terapia cognitivo-comportamental
Post on 20-Oct-2015
152 Views
Preview:
DESCRIPTION
TRANSCRIPT
TCC – Terapia Cognitivo – Comportamental
Histórico e Vultos da Tcc
Bases teóricas
Fundamentos e Conceitos
Técnicas básicas
Profa. Msc. Eliana Melcher Martins
Coordenadora
CRP 06/70536
Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental
Clínica Especializada em Terapia Cognitivo -Comportamental
São Pavio - Rua Vergueiro, 2387 – cj.. 31 - Vila MarIana
Fone (11) 3361-7145
Araraquara - Rua Napoleão Selmi Dei, 211, - Vila Harmonia
Fone (16) 3322-7248
Março 2013
CETCC
HISTÓRICO E FUNDAMENTOS DA TERAPIA COGNITIVA COMPORTAMENTAL
Profa. Msc. Eliana Melcher Martins
Doutorada em Ciências pelo Depto. De Psiquiatria e Psicologia Clinica da UNIFESP
Mestre em Ciências pelo Depto. de Psicologia UNIFESP
Especialista em Medicina Comportamental pela UNIFESP
Psicologa Clinica Cognitivo – Comportamental
Bases Filosóficas e Históricas da Psicoterapia Comportamental
A cultura norte-americana expressa um espírito conquistador, prático e transformador da cultura. Uma espécie de darwinismo social em que “Os homens nascem todos iguais e no embate com os desafios com o ambiente, os mais fortes e capazes vencem”.
2 trabalhos estimulantes
Ivan Pavlov (1927) na Russia
Edward L. Thorndike (1895) na América
Bases Filosófica e Históricas da Psicoterapia Comportamental
Psicologia no início do século XX era dualista.
Objeto de estudo: Consciência atingida pela introspecção que não era replicável ou pragmática.
Psicologia animal oriunda de Darwin mostrava as vantagens de uma abordagem experimental.
O positivismo mostrava as vitórias e conquistas das Ciências Naturais.
Bases Filosóficas e Históricas da Psicoterapia Comportamental
Watson (1913) influenciado por esses trabalhos transpôs para o domínio da psicologia humana o mesmo rigor científico.
Behaviorismo – seu objetivo é a predição e o controle do comportamento.
Skinner na década de 50 – behaviorismo radical – estabeleceu relações diretas entre o ambiente e o comportamento. As atividades internas também são comportamentos submetidos às mesmas contingências que controlam as ações descobertas..
A introspecção estava de volta sob uma novíssima e revolucionária posição filosófica (ver Skinner, 1953, 1974)
CETCC
Terapja Comportamental
Pesquisadores clínicos começaram a aplicar as idéias de Pavlov, Skinner e outros behavioristas experimentais . (Rachman, 1997).
Joseph Wolpe (1 958) e Hans Eysenck (1966) foram pioneiros na exploração do potencial das intervenções comportamentais, como a dessensibilização (contrato gradual com objetos em
situações temidas) e treinamento de relaxamento.
Muitas das abordagens iniciais ao uso dos princípios comportamentais para a psicoterapia prestavam pouca atenção aos processos cognitivo envolvidos nos transtornos psiquiátricos.
Pelo contrário, o foco era moldar o comportamento mensurável com reforçadores e em eliminar as respostas de medo através da exposição.
Terapia Comportamental
Foram nos anos 50 e 60 que motivados por uma crescente insatisfação com a corrente psicodinâmica formou-se o núcleo de um novo enfoque terapêutico:
Terapia Comportamental
psicologia experimental;
condicionamento clássico ou respondente; condicionamento operante;
princípios teóricos da aprendizagem;
disciplinas da psicologia clínica,
Variáveis Cognitivas
Em meados dos anos 60 a importância das variáveis cognitivas já tinha se tornado mais reconhecida pela psicologia comportamental.
O trabalho de Albert Bandura, psicólogo canadense (1970), sobre a aprendizagem observacional (modelação) foi importante por chamar a atenção para os fatores cognitivos na terapia comportamental.
Nessa abordagem um indivíduo aprende ao observar o comportamento de outra pessoa; o comportamento é aprendido com mais eficácia se o observador o praticar posteriormente, embora isso não constitua uma condição necessária
ALBERT BANDURA - (1925) Canadense, Psicólogo, professor emérito na Stanford University
Modelo de Auto-Regulação- de Auto-Eficácia
Bandura desenvolveu um modelo de auto-regulação chamado de auto-eficácia, baseado na idéia de que toda a mudança de comportamento voluntária era medida pela percepção que os indivíduos tinham de sua capacidade de adotar o comportamento em questão.
Meichenbaum (1977) e Lewinsohn e cols (1985) incorporaram as teorias e estratégias cognitivas nos tratamentos.
Observaram que a perspectiva cognitiva acrescentava contexto, profundidade e entendimento às intervenções comportamentais.
FATORES HIISTÓRICOS RELEVANTES
Anos 60 e 70 afastamento da psicanálise e do behaviorismo radical de alguns adeptos, entre eles:
Albert Ellis –primeira psicoterapia contemporânea com clara ênfase cognitiva, tomando construtos cognitivos como base dos transtornos psicológicos, influenciou os primeiros trabalho de Beck com depressão.
Albert Bandura – Princípios de Modificação do Comportamento (1969) e Teoria da Aprendizagem Social (1971); processos cognitivos cruciais na aquisição e regulação do comportamento.
Michael Mahoney –Cognition and Behavior Modification (1974), cognição como construto mediacional.
Modelo do Desamparo Aprendido de Seligman (1967/79) e revisões dos Estilos de Atribuição); relevante para processos psicológicos na depressão.
FATORES HISTÓRICOS RELEVANTES
Insatisfação com os modelos de depressão (raiva retroflexa e condicionamento operante) na convergência entre a psicanálise e o behaviorismo; validade questionável como modelos de depressão clínica.
Wolpe (1958), percebia variáveis cognitivas em sua técnica comportamental da dessensibilização sistemática.
Transição generalizada para a perspectiva cognitiva de processamento de informação, com clínicos defendendo uma abordagem mais cognitiva nos transtornos emocionais.
1960 - unificação das formulações cognitivas e comportamentais na psicoterapia
Beck defendeu a inclusão de métodos comportamentais desde o início de seu trabalho.
Reconhecia essas ferramentas como eficazes para reduzir sintomas.
Conceitualizou um relacionamento estreito entre cognição e comportamento.
Alguns puristas argumentam os méritos de se utilizar uma abordagem cognitiva ou comportamental isolada.
Terapeutas mais pragmáticos consideram os métodos cognitivos e comportamentais como parceiros eficientes tanto na teoria como na prática.
Ex. literatura: tratamento do Pânico
CETCC
COGNIVISMO
Origens
CETCC
DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO
A Terapia Cognitiva tem origem em correntes filosóficas e religiões antigas (estoicismo grego, taoísmo e budismo) que postulavam a influência das idéias sobre as emoções .
COGNITIVISMO
O termo cognição inclui idéias, construtos pessoais, imagens, crenças, expectativas, atribuições, etc.
Não é apenas um processo intelectual mas sim padrões complexos de significado em que participam emoções, pensamentos e comportamentos.
"Se pudermos reorientar nossos pensamentos e emoções e reorganizar nosso comportamento, então poderemos não só aprender a lidar com o sofrimento mais facilmente, mas, sobretudo e em primeiro lugar, evitar que muito dele surja"
Livro: Uma ética para o novo milênio (p.xii) Dalai Lama
Filósofo persa da Antiguidade Baseou seus ensinamentos em:
Pensar bem
Agir bem
Zoroastro
ralar hem
“Os processos cognitivos conscientes tem um papel fundamental na existência humana”
Kant, Heidegger, Jaspers e Frankl
Um dos país da constituição americana
Escreveu extensamente sobre o desenvolvimento de atitudes construtivistas que influenciavam positivamente o comportamento
Benjamin Franklin
"Encontrar uma sensação de sentido da vida ajuda a servir como um antídoto para o desespero e a desilusão"
Wright et ai. (2003); Franki (1992)
“Não são as coisas que nos perturbam, mas a visão a visão que temos dessas coisas”
(Epictetos l d. C)
Experimentos de Beck
Investigou o modelo psicanalítico da depressão:
agressão retroflexa
Resultados negativos para esse tipo de agressão
Encontrou conteúdo geral de rejeição, desapontamento ou críticas que não sustentavam a necessidade de sofrer ou masoquismo
“As idéias não só podiam controlar os sentimentos mais intensos de uma pessoa, como também eram capazes de modificá-los”
Beck e Gols ( 1982)
AARON TEMK IN BECK
(1921) – Professor emérito do depto. De Psiquiatria da Universidade da Pensilvania - EUA
Experimentos de Beck
Perguntou: os conteúdos negativos estão somente nos sonhos ou em material ideacional durante a vigília?
Estudos de manipulação de humor e desempenho: em ambiente experimental, ofereceu a depressivos graves e moderados uma experiência de sucesso.
Hipótese: se agressão retroflexa, diante do sucesso, o humor de depressivos deveria cair.
Resultado: diante do sucesso, observou-se uma elevação do humor!
Resultado: refletiriam necessidade de sofrer ou simplesmente padrões cognitivos negativos gerais e inespecíficos?
Experimentos de Beck
Questionou a validade da livre associação!
Investigando, notou: tais fluxos de pensamentos eram básicos para a conceituação do transtorno do paciente.
Funcionavam como variável mediacional entre a ideação do paciente e sua resposta emocional e comportamental.
Expressavam uma negatiividade ou pessimismo geral do indivíduo contra si, o ambiente e o futuro
TERAPIA COGNITIVA DA DEPRSSÃO AARON BECK
A negatividade não era sintoma mas desempenhava uma função central na instalação e manutenção da depressão
A Cognição, e não a emoção, é considerada o fator essencial na depressão.
Depressão é um transtorno de pensamento e não um transtorno emocional
Propõe as noções de erros cognitivos e de esquemas
TERAPIA COGNITIVA DA DEPRESSÃO AARON BECK
TRÍADE COGNITIVA
MUNDO/OUTROS - FUTURO
É a forma como o indivíduo vê.a si mesmo, o mundo e o seu futuro.
Na depressão, pela visão essencialmente negativa, geram-se sentimentos de desvalia, autoacusação ou derrota.
E o sentimento e o comportamento estão de acordo com a sua percepção distorcida.
Aaron Beck
Teorias e métodos para aplicar as intervenções cognitivo-comportamentais
Influenciado por Adler, Horney e Sullivan (transtornos psiquiátricos e estrutura de personalidade)
Teoria dos construtos pessoais de. Kelly (crenças centrais)- "Psicologia dos Construtos Pessoais" (1955)
Teoria. Racional Emotiva Comportamental de 'Ellis
Piaget (1950): Epistemologia Genética/Construtivismo
As primeiras formulações de Beck centravam-se no papel do processamento de informações desadaptativo em transtornos de depressão e de ansiedade. Desenvolveu o conceito de Vulnerabilidade Cognitiva.
1960, ele descreveu uma conceitualização cognitiva da depressão
A proposta de Beck de uma terapia cognitivamente orientada com o objetivo de reverter cognições disfuncionais e comportamentos relacionados foi tema de várias pesquisas.
(Butler e Beck, 2000; Dobson, 1989; Wright et ai., 2003)
As teorias e os métodos descritos por Beck e outros colaboradores ampliaram-se a uma grande variedade de quadros clínicos:
CONCEITOS BÁSICOS DA TCC
O INDIVÍDUO INTERAGE COM O MUNDO EXTERNO E CONSTRÓI SIGNIFICADOS QUE ALICERÇAM SEUS SISTEMAS DE CRENÇAS
INDIVÍDUO – SIGNIFICADO – MEIO – CRENÇAS – EMOÇÕES – COMPORTAMENTO
Depressão
Transtornos de ansiedade
Transtornos alimentares
Esquizofrenia
Transtorno bipolar
Dor crônica
Transtornos de personalidade.
Abuso de substâncias.
Mais de 300 estudos controlados da TCC para uma série de transtornos psiquiátricos
(Butler e Beck, 2000)
ESQUEMATIZAÇÃO DO MODELO DE BECK
EVENTOS EXTERNOS – ESQUEMAS (ESTRUTURA) – CRENÇAS – COGNIÇÃO – SENTIMENTOS – COMPORTAMENTO (PENSAMENTO AUTOMÁTICO)
PRINCÍPIOS DA TERAPIA COGNITIVA
BASEIA-SE EM UMA FORMULAÇÃO EM CONTÍNUO SENVOLVIMENTO DO PACIENTE E DE SEUS PROBLEMAS EM TERMOS COGNITIVOS.
REQUER UMA ALIANÇA TERAPÊUTICA SEGURA.
ENFATIZA COLABORAÇÃO E PARTICIPAÇAO ATIVA
ORIENTADA EM METAS E FOCALIZADA EM PROBLEMAS
ENFATIZA O PRESENTE INICIALMENTE
É EDUCATIVA - ENSINA O PACIENTE A SER SEU PRÓPRIO TERAPEUTA
ENFATIZA A PREVENÇÃO DE RECAÍDA.
CETCC
Filme: Engajando o paciente na TCC
PRINCÍPIOS DA TERAPIA COGNITIVA
VISA TER UM TEMPO LIMITADO
AS SESSÕES SÃO ESTRUTURADAS
ENSINA O PACIENTE A IDENTIFICAR, AVALIAR E RESPONDER A SEUS PENSAMENTOS E CRENÇAS DISFUNCIONAIS
UTILIZA-SE DE UMA VARIEDADE DE TÉCNICAS PARA MUDAR PENSAMENTO, HUMOR E COMPORTAMENTO
MITOSE PRECONCEITOS DA TCC
1. A TCC é baseada no "poder do pensamento positivo".
2. A TCC propõe que os pensamentos negativos distorcidos causam a psicopatologia.(desequilíbrios bioquímicos, eventos da vida, relações interpessoais)
3. A TCC é simples e apenas utiliza o senso comum.
4. A TCC convence as pessoas a sair de seus problemas.
CETCC
X 5. A TCC ignora as emoções
X 7. A TCC é a aplicação de uma variedade de técnicas
X 8. A TCC ignora o passado e se interessa apenas pelo presente
X 13. A TCC é apropriada apenas para pessoas articuladas com boa capacidade intelectual
X 14. A TCC não é eficaz em pacientes com transtornos mentais graves
X 9. A TCC é superficial
X 10. A relação terapeuta não é importante na TCC
X 11. A TCC tem um limite de 15 a 25 sessões
X 12. Fazer TCC significa não usar medicação
BIBLIOGRAFIA
Aprendendo a Terapia Cognitivo-Comportamental - Um Guia Ilustrado
Jesse H. Wright, Monica R. Basco e Michael E. Thase. ARTMED, 2008
Terapia Cognitiva - Teoria e Prática Judith Beck. ARTMED, 1997
Terapia Cognitivo-Comportamental na Prática Psiquiátrica. Paulo Knapp e colaboradores. ARTMED, 2004
Obrigada Pela Atenção
CETCC
VULTOS E HISTÓRIA DA TERAPIA COGNITIVA COMPORTAMENTAL
Filósofo que defendia o papel da natureza no desenvolvimento psicológico
Filósofo, matemático, teórico político – Leviatã = natureza humana, necessidade de governos e sociedades.
Platão 428-347 BC Grécia
Thomas Hobbes 1588-1679 Inglaterra
Aristóteles 384-322 BC Grécia
Filósofo = física, metafísica, música, lógica, retórica, governo, ética, biologia e zoologia.
Contextualizando...
Filósofo físico e matemático = geometria
analítica e o sistema de coordenadas.
“fundador filosofia moderna"
“pai da matemática moderna"
RACIONALISMO
René Descartes 1596-1650 França.
