tipos de cardioplegia biom. perfusionista: cibele c. sperone

Post on 17-Apr-2015

142 Views

Category:

Documents

12 Downloads

Preview:

Click to see full reader

TRANSCRIPT

TIPOS DE CARDIOPLEGIA

TIPOS DE CARDIOPLEGIA

Biom. Perfusionista: Cibele C. SperoneBiom. Perfusionista: Cibele C. Sperone

O que é?O que é?

Solução química contendo concentrações hiperpotássicas, parando o coração,

interrompendo as atividades eletromecânica, sem desgaste de energia

armazenada no miocárdio

Principais requisitosPrincipais requisitos

Produzir parada eletromecânica imediata

Reduzir o metabolismo cardíaco

Proteger a membrana celular

Distribuir os componentes químicos o suficiente para produzir o seu efeito desejado

Ter o seu efeito prolongado pelo tempo que durar o clampeamente aórtico

Tipos de cardioplegiaTipos de cardioplegia

Cardioplegia cristalóide

Cardioplegia cristalóide sanguínea

Cardioplegia sanguínea

Cardioplegia cristalóideCardioplegia cristalóide

Solução cardioplégica St. Thomas

Preparo da solução

Fatores importantes temperatura volume fluxo e pressão de infusão

Dose cardioplégica indução manutenção

• Dose cardioplégica indução 20 a 30ml / Kg manutenção 10 a 20ml / Kg

• Solução - St.Thomas indução 2ml : 100ml manutenção 1ml : 100ml

Repetir a solução cardioplégica a cada 15 - 20 minutos

Composição St.Thomas Composição St.Thomas

Componentes Concentração(mEq/l)

Cloreto de sódio 110,0

Cloreto de potássio 16,0

Cloreto de magnésio 32,0

Cloreto de cálcio 2,4

Bicarbonato de sódio 10,0

Solução final: pH 7,8 e osmolaridade 320 mosm/kg H2O

Potássio – a hiperpotassemia extracelular causa uma assistolia prolongada pela despolarização das membranas

celulares que se mantém enquanto a concentração de potássio extra permanecer elevada

Magnésio – modula o desenvolvimento da tensão do miocárdio, competindo com o cálcio bloqueando a ação da

enzima de ATP, reduzindo a contratilidade do miocárdio

Composição Composição

Potássio e magnésio – induz a parada diastólica

Cálcio – responsável pela parada sistólica

Sódio – mantém a solução hipertônica evitando o edema miocárdico

Bicarbonato de sódio – ajusta o pH aos níveis aceitos pela hipotermia

Cardioplegia Cristalóide

Cardioplegia sanguíneaCardioplegia sanguínea

Perfusato - mais fisiológica

Temperatura Hipotermia normotermia

Solução 4:1

Dose cardioplégica indução 2 a 3 min

manutenção 1 a 2 min

Composição das soluções Composição das soluções

SOLUÇÃO DE INDUÇÃOSOLUÇÃO DE INDUÇÃO

Componentes Concentrações

Soro Glicosado à 5% 350 ml

Bicarbonato de Sódio 60 ml

Cloreto de Potássio 15 ml

ACD 30 ml

Aspartato de Sódio 13,5 ml

Glutamato de Sódio 13,5 ml

SOLUÇÃO DE MANUTENÇÃO SOLUÇÃO DE MANUTENÇÃO

Componentes Concentrações

Soro Glicosado à 5% 350 ml

Bicarbonato de Sódio 60 ml

Cloreto de Potássio 5 ml

ACD 30 ml

Aspartato de Sódio 13,5 ml

Glutamato de Sódio 13,5 ml

ACD - usado para reduzir o teor de cálcio do sangue

aminoácidos como Aspartato e Glutamato - melhoram a eficiência metabólica do miocárdio

Cardioplegia sanguínea 4:1

Tipos de induçãoTipos de indução

Normotérmica – contínua ou intermitente

Hipotérmica – temperatura de 4 a 7ºC

Prolonga o período de isquemia Melhor preservação devido à queda de consumo de O2 pelo

resfriamento do miocardio

Indução

Contínua – infusão contínua do sangue hiperpotássico mantendo a parada e preservando o metabolismo aeróbico

Intermitente – falta de visiabilidade do cirurgião no campo, devido ao excesso de doses cardioplégicas

