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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A CONTRIBUIÇÃO DOS JOGOS PSICOMOTORES NO
TRATAMENTO AO TRANSTORNO DE DÉFICIT DE
ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE
AMILTON DA SILVA JÚNIOR
Orientador
Professora Me Fátima Alves
RIO DE JANEIRO
2018
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A CONTRIBUIÇÃO DOS JOGOS PSICOMOTORES NO
TRATAMENTO AO TRANSTORNO DE DÉFICIT DE
ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE
Apresentação de monografia a AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do grau
de especialista em PSICOMOTRICIDADE.
Por: Amilton da Silva Júnior
RIO DE JANEIRO
2018
AGRADECIMENTOS
A Deus toda honra e glória por este se realizar somente ele sabe o quão
grande foi esta batalha.
A minha família que sempre me apoia em minhas jornadas, sobre tudo minha
esposa grande incentivadora deste.
A minha orientadora Professora Me Fátima Alves que durante todo processo se
fez presente para este pode-se ser um bom trabalho.
Finalizo agradecendo a todos que me colaboram de forma direta ou indireta
para este trabalho se concretizar.
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a minha falecida mãe, a quem honro a cada passo
que dou mostrando que mesmo convivendo por pouco tempo juntos, me deixou
provas de que poderia sempre me sentir amado e alimentado por seus
exemplos para viver toda uma vida por caminhos de luta, porém vitorioso e
idôneo.
RESUMO
Para apresentar o jogo como ferramenta no tratamento ao TDAH este
trabalho se aprofunda nos conhecimentos da psicomotricidade e do jogo. E
indubitável todo apreço que as crianças têm pelo jogo, e o quanto este os
atraem de diversas formas, é nele que a criança vivencia seus sonhos e
fantasias, se tornando super-heróis máquinas e robôs de tecnologia
intergaláctica ou mesmo assumem a identidade profissional de seus pais. Suas
mentes ficam soltas em meio as suas aventuras e criatividade. A
psicomotricidade através da tríade afetivo cognitivo e motor transcende o jogo
pelo jogo tornando o uma ferramenta capaz de propiciar situações da realidade
de convívio social de nas quais estão inseridas e que as permitem acumular
experiência ao responder a estes estímulos. Para o individuo com TDAH as
praticas sociais se tornam quase sempre desastrosas e ou pouco interessante.
Isso também porque seus devaneios, suas atitudes repentinas e inquietude
levam as pessoas a interpreta-los equivocadamente como preguiçosos,
negativamente impulsivos e bagunceiros, respectivamente. Este trabalho vem
mostrar caminhos diferentes para que os jogos psicomotores possam mudar
esta realidade.
METODOLOGIA
Este presente trabalho baseia-se em referências bibliográficas que sustentam e
darão credibilidade já que é referendado em obras consagradas de grandes
estudiosos que se aprofundarão em questões pertinentes ao assunto deste,
caracterizando o método bibliográfico.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO....................................................................... ..............................8
CAPÍTULO I -
Jogos Psicomotores como ferramenta ao tratamento ao
TDAH.................................................................................................................10
CAPÍTULO II -
Redução da administração medicamentosa ao portador do TDAH...................19
CAPÍTULO III -
Inclusão social...................................................................................................28
CONCLUSÃO - .................................................................................................37
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS - ...............................................................39
WEBGRAFIA - ..................................................................................................40
ÍNDICE - ............................................................................................................41
8
INTRODUÇÃO
Quando se fala em jogo, no primeiro momento o que se imagina é a
diversão entre as possibilidades de vencer ou perder. Para a psicomotricidade
o jogo trata-se de uma ferramenta que minimiza a distância entre o lúdico e a
realidade, capaz de serem abordadas situações as quais possibilita o portador
de TDAH se perceber como parte de um complexo social ao qual em alguns
momentos o mesmo não se vê participe.
A psicomotricidade através dos pilares que a fundamenta enriquece o
jogo. O pilar cognitivo, propicia resoluções lógicas estimulando pensamentos
elaborados pelo córtex-frontal, decisões de sequencia de movimento, reduzir
numero de ações para ser mais rápido e ordenado, determinar ações e atenção
coletiva. O pilar afetivo trata reflexões de si mesmo e ou em relação com o
mundo, neste a maturidade emocional capacita a novos desafios. Outrossim, é
pilar o motor, é o agir, a ação propriamente dita, o expressar em movimento
são as ações segundo seus pensamentos e emoções, que é uma linguagem
falada por imagem.
É também, por toda essa capacidade psíquica do homem que é
conduzida pelo lóbulo frontal, a este ligado a inibição do comportamento
inadequado, capacidade de prestar a atenção, ao autocontrole e o
planejamento. O TDAH e um transtorno do autocontrole que se pauta na
dificuldade de prestar atenção, com o controle de impulsos e com o nível de
atividade. Apoiado nestas especificidades ligadas ao lóbulo frontal, muitas
vezes são administrados psicoestimulantes para induzir a atenção, estes
podem causar dependência sem resolver a causa destes transtornos e
provocar comorbidades.
O portador de TDAH tem como tendências, afastar se do convívio social,
baixa autoestima e impaciência. Tudo isso, porque o portador desse transtorno
muitas vezes não tem o estimulo adequado as suas potencialidades deste
modo não se percebe como parte do meio. Este é um transtorno mental crônico
9
neurobiológico, multifatorial muito comum na infância e de grande impacto
sobre o portado, a família e a sociedade. Os jogos psicomotores podem retratar
tais realidades e podem estimular esses indivíduos que quase sempre não
encontram motivação em atividades comuns, conduzindo-os para um
desenvolvimento tal qual possa emergi-los para o âmbito social.
Desse modo este trabalho espera que o aprofundamento deste estudo
na psicomotricidade e do jogo pode corroborar para os jogos psicomotores
possam cada vez mais ser o principal procedimento de tratamento ao
Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade.
10
CAPÍTULO I
OS JOGOS PSICOMOTORES COMO FERRAMENTA DE
TRATAMENTO AO TDAH
A partir desta proposta, se faz relevante fortalecer as bases deste estudo
através da compreensão das abordagens da psicomotricidade com a sua
ciência da cognição, afetividade e motricidade e do jogo que se mostra
fascinante aos olhos das crianças que nele fantasiam e vivenciam realidade e
contos de fadas, estes juntos demonstrarão grande capacidade de modificar a
realidade dos indivíduos que apresentam o transtorno de déficit de atenção e
hiperatividade. Por fim, porem não menos importante, o TDAH transtorno que
afeta a capacidade do individuo de se manter concentrado, no controle dos
impulsos e o controle cinético.
1.1 A Psicomotricidade
Para abordar este tema e necessário aprofundar na psicomotricidade,
ciência que será base forte neste estudo. A palavra psicomotricidade surge no
século XIX, relacionada ao córtex cerebral. No inicio, a fundamentação
neurológica, nesta época o termo debilidade motora de Dupré deu lugar ao
termologia então chamada por debilidade psicomotora. As influências de
Dupré, Freud e Wallon reduz a ideia de um ser totalmente neurológico
fortalecendo a psicomotricidade.
Henry Wallon relaciona o movimento com o afeto, estabelecido entre mãe e
bebe, para destacar o tônus com ponte entre o biológico e o psicológico. Esta
dualidade já mostrava uma visão diferente sobre psicomotricidade, posterior a
isso fundamentou etapas evolutivas.
O médico e psicanalista Sigmund Freud, passou a valorizar o imaginário
do homem introduzindo o conceito de inconsciente, mostrando a importância
do afetivo para o desenvolvimento e a subjetividade.
11
Gallahue e Ozmun definem o movimento como um processo de
desenvolvimento e divide as habilidades motoras em três grupos, Habilidades
Motoras Estabilizadoras, Habilidades Motoras Locomotoras e Habilidades
Motoras Manipulativas.
Gallahue e Ozmun (2001, p. 266) definem a estabilidade como
disposição de manter em equilíbrio a relação individuo/força da gravidade.
Todos os movimentos estabilizadores fundamentais, envolvendo estabilidade
teriam um ponto de base e outro móvel.
