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TROMBOEMBOLISMO PULMONAR
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
DEPARTAMENTO DE MEDICINA INTEGRADA
INTERNATO EM MEDICINA DE URGÊNCIA
Ddos. Rodolfo Alves e Vinicius Nunes
Introdução
• Definição• TEV: TVP x TEP• Quando pensar?• Fatores de risco• Quadro clínico • Diagnóstico• Tratamento• Profilaxia
Recomendações para o manejo da tromboembolia pulmonar, 2010. J Bras Pneumol. 2010;36(supl.1):S1-S68
Epidemiologia
• Incidência real subestimada• EUA– 100 / 100.000 habitantes (TEV)
• 1/3 TEP (12% - mortalidade no 1º mês)• 2/3 TVP (6% - mortalidade no 1º mês)
– Incidência (TEP) de 1 caso por 1.000 pessoas/ano – 200.000-300.000 hospitalizações por ano– Prevalência (TEP) varia de 3,4 – 14,8%
• Brasil– Prevalência (TEP) varia de 3,9 – 16,6%
Recomendações para o manejo da tromboembolia pulmonar, 2010. J Bras Pneumol. 2010;36(supl.1):S1-S68
Epidemiologia
• Não há consenso de prevalência entre os sexos• Prevalência e mortalidade estão diminuindo• Negros: taxa de mortalidade 50% maior• 3ª DCV mais comum• Principal complicação pulmonar aguda em
pacientes hospitalizados
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Etiologia
• “Tríade de Virchow”• 90 % dos êmbolos originam-se em veias
profundas dos membros inferiores– Íleo-femoral (50%)– Panturrilhas (principal causa de TVP íleo-femoral)– Pélvicas
• TVP membros superiores (subclávia)
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Fatores de risco
Fatores de risco
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Quadro clínico
• TEP pequeno a moderado – Isquemia de ácinos alveolares com liberação de mediadores
inflamatórios – serotonia– Broncoespasmo; atelectasias; hipoventilação; edema e
taquidispnéia• TEP moderado a grande– IVD sem sinais de choque
• TEP maciço– IVD + choque obstrutivo
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Quadro clínico
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Predileção clínica para TEP (escore de Wells)
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Exames de apoio diagnóstico
• Radiografia de tórax– Importante para diagnóstico diferencial– Cardiomegalia, atelectasias laminares, elevação
de cúpula diafragmática, derrame pleural, infiltrados alveolares
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Exames de apoio diagnóstico
Corcova de Hampton Westmark
Palla
Exames de apoio diagnóstico
• ECG– Importante para diagnóstico diferencial– Baixa sensibilidade– Sinais inespecíficos• Desvio de QRS para direita• Inversão de onda T em V1-V3• BRD total ou parcial• Padrão Qr em V1• Onda P pulmonale• Taquiarritmia atrial
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Exames de apoio diagnóstico
• Ecocardiograma– Diagnóstico diferencial– Baixa sensibilidade– Prognóstico– Estratificação de risco
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Exames de apoio diagnóstico• D-dímero– Produto da degradação da fibrina– Elevado em outras situações– Alta sensibilidade – Baixa especificidade– Quando negativo exclui o diagnóstico• Pacientes com baixa probabilidade (qualquer método)• Pacientes com intermediária probabilidade (ELISA)
– Pacientes com alta probabilidade não indicado
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Exames de confirmação
• USG-Doppler– Diagnóstico de TVP em membros inferiores
• Cintilografia pulmonar de ventilação-perfusão– Alto valor preditivo negativo e positivo– Falso-positivo– Resultado de alta probabilidade em pacientes
com alta probabilidade clínica confirmação
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Exames de confirmação
• Angio-TC– Alto VPP e VPN– Avaliação da aorta, parênquima pulmonar, espaço
pleural– Diagnósticos diferenciais– Permite confirmação
• Angio-RNM– Semelhante a TC– Ausência de radiação– Pode avaliar perfusão e fluxo em grandes vasos
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Exames de confirmação
• Angiografia pulmonar– Padrão-ouro– Invasivo– Baixa disponibilidade– Pacientes instáveis que podem se beneficiar de
embolectomia– Pacientes estáveis com exames inconclusivos ou
discordantes
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Diagnóstico diferencial
• IAM • Aneurisma de aorta
torácica• Pericardite aguda • Tamponamento
cardíaco• Pneumotórax • Pneumomediastino • Tumores torácicos
• Neuralgia intercostal• ICC descompensada• Asma aguda• Exacerbação de DPOC• PNM • TB pleuropulmonar• Bronquiectasias• Fratura de arcos costais
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Algoritmo diagnóstico (pacientes estáveis)
Algoritmo diagnóstico (pacientes estáveis)
Algoritmo diagnóstico (pacientes estáveis)
Recomendações para o manejo da tromboembolia pulmonar, 2010. J Bras Pneumol. 2010;36(supl.1):S1-S68
Anticoagulação na fase aguda
• TEP não maciço (estabilidade hemodinâmica) *– Enoxaparina (Clexane®): 1 mg/kg, a cada 12 h ou 1,5 mg/kg, a
cada 24 h– Nadroparina (Fraxiparina®): 90 UI/kg a cada 12 h ou 190 UI/kg a
cada 24 h– Dalteparina (Fragmin®): 120 UI/kg a cada 12 h ou 200 UI/kg a
cada 24 h– Fondaparinux: 5 mg/dia (< 50 kg); 7,5 mg/dia (50-100 kg) e 10
mg/dia (>100 kg)• Insuficiência renal grave; gestantes– HEPARINA NÃO-FRACIONADA (HNF)– HBPM + antifator Xa depois de 4 horas (0,35-0,70 UI/mL)
Anticoagulação na fase aguda
• TEP maciço (instabilidade hemodinâmica)– HFN: 80 UI/kg + 18 UI/kg/h, IV (ajustada a casa 6
horas para manter TTPa entre 1,5-2,3 vezes o controle)
Contraindicações relativas ao uso de anticoagulantes
Tratamento anticoagulante de longa duração
• Varfarina: 5-10 mg/dia, nos primeiros 3 dias (ajustar a dose para manter o INR 2,0-3,0).– Só deve ser começado após a confirmação diagnóstica – Tempo de sobreposição de no mínimo 5 dias– Suspender heparina tão logo o controle de anticoagulação tenha atingido níveis
terapêuticos• HPBM */Etexilato de dabigatrana *
Uso de trombolíticos
• TEP maciço e/ou instabilidade hemodinâmica• Ausência de contraindicações importantes para
anticoagulação– Estreptoquinase: 1.500.000 UI, IV, em 2 h* ou 250.000
UI em 30 minutos, seguido por 100.000 UI/h por 24 h– rtPa: 100 mg, IV, em 2 h*– Uroquinase: 4.400 UI/kg, IV, seguido por 2.200 UI/kg
por 12 h• Estabilidade hemodinâmica e disfunção ventricular
direita?Recomendações para o manejo da tromboembolia pulmonar, 2010. J Bras Pneumol. 2010;36(supl.1):S1-S68
Contraindicações para o uso de trombolíticos
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Embolectomia
• Pacientes com TEP grave, instabilidade hemodinâmica e contraindicação para ou refratários à terapia trombolítica.
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Uso de filtro de veia cava
• Contraindicação ou complicação relacionda ao uso de anticoagulantes
• Recorrência apesar de terapia anticoagulante• TVP proximal com alto risco temporário para TEP• Contraindicação temporária à anticoagulação• Pré-operatório de pacientes candidatos a cirurgia e
acometidos por eventos trombóticos nos últios 30 dias, para os quais a anticoagulação precisa ser removida
• Complicações– Trombose do sítio de punção;recorrência da TVP; síndrome pós-
trombótica tardia e oclusão da veia cava inferior
Recomendações para o manejo da tromboembolia pulmonar, 2010. J Bras Pneumol. 2010;36(supl.1):S1-S68
Algoritmo diagnóstico (pacientes instáveis)
Algoritmo diagnóstico (pacientes instáveis)
Fatores prognósticos
Profilaxia primária
Pacientes clínicos
Pacientes cirúrgicos
CONTRAINDICAÇÃO AO USO DE ANTICOAGULANTES?
TEP e gravidez (peculiaridades)• Valores normais de dímeros D têm o mesmo valor para excluir TEP• Confirmação diagnóstica quandos os achados ecográficos são compatíveis
com TVP em pacientes de alta probabilidade• Na ausência de um diagnóstico objetivo de TVP, a cintilografia pulmonar
perfusional ou a angio-TC de tórax deve ser realizada para confirmar ou excluir a presença de TEP
• O tratamento segue os mesmos princípios gerais• Os cumarínicos ultrapassam a barreira placentária e não devem ser
usados, sobretudo no primeiro trimestre da gravidez, pelo risco de teratogenicidade, devendo ser iniciados no pós-parto imediato
• Se disponível, a monitorização do fator anti-Xa deve ser periodicamente realizada, com alvo terapêutico de 0,35-0,70 UI/mL, determinada 4 h após a dose s.c.
• As heparinas s.c. devem ser suspensas pelo menos 24 h antes do parto induzido ou cesariana.
Recomendações para o manejo da tromboembolia pulmonar, 2010. J Bras Pneumol. 2010;36(supl.1):S1-S68
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