Úlcera péptica
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Dr. José Augusto M. F. de Campos
ÚLCERA PÉPTICA
Úlcera PépticaA úlcera péptica (UP) ou doença ulcerosa péptica decorre de um desequilíbrio entre os fatores agressivos (HCI, pepsina, sais biliares e Helicobacter pylori) e defensivos, responsáveis por manter a integridade da mucosa (barreira mucosa, fluxo sanguíneo, regeneração epitelial)
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RÚlcera Péptica
Quadro Clínico
Úlcera PépticaQuadro Clínico
Outra característica da dor da UP é a periodicidade: período de acalmia (desaparecimento da dor por meses ou mesmo anos) intercalados por outros de atividade.
Úlcera PépticaQuadro Clínico
O exame físico nada acrescenta, a não ser em casos de complicações, como hemorragia, estenose ou perfuração.
Úlcera PépticaDiagnóstico
Endoscopia Digestiva Alta
A endoscopia digestiva alta continua sendo o exame de eleição para o diagnóstico das lesões ulcerosas.
Úlcera PépticaDiagnóstico
Endoscopia Digestiva Alta
O aspecto endoscópico da úlcera depende do momento em que é observada, isto é, da fase em que se encontra de acordo com o ciclo vital descrito por Sakita.
Ciclo vital das úlceras pépticas (Sakita, 1973)
Úlcera Péptica
A – activeH – healingS - scar
Úlcera Péptica
A principal f inalidade do exame endoscópico da úlcera gástrica é a diferenciação entre lesões ulceradas benignas e malignas, uma vez que estas podem mimetizar benignidade ao exame macroscópico em 20% dos casos.
Úlcera PépticaDiagnóstico
Exame radiológico contrastado: útil para o diagnóstico da doença ulcerosa, porém menos preciso.
Tem como desvantagem a necessidade de realizar exames endoscópicos complementares para confirmação diagnóstica por meio de biópsias de lesões suspeitas. Dessa forma é indicado apenas em situações em que o exame endoscópico não está disponível
Úlcera Péptica
Diagnóstico dos fatores etiológicos
Helicobacter pylori
Os testes para diagnosticar infecção pelo H. pylori são importantes em pacientes com doença ulcerosa péptica. Exames negativos mudam a estratégia diagnóstica para outras causas de úlcera (uso de AINE, gastrinoma), dispensando a terapêutica antibiótica.
Os métodos para o diagnósticos do H. pylori podem ser divididos em invasivos e não invasivos.
O PROBLEMA DIMINUI SE...
Úlcera Péptica
Esse número diminui se os exames forem realizados um pouco mais tarde (seis a oito semanas).
No Brasil, o 2º Consenso Brasileiro sobre Helicobacter Pylori recomenda o controle somente dois meses após o término da terapia em todos os casos de UG, UD e linfoma MALT de baixo grau.
Úlcera Péptica
Tratamento
O tratamento da úlcera péptica, seja ela gástrica ou duodenal, tem como finalidade o alívio dos sintomas, a cicatrização das lesões e a prevenção das recidivas e complicações.
Úlcera Péptica
Tratamento
É necessário explicar ao paciente a natureza de sua doença: a relação médico-paciente é fundamental, inclusive do ponto de vista emocional, o que evita que o paciente receba tranqüilizantes ou psicoterapia especializada.
Úlcera Péptica
Tratamento
As drogas que promovem a cicatrização da úlcera agem por dois mecanismos: fortalecendo os componentes que mantém a integridade da mucosa gastroduodenal (pró-secretores) e diminuindo a ação cloridropéptica (anti-secretores).
Úlcera Péptica
TratamentoOs pós secretores agem fundamentalmente no
estímulo de fatores responsáveis por manter a integridade da mucosa, como o muco, bicarbonato e os fatores surfactantes, além de favorecer a replicação celular e o fluxo sanguíneo da mucosa. Entre os pró-secretores, estão antiácidos, sucralfato, sais de bismuto coloidal e prostaglandinas, que de modo geral, são pouco utilizados e os anti-secretores são os medicamentos de escolha para a cicatrização da úlcera.
Úlcera Péptica
Tratamento
Dois grupos são atualmente utilizados: os bloqueadores H2 e os inibidores da bomba de prótons (IBP).
