depreciam a qualidade final da fibra.
O algodoeiro apresenta elevada plasticidade fisiológica, adaptando-se a diferentes
ambientes, tornando-o de extrema importância para diversas regiões do planeta e, portanto,
uma preciosa fonte de trabalho e renda (STREET ; OPIK, 1974).
2.2 Mercados mundial e brasileiro
Os maiores produtores de algodão do mundo são a, Índia, China, Estados Unidos,
Paquistão e Brasil, e os maiores consumidores são China, Índia, EUA, Paquistão e Brasil. Os
maiores importadores são Indonésia, Coréia do Sul, Austrália, China, Síria e Grécia
(ABRAPA, 2014), com valores absolutos de produção, segundo CONAB (2014), em tono de
12 bilhões de reais, apenas no Brasil.
Nos dias atuais, no mundo foram produzidos, na safra 2014/15 em torno de 26,332
milhões de toneladas de algodão (ICAC, 2015) e cerca de US$ 12 bilhões em movimentações
financeiras envolvendo mais de 350 milhões de pessoas em sua produção, desde as fazendas
até a logística, o descaroçamento, o processamento e a embalagem (ABRAPA, 2014).
No mercado têxtil, o Brasil ocupa a sexta posição a nível mundial, consumindo
anualmente um milhão kg ha-1
(ABRAPA, 2014) de pluma de algodão. A indústria procura
fibras finas, resistentes e uniformes, para que possa suprir sua necessidade e não prejudicar a
fiação (FREIRE et al.,1997).
No Brasil existem regiões com crescimento significativo, que tem criado uma
alternativa de cultivo e renda. O estado que mais produz algodão no País, na safra 2014/15, é
o Mato Grosso com 562,7 de ha cultivados e uma produção de pluma de 861,3 mil toneladas,
9
seguido por Bahia, Goiás, sendo 293,8 mil.ha-¹ e produtividade de pluma de 465,2 mil
toneladas e 33,8 mil.ha-¹, produtividade de pluma de 53,7 mil toneladas respectivamente.
Minas Gerais situa-se em sexto lugar com uma área de 18,8 mil.ha-¹, produção de 67,5 mil
toneladas de algodão em caroço e 19,3 mil.ha-¹ 26,4 mil toneladas de pluma respectivamente
na safra 2014/15 (CONAB, 2015), demonstrando ser um estado com alta participação no
cultivo de algodão no Brasil.
Na divisão por região no estado de Minas Gerais, o Noroeste de Minas, com 67,9%
de participação, é o maior produtor de algodão em pluma do Estado, seguido pelo Alto
Paranaíba (13,9%), Norte de Minas (11%), e Triângulo Mineiro, que teve 7,1% de
participação da produção estadual (CONAB, 2015).
Os municípios que mais produzem no estado são: Unaí (14 mil t), Presidente
Olegário 10,4 mil t, ambos na região Noroeste, Buritis (8,1 mil t), São Gonçalo do Abaete
(7,2 mil t) que juntamente com Coromandel (7 mil t) (Alto Paranaíba), são os maiores
produtores do estado em 2014/15 (IBGE, 2015).
2.3 Qualidade da fibra
A fibra do algodão, que é uma única célula, que cresce e se desenvolve por
aproximadamente 50-60 dias, período em que ocorre a elongação e deposição de celulose para
formação da mesma (BELTRÃO, 2006), faz parte integrante da semente e é o principal
produto da cultura.
Avaliar a qualidade da fibra produzida é de fundamental importância para
negociação do algodão produzido. E a etapa inicial nessa avaliação é a classificação do
mesmo. O termo “classificação do algodão” refere-se à aplicação de procedimentos
padronizados e desenvolvidos pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos da
América do Norte – USDA, para avaliar as qualidades físicas do algodão que afetam a
qualidade do produto acabado e/ou a eficiência do setor industrial (BOLSA DE
MERCADORIAS & FUTURO s.d.). Esta classificação é feita em amostras de fardos de
algodão, levando em conta o tipo, a cor, o grau de folha, através de padrões físicos universais.
Entende-se por qualidade o conjunto de parâmetros ou características intrínsecas e
extrínsecas de um produto vegetal, seus subprodutos e resíduos de valor econômico, que
possam ser mensurados suas especificações qualitativas, levando em conta tolerância a
defeitos, medidas de composição patrão, características sensoriais e fatores higiênico-
sanitários e tecnológicos (LEI No 9.972/2000).
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A partir do ano de 1991, ao comercializar fardos de algodão com os Estados Unidos
da América através de financiamentos pelo USDA (Departamento Norte- Americano de
Agricultura) é exigido o teste e a classificação no sistema HVI (ZELLWEGER- USTER,
1995).
O comprimento da fibra (CF), índice de consistência a fiação (ICF), uniformidade da
fibra, índice de micronaire (IM), resistência (R), alongamento (AL), índice de fibras curtas
(IFC), maturidade da fibra (MF), grau de amarelo (GA) e grau de reflectância (RE) são as
características exigidas pela indústria têxtil, dentro de certos limites (FUNDAÇÃO MT,
1999), para que o processo de fiação ocorra com a máxima qualidade, e da mesma forma os
produtos derivados da fiação.