Filósofo, teórico político, escritor e compositor – ILUMINISMO – ROMANTISMO (precursor)
Jean-Jacques Rousseau 1712-1778 Suíça
Filósofo – LIBERALISMO – EMPIRISMO Filosofia da mente (eu)
“lousa em branco”
“nascemos sem idéias inatas, e o conhecimento é determinado apenas pela experiência derivada da percepção dos sentidos”
John Locke 1632-1704 Inglaterra
Matemático e físico = pioneiro da psicologia experimental
“o físico e o psíquico não seriam realidades opostas, mas aspectos de uma mesma realidade essencial”
Gustav Fechner 1804-1887 Alemanha
Filósofo e fisiologista = 1º laboratório de psicologia
“Princípios de Psicologia Fisiológia” ESTRUTURALISMO (Primórdios)
Wilhelm Wundt 1832-1920 Alemanha
Naturalista britânico = Teoria evolução, seleção natural – A ORIGEM DAS ESPÉCIES
“A expressão da emoção em homens e animais”
PSICANÁLISE – PSICODINÂMICA Sigmund Freud 1856-1939 Austria
PSICOLOGIA INDIVIDUAL FORÇAS SOCIAIS Alfred Adier 1870-1937 Austria
Psicólogo – 1ª escola de pensamento na psicologia = ESTRUTURALISMO Edward Tichener 1867-1927 Inglaterra
Filósofo, Médico, Psicólogo = “um dos fundadores da psicologia moderna” PRAGMATISMO William James 1842-1910 Estados Unidos
LISTA DE SILABAS ALEATÓRIAS Herman Ebbinghaus 1850-1909 Alemanha
CONDICIONAMENTO CLÁSSICO Ivan Pavlov 1849-1936 Rússia
PSICOLOGIA ANALÍTICA (JUNGUIANA) Carl Jung 1875-1961 Suiça
PSICANÁLISE KLEINIANA (INFANTIL) Melanie Klein 1882-1960 Austria
COMPORTAMENTALISMO John Watson 1878-1958 Estados Unidos
PSICANÁLISE TEORIA DO DESENVOLVIMENTO FEMININO Karen Horney 1885-1952 Alemanha
PSICANALISE – CRIANÇAS Anna Freud 1895-1982 Austria
GESTALT Fritz Perls 1893-1970 Alemanha
PSICANÁLISE LACANIANA Jacques Lacan 1901-1981 França
TERAPIA CENTRADA NO CLIENTE Carl Rogers 1902-1987 Estados Unidos
ESTÁGIOS Erik Erikson 1902-1994 Alemanha
PSICANÁLISE WNNICOTIANA Donald Winnicot 1896-1971 Inglaterra
PSICANÁLISE – GRUPOS CLÍNICA TAVISTOK Wilfred Bion 1897-1979 Índia
ESPISTOMOLOGIA GENÉTICA Jean Piaget 1896-1980 Suiça
TERAPIA SISTÊMICA Gregory Bateson 1904-1980 Inglaterra
PSICOLOGIA DOS CONTRUTOSPESSOAIS George Kelly 1905-1967 Estados Unidos
BEHAVIORISMO RADICAL (CONDICIONAMENTO OPERANTE) B.F. Skinner 1904-1990 Estados Unidos
TEORIA DO APEGO John Bowiby 1907-1990 Inglaterra
TERAPIA RACIONAL EMOTIVA MODELO A-B-C Albert Ellis 1913-2007 Estados Unidos
HIERARQUIA DAS NECESSIDADES HUMANAS Abraham Maslow Estados Unidos
TERAPIA COGNITIVA Aaron Beck 1921 Estados Unidos
PSICOLOGIA POSITIVA Martin Seligman 1942 Estados Unidos
TEORIA SOCIAL COGNITIVA BEHAVIORISMO SOCIAL TEORIA DA APRENDIZAGEM SOCIAL Albert Bandura 1925 Canadá
DESSENBILIZAÇÃO SISTEMÁTICA Joseph Volp 1915-1997 África do Sul
TERAPIA FAMILIAR ESTRUTURAL Salvador Minuchin 1921 Argentina
NIVEIS DE COMUNICAÇÃO – Paul Watziawick 1921-2007 Austria
TERAPIA EM GRUPO Irvin Yalom 1931 Estados Unidos
TERAPIA FOCADA NA EMOÇÃO Leslie Greenberg 1945 Canadá
TERAPIA PÓS-RACIONALISTA Vittorio Guidano 1944-1999 Itália
CONSTRUTIVISMO Michael Mahoney 1946-2006 Estados Unidos
PSICOTERAPIA COGNITIVA NARRATIVA Oscar Gonçalves Portugal
PSICOTERAPIA CONSTRUTIVISTA (LUTO) Robert Niemeyer Estados Unidos
Ivan Petrovitch Pavlov (1849-1936)
Nasceu Ryazan, Rússia central.
1860 – Seminário de teologia – sacerdócio.
1870 – Universidade de São Petersburgo – fisiologia animal (após ler Darwin
1875 – Diplomado – Início treinamento médico – pesquisa fisiológica.
1881 – Casamento
1890 – Professor de farmacologia na Academia Médica Militar de São Petersburgo.
1904 – Nobel de Medicina.
Três temas de pesquisa:
1) Função dos nervos cardíacos,
2) Glândulas digestivas primárias,
3) Centros nervosos superiores do cérebro.
REFLEXO CONDICIONADO –ESTÍMULO – REFORÇO (CONDICIONAMENTO RESPONDENTE)
Rememorando a minha vida, eu a descreveria como feliz e bem sucedida. Recebi tudo o que se pode esperar dela...
1ª REVOLUÇÃO COGNITIVA Anos 50
O CÃO de PAVLOV – Hitp://www.youtube.com/watch?v=Ni7U
CONDICIONAMENTO CLÁSSICO
Reflexo condicionado (1927)
Exposição cirúrgica de cães permitir coleta das secreções digestivas fora do corpo = observadas, medidas e registradas.
Função da saliva 4 podia ser involuntariamente secretada sempre que a comida era colocada na boca do cachorro observou que às vezes a saliva aparecia antes da comida ser dada = fluxo antecipatório de saliva.
Cães salivavam quando viam a comida, ou a pessoa que costumava alimentá-los, ou ouviam os passos desta:
REFLEXO DA SECREÇÃO = REFLEXOS PSÍQUICOS
A resposta não aprendida de salivação, tinha de alguma maneira se conectado com (ou sido condicionado por) estímulos que não o original (o alimento), Isso acontecia porque esses outros estímulos (visão, sons...) tinham sido com freqüência associados à ingestão de alimentos.
1902- Zeitgeist Psicologia animal - experimentos mentalistas.
Novas pesquisas modelo objetividade e precisão.
“Sonhei encontrar felicidade no trabalho intelectual, na ciência e encontrei”
CONDICIONAMENTO CLÁSSICO
Si – estimulo incondicionado
Ri – resposta incondicionada
Sn – estímulo neutro
Pavlov
PARADIGMA
S – estímulo
R – Resposta
23 – Um paradigma – um modelo ou padrão – um modo reconhecido de pensar, no âmbito de uma disciplina cientifica, que fornece, por algum tempo, as perguntas e respostas essenciais aos pesquisadores do campo em questão.
REFLEXO NÃO CONDICIONADO (ou inato): a resposta da salivação, quando a comida era colocado na boca do cão, era urna resposta reflexa natural do sistema digestivo, não há necessidade de aprendizagem para que ocorra.
REFLEXO CONDICIONADO: salivar diante da visão da comida não é um ato reflexo, mas uma resposta que tem de ser aprendida (depende da associação ou conexão entre a visão da comida e sua subsequente ingestão, ou estar condicionada a ela).
Um ESTÍMULO CONDICIONADO (luz) é apresentado (acesa) e imediatamente se apresenta o ESTIMULO
NÃO CONDICIONADO (alimento).
Após algumas apresentações pareadas de luz e alimento, o animal saliva ao ver a luz. o animal está então condicionado a responder ao estimulo condicionado = está formada umai associação (vínculo) entre a luz e o alimento.
O CONDICIONAMENTO (ou aprendizagem) só ocorre se a luz for seguida pelo alimento algumas vezes o
REFORÇO (ser alimentado) é necessário para que a aprendizagem ocorra.
John B. Watson (1878-1958)
Nasceu numa fazenda em Greenville, na Carolina do Sul, EUA, mãe religiosa e pai violento e alcoolista, que fugiu de casa quando Watson tinha 13 anos.
Aluno indolente, insolente e incontrolável, descrito como delinquente, preguiçoso e insubordinado.
Matriculou-se na Universidade Furman, em Greenville.
Estudou filosofia, matemática, latim e grego.
1900 Grau de mestre em Furman. Iria para o Seminário Teológico de Princeton, mas desistiu (mãe faleceu).
1900 Universidade de Chicago (pós em filosofia).
Trabalhou como garçom, tratador de ratos, assistente de zelador. Sofria ataques agudos de ansiedade.
1903 - Ph.D.- o mais jovem doutorado - Instrutor na Universidade de Chicago.
1908 - Elegível ao cargo de Professor-assistente na Universidade de Chicago - Professor
Efetivo na Johns Hopkins, em Baltimore, onde ficou 12 anos.
WATSON
Minhas relações totais são positivas e voltadas para ti. O mesmo ocorre com cada uma e com todas as reações do meu coração. Não posso ser mais teu do que sou, mesmo que uma operação cirúrgica fizesse de nós um único ser”.
1913 - Manifesto na Psycholcwical Review = lançando oficialmente o comportamentalismo.
191 - Curso de Psicologia da Publicidade na Johns Hopkins.
Presidente da APA aos 37 anos.
1918 - Pós-guerra - Experimentos com bebês.
1919 - "A psicologia do ponto de vista de comportamentalista"
1920 - Demissão forçada.
1920 -"Será o pensamento meramente a ação dos mecanismos da linguagem?”
1921 - Ingressou agência J.Walter Thompson, trabalhou em todos os departamentos, fez pesquisa porta a porta, vendeu café, estagiou na Macy's e após 3 anos, tornou-se vice-presidente.
1928 -"O cuidado psicológico do bebê e da criança"
1936 - Vice-presidente em outra agência.
1945 - Aposentou-se.
Psicologia comportamentalista - influenciou a publicidade EUA.
Watson
“Posso encontrar um emprego comercial. Não séria tão ruim assim criar galinhas ou plantar repolhos. Mas amo francamente o meu trabalho... Sinto que ele é importante para a psicologia...”
Os pais nunca deveriam abraçá-las ou beijá-las, ou permitir que se sentem no colo. Se não houver jeito, dê-lhes um único beijo na testa quando elas disserem boa-noite. Dê-lhes a mão pela manhã. Passe a mão em sua cabeça quando elas se saírem extraordinariamente bem numa tarefa difícil. Experimente...”
“ele era insensível, emocionalmente incomunicável, incapaz de exprimir qualquer sentimento ou emoção, ou de lidar com eles, e inadvertidamente decidido a privar, a meu ver, meu irmão e eu de qualquer tipo de base emocional. Ele tinha a profunda convicção de que qualquer expressão de ternura ou afeição teria um efeito prejudicial sobre nós...”
WATSON
PARADIGMA
S- estímulo
R - resposta
COMPORTAMENTALISMO
S- estímulo
O – organismo - não observável
R - resposta
O PEQUENO ALBERT
NOVO PARADIGMA
S – estímulo
R – resposta
C - comportamento
CONDICIONAMENTO OPERANTE
Sd – estímulo discriminado
R – resposta
C – comportamento
Sr –
Skinner – 1982
“ inquestionavelmente, o mais famoso psicólogo americano do mundo”
1990:
“o mais importante psicólogo contemporâneo ... Um dos gigantes da nossa disciplina... deixou uma marca permanente na psicologia”
Karen Horney (1885-1952)
TEORIA DO DESENVOLVIMENTO FEMININO
Constelação fatores interpessoais (excessiva proteção, pessoas exigentes demais, irritáveis, indiferentes, etc.) fazem com que a criança desenvolva grande insegurança = ANGÚSTIA BÁSICA :
"a sensação de estar isolada e desamparada em um mundo potencialmente hostil" ' leva a tornar rígidas e extremadas as atitudes de se aproximar das pessoas, rebelar-se contra elas ou afastar-se (afeição = dependência e obediência = sujeição)
CONFLITOS - indivíduo sinta-se menos equipado do que os outros na vida = isolado e cercado = ambiente hostil -> lançar mão de estratégias artificiais para lidar com os outros, passando por cima seus sentimentos genuínos.
EU REAL" - vai se desvanecendo e o sujeito não sabe + quem realmente é = a prioridade passa a ser construir uma identidade de pessoa que possa diminuir angústia.
“EU IDEALIZADO” - com o tempo, torna-se mais importante do que o “eu real", numa mudança profunda do centro de gravidade psicológico do indivíduo - transforma-se em um ponto de referência para o individuo se observar, em um padrão com que o indivíduo se compara.
2a. REVOLUÇÃO COGNITIVA
Final década 60
Albert Ellis (1913-2007)
TERAPIA RACIONAL EMOTIVA
A 1ª psicoterapia contemporânea com clara ênfase cognitiva, tomando os construtos cognitivos como base dos transtornos psicológicos.
CRENÇAS IRRACIONAIS - baseadas em conclusões errôneas, ilógicas e sem base em evidências objetivas = modelo simples e pragmático.
MODELO ABC - os acontecimentos ativadores (A) passam pelo sistema de crenças (B) do sujeito antes de despertarem as consequências (C) emocionais ou a conduta.
DIÁLOGO SOCRÁTICO - o terapeuta questiona o paciente por meio de perguntas engenhosas que estimula a pessoa a perceber mais claramente suas distorções = sobre a real validade das crenças e sobre as evidências de que o sujeito dispõe para acreditar nelas.
CRENÇAS BÁSICAS - EXIGÊNCIA S ABSOLUTISTAS (“tenho que”) e DEVERES IRRACIONAIS (“devo”) que ocasionam uma série de SUPOSIÇÕES ILÓGICAS ou DISTORÇÕES COGNITIVAS.
Aaron Temkin Beik (1921- )
Nasceu em Providence, Rhode Island, EUA.
Pais judeus, imigrantes da Rússia, filho caçula entre 4.
E casado, tem 4filhos e 8 netos.
1942 – Graduação magna cum laude na Brown University.
1946 – Yale Medical School – residência em patologia, psiquiatria e neurologia.
É professor emérito no Depto de Psiquiatria da Universidade da Pensilvânia.
Professor honorário da Academia de Terapia Cognitiva.
Inúmeras pesquisas em Psicoterapia, Psicopatologia, Suicídio e Psicometria,, criação de várias escalas – depressão (BDI) e ansiedade (BAI).
Fundou a BECK INSTITUTE, na Fil adélfia e trabalha com sua filha Judith.
A Terapia Cognitiva foi desenvolvida inicialmente para tratamento da pacientes com depressão, mas é também eficazmente utilizada para pessoas com Transtornos de Ansiedade, Esquizofrenia e outros.
TC – TERAPIA COGNITIVA (Cognitive Therapy)
ESQUEMAS (significado)
DISTORÇÃO COGNITIVA (Erros Pensamento)
TRÍADE COGNITIVA
MODELO COGNITIVO
Crença Central – Crença Intermediária - Situação Agora - Pensamentos Automáticos – Reações – Corporal – Comportamental – Emodonal
Tratamento psicodinâmico dos seus pacientes com depressão – análise de sonhos, verbalizações e associações livres.
Psicanálise – depressão = raiva inconsciente e inaceitável contra pessoas próximas que, reprimida, era redirecionada ao self = hostilidade retrofletida (que não era confirmado nos relatos dos sonhos dos pacientes).
Anomalias - nos sonhos, os pacientes eram rejeitados, abandonados ou frustrados = nas experiências do cotidiano, idem.
Identificação de tipos específicos de pensamentos, que os pacientes não percebiam claramente e não relatavam na associação livre.
Visão negativista - identificada na auto avaliação do paciente = autocríticas, baixa autoestima, culpas, previsões e interpretações negativistas e memórias desagradáveis.
Temas negativistas presentes em todos os tipos de depressão = reativa, endógena, orgânica ou bipolar.
Temas negativistas idiossincráticos - questões sociais vitais do paciente: fracasso e sucesso, aceitação e rejeição, respeito e desdém.
TCC – MODELO COGNITIVO
Situação Antes – Repetiu 7ª série “Eu sou incompetente”
Crença Central – Desvalia – Crenças Intermediárias – “Se eu não entendo algo, então eu sou burro”
“É horrível ser sempre o pior”
Situação Agora – Pensamentos Automáticos – Reações – Corporal – Sudorese – Comportamental - Sai da Sala – Emocional – Tristeza
Estratégias – Não termina o que começa.
Aula TCC
“Isso é difícil demais... Eu jamais vou aprender...”
TCC – MODELO COGNITIVO
Situação Antes – Bullyng na escola “Eu sou incapaz de ser amado”
Crença Central – DESAMOR
Estratégias – Não interage com colegas.
Crenças Intermediárias – “Se eu interagir com as pessoas elas não vão me aceitar como sou”
“Devo me isolar”
Situação agora – Festa de um colega – Pensamentos Automáticos “Não vou ter assunto para conversar na festa
Reações – Corporal – Taquicardia – Comportamental – Fica isolado – Emocional – Medo, Tristeza
Epiteto (130-50) a.C.)
Não são as coisas em si mesmas que pertubam os homens, mas os juízos que eles fazem sobre as coisas.”
Beck (1964)
“Não é uma situação por si só que determina o que as pessoas sentem, mas, antes, o modo como elas interpretam uma situação”
Não busque a felicidade fora, mas sim dentro de você, caso contrário nunca a encontrará.”
Beck
NOVO PARADIGMA
S – estímulo
P – pensamento
E – emoção
R – resposta
COGNITIVISMO
S- R
Profa. Lina Sue – Lina.sue@hotmail.com.-celular (11) 8660-1234
Namastêl
TCC
Terapia Cognitiva
Comportamental
Bases teóricas
Esquemas
Crenças
Distorções Cognitivas
Pensamentos Automáticos
Pfa. Ms. Eliana Melcher Martins
Abordagem Behaviorista
Estuda a mecânica básica da aprendizagem, preocupando-se em como o comportamento muda em resposta à experiência.
Esquema
A maioria dos pesquisadores do desenvolvimento cognitivo usa uma dessas quatro abordagens para definir esquema:
Behaviorista
Psicométrica
Processamento de. Informação
Piagetiana''
Papalia (2000)
Abordagem Psicométrica
Tenda medir as diferenças individuais em termos de quantidade de inteligência.
Abordagem do Processamento de Informação
Concentra-se nas diferenças individuais quanto ao modo no qual as pessoas usam sua inteligência, focando os processos envolvidos na percepção e no manuseio de informação.
Piaget acreditava que o núcleo do comportamento inteligente estaria numa capacidade inata de adaptar-se ao ambiente, pois é a partir daí que ele descreve o desenvolvimento cognitivo como uma série de estágio a criança desenvolve uma nova maneira de pensar e responder ao ambiente, onde esse desenvolvimento ocorria por meio de três princípios que estão inter-relacionados :
Organização,
adaptação e
equilibração
Papalia (2000)
Abordagem Piagetiana
Observa as mudanças na qualidade do funcionamento cognitivo
O que a pessoa é capaz de fazer
Relação com a evolução das estruturas mentais
Como as crianças se adaptam ao seu ambiente, sustentando que a cognição se desenvolve em etapas.
Organização Cognitiva
Tendência de criar sistemas de conhecimento cada vez mais complexos.
Desde.que nascem as:pessoas organizam o:que.conhecem por meio de representações mentais da realidade que as ajudam a dar sentido a seu mundo.
Dentro,dessas representações mentais encontram -se as estruturas chamadas esquemas, que podem ser conceituados como padrões organizados de comportamento que uma pessoa usa para pensar e agir em uma situação.
À medida que as crianças adquirem mais informação, seus esquemas tornam-se se cada vez mais complexos, progredindo as maneiras de realizar ações motoras até o pensamento abstrato.
