toda a literatura

Post on 18-Aug-2015

26 Views

Category:

Education

3 Downloads

Preview:

Click to see full reader

TRANSCRIPT

TODAS AS ESCOLAS

LITERÁRIAS

PROFº WELLINGTON SOARES

LITERATURA

Eras literárias = conjunto de escolas

Era medieval – Trovadorismo (séc. XII ao XIV) – Humanismo (séc. XV e início XVI)

Era clássica – Classicismo (séc. XVI) – Maneirismo (séc. XVI)

– Barroco (séc. XVII) – Neoclassicismo - Arcadismo(séc. XVIII)

Era romântica – Romantismo (séc. XIX) – Realismo / Naturalismo / Parnasianismo – Simbolismo – Modernismo

Trovadorismo1189-1434

Humanismo1418/1434-1527

Classicismo1527-1580

Cantigas de AmigoCantigas de AmorCantigas de MaldizerCantigas de Escárnio

Poesia PalacianaCancioneiro Geral de Garcia de Resende (1516)

Esparsas – medida velhaSonetos italiano – medida nova

Novelas de Cavalaria:Ciclo BretãoCiclo CarolíngeoCiclo Clássico

Fernão LopesCrônicas históricas

Os Lusíadas de Camões

D. DinisMartim CodaxPaio Soares de Taiveirós

Gil VicenteTeatro

CamõesPoesia – Lírica e ÉpicaTeatroSá de Miranda

AS PRIMEIRAS ESCOLAS LITERÁRIAS:

• Crônicas de Viagens• Textos descritivos e

informativos• Conquista material e espiritual• Linguagem simples• Utilização de adjetivos• Objetivo de informar sobre a

terra recém descoberta.

• Trabalho catequético• aculturação indígena• poesias de fundamentações

religiosas• intelectual despojada, vocabulário

fácil, simples e ingênuo• Teatro catequizador• peças estão sendo escritas em

medida velha;• utilizava o latim, português e tupi. A CARTA DO

DESCOBRIMENTOPERO VAZ DE CAMINHA TEATRO CATEQUÉTICO

PADRE JOSÉ DE ANCHIETA

1500 - 1601

MANEIRISMOManeirismo foi o período de transição entre o Renascimento e o Barroco, 1520 a 1600, coloca o teocentrismo medieval em oposição ao antropocentrismo renascentista, sem buscar qualquer coesão entre as duas partes.

CARACTERÍSTICAS DO BARROCO• Dualismo: teocentrismo x antropocentrismo/ espírito x matéria/claro x escuro;• Sinuosidade labiríntica: obscuridade/complexidade/hermetismo/neologismo;• Dinamismo, movimento e drama: exageros de expressões e gestos;• Ornamentalismo: adjetivação excessiva/ (figuração abundante)

✓ antítese, parodoxo e oxímoro ✓ hipérbato (inversão), quiasmo, gradação, hipérbole ✓ aliteração e assonância ✓ sinestesia, metáfora e alegoria

• Cultismo: linguagem culta, rebuscada, ligado à forma, jogo de palavras, com influência do poeta espanhol Luís de Gôngora,

• Conceptismo : jogo de ideias, ligado ao conteúdo, raciocínio lógico, com influência do espanhol Quevedo.

BARROCOComeça a partir do ano de 1600 e buscava uma SÍNTESE que fundisse um mundo de CONTROVERSÕES.

A Jesus Cristo Nosso Senhor

Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado,Da vossa piedade me despido,Porque quanto mais tenho delinqüido,Vos tenho a perdoar mais empenhado.

Se basta a vos irar tanto um pecado,A abrandar-nos sobeja um só gemido,Que a mesma culpa, que vos há ofendido,Vos tem para o perdão lisonjeado.

Se uma ovelha perdida, e já cobradaGlória tal, e prazer tão repentinovos deu, como afirmais na Sacra História:

Eu sou, Senhor, a ovelha desgarradaCobrai-a, e não queirais, Pastor divino,Perder na vossa ovelha a vossa glória Gregório de Matos

A SÁTIRA MALDIZENTEDO BOCA DO INFERNO

A UMA FREIRA QUE, SATIRIZANDO A DELGADA FISIONOMIA DO POETA, LHE CHAMOU PICA-FLOR

Se pica-flor me chamais,Pica-flor aceito ser,Mas resta agora saberSe no nome que me daisMeteis a flor que guardaisNo passarinho melhor!Se me dais este favor,Sendo só de mim o picaE o mais vosso, claro ficaQue fico então pica-flor.

