Ética e saÚde

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ÉTICA E SAÚDEnupec.prof.raul@gmail.com

ÉTICA

Ética vem do grego ethos, significa

“modo de ser” ou “caráter” “morada”,

enquanto forma de vida adquirida ou

conquistada pelo homem.

VALORES

CONCEITOS E DIFERENÇAS

ÉTICA vem do grego ethos, que significaanalogamente “modo de ser” ou “caráter”enquanto forma de vida adquirida ouconquistada pelo homem.

MORAL costume, realização da ação –conjunto de regras, de condutas admitidasem determinadas épocas, consideradasabsolutamente válidas.

DIFERENÇA ENTRE

ÉTICA E MORAL

ÉTICA: Sua função é teórica. Pergunta: o

que é o bem, a justiça, a prudência, o

respeito, etc.

MORAL: É aquilo que acontece seu

caráter é histórico.

ÉTICA

A ética busca o bem+justiça+bem comum

- Teoria da felicidade.

- Teoria da vida bem sucedida.

Ação que vise políticas públicas

Ação que vise a benevolência

Ação que vise a não-maleficência

ÉTICA E MORAL

Existe diferença entre ética moral?

A função da ética é a mesma de toda a

teoria: explicar, esclarecer ou investigar

uma determinada realidade, elaborando

os conceitos correspondentes.

Ela busca o fundamento das normas

morais.

A moral é aquilo que acontece.

O QUE É ÉTICA E O QUE PRETENDE

“A ética é a cognição do bem em forma de teoria.A partir de sua forma teórica, ela se distingue dosethos praticado de fato” (HARTMANN, Klaus. Omundo da saúde . p. 290).

Ela deveria desenvolver aquilo que é compatívelou não com a dignidade do homem. Os requisitosnecessários de uma vida boa, e o que impõe“amor à distância” para as gerações futuras.

Quanto mais houver reflexão ética, quanto se“delibera” se reflete posturas éticas, tanto mais seabrirá a possibilidade da percepção e avaliaçãoda moralidade das ações. Isto contribuirá paraevitar a ambigüidade das ações.

POR QUE SOMOS MORAIS?

“A moral é um instrumento para acompensação de nossas limitadas simpatias”.

“Se nós só podemos estar bem numa relaçãoequilibrada de amor e se a relação equilibradade amor não é possível sem a atitude moral,então temos uma boas razões para nosentendermos moralmente”.

Quais as razões para nos comportarmosmoralmente? Estão no fato de noscompreendemos como membros de umacomunidade moral em geral – caso contrárioveríamos nossos semelhantes como simplesobjetos e não como sujeitos responsáveis oudignidade.

POR QUE FALAMOS TANTO EM

ÉTICA NA ATUALIDADE?

Não é por modismo, nem por

idealismo, mas por uma questão

de sobrevivência.

Os anseios que estão em jogo

são os da humanidade e podem

ser representados pelos

fundamentos ecumênicos:

BIOÉTICA

Definição: Estudo sistemático das dimensõesmorais – incluindo visão, decisão, conduta enormas – das ciências da vida e da saúde,utilizando uma variedade de metodologias éticasnum conteúdo interdisciplinar.

Nascer. Quando começa a vida? Conceito depessoa. Vulnerabilidade.

Viver. Dignidade de vida e busca de qualidade.

Final da vida. O que significa dignidade humanana fase final da vida? Vulnerabilidade.

BIOÉTICA

Nascer: aborto, reprodução assistida,

clonagem, pesquisas com células tronco, terapiagênica.

Viver: responsabilidade, precaução,

prudência

Final da vida: eutanásia,

distanásia, mistanásia e ortotanásia.

FINAL DA VIDA

EUTANÁSIA: morte provocada porsentimento de piedade à

pessoa que sofre. Ao invés de deixar a morte acontecer a

eutanasia age sobre a morte, antecipando-a. (Yoshikawa)

DISTANÁSIA: refere-se ao prolongamento do curso natural da

morte - e não da vida - por todos os meios existentes, apesar de

aquela ser inevitável, sem ponderar os benefícios ou prejuízos

(sofrimento) que podem advir ao paciente. (Prado)

MISTANÁSIA: Do grego mis, infeliz e thanatos morte. É traduzida

como a morte miserável, infeliz.