Adaptação: modo como lidamos com as novas informações
Envolvendo:
Assimilação: tomar uma informação e incorporá-la em estruturas cognitivas existentes.
Acomodação: mudar nossas idéias para incluir um novo conhecimento.
Equilibração: busca constante de equilibrío, entre a criança e o mundo exterior e entre as próprias: estaturas cognitivas da criança.
Esquema piagetiano: estrutura cognitiva dinâmica que se modifica ao longo do tempo, agregando conhecimento.
Por meio de suas interações, as experiências que a criança vivencia constrói ativamente os seus conhecimentos.
A ação da criança sobre os objetos é que possibilita a formação da inteligência, em que a estrutura lógica é formada pelo desenvolvimento cognitivo, e neste sentido, a socialização, a linguagem, a curiosidade é expressão do desenvolvimento cognitivo.
Piaget afirma que os esquemas tem origem no exercício dos reflexos.
O recém-nascido, ao exercitar seus reflexos hereditários começa a relacionar o contexto no qual o reflexo é aplicado com a situação alcançada por ele, dando origem aos esquemas.
Papalia (2000)
Bartlett, Atkinson (2002) afirmam que
talvez Piaget tenha sido o primeiro psicólogo a estudar sistematicamente os efeitos dos esquemas sobre a memória.
Ele sugeriu que distorções de memórias, muito semelhantes àquelas que ocorrem quando encaixamos pessoas em estereótipos podem ocorrer quando tentamos encaixar narrativas em:esquemas.. (distorções cognitivas)
Bartlett concluiu na sua pesquisa sobre os esquemas que os dois aspectos da memória: preservar e construir, podem sempre estar presentes.
Papalia (2000) nos confirma que o bebê necessita de toda a atenção e cuidados do adulto, sozinho ele não sobreviveria, pois o período que vai do nascimento à aquisição da linguagem é marcado por um extraordinário e complexo desenvolvimento da mente.
A criança progressivamente aumenta o autocontrole do seu próprio rio corpo e sentimentos.
Assim, ela conseguirá pouco a pouco lidar com as demandas da vida.
Esquemas
Aaron Beck sugere que os ESQUEMAS são estruturas cognitivas cujo conteúdo específico são as CRENÇAS CENTRAIS
Conceito de Esquemas
Tem sua história relativamente ligada aos teóricos Piaget e Bartlett, primeiros a definir e descrever um esquema como:
Estruturas que integram e atribuem significados aos eventos”.
Beck & Freeman (1993)
Representação
Esquema ou Estrutura Cognitiva
Crença Central ou Nuclear
Distorções ou Erros Cognitivos
Pensamentos Automáticos
Crenças Intermediárias
“Elementos organizados a partir de experiências e reações passadas que formam um corpo relativamente compacto e persistente de conhecimento capaz de as valorizações e percepções posteriores"
Segal (1998)
Esquemas
Definições
Esquemas são estruturas internas de relativa durabilidade que armazenam aspectos genéricos ou protótipo de estímulos, idéias ou experiências, e também organizam informações novas para que tenham significado, determinando como os fenômenos são percebidos e conceitualizados.
São estruturas cognitivas com conteúdo (crença)
Estruturas mentais que contêm armazenadas as representações de significados.
São fundamentais para orientar a seleção, codificação, organização, armazenamento e recuperação de informações de dentro do aparato cognitivo.
Tem uma estrutura interna consistente que ordena novas informações que entram no sistema cognitivo.
(Williams, 1997)
Esquemas
Definições
Armazenam postulados e suposições básicas para interpretar as informações".
Beck (in Cottraux e Blackbum, 2001)
Esquemas
Definições
O ESQUEMA
Dá à experiência sua forma e significado, provendo, dessa forma, a estabilidade (estrutura) dos sistemas cognitivo, afetivo e comportamental ao longo do tempo e dos eventos.
São padrões ordenadores da experiência que ajudam os indivíduos a explicá-la, mediar sua percepção e guiar suas respostas (cognitivas, emocionais e comportamentais).
(Clark, Beck, Aiford, 1999)
Esquemas
Definições
A "arquitetura" dos esquemas faz o individuo ser como é.
Viés confirmatório
Paciente com autoimagem
Incapaz de ser amada
Processa experiência de uma rejeição amorosa como evidência da veracidade de suas crenças, reconfirmando-as a cada experiência negativa.
Cada vez mais, parecem certas e reais suas crenças sobre si mesma.
Circuito de retroalimentação que estabiliza a ideia de ser indigna de amor.
Processamento automático de informação
“Os esquemas, depois de desenvolvidos, servem como modelos para o processamento das experiências ulteriores e acabam desembocando em confirmações automáticas e circulares dos próprios esquemas”
Marco Callegaro, em O NOVO INCONSCIENTE, Artmed 2011, pag. 243
Profecia catastrófica
O comportamento é influenciado de modo negativo por esse conjunto de crenças (esquema), fazendo a pessoa agir de modo a confirmar sua profecia catastrófica (previsão sem fundamento de que algo catastrófico acontecerá)
Evidência confirmatória dos esquemas ou viés confirmatório
Autoperpetuação
• Aquele que se considera indigno de amor agirá de forma acabrunhada e tímida, não olhará nos olhos e falará baixo em uma situação social, conduta que certamente aumenta sua chance de
Rejeição.
• As rejeições que ocorrem, por sua vez, CONFIRMAM os esquemas em um círculo vicioso
autoperpetuador (viés confirmatório).
Exemplos de Esquemas
Esquema de incapacidade: "Sou incapaz" ou "Meu autoconceito profissional depende do que os outros pensam de mim", ou "A não ser que eu alcance os mais altos padrões de desempenho, eu provavelmente serei um profissional de segunda classe".
Esquema de desamor ou baixa estima: "Não sou amado” ou "Não sou gostável" ou "Se alguém não gosta de mim, isso significa que não sou gostável”.
Esquema de inadequação: "Sou socialmente inadequado” ou “Sou feio” (ou não atraente, "chato", visto-me mal, etc.)
Esquema – núcleo da personalidade
Embora a TCC permita que o sujeito se dê conta em maior grau sobre os esquemas, normalmente não estamos conscientes de sua operação, nem mesmo de sua existência, apenas dos resultados produzidos, que acabam compondo o núcleo de nossa personalidade.
Exemplos de Esquemas
• Esquema de vulnerabilidade: "É melhor pão dizer nada, do que arriscar cometer um erro", ou "É melhor não me aproximar do que ser rejeitado", ou "Se eu for rejeitado (não aprovado, dispensado, tiver dor, etc.) não suportarei".
• Esquema de perfeccionismo: "A não ser que as coisas aconteçam corno eu quero, minha vida não vale a pena" ou "Tirar dez não é mais do que obrigação".
• Esquema de inferioridade: "Se urna pessoa tem algo que eu não tenho, isso significa que ela é uma pessoa melhor do que eu".
Crenças
(Beliefs)
As crenças afetam tudo em nossa vida: como criamos os filhos, onde decidimos morar, com quais pessoas nos relacionamos, nosso estado de saúde, o trabalho que fazemos, o dinheiro que ganhamos ou temos e nosso equilíbrio 'mental e emocional. Literalmente, as crenças constroem nosso mundo.
Mas elas não são "A Verdade", são apenas uma percepção que foi aceita como verdade.
Em filosofia, mais especificamente em epistemologia, Crença é uma condição psicológica que se define pela sensação de veracidade relativa a uma determinada ideia a despeito de sua procedência ou possibilidade de verificação objetiva.
Logo pode não ser fidedigna à realidade e representa o elemento subjetivo do conhecimento.
Crenças —
Definições
O que é fantástico sobre as crenças é que ode s mudá-las! Podemos escolher acreditar em idéias que apoiam nossos sonhos e visões do que desejamos.
Mudar as crenças negativas e instalar novas e poderosas idéias é essencial para criar uma vida em alinhamento com nossos desejos.
Crenças
CETCC
CRENÇAS
CENTRAIS,
BÁSICAS OU
NUCLEARES
Core Beliefs
BECK, 1970
As crenças centrais são o nível mais fundamental de pensamento.
São globais, rígidas e supergeneralizadas.
Pode-se dizei que fazem parte da personalidade dos indivíduos
São Idéias e conceitos fundamentais sobre nós mesmos, os outros e o mundo
São Incondicionais
Formadas desde a infância e se fortalecem com o tempo
As pessoas frequentemente não as articulam, sequer para si mesmas.
Essas idéias são consideradas pela pessoa como mandado absoluto.
Crenças
BECK, 1970
Fazem parte, portanto da formação de nosso caráter que se refere a fatores psicossociais, fatores aprendidos que influem na personalidade. Boa parte do caráter é formado ao longo da experiência e do processo de socialização.
As crenças centrais estão inseridas dentro de estrutura mais ou menos estáveis, os esquemas, que orientam o comportamento e manifestam os traços de personalidade do indivíduo, isto é, regras específicas que regem o processamento da informação e do comportamento.
CARACTERÍSTICAS
Irracionais
Rígidas
Excessivas
Supergeneralizadas
Absolutas
Extremas
Primitivas
CRENÇAS CENTRAIS, BÁSICAS OU NUCLEARES DISFUNCIONAIS
Muitas são culturalmente reforçadas
“sofrer é virtuoso”
“só podia ser mulher”
“professor tem que saber tudo”
“psicólogo não tem problema”
“é esforçada e não inteligente”
“não se pode elogiar, senão se fracassa”
CRENÇAS CENTRAIS, BÁSICAS OU NUCLEARES DISFUNCIONAIS
Predispõem a transtornos emocionais.
Impedem a realização de metas
Associadas a emoções fortes
Tornam-se ativas em situações relacionadas às vulnerabilidades específicas do indivíduo
Indiossincráticas (cada pessoa tem o seu conjunto)
CRENÇAS CENTRAIS, BÁSICAS OU NUCLEARES DISFUNCIONAIS
As crenças nucleares ou centrais são mais abstratas e gerais, constituindo um nível mais profundo de representação dos pensamentos.
Ativam-se durante os transtornos emocionais.
O processo de informação torna-se tendencioso, extraindo da realidade os aspectos que confirmam a crença disfuncional (viés confirmatório).
Passado o problema emocional ela volta a ser latente.
Nos traços e transtornos de personalidade os indivíduos tem suas crenças disfuncionais ativadas na maior parte do tempo.
CRENÇAS CENTRAIS, BÁSICAS OU NUCLEARES DISFUNCIONAIS
"Pelas crenças centrais nos ajudarem a compreender nosso mundo em uma idade tão tenra, pode nunca-rios ocorrer avaliar se elas são o modo mais útil de compreender nossas experiências adultas.
Ao contrário, quando adultos agimos, pensamos e sentimos como se elas fossem 100% verdadeiras."
(D.Greenberger e C. Padesky, em A Mente Vencendo o Humor, pg. 109, Artmed, 1999)
CRENÇAS CENTRAIS SOBRE SI MESMO
Desamparo Desamor
Aaron Beck
CRENÇAS CENTRAIS, BÁSICAS OU NUCLEARES DISFUNCIONAIS
Crenças centrais sobre si mesmo
Crenças centrais sobre os outros
Crenças centrais sobre o mundo
CRENÇAS CENTRAIS SOBRE SI MESMO
Desamparo: impotente, frágil, vulnerável, carente, desamparado, necessitado
Desamor: indesejável, incapaz de ser gostado, de ser amado, sem atrativos, imperfeito, rejeitado, abandonado, sozinho
Desvalor: incapaz, incompetente, inadequado, ineficiente, falho, defeituoso, enganador, fracassado, sem valor
Judith Beck (1995)
(CRENÇAS CENTRAIS SOBRE OS OUTROS I
Os pacientes e percebem os outros de maneira rígida, supergeneralizada e dicotômica.
Crenças disfuncionais ou negativas sobre os outros levam os pacientes a terem percepções muito negativas.
As pessoas são vistas como desprezíveis, frias, prejudiciais, ameaçadoras e manipuladoras.
As pessoas são más, desleais, traiçoeiras, só querem se aproveitar, tirar vantagens, etc.
CRENÇAS DISFUNCIONAIS SOBRE O MUNDO
Os pacientes podem perceber o mundo de maneira rígida, supergeneralizada e discotômica. E da mesma forma criam crenças sobre este mundo.
Os pacientes acreditam que não conseguem o que querem em razão dos obstáculos encontrados no mundo.
O mundo é in justo, hostil, imprevisível, incontrolável, ameaçador, perigoso, etc."
Judith Beck, Terapia Cognitiva para Desafios Clínicos, 2007, Artmed, pg. 38
CRENÇAS DISFUNCIONAIS SOBRE OS OUTROS
Às vezes, os pacientes podem ter uma visão positiva, mas irreal (disfuncional), como se as pessoas fossem superiores, muito eficientes, amáveis e úteis (diferente da visão que eles tem de si próprios)
Judith Beck. Terapia Cognitiva para Desafios Clínicos, 2007, Artmed, pg. 37.
IMPORTANTÍSSIMO
Conceituar corretamente a categoria, ou categorias, das crenças centrais dos pacientes é essencial para conduzir eficientemente a terapia.
Judith Bek, em “Terapia Cognitiva para Desafios Clínicos, pag. 36, Artmed, 2007
CETCC
CRENÇAS
INTERMEDIÁRIAS
OU SUBJACENTES
PRESSUPOSTOS CONDICIONAS
Crenças intermediaria
Segundo Judith Bek (1995)
Pressupostos Subjacentes ou
Pressupostos Condicionais
Crenças Subjacentes ou Crenças Intermediárias
CRENÇAS INTERMEDIÁRIAS
As crenças centrais influenciam o desenvolvimento das crenças intermediárias.
• São construções cognitivas disfuncionais.
• São regras, padrões, normas, premissas e atitudes que adotamos e que guiam a nossa conduta.
Crenças intermediárias
• São Pressupostos, manifestam-se sempre na forma condicional.
"Se eu fizer o que os outros esperam,
então irão gostar de mim.
Crenças intermediárias
As crenças intermediárias são manifestadas através de:
'REGRAS (eu devo...) "Tenho que ser perfeito em tudo o que faço"
"Não devo me mostrar como sou, pois verão que sou incompetente"
'ATITUDES (é preciso que...) "É horrível ser incompetente." "É terrível desperdiçar seu potencial"
SUPOSIÇÕES (se eu...). "Se eu me mantiver nesta posição eu ficarei bem. Mas, se eu tentar mudar eu não conseguirei ficar bem." "Se eu cometo erros é porque sou má"
Se, por alguma circunstância, os pressupostos
(por exemplo, “devo sempre sacrificar-me pelo bem-estar dos outros)”
não estão sendo cumpridos, o individuo torna-se vulnerável ao transtorno emocional quando as crenças centrais negativas
(“sou um fracasso, incapaz de ser amado”)
São ativadas.
As crenças intermediárias pressupõe que, desde que determinadas regras,;, normas e atitudes sejam cumpridas
(por exemplo, "se eu fizer o que os outros esperam, então irão gostar de mim"),
não haverá problemas e o indivíduo se mantém relativamente estável e produtivo.
(Fernnel, 1997).
Crenças intermediárias
São mais maleáveis do que as crenças centrais.
Embora o individuo construa e mantenha os pressupostos e as regras como tentativa de lidar com a crença central disfuncional, ele as acaba confirmado e reforçado.
Determinam
“os estilos de enfretamento” ou “estratégias compensatórias”
(Judith Beck, 1995)
Comportamentos que a pessoa usa na tentativa de lidar com as crenças (esquemas).
Tem correlação direta com as regras e pressupostos difuncionais que acabam por reforçar ainda mais as crenças.
Os pressupostos condicionais modelam a relação entre as estratégias .comportamentais e as crenças nucleares. -
Estilos de enfretamento
Refere-se a como o pensar e agir acabam perpetuando as crenças nucleares, A literatura chama de capitular, render-se ao esquema.
Por exemplo, uma pessoa que pensa e se "sente" inferior aos outros sempre se coloca, literalmente ou na imaginação, atrás dos outros, porque tem a crença: "Eu não mereço nada melhor".
Manutenção do esquema
Manutenção do esquema
Evitação do esquema
Compensação do esquema
Estilos de Enfretamento
Refere-se às estratégias cognitivas, comportamentais e emocionais usadas para evitar o acionamento das crenças nucleares e dos sentidos dolorosos associados a elas.
Por exemplo, uma pessoa muito tímida fica retraída, não se comunica, fecha-se para o mundo, se pensa e se sente não desejável e acaba se deprimindo, ficando só em casa.. Como
não faz nenhum movimento para enfrentar o problema, ao contrario, o evita, acaba perpetuando seu esquema de não ser desejável.
Evitação do Esquema
Refere-se a comportamento que as pessoas tem que parecem contradizer suas crenças nucleares.
Por exemplo, no caso anterior, o indivíduo que se vê como não desejado, engaja-se em uma intensa e frenética vida social e amorosa (sem) no entanto, aprofundar nenhuma das relações), tudo para compensar sua crença de não ser desejado.
De acordo com a literatura, os processos de compensação do esquema podem ser vistos como tentativas parcialmente bem-sucedidas de desafiar e superar os esquemas. Na medida em que usualmente envolvem uma falha em reconhecer a vulnerabilidade subjacente, deixam a pessoa despreparada quando a compensação falha e o esquema é acionado.
Compensação do Esquema
CETCC
ERROS OU DISTORÇÕES COGNITIVAS
Exemplo:
Indivíduo com Ansiedade Social
Sou incapaz de ser amado (CRENÇA CENTRAL)
É perigoso interagir com as pessoas, pois elas não vão gostar de mim. (ATITUDE}
Para não ter problemas, não devo interagir com as pessoas (REGRA.)
Se eu interagir com as pessoas elas não vão me aceitar como sou. Devo me afastar, caso contrário me machucarão. (SUPOSIÇÃO)
Não vou ter assunto para conversar na festa.
(PENSAMENTO AUTOMÁTICO)
ERROS COGNITIVOS
Processamento defeituoso da informação.