NEOCLASSICISMO/ARCADISMO – SÉC. XVIIIO século XVIII possui uma nova configuração:O Iluminismo desponta como Filosofia predominanteO racionalismo, através do enciclopedismo, ganha importânciaA filosofia centra suas pesquisas no homemO absolutismo perde poder político/ surge o Despotismo esclarecido A burguesia está cada vez mais forte Nasce o sentimento bucólico/mito do bom selvagem - Rousseau.

O Arcadismo, Setecentismo ou Neoclacissismo, é o movimento que compreende a produção artística do século XVIII. O nome faz referência à Arcádia, região do sul da Grécia que, por sua vez, foi nomeada em referência ao semideus Arcas (filho de Zeus e Calisto). Denota-se, logo, as referências à mitologia grega que perpassa o movimento.

XLIEnfim, tens coração de ver-me aflita,Flutuar moribunda entre estas ondas;Nem o passado amor teu peito incitaA um ai somente com que aos meus respondas!Bárbaro, se esta fé teu peito irrita,(Disse, vendo-o fugir), ah não te escondas! Dispara sobre mim teu cruel raio..."E indo a dizer o mais, cai num desmaio.XLIIPerde o lume dos olhos, pasma e treme,Pálida a cor, o aspecto moribundo;Com mão já sem vigor, soltando o leme,

Entre as salsas escumas desce ao fundo.Mas na onda do mar, que irado freme,Tornando a aparecer desde o profundo,- Ah! Diogo cruel! - disse com mágoa,E, sem mais vista ser, sorveu-se n’água.

Trecho do poema épico, CARAMURU, de Santa Rita Durão, em que é narrada a morte da índia Moema, uma das mais belas cenas já descritas na literatura brasileira:

Frei José de Santa Rita Durão nasceu em Cata-Preta, nas proximidades de Mariana em Minas Gerais. Ingressa na Ordem de Santo Agostinho, em Portugal, e lá permanece até sua morte em 1784.

• Recusa do modelo clássico/ libertação às regras exigidas pelo modelo clássico;

• Arte representa os anseios da sociedade em ascensão, a burguesia;

• Arte é produto da individualidade e da liberdade do artista;

• Estado de inconformidade com as normas sociais vigentes;

• Subjetivismo extremo e piegas;

• Sentimentalismo exacerbado/ egocentrismo/ subjetivismo;

• Idealização do amor, da mulher e da pátria/ amor remissivo

• Evasão/ escapismo/ fuga da realidade/ desejo de morte

• Morbidez/ apreciação pelo gótico, pelo fúnebre e pelo macabro;

• Surgimento de um novo público leitor: o estudante e a mulher;

• Desenvolveu-se na poesia, prosa, teatro, música e artes plásticas;

ROMANTISMO – SÉC. XIX – 1ª METADE

AS GERAÇÕES ROMÂNTICAS BRASILEIRAS - poesia

Primeira Geração – geração nacionalista ou indianista (1836) • exaltação da natureza, volta ao passado histórico, medievalismo, criação

do herói nacional na figura do índio, Patriotismo, telurismo, sentimentalismo, religiosidade.

Gonçalves Dias, Gonçalves de Magalhães e Araújo Porto Alegre.

Segunda Geração – “Mal do século” ou Byroniana (1852)• egocentrismo, negativismo boêmio, pessimismo, dúvida,

desilusãoadolescente, tédio constante, exaltação da morte.

Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu, Junqueira Freire e Fagundes Varela.

Terceira geração – geração condoreira ou hugoana (1871)• poesia social e libertária, reflete as lutas internas da Segunda metade do

reinado de D. Pedro II.• Poesia contra a escravidão e outras mazelas sociais.

Castro Alves, seguido por Tobias Barreto e Sousândrade.