2.4 Fatores ambientais que afetam a qualidade da fibra do algodoeiro
As características intrínsecas das variedades de algodão cultivadas no Brasil
apresentam certa semelhança, ou seja, costumam estar dentro da faixa de qualidade exigido
pelas empresas, quanto ao comprimento da fibra (CF) da fibra, o índice consistência a fiação
(ICF), índice de micronaire (IM), entre outros. Essas características são determinadas
geneticamente (BORÉM et al., 2005), mas sofrem influência de fatores ambientais como
condições climáticas, fertilidade do solo, incidência de pragas e aparecimento de doenças
(SANTANA et al., 1998; SANTANA, 2002).
A interação genótipo e ambiente (G x A) é um componente importante para os
programas de melhoramentos de plantas, pois altera o desempenho relativo dos genótipos em
virtude de diferentes ambientes (BORÉM et.al., 2005) e dificulta a recomendação de
cultivares.
A cadeia produtiva do algodão, cada vez mais tem buscado melhorar aspectos da
qualidade da fibra, para a obtenção de um melhor produto final. No momento da venda da
fibra para a indústria, um produto de melhor qualidade é o que vai garantir um melhor retorno
do investimento. Portanto, a melhoria nas características intrínsecas da fibra é cada vez mais
almejada (SESTREN; KROPLI, 2009), pelo produtor e indústria de fiação.
Em trabalho realizado por Souza (1996), com o objetivo de avaliar uma cultivar de
algodoeiro CNPA - 7H em diferentes populações de plantas, o mesmo concluiu que o número
de plantas/m, reduziu o comprimento da fibra (CF) e rendimento da fibra, corroborando com
os trabalhos realizados por Hawkins e Peacock (1973) e Bridge et al. (1973), que também
avaliavam a influência da densidade populacional na qualidade da fibra do algodão. Porém
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outros autores não encontraram efeitos das populações de plantas sobre o rendimento de fibra
(BELTRÃO, 1998; SILVA et al, 2011), quando relacionados à densidade de plantas.
Beltrão et al.(2008) ao avaliarem o comprimento da fibra (CF) de genótipos
algodoeiro, concluíram que a falta de água requerida pela cultura, no período de alongamento
da fibra, acarreta na redução no comprimento da mesma.
Já Oliveira (2010), verificou que a umidade no solo influencia a maioria das
características tecnológicas da fibra: comprimento da fibra (CF), uniformidade de
comprimento (UC), índice de fiabilidade, índice de fibras curtas (IFC), índice de micronaire
(IM) e maturidade da fibra (MF), contudo a resistência da fibra não foi influenciada pela
umidade.
Em estudo realizado por Azevedo (2005), com o objetivo de estudar a influência do
ambiente nas características tecnológicas da fibra, concluiu que a adubação nitrogenada
associada a aplicação de água residual tratada proporcionou maior comprimento,
uniformidade e alongamento, bem como menor índice de fibras curtas (IFC).
A influência do ambiente nas características tecnológicas da fibra do algodoeiro é
maior que a determinada pelos aspectos intrínsecos da cultivar (ANDRADE et al., 2009).
Dentre as condições ambientais que influenciam as características tecnológicas da fibra do
algodão se destaca a distribuição das chuvas. A ocorrência de precipitações pluviais ou
nebulosidade intensa na pré-colheita, quando os frutos já estão abertos, reduz
substancialmente a qualidade da fibra, e os frutos que ainda não estão abertos apodrecem,
reduzindo também a quantidade e a qualidade da semente (EMBRAPA, 2006).
Silva (2003), também verificou que, o manejo incorreto das plantas infestantes
prejudica a qualidade das características das fibras. Também reduzem a produção do
algodoeiro, além de aumentar os custos de produção. As plantas infestantes também podem
afetar o manejo do solo, o controle de pragas e doenças, interferem na quantidade de água e
nutrientes disponíveis a planta, dentre outros (ASHTON ; MÔNACO, 1991). Plantas
infestantes como picão preto (Bidens pilosa) e Capim carrapicho (Cenchrus echinatus), além
dos problemas citados acima, prejudicam a qualidade da fibra, pois suas estruturas se aderem
à fibra a depreciando, dificultando a colheita e o beneficiamento do algodão (EMBRAPA-
ALGODÃO, 2003).
12
2.5 Melhoramento do algodoeiro
O melhoramento de plantas pelo homem surgiu há cerca de 9000 anos (LAWRENCE,
1967), sempre buscando melhorias das plantas ao clima, espécie ou cultura, cultivo, fatores
econômicos e de outras naturezas.
O algodoeiro para o melhoramento é considerado planta de autofecundação
(autógama), entretanto a taxa de cruzamento natural possa atingir até 50% ou mais. Este fato
se deve a polinizações por abelhas (FUZATTO, 1999).