São vieses sistemáticos na forma como indivíduos interpretam suas experiências.
Se a situação é avaliada erroneamente, essas distorções podem levar o indivíduo a conclusões equivocadas.
Pensamentos distorcidos
Erros cognitivos = Pensamentos distorcidos
Deslizes de pensamento
Impedem que se faça urna avaliação exata das experiências
Impelem a se tornar o caminho menos adequado, tirar conclusões e supor o pior.
Desviam do caminho adequado ou induzem à distorção dos fatos.
As distorções cognitivas tem intersecções e sobreposições, por isso o paciente provavelmente irá apresentar, concomitantemente, mais de uma distorção numa mesma situação.
Por ex.: “Se eu chegar atrasado minha mulher vai se separar de mim. Ela não consegue me compreender”. (catastrofização e vitimização)
Flexibilidade Cognitiva
O objetivo da Terapia Cognitiva é corrigir as distorções do pensamento, ou seja, modificar os erros cognitivos, promovendo maior flexibilidade cognitiva construindo pensamentos alternativos mais funcionais, capazes de gerar uma melhora no estado de humor no paciente.
As distorções cognitivas tem intersecções e sobreposições, por isso o paciente provavelmente ira apresentar, concomitantemente, mais de uma distorção numa mesma situação.
Por ex.: "Se eu chegar atrasado minha mulher vai se separar de mim. Ela não consegue me compreender." (catastrofização e vitimização)
CATASTROFIZAÇÃO
Pensar que o pior de uma situação vai ocorrer, sem levar em consideração outros desfechos. Acreditar que esse acontecimento será terrível e insuportável. Eventos negativos que podem ocorrer são tratados como catástrofes intoleráveis, em vez de serem vistos em perspectiva.
"Perder emprego será o fim da minha carreira"
"Não suportarei a separação da minha mulher"
"Se eu perder o controle será o meu fim"
INFERÊNCIA ARBITRÁRIA
Conclusão a partir de evidências contraditórias ou na ausência de evidências.
Uma mulher com medo de elevador é solicitada a prever as chances de um elevador cair com ela dentro. Ela responde que as chances são de 30% ou mais de o elevador cair até o chão e ela não se machucar. Muitas pessoas tentaram convencê-la de que as chances de um acidente catastrófico com um elevador são desprezíveis.
ABSTRAÇÃO SELETIVA (filtro mental, filtro negativo ou visão em túnel)
Um aspecto de uma situação complexa é o foco da atenção, enquanto outros aspectos relevantes da situação são ignorados. Uma parte negativa de toda uma situação é realçada, enquanto todo o restante positivo não é percebido.
Um homem deprimido com baixa autoestima não recebe um cartão de boas-festas de um velho amigo.
Ele pensa: "Estou perdendo todos os meus amigos, ninguém se, importa mais comigo". Ele ignora as evidências de que recebeu cartões de vários outros amigos, que seu velho amigo tem lhe enviado cartões todos os anos nos últimos 15 anos, que.seu amigo esteve muito.ocupado no ano assado com uma mudança.e um novo emprego e que ele ainda tem bons relacionamentos com outros amigos.
SUPERGENERALIZAÇÃO
Conclusão sobre um acontecimento isolado é estendida de maneira ilógica a Outras áreas do funcionamento.
Um universitário deprimido tira nota B em uma prova. Ele considera insatisfatório e supergeneraliza com pensamentos automáticos:
"Estou com problemas nessa aula; estou ficando para trás em todas as áreas da minha vida; não consigo fazer nada direito".
MAXIMIZAÇÃO E MINIMIZAÇÃO
A importância de um atributo, evento ou sensação é exagerada,ou minimizada.
Uma mulher com transtorno.de pânico começa a sentir tonturas durante o início de um ataque de pânico. Ela pensa: "Vou desmaiar; posso ter um ataque cardíaco ou um derrame"„
"Eu tenho um ótimo emprego, mas todo mundo tem”.
"Obter notas boas não quer dizer que sou inteligente, os outros obtêm notas melhores do que as minhas.”
PENSAMENTO ABSOLUTISTA (dicotômico ou do tipo tudo-ou-nada)
Os julgamentos sobre si mesmo, as experiências pessoais ou com os outros são separados em duas categorias. (totalmente mau ou totalmente bom, fracasso total ou acesso, cheio de defeitos ou completamente perfeito)
Paulo, cada homem com depressão, compara--se com Roberto, um amigo que parece ter um bom casamento e cujos filhos estão indo bem na escola. Embora o amigo seja muito feliz em sua casa, sua vida está longe do ideal. Roberto tem problemas no trabalho, restrições financeiras e dores físicas, entre outras dificuldades.
Paulo está se envolvendo em pensamento absolutistas quando diz para si mesmo:
“Tudo vai bem para Roberto; para mim nada vai bem”.
PERSONALIZAÇÃO
Assumir responsabilidade excessiva ou culpa por eventos negativos, falhando em ver que outras pessoas e fatores também estão envolvidos nos acontecimentos.
O chefe estava nervoso e de cara feia. “Devo ter feito algo errado.”
Separando-se da esposa. “Não consegui manter meu casamento, ele acabou por minha causa.”
RACIOCÍNIO EMOCIONAL
Presumir que sentimentos são fatos. “Sinto, logo êxito”.
Pensar que algo é verdadeiro porque tem um sentimento (na verdade de um pensamento) muito forte a respeito.
Deixar os sentimentos guiarem a interpretação da realidade. Presumir que as reações emocionais refletem a situação verdadeira.
“Eu sinto que minha mulher não gosta mais de mim.”
“Sinto que meus colegas riem às minhas costas”.
“Sinto que estou tendo um enfarto, então deve ser verdadeiro.”
“Sinto-me desesperado, então a situação deve ser desesperadora.”
ADIVINHAÇÃO
Prever o futuro. Antecipar problemas que talvez não venham a ocorrer. Expectativas negativas estabelecidas como fatos.
“Não irei gostar da viagem.”
“Ela não aprovará meu trabalho.”
“Dará tudo errado.”
ROTULAÇÃO
Colocar um rótulo global, regido em si mesmo, numa pessoa ou situação, em vez de rotular a situação ou o comportamento específico.
“Sou incompetente.”
“Ele é uma pessoa má.”
“Ela é burra.”
LEITURA MENTAL
Presumir, sem evidências, que sabe o que os outros estão pensando, desconsiderando outras hipóteses possíveis.
“Ela não está gostando da minha conversa.."
"Ele está me achando importuna.”
"Ele não gostou do meu projeto.”
DESQUALIFICANDO O POSITIVO
Experiências positivas e qualidades que entram em conflito com a visão negativa são desvalorizadas porque "não contam" ou são triviais.
"O sucesso obtido naquela ta tarefa não importa, porque foi fácil."
"Isso é o que esposas devem, fazer, portanto, ela ser legal comigo não conta.”
"Eles só estão elogiando meu trabalho porque estão com pena."
IMPERATIVOS
"deveria" e "tenho que"
• interpretar eventos em termos de corno as coisas deveriam ser, em vez de simplesmente considerar as coisas como são. Afirmações absolutistas na tentativa de prover motivação ou modificar um comportamento. Demandas feitas a si mesmo, aos outros e ao mundo para evitar as consequências do não cumprimento dessas demandas.
"Eu tenho que ter controle sobre todas as coisas."
"Eu devo ser perfeito em tudo que faço."
"Eu não deveria ter ficado incomodado com meu amigo."
QUESTIONALIZAÇÃO
(E se?)
Focar o evento naquilo que poderia ter sido e não foi. Culpar-se pelas escolhas do passado e questionar-se por escolhas futuras.
“Se eu tivesse aceitado o outro emprego, estaria melhor agora.”
“E se o novo emprego não der certo?”
“Se eu não tivesse viajado, isso não teria acontecido.”
VITIMIZAÇÃO
Considerar-se injustiçado ou não entendido. A fonte dos sentimentos negativos é algo ou alguém, havendo recusa ou dificuldade de se responsabilizar pelos próprios sentimentos e comportamentos.
“Minha esposa não entende meus sentimentos.”
“Faço tudo pelos meus filhos e eles não me agradecem.”
BAIXA TOLERÂNCIA À FRUSTRAÇÃO
Supor que quando urna coisa parece difícil de ser tolerada, ela é intolerável.
• Significa aumentar o desconforto e não tolerar o desconforto temporário, quando é do seu interesse fazê-lo em prol de algo que você deseja.
Exemplos
Frequentemente você adia os trabalhos acadêmicos, pensando:
“Vai dar muito trabalho. Vou fazer quando estiver com vontade. “Você tende a fazer o trabalho quase no fim do prazo e isso se torna desconfortável demais para ser ainda mais adiado. Infelizmente, esperar até o último momento significa que você raramente se esforça tanto quanto poderia no seu curso/trabalho para atingir todo o seu potencial.
“Você quer superar sua ansiedade por viajar para longe de casa enfrentando diretamente o seu medo. E ainda assim, cada vez que você tenta viajar para longe de trem, você fica ansioso e pensa:
“Isso é horrível, eu não posso suportar”, e rapidamente retorna para casa, o que reforça seu medo mais do que o ajuda a vivenciar uma experiência menos ameaçadora.
Pensamentos Automáticos
São um fluxo de pensamentos que coexistem com um fluxo de pensamentos mais manifestos. Surgem
São, usualmente aceitos como verdadeiros, sem avaliação crítica.
Parecem surgir, espontaneamente, mas estão ligados ao nosso sistema de crenças centrais e subjacentes.
São quase sempre negativos, a menos que o paciente seja maníaco ou hipomaniaco, tenha um transtorno de personalidade narcisístico ou seja um dependente de drogas.
São usualmente breves e o paciente com frequência está mais ciente da emoção que se sente em decorrência do pensamento do que do pensamento em si.
CETCC
Pensamentos Automáticos Disfuncionais
CETCC
Pensamentos Automáticos
Influenciam o comportamento o que escolhemos ou não fazer e a qualidade do nosso desempenho.
Podem ocorrer em forma verbal ou como imagens.
Pensamentos e Crenças afetam respostas
São influenciados pelas crenças que se adquire na infância e no melo cultural.
Pensamentos Automáticos
Ajudam a definir os estados de humor que experimentamos
Os pensamentos ajudam a definir qual estado de humor experimentamos em determinada situação.
Por exemplo, pessoas com raiva pensam a respeito de como foram prejudicadas; pessoas deprimidas pensam sobre quão infelizes suas vidas se tornaram; e pessoas ansiosas veem perigo em toda parte."
(D.Greenberger e C. Padesky, em A Mente Vencendo o Humor, pg. 24, Artmed, 1999)
CETCC
PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS
Desencadeantes e Estimulantes
P. A.
É uma cognição alicerçada em auto-avaliações e auto-direcionamentos, fora do alcance consciente que opera automaticamente, de forma particular e produzida pelos esquemas,
(Aaron Beck)
Origem dos PAD
Uma gama de situações pode gerar pensamentos automáticos DISFUNCIONAIS
Sequência entre a geração da situação desencadeante e o comportamento final
(Pensamento quente)
Situações desencadeantes
Pequenos acontecimentos
Pensamentos estressantes
Lembranças
Imagens
Emoções
Comportamentos
Sensações físicas
Sensações mentais
2a. situação
O paciente refletiu sobre esses pensamentos e leve uma outra série de pensamentos
“Eu não devia pensar mal da minha mãe. Ela é idosa e sozinha
(Culpa)
1ª Situação
O paciente estava se sentindo bem, quando estava falando com a mãe ao telefone, percebeu que ela o estava criticando por não telefonar sempre para ela.
"Por que ela sempre reclama que eu não falo o suficiente com ela? Ela não sabe que eu tenho a minha vida?"
(Irritado)
3ª situação
Ao se sentir culpado, ele pensou:
"Eu sou um homem. Como a minha mãe ainda me afeta tanto? Realmente há alguma coisa errada comigo."
(Tristeza)
4a. situação
Ao se sentir triste, sentou no sofá, ficou encolhido, refletindo sobre seu comportamento.
"Eu não devia estar sentado aqui. Qual o problema comigo?"
(Raiva)
Reações do paciente
Emocional
Comportamental
Física
É importante descobrir se a natureza dessas reações perturba o paciente. Normalmente eles se sentem perturbados com suas emoções negativas
(Mudança de humor)
Situações estimulantes
Pensamentos, automáticos tornam-se situações ESTIMULANTES quando os pacientes os avaliam, tomam conhecimento deles e
Tem pensamentos automáticos adicionais
Reação emocional
O paciente estava na farmácia e pensou: "Por que este remédio não me ajuda?" (Ansioso)
Percebeu a ansiedade e pensou:
"Nunca vou sarar".
(Desanimado)
Reação comportamental
A paciente viu um prato de biscoitos e pensou: "Não tem problema se eu pegar apenas um” pegou o biscoito e comeu).
Quando terminou de comer percebeu o que tinha feito e pensou:
"Oh! Eu não devia ter comido. Realmente quebrei minha dieta hoje. Talvez eu possa comer mais um e recomeçar minha dieta amanhã".
Situações e reações
"Na verdade, pode ser mais importante trabalhar a avaliação do paciente quanto às suas reações do que a situação desencante".
Judith Beck
Em TERAPIA COGNITIVA PARA DESAFIOS CLÍNICOS, O que fazer quando o básico não funciona, página 47, Artmed
Reação física
O paciente estava dirigindo quando passou pela sua cabeça as imagens de um acidente, sentiu-se
Pensou
“Isso pode acontecer comigo”.
Uso de substâncias
Situações desencadeantes e estimulantes
Situação 1– Em casa
PA – "Estou sem dinheiro, quebrado, Eu nunca sairei desse buraco".
Emoção: Tristeza, desânimo
Situações desencadeantes e
estimulantes
Situação 2
- Percebe o sentimento de tristeza
PA – "Eu odeio este sentimento. Se eu pudesse cheirar só uma carreira (usar cocaína)"
Emoção: Ansiedade
PA – Lembrança do sentimento maravilhoso da primeira vez em que usou cocaína
Emoção: Excitação
Reação física: Fissura
Uso de substâncias
Situações desencadeantes e estimulantes
Situação - 3 – Reconhece o desconforto da fissura
PA – "Preciso conseguir um pouco (de cocaína). Não vai me fazer mal desta vez"
Emoção: Alívio Comportamento: Evita pensamentos que possam detê-lo, consegue a cocaína e a consome.
Uso de substância
Situações desencadeantes e estimulantes
Situação 4 - Mais; tarde percebe o que faz
PA – "Nau acredito que eu fiz isso. Sou um fraco. I nunca vou me livrar disto (dependência)!.
REFORÇO DA CRENÇA DE SER UM FRACASSO E SEM CONTROLE.
CETCC
Conclusão
Os pacientes tendem a pensar e agir de modo rígido.
É essencial reavaliar continuamente a conceituação cognitiva para entender por que os pacientes reagem desta ou daquela forma em situações atuais e para selecionar os problemas mas importantes, cognições e comportamentos a serem trabalhados.
CETCC
Exercício
Lembre de uma situação em que você sentiu algo desagradável e o que passou por sua cabeça naquele momento.
Identifique o pensamento automático disfuncional, que erro cognitivo ele apresenta.
CEETCC
Conceitualização (Conceituação)
Cognitiva
E essencial para o terapeuta aprender a conceituar as dificuldade do paciente em termos cognitivos, a fim de determinar como proceder na terapia:
quando trabalhar sobre uma meta especifica
pensamento automático
crença técnica escolher e
como melhorar o relacionamento terapêutico.
As perguntas básicas que o terapeuta faz a si mesmo são:
Como esse paciente veio parar aqui?
Que vulnerabilidades e eventos de vida (traumas, experiências, interações) foram importantes?
Conto o paciente enfrentou suo vulnerabilidade?
Quais são seus pensamentos auto, que crenças eles brotaram?
É importante para o terapeuta colocar-se no lugar do paciente para desenvolver empatia pelo que o paciente está passando, entender como ele está se sentindo e perceber o mundo através dos seus olhos.
Dessa maneira, de acordo com a sua história e conjunto de crença, sua percepções, pensamentos, emoções e comportamentos deveriam fazer sentido.
Uma conceituação cognitiva fornece a estrutura pelo entendimento de um paciente pelo terapeuta, quando os mesmo as seguintes perguntas:
Qual é o diagnóstico do paciente:
Quais são seus problemas atuais, como esses problemas se desenvolveram e como eles são mantidos?
Que pensamentos e crenças disfuncionais estão associados aos problemas?
Quais reações (emocionais,fisiológicas e comportamentais) estão associa das ao seu pensamento?
Que mecanismos cognitivos, efetivos e comportamentais, positivos e negativos, ele desenvolveu para enfrentar suas crenças disfuncionais?
Como ele via (e vê) a si mesmo, aos outros, seu mundo pessoal, seu futuro?
Que estressores contribuíram para seus problemas psicológicos ou interferiram em sua habilidade para resolver esses problemas?
Dessa maneira o terapeuta começa a construir uma conceituação cognitiva durante seu primeiro contato com um paciente e continua a refinar sua conceituação até a última sessão.
História de Vida
Mãe excessivamente atenciosa com os filhos e marido, e ativa no contexto familiar, Pai passivo; necessidade da família em situações diárias; Medo de não ser aceita; Muito estudiosa; Poucas amigas.
Dados Relevantes na Infância e Adolescência
Gagueira desde os 11 anos; Baixa Auto-estima; Solicitação de amigas para quase todas as atividades.
Crenças Centrais
Eu sou incapaz; Não consigo fazer nada sozinha; Não sou amada.
Estratégias compensatórias
Solicitar mãe e namorado para reassegurar que gostam dela; Fazer tudo que as pessoas pedem; Exigência acerca do desempenho em todas atividades diárias; Esquivar-se em situações sociais e de desempenho; Solicitar às pessoas significativas para o enfrentamento de dificuldades.
Situação 1
Solicitar pessoas significativas para todas atividades diárias;
Pensamento automático (P.A.): Sou incapaz porque não consigo resolver meus problemas.