Destacaram-se

JOSÉ DE ALENCAR BERNARDO GUIMARÃES MANUEL A. DE ALMEIDAVISCONDE DE TAUNAY

“Então nunca amou a outra?— Eu lhe juro, Aurélia. Estes lábios nunca tocaram a face de outra mulher, que não fosse minha mãe. O meu primeiro beijo de amor, guardei-o para minha esposa, para ti...Soerguendo-se para alcançar-lhe a face, não viu Seixas a súbita mutação que se havia operado na fisionomia de sua noiva.Aurélia estava lívida, e a sua beleza, radiante há pouco, se marmorizara. Ou para outra mais rica!... disse ela retraindo-se para fugir ao beijo do marido, e afastando-o com a ponta dos dedos. A voz da moça tomara o timbre cristalino, eco da rispidez e aspereza do sentimento que lhe sublevava o seio, e que parecia ringir-lhe nos lábios como aço.— Aurélia! Que significa isto?— Representamos uma comédia, na qual ambos desempenhamos o nosso papel com perícia consumada. Podemos ter este orgulho, que os melhores atores não nos excederiam. Mas é tempo de pôr termo a esta cruel mistificação, com que nos estamos escarnecendo mutuamente, senhor. Entremos na realidade por mais triste que ela seja; e resigne-se cada um ao que é, eu, uma mulher traída; o senhor, um homem vendido.— Vendido! Exclamou Seixas ferido dentro d’alma.”

ALENCAR, J. de. Senhora. In: José de Alencar: ficção completa e outros escritos. 3. ed. Rio de Janeiro: Aguilar, 1965, v. 1, p. 714.

REALISMO/NATURALISMO – SÉC XIX- 2ª METADE

Na literatura brasileira o realismo manifestou-se principalmente na prosa.Os romances realistas tornaram-se instrumentos de crítica ao comportamento burguês e às instituições sociais. Muitos escritores românticos começaram a entrar para a literatura realista. O marco inicial do movimento no Brasil é a publicação do livro Memórias Póstumas de Brás Cubas de Machado de Assis, em 1881. Nesta obra, o escritor fluminense faz duras críticas à sociedade da época.

- Realismo

- NaturalismoO movimento chegou ao Brasil no final do século XIX. Os escritores brasileiros abordaram a realidade social brasileira, destacando a vida nos cortiços, o preconceito, a diferenciação social, entre outros temas.

O principal representante do naturalismo na literatura brasileira foi Aluísio de Azevedo. Suas principais obras foram: O Mulato, Casa de Pensão e O Cortiço. Outros escritores brasileiros que merecem destaque: Adolfo Caminha, Inglês de Souza e Raul Pompéia.

- Revolução Científica: Determinismo/ Evolucionismo/ Fisiologismo/ Positivismo/Socialismo científico/ Crescimento do proletariado/ surgimento dos cortiços

Características do Realismo brasileiro: Machado de Assis

1. Personagens: Foco na burguesia, classe dominante; Procura desmascarar o “jogo” das relações sociais; Enfatiza o contraste entre aparência x essência; Mostra-nos de maneira impiedosa a vaidade, a futilidade, a hipocrisia que predominava na sociedade de seu tempo.

2. Processo Narrativo: Há pouca ação, poucos fatos; Os personagens são esféricos à apresentam complexidade psicológica; Apresenta digressões à ordem cronológica interrompida; Conversa, dialoga com o leitor, faz reflexão, aguça o leitor.

3. Pessimismo: Hipocrisia social; Imperfeição da humanidade; Mostra que as causas nobres sempre ocultam interesses impuros.

4. Linguagem: Frases curtas, incisivas; Humor e ironias surtis, sugestivas; Apresenta metalinguagem; Faz intertextualidade com obras consagradas; Perfeição gramatical.

5. Perfil Feminino: Mulheres racionais, fortes, dominadoras, sensuais, “dissimuladas”, ambíguas, astuciosas, pragmáticas e principalmente adúlteras.

6. Estrutura da obra: capítulos curtos, uso de paráfrases, títulos que sintetizam os capítulos, capítulos vazios ou com poucas palavras; discurso indireto.