No algodoeiro a variabilidade natural existente dentro e entre as populações de
plantas, ou pode ser alcançada através de cruzamentos controlados onde entra os programas
de melhoramento. A hibridação é uma das formas de se conseguir variabilidade, sendo uma
das técnicas mais utilizada (GRIDI-PAPP, 1969).
O melhoramento genético do algodão tem como objetivo atender o aumento da
produtividade, de porte, maturação uniformes, resistentes às principais pragas e doenças além
de se obter uma pluma que atenda as exigências da indústria têxtil (PENNA, 2005).
Conforme Penna (1982) e Resende (2014), para as características tecnológicas de
fibra, as principais que se deseja obter para o melhoramento são: comprimento da fibra (CF),
resistência (R), maturidade da fibra (MF), índice de micronaire (IM), dentre outros.
No Brasil, no melhoramento em algodoeiros utilizam-se o método de bulk, dentro de
família ou genealógico, e retrocruzamento. O primeiro método de seleção é utilizado para
melhoramento populacional, o segundo para incorporação de alelos específicos e o terceiro
para recuperar uma característica do genitor recorrente (LEE, 1987). Seleção massal, seleção
genealógica, seleção pedigree-massal, seleção recorrente, hibridação, retrocruzamento e uso
do vigor híbrido, também são bastante utilizados (BORÉM, 2014).
Os programas de melhoramento genético convencional do algodoeiro no país
começaram por meio de incentivo do governo federal em 1921. Porém apenas em 1924 inicio
os trabalhos através do IAC, e desde então tem demonstrado aumento no progresso genético
no país (CARVALHO et.al., 1997). Inicialmente o principal objetivo era obter cultivares
precoce e de ciclo determinado, e apenas depois veio a preocupação com produtividade,
densidade, qualidade da fibra (CONSELHO DE INFORMAÇÕES SOBRE
BIOTECNOLOGIA, 2009). O melhoramento tem sido desenvolvido por empresas publicas e
privadas, adaptando as cultivares ao meio que estão sendo inseridas.
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Apenas no ano de 1975, a EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária) começou a desenvolver projetos de pesquisa para algodoeiros, com a criação
do Centro Nacional de Pesquisa do Algodão (CNPA), em Campina Grande, PB, visando obter
cultivares para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, posteriormente, em 1989, um
núcleo de pesquisa para desenvolver cultivares para o cerrado (PENNA, 2005). Além de
adaptadas deveriam possuir alta produtividade, alto rendimento de pluma, resistência às
principais doenças, tolerância a veranicos, além de ter as características tecnológicas da fibra,
dentro dos parâmetros exigidos pela indústria têxtil (FREIRE; FARIAS, 2005).
Segundo Penna (2005) há ainda outras instituições de pesquisa que praticam o
melhoramento do algodoeiro, como o Instituto Agronômico do Paraná que atua na geração,
desenvolvimento e adaptação de tecnologias para a cotonicultura paranaense, a FMT
(Fundação Mato Grosso) possui também um programa de melhoramento que visa dentre
outros a resistência à doenças (virose, ramulose, bacteriose, manchas de alternaria e
ramulária), e adaptação de plantas à colheita mecânica (PENNA, 2006).
De acordo com Borém (2014), com a Lei de Proteção de Cultivares (LPC),
sancionada em 25/04/1997 surgiu o interesse de instituições privadas para o melhoramento de
algodão a exemplo da Monsanto Algodão Ltda, Bayer CropScience e a IMAmt – Instituto
mato-grossense do algodão que investem em pesquisa e desenvolvimento de novas variedades
e tecnologias de acordo com as condições do país.
3. MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi conduzido em uma área experimental localizada na Fazenda
Capim Branco (18º52’S; 48º20’W e 805m de altitude), pertencente à Universidade Federal de
Uberlândia, no município de Uberlândia, Minas Gerais, na safra 2012/2013.
Segundo os dados climáticos (1981 a 2008) fornecidos pelo Instituto de Geografia da
UFU, Uberlândia, a cidade apresenta temperatura média do ar de 22,4º C, umidade relativa do
ar média de 70% e precipitação pluvial anual média de 1.584 mm por ano.
A área em que foi realizado o experimento situa-se sobre Latossolo Vermelho
escuro, de textura argilosa. Antes da implantação do experimento, coletou-se uma amostra
composta de solo, para a realização das análises química para fins de recomendação de
calagem e adubação.
14
O preparo do solo foi realizado de forma convencional, com uma aração e duas
gradagens. Antes da semeadura, a área foi sulcada e adubada manualmente, conforme análise
do solo.
Foram avaliados 22 genótipos de algodoeiro provenientes de cruzamentos
biparentais. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos completos casualizados
(DBC) com três repetições. A parcela experimental constituiu-se de quatro linhas de cinco
metros espaçadas de um metro.
O experimento foi instalado manualmente no dia 22/12/2012. As parcelas foram
colhidas manualmente para avaliações no mês de junho de 2013. Durante a condução do
experimento as condições meteorológicas (precipitação e temperatura média) foram
monitoradas (FIGURA 1).
Figura 1. Temperatura mínima e máxima (°C), precipitação (mm) em Uberlândia no período
de janeiro a junho de 2013.