DESVANTAGEM - hemodiluição a cada dose repetida

Vias de infusãoVias de infusão

Anterógrada

Retrógrada

Mista

Infusão

Anterógrada

raiz da aorta óstios coronarianos

Infusão

Retrógrada

seio coronariano do átrio direito percorrendo a circulação coronariana no sentido reverso,

sendo recolhida na raiz da aorta

pacientes em RM e portadores de lesões

nas artérias coronárias

Infusão

Mista

pacientes com regurgitação aórtico

com riscos de lesões coronarianas em troca de valva aórtica

tratamento de valva mitral, quando há distorção

da aorta

Monitorização pressóricaMonitorização pressórica

Catéter na aorta ou de dupla via de saída na cardioplegia

Pressão - 80 a 100mmHg na raiz da aorta

Acima de 150mmHg podem resultar em alterações da vasculatura miocárdica

No seio coronariano acima de 50mmHg pode desencadear hemorragia perivascular e edema

Cardioplegia infantilCardioplegia infantil

Cardioplegia cristalóide sanguínea

Hipotérmica – 4 a 7º C

Infusão em baixas pressões

Dose cardioplégica indução

manutenção

Solução de St.Thomas ou KCl

• Dose cardioplégica indução 20 a 30ml / Kg manutenção 10 a 20ml / Kg

• Solução com St.Thomas indução 2ml : 100ml manutenção 1ml : 100ml

• Solução com KCl indução 1ml : 100ml manutenção 0,7ml : 100ml

A via de administração habitualmente usada para as crianças é a via anterógrada, mediante a introdução de um catéter ou

pequena cânula, na raiz da aorta, para a infusão da solução

A administração pela via retrógrada é possível pela introdução de uma cânula especial com balonete, no orifício do seio coronário

Essa via apenas é usada em neonatos como complemento à via

retrógada (via combinada), na operação de Jatene, para manter a proteção do miocárdio enquanto se realiza o reimplante das

artérias coronárias

Cardioplegia Cristalóide infantil

Cardioplegia MirandaCardioplegia Miranda

Solução rica em hemoglobina oxigenada, potássio e xilocaína ( estabilização da membrana celular)

Interrupção imediata dos batimentos cardíacos

Evita hiperpotassemia e hemodiluição

Simplicidade no manuseio

Reperfusão é repetida a cada 20 minutos infundindo apenas o sangue da seringa sem a solução

Cardioplegia Miranda

Solução custodiol - HTK

Solução para perfusão e preservação de órgãos, durante o processo de transplante (coração, rim, pulmão, pâncreas e fígado) e para a

preservação do coração em cardioplegia durante a CEC

Histidina – Triptofano – Alfa-cetoglutarato

Frascos de 100 a 1000ml ou bolsas de 1000 a 5000ml

CUSTODIOL é perfundido como uma solução fria, de forma que os efeitos da hipotermia contribuem para diminuir o índice metabólico

(2 a 15º C)

Vantagens

Ótima conservação do órgão durante o armazenamento hipotérmico

Resfriamento rápido e homogêneo da cavidade devido à baixa viscosidade

Retorno superior das funções dos órgãos Alta capacidade de tamponamento Técnica de perfusão simplificada devido à excelente

visibilidade e baixa viscosidade Ausência de efeitos colaterais Múltiplos usos com eliminação de filtros e aditivos Excelente tolerância isquêmica

Benefícios - paciente

Tempo de parada diastólica maior

240 minutos com apenas uma perfusão

Eliminação de reperfusões durante o clampeamento

Excelente taxa de retorno do ritmo sinusal

Componentes

Ausência de efeitos colaterais / tóxicos

Nenhuma reação de hipersensibilidade foi reportada

Nenhuma interferência na reação plaquetária

Nenhum aumento na agregação hemática

Melhor nível de adesão leucocitária

Propriedades

TAMPÃO HISTIDINA, elevada capacidade de tamponamento do meio extracelular, levando a um

prolongado estado de tolerância isquêmica

TRIPTOFANO, proteção especial às membranas e inativação de radicais livres

ALFA-CETOGLUTARATO, substrato para produção de energia durante a indução da cardiplegia

na ressuscitação do coração

MANITOL, manutenção da osmolaridade, neutralizando o edema celular

BAIXA CONCENTRAÇÃO DE SÓDIO E CÁLCIO a nível intracelular que otimizam a inativação da função celularem decorrência da retirada do sódio e cálcio extracelular

BAIXA VISCOSIDADE, garantia de perfusãorápida e homogênea

do órgão a ser preservado

BAIXA CONCENTRAÇÃO DE KCl que minimiza o risco de arritmias

cardíacas após o procedimento e permite a liberação de

CUSTODIOL na circulação do paciente

Obrigada!Obrigada!

top related