Características do Naturalismo - O mundo pode ser explicado através das forças da natureza; - O ser humano está condicionado às suas características biológicas (hereditariedade) e ao meio social em que vive; - Forte influência do evolucionismo de Charles Darwin; - A realidade é mostrada através de uma forma científica (influência do positivismo); - Nas artes plásticas, por exemplo, os pintores enfatizam cenas do mundo real em suas obras. Pintavam aquilo que observavam; - Na literatura, ocorre muito o uso de descrições de ambientes e de pessoas; - Ainda na literatura, a linguagem é coloquial; - Os principais temas abordados nas obras literárias naturalistas são: desejos humanos, instintos, loucura, violência, traição, miséria, exploração social, etc.

Pombinha assentou-se, constrangida, no rebordo da cama e, toda perplexa, com vontade de afastar-se, mas sem ânimo de protestar, por acanhamento, tentou reatar o fio da conversa, que elas sustentavam um pouco antes, à mesa, em presença de Dona Isabel. Léonie fingia prestar-lhe atenção e nada mais fazia do que afagar-lhe a cintura, as coxas e o colo. ...– Não! Para quê!... Não quero despir-me...– Mas faz tanto calor... Põe-te a gosto...– Estou bem assim. Não quero!– Que tolice a tua...! Não vês que sou mulher, tolinha?... De que tens medo?... Olha! Vou dar exemplo!E, num relance, desfez-se da roupa, e prosseguiu na campanha.A menina, vendo-se descomposta, cruzou os braços sobre o seio, vermelha de pudor.– Deixa! segredou-lhe a outra, com os olhos envesgados, a pupila trêmula.E, apesar dos protestos, das súplicas e até das lágrimas da infeliz, arrancou-lhe a última vestimenta, e precipitou-se contra ela, a beijar-lhe todo o corpo, a empolgar-lhe com os lábios o róseo bico do peito.– Oh! Oh! Deixa disso! Deixa disso! reclamava Pombinha estorcendo-se em cócegas, e deixando ver preciosidades de nudez fresca e virginal, que enlouqueciam a prostituta.– Que mal faz?... Estamos brincando...

Simbolismo Surgimento: França, década de 1880

• Reação subjetiva ao descritivismo parnasiano;• Transcedência/Sublimação, elevação do espírito, viagem

ao consciente e ao subconsciente;• Diafaneidade, transparência, nebulosidade;• Sugestão por meio de símbolos e metáforas e sinestesia;• Musicalidade, aliterações, assonâncias, ecos;• Mistério, espiritualismo e misticismo;• Domínio do vago, do obscuro, do místico, do gótico;• Alusões a elementos de rituais religiosos (incenso,

altares, cânticos, anjos, salmos...etc)• Linguagem hermética e vocabulário litúrgico; • Loucura vista como estado de inocência, representada

repetidamente pela cor branca ou por alusões à lua;

Antífona

Ó Formas alvas, brancas, Formas claras De luares, de neves, de neblinas! Ó Formas vagas, fluidas, cristalinas... Incensos dos turíbulos das aras

Formas do Amor, constelarmante puras,

De Virgens e de Santas vaporosas... Brilhos errantes, mádidas frescuras E dolências de lírios e de rosas ...

Indefiníveis músicas supremas, Harmonias da Cor e do Perfume... Horas do Ocaso, trêmulas, extremas, Réquiem do Sol que a Dor da Luz resume...

Visões, salmos e cânticos serenos, Surdinas de órgãos flébeis, soluçantes... Dormências de volúpicos venenos Sutis e suaves, mórbidos, radiantes...

1902 1922SAMRomantismo

Realismo

Naturalismo

Parnasianismo

Simbolismo

PRÉ-MODERNISMO

Pré-modernismo

•Não é Escola literária

•Período sincrético/ fase de transição

•É momento literário:

Publicar entre 1902-1922

Não pertencer a nenhuma Escola

Isso já bastava, mas esses autores possuem ainda mais uma semelhança:

Realizaram uma revisão do Brasil, cada um de um modo específico.

Augusto dos Anjos foi um importante poeta brasileiro, deixou sua marca na literatura pelas inovações temáticas e de estilo.