Significado do P.A.: sou chata e incompetente.
Emoção: solidão / Tristeza.
Comportamento: Brigas com namorado e amigas.
Situação 2
Telefonar para mãe e o namorado várias vezes ao dia.
Pensamento Automático: Eles podem me esquecer; preciso saber se eles realmente gostam de mim.
Significado do P.A.
Emoção, Ansiedade / tristeza
Comportamento: pede ajuda para solucionar problemas e assegurar que é amada.
Situação 3
Não conseguir falar em público
Pensamento Automático: vão rir de mim;
Significado do P.A.: Emoção, ansiedade / desvalia
Comportamento: esquiva de falar em seminários na faculdade e de situações sociais.
Conceitualjzação Cognitiva Análise Vertical
Pensamentos Automáticos e Distorções Cognitivas típicas
Crenças Centrais, Crenças Subjacentes e Estilos de Enfrentamento
Tríade Cognitiva (Visão de si, dos outros, do mundo e do futuro)
Organização da Personalidade (autônoma X Sociotrópica)
Metas e expectativas de vida
Traço de Personalidade
Sociotrópica VS.. Autonômica
Sociotrópica Voltado ao social – Autônoma Voltado a si
Ideal: Equilibrar-se entre os dois extremos Desenvolver as duas áreas
Conceitualização Cognitiva
Análise Longitudinal
Fatos relevantes de desenvolvimento e ou impedimentos psicológicos ou físicos que predispuseram a problemas
Autoconceito e autoestima
Conceito sobre os outros significativos
Estilos de Enfrentamento e Estratégias Compensatórias
Formulação da Hipótese de Vulnerabilidade Cognitiva
Interação entre eventos de vida e vulnerabilidade cognitiva (temas frequentes e episódios passados)
Distúrbio atual:- Problemas internos que mantém o estado disfuncional
- Problemas externos que mantém o estado disfuncional
- Problemas causados pelo distúrbio
- Problemas residuais após a solução do distúrbio atual
Objetivos da TCC
Flexibilidade Cognitiva:
Modificando primeiramente os erros cognitivos
Modulando as emoções
Procurando interpretações mais adaptativas
Reestruturação Cognitiva:
Aprofundando a terapia em busca de tornar o sistema de esquemas e crenças mais funcional
Resolução de Problemas: Pragmatismo
Exercício
Conceitualização do Caso Florinda
CETCC
CETCC
IDENTIFICANDO PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS
Profa. Lina Sue Matsumoto
Psicóloga e Psicoterapeuta.
Professora de TCC, Psicotera pia Cognitiva Narrativa e Psicologia Positiva no CETCC (2011-2012).
Aprimorada em Transtornos Alimentares (IPg-HC-FMUSP) e Psicóloga colaboradora AMBULIM (2008-2010).
Professora de Psicologia Cognitiva e Construtivismo, PPB, Teste de Rorschach - Universidade Paulista - UNIP (2009-2010).
E-mail: lina..sug@batinaLcom. Celu lar (11) 8660.1234
RECONHECIMENTO DAS MUDANÇAS DE HUMOR
VÍDEO 6: UMA MUDANÇA DE HUMOR
" A emoção é a estrada real para a cognição" (Beck, 1989)
Padrões de pensamentos ligados à expressão emocional intensa, carregada - oportunidades ricas para trazer à tona alguns PA ESQUEMAS importantes a serem trabalhados em terapia.
Além disso há um impacto significativo na memória. A carga emocional propicia maior lembrança dos eventos a serem trabalhados.
PENSAMENTO AUTOMÁTWO (PA)
Base do tratamento na TCC
Promove a flexibilidade Cognitiva
Fases sobrepostas:
1) Identificação Pensamentos Automáticos Negativos (PAN)
2) Modificação Pensamentos Automáticos Negativos (PAN)
Métodos para identificar o PAN:
Reconhecimento das mudanças de humor
Psicoeducação
Descoberta Guiada
Registro de Pensamentos
Exercícios de Imagem Mental
Exercício de “Role Play”
IMPORTANTE IDENTIFICAR OS ESTADOS DE HUMOR
As emoções = importância primária = TC.
Meta importante TC – alívio de sintomas (redução no nível de aflição = quando ele modifica PA disfuncional).
A emoção negativa intensa é dolorosa -3 disfuncional quando interfere na capacidade do paciente de pensar claramente, resolver problemas, agir efetivamente ou obter satisfação.
Os pacientes com um transtorno psicológico, frequentemente experimentam uma intensidade de emoção que é excessiva ou inapropriada à situação.
Podem sentir-se cansados (não reconhecer depressão) ou sentirem-se nervosos (não reconhecerem ansiedade).
Também a raiva, a vergonha e a culpa são estados de humor problemáticos comuns a muitas pessoas.
PSICOEDUCAÇÃO
Vídeo 4 e 5
Ensinar ao paciente, se possível com exemplos próprios, a origem dos PAN.
Explicar como o pensamento influencia a emoção e o comportamento
DESCOBERTA GUIADA
Vá fundo e questione
“Quais outros pensamentos você teve na situação?”
“Vamos tentar nos manter nisso um pouco mais?”
“Você se lembra de mais algum pensamento que pudesse estar passando por sua cabeça?”
Conte com a formulação de caso para saber que caminho tomar.
Pode dirigir o questionamento mesmo no início.
O conhecimento dos diagnósticos diferenciais ajudam na formulação de perguntas para dirigir os pacientes aos seus focos problemáticos.
VÍDEO 7 – DESCOBERTA GUIADA
DESCOBERTA GUIADA
Utilize suas habilidades de empatia.
Coloque-se no lugar do paciente e pense comi ele pode estar pensando.
Essa prática leva a uma maior competência do terapeuta.
Faça questionarnentos que estimulem a EMOÇÃO = Elas balizam seu caminho.
Seja específico = Situações específicas (discussão de tópicos gerais leva a relato de cognições difusas).
Focalize em eventos recentes.
Mantenha-se em uma linha de questionamento e u único tópico.
REGISTRO DE PENSAMENTOS DISFUNCIONAIS (RPD)
No papel ou no computador
Dá início ao empenho espontâneo de rever ou corrigir cognições desadaptativas
Pode ser um trampolim para intervenções mais específicas do terapeuta para modificar PANs
'Apresentado na fase inicial d tratamento de modo simples
No início, usar apenas duas 'U três colunas, primeiro na sessão e depois como tarefa de casa
Situação: Meu marido resolveu jogar baralho com os amigos na sexta-feira à noite ao invés de ficar comigo
– Pensamentos Automáticos: “Sou uma chata. Não é de estranhar que ele queira passar tanto tempo com os amigos. Não sei ainda como não me deixou."
- Emoções: Tristeza, solidão
Situação: É segunda-feira de manhã e não tenho nada pra fazer e nem pra onde ir.
Pensamentos Automáticos: “Queria gritar. Não suporto minha vida. Fui uma burra ao ter que me aposentar.
Emoções: Tristeza, tensão, raiva
Situação: Uma senhora na igreja disse que eu tinha sorte de ter me aposentado e não ter que lidar mais com os alunos.
Pensamentos Automáticos: “Se ela soubesse como estou infeliz... Não tenho amigos. Minha família não liga pra o que eu estou sentido. Sou uma porcaria.”
Emoções: Raiva, tristeza
COMO AJUDAR OS PACIENTES NESTA TÊCNICA
Explique - Use um tom de voz incentivador e que mostre acolhimento, demonstrando a utilidade e segurança do método.
Peça que tente lembrar o que se passava em sua cabeça antes do incidente:
0 que o levou pra essa situação?"
O que se passava em sua mente enquanto estava na situação?",
Como estava se sentindo antes da interação começar?"
Faça perguntas do tipo: "Quem estava lá?" "Como era o lugar?"
Como a outra pessoa apareceu?'
"Você se lembra de algum som ou cheiro naquele momento?"
“O que você estava vestindo ?"
“ O que mais você consegue lembrar da cena antes que tenha sido dito qualquer coisa?”
Conforme a cena for sendo descrita, utilize perguntas estimulantes que intensifiquem a imagem e ajudem o paciente a ir mais fundo e lembrar os pensamentos automáticos.
IMAGENS MENTAIS
Utilizada quando o paciente tem dificuldade de identificar pensamentos automáticos.
Utilização de perguntas que estimulem imagens vividas de uma situação ocorrida.
Necessita de preparação para ser eficaz.
ROLE PLAY"
(DRAMATIZAÇÃ0)
»O terapeuta encena o papel de uma figura significativa do paciente e dramatiza uma cena = que está relacionada com a causa problema.
Num segundo momento eles trocam de papel.
0 objetivo é trazer à tona PANs„
«ROLE PLAY"
DRAMATIZAÇÃO
IMPLICAÇÕES PARA UTILIZAÇÃO ROLE PLAY NA RELAÇÃO TERAPÊUTICA
Como o "role-play", nesta situação específica, com essa firma importante da vida do paciente, afetaria a relação terapêutica?
O teste de realidade do paciente é forte o suficiente para ver essa experiência como uma dramatização e retornar ao trabalho depois do "role-play"?
Esse “role-play" tocaria em questões relacionais de longo tempo ou seria focado em um evento mais restrito?
LISTA DE PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS
MARQUE UM X AO LADO DE CADA PENSAMENTO AUTOMÁTICO NEGATIVO QUE VOCÊ TENHA TIDO NAS 2 ÚLTIMAS SEMANAS (WRIGHT, 2008)
Eu deveria estar me dando melhor na vida.
Ele/ela não me entende.
Eu o/a decepcionei
Eu simplesmente não consigo achar mais graça em nada.
Por que sou tão fraco(a)?
Eu sempre estrago as coisas.
Minha vida está sem rumo.
Não consigo lidar com isso.
Estou fracassando.
Isto é demais para mim.
Não tenho muito futuro.
As coisas estão fora de controle.
Estou a fim de desistir.
Com certeza, alguma coisa ruim vai acontecer.
Alguma coisa deve estar errada comigo.
INVENTÁRIO PARA PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS
BDI – Escala de Depressão (Beck Depression Inventory) (Mede a intensidade da depressão)
BAI – Escala de Ansiedade (Beck Anxiety Inventory) (Mede a intensidade da ansiedade)
BHS – Escala de Desesperança (Beck Hopelessness Scale) (Medida de pessimismo – indícios sugestivos risco de suicídio)
BSI – Escola de Ideação Suicida (Beck´s Suicida! Ideation Scale) (Detecta a presença de ideação suicida – mede extensão da motivação e planejamento)
EXERCÍCIO PRÁTICO
Escolha um colega para fazer o papel de paciente e você terapeuta.
Utilize a mudança de humor para identificar um pensamento automático disfuncional (PAN)
Agora troque de papel:, seu colega vira terapeuta e você paciente.
BIBLIOGRAFIA
TERAPIA COGNITIVA – TEORIA E PRÁTICA. Judith Beck – ARTMED
APRENDENDO A TERAPIA COGNITIVO – COMPORTAMENTAL – UM Guia ilustrado. Jesse H. Wriht et al. ARTMRD
A MENTE VENCENDO O HUMOR. Christine Padesky et al ARTMED
TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL NA PRÁTICA – Dona M. Sudak. ARTMED
CETCC
Namastê!
Profa. Lina Sue –lina.sue@hotmall.com – celular (11) 8660-1234
Modificando Pensamentos Automáticos
Eliana Melcher Martins
Doutorada em Ciências pelo Depto. De Psiquiatria da UNIFESP Mestre em Ciências pelo Depto de Psicobiologia da UNIFESP Especialista em Medicina Comportamental pela UNIFESP Psicóloga Clinica Cognitivo-Comportamental
Questionamento Socrático Características –Chave
FAÇA PERGUNTAS
que revelem oportunidades de mudança.
O quanto pensamento influencia emoções e comportamentos.
que Tragam resultados
que envolvam o paciente no processo de aprendizagem.
Modificação dos Pensamentos Automáticos
Questionamento Socrático
Uso do RPD
Geração de Alternativas Racionais
Identificação de Erros Cognitivos
Exame das Evidências
Descatastrofização
Reatribuição
Ensaio Cognitivo
Cartões de Enfrentamento
Características -chave
Elabore perguntas de forma que sejam produtivas para o paciente.
Evite fazer perguntas de comando
Use perguntas de múltipla escolha
O RPD incentiva o paciente a:
1. Reconhecer seus pensamentos automáticos
2. Identificação de Erros Cognitivos, Examinar as evidências, gerar alternativas racionais
3. Observar resultados positivos em seus esforços para modificar seus pensamentos
Registro de Pensamentos Disfuncionais (RPD)
Situação: Preparando-se para ir uma festa – Pensamento Automático: Não vou saber o que dizer – 90% - Emoção Ansioso 80% - Tenso 70% - Reposta Racional: Maximizando – Leio muito ouço as noticias no rádio . Tenho praticado como bater papo. Tenho algo a dizer. Só preciso
começar a falar (90%) – Resultado: Ansioso 40%. Fui à festa e fiquei lá por mais de 1 hora. Eu estava nervoso, mas me sai bem
Situação: 1-Evento que levou à emoção desagradável – 2-Fluxo de Pensamentos – 3-Sensações fisiológicas.
Pensamentos Automáticos: Escreva os pensamentos – Automáticos que precederam as Emoções – Grau de crença no PA 0 a 100%
Emoção: especifique – triste, ansioso, Com Raiva – Grau de emoção de 0 a 100%
Resposta racional: Identifique os erros cognitivos – escreva a respeito a resposta racional ao PA. – grau de crença na resposta racional, de 0 a 100%
Resultado: especifique o grau das emoções e PA. Subseqüentes de 0 a 100% - Descreva as mudanças no comportamento.
Exercício: Utilizando o RPD
Identifique um episódio de sua vida que causou ansiedade, tristeza, raiva ou alguma outra emoção desagradável
Preencha o RPD, identificando pensamentos automáticos, emoções, pensamentos racionais e o resultado do uso do RPD
Exercício: Utilizando o RPD
Apresente ao seu paciente esse exercício em uma sessão de terapia.
Peça a ele para preencher um RPD como tarefa de casa e depois revise em sessão posterior
Se o paciente tiver problemas para implementar o RPD ou não estiver fazendo muito progresso, busque soluções para essas dificuldades
Geração de Alternativa Racionais
de Pensamento Positivo, tentando mascarar o problema, ignorando possíveis dificuldades pessoais ou minimizando riscos genuínos
Enxergar circunstâncias da forma mais racional possível e trabalhar maneiras mais adaptativas de lidar com os problemas
Desenvolvimento de Pensamentos Lógicos
1. Abra sua mente para as possibilidades: cientista ou detetive (evitando a precipitação, buscando evidências)
2. Pense como pensava antes de estar deprimido ou ansioso. Em algum momento da vida obteve sucesso
Desenvolvimento de Pensamentos Lógicos
3. Faça e explique um bminstorm.
Considerar uma lista de todas as idéias possíveis, factíveis ou não e depois ver quais podem ser mais lógicas
4. Aprenda com os outros
Vídeo 9 — Gerando alternativas racionais
Exercício:
Questionamento Socrático e Geração de Alternativas Racionais
Faça um Role-play com um colega para praticar o questionamento socrático e a geração de alternativas racionais
Faça com seu paciente. Incentive-o a pensar como um cientista ou um detetive ao examinar diferentes maneiras de enxergar a situação. Instrua o paciente sobre a técnica do brainstorm
Identificação de Erros Cognitivos
Sugestão de leitura para o paciente sobre erros cognitivos: A Mente Vencendo o Humor (Greenberg e Padesky, 1996; (Artmed, 1999)
Explicar erros cognitivos em terapia, usando exemplo do próprio discurso do paciente
Exame das evidências
Pensamento Automático:
Vou perder meu emprego.
Evidências a favor do PA:
1. A produtividade da minha linha de produção caiu
2. Recebi uma advertência
3. Não atingimos nossa meta
Evidências contra o PA
1. A fábrica já está com poucos operários; eles não vão mandar mais gente embora por enquanto
2. Estou lá há dez anos e minha ficha é boa
3. Não estamos muito atrás nas metas de produção
4. A empresa não tem um histórico de demissão de pessoas sem uma boa razão
5. Ninguém me falou nada sobre perder meu emprego
Erro cognitivo: Ignorando as evidências
Tive somente uma chamada de atenção em 10 anos.
Pensamentos alternativos:
É improvável que eu perca meu emprego.
Eles não vão me demitir.
Eles estão tentando ver como melhorar a produção.
Vídeo 10 – Examinando as evidências
Descatastrofizando
Cenário da pior hipótese
Vídeo 2
Descatastrofizando
- Faça uma estimativa da probabilidade de ocorrer um resultado catastrófico, pedindo ao paciente para classificar sua crença em uma escala de O a 100%.
Anote as respostas
Avalie as evidências contra e a favor de ocorrência do evento. Monitore a ocorrência de erros cognitivos e utilize o questionamento socrático para ajudá-lo a discriminar entre temores e fatos
Descatastrofizando
Revise a lista de evidências e peça ao paciente para refazer as estimativas da probabilidade de ocorrer uma catástrofe
Avalie a percepção do controle, pedindo ao paciente para classificar até que ponto acredita ter controle sobre a ocorrência ou o resultado do evento. Anote
Descatastrofizando
Crie um plano de ação, fazendo um branstorm das estratégias para redução da probabilidade de que a catástrofe ocorra.
Colocar no papel.
Descatastrofizando
- Desenvolva um plano para enfrentar a catástrofe, caso ocorra
- Reavalie a percepção da probabilidade do resultado catastrófico, bem como o grau de percepção do controle sobre o resultado.
- Compare-os com os originais e discuta as diferenças
- Faça uma análise, perguntando ao paciente como foi falar sobre seus pensamentos catastróficos dessa maneira. Reforce esse processo.
Reatribuição
Atribuições são os significados que as pessoas dão a eventos de sua vida
3 dimensões de atribuições distorcidas.