Úlcera Péptica
TratamentoCimetidina Ranitidina Famotidina Nizatidina
800mg 300mg 40mg 300mg
Dose única matinal ou noturnaMais freqüentemente dividida em duas doses
Úlcera Péptica
Tratamento
Atualmente, no Brasil, os representantes desse grupo são o omeprazol, rabeprazol e esomeprazol, igualmente eficazes, que permitem índices de cicatrização em torno de 70% após duas semanas de tratamento e, entre 92 a 100%, após quatro semanas.
Úlcera Péptica
Tratamento
Se os resultados em percentual de cicatrização são muito bons com os bloqueadores H2, são ainda melhores com os IBP.
HEMORRAGIA PERFURAÇÃO ESTENOSE
Úlcera Péptica
Complicações
Úlcera Péptica
A doença ulcerosa péptica representa a causa mais comum de hemorragia digestiva alta, responsável por aproximadamente 50% dos casos, em sua maioria associados às úlceras duodenais e com taxas de mortalidade que variam de 5% a 10%.
Úlcera PépticaO sangramento é a complicação mais freqüente da doença ulcerosa péptica - sua ocorrência gira em torno de 15% a 20% dos casos
HEMORRAGIA -DIAGNÓSTICO
EXAME CLINICO
ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA
Úlcera Péptica
QUADRO CLINICO:
Palidez, Sudorese Hipotensão postural Hematemese Melena
Úlcera PépticaHEMORRAGIA
Tratamento
Clinico Endoscópico Cirurgico
Úlcera PépticaHEMORRAGIA
Tratamento clinico da hemorragia
Suporte hemodinâmico Suporte ventilatório Medicamentos (anti ácidos e bloqueadores de
bomba em dose plena)
Úlcera Péptica
Tratamento Endoscópico da Hemorragia
Hemostasia
Escleroterapia Aplicação de Argônio Clips Hemostaticos
Úlcera Péptica
HEMORRAGIA
TRATAMENTO CIRURGICO
RAFIA OU GASTRECTOMIA SEGMENTAR
Úlcera Péptica
PERFURAÇÃO
Quadro Clinico
Dor Epigastrica intensa Toxemia Abdomen agudo (abdomen em tabua)
Úlcera Péptica
PERFURAÇÃO-DIAGNÓSTICO
QUADRO CLINICO
RADIOLOGIA
ENDOSCOPIA
Úlcera Péptica
TRATAMENTO
CIRURGICO
RAFIA OU CIRURGIA ?
Úlcera Péptica
ESTENOSE ESTENOSE ANTRO DUODENAL
ULCERA CRÔNICA INTRATABILIDADE
Úlcera Péptica
ESTENOSE-DIAGNÓSTICO QUADRO CLINICO (VÔMITOS DE
ESTASE,EPIGASTRALGIA, PERDA DE PESO)
RX CONTRASTADO(SINAIS DE ESTASE E ESTENOSE)
ENDOSCOPIA (ESTENOSE)
Úlcera Péptica
TRATAMENTO
ENDOSCÓPICO ( DILATAÇÃO)
CIRÚRGICO (GASTRECTOMIAS COM RECONSTRUÇÃO DO TRANSITO)
Úlcera Péptica
Billroth I
Figura: Skandalakis' Surgical Anatomy, 2006.
Billroth I
Vantagens:
- Preservação da passagem pelo duodeno - Mantém a função do EEI - Evita a gastrite alcalina - Não causa sind. da alça aferente
Figuras: Mastery of Surgery, 2007.
Billroth II
Figuras: Skandalakis' Surgical Anatomy, 2006.
Billroth II
Vantagens: - Permite maior margem - Ressecções altas - “Duodeno difícil” - Menor índice de fístulas
Figuras: Atlas of Surgical Techniques for the Upper Gastrointestinal Tract and SmallBowel, 2010; Skandalakis' Surgical Anatomy, 2006; http://www.hopkins-gi.org.
Y-Roux
Figura: Skandalakis' Surgical Anatomy, 2006; http://www.hopkins-gi.org.
Vantagens: - Similar B2 - Evita gastrite alcalina - Evita Sind. Alça aferente
Y-Roux
Figuras: Skandalakis' Surgical Anatomy, 2006;Mastery of Surgery, 2007..
Obrigado!
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