VERSOS ÍNTIMOS

Vês! Ninguém assistiu ao formidávelEnterro de tua última quimera.Somente a Ingratidão - esta pantera -Foi tua companheira inseparável!

Acostuma-te à lama que te espera!O Homem, que, nesta terra miserável,Mora, entre feras, sente inevitávelNecessidade de também ser fera.

Toma um fósforo. Acende teu cigarro!O beijo, amigo, é a véspera do escarro,A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Se a alguém causa inda pena a tua chaga,Apedreja essa mão vil que te afaga,Escarra nessa boca que te beija!

• Morte dos sonhos • Solidão• Pessimismo• Religiosidade• Morbidez• Enjamberment• Linguagem

virulenta• Vocabulário

científico• Forma clássica

1ª Geração 3045

Negação formal

Crítica e análise social

Subjetividade

Ironia (Deboche)

Concreto

Liberdade formal

Crítica e análise social

Subjetividade sóbria

Posturas varidas

Resgate do Metafísico

Preocupação formal

Crítica e análise social

Objetividade

Descrição

Concreto

Gerações do Modernismo no Brasil

PRIMEIRA FASE MODERNISTA (1922-1930)

INÍCIO: Semana da Arte ModernaFIM: Revolução de trinta e tomada de poder por Getúlio Vargas.

FATOS HISTÓRICOS· Fim das oligarquias rurais e da política café com leite· Revolução de 1930 (Getúlio no poder)

REVISTAS: Klaxon e Antropofagia

MANIFESTOS: Poesia Pau-Brasil, Verde Amarelista e Regionalista de 1926.

CARACTERÍSTICAS GERAIS:

• Forma e conteúdo: liberdade total da forma e do conteúdo

• Poemas-piada: sátira aos costumes passadista e às velhas escolas literárias

• Paródia e literatura popular: sátira de obras sérias do passado

• Verso livre e linguagem coloquial: literatura próxima da fala popular

• Rompimento com o passado: procura do moderno, do original, do polêmico

• Nacionalismo: crítico (denúncia da realidade) e ufanista (Verde-Amarelista)

PRINCIPAIS AUTORES

· MÁRIO DE ANDRADE: linguagem coloquial / folclore / Macunaíma (anti-herói)

· OSWALD DE ANDRADE: nacionalismo crítico / paródia / linguagem coloquial / valorização do cotidiano / poema-pílula / capítulos curtos.

· MANUEL BANDEIRA: Libertinagem (liberdade de conteúdo e de forma) / temas autobiográficos (infância, família, morte, cotidiano, humor, ceticismo, ironia, idealização de um mundo melhor).

SEGUNDA FASE MODERNISTA (1930-1945)

FATOS HISTÓRICOS

· Brasil: Ditadura do Getúlio Vargas· Mundo: depressão econômica / nazismo / Segunda Guerra Mundial

A) POESIA

· PREOCUPAÇÃO SOCIAL: necessidade de compreender o mundo transformado pela guerra.· LINGUAGEM: versos livres e brancos, mas o poeta pode ser formal.· POESIA INTIMISTA: questão espiritual ou reflexão amorosa.

PRINCIPAIS AUTORES

· CARLOS DUMMOND DE ANDRADE: representação do cotidiano / nega toda forma de fuga à realidade / cético / presente (solução: união e trabalho coletivo)

· CECÍLIA MEIRELES: inspiração neo-simbolista (Revista “Festa”) / intimismo / sonho / solidão / tempo (transitoriedade) / linguagem simbólica / sinestesia / musicalidade.

· VINÍCIUS DE MORAES: neo-simbolista / renovação caótica da década de 30 / tom religioso / sensualismo erótico (prazer da carne X formação religiosa) / valorização do presente / felicidade X infelicidade / inspiração poética: tristeza.

Quando nasci, um anjo tortodesses que vivem na sombradisse: Vai, Carlos! ser gauche na vida. As casas espiam os homensque correm atrás de mulheres.A tarde talvez fosse azul,não houvesse tantos desejos.

Mundo mundo vasto mundo,se eu me chamasse Raimundoseria uma rima, não seria uma solução.Mundo mundo vasto mundo,mais vasto é meu coração. Eu não devia te dizermas essa luamas esse conhaquebotam a gente comovido como o diabo.

O homem atrás do bigodeé sério, simples e forte.Quase não conversa.Tem poucos, raros amigoso homem atrás dos óculos e do bigode. Meu Deus, por que me abandonastese sabias que eu não era Deusse sabias que eu era fraco.

O bonde passa cheio de pernas:pernas brancas pretas amarelas.Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração.Porém meus olhosnão perguntam nada.

Poema de sete faces

AUTORES OBRA PRINCIPAL REGIÃO/ASSUNTO

José Américo de Almeida A bagaceira Sertão nordestino / seca

Rachel de Queiroz O Quinze Sertão nordestino / seca

Graciliano Ramos Vidas secas Sertão nordestino / seca

José Lins do Rego Fogo morto Sertão nordestino / engenho e cangaço

Jorge amado Gabriela, cravo e canela Sertão e litoral baiano / cacau, religião e amor

Érico Veríssimo O tempo e o vento Pampa gaúcho e cidade / colonização, história e dramas urbanos

Cornélio Pena Fronteira Zona Rural Mineira /introspecção

Dionélio Machado Os ratos Cidade gaúcha / dramas urbanos

Octávio de Faria Tragédia burguesa Rio de Janeiro / análise social

Cyro dos Anjos O amanuense Belmiro Zona urbana mineira / análise social

Marques Rabelo A estrela sobe Rio de Janeiro / análise social.

QUADRO GERAL DO AUTORES REGIONALISTAS DOS ANOS 30

B) O ROMANCE DE 30

· REALISMO CRÍTICO: critica-se para denunciar uma questão social e, assim, chegar a uma solução· SITUAÇÃO DOS PROLETARIADOS RURAIS: presença do homem do sertão.· LINGUAGEM PRÓXIMA DA FALA: reprodução da fala regional.

QUADRO GERAL DO AUTORES REGIONALISTAS DOS ANOS 30

TERCEIRA FASE MODERNISTA (1945-1960)

A) POESIA

· RIGOR DA FORMA: neoparnasianismo (perfeição verbal)

· OBJETIVOS POÉTICOS : estética formalista, poesia participante, tensões sociais.

· POEMA-PIADA: vulgaridade, exagero.

· PARTICIPAÇÃO SOCIAL

PRINCIPAIS AUTORES

1- JOÃO CABRAL DE MELO NETO: “poeta de simetrias” / objetividade / tendência surrealista / temática: a) Nordeste e seu povo; b) Espanha e suas paisagens.

2- FERREIRA GULLAR: poesia participante (problemas sociais)

B) CONCRETISMO (VANGUARDA POÉTICA)

· AUTORES INFLUENCIADORES: Oswald de Andrade (poemas radicais) e João Cabral de Melo Neto (linguagem econômica e objetiva)

· ROMPIMENTO COM O DISCURSO TRADICIONAL· DESINTEGRAÇÃO COM O VERSO: verbal (aspecto sintático e semântico) / oral (aspecto sonoro) / visual (aspecto gráfico)

PRINCIPAIS AUTORES· DÉCIO PIGNATARI· IRMÃOS AROLDO DE CAMPOS E AUGUSTO DE CAMPOS

C) FICÇÃO PÓS-MODERNISTA

· NARRATIVAS INTERIORIZADAS: fluxo da consciência.

· UTILIZAÇÃO DA PRIMEIRA PESSOA: narrador é a pessoa que confessa e o leitor é confidente.

· APROXIMAÇÃO DA PROSA COM A POESIA: lirismo na prosa (ritmo, rima, aliterações, neologismo, etc.)

PRINCIPAIS AUTORES

· CLARICE LISPECTOR: “Perto do coração selvagem” (1943) / interiorização do ser humano / revalorização das palavras (entrelinhas)

· GUIMARÃES ROSA: Sagarana (1946) e Grande sertão veredas (1956) / revalorização da linguagem (neologismo) / universalização do regional / particularidades da fala sertaneja.

Guimarães Rosa – Características da Obra

top related