Foram semeadas 16 sementes por metro linear a dois centímetros de profundidade. O
desbaste foi realizado com 20 dias após a emergência, deixando-se oito plantas por metro
linear, para uma população adotada de 80.000 plantas há-¹ (EMBRAPA, 2003).
A colheita dos capulhos foi feita planta por planta por meio de amostragem de 30
capulhos do terço médio das plantas por parcela As plumas das plantas foram embaladas em
saquinhos de papel, anotando-se no mesmo o número do tratamento, e a cor da pluma. As
amostras com as plumas foram levados ao laboratório de algodão da fazenda Capim Branco,
para o beneficiamento, utilizando-se uma máquina de descaroçar, separando-se as plumas do
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caroço (sementes) e em seguida, determinou-se o peso das amostras de sementes e das
plumas.
Posteriormente as plumas foram analisadas pelo instrumental HVI na sessão de análise
de fibra do laboratório da Minas Cotton, vinculado à Associação Mineira dos Produtores de
Algodão (Amipa) em Uberlândia-MG, para avaliar as seguintes características:
3.1 Índice de Consistência de fiação (IFC)
Característica que indica resistência dos fios, em especial de fios a rotor. É a
propriedade que a fibra tem de se transformar em fio (EMBRAPA, 2002).
3.2 Comprimento de fibra (CF)
É levado em consideração o comprimento médio da metade mais longa do feixe de
fibras em 32 subdivisões de polegada. A escala de valores para essa característica obedece aos
padrões de classificação do CNPA (Embrapa) em milímetros, sendo: Fibra curta: 23,5 a 25,15
mm; Média: 25,16 a 27,94 mm; Longa: 27,94 a 32,00 mm (EMBRAPA, 2002).
3.3 Uniformidade do comprimento (UC)
É a relação entre o comprimento médio e a metade mais longa do feixe de fibras. No
caso do algodão “upland”, deve-se adotar como referência de qualidade um mínimo de 83%
de uniformidade. UHML (Upper half mean) fornecidos pelo HVI. Conforme a classificação
da EMBRAPA (2002), o valor para uniformidade de fibra é classificado como: muito
uniforme maior que 85%, de 83 a 85 %, média de 80 a 82%, irregular quando está entre 77 a
79 % e muito irregular quando menor que 77%.
3.4 Alongamento (AL)
É o máximo de comprimento obtido por uma amostra de fibra durante uma carga de
esforço até seu rompimento, nesse caso foi determinado com o aparelho HVI. Os valores mais
apropriados e aceitos pela indústria são de 7%. Nesta característica as faixas de classificação,
segundo a (EMBRAPA, 2002) são: Muito baixo – menor 5,0%, Baixo – 5,0 a 5,9 %; Médio –
5,9 a 6,7%, Alto – 6,8 a 7,6 %; Muito alto – acima de 7,6%. (EMBRAPA, 2002).
16
3.5 Índice de Micronaire (IM)
É a medida do diâmetro da fibra. No caso do algodão, o Índice Micronaire (IM),
também conhecido como “finura de fibra”, é um índice adimensional. E indicador da
resistência de uma determinada massa de fibras a um fluxo de ar, à pressão constante, em
câmara de volume definido. Este índice, é intimamente influenciado pelo conteúdo de
celulose presente na parede secundária da fibra, permite estimar a quantidade de fibras que
irão compor a seção transversal do fio e, portanto, sua resistência e regularidade em função de
comprimento. Indica também sua resistência à ruptura e na uniformidade de massa dos fios,
bem como no tingimento de fibras, fios e tecidos. Usualmente comercializa-se algodão entre
os limites 3,9 e 4,5 de índice de micronaire (IM), sendo ideais os compreendidos entre 3,8 a
4,2.
Sobre a classificação é considerada Muito fina – menor que 3,0; Fina – 3,0 a 3,9;
Regular – 4,0 a 4,9; Grossa – 5,0 a 5,9 e Muito grossa – maior que 6,0 (EMBRAPA, 2002).
3.6 Resistência (R)
É a capacidade que a fibra tem de suportar uma carga até romper-se. A resistência à
ruptura é expressa em g/tex (universal) e gf/tex (Brasil), sendo que este parâmetro de
qualidade representa a força máxima necessária para romper um feixe de fibras. Medidas
esperadas, para fibras de algodão é entre 28 e 29 mm, uma resistência mínima de 26 gf/tex.
Resistência (R) (gf tex-¹) tem-se a seguinte classificação de fibra: Muito forte,
quando maior que 30, Elevado: 27 a 29 gf/tex, Média: 24 a 27 gf/tex, Baixa de 21-23 gf/tex,
abaixo de 20 gf/tex é muito baixa. Os melhoristas preferem fibras com valores acima de 28
gf/tex (EMBRAPA, 2002).
3.7 Maturidade da fibra (MF)
É o grau de desenvolvimento da parede da fibra. Para duas fibras de mesmo
diâmetro, a mais madura será aquela que tiver parede mais espessa na sua seção transversal.