ORTOTANÁSIA:significa morte correta, ou seja, a morte pelo seu

processonatural. Neste caso o doente já está em processo natural

da morte e recebeuma contribuição do médico para que este

estado siga seu curso natural.

MISTANÁSIA

A também chamada de eutanásia social, não diz respeito

apenas à doentes em fase terminal, seu conceito é muito

mais amplo, envolvendo toda e qualquer pessoa que em

razão de acidentes ou problemas de saúde, tem uma morte

prematura devido a questões de desatenção humana a seu

próximo. Podemos citar alguns exemplos como o erro

médico, pobreza, falta de saneamento básico e maus

tratos.

Nada tem de boa, suave ou indolor. Dentro da categoria de mistanásia pode-se

focalizar três situações: primeiro, a grande massa de doentes e deficientes que, por

motivos políticos, sociais e econômicos, não chegam a ser pacientes, pois não

conseguem ingressar efetivamente no sistema de atendimento médico; Segundo, os

doentes que conseguem ser pacientes, para, em seguida, se tornar vítimas de erro

médico e, terceiro, os pacientes que acabam sendo vítimas da má-prática por

motivos econômicos, científicos ou sociopolíticos. A mistanásia é uma categoria que

nos permite levar a sério o fenômeno da maldade humana. (MARTIN, 1998 apud Sá,

2001, p. 68-69).

PRINCIPALISMO

- Benevolência

- Não-maleficência

- Justiça

- Autonomia

- (Princípio da reverência à vida)

PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS

- Dignidade Humana

- Justiça

- Autonomia

- Liberdade

- Qualidade de vida

- Felicidade

BIOÉTICA NA PESQUISA

CIENTÍFICA

Consentimento livre e esclarecido do

sujeito de pesquisa.

Consentimento livre e esclarecido do

responsável.

Consentimento livre e esclarecido do

paciente.

Cuidados paliativos.

BIOÉTICA E PESQUISA

A experiência com seres humanos

(nazismo e recentemente nos EUA).

Consentimento livre e esclarecido.

“Se para a ciência tudo o que pode ser

feito deve ser feito, para a ética nem tudo

o que pode ser feito deve ser feito”.

BIOÉTICA E PESQUISA

A ética não é contrária aos avanços da

ciência, mas chamar a atenção para os

custos e benefícios de tais conquistas.

Uma boa ética fará uma boa ciência.

Levar em conta o princípio da NÃO-

MALEFICÊNCIA numa pesquisa.

BIOÉTICA E PESQUISA

Resolução MS 196/96:

(Normatiza as pesquisas com

Seres Humanos).

Código de Nuremberg

Declaração de Helsinki

BIOÉTICA E TECNOLOGIA

• Engenheirar: verbo usado para designar

o trabalho de cientistas na manipulação

genética.

• Terapia de Gene: inserção de genes

externos em pacientes numa tentativa de

corrigir várias desordens genéticas.

• Empresas genômicas: empresas

caçadoras de genes.

BIOÉTICA E BIOTECNOLOGIA

Poluição genética: forma de destruir

habitats, desestabilizando ecossistemas e

diminuindo as reservas remanescentes de

diversidade biológica do planeta.

Eugenia: ciência que se ocupa com o

estudo de condições que tendem a

melhorar as qualidades físicas e morais

de gerações futuras, podendo envolver a

eliminação sistemática de traços

biológicos indesejáveis.

BIOÉTICA E TECNOLOGIA

Sistemas genético de castas: uma

maneira de segregar pessoas por algum

tipo de “risco genético”.

Classe geneticamente desempregada:

forma de discriminar pessoas menos

adequadas ao trabalho, a partir da

avaliação genética

RESOLUÇÃO COFEN 317/2007

O Conselho Federal de Enfermagem - COFEN, no uso de suas atribuições

legais e regimentais, e:

CONSIDERANDO o disposto no inciso IV do art. 8º da Lei nº. 5.905, de

12/07/1973;

CONSIDERANDO o PAD-COFEN nº. 015/2007;

CONSIDERANDO os termos do parecer nº. 03/2007 da Câmara Técnica

de Legislação e Normas CTLN do COFEN;

CONSIDERANDO que a Lei nº. 7.498, de 25/06/1986 já prevê em seu

artigo 11, inciso I, alínea da consulta de enfermagem, e alínea - prescrição

da assistência de enfermagem como atos privativos do Enfermeiro;

CONSIDERANDO que a Lei nº. 7.498, de 25/06/1986 já prevê em seu

artigo 11, inciso II, alínea a prescrição de medicamentos estabelecidos em

programas de saúde pública e em rotina aprovada pela instituição de

saúde, como atividade do Enfermeiro na condição de integrante da equipe

de saúde;

CONSIDERANDO que a Resolução COFEN nº. 195, de 1997 já dispõe

sobre a solicitação de exames de rotina e complementares por

Enfermeiros pautados nos programas do Ministério da Saúde.

CÓDIGO DE ÉTICA DOS PROFISSIONAIS

DE ENFERMAGEM

RESOLUÇÃO COFEN 240/2000

Aprova o Código de Ética dos profissionais de

Enfermagem:

Dentro deste código existem: Princípios

Fundamentais; Direitos; Deveres;

Responsabilidades; Proibições; Infrações;

Penalidades e Aplicação de Penalidades.

DIREITOS

Art. 14 – Atualizar seus conhecimentos

técnicos, científicos e culturais.

Art. 15 – Apoiar as iniciativas que visem ao

aprimoramento profissional, cultural e a

defesa dos legítimos interesses de classe.

RESPONSABILIDADES

Art. 16 – Assegurar ao cliente uma

assistência de Enfermagem livre de danos

decorrentes de imperícia, negligência ou

imprudência.

Art. 18 – Manter-se atualizado ampliando

seus conhecimentos técnicos, científicos e

culturais, em benefício da clientela,

coletividade e do desenvolvimento da

profissão

DEVERES

Art. 23 – Prestar assistência de Enfermagemà clientela, sem discriminação de qualquernatureza.

Art. 24 – Prestar à clientela uma assistênciade Enfermagem livre dos riscos decorrentesde imperícia, negligência e imprudência.

Art. 28 – Respeitar o natural pudor; aprivacidade e a intimidade do cliente.

PROIBIÇÕES

Art. 42 – Negar assistência de enfermagem emcaso de urgência ou emergência.

Art. 47 – Ministrar medicamentos sem certificar-seda natureza das drogas que o compõem e daexistência de riscos para o cliente.

Art. 51 – Prestar ao cliente serviços que por suanatureza incubem a outro profissional, exceto emcaso de emergência.

Art. 64 – Assinar as ações de Enfermagem que nãoexecutou, bem como permitir que outro profissionalassine que as executou.

CONCEITUANDO

RESPONSABILIDADE

• D/Aurélio- define responsabilidade como

qualidade ou condição de responsável, ou

seja responder pelos próprios atos ou de

outrem.

• Na linguagem jurídica, existe a idéia de

violação de direito o que obriga ao dever

de reparação.

CÓDIGO DE ÉTICA DOS

PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM

• Define infração ética como a “ação,

omissão ou conivência que implique em

desobediência e/ou inobservância às

ações desse Código” art. 81;

• e estabelece que “responde pela infração

quem a cometer ou concorrer para a sua

prática, ou dela obtiver benefício, quando

cometida por outrem” art. 83

CÓDIGO DE ÉTICA DOS

PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM

• Define infração ética como a “ação,

omissão ou conivência que implique em

desobediência e/ou inobservância às

ações desse Código” art. 81;

• e estabelece que “responde pela infração

quem a cometer ou concorrer para a sua

prática, ou dela obtiver benefício, quando

cometida por outrem” art. 83

CÓDIGO DE ÉTICA DOS

PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM

• Define infração ética como a “ação,

omissão ou conivência que implique em

desobediência e/ou inobservância às

ações desse Código” art. 81;

• e estabelece que “responde pela infração

quem a cometer ou concorrer para a sua

prática, ou dela obtiver benefício, quando

cometida por outrem” art. 83

IMPERÍCIA

IMPRUDÊNCIA

Derivado do latim imprudentia (falta deatenção, imprevidência, descuido), temsua significação integrada na imprevisão;falta de prudência; forma de culpa, queconsiste na falta involuntária deobservância de medidas de precaução esegurança, de conseqüências previsíveis,que se faziam necessárias no momento,para evitar um mal ou da lei.

Ex: Não realizar diluição correta demedicação

NEGLIGÊNCIA

Prof. Raul Cavalcanti

RN, MSc, STTI

OBRIGADO !!!

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