1. Interno X externo – Pessoas deprimidas tendem a internalizar a culpa e a responsabilidade por resultados negativos
2. Geral X específico – Na depressão, as atribuições serão mais provavelmente devastadoras e globais do que específicas a um problema
3. Invariável X variável – Os deprimidos fazem atribuições que são invariáveis e preveem pouca ou nenhuma mudança
Atribuições mais saudáveis
Questionamento Socrático
RPD
Exame das Evidências
Gráfico com as dimensões das atribuições
Brainstorm
Perguntas para se obter outras perspectivas do problema:
E quanto a outras pessoas que poderiam influenciar a situação? Parentes? Amigos?
E o papel da sorte ou do destino?
Pode ser genético?
E o chefe no trabalho?
E o casamento como vai?
Gráfico com as dimensões das atribuições
Pressões no trabalho 20%
Pais da esposa 20%
Eu 20%
Finanças 10%
Casamento ruim 20%
Ensaio Cognitivo
1. Pense sobre a situação com antecedência
2. Identifique possíveis PANs e comportamentos
3. Modifique os PANs fazendo RPD ou outra técnica da TCC
4. Ensaie o modo mais adaptativo de pensar e se comportar em sua mente
5. Implemente a nova estratégia
6. Ensaiar o novo plano na sessão
Vídeo 11 – Ensaio Cognitivo
Cartões de Enfretamento
1. Escolha uma situação que seja importante para o paciente
2. Planeje intervenções na terapia com o objetivo de produzir um cartão de enfrentamento
3. Avalie se o paciente está pronto para implementar estratégias com um cartão de enfrentamento. Não tente fazer muita coisa rápido demais. Comece com uma tarefa administrável
Cartões de Enfrentamento
4. Seja específico na definição da situação e dos passos a serem seguidos para lidar com o problema
5. Filtre as instruções até a sua essência. Instruções facilmente memorizadas tem maior probabilidade de se solidificar
6. Seja prático. Sugira estratégias que tenham alta probabilidade de sucesso
7. Defenda o uso frequente do cartão em situações da vida real
Exemplo de Cartão de Enfretamento
Situação
Executivos da empresa estão chegando para fazer um levantamento de nossos problemas de produção
Estratégias de enfrentamento:
Lembrar a mim mesmo
- Estamos muito próximos de atingir nossa meta de produção
- Outros grupos de trabalho em minha fábrica estão piores do que nós
- Eles não estão preocupados comigo. A pressão cairá sobre meus chefes
- Eles só vão fazer uma ou duas perguntas. Eles não vão me interrogar
Bibliografia
Terapia Cognitiva-Teoria e Prática Judith Reck- Artmed
Aprendendo a Terapia Cognitivo-Comportamental. .lesse H. Wright et al. - Artmed
A Mente vencendo o Humor. Christine Padesky, Artmed
Terapia Cognitivo-Comportamental na Prática - Donna M. Sudak. Artmed
Terapia Cognitivo-Comportamental
Avaliação Inicial 1ª. Sessão
Eliana Meicher Martins e Lina Sue Matsumoto
OBJETIVOS GERAIS
PSICÓLOGO
Identificar os problemas do paciente (queixa principal: O que te trouxe aqui?)
Promover empatia (ALIANÇA TERAPÊUTICA)
Verificar quais os procedimentos da TCC serão utilizados no tratamento (Protocolo)
Base para avaliar a eficácia do tratamento (Meta).
PACIENTE
Conhecer o trabalho do Psicólogo
Avaliar empatia com o profissional e com a abordagem oferecida (TCC).
OJETIVOS CENTRAIS DA TCC
Identificar sintomas e conceitualizar cognitivamente o problema de um paciente.
Desenvolver e implementar um plano de tratamento
Progressivamente:
1. Restaurar a FLEXIBILIDADE COGNITIVA
2. Promover a REESTRUTURAÇÃO COGNITIVA
3. Promover a generalização e manutenção dos ganhos com a terapia
Desenvolver habilidades de RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
PREVENIR RECAÍDAS: conduzir programa de follow-up
Tornar o paciente autônomo para o exercício das habilidades adquiridas no processo clínico, no menor prazo de tempo possível
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Cadastro de dados gerais
Agenda
Checagem do humor
Relato breve da demanda
Psicoeducação sobre o problema do paciente
Explorar áreas da vida e auto-conceito
Colocar o problema do paciente dentro do odeio cognitivo
Apresentar os princípios da TCC
Verificar as expectativas do paciente
Dar um resumo da sessão e pedir feedback
Fechar contrato terapêutico
AGENDA
1. Tempo de sessão: aprox. 1:00 h
2. Apresentar Estrutura da Sessão
ESTRUTURA SIMPLIFICADA
Cadastro e Aplicação de 3 escalas (BDI?BAI?BHS)
Feedback do Psicólogo sobre as escalas
Resumo da Demanda
Exploração de área da vida e autoconceito
Explicar o Modelo Cognitivo
Contrato Terapêutico
CADASTRO
Nome:
CPF:
E – mail:
DDD + Telefone fixo
Crie uma senha:
Confirme a senha:
Endereço/No.:
Complementos:
CEP:
Bairro:
Cidade:
Estado:
País:
Desejo receber notícias e promoções da loja
Gravar cadastro
Limpar formulário
CHECAGEM DO HUMOR
1. Apresentar e aplicar as Escalas de Beck
BDI – Escala de Depressão (Beck Depression Inventory) (Mede a intensidade da depressão)
BAI – Escala de Ansiedade (Beck Anxiety Inventory) (Mede a intensidade da ansiedade)
BHS - Escala de Desesperança (Beck Hopelessness Scale) (Medida de pessimismo - indícios sugestivos risco de suicídio)
BSI - Escala de Ideação Suicida (Beck's Suicidal Ideation Scale)
(Detecta a presença de ideação suicida — mede extensão da motivação e planejamento)
Dar feedback dos resultados dos inventários
BDI - ESCALA DE DEPRESSÃO - (Beck Depression lnventory)
1. Faixa Etária: 17 a 80 anos
2. Contém 21 questões sobre diversos sintomas depressivos: irritabilidade, cognições de culpa e punição, sintomas físicos de fadiga, alterações de apetite, sono, etc.
3. Período de tempo: última semana
4. Escores: cada resposta com valor de O a 3 .
5. Resultados:
O - 13 = Depressão MÍNIMA
14 - 19 = Depressão LEVE
20 - 28 = Depressão MODERADA
29 - 63 = Depressão SEVERA
BAI ESCALA DE ANSIEDADE - (Beck Anxiety inventory)
1. Faixa Etária: 17 a 80 anos
2. Contém 21 questões sobre diversos sintomas comuns em ansiedade
3. Período de tempo: última semana
4. Escores: cada resposta com valor de O a 3 considerando-se a intensidade da ansiedade
5. Resultados:
O - 7 = Ansiedade MINIMA
8 - 15 = Ansiedade LEVE
16 - 25 = Ansiedade MODERADA
26 - 63 = Ansiedade SEVERA
BHS – ESCALA DESESPERANÇA – (Beck Hopelessness Scale)
1. Faixa Etária: 17 a 80 anos
2. Contém 20 afirmações V/F que permitem avaliar a extensão das expectativas negativas do paciente sobre seu futuro imediato e a longo prazo.
3. É indicadora indireta do risco de suicídio em indivíduos deprimidos ou que já fizeram tentativas
4. Cada afirmação é pontuada com O ou 1. Das 20 afirmações: 9 são otimistas e 11 pessimistas.
5. Resultado:
O - 3 ASSINTOMÁTICO
4 - 8 = MÉDIO
9 - 14 = Desesperança MODERADA
14 - 20 = Desesperança SEVERA
BSI – ESCALA IDEAÇÃO SUICIDA – (Beck Suicidal Ideation Scale)
1. Faixa Etária: 17 1 80 anos
2. É indicadora da presença de ideação suicida e mede a extensão da motivação e planejamento de um comportamento suicida.
RELATO BREVE DA DEMANDA
1. Identificar os motivos principais do paciente para a terapia.
2. Perguntas úteis:
Quais são suas dificuldades atuais?
O que você quer melhorar em sua vida?
O que está acontecendo em sua vida que não está da forma como você quer, tinha imaginado ou gostaria que fosse?
Usar formulário Identificação da Demanda
INFORMAÇÃO SOBRE O PROBLEMA
1. Formar urna hipótese diagnóstica do caso e explicar de forma breve e fácil para o paciente.
2. A maioria das pessoas quer saber que não estão 1011( (1%, não são ruins, estranhas e que o psicólogo já ajudou outras pessoas como elas antes.
3. Indique artigos, livros, filmes, sites e tudo o que for necessário para o paciente se sentir melhor, diminuir sua rigidez cognitiva e ver/acreditar que ficará bem.
4. Injete ESPERANÇA e MOTIVAÇÃO = Motor da TCC
ÁREAS DA VIDA E AUTO - CONCEITO
1. Avaliar todas as áreas da vida com o objetivo de formar uma Lista de Metas para a terapia.
2. Avaliar o Autoconceito com o objetivo de verificar a funcionalidade atual da TRÍADE COGNITIVA do paciente:
1º) Visão de si mesmo;
2º) Visão dos outros;
3º) Visão do futuro;
3. Como ele acha que será o futuro dele? VISAO DO FUTURO
ÁREAS DA VIDA
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO ATUAL
Lazer – Físico – Psíquico – Relação Afetiva – Família – Amizade – Finanças – Profissão – Lazer
0 – 100
0 – muito mal
100 – Excepcionalmente bem
RODA VIDA
CETCC
AUTOCONCEITO
1. Como o paciente se vê?
Quais são suas qualidades e defeitos? VISÃO DE SI MESMO
2. Como ele acha que é visto pelos outros? VISÃO DOS OUTROS
3. Como ele acha que será o futuro dele? VISÃO DO FUTURO
MODELO COGNITIVO – Judith Beck
1. Explicar a TC de for a fácil. O que é? A palavra "cognitiva” vem de cognição, sinônimo de Pensamento.
2. A TC enfoca a forma que a pessoa pensa sua vida, relacionamentos e seu futuro.
3. Sempre tentar usar exemplos da vida do paciente.
MODELO COGNITIVO
A nossa forma de ver/pensar uma situação influencia a nossa formal de agir e sentir emocionalmente e fisicamente.
Crença Central – Crença Intermediária – Situação Agora –Pensamentos Automáticos – Reações – Corporal – Comportamental - Emocional
EXEMPLO 1:
SITUAÇÃO: Na segunda, no trabalho, João recebe um convite de um amigo do trabalho imita ir em uma festa na casa dele no final de semana para comemorar o aniversário dele de 10 anos. João já tem o aniversário de sua sogra marcado ¡mura o mesmo dia e horário.
Pensamentos que podem surgir "Ihh, não vou poder ir: Minha esposa vai ficar chateada. Não vai querer ir de jeito nenhum. Mas se eu não for, eu vou ficar chateado de não ir na festa do meu amigo."
Comportamento mais provável será: "Falar para o amigo que não poderá ir à festa, pois já tem um compromisso"
Sentimentos poderão ser Ansiedade/ Tristeza.
40 Anos Gilberto! Se a vida começa aos 40 venha curtir comigo a minha “Estréia”.
Pensamentos que podem surgir "Que legal! Queria mesmo ir numa festa dessas há tempos! Vai ser um festão. Quarenta anos!!! Isso só se vive uma vez! Minha esposa não vai gostar muito, mas eu vou adorar esse convite porque vou me livrar de ter que ir na festa da minha sogra."
Comportamento mais provável será: Confirmar a presença na festa sem consultar a esposa
Sentimento poderá ser Alegria total
(PERCEPÇÃO PARCIAL)
Pensamentos: "Minha esposa não vai gostar muito desse convite. Bom, vou conversar com ela para ver se ela fica chateada se sairmos um pouco mais cedo do aniversário da minha sogra ou, até mesmo, se ela não fica chateada de eu ir sozinho depois do bolo”.
Comportamento: Falou com a esposa e combinaram de ir no aniversário da mãe dela. Conforme o andar da carruagem, ambos iriam para o aniversário do amigo ou somente ele.
Sentimentos: Felicidade por ter ido na festa do seu amigo sem chatear a esposa
(PERCEPÇÃO GLOBAL)
EXEMPLO 2:
SITUAÇÃO: No último feriado. Maria foi à casa de sua tia e recebeu o convite de casamento de sua prima, com a lista de presentes dentro do envelope. O casamento será numa igreja tradicional em SP e os noivos recepcionarão os convidados com uma grande festa num Buffet. A família toda só fala dos preparativos para a festa, que acontecerá no feriado de setembro
Pensamentos que podem surgir:
“Argh... Odeio festas de casamento... Todo a família fica olhando prá mim e me convidou por causa do presente bom”
Comportamento mais provável será:
“Viajar no feriado de setembro”
Sentimentos poderão ser Raiva/Ansiedade/Tristeza.
(CATASTROFIZAÇÃO)
EXEMPLO 2:
Pensamentos que podem surgir:
"Hummm... Eu não gosto de ira casamentos, mas eu adoro a minha prima... Eu vou escolher um presente da lista que não seja muito caro, e que ela goste bastante"
Comportamento mais provável será:
'Vou convidar um amigo prá ir comigo e juntos podemos nos divertir bastante na festa"
Sentimentos poderão ser: Tranquilidade/ Alegria
PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA TC
Não é a situação por si só que determina como uma pessoa reagirá, mas a forma como ela consegue ver a situação
Antes da TC – Rigidez Cognitiva
Depois da TC – Flexibilidade Cognitiva
RESUMO DA SESSÃO E PEDIR FEEDBACK
1. Resumir de forma breve a sessão de hoje e esclarecer como será a próxima sessão e o processo terapêutico
2. Dar tarefa de casa adequada ao paciente
3. Fazer o contrato terapêutico
4. Explicar: "Como funciona a terapia?"
Horário, duração da sessão, local, atrasos, faltas, férias, sessões em conjunto com familiares, pagamento, sessões fora do consultório, interrupção do tratamento, viagens, recados para o paciente e psicólogo, sigilo, etc.
5.Pedir feedback do paciente: "Você tem alguma dúvida?"
PRINCÍPIOS DA TC
PARTICIPATIVA
EDUCATIVA
PRESENTE
FOCAL
FEEDBACK SOBRE APLICAÇÃO TC
1. Avaliar se os problemas ou a demanda do paciente podem ser trabalhados na TC.
Exemplos de NÃO APLICAÇÃO:
Quero mudar o meu marido/esposa;
Arranjar emprego ou namorado;
Cura de doenças físicas ou mentais;
Aumentar salário;
Passar no exame; etc.
EXPECTATIVAS DO PACIENTE
Como você espera melhorar com a terapia?
Qual a ideia que você tem de uma terapia?
Quanto tempo você espera ficar em terapia?
Quantas vezes por semana você pretende fazer?
Se quer fazer mais de uma vez, por quê?
Como você acha que será sua vida depois da terapia? Tente me descrever...
C.0NCEITUAÇÃ0 COGNITIVA (vai sendo construído ao longo das sessões)
Dados relevantes da infância
Crença central e Crenças intermediarias
Estratégias compensatórias
Viés confirmatório
Situações problemáticas
Pensamentos automáticos
Significado dos pensamentos automáticos
Emoção
Comportamento
Técnicas utilizadas na sessão
Tarefa de casa
Levantamento de objetivos para a próxima sessão.
A PARTIR DA 2a. SESSÃO (ou após a avaliação)
Paciente
Data
Objetivo da sessão
Pontos importantes da sessão
checagem de humor/emoção
ponte com a sessão anterior
revisão da semana
revisão da tarefa de casa
discussão de resultados das tarefas
relato de traumas ou eventos significativos
Observação (quando for o caso)
Pensamentos Automáticos
Crenças Intermediarias (Regras/Atitudes/Suposições)
Crenças Centrais
RELATÓRIO FINAL DE CASO CLÍNICO
IDENTIFICAÇÃO DO TERAPEUTA
nome
CRP
endereço consultório
fone consultório
IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE
nome
data de nascimento - idade
estado civil
filhos (nome, idade, profissão)
Escolaridade — Profissão — Ocupação atual
QUEIXA INICIAL
Identificação do problema central história do problema
Diagnóstico DSM-W (eixo 1, 2, 3, 4) ou CID-10.
Problemas atuais (outros além do problema central) e funcionamento atual (breve descrição do cotidiano e problema).
Perfil de desenvolvimento
Historia (familiar, social, educacional, médica-psiquiátrica, ocupacional)
Relacionamento (pais, irmãos, amigos, figuras de autoridades, outros significativos – incluindo animais domésticos)
Eventos significativos e traumas
Perfil cognitivo (o modelo cognitivo aplicado ao paciente)
Problemas/ situações problemáticas atuais típicas
Pensamentos automáticos, afeto e comportamento típico nessas situações
Crenças centrais
Regras (“deveria”/ tenho que”, aplicadas a si e aos outros).
Integração e conceituação de perfis cognitivos e desenvolvimentos
A . Formulação de autoconceito e conceito de outros
B. Integração de eventos de vida e vulnerabilidade cognitivas
C. Estratégias compensatórias e de enfretamento
D. Desenvolvimento e manutenção do transtorno atual
Problemas e Implicações para a terapia
Adequação para intervenções cognitivas (classifique-as em baixa, media ou alta e comente se necessário).