Para esta característica tem-se a classificação: Superior ao médio de 0,95 a 1,00
Maduros; de 0,85 a 0,95, Inferior ao médio: de 0,80-0,85, Imaturo de 0,70 a 0,80 e
Inadequado abaixo de 0,70 (EMBRAPA, 2002).
17
3.8 Índice de fibra curta (IFC)
É a porcentagem de fibras com menos de 12 mm. É obtido através do HVI, pela
proporção em percentagem de fibras curtas em uma amostra com comprimento inferior a 12,7
mm. Com relação á qualidade da fibra sobre o Índice de fibra curta (%), para esta
característica é classificada como: Muito baixa – menor que 6 %; Baixa – 6 a 9 %; Regular –
10 a 13 %; Elevado – 14 a 17 %; Muito alta – maior que 1 % (EMBRAPA, 2002).
3.9 Reflectância (RE)
A reflectância (RE) representa uma escala que varia do branco ao cinza. Quanto
maior a reflectância da fibra, menor será o seu acinzentamento, e, portanto, maior o interesse
da indústria têxtil (EMBRAPA, 2002).
3.10 Grau de amarelecimento (GA)
É o valor correspondente ao amarelecimento das fibras com a ajuda de um filtro
amarelo (EMBRAPA, 2002).
Todas as análises foram realizadas com o Programa Genes (Aplicativo
computacional em genética e estatística) e o teste comparativo de médias utilizado foi o teste
de Scott-Knott 5% de probabilidade, para cada caractere.
4. RESULTADOS E DISCURSÃO
Na Tabela 1 são apresentados às analises de variância, onde verifica-se a
significância de todas as características avaliadas, pelo teste F a 5% de probabilidade
O coeficiente de variação (CV) para os caracteres analisados oscilam de 1,08 % para
maturidade da fibra (MF)a 10,22% para índice de fibras curtas (IFC), na tabela 1, o que,
observando trabalhos de diversos autores, é considerado aceitável por se tratar de
característica quantitativa e, portanto, dominado por muitos genes, o que torna o ambiente um
fator predominante em determinar sua característica. Jeronimo (2014) encontrou para esta
característica um coeficiente de variação de 29,52 para índice de fibras curtas (IFC), obteve
valores de 1,35 para uniformidade e 29,52 para alongamento (AL), sendo estes o menor e o
maior valor obtido pelo autor, demonstrando que os valores de CV desde trabalho são
considerados de baixos (inferiores a 10%) a médio (entre 10-20%), de acordo com Garcia,
(1989).
18
Tabela 1- Quadro de resumo de análise de variância para qualidades da fibra em 22 genótipos
de algodoeiro. Uberlândia-MG, 2013/2014.
F.V QUADRADO MÉDIO
I.C.F I.M M.F(%) CF(mm) UC(%) IFC(%) R(gf/tex) AL(mm) RE(%) G.A
.
Bloco 106,90 0,06 0,000047 1,1646 1,2101 2,5592 2,6842 0,3378 2,0819 0,1401
Genótipos 1226,81* 0,13* 0,0001ns 11,1279* 4,9279* 15,2427
*
20,5475* 0,5137* 277,2951* 25,9396*
Resíduo 80,22 0,05 0,0001 0,7901 0,8167 0,6773 2,3604 0,1756 3,7391 0,1216
CV (%) 6,56 5,88 1,2467 3,0452 1,0865 10,2275 5,2831 5,1262 2,5560 3,6309
h2 93,46% 60,75% 37,99% 92,90% 83,43% 95,56% 88,51% 65,82% 98,65% 99,53%
Os valores para os coeficientes de determinação genotípica (h²) demonstraram a
existência de variabilidade genética entre as populações, a 5%, e é em maior parte de causa
genética, justificando a seleção de genótipos superiores que garantirão que no ciclo seguinte
estes apresentem desempenho superior. Os valores oscilaram entre 37,99% a 99,53% para
maturidade da fibra (MF)e grau de amarelecimento (GA), respectivamente. Para Índice de
consistência a fiação (ICF) a herdabilidade foi de 93,46%, sendo um dos maiores resultados, e
é considerado alto, que, para as características em questão significa grande parte da variação é
devida às diferenças genotípicas entre os indivíduos o que também demonstra, que variações
são provenientes dos genótipos e do ambiente. Altos índices de herdabilidade também foram
encontrados para índice de micronaire (IM), comprimento da fibra (CF), uniformidade de
comprimento (UC), índice de fibras curtas (IFC), resistência (R), reflectância (RE) e grau de
amarelecimento (GA), todos com valores acima de 88,51%, que demonstra um expressivo
efeito de componente genético na determinação desses caracteres, que garantirão, pela seleção
dos genótipos superiores, que estes apresentem desempenhos superiores.
O mesmo não foi demonstrado para maturidade da fibra (MF)(37,99%), valor médio
de herdabilidade, o que sugere que o ambiente foi fator determinante para esta característica
(SANTOS; GHEYI, 2003), conforme podemos ver na tabela 2.
