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União dos Escoteiros do Brasil

O início

No início de agosto de 1907, na Ilha de Brownsea (Inglaterra), Robert Baden-Powell realiza um acampamento com 20 rapazes, aplicando suas idéias de um método de educação para jovens

Começa um Movimento

Entre janeiro de março de 1908 os rapazes ingleses compram os seis fascículos intitulados “Scouting for Boys”, e começam um movimento reunindo-se em patrulhas por todo país, praticando as atividades sugeridas por Baden-Powell

Os brasileiros tomam conhecimento

Em 1908 um núcleo de oficiais de praças da Marinha estava na Inglaterra, acompanhando a construção de vários navios, entre eles os Encouraçados “Minas Gerais” e “São Paulo”.

O suboficial Amélio Azevedo Marques inscreveu seu filho Aurélio Azevedo Marques em uma unidade de “Boy Scouts”, tornando-se, assim, o primeiro brasileiro a ser “escoteiro”.

A idéia de B-P alcança outros países

Em 1908 o Movimento Escoteiro já estava sendo praticado na Nova Zelândia, Malta, Irlanda, Austrália e África do Sul.

Em 1909 alcançava a Bielorússia, Canadá, Chile, Estados Unidos, Guiana, Índia, Serra Leoa e Zimbabwe.

A idéia motiva brasileiros

O tenente Eduardo Henrique Weaver, entusiasmado com os “Boy Scouts”, escreve um artigo para a revista “Ilustração Brazileira”, publicado em dezembro de 1909, traduzindo “scouting” como “escrutar”, e enaltecendo o novo Movimento

“Que este sistema, que esta educação representa o ideal sob todos os pontos de vista, parece-nos indiscutível; que o educar brincando seja o meio mais fácil e mais seguro de conseguir resultados reais, são e permanentes, porquanto os preceitos são absorvidos de boa vontade...”

A idéia chega ao Brasil

Com o Encouraçado “Minas Gerais”, que chegou ao Rio de Janeiro em abril de 1910, vieram militares entusiasmados com a idéia dos “Boy Scouts”, liderados pelo Tenente Weaver, trazendo na bagagem livros e uniformes ingleses.

A semente é plantada

No dia 14 de junho de 1910, reunidos na casa número 13 da Rua Chichorro, no Rio de Janeiro, fundou-se o “Centro de Boys Scouts do Brasil”, primeiro órgão destinado a praticar o Movimento criado por Baden-Powell em nosso país.

Outras iniciativas

Em 1910, estando na Europa, o Dr. Mário Cardin conheceu os “Boy Scouts” e manteve contato com Baden-Powell.

De Paris, Dona JeronymaMesquita mandou publicar folhetos com a idéia do Escotismo, que foram distribuídos em São Paulo pelo Dr. Ascanio Cerqueira.

Em 1913 o Prof. George Black, participando de um Festival de Ginástica na Alemanha, conhece o Movimento e se entusiasma pela idéia, e no seu retorno funda o mais antigo Grupo Escoteiro em funcionamento no Brasil, na SOGIPA, em 13 de outubro de 1913.

A semente chega a Santa Catarina

Em Blumenau, em 13 de janeiro de 1913, foi fundado pelo Professor Curt Boettner um Grupo Escoteiro, conforme artigo no jornal da Alemanha “Der Feldmeister”, de maio de 1915. Não existem outros registros sobre esta iniciativa.

Em 1914 um Grupo Escoteiro foi fundado em Laguna, onde funcionou por vários anos, deixando uma vasta documentação e uma rica história.

A expansão

Em 1914 o Centro de Boys Scouts do Brasil já não existia.

Surge, em São Paulo, a ABE – Associação Brasileira de Escotismo –foi fundada em 29 de novembro de 1914, por iniciativa de Mário Cardin, e o Movimento toma novo impulso no Brasil.

Surge uma nova palavra: escoteiro

As designações “escoteiro” e “escotismo” forma utilizadas no Brasil por iniciativa do Dr. Mário Cardin, com a fundação da ABE.

Também foi ele quem fez a tradução de “Be Prepared” para “Sempre Alerta”.

O Escotismo se expande

Com a fundação da ABE o Movimento alcança rapidamente Minas Gerais, Paraná, Espírito Santo, Paraíba, Amazonas, Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Norte e Santa Catarina.

Novas Associações

Varias organizações foram surgindo, ligadas ou não à ABE, e em 1920 os vários Grupos Católicos se unem na Associação dos Escoteiros Católicos, que obtém o reconhecimento do Bureau Internacional de Escotismo e se torna membro fundador da WOSM em 1922.

Os primeiros eventos nacionais

Em 1922 e 1923 realizaram-se os primeiros Congressos Escoteiros, acompanhados de “Jamborees”, na cidade do Rio de Janeiro, por iniciativa da Associação dos Escoteiros Católicos, com a presença de 14 associações escoteiras.

A proposta de unificação

A partir de 1922 Baden-Powell defronta-se com o problema da legitimidade de reconhecimento e representação, nos países com mais de uma associação nacional, e solicita que cada país seja representado por uma Federação Nacional

Surge um incentivador

Em 23 de janeiro de 1924 o Almirante Benjamim Sodré, o “Velho Lobo”, faz apelo na revista “Tico-Tico” pela criação de uma organização única, que pudesse representar todo o Escotismo Brasileiro, recebendo apoio de vários dirigentes.

Uma proposta efetiva

Em 7 de setembro de 1924 o “Velho Lobo” assiste palestra do Padre Leovigildo Franca, vice presidente da AECB, sobre o Jamboree Internacional de Copenhague, e, impressionado, manifesta-se de que, no futuro, o Brasil deve participar com uma delegação de uma associação que represente todo o país.

A união

Em 24 de novembro de 1924 foi oficialmente fundada a UEB – União dos Escoteiros do Brasil, com presença da Associação dos Escoteiros Católicos, Federação dos Escoteiros do Mar, Comissão Central de Escotismo e Associação dos Escoteiros Fluminenses.

A nova organização

A UEB surgia com o papel de ser uma “Confederação”, ou seja, as Federações continuariam a existir, mas o reconhecimento junto a WOSB foi passado pela Associação dos Escoteiros Católicos para a nova instituição.

O Decreto nº 5.497 de 23 de julho de 1928 consignaria a UEB a exclusividade para a prática do Escotismo, dando-lhe competência para autorizar as demais pessoas físicas ou jurídicas.

Um impasse resolvido

No primeiro momento a ABE não se junta ao trabalho de unificação.

Baden-Powell escreve carta ao Dr. Mário Cardin incentivando-o a unir a ABE com a UEB.

Um 1929 a ABE junta-se a nova instituição nacional, da qual Mario Cardin virá a tornar-se presidente logo mais.

O Estado Novo

A UEB teve que lutar muito contra as tentativas de militarização do Escotismo e para manter-se associação livre.

O Governo Federal intervêm em várias associações e tenta subordinar o Escotismo ao sistema de ensino e às escolas.

Vários oficiais do Exército fazem propostas de uma Juventude Escotista Brasileira, chefiada pelo presidente da República.

O próprio presidente Getúlio Vargas proclamou-se presidente de honra da UEB.

E, no resto do mundo...

Na Alemanha Adolf Hitler proíbe o escotismo e cria a Hitlerjugend.

Na Itália Benito Mussolini proíbe o escotismo e cria os Balilas.

Na União Soviética Stalin proíbe o escotismo e cria o Komsomol.

Em Portugal a Organização Nacional da Mocidade Portuguesa absorve o escotismo.

Na Espanha o General Franco proíbe a prática do Escotismo.

Chegamos em 1944

Em razão das dificuldades trazidas pelo Estado Novo, a UEB entra em crise.

Em 1944 a UEB manifesta intenção de modificar sua organização interna.

A Federação dos Escoteiros do Ar não aceita as modificações e inicia movimento de oposição.

De um lado, pela FEA o Brigadeiro Godofredo Vidal, e de outro, pela UEB, o Marechal Heitor Augusto Borges.

Em 1945 acontece a Assembléia da UEB para modificar os estatutos, mas a direção nacional não obtém apoio para a unificação e centralização.

Finalmente, a unidade...

Após demandas jurídicas, mudanças na presidência da UEB e muitos debates, em 1950 todas as Federações são extintas e passam a funcionar como departamentos da UEB.

Surge um novo modelo, com uma Direção Nacional e Regiões Escoteiras

Em 23 de abril de 1950 foi aprovado o novo Estatuto da UEB, unificando efetivamente a direção do Escotismo no Brasil.

Em 1973 a sede nacional é transferida do Rio de Janeiro para Brasília.

A co-educação

No final dos anos 70 a UEB inicia as experiências com a co-educação no Ramo Lobinho.

Com o projeto Chapada dos Guimarães inicia experiências de co-educação com os Ramos Escoteiro e Sênior.

Em 1982 a co-educação passa a ser definitiva, em todos os Ramos e todas as funções.

Mudanças no uniforme

Na reunião do Conselho Nacional de 1972, em Joinville SC, definiu-se um “uniforme social” para chefes, composto de camisa azul mescla e calça comprida cinza chumbo.

No início dos anos 80 este uniforme é ampliado para os Ramos Escoteiro, Sênior e Pioneiro.

Em 1993 cria-se o Traje Escoteiro.

A formatação definitiva

Em 1993 o Conselho Nacional da União dos Escoteiros do Brasil modifica o sistema de representação, que passa a ser proporcional aos efetivos.

Em 1998 a UEB realiza o seu primeiro Jamboree Nacional, em Navegantes SC, e inicia um novo ciclo de eventos nacionais.

Em 1995 a UEB realiza o primeiro Congresso Escoteiro Nacional, em Joinville SC, iniciando um novo formato para o encontro nacional de lideranças adultas.

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