Gallahue e Ozmun (2001, p. 280) define locomoção como uma
habilidade em que envolve uma projeção em do corpo no espaço, alterando a
sua localização relativa a pontos fixos da superfície. Saltos verticais, saltos
horizontais, saltos mistos, caminhadas, corridas, pulo, saltitos os galopes e
deslizamentos, qualquer movimento que me desloque de um ponto ao outro ou
retorne ao mesmo ponto após deslocar-se.
Gallahue e Ozmun (2001, p.299) definem como sendo habilidade que
envolve o relacionamento de um individuo com objetos e caracteriza-se pela
aplicação de força nos objetos e a recepção da força destes. E Classifica em
dois grupos. Movimentos propulsores, chutar, bater, rolar arremessar e voleio
são esses movimentos para longe do corpo. Movimentos amortecedores,
quando o corpo ou parte dele é posicionado no caminho de um objeto em
movimento com propósito de parar ou desviar o seu curso. Movimentos como
agarra, rebater, aparar e apanhar.
Os movimentos Manipulativos combinam habilidades motoras
estabilizadoras e locomotoras, e é nesse estagio de desenvolvimento motor
que a capacidade cognitiva exige elaborações complexas de cálculos de
velocidade, tempo de reação em relação a massa do objeto .
Vistos estes aspectos aos quais as abordagens psicomotoras vêm se
fundamentando ao longo dos anos, é comum nos dias atuais as pessoas
atribuírem suas condições mentais as motoras ou mesmo as afetivas aos seus
insucessos, condições psicológicas ou pouca vontade de fazer algo por si
12
mesmo, tudo isso porque estes aspectos se correlacionam mutuamente. Para a
psicomotricidade a maturidade motora aumenta o leque de possibilidades do
mundo através de estímulos de natureza psicológicas. Para Wallon em (La
Thaille 1992, p.36), o ser humano é organicamente social, isto é, sua estrutura
orgânica supõe a intervenção da cultura para se atualizar.
As capacidades motoras se desenvolvem por meio de atividades em que
a ação é fator maior de sentido, podendo estas serem de modo conscientes ou
inconscientes. Porem as ações conscientes como o próprio nome, demanda de
informações cognitivas pensamentos lógicos relacionados à ação a ser
desenvolvidas, ainda estas podem ser inconscientes, movimentos reflexos a
um estimulo externo ou interno. O córtex-frontal é responsável pelos
pensamentos elaborados, decisões de sequências de movimento, reduzir o
numero de ações para ser mais rápido, determina ações e atenção coletiva.
Aos movimentos reflexos podendo ser atribuído a automatização de
movimentos e a capacidade com que dualidade corpo e mente tem de adquirir
memória motora funcionando como código de sequência de movimento
correspondente a determinado estímulo. Outra influência que a ação e ou o
cognitivo pode receber, são de estímulos afetivos. As emoções tem grande
força sobre as ações e pensamentos. Emoções e sentimentos encorajadores
podem nos levar a grandes feitos, melhora performática ou mesmo sair de uma
situação desfavorável de condições patológicas e em alguns casos
diagnosticados irreversíveis. Mas estas mesmas emoções e sentimentos
podem conduz ao fracasso, fomentando patologias e ou criar comorbidades,
baixa estima e depressão, estão no topo da lista. É o Sistema Límbico o
responsável pelas emoções, comportamentos sociais, aprendizagem, memória
e motivação.
Para melhor compreensão, os fatos históricos reverberam. Atlanta 1984
jogos olímpicos de verão em Los Angeles, durante a maratona feminina,
Gabriela Andersen completamente desidratada e desorientada e acometida de
cãibra em uma das pernas se arrastou a duras penas levando 10 minutos para
concluir os últimos 200 metros de prova, até cair sobre a linha de chegada já
13
com a presença médica a acompanhando. Para muitos considerado um
exemplo de perseverança, gana e espírito olímpico já que esta mesmo
chegando em 37º lugar de 44 participantes foi mais aplaudida que a medalhista
de ouro desta prova. A luz da psicomotricidade um aspecto emocional muito
forte a conduziu até o fim de uma prova extremamente desgastante, pois em
seu relato aos jornalistas ela dissera que, quis concluir porque já estava com
39 anos e talvez aquela fosse a sua única oportunidade olímpica.
Outro caso com o desfeche oposto a esta história de superação, e a
morte por suicídio do cantor e contrabaixista Luiz Carlos Leão Duarte Junior, o
Champion da Banda Charlie Brown Jr em 2013. O cantor teria se matado com
uma pistola calibre 380 atirando em sua cabeça, os motivos relatados por sua
mulher deram conta de que Champion estaria muito triste por criticas dos fãs
que teriam o chamado de traidor, por ele assumir o vocal e trocar o nome da
banda que passou a se chamar A banca. Outro motivo teria sido as dívidas que
viam se acumulando. Neste caso fica claro que o fator emocional foi
preponderante para que o indivíduo chafurdasse em seus problemas e
cometesse este ato desesperado.
De fato estes dois acontecimentos coloca este trabalho em uma
condição de se fazer entender o quão importante é a ligação entres os motor,
cognitivo e o afetivo para que este se legitime na ciência da psicomotricidade.
E mesmo se observar já passou por uma situação onde se atribui a chegada de
alguém querido para como a solução de um momento ruim. Com isso este
estudo espera ter chamado a atenção para importância a essa tríade corpo,
mente e emoção como um facilitador a introdução a este tema jogos como
ferramenta psicomotora.
Para Henri Wallon em (La Thaille 1992, p.85) a dimensão afetiva ocupa
lugar central, tanto do ponto de vista da construção da pessoa quanto do
conhecimento.
1.2 O jogo
14
Dando sequência a imersão a que este estudo propõe do jogo como
ferramenta ao tratamento do TDAH. Faz-se necessário conceituar e entender o
mesmo. Segundo o Coletivo de Autores (2012 p.65) o jogo (brincar e jogar são
sinônimos em diversas línguas) é uma invenção do homem, um ato em que
sua intencionalidade e curiosidade resultam num processo criativo para
modificar, imaginariamente, a realidade e o presente. Quando a criança joga,
ela opera com o significado das suas ações, o que o faz desenvolver sua
vontade e ao mesmo tempo tornar se consciente das suas escolhas e
decisões. Por isso, o jogo apresenta-se como elemento básico para a mudança
das necessidades e da consciência.
É perfeitamente comum na vida adulta se lembrar de como era mágico
os momentos da infância, bastava rolar uma bola e de repente um menino se
tornar Pelé, falar palavras de ordem de um jogo e ou brinquedo cantado e lá
estavam reunidos perfilados ou em círculos para começar o jogo, e a fantasias
era capaz de materializar qualquer cenário. O fato é que as crianças realizam
se no jogo e ao que suas imaginações os propõem. A psicomotricidade com
uma visão holística sobre o jogo permeia ideias associativas que a permite
manipular o jogo simples, como ferramenta para uma educação social
inclusiva.
Segundo Machado e Nunes (2015, p. 24) o jogo e a brincadeira estão
presentes na vida dos seres humanos, tornando especial a sua existência. De
alguma forma, o lúdico se faz presente e acrescenta um ingrediente
indispensável no relacionamento entre pessoas, possibilitando que a
criatividade aflore. Por meio da brincadeira, a criança envolve-se no jogo e
sente e necessidade de compartilhar com o outro. Ainda que em postura de
adversário, a parceria é um estabelecimento de relação. Esta relação expõe a
potencialidades dos participantes, afeta as emoções põe a prova as aptidões
testando limites.
É a própria criança que se coloca em situação de jogos que simulam a
realidade, muitas vezes de si. Um dos jogos mais comuns entre as crianças e
na maioria das vezes entre meninas, e a brincadeira de casinha, em vários
15
momentos retratam a realidade repetindo as frases dos seus pais, ou
colocando as suas próprias regras, muitas vezes reflexos daquilo que podem
ou não fazer, imposto como limites por seus pais. Outro jogo bem comum e o
brincar de escolinha, a criança retrata seu dia a dia na escola, sentimentos em
relação a escola, professores e colegas de classe pode ser observado em
jogos como esse. Mas esses mesmos jogos podem ser fantasiosos devido a
grande capacidade criativa da criança para transportar para o lúdico dos seus
momentos reais.