Gn=Genótipos; I.C.F..= Índice de consistência a fiação; I.M = índice de Micronaire (adimensional), MF= Maturidade da fibra (%), CF = Comprimento da fibra (CF) (mm); UC = Uniformidade de comprimento (%); I.F.C= Índice de fibras curtas (%); R= Resistência (gf/tex); AL = Alongamento (mm); RE= Reflectância (%); G.A= Grau de amarelecimento; CV-Coeficiente de variabilidade; h²=herdabilidade
19
Tabela 2. Média1 das qualidades da fibra em 22 genótipos de algodoeiro, Uberlândia-MG,
2013/2014.
1Médias na mesma coluna seguidas de letras distintas diferem entre si pelo teste de Scott-Knott a 0,05 de significância.
Gn=Genótipos; I.C.F..= Índice de consistência a fiação; I.M = Micronaire (adimensional), MF= Maturidade da fibra (%), CF
= Comprimento da fibra (CF) (mm); UC = Uniformidade de comprimento (%); I.F.C= Índice de fibras curtas (%); R=
Resistência (gf/tex); AL = Alongamento (mm); RE= Reflectância (RE) ; G.A= Grau de amarelecimento
Para o Índice de consistência a fiação (ICF), uniformidade (UF) e resistência (R)
houve a formação de três grupos. Para índice de micronaire (IM), comprimento da fibra (CF)
e alongamento (AL), formaram-se dois grupos.
O índice de consistência a fiação (ICF), que julga e balanceia as características mais
importantes de qualidade da fibra, deve ser superior a 140 (SESTREM ; LIMA, 2007). Dos 22
genótipos analisados apenas UFUJP13-17 e UFUJP13-20 não obtiveram valores acima de
120. Os outros genótipos obtiveram valores entre 128 a 151.
Sendo o índice de consistência a fiação (ICF) uma característica calculada
combinando outras tantas variáveis, tais como, comprimento da fibra (CF), uniformidade de
Gn I.C.F I.M M.F(%) CF(mm) UC(%) IFC(%) R( gf/tex) AL(mm) RE(%) G.A
UFUJP13-1 141,66 a 4,09 a 0,83 a 29,42 a 84,26 a 7,63 c 28,90 a 8,75 a 75,76 a 8,83 b
UFUJP13-2 137,66 a 4,04 a 0,84 a 28,88 a 83,26 a 7,36 c 29,60 a 8.46 a 77,73 a 9,10 b
UFUJP13-3 140,33 a 3,75 b 0,83 a 29,71 a 83,03 a 8,03 c 28,86 a 8,30 a 80,06 a 8,70 b
UFUJP13-4 138,33 a 3,81 a 0,83 a 29,03 a 82,93 a 7,83 c 29,43 a 8.16 b 78,33 a 8.53 b
UFUJP13-5 141,00 a 3,61 b 0,83 a 29,25 a 82,83 a 7,73 c 29,90 a 8.36 a 79,90 a 8,66 b
UFUJP13-6 143,66 a 3,96 a 0,84 a 30,26 a 83,90 a 7,13 c 29,40 a 7.46 b 79.50 a 8,93 b
UFUJP13-7 150,00 a 4,01 a 0,84 a 30,09 a 84,10 a 7,30 c 31,03 a 7,96 b 80,36 a 8,00 b
UFUJP13-8 145,00 a 4,02 a 0,84 a 29,91 a 83,80 a 7,30 c 30,33 a 8,03 b 78,63 a 8,36 b
UFUJP13-9 139,33 a 4,02 a 0,84 a 29,93 a 83,26 a 7,50 c 29,16 a 7,90 b 78,66 a 8.63 b
UFUJP13-10 128,00 a 3,93 a 0,84 a 28,76 a 82,33 a 8.40 c 27,33 a 7,60 b 78,56 a 8,46 b
UFUJP13-11 144,00 a 4,18 a 0,84 a 30,02 a 84,00 a 6.96 c 29,53 a 8,16 b 78,63 a 8,46 b
UFUJP13-12 151,00 a 4,26 a 0,85 a 29,69 a 84,86 a 6.73 c 31,40 a 7,80 b 79,60 a 8,73 b
UFUJP13-13 142,66 a 3,90 a 0,84 a 29,41 a 83,66 a 7,56 c 29,70 a 7,73 b 78,36 a 8,40 b
UFUJP13-14 144,66 a 4,01 a 0,84 a 30,42 a 83,60 a 6,96 c 30,26 a 7,76 b 77,76 a 8,70 b
UFUJP13-15 145,33 a 3,92 a 0,83 a 30,40 a 83,63 a 6,90 c 30,33 a 8,70 a 77.56 a 8,60 b
UFUJP13-16 142,33 a 3,96 a 0,84 a 30,20 a 82,83 a 7,26 c 30,46 a 8,43 a 78,66 a 8,70 b
UFUJP13-17 58,33 c 3,52 b 0,82 a 21,18 b 78,70 c 17,33 a 18,96 c 9,26 a 46,20 b 18,63 a
UFUJP13-18 147,66 a 3,94 a 0,84 a 29,78 a 84,26 a 7,23 c 30,33 a 8,00 b 78,30 a 8,93 b
UFUJP13-19 143,33 a 3.89 a 0,84 a 29,65 a 83,30 a 7,46 c 30,33 a 8,40 a 78,46 a 8,53 b
UFUJP13-20 100,00 b 3,31 b 0,82 a 27,11 a 81,03 b 11,13 b 24,96 b 8,30 a 46,00 b 18,70 a
Delta Opal 137,00 a 3,94 a 0,84 a 29,37 a 82,56 a 7,93 c 29,63 a 8,03 b 78,26 a 9.10 b
FM 966 142,66 a 3.98 a 0,84 a 29,60 a 83,53 a 7,30 c 29,86 a 8,23 a 78,96 a 8.83 b
Média 136,54 3,91 0,83 29,18 83,16 8,15 29,07 8,18 75,35 9,74
20
comprimento (UC) e resistência (R), pode ser que os genótipos não satisfazerem alguns
valores mínimos exigidos pela indústria. ficando abaixo dos valores dos outros genótipos
analisados. Todos os outros genótipos obtiveram resultados acima do mínimo requerido e
estatisticamente foram alocadas no mesmo grupo. Silva (2014) obteve resultados parecidos,
entre 122,3 a 136,3 para índice de consistência a fiação (ICF).
O segundo parâmetro analisado destes genótipos foi índice de micronaire (IM). O
ideal para a indústria é que o índice de micronaire (IM) esteja com valores entre 3,5 a 4,2
(EMBRAPA, 2002). Todos os genótipos ficaram dentro deste padrão, exceto UFUJP13-20,
que obteve 3,31. Echer, (2014), verificou que valores de índice de micronaire (IM) abaixo de
3,5 indicam algum grau de imaturidade da fibra, sendo de qualidade baixa para a fiação.
Todos os 21 genótipos restantes, se mantiveram dentro do padrão aceitável pela indústria com
médias de 3,91, o que demonstra um resultado promissor para estas linhagens para
melhoramento.
No requisito maturidade da fibra (MF) todos os genótipos obtiveram valores dentro
dos padrões estabelecidos, ou seja, acima de 0,8, o que demonstrou uma boa maturidade da
fibra. Na média a maturidade da fibra (MF) ficou em 83%, o que é satisfatório, porém abaixo
dos valores encontrados por Araújo, (2013) superiores a 90%. Embora a formação da fibra
esteja condicionada, basicamente, pela constituição genética, estas também sofrem influências
de outros fatores como, condições climáticas. Segundo Gridi Papp et al. (1992) a maior
preocupação é nas fases de florescimento até a colheita. Dias chuvosos e nublados
consecutivos, atrasam a maturação da fibra, assim como temperaturas abaixo de 20°C, o que
ocorreu nos meses de abril, maio e junho.
No comprimento da fibra (CF), para atender as exigências da indústria, o mesmo
deve apresentar no mínimo 27 mm, o qual apenas UFUJP13-17 não satisfez este valor,
apresentando 21,18mm. Isto devido ao estresse hídrico inicial verificado na fase de
crescimento vegetativo da cultura, não ter tido tempo suficiente para a formação plena da
fibra ou ainda uma carga genética desfavorável para esta característica. A média encontrada
foi de 29,07 mm, o que de acordo com Santana & Wanderley (1995), são considerados fibras
longas, valores estes, muitos satisfatórios em relação a Araújo et al. (2013), que encontraram
média de 30 mm.
Analisando a uniformidade do comprimento (UC), valores estipulado pela indústria
têxtil acima de 80% são considerado ideais de acordo com a Instrução normativa 63/2002
21
(MAPA, 2002). Apenas UFUJP13-17 não atingiu este valor, registrando uniformidade de
comprimento (UC) de 78,70 %. A maturação precoce do algodão prejudica a formação das
maçãs de ponteiro, causando a falta de uniformidade, prejudicando a uniformidade. Déficit
hídrico é outro fator que influência a uniformidade de comprimento (UC). O genótipo
UFUJP13-20 apresentou valor abaixo das restantes, com 81,03%. As demais linhagens se
mostraram promissoras em relação à uniformidade do comprimento. Os valores demonstrados
pelos genótipos tiveram médias de 83,16%, o que foi abaixo do encontrado por Araújo et al.,
(2013), que em seu estudo sobre avaliação de épocas de plantio em diversos genótipos,
encontraram uniformidade de comprimento (UC) em torno de 86,1%. Já Karademir et al.
(2012), encontraram média de 85,13 % acima do encontrado neste trabalho que obteve
83,16%, com máxima encontrada por Karademir et al. (2012) de 85,77%, demonstrando
superior ao encontrado neste trabalho que obteve 84,86% em UFUJP13-12.
Para índice de fibras curtas (IFC) são aceitos valores menores que 10%, o que
desclassifica os genótipos UFUJP13-17 e UFUJP13-20 para a indústria, pois obtiveram
valores de 17,33 % e 11,13 % respectivamente. Na indústria não é ideal ter valores acima de
10%, pois acarretará em dificuldades no processo de fiação, por produzir fios de baixa
qualidade. Grande percentagem de fibras curtas ocasiona fios com grossuras irregulares,
podendo romper-se nos locais mais finos e fracos, durante a fiação e tecelagem (EMBRAPA,
2002). Um fator que ocasiona fibras curtas é a maturidade da fibra, que quanto menor a
maturidade, maior será o índice de fibras curtas (IFC). Na média geral obteve-se bom
resultado, ficando abaixo de 10%, com 8,15%, sendo bem aceito pela indústria, e em
comparação com Silva et al. (2013), que obteve 4,84 de média em seu experimento com
características intrínsecas da fibra do algodão, na Paraíba.
A resistência (R) é outra característica analisada neste experimento, pois os
melhoristas, para atender a indústria, preferem fibras com valores acima de 28 gf/tex (MAPA,
2002). Os genótipos UFUJP13-17 e UFUJP13-20 tiveram resultados abaixo de 28 gf tex-1, o
que não é recomendado, com valores 18,96 gf/tex e 24,96 gf/tex respectivamente. Todas os
outros genótipos obtiveram valores acima de 28 gf/tex, sendo estes importantes, para
linhagens potenciais e serem lançadas como novas cultivares. Valores de UFUJP13-17 e
UFUJP13-20 podem ter ocorrido por razões de déficit hídrico, pois na fase de formação do
capulho (90-140 dias após germinação) (DOORENBOS; KASSAN, 2000) o algodoeiro
necessita de aproximadamente 291mm (BEZERRA, 2010), o que não ocorreu na região, de
acordo com a figura 1. Umidade excessiva na colheita e fatores genéticos também interferem
22
na resistência da fibra. A média dos genótipos apresentaram um resultado acima do necessário
para a fibra, com 29,07 gf/tex abaixo do encontrado por Silva et al. (2013) onde a menor
resistência da fibra foi de 31,31gf/tex. Em outro estudo de Karademir et al. (2012), a média
obtida foi de 31,50 gf/tex.
O alongamento (AL) da fibra, analisado pelo HVI, é outra importante característica
da fibra do algodão. Valores aceitos como ideais tem que estar acima de 7% (EMBRAPA,
2002). Nesta característica todos os genótipos demonstraram resultados acima do
recomendado pela indústria. É uma característica quantitativa, onde muitos locos de genes
comandam esta característica e, portanto, muito influenciada pelo ambiente. De acordo com
Lima ; Nabas (1995) e Santana ; Wanderley (1995), as fibras analisadas foram classificadas,
segundo o alongamento, na categoria de muito alto- acima de 7,6%. Já Araújo et al.(2013),
encontraram média, para esta característica de 4,10%. Karademir et al. (2012), encontraram
uma média de 6,07%. Neste trabalho a média foi de 8,18%, ficando acima do ideal mínimo
requerido pela indústria.
A reflectância (RE), segundo Sestrem; Lima (2007), para estar dentro de valores
aceitos pela indústria, precisa obter índice de reflectância (RE) acima de 70%. Novamente os
valores que ficaram abaixo do valor mínimo requerido foram os genótipos UFUJP13-17 e
UFUJP13-20. Armazenamentos prolongados podem diminuir a reflectância da fibra (LIMA,
2009). Já Santana et al. (2002) afirmaram que a cor da fibra do algodão varia por influência de
fatores intrínsecos, relativos a cultivar e extrínsecos, com as condições de armazenamento. Os
outros genótipos obtiveram valores acima do aceitável para este quesito. Araújo et al.(2013),
no experimento de características fenotípicas obtiveram média de 74,05%. Karademir et al.
(2012), encontraram média de 76,03 % para esta característica, estando acima dos valores
exigidos pelas indústrias.
Para grau de amarelecimento (GA) valores ideais devem estar entre 4 e 18
(SANTANA; WANDERLEY, 1995; SANTANA, 2002). Todos os genótipos ficaram dentro
deste valor, exceto os genótipos UFUJP13-17 e UFUJP13-20, que obtiveram valores maiores
que 18, com valores de 18,63 e 18,70 respectivamente. Santana et al. (2002) afirmaram que a
cor da fibra do algodão variar por influência de fatores intrínsecos, relativos a cultivar e
extrínsecos, com as condições de armazenamento. Bernades, (2012) encontrou 7,83 no
amarelecimento da fibra em Uberaba. Silva et al., (2013), encontraram valores entre 8,74 a
10,09, estando dentro dos valores aceitáveis pela indústria têxtil.
23
5. CONCLUSÕES
Todas as características apresentaram valores de herdabilidade alta ou muito alta,
com exceção de maturidade de fibra (MF).
A estimativa de herdabilidade é média para maturidade da fibra (MF).
Com exceção da característica maturidade da fibra (MF), para todas as características
tecnológicas da fibra houve variabilidade genética entre os genótipos de algodoeiro de pluma
branca.
Todos os genótipos, com exceção do UFUJP13-17 e UFUJP13-20, apresentaram
médias das características tecnológicas da fibra acima do exigido pela indústria têxtil, com
maior destaque para o genótipo UFUJP13-12.
24
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