Maturidade psicológica
Objetividade
Percepção
Crença no modelo cognitivo
Acessibilidade e plasticidade dos pensamentos automáticos e de crenças
Adaptividade
Humor
Organização de personalidade: sociiotrópica ou autônoma
Motivação do paciente, metas e expectativas para a terapia
Metas do terapeuta
Técnicas utilizadas
Encaminhamento ou sugestões (o que for mais adequado)
Numero de sessões previstas - no. sessões realizadas
Faltas do paciente - Faltas do terapeuta
CETCC
BIBLIOGRAFIA
TERAPIA COGNITIVA
TEORIA E PRÁTICA
Judith S. Beck
Capítulo 3 – A Estruturada
Primeira Sessão de Terapia
Terapia Cognitiva da Depressão
Aaron Beck, A John Rush
Brian F. Shaw e Gary Emery
Capítulo S A Entrevista Inicial
MANUAL DAS ESCALAS DE BECK
Editora Casa do Psicólogo
WWW. Casado psicólogo.net
Endereço: Rua Simão Álvares, 1020
Vila Madalena – São Paulo
Telefone: (11) 3034-3600
CETCC
A RELAÇÃO TERAPÊUTICA
EMPIRISMO COLABORATIVO
Profa. Lina Sue Matsumoto
Psicóloga e Psicoterapeuta.
Professora de TCC, Psicoterapia Cognitiva
Narrativa e Psicologia Positiva no CETCC
(2011-2012).
Aprimorada em Transtornos Alimentares
(Pq-HC-FMUSP) e Psicóloga colaboradora
AMBULIM (2008-2010).
Professora de Psicologia Cognitiva e
Construtivismo, PPB, Teste de Rorschach -
Universidade Paulista - UNIP (2009-2010).
E-mail: lina.sue@hotmail.com
Celular (11) 8660.1234
EMPATIA, AFETO, AUTENTICIDADE
Beck et al (1979) enfatizaram a importância de se adequar o grau de empatia e o afeto pessoal associado
Terapeuta distante X muito próximo (possíveis más interpretações do paciente)
Prestar atenção em que momentos ser empático
A dor do paciente não deve ser ignorada
Chave paia mostrar empatia é a autenticidade
Maneira honesta, natural e emocionalmente conectada
RELAÇÃO TERAPÊUTICA
Importante em qualquer abordagem
Não se trabalha a relação na TCC Interfere no andamento do tratamento
Propicia um alto grau de autenticidade, afeto, consideração positiva, empatia
Empirismo colaborativo
Pesquisas comprovam a influência dessa relação no tratamento (depressão crônica)
Desafio: aprender a construir relações mais eficazes
TERAPEUTA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL
Intensa busca por soluções
Não é só demonstração de preocupação
Converter preocupação em ações para lidar com problemas
Usa métodos da TCC para efetuar mudanças em todos s níveis d n m dei
Uma forma é fazer perguntas que dirijam o paciente na busca de novas perspectivas
EMPIRISMO COLABORATIVO
Responsabilidade compartilhada
Metas e Agendas
Dar e receber feedback
Praticar os métodos da TCC no dia a dia
Identificam e questionam os PANs
Principal função é enxergar as distorções cognitivas e comporta mentais com o objetivo de resolver e obter alívio dos sintomas
VIDEO 1 E 2 WRIGHT
O TERAPEUTA COMO PROFESSOR-TREINADOR
Amigável
Envolvido
Criativo
Capacitado
Orientado para a ação
GRAU DE ATIVIDADE DO TERAPEUTA
Alto grau de atividade nas sessões
Estruturam a terapia
Dão compasso às sessões aproveitando o tempo
Formulam o caso
Implementam os métodos
Maior nas primeiras sessões
Às vezes é necessário injetar energia, animação e um senso de esperança
USO DO BOM HUMOR
Espontâneo e genuíno
Construtivo
Focado em um problema externo ou em um modo de pensamento incongruente ao invés de uma fraqueza pessoal
FLEXIBILIDADE E SENSIBILIDADE
QUESTÕES SITUACIONAlS:
- luto, divórcio, perda de emprego, problemas financeiros ou enfermidades.
QUESTÕES SOCIOCULTURAIS:
- sexo, etnia, idade, situação socioeconômica, religião, orientação sexual, deficiências físicas, grau de escolaridade.
DIAGNÓSTICO E SINTOMAS:
- identificar problemas em potencial, não rotule o paciente, empenhe-se pela serenidade
PROBLEMAS COM A TRANSFERÊNCIA
A transferência é um fenômeno saudável ou produtivo?
Você acha que há potencial para efeitos negativos da transferência?
Há uma reação transferencial que exige atenção agora?
EXEMPLO DA CARLA
TRANSFERÊNCIA NA TCC
Reedição na relação terapêutica de elementos-chave de relacionamentos prévios importantes (pais, avós, professores, chefes, amigos)
Maneiras de pensar e agir com essas pessoas repetidas no setting terapêutico da visão psicodinâmica
CONTRATRANSFERÊNCIA
O paciente ativa no terapeuta pensamentos automáticos e esquemas que podem influenciar o processo terapêutico
Reconhecer emoções, sensações físicas, ou respostas comportamentais que possam ser estimuladas por suas cognições
Aplicar teorias e métodos aprendidos na TCC
Identifique seus PANs
Tentar modificar seus erros cognitivos compreendendo melhor o paciente
TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL
AXIOMAS MODELO COGNITIVO PRINCÍPIOS
Profa. Lina Sue Matsumoto
Psicóloga e Psicoterapeuta.
Professora de TCC, Psicoterapia Cognitiva Narrativa e Psicologia Positiva no CETCC (2011-2012).
Aprimorada em Transtornos Alimentares (IPq-HC-FMUSP) e Psicóloga colaboradora AMBULIM (2008-2010).
Professora de Psicologia Cognitiva e Construtivismo, PPB, Teste de Rorschach - Universidade Paulista - UNIP (2009-2010).
E-mail: lina.sue@hotmail.com Celular (11) 8660.1234
Aaron T. Beck, Universidade Pensilvânia, EUA (década 60)
TCC: Psicoterapia breve, estruturada, orientada ao presente, para depressão, direcionada a resolver problemas atuais e a modificar os pensamentos /comportamentos disfuncionais.
Modelo Cognitivo - propõe que o pensamento distorcido ou disfuncional (que influencia o humor e o comportamento) seja comum a todos os distúrbios psicológicos.
Avaliação "realista" + modificação no pensamento - melhora no humor e no comportamento.
A melhora duradora -> modificação de crenças disfuncionais.
BECK J.S. Terapia Cognitiva: teoria e prática.
Porto Alegre: Artmed, 1997.
Epíteto (130-50 a.C.)
“Não são as coisas em si mesmas que perturbam os homens, mas os juízos que eles fazem sobre as coisas
Beck (1964)
“Não é uma situação por si só que determina o que as pessoas sentem, mas, antes, o modo como elas interpretam uma situação”
“Não busque a felicidade fora, mas sim dentro de você, caso contrário nunca a encontrará.”
Processamento Esquemático da Informação
Situação Atual – Crenças Centrais
História de Aprendizagem (Componentes experiências)
Organização Cognitiva (Componentes estruturas)
Processamento esquemático (de significado) ESQUEMAS
Interpretação
Ativação de sistemas (Cognitivos, Motivacionais, Afetivos...)
Comportamento
Apresentação da TEORIA COGNITIVA
A teoria cognitiva considera a cognição a chave para os transtornos psicológicos.
"Cognição" + é a função que envolve deduções sobre nossas experiências e sobre a ocorrência e o controle de eventos futuros.
Karl Popper (1959) poucos ramos da ciência tem um sist. teórico elaborado e bem construído = legitimidade "sistema axiomatizado".
Axioma = postulado = pressuposto = hipóteses
É uma sentença/proposição/enunciado/regra que não é provada ou demonstrada. E considerada corno óbvia ou como um consenso inicial necessário para a construção de urna teoria.
É aceito como verdade e serve como ponto iniciai para dedução ou inferências de outras verdades.
Fonte: https://www.facebook.com/paes/Acioma/1O9604129058944
TEORIA COGNITIVA – Um sistema axiomatizado
Axiomatizar um sistema é mostrar que suas inferências podem ser derivadas a partir de um pequeno e bem definido conjunto de sentenças.
Os axiomas devem estar livres de contradição; lb. Devem ser independentes;
Devem ser suficientes para permitir a dedução de todas as afirmações pertencentes à teoria;
Devem ser necessários para a derivação das afirmações pertencentes à teoria.
Vamos então conhecer os 10 AXIOMAS.,
TEORIA COGNITIVA OS 10 AXIOMAS
1) Esquemas
2) Função dos esquemas
3) Interação entre sistemas
4) Especificidade do conteúdo cognitivo
5) Distorção cognitiva
6) Vulnerabilidade cognitiva
7) Tríade cognitiva
8) Significado público e privado
9) Há 3 níveis de cognição: pré-Cs, Cs, metacognitivo
10)Estruturas teleonômicas
TEORIA COGNITIVA OS 10 AXIOMAS
1) Esquemas
O principal caminho do funcionamento ou da adaptação psicológica consiste de estruturas de cognição com significado, denominadas esquemas.
Significado = interpretação da pessoa sobre um determinado contexto e da relação daquele contexto com o self.
Os esquemas precedem, selecionam e acionam estratégias comportamentais relevantes e moldam profundamente o funcionamento emocional e comportamental dos indivíduos.
Esquema é um subconjunto da estrutura cognitiva.
A estrutura cognitiva é formada por vários esquemas (significados e crenças) - Teorias Pessoais - maneira peculiar de interpretação do mundo.
TEORIA COGNITIVA 05 10 AXIOMAS
1) Esquemas
2) Função dos esquemas
Interação entre sistemas
As influências entre sistemas cognitivos e outros sistemas são interativas.
Outros sistemas psicológicos = percepção, emocional, motivacional, memória, comportamental,
TEORIA COGNITIVA OS 10 AXIOMAS
1) Esquemas
2) Função dos esquemas
A função da atribuição de significado (tanto a nível automático ou deliberativo) é controlar os vários sistemas psicológicos.
Sistemas psicológicos (p.ex, comportamental, emocional, motivacional, atenção, memória....).
O significado ativa estratégias para adaptação,
TEORIA COGNITIVA - OS 10 AXIOMAS
1) Esquemas
2) Função dos esquemas
3) Interação entre sistemas
4) Especificidade do conteúdo cognitivo
Cada categoria de significado tem implicações que são traduzidas em padrões específicos de emoção, atenção, memória e comportamento;
Isto é denominado especificidade do conteúdo cognitivo (determinados padrões de interpretação),
Relação entre determinados padrões cognitivos X emoção (o que penso X o que sinto)
TEORIA COGNITIVA - OS 10 AXIOMAS
1) Esquemas
2) Função dos esquemas
3) Interação entre sistemas
4) Especificidade do conteúdo cognitivo
5) Distorção cognitiva
Embora os significados sejam construídos pela pessoa (em vez de serem componentes preexistentes da realidade) eles são corretos ou incorretos em relação a um determinado contexto ou objetivo;
Quando ocorre distorção cognitiva (preconcepção), os significados são disfuncionais ou maladaptativos - patologia;
As distorções cognitivas incluem erros no conteúdo cognitivo (significado), no processamento cognitivo (elaboração do significado) ou ambos.
TEORIA COGNITIVA OS 10 AXIOMAS
1)Esquemas
2) Função dos esquemas
3) Interação entre sistemas
4) Especificidade do conteúdo cognitivo
5) Distorção cognitiva
6) Vulnerabilidade cognitiva
Os indivíduos são predispostos a fazer construções cognitivas falhas específicas (distorções cognitivas);
A predisposição a distorções específicas são denominadas vulnerabilidade cognitivas;
As vulnerabilidades cognitivas específicas predispõem as pessoas a síndromes específicas;
Especificidade cognitiva e vulnerabilidade cognitiva estão interrelacionadas.
TEORIA COGNITIVA OS 10 AXIOMAS
1) Esquemas
2) Função dos esquemas
3) Interação entre sistemas
4) Especificidade do conteúdo cognitivo
5) Distorção cognitiva
6) Vulnerabilidade cognitiva
7) Tríade cognitiva
A psicopatologia resulta de significados maladaptativos construídos em relação ao self, ao contexto ambiental (experiência) e ao futuro (objetivos), que juntos são denoninados de a tríade cognitiva.
Cada síndrome clínica tem significados maladaptativos característicos associados com os componentes da tríade cognitiva.
Tríade cognitiva = self (eu), ambiente (outros), meus objetivos (futuro).
TEORIA COGNITIVA OS 10 AXIOMAS
1) Esquemas
2) Função dos esquemas
3) Interação entre sistemas
4) Especificidade do conteúdo cognitivo
5) Distorção cognitiva
6) Vulnerabilidade cognitiva
7) Tríade cognitiva
8) Significado público e privado
Há dois níveis de significado: a) o significado público ou objetivo, que pode ter poucas implicações significativas. para o indivíduo; e b) o significado privado ou pessoal.
O significado pessoal, ao contrário do significado público, inclui implicações, significação ou generalizações extraídas da ocorrência do evento = corresponde ao conceito de "domínio pessoal" = rege todos sistemas psicológicos.
TEORIA COGNITIVA - OS 10 AXIOMAS
1) Esquemas
2) Função dos esquemas
3) Interação entre sistemas
4) Especificidade do conteúdo cognitivo
5) Distorção cognitiva
6) Vulnerabilidade cognitiva
7) Tríade cognitiva
8) Significado público e privado
9) Há 3 níveis de cognição: pré-Cs, Cs, metacognitivo
Há três níveis de cognição: a) o pré-consciente = não-intencional automático: ("pensamentos automáticos”);
b) o nível consciente; e c) o nível metacognitivo, que inclui respostas "realísticas” ou “realísticas” ou “racionais" (adaptativas).
Os níveis conscientes são de interesse primordial para a melhora clínica em psicoterapia.
TEORIA COGNITIVA OS 10 AXIOMAS
1) Esquemas
2) Função dos esquemas
3) interação entre sistemas
4) Especificidade do conteúdo cognitivo
5) Distorção cognitiva
6) Vulnerabilidade cognitiva
7) Tríade cognitiva
8) Significado público e privado
9) Há 3 níveis de cognição: pré-Cs, Cs, metacognitivo
10)Estruturas teleonômicas
Os esquemas evoluem para facilitar a adaptação da pessoa ao ambiente, e são neste sentido teleonômicas.
Portanto, um determinado estado psicológico (constituído pela ativação de sistemas) não é nem adaptativo ou maladaptativo em si, apenas em relação a ou no contexto do ambiente social e físico mais amplo no qual a pessoa está.
TC - OS 10 AXIOMAS Resumo
1. Esquemas: estruturas cognição com significado -) subcj. estrutura cognitiva.
2. Função dos esquemas: A função da atribuição de significado é controlar os vários sistemas psicológicos. O significado ativa estratégias para adaptação.
3. Interação entre sistemas: Sistemas cognitivos e outros sistemas.
4, Especificidade do conteúdo cognitivo: Cada categoria de significado são traduzidas em padrões específicos de emoção, atenção, memória e comportamento (padrões de interpretação)
5, Distorção cognitiva: Os significados (construídos pela pessoa) são corretos ou incorretos em relação a um contexto/objetivo. Incluem erros no conteúdo cognitivo (significado), no proc. cognitivo (elaboração do significado) ou ambos.
6. Vulnerabilidade cognitiva: Os indivíduos são predispostos a fazer cognitivas falhas específicas (distorções cognitivas);
7. Triade cognitiva: self (eu), ambiente (outros), meus objetivos (futuro).
8. Significado público e privado: Significado pessoal inclui implicações, significação ou generalização "domínio pessoal" = rege todos sistemas psicológicos.,
9. Há 3 níveis de cognição: Pré-consciente (PA), Consciente e Metacognitivo.
10. Estruturas telleonômicas:: Os esquemas evoluem para facilitar a adaptação da pessoa ao ambiente.
TCC – Conceitualização Cognitiva
TCC a: cognição é a chave para os: transtornos psicológicos.
Conceitualização cognitiva - fornece a estrutura para o entendimento de um paciente pelo terapeuta cognitivo.,
Terapeuta Cognitivo hipóteses sobre como o paciente desenvolveu essa desordem psicológica em particular começa a construir uma conceitualização cognitiva durante seu 1º contato (continua a refinar até a última sessão).
A TCC levanta hipóteses de que os comportamentos e as emoções das pessoas são influenciados por sua percepção dos eventos (modificação no pensamento -3. melhora no humor e no comportamento).
Vamos então entender o MODELO COGNITIVO..
TCC MODELO COGNITIVO
Crença Central
Crenças Intermediarias.
Situação Agora – Pensamentos Automáticos – Reações – Corporal – Comportamental - Emocional
TCC — Pensamentos Automáticos (PA)
Durante a aula Você pode perceber alguns níveis no seu pensamento. Você pode, estar tendo alguns pensamentos avaliativos rápidos... Não decorrentes de deliberação ou raciocínio...
Esses pensamentos são chamados de PA, pois eles parecem surgir automaticamente, de repente, e são, com frequência, bastante rápidos e breves.
Você pode aprender a identificar seus PA prestando atenção às suas mudanças de afeto,
Tendo identificado seu PA, você pode avaliar a validade dos seus, pensamentos.
Em termos cognitivos, quando pensamentos, disfuncionais são sujeitos à reflexão racional, nossas emoções, em geral, mudam.
Vamos entender de onde vem os PA's...
Ei, isso faz sentido... Finalmente uma aula Interessante!
Ah! Isso é ridículo... Nunca vai funcionar...
Essa aula tá muito chata!
Que desperdício de dinheiro...
Isso é difícil demais... Eu nunca vou aprender essa TCC...
Eu preciso mesmo aprender tudo isso? E se eu não conseguir?
Arrgh... essa aula $ % @ #...
TCC — Crenças Centrais (CC)
Desde a infância, as pessoas desenvolvem determinadas crenças sobre si mesmas, outras pessoas e seus mundos.
CC são entendimentos que são tão fundamentais e profundos, que as pessoas frequentemente não os articulam, sequer para si mesmas. São idéias consideradas (pela pessoa) como verdades absolutas, e o nível mais fundamental de crença; elas são globais, rígidas e supergeneralizadas.
CC – “Eu sou incompetente”
CC – é atividade na aula = autocrítica = interpretação da situação negativada.
Viés confirmatório = desconsidera / desconta as evidências contrárias à CC.