1.3 Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade
Razão central deste trabalho, não seria possível continuar este estudo
sem mergulhar no contexto do TDAH para trazer o conhecimento e
esclarecimento à luz do que este estudo propõem no que tange o tratamento
a esta transtorno. Para o portado de TDAH, se ajustar a sociedade e uma
tarefa extremamente complexa, provocado por seus devaneios, inquietudes e
as atitudes repentinas quase sempre formam um preconceito ao que estima
esses indivíduos. O desleixo, a excessiva agitação e o impulso, tudo quase
sempre é visto repulsivamente pelos outros, e acabam taxados de
vagabundos, bagunceiros e inconsequentes. Mas não e só para os TDAHs
que este transtorno é um problema, é também para todos com quem eles
convivem, a família, os professores e colegas de classe quando em idade
escolar, no trabalho e eventualmente até desconhecidos podem o interpretar
mal sua conduta. Outras características bastantes peculiares são, o
isolamento, a baixa autoestima e o desinteresse por atividades comuns, este
e essa, provocando desagradavelmente, insucessos acadêmicos, dificuldades
de se manter no emprego e relacionamentos amorosos. O TDAH costuma
aparecer na infância e pode acompanhar o portador do transtorno até a fase
adulta, apesar de ser comum a ambos os gêneros, este transtorno ap resenta
maior incidência entre o gênero masculino. Nas mulheres, é pouco comum
apresentar traços hipercinéticos e por terem culturalmente um comportamento
induzido para serem mais contidas que os homens, os devaneios e as
atitudes impulsivas acabam passando despercebidos. A julgar desta forma o
16
TDAH parece muito fácil de ser detectado, porem é mais complexo do que
parece não deverá o professor, pedagogo, o psicólogo, psiquiatra e ou
psicomotricitas a partir apenas dessa característica, afirmar que um indivíduo
é ou não portador do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, é
necessário um olhar de sensibilidade e aprofundado sem ter pressa para
encontra uma situação problema sem ter certeza se esta existe realmente e
estas para que sejam entendidas como características devem ocorrer em
frequência acima do comum. Segundo SILVA, (2014, p. 41) o fato é que
muitas pessoas não preenchem o critérios diagnostico para o TDA, mas
apresentam, inequivocamente, alguns de seus sintomas. Em outros casos,
elas até podem ter vários sintomas porem com intensidade e frequência
insuficientes para caracterizar um caso clássico de TDA. Em situações como
essas, costuma-se usar o conceito de traço.
Déficit de Atenção: Transtorno de desenvolvimento do autocontrole, que
impossibilita o individuo manter se concentrado em determinado período ou
atividade.
Hiperatividade: Transtorno de desenvolvimento do controle acinético no
qual o individuo apresenta uma inquietude compulsiva
Impulsividade: Incapacidade de controlar seu atitudes irrefletidas
mediante a estímulos.
Após imergir em todos esses conceitos fundamentos em referências
bibliográficas consagradas e concernentes ao ponto de vista ser abordado
apresentara melhor conexão dos vertentes. Para tanto e inatacável, que com
todas as afirmações positivas em torno da dualidade psicomotricidade e
jogos, que estes tenham a capacidade de intervir e tratar o portador de TDAH.
Quando este estudo fala de jogos psicomotores, chama atenção para a
capacidade que a criança tem de envolver com os jogos sobre tudo as
fantasias e quimeras associadas a ele, este estudo já abordou aqui que as
crianças descobrem a vida através do jogo nele são desenvolvidas, regras de
sociedade, aborda questões culturais, experimentam as mais diversas
17
sensações dos sentimentos e desenvolvem as praticas manipulativa de
equilíbrio e de deslocamento, nem sempre conscientes e ou intencionais.
Com grande semelhança a estas abordagens supracitadas, inerentes ao jogo,
enrijecem o tripé cognitivo, afetivo e motor da psicomotricidade, que cônscia
de sua capacidade e relevância tem a intencionalidade de manipular o jogo na
direção necessária, para tratar o portador do transtorno de déficit de atenção
e hiperatividade. Ciência essencialmente de sensibilidade, a psicomotricidade
é especializada nas relações humanas, e com jogos onde a dificuldade de
atenção ou hiperatividade e impulsividade são desafiadas na medida do
interesse dos TDAHs sem perder o brilho da ludicidade sobre tudo o
envolvimentos as emoções. A afetividade é extremamente necessária e
estimulante, segundo MACHADO (2017, p.59). E isso ficou perfeitamente
claro nos casos da ex-maratonista Gabriela Andersen nos jogos olímpicos de
verão e do ex-contrabaixista Champion da Banda Charlie Brown Jr., que
podem ser potencializado para bons resultados através de estímulos
adequados ou maus resultados por ausência de estimulo ou estímulos
inadequados. Para a psicomotricidade um jogo psicomotor sempre será
pautado em sua tridimensionalidade sendo capaz de despertar o interesse do
individuo e abordar suas dificuldades de desenvolvimento. Para dar corpo a
esta visão uti lizamos um exemplo de um jogo psicomotor com capacidade de
confrontar o portador de TDAH com a realidade que ele não entende ou vive
quando se isola.
Árvore das mãos se desenvolve de maneira que cada integrante desenhara
uma de suas mãos em uma folha de papel e recortará o contorno. Escrevera dentro
do espaço da mão recortada princípios que precisará desenvolver individualmente
ou que a turma precise praticar (paciência, carinho, amor, solidariedade etc.). Cada
um colará a sua mão recortada na parede, formando as folhas de uma arvore, com
identificação (ou não, se o grupo decidir assim). Para isso, o professor deixará fixado
na parede o desenho de um tronco de arvore. Para terminar, abrir o debate para
compartilhar sensações, ideias etc. Uma variação desta atividade seria da seguinte
maneira: os alunos desenhariam os próprios pés e; dentro deles escreveriam
objetivos pessoais, palavras de apoio, de incentivo e colocaria pelos corredores da
18
escola, até que chegasse a sala de aula. Conversar com a turma sobre os caminhos
a seguir na vida, suas escolhas, seus sonhos... Segundo, MACHADO, 2017 p. 109).
Neste jogo psicomotor pedir para cortar o papel em torna das mãos e
que escrevessem palavras nos recortes, o autor além de trabalhar habilidade
motora manipulativa ele também desenvolve socialização, em seguida o ato
de colar os recortes nas paredes estimulas a criatividade e ao propor um
debate promove socialização entre eles depois com o outro grupo
experimentando sensações.
Para tanto este estudo se legitima nesses indubitáveis conceitos a que a
psicomotricidade e o jogo, apresentaram tão competentes e sólidos, na
mesma medida que pode afirmar que os jogos psicomotores são capazes de
tratar os portadores de TDAH com eficiência e profundidade. Proporcionando
um tratamento saudável e eficaz, com tamanha sensibilidade a que este
distúrbio psicológico que em alguns momentos são tratados com ingestão de
medicamentos que possam aumentar momentaneamente sem trata a raiz do
problema.
19
CAPÍTULO II
REDUÇÃO DA ADMISTRAÇÃO MEDICAMENTOSA AO
PORTADOR DO TDAH
Nesse capitulo este estudo tem por objetivo chamar a atenção para os
fármacos uma das formas de intervenção no tratamento ao transtorno de déficit
de atenção e hiperatividade, também abordar suas comorbidades, causadas
em algumas situações pelo próprio medicamento que tem o intuito de controlar
o citado transtorno. Deste modo proporcionando maior legitimidade à visão dos
jogos psicomotores como ferramenta no tratamento do TDAH.
2.1 Medicamentos para o TDAH
E evidente que, os medicamentos têm uma função de importância na
sociedade sobre tudo no combate as moléstias as quais os seres humanos
possam ser acometidos. Sendo esses medicamentos de forma natural, onde
sua forma primitiva não seja alterada ou fármacos industrializados, onde sua
forma inicial é beneficiada para o consumidor urbano com pouco acesso a
zonas rurais, os medicamentos tem funções direcionadas para resolução de
problemas que possam interromper um curso orgânico normal da humanidade
podendo esse ser de aspecto físico ou mental. As mazelas de ordem física de
pouca complexidade tende a ser resolvidas quase que instantaneamente, com
a ciência avançada como nos dias atuais os medicamentos tem tempo
estimados de ação para resolução de algumas enfermidades que podem ser
resolvidas em anos, meses, semanas, dias, horas e/ou até minutos. Como uma
enxaqueca simples que pode se resolver em até vinte minutos ou mesmo uma
gripe onde pode ser administrada uma medicação por dias e com horário
regrado para fazer o combate ao vírus. Porem na atualidade a sociedade tem
sofrido muito com os transtornos sobre tudo os cognitivos onde os
medicamentos, associados a terapias comportamentais fazem com que o
indivíduo possa entender e participar mais do meio social uma vez que passa
20
perceber-se como parte do meio, vale lembrar que muitos transtornos acabam
causando isolamento social. No caso do portador do transtorno de déficit de
atenção são administrados medicamentos com o intuito de aumentar sua
capacidade de manter a concentração em uma determinada atividade que para
ele gere pouco apelo, isso porque o TDAH tem uma tendência a se concentrar
melhor quando o estímulo lhe proporciona uma recompensa, principalmente as
de retorno rápido. Como exemplo, a personagem de desenho animado,
Muttley, que só presta a devida atenção nas tarefas quando Dique Vigarista lhe
promete medalhas. Os fármacos mais utilizados são a Ritalina e Concerta, são
psicoestimulantes normalmente mais receitados para o tratamento ao TDAH.
Segundo SILVA, Ana Beatriz Barbosa (2014 p.266) para amenizar os efeitos colaterais
da medicação principal, como no caso do psicoestimulantes em dose mais elevadas que
podem causar muita irritabilidade, insônia ou sintomas físicos em forma de taquicardia,
sudorese ou diarreia. Neste caso os, os betabloqueadores (como propranolol) podem ser
associados para reverter tais efeitos. Para tratar certos aspectos isolados que não obtiveram
melhora com a medicação principal, casos em que a medicação principal trouxe muitos
benefícios sem efeitos colaterais, mas não foi capaz de amenizar pequenos e importantes
detalhes comportamentais como acessos de raiva ou fúria, agitação física, intensa instabilidade
de humor, ansiedade e insônia. Podemos então destacar associação eficaz de algumas
substâncias, como lítio, acido volproico, carbamazepina, oxcarbezepina, nadolol, propranolol,
clonazepam, clonidina.
E é nesta brecha do tratamento medicamentoso que este estudo
concentra sua perspicácia em apresentar os jogos psicomotores como
ferramenta ao tratamento ao TDAH. Pois a proposta deste e a redução do uso
de medicamentos que podem causar comorbidades. Da mesma maneira que,
nos aprofundamos na psicomotricidade e nos jogos para dar força a ferramenta
jogos psicomotores, não será de maneira alguma redundância elucidar alguns
dos seus benefícios nesse período para sintetizar as necessidades com as
possibilidades. Na citação supracitada, é colocado o uso de medicamentos
para conduzir o indivíduo a aumentar sua concentração em relação a
atividades que possivelmente não teria capacidade de manter sua atenção
mesmo que esta não traga um estímulo insinuante, também não coloca que,
esta atenção tenha sido desenvolvida, somente medicada. Outrossim, a
21
mesma chama a atenção para efeitos colaterais que possíveis dosagem em
grande volume provocariam, “muita irritabilidade, insônia ou sintomas físicos
em forma de taquicardia, sudorese ou diarreia” e ainda afirma a medicação traz
benefícios mas não minimizou pequenos e importantes detalhas como “raiva ou
fúria, agitação física, intensa instabilidade de humor, ansiedade e insônia ”, isso
porque a medicação atuou no campo cognitivo mas não desenvolveu com
estímulos motores e afetivos. A psicomotricidade entende que a maturidade
motora e afetiva é de suma importância para o desenvolvimento e que nelas
esta as probabilidades de melhor adequação do portador de TDAH a
sociedade. Ainda no mesmo parágrafo destaca-se o uso de outras substancias
para uma intervenção eficaz a esses sintomas, assim como afirmado no texto.
Toda via, segundo DAMASÍO, Joana Artigo de Revisão Acta Med Port
(2011 p.3) algumas dessas sustâncias estão ligadas aos aparecimentos de
comorbidades neste caso Doenças do Movimento Induzido por Fármacos,
distonia aguda e tardia, Parkinson, acatísia, tiques, discinésia tardia, mioclonias
e síndrome maligna neurolépticos, este ultimo sendo um antiepiléptico e os
outros psicofármacos conforme listado abaixo.
Doença do movimento Fármacos
Distonia aguda ou t ardia Psicofármacos (ansiolíticos, antidepressivos, antipsicóticos) Antagonistas dos
receptores H2 (ranitidina) Antiepilépticos (carbamazepina, felbamato, fenitoína) Anti -hipertensores
(antagonistas dos canais de cálcio) Modificadores da motil idade gástrica Triptanos
Acatísia Psicofármacos (ansiolíticos, antidepressivos, antipsicóticos, l ítio) Antiepilépticos
(carbamazepina, etosuximida) Anti-hipertensores (antagonistas dos canais de cálcio) Modificadores da
motil idade gástrica Triptanos
Parkinsonismo Psicofármacos (antidepressivos, antipsicóticos, l ítio) Analgésicos estupefacientes
(petidina) Antiarrítmicos (amiodarona) Anti -infecciosos (anfotericina B) Antiepilépticos (carbamazepina,
fenitoína, lamotrigina, valproato de sódio) Anti -hipertensores (antagonistas dos canais de cálcio,
agonistas alfa 2 centrais) Imunomoduladores (ciclofosfamida, ciclosporina, citarabina) Modificadores da
motil idade gástrica Outros (dissulfiram)
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Discinesia tardia Psicofármacos (antidepressivos, antipsicóticos, l ítio) Anticolinérgicos (trihexifenidilo)
Antiepilépticos (carbamazepina, gabapentina, fenitoína, valproato) Anti -hipertensores (antagonistas dos
canais de cálcio) Anti -histamínicos (hidroxizina) Anti -infecciosos (ciprofloxacina) Antiparkinsónicos
(bromocriptina, levodopa) Hormonas sexuais (estrogénios) Modificadores da motil idade gástrica
Síndrome maligna neurolépticos Psicofármacos (antipsicóticos, l ítio) Modificadores da motilidade
gástrica
Tiques Psicofármacos (antidepressivos, antipsicóticos, l ítio) Antiepilépticos (carbamazepina, fenitoína,
lamotrigina) Antiparkinsónicos (amantadina, levodopa)
Mioclonias Psicofármacos (antipsicóticos, l ítio) Antiepilépticos (carbamazepina, gabapentina,
lamotrigina, fenitoína, valproato, vigabatrina) Anti -hipertensores (antagonistas dos canais de cálcio)
Anti-infecciosos (cefalosporinas, fluoroquinolonas, imipenem, mefloquina, penicilina) Antiparkinsónicos
(bromocriptina, amantadina, levodopa) Imunomoduladores (clorambucilo, ifosfamida)
Quadro 2 –
Principais tipos de doenças do movimento Doença do movimento Sinais e sintomas cardinais
Hipocinética Parkinsonismo Acinesia (lentificação e fadigabilidade do movimento), rigidez, tremor de
repouso e perturbação da marcha.
Hipercinéticas Tremor Oscilação rítmica e sinusoidal de um segmento corporal.
Distonia Contrações musculares involuntárias de músculos agonistas e antagonistas, que provocam
movimentos repetitivos e de torção e/ou posturas anómalas mantidas.
Tiques Movimentos ou vocalizações involuntárias e estereotipadas.
Coréia Movimentos involuntários breves, irregulares, abruptos e despropositados que surgem em
simultâneo ou sequencialmente em diferentes segmentos corporais.
Mioclonias Abalos breves, bruscos e repentinos, tipo “sacudidela”.
Acatisia Incapacidade para permanecer quieto, que se traduz por movimentos estereotipados das
extremidades com o objetivo de mudar constantemente de posição.
Discinesia (tardia) Movimentos coreicos com envolvimento da língua e região oromandibula
23
2.2 Comorbidades
No sentido da palavra comorbidade que, promove a coexistência de
consequência a uma ação anterior. Nas páginas anteriores já foi mostrado às
possibilidades de comorbidades sobre tudo a manifestação de mazelas que
serão de uma ação precedente de medicamentos que possibilitaram uma
segunda intervenção por meio de fármacos, que baseados nas bibliografias
que sustentam este pensamento, é possível fazer uma analise, de como tais
comorbidades podem ser constrangedora para quem esta a fazer esse
tratamento. Ao imaginar o nível de baixa estima e autoconfiança a qual o
portador de TDAH se remete, este estudo convida a uma reflexão sobre a ação
dos fármacos em alta dosagem, que podem causar diarreia e sudorese. E
extremamente constrangedor para um ser social quando acontece por causa
de uma diarreia a possibilidade de não encontrar um banheiro e se sujar ou
mesmo em meio a dores de barriga pedir a alguém em algum estabelecimento
para usar o banheiro e encontrar um banheiro publico não é fácil. Ou ainda, ter
sudorese excessiva, que molha a camisa formando uma mancha de suor bem
grande sob as axilas, popularmente conhecida como pizza pelo formato e
tamanho, e é bastante constrangedor, mesmo que o individuo trabalhe ou
estude em local com ar-condicionado e não tenha uma atividade diária agitada
que lhe exige movimentar-se e fazer grande esforço elas podem aparecer. Sem
duvida para essas duas situações é extremamente incomoda para qualquer
pessoa, e para o individuo com TDAH passar por estas situações lhe trará um
pouca mais de constrangimento. Isso porque ele pode vir de um quadro com
dificuldades de interação social, baixa estima e qualquer uma dessas situações
não será agradável tão pouco de fácil resolução, cabe lembrar, o portador
dessa síndrome tem a tendência ao isolamento justamente por causa dos seus
embaraços com a vida social em momentos como esses a irritabilidade será
iminente.
Além disso, os medicamentos de apoio assim como na lista supracitada,
apresenta conteúdos e substancias que causam outras comorbidades estas um
pouco mais agressivas, são conhecidas como doenças do movimento induzido
24
pelos fármacos (DMIF) distonias, parkinsonismo, acatísias, tiques, discinésias e
síndromes. Estas, ligadas aos psicofarmacos e antiepilépticos farão com que o
indivíduo tenha que utilizar mais medicamentos para controlar essas síndromes
e com isso gerar outras comorbidades o que pode se tornar um ciclo sem fim e
gerar uma dependência. Bem como são recomendados os fármacos, também é
indicado a tratamento com terapia cognitiva-comportamental. E é neste
momento que a psicomotricidade mostra sua capacidade de influenciar
positivamente na maturidade emocional e motora que não será desenvolvida
através de medicamentos e sim com atividades que possa fazer com que o
indivíduo interaja com o meio social em que esta inserido. Com isso
aumentando sua capacidade cognitiva e consequentemente reduzindo as
possibilidades do aumento da administração de medicamentos.
Pensando no bem estar desse indivíduo como força maior que originou
esse estudo, aceite este mais um convite para mergulhar nesta outra forma de
tratamento ao TDAH. A terapia cognitiva comportamental tem papel de grande
relevância no tratamento a este transtorno. Segundo WRIGHT, BASCO e
THASE (2008 p.15), a Terapia Cognitiva Comportamental é uma abordagem de
senso comum que se baseia em dois princípios centrais: nossa cognição tem
uma influência controladora sobre as nossas emoções e comportamento; e o
modo como agimos ou nos comportamos pode afetar profundamente nossos
padrões de pensamento e nossas emoções. Com esta visão sobre os aspectos
da terapia cognitiva comportamental, fica claro como cognitivo e emocional
estão presentes, a luz da perspectiva psicomotora ainda e necessário introduzir
um o aspecto motor formando o tripé afetivo cognitivo e motor da
psicomotricidade. Proposta que traz o jogo psicomotor, trabalhar nessas três
vertentes com o intuito de maturar cada uma delas de maneira enfática a uma
delas ou integrada da forma que o ser humano se apresenta, este é um ser
integral com fascínio natural pelo jogo, e esta ludicidade do jogo, permite a ele
compreender a cultura na qual se encontra inserido, com isso percepção e
construção do eu social. Em tempo, para WRIGHT, BASCO e THASE (2008
p.29), a maioria das técnicas comportamentais usadas na TCC destina-se a
ajudar as pessoas a: romper padrões de evitação ou desesperação; enfatizar
25
gradativamente situações terminadas; desenvolver habilidades de
enfrentamento reduzir emoções dolorosas ou excitação autonômica. A
paridade com as abordagens dos Jogos Psicomotores é inegável: evitar
isolamento social; o próprio jogo tem início e fim e dentro dele pode ser
trabalhada esta situação; jogos onde entende que perder não é o fim de tudo, e
controle, lóbulo frontal atua responsável pelo comportamento; respectivamente.
O jogo por si mesmo já trás uma ideia de trabalho em conjunto ao
participar de um jogo onde há outras crianças inseridas no processo tornará
propício para que esta interação aconteça naturalmente, desde que o estímulo
seja adequado no ponto de vista do portador de TDAH interessante. O início e
fim, também serão experimentados de forma natural após as atividades tem
inicio e término, todavia criar situações dentro da própria atividade dará maior
entendimento sobre esta questão, o jogo pode ser manipulado para esse
intuito. Por fim aprender a lidar com suas emoções, entender que um ponto
pode ser continuativo e que nem sempre é um ponto final. Em um determinado
momento do jogo o estimulo tenha que fazer uma pausa de regras e iniciar
outra sequência de regras e que posso voltar a sequência anterior. Como
exemplo: em uma sala cheia de lápis de cor espalhados um em cada mesa ou
mesmo pelo chão em área demarcada, a criança devera fazer ou pintar um
desenho e só poderá utilizar um lápis por vez indo até o lugar onde a cor que
ele queira com a folha contendo o desenho nas mãos, toda vez que termina de
usar determinada cor troca de lugar deixando o lápis no local onde o encontrou.
Quando necessário podendo voltar nos lugares onde já tenha passado, em
outro momento sem poder voltar atrás. Para evitar o isolamento social.
Segundo MACHADO e NUNES (2017 p 63), caixinha de tarefas, é um jogo
psicomotor que se desenvolve pela disposição dos alunos de modo que forme
uma grande roda, e o professor entregará a algum aluno uma caixinha, que, ao
iniciar uma musica deverá ser passada de mão em mão. Quando a musica
parar, o aluno que estiver com a caixinha neste momento deverá abri -la e
sortear uma tarefa, tal como: abraçar dois colegas, cantar um refrão de uma
musica de que mais gostar, contar uma passagem bonita de sua vida, falar
26
sobre o lugar mais bonito que já visitou. Objetivando socialização, criatividade,
ritmo, comunicação, exercitar manifestação de carinho e afeto.
A despeito de, aludir às lacunas deixadas pelo tratamento feito com
psicoestimulastes que demonstra capacidade lídima de gerar comorbidades.
Este estudo não tem intuito o de depreciar o tratamento com fármacos, para
tanto, foi por necessidade cientifica de encontrar alternativas que propiciassem
melhor saúde para estes indivíduos durante tratamento, após aprofundar nas
carências dos portadores de TDAH. Isso porque, ficou claro que
inevitavelmente em momentos que a medicação seja medrada as
comorbidades tende a aparecer e para essas outros medicamentos deveram
ser administrado o que pode potencializar ainda mais comorbidades. Outra
forma de tratamento é terapia cognitiva comportamental que apresente
similaridade com a visão de tratamento proposto pela psicomotricidade. Para a
terapia cognitiva comportamental, não é entender os acontecimentos em si, e
sim a forma como o ser humano interpreta os acontecimentos e como aquilo
que o afeta, modo como cada pessoa vê, sente e pensa com relação à uma
situação que causa desconforto, dor, incômodo, tristeza ou qualquer outra
sensação negativa. Para a psicomotricidade todos esses aspectos são
sensivelmente importantes e estão ligados a visão que a mesma tem em
relação ao afetivo e o cognitivo, mas o motor não estar dissociado da psique.
Segundo Wallon e Le Boulch em (La Thaille 1992, p.37), mas o grande eixo é a
questão da motricidade; os outros surgem porque Wallon não consegue dissociá-lo do conjunto
do funcionamento da pessoa. A psicogênese da motricidade (não se estranhe a expressão,
porque, em Wallon, motor é sempre sinônimo de psicomotor), se confunde com a psicogênese
da pessoa, e a patologia do movimento com a patologia do funcionamento da personalidade.
Por esse motivo foi tão aproveitada por Le Boulch, cuja psicocinética e proposta de educação
psicomotora se caracterizam pela abrangência da sua compreensão do significado psicológico
do movimento.
Deste modo, fica claro que, os Jogos Psicomotores tem potencial para
modificar a realidade do portador de TDAH no tocante da saúde afetiva,
cognitiva e motora, mostrando uma grande relevância no auxilio do
tratamento deste transtorno. As possibilidades da redução do aparecimento
27
de comorbidades, que eventualmente causam grandes desconfortos assim
como as moléstias da própria medicação, fazem com que este indivíduo
possa ser um ser cada vez mais social, o que também é objetivo de estudo.
Tudo isso, somam qualidades e da credibilidade aos Jogos Psicomotores
como ferramenta no tratamento do transtorno de déficit de atenção e
hiperatividade.
28
CAPÍTULO III
INCLUSÃO SOCIAL
Nesse capitulo, este estudo o convida para um ultimo mergulho agora
uma abordagem sobre as questões sociais que nos proporcionam experiências
através das nossas vivencias e a partir contato com o outro. Estas podem ser
regras sociais de convívio ou de cultural, ambas darão direcionamento social e
inclusivo a um grupo, aldeia, povo, cidade ou país. E sobre esta perspectiva os
jogos psicomotores podem agir facilitando a inclusão do portador de TDAH
trazendo de maneira lúdica as situações de realidade social de cada individuo.
3.1 Regras de Sociedade
Ao uti lizar esse termo regra de sociedade este trabalho faz alusão às leis
de direito que hoje nos determinam direitos e deveres aos quais propiciam uma
ordem social direcionando possibilidades e determinando limites nas regras de
convivo. Segundo REALE, Miguel (2002, p. 2), direção, ligação e
obrigatoriedade de um comportamento, para que possa ser considerado lícito,
parece ser a raiz intuitiva do direito. A palavra lei, segundo a sua etimologia
mais provável, refere-se a ligação, liame, laço, relação, o que completa como o
sentido nuclear de jus, que invoca a ideia de jungir, unir, ordenar, coordenar.
E bem comum, que se voltar no tempo através de registros contidos nos
livros de história, encontrará relatos de transgressão de limites e uso da força
para obter êxito em benefícios próprios por não haver regras sociais que os
impedissem, não será difícil. Como exemplo no tempo do Brasil feudal que os
negros eram forçados a trabalhar e viviam em condições sub-humanas em
fazendas escravistas em senzalas sem direitos até a suas proles. E
anteriormente a isso, os próprios negros, negociavam como mercadorias,
negros de tribos rivais ou de condição social inferior. Fica claro que neste
29
período havia algumas regras colocadas pela uma minoria mais abastada ou
de maior força bélica, os interesses próprios destes dominantes ditavam as
regras, somente quem tinha o poder tinha direitos aos outros era lhe
simplesmente restringido qualquer direito mesmo que este se trate de riscos de
vida.
Seria um caos total viver sem leis, as regras de convívio que delimitam
seus direitos sem que avance ao dos outros e da mesma forma deveres para
contribuição social. Para o individuo com transtorno de déficit de atenção e
hiperatividade por não ter atenção voltada para essas regras entre outras
coisas as quais não entenda como importantes, eventualmente causa
desconfortos nos ambiente social e ate repudio nas pessoas a sua volta que
acabam rotulando-os em varias situações como vagabundos, desleixados ou
mesmo transgressor e isso se torna um fator de dificuldade para que se adapte
e se coloque ao meio social e da mesma maneira causando isolamento social.
Os jogos psicomotores apresentam estímulos que possam explorar a
criatividade que é uma característica humana comum, sobre tudo nas crianças
que fantasiam e esta podem construir de grandes castelos a pequenos
mundos. Como todo bom jogo tem algumas regras, isso já os coloca frente a
frente com a realidade, mas não é só, além disso, estimular que esta criança
crie regras para um determinado jogo faz com que este a partir daí se sinta
mais envolvido e preparado para participar do jogo é outra forma de apresentar
a realidade social uma vez que ela fez parte do processo que fomentou as
regras será mais facilmente memorizadas e consequentemente respeitadas.
Observe como a psicomotricidade se revela nos detalhes: o cognitivo na
elaboração das regras de jogo que ele provavelmente na deixara de cumprir,
pois foi o mesmo que ajudou a criar tais regras; o afetivo, no entusiasmo e
autoconfiança que o mesmo sente por ter sido ele quem criou regras que
deveram ser respeitadas por ele mesmo e pelos outros possíveis participantes
da atividade proposta; e o aspecto motor esta no participar do jogo na ação
propriamente dita, o comportamento físico experimentado pelo corpo nas
atividades. Este tripé da psicomotricidade expressado em fazes de uma
atividade proporciona aos jogos a sensibilidade necessária para que este seja
30
uma ferramenta perspicaz, que dá autenticidade como no auxi lio ao tratamento
do TDAH como alternativa saudável e confortável para esses impedidos de
longo prazo.
3.2 Cultura
A cultura é diversificada, e esta pode ser da sua casa, do seu grupo de amigos,
da sua escola, do seu bairro, do seu município, do seu estado e do seu país,
tudo, vai de encontro à ideia de grupo, e para cada grupo uma cultura diferente.
Isso porque o conceito de cultura é de vivencia, adição de conhecimento, de
habilidades, costumes, leis, crenças, artes inerentes a um grupo que nele se
difunde tradicionalmente e é passado um para o outro formando um ambiente
social natural. O Brasil é um país culturalmente diversificado, pela culinária,
pela dança, folclore, artesanato, vocábulo, costumes entre tribos e povos,
cidades e bairros. Para FERRACINE, Luiz em KARL MARX (2011 p.35), com
frequência das características comuns, base da categoria, evoluem para a
organização dos grupos. Logo, assim que os indivíduos estabelecem a
comunhão de contatos, de valores e de objetivos o grupo esta formalizado. O
ser humano tem a necessidade da convivência em grupo e é nele que o
mesmo se desenvolve, cada família trás consigo uma experiência que foi
adquirida com os seus pais, avós, tios primos e afins, que os qualificam com as
tradições desta família, trabalhos, festas, todos os costumes, hábitos e até
mesmo o modo de pensar podem ser parecidos em detrimento deste convívio.
A linguagem também e uma coisa comum, sotaques e gírias podem determinar
nacionalidade ou naturalidade do individuo região onde este tenha se
desenvolvido, nascido, crescido ou convivido por algum tempo mesmo que na
seja natural deste lugar. Para o impedido de longo prazo com TDAH todas
essas informações podem não ter importância, pois seus momentâneos
devaneios em função da dificuldade de manter a atenção em coisas que para
ele seja pouco estimulante dificultaram a adesão deste individuo ao processo
natural de absorção da cultura. Do latim co lere que significa de cuidar, dá
origem á palavra cultura, e ao observar alguns termos como agricultura,
apicultura, piscicultura entre outras palavras que a companhia do sufixo cultura
31
demonstra artes, hábitos, capacidades de cuidar de algo ou alguém para que
esse possa se desenvolver e ou absorver cultura. Prova disso é que uma
pessoa mesmo que não tenha nascido ou mesmo crescido em meio a uma
determinada cidade ou país pode desenvolver os costumes, linguajar e outras
características de moradores locais.
Segundo, CHILDE, Gordon (1971, p. 40-41), o ser humano pode ajustar-se a um
número maior de ambientes do que qualquer outra criatura multiplicar-se infinitamente mais
depressa do que qualquer mamífero superior, e derrotar o urso polar, a lebre, o gavião e o
tigre, em seus recursos especiais. Pelo controle do fogo e pela habilidade de fazer roupas e
casas, o homem pode viver, e vive e viceja, desde os polos da Terra até o equador. Nos trens
e automóveis que constrói, pode superar a mais rápida lebre ou avestruz. Nos aviões e
foguetes pode subir mais alto do que a águia, e, com os telescópios, ver mais longe do que o
gavião. Com armas de fogo pode derrubar animais que nenhum tigre ousaria atacar.
Mas fogo, roupas, casas, trens, automóveis, aviões, telescópios e armas de fogo não é
parte do corpo do homem. Eles não são herdados no sentido biológico. O conhecimento necessário para sua produção e uso é parte do nosso legado social. Resulta de uma tradição acumulada por muitas gerações e transmitida, não pelo sangue, mas através da linguagem
(fala e escrita). A compensação que o homem tem pelos seus dotes corporais relativamente pobres é o cérebro grande e complexo, centro de um extenso e delicado sistema nervoso, que lhe permite desenvolver sua própria cultura.
Seja por cultura ou as regras sociais, os seres humanos dependem do
contato entre si para o desenvolvimento individual e como grupo. Para tanto
entender a realidade e respeitar as individualidades é potencialmente uma das
formas de evolução social e com base nesse pensamento social, olhar para o
portado de TDAH, onde a realidade destes indivíduos é o isolamento social
pela dificuldade de adequar-se as regras sociais, é necessário que este grupo
também seja sensível e esteja propenso a fazer adaptações, ao falar de
evolução e desenvolvimento social não se pode pensar de maneira unilateral.
3.3 Inclusão
Ao pensar em inclusão social e preciso falar em educação inclusiva para
todos, ajustar o desajustado a sociedade sempre foi a forma vista para melhor
de inserção social, contudo é preciso que a sociedade também se prepare para
receber o desajustado, afinal, se falo em inclusão não posso ter um ambiente
32
que favoreça a um ou ao outro, é preciso adequar também ambiente físico e
social. Segundo a Lei 13.146 de 06 de julho de 2015, em seus artigos 1º e 2º
que diz:
Art. 1o É instituída a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com
Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), destinada a assegurar e a
promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades
fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e
cidadania.
Art. 2o Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento
de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em
interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e
efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.
Para que os processos de inclusão social possam acontecer é preciso
que diretos, oportunidades e acessibilidade sejam criadas para todos. A
inclusão ganhou reforços com a LDB (Lei de Diretrizes de Bases da educação
Nacional) de 1996 e com a Convenção da Guatemala, de 2001. Sendo assim
manter crianças com algum tipo de deficiência fora do ensino regular é
considerado exclusão, e crime. No que demanda do direito, em 2015 o Senador
Romário de Sousa Faria como ultimo relator da lei que coloca no ambiente
educacional todas as escolas a estarem aptas a receber pessoas com
deficiência, da um grande passo na organização da sociedade. As
oportunidades serão criadas a partir das necessidades apresentadas pelos
indivíduos, encontrar nas escolas espaços democráticos que os possibilitem
um desenvolvimento satisfatório e pleno. Acessibilidade é exatamente ajustar
as pessoas, o ambiente, e material didático, que os garanta possibilidades
igualitária para aquisição de novos conhecimentos assegurando o
desenvolvimento. Há um termo que empregado aos impedidos de longo prazo
que diz que, estes são portadores de necessidades especiais, porem ao
observar com o pressuposto da igualdade, todas as necessidades são
especiais, e ao coloca-los como portadores de necessidades especiais trás
33
uma ideia de divisão e consequentemente exclusão que não deveria acontecer.
Necessidades todos têm, e pra modificar uma sociedade o que primeiro tem
que mudar é o modo como ver os diferentes, dai capacitar a sociedade para
lidar com as novidades que possam surgir. Alguns aspectos são importantes
para possibilitar acessibilidade; autonomia, conforto e segurança. Outro fator
que pode causa algumas dificuldades e a família, em muitos casos os pais de
crianças diagnosticadas com TDAH não aceitam que seu filho possa ser um
impedido de longo prazo, e veem isso de uma forma tão ruim que acabam
punindo seus filhos com a ausência de tratamento e por consequência o
isolamento será inevitável pelas dificuldades de se adequar ao meio social
pelos próprios pais que em alguns momentos sente vergonha pela condição de
seus filhos.
A partir disso, a forma em que a sociedade vê essas adequações, é com
incomodo e até como favorecimento ao outro que nesse caso, estão em uma
condição desfavorecida e acabam sofrendo discriminação social. Imagina que
um profissional de uma determinada área precise de ferramentas especificas
para fazer o seu trabalho e não as tem, e em detrimento disso fará um trabalho
com uma qualidade abaixo do que pode produzir por causa da falta de
recursos. Para o TDAH a qualidade de estímulo seria como a ferramenta que
permite que o bom trabalho que ele possa desenvolver aconteça, assim como
o a capacidade que este impedido de logo prazo possa apresentar através dos
recursos que possa ter o profissional que o assiste, neste caso nossas
ferramentas de jogos psicomotores podem atender com qualidade. Ainda sim,
esbarramos na incompreensão de uma sociedade que é despreparada para
entender que não se trata de favorecimento, mas de igualdade, para algumas
pessoas, dar suporte é como priorizar quem sofre de alguma mazela toda via,
seria só uma forma de coloca-la em mesmo patamar de oportunidades.
Qualquer pessoa que tenha uma deficiência de natureza física, mental
intelectual ou sensorial precisa de suporte diferente de um modelo que seria
convencional. Este padrão de normalidade imposto pela convivência coletiva
promove as desigualdades quanto às necessidades individuais. Caberá
sociedade se reorganizar garantindo o acesso a todos, deste modo o indivíduo
34
deixa de ser o objeto da ação, um receptor de caridade e torna-se um ser
individual e completo e atuante na sociedade.
3.4 Jogos psicomotores
Razão que sustentou esse trabalho até este momento, os jogos
psicomotores abordará outra forma de tratamento ao TDAH sobre tudo como
ferramenta de socialização de indivíduos com este transtorno. A música tem
uma capacidade de solicitar varias as áreas do cérebro, e com isso pode ser
uma indutora de dopamina e serotonina, sustâncias que causam sensação de
prazer e bem estar e por toda essa aptidão para solicitar as áreas cérebro é
fonte de pesquisa em tratamentos de impedidos de longo prazo, entre outros
transtornos psiquiátricos, Parkinson e demência. O lóbulo frontal é a área da
cognição social dos raciocínios, resolução de problemas, tomada de decisão,
do movimento e planejamento. No aprendizado da música, concentração e o
comportamental serão desenvolvido em meio às emoções. O lóbulo parietal
ligado às lógicas matemáticas integra sentidos distintos para abrangência de
um conceito, dentro disso as funções de processar informações, dor e
sensações de toque, orientação espacial e posição corporal compreensão do
conceito de tempo e atenção visual reconhecimento facial. O lóbulo temporal
lateralmente localizado no crânio tem as funções de capacidade auditiva e
percepção auditiva, compreender a linguagem falada e ritmo, aprendizagem e
aquisição de memória, alguma percepção visual, categorização e ordenação de
objetos, discurso e respostas emocionais. O lóbulo occipital processamento de
informações visuais, percepção visual, reconhecimento de cor, percepção de
profundidade e detectar movimento. O lóbulo límbico ligado ao comportamento,
emocional, sexual e processamento de memórias. O sistema límbico também
esta ligado a insula que também se liga a outras áreas do cérebro responsável
pelas emoções, empatia, amor, nojo, orgulho, culpa, arrependimento, todos,
motivados através de sons, cheiros e sabores.
35
Segundo http://www.escola-musica.com/beneficios-da-musica.html, existe uma
inegável e forte correlação entre a educação da música e o desenvolvimento das
habilitações que as crianças necessitam para se tornarem bem sucedidas na
vida. Autodisciplina, paciência, sensibilidade, coordenação, e a capacidade de memorização e
de concentração são valorizadas com o estudo da música. Estas qualidades acompanharão os
seus filhos ou filhas em qualquer caminho que escolham para a sua vida. A aprendizagem da
música pode ter uma influência na formação das crianças que é apenas secundada pelo amor
dos pais. Se procurar de uma forma de proporcionar aos seus filhos e filhas uma fonte de
alegria, bem-estar e realização pessoal, a aprendizagem de música para bebes e crianças é
um excelente primeiro passo.
Por isso, ao tomar ciência de todas as áreas do cérebro que foram
apresentadas, e suas funções que exercem influência direta no
desenvolvimento de ser humano e ainda sabendo-se de toda prerrogativa que
a música proporciona por meio de estímulos nessas diversas áreas do cérebro
humano. É que a psicomotricidade lança mão sobre as bases científicas da
neurociência e as tantas sensações as quais o cérebro experimenta por
intervenção da música para reafirmar os jogos psicomotores como ferramenta
de estrema capacidades para colocar a didaticamente todos estes estímulos de
forma lúdica por intermédio também de brinquedos cantados que é um das
muitas possibilidades de abordagem psicomotora no trabalho com crianças
com TDAH. Isso porque o impedido de longo prazo com transtorno de déficit de
atenção e hiperatividade precisa ser desafiado com estímulos constantemente
variados que possibilitem o desenvolvimento pleno. Outra vertente deste
trabalho é a utilização da música em seus jogos psicomotores com os
brinquedos cantados que promovem a socialização, que quando em contato
com outros colegas trará melhor adaptação de uns aos outros, em verdade de
maneira alguma este trabalho deixara de entender que para a ressocialização
de indivíduos com TDAH, há a necessidade de adequar também a sociedade e
o ambiente a sua volta. Diante de disso incluindo e transformando a sociedade
parte deste processo de adequação, que também não esta ajustada a
realidade do individuo com TDAH, dando a ele possibilidades de acesso
36
igualitária, e não de especialidade, pois não a nada de especial em receber
condições iguais ao dos outros para desenvolver o mesmo trabalho.
Segundo ALVES (2007, p.94), é preciso que a educação dê a criança
um sentimento segurança afetiva que lhe será necessário para aceitar as
mudanças de um mundo perpetuamente em transformação e nele participar
com segurança.
Desta forma, fica visível que os jogos psicomotores demonstram uma
grande aptidão para atuar no tratamento ao TDAH, no tocante da inclusão
social tem uma profunda base científica que potencialmente poderá atender os
anseios de um tratamento satisfatório e competente aos indivíduos com este
transtorno, maximizando as possibilidades de inclusão social, por meio de
abordagens das regras de sociedade e questões culturais aqui apresentadas e
ainda toda uma base na neurociência em virtude da música e seus benefícios.
Por fim, mas não menos importante reafirmar a necessidade de adequar
também a sociedade para receber os indivíduos com esse ou outros
transtornos psiquiátricos de modo que estes tenham uma melhor adaptação ao
meio com maior conforto e menor desigualdade de acesso.
37
CONCLUSÃO
E incontestavelmente que, a psicomotricidade tem competência para
acionar todas as áreas do cérebro humano a que sejam necessárias para uma
forma de tratamento alternativa e competente que proporcione a maior eficácia
e menores danos à saúde. Como uma ciência que tem grande qualidade de
acesso e estímulo aos aspectos motores, afetivos e cognitivos. Estas áreas de
domínio da psicomotricidade em consonância com o fascino que o ser humano
tem pelo jogo desde os primeiros anos e o acompanha pela vida geram des fio
aos quais, mesmo para um indivíduo com transtorno de déficit de atenção e
hiperatividade será possível manter-lhes estimulados a absorção de
conhecimentos, habilidades e regras. Para os indivíduos hipercinéticos
aprender em um ambiente desafiador e com estímulo variados tornasse
imprescindível para absorção do aprendizado, diferentemente dos métodos
convencionais de ensino que não os alcançam. E muito comum que os
impedidos de longo prazo com TDAH tenham um acompanhamento
psiquiátrico e por isso sempre lhe é administrados alguns psicoestimulantes
que é a base deste tratamento, porem este estudo apresentou alguns destes
medicamentos e seus efeitos de como e onde agiam, aumentando a
capacidade de concentração. Mas foi bastante claro em explicitar as
comorbidades decorrentes do uso destes medicamentos e de possíveis outros
medicamentos para corrigir as mazelas provocadas pelos primeiros, e que
também gerariam comorbidades apontando para um ciclo que resolvem e
causam problemas quase que simultaneamente, e não sendo capaz de gerar
maturidade, o que possibilita redução do uso de medicamentos. Salientou
também as incomodas situações vexatórias, de efeitos colaterais como
repentinas diarreias e sudoreses de alta intensidade, que para um individuo
com dificuldades de ajuste social geram ainda mais constrangimentos e a
consequência é isolamento. No que demanda ajustar esse individuo a
sociedade os jogos psicomotores também se mostram capazes de ser uma
ferramenta social de grande relevância por aplicar em doses lúdicas as regras
38
e cultura de maneira a fazer com que o indivíduo com TDAH se sinta parte
integrante deste todo que é a sociedade. Daí este estudo, coloca em pauta
uma discussão a cerca de o que modificar, no entorno social do impedido de
longo prazo, e deixa então uma lacuna a ser estudada e a fomentar formas de
tornar possível. Será inexorável pra esse processo evolutivo da sociedade que,
nele esteja o esclarecimento e a capacitação do meio social para receber
essas pessoas com transtornos psicológicos, uma sociedade atuante e de fato
comprometida com as questões dela mesma, quanto à acessibilidade. Uma
família quando recebe um novo membro e este vem necessitando de cuidados
diferentes quem se adéqua ao novo, é a família e não o contrario. Se este novo
membro não fala, por exemplo, todos desta família aprendem libras para
comunicar-se com ele desta forma o social esta acessível à necessidade. Por
tudo, ao desvelar e aprofundar todo conteúdo que até aqui se propôs a
esclarecer, este estudo retoma palavras do texto que reafirmam na haver neste
trabalho qualquer intuito de desacreditar o método dos medicamentos
psicoestimulantes como forma de tratamento, e se coloca a cooperar para um
tratamento alternativo e saudável, pois é assim que se qualificam os jogos
psicomotores sobre os aspectos do tratamento alternativo, redução de
medicamentos e inclusão social.
39
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Editora, 2007.
CHATEAU, J. O jogo e a criança. São Paulo. Summus, 1987.
CHILDE, Gordon. A Evolução Cultural do Homem. Rio de Janeiro, Zahar, 1971.
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino de Educação Física, 2º Ed.
São Paulo; Cortez, 2004.
FERRACINE, Luiz. Karl Marx, ou a sociologia do Marxismo. São Paulo, Lafonte
2011.
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Psicomotores – uma pratica relacional na escola. 3º ed. Rio de Janeiro: Wak
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https://www.actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/viewFile/
1577/1161
41
ÍNDICE
CAPA...................................................................................................................1
FOLHA DE ROSTO.............................................................. ...............................2
AGRADECIMENTOS...........................................................................................3
DEDICATÓRIA....................................................................................................4
RESUMO.............................................................................................................5
METODOLOGIA..................................................................................................6
SUMÁRIO............................................................................................................7
INTRODUÇÃO....................................................................... ..............................8
CAPÍTULO I – Jogos Psicomotores como ferramenta ao tratamento ao
TDAH.................................................................................................................10
1.1 A Psicomotricidade......................................................................................10
1.2 O Jogo.........................................................................................................13
1.3 Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade.......................................15
CAPÍTULO II – Redução da administração medicamentosa ao portador do
TDAH.................................................................................................................19
Medicamentos para o TDAH..............................................................................19
2.2 Comorbidades..............................................................................................23
CAPÍTULO III - Inclusão social..........................................................................28
3.1 Regras de sociedade...................................................................................28
3.2 Cultura.........................................................................................................30
3.3 Inclusão........................................................................................................31
3.4 Jogos psicomotores.....................................................................................34
42
CONCLUSÃO....................................................................................................37
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................39
WEBGRAFIA.....................................................................................................40
ÍNDICE...............................................................................................................41
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