Manutenção da CC = mesmo que seja imprecisa, não verdadeira, disfuncional.
Isso é difícil demais... Eu nunca vou aprender essa TCC
Eu sou capaz de ser amado.
Eu sou Indesejável.
Eu não sou atraente
Eu não tenho valor.
Eu não sou capaz de ser querido.
Eu não sou bom o suficiente.
Eu sou imperfeito.
Eu sou diferente.
Ninguém me quer.
Ninguém liga para mim.
Eu sou mau.
Crenças Centrais de DESAMOR
Eu sou desamparado.
Eu sou impotente.
Eu estou fora de controle.
Eu sou fraco.
Eu sou vulnerável.
Eu sou carente.
Eu estou sem saída.
Eu sou inadequado.
Eu sou ineficiente.
Eu sou incompetente.
Eu sou um fracasso.
Eu sou desrespeitado.
Crenças Centrais de DESAMPARO
Crenças Centrais de Desvalia
Eu sou um fracasso.
Eu sou incompetente.
Eu não tenho valor.
Eu não sou bom o suficiente.
Eu sou inadequado.
Eu sou ineficiente.
Eu sou desrespeitado.
TCC – Crenças Intermediárias (CI)
As CC influenciam o desenvolvimento de uma classe intermediária de crenças: atitudes, regras e suposições.
As crenças intermediárias (CI.) influenciam como a pessoa pensa, sente e se comporta.
Isso é difícil demais... Eu nunca vou aprender essa TCC...
Atitude “é horrível ser incompetente”
Regra – “Eu devo estudar muito, o tempo todo”
Suposição – “Se eu estudar o mais que puder, posso ser capaz de ser tão bom como os meus colegas”
TCC — MODELO COGNITIVO
Situação Antes - Repetiu 7a série – “Eu sou incompetente” – Crença Central – Estratégias – Não termina o que começa – DESVALIA – Crença Intermediárias – “Se eu não entendo algo, então eu sou burro” – “É horrível ser sempre o pior – Situação Agora – Aula TCC – Pensamentos Automáticos. “Isso é difícil demais... Eu jamais vou aprender...” – Reações – Corporal – Sudorese – Comportamental – Sai da sala – Emocional – Tristeza
TCC – MODELO COGNITIVO
Situação Antes – Bullying na escola – Crença Central – “Eu sou incapaz de ser amado” DESAMOR – Estratégias – Não interage com colegas. – Crenças Intermediárias – “Se eu interagir com as pessoas elas não vão me aceitar como sou” – “Devo me isolar” – Situação agora – Pensamentos Automáticos – Reações – Corporal – Taquicardia – Comportamental – Fica Isolado – Emocional – Medo, Tristeza – Festa de um colega – “Não vou ter assunto para conversar na festa
TCC Terapia CognItivo Comportamental
TCC atualmente - sendo aplicada no mundo inteiro, como o único tratamento ou como um tratamento adjuntivo para outros transtornos.
O terapeuta busca de urna variedade de forma; produzir a mudança cognitiva — mudanças no pensamento e no sistema de crenças do paciente — visando promover mudança emocional e comportamental duradoura.
Intervenção TCC - um problema importante para o paciente é especificado, uma idéia disfuncional é identificada e avaliada, um plano razoável é delineado e a efetividade da intervenção é avaliada.
Vamos então conhecer os 10 PRINCÍPIOS da TCC...
TCC – Os 10 Princípios
Princípio no. 1 Formulação do problema em termos cognitivos
A TC se baseia em uma. formulação em contínuo, desenvolvimento do paciente e de seus problemas em termos cognitivos.
1º) Desde o início, identifica o pensamento atual da paciente e seus comportamentos problemáticos.,
2º) Identifica fatores precipitantes que influenciaram as percepções: da paciente no início da depressão.
3º) Levanta hipóteses sobre eventos desenvolvimentais chaves e padrões duradouros de interpretação desses eventos.
[entender a Q,P. '''traduzir” em terno cogniitivos - sentimento, emoção, comportamento = PA’s e Crenças = distorções cognitivas]
TCC — Os 10 Princípios
Princípios no. 2: Aliança terapêutica segura
A TC requer uma aliança terapeuta segura: cordialidade, empatia, atenção, respeito genuíno e competência.
Boa aliança de trabalho = colaborativa
(ter atitude “rogeriana”: acolhimento genuíno, empatia)
TCC – Os 10 Princípios
Princípio no. 3: Colaboração e Participação Ativa
A TC enfatiza a colaboração e participação ativa
Na TC há um trabalho em equipe: terapeuta + paciente.
A princípio, o terapeuta é mais ativo em sugerir uma direção para as sessões de terapia.
A medida que a paciente torna-se menos deprimida e mais socializada na terapia = crescente mais ativa.
(Ser inicialmente + ativo – motivar o paciente a trazer + contribuições na sessão)
TCC – 10 Princípios
Princípio no. 4: Orientada em meta e focalizada em problemas
A TC é orientada em meta e focaliza em problemas = 1ª. Sessão = enumerar problemas e estabelecer metas específicas.
O terapeuta presta atenção particular aos obstáculos que impedem a paciente de resolver problemas e atingir metas por si mesmo.
O terapeuta precisa conceituar as dificuldades da paciente e avaliar o nível apropriado de intervenção.
(auxiliar o paciente a ser + objetivo, para ele poder identificar e focar na meta)
TCC – Os 10 Princípios
Princípio no. 5: Enfatiza o presente
A TC inicialmente enfatiza o presente (os problemas do equi-e-agora).
O tratamento da maioria dos pacientes envolve um forte foco sobre problemas atuais e sobre situações específicas que são aflitivas para o paciente.
Passado = 3 situações = 1) predileção da paciente; 2) não há mudanças focando o presente; 3) entender origens das idéias disfuncionais e como afetam a paciente hoje.
(ser acolhedor e objetivo ao ouvir “tudo”, mas repetir e anotar frases do paciente sobre o momento presente)
Princípio no. 6: É educativa
A TC é educativa, visa ensinar o paciente a ser seu próprio terapeuta e enfatiza a prevenção de recaída.
O terapeuta educa sobre a natureza e trajetória do seu transtorno, sobre o processo da TC e sobre o modelo cognitivo (como os pensamentos influencia, as emoções e comportamentos).
Ensina a estabelecer metas, identificar e avaliar pensamentos/crenças, e assim, mudar comportamentos.
(dar ao paciente um “caderninho” para ele se habituar a registrar as situações + suas reações + seus pensamentos... – aprende que a sua forma de pensar é que rege seus sistemas psicológicos – psicoeducação é mais eficaz do que só medicamento)
TCC – Os 10 Princípios
Princípio no. 7: Tempo limitado
A TC visa ter um tempo limitado
O terapeuta busca prover alívio dos sintomas da paciente, facilitar uma remissão do transtorno, ajudá-la a resolver seus problemas mais prementes e ensinar-lhe o uso de ferramentas para que ela seja mais propensa e evitar a recaída.
A modificação de crença disfuncionais muito rígidas/padrões de comportamento = leva mais tempo.
(perguntar qual a prioridade de terapia – o que é factível em “x” sessões: manter expectativas realistas apenas)
TCC – Os 10 Princípios
Princípio no. 8: Sessões estruturadas
A TC tem as suas sessões estruturadas (há uma estrutura estabelecida em cada sessão).
Os terapeuta: 1) verifica o humor; 2) solicita breve revisão da semana; 3) agenda da sessão; 4) feedback da sessão anterior; 4)tarefa de casa; 5) resumo da sessão.
Foco no que é mais importante para o paciente, maximiza o uso do tempo da terapia.
Promove = autoterapia.
TCC – Os 10 Princípios
Princípio no. 9: Identificar, Avaliar e Responder
A TC ensina os pacientes a identificar, avaliar e responder a seus pensamentos e crenças disfuncionais.
focalizar um problema específico;
identificar o pensamento disfuncional;
avaliar a vaidade do pensamento;
projetar um plano de ação.
TC = descoberta orientada
(orientar o paciente a ser seu próprio terapeuta – autopercepção: se ele aprende a identificar e avaliar PA’s, ele é capaz de responder a esses PA’s de forma mais adaptativas)
Princípios no. 10: Várias técnicas
A TC utiliza uma variedade de técnicas para mudar pensamento, humor e comportamento.
Estratégias cognitivas: questionamento socrático, descoberta orientada, teste de realidade...
Outras técnicas: comportamental, gestalt...
O terapeuta seleciona técnicas com base na formulação de caso e seus objetivos, em sessões específicas...
(ensinar os pacientes a utilizarem algumas técnicas – se ele aprender a fazer um RPD na sessão, ele fará um RPD metal nas várias situações “gatilho” e será capaz de pensar e agir melhor)
TCC – Os 10 Princípios
1) Formulação do problema em termos cognitivos
2) Aliança terapêutica segura
3) Colaboração e Participação Ativa
4) Orientada em meta e focalizada em problemas
5) Enfatiza o presente
6) É educativa
7) Tempo limitado
8) Sessões estruturadas
9) Identificar, avaliar e responder
10) Utiliza várias técnicas
Como ser um terapeuta cognitivo?
O modelo cognitivo, de que os nosso pensamentos influenciam as nossas emoções e comportamento, é bastante direto, porém, enganosamente simples.
Comece aplicando as ferramentas que aprendeu na aula a si mesmo.
Releia a apostila - Aprenda a identificar seus próprios pensamentos automáticos e crenças.
Faça a pergunta: "O que estava passando pela minha cabeça ainda agora?”
Ensinar a si mesmo as habilidades básicas da TCC, usando você mesmo como sujeito, aumentará a sua habilidade de ensinar' essas mesmas habilidades aos seus pacientes.
Saber TCC é saber ensinar o paciente a encontrar um PA alternativo para o PA disfuncional...
ATITUDE “é horrível ser incompetente”
Isso é difícil demais...
REGRA “Eu devo estudar muito, o tempo todo”
SUPOSIÇÃO “Se eu estudar o mais que puder, posso ser capaz de ser tão bom como os meus colegas”
PA: "Eu não entendo Isso... E u jamais entenderei isso...”
PA's ALTERNATIVOS (mais realistas, mais funcional): “Ei, eu só estou tendo alguma dificuldade agora...”
Se eu reler com calma em casa, entenderei:.."
É só mais uma matéria nova...”
Se cheguei até aqui, com certeza irei até o final...”
“No começo é assim mesmo... Depois- fica mais fácil..."
CETCC
Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental
Clínica Especializada em Terapia Cognitivo-Comportamental
São Paulo - Rua Vergueiro, 2387 - cj. 31 - Vila Marlana
Fone (111 3522-3535
Araraquara - Rua Napoleão Selmi Del. 211- Vila Harmonia
Fone (16) 3322-728
DIÁRIO DE PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS PAD - Data___/___/2012
Situação - O que passou pela sua cabeça? Quanto acredito nisso _______% Emoção
Qual a intensidade _______% - Identificar Erros Cognitivos
QUESTIONAMENTO SOCRÁTICO
• Quais são as evidências?
• Quais são as evidências que apóiam essa idéia?
• Quais são as evidências contra essa idéia?
• Existe uma explicação alternativa?
• Qual é o pior que poderia acontecer? Eu poderia superar isso?
• O que é o melhor que poderia acontecer?
• Qual é o resultado mais realista?
• Qual é o efeito da minha crença no pensamento automático?
• O que eu deveria fazer em relação a isso?
• O que eu diria (a um amigo) se ele ou ela estivesse na mesma situação?
CETCC
CETCC — Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental
Profa. Msc. Eliana Melcher Martins - CONCEOTUALIZAÇÃO COGNITIVA
Paciente: Data:
História de Vida Relevante
Esquema — Crença básica
Suposições — Crenças — Regras Condicionais
Estratégias Compensatórias
Situação 1
Situação 2
Situação 3
PAD
PAD
PAD
Emoção
Emoção
Emoção
Comportamento
Comportamento
Comportamento
CETCC
Dados da cliente
- Florinda (nome fictício), 30 anos: sexo feminino, negra, ensino médio completo, nível socioeconômico baixo, noiva e católica praticante.
Queixa -No processo de triagem, a cliente relatou as seguintes queixas: choro frequente, tristeza, crises depressivas recorrentes, dificuldades financeiras e histórico de abuso sexual.
No decorrer dos atendimentos iniciais, explicitou mais algumas queixas, como a falta de autoconhecimento e inassertividade
"Quero entender por que eu choro tanto",
"Por que as pessoas têm pena de mim?",
"Eu não entendo porque eu não impedi que eles fizessem isso (abuso sexual) comigo"
"Eu não sei dizer não para as pessoas... Meus irmãos e cunhados sempre pedem dinheiro para mim e não pagam. Quando digo que não tenho ou não posso, as pessoas parecem que sabem que estou mentindo, aí eu acabo emprestando mesmo".
Objetivos da Cliente: Entender as "causas" do choro e "ficar boa da depressão".
Demandas :logo nas primeiras sessões, a paciente mostrava-se passiva, inassertiva e emitia suas vontades disfarçadas, e não diretas, com bastante freqüência.
Variáveis históricas
Histórico Familiar: Família extensa, com pai falecido, mãe e seis irmãos, dentre eles quatro homens e duas mulheres. Ficou responsável por administrar o dinheiro de sua mãe após o falecimento do pai. o que gerava pedidos corriqueiros de empréstimo de dinheiro por parte dos parentes, que não pagavam e, às vezes, Florinda contraía dívidas em decorrência disso. Ela se recusava a emprestar, inicialmente, mas terminava cedendo à insistência. Como exemplo dessa situação, relatou uma dívida contraída com compra de material de construção para levantar o barraco em que a mãe morava. Enquanto todos os outros irmãos contribuíam com o pagamento do material, a paciente cobria o rombo mensal deixado pelo irmão (que cometeu o abuso sexual) que, além de não arcar com a parte que lhe cabia, ainda retirava produtos da loja de materiais de construção para si sem avisar aos demais irmãos e acrescentava à conta.
As discussões de Florinda com o irmão abusador frequentemente eram acompanhadas de gritos da parte dele que, por sua vez, eram seguidos de choro da parte da paciente. Relatou que sempre após as discussões sentia-se muito mal com sentimentos de menos valia e tinha pensamentos que a faziam engolir a agressividade do irmão. Achava que ela era culpada por tal comportamento, pois não sabia como impedir que o irmão a agredisse sexualmente no passado e psicologicamente no presente. O que fazia naquele momento era chorar e voltar rapidamente para o lar. Onde sentia-se segura e protegida de certa maneira.
Histórico Social: Na adolescência, as colegas zombavam dela pelo fato de ter medo de homens. Mareavam encontros com rapazes que a cumprimentassem apenas para vê-la fugindo deles. Numa dessas "brincadeiras", ela conheceu o noivo e, depois, começaram a namorar. Relatou que "tento ser amiga, mas não tenho amigos; as pessoas brincaram muito comigo, já sofri muito com amizades"; "meu único amigo é meu noivo".
Florinda comentou em uma sessão que certa vez, uma colega de sua igreja, ao conhecer o seu noivo comentou: "Nossa, esse que é o seu namorado", "todos na minha casa vêem e não fazem nada!". "Por que meus familiares não me ajudam, não me defendem?"
Florinda afirmou que o dia do seu noivado foi o dia mais feliz de sua vida e que almejava casar-se para sair de casa o quanto antes. Revelou que, quando tinha que resolver algum compromisso fora de casa, demorava propositalmente para adiar seu retorno. Entretanto, logo
o irmão abusador ligava para saber em que local estava; as colegas, quando viam seu noivo, costumavam dizer "ele é bonito, né?... Pensei que ele fosse igual àqueles neguinhos da rua". A paciente se sentia diminuída e magoada, pois compreendia que as colegas a julgavam incapaz de namorar um homem branco por ser negra (situação de discriminação racial), porém a paciente nada fazia.
Frequentava a igreja habitualmente e disse gostar muito do que fazia. Além disso, participava de um grupo religioso que rezava terços na casa de pessoas assiduamente.
Muitas vezes, chorava na frente de outras pessoas, dizendo que sentia uma enorme tristeza. As pessoas costumavam ir até ela, acolhiam-na e perguntavam o que ela estava sentindo. Ela respondia: "Não sei".
Histórico Afetivo-sexual: Foi abusada sexualmente na infância pelo cunhado e pelo irmão. Com o cunhado, houve dois episódios: o primeiro aconteceu enquanto ela brincava de pular na cama em que o cunhado estava; ele tocou em sua vagina, havendo ardor e ela então saiu correndo. No segundo episódio, não consumado, ele tentou retirar o cobertor e as roupas dela durante a noite, mas ela empurrou suas mãos, impedindo que o fizesse. A diferença de idade entre o cunhado abusador e a cliente era de 18 anos, sendo que na época dessas duas tentativas, ela tinha aproximadamente 4 anos e ele 22.
Os episódios de abuso cometidos pelo irmão (cinco anos mais velho) foram frequentes e diversos: em "brincadeiras" nas quais ele a tocava; com penetração dos dedos na vagina da cliente: em situações nas quais os pais saíam e ele a levava até o banheiro, ordenava que ela abaixasse as roupas e encurvasse o corpo de costas para ele - nessas ocasiões, manipulava o pênis em contato com sua vagina, chegando a haver introdução vaginal alguma vezes. Ao falar dos abusos do irmão. sensibilizava-se e afirmava: "Ele é meu dono". "O meu pai era um homem bom, mas ele era dominado pelo meu irmão". "Ele só queria me usar, ele só queria a minha vagina".
A paciente dizia não se lembrar quantos anos tinha quando ocorreram os abusos; nem da idade da primeira menstruação, ocasião na qual os episódios de abuso se encerraram, pois ela poderia engravidar. Dizia também não se lembrar de nada falado nas sessões terapêuticas nas quais o abuso fora tratado. Lembrava-se, contudo, de outras datas relevantes.
Relatou que, apenas quando foi esclarecendo-se sobre o ocorrido, começou a sofrer bastante e culpabilizar-se. e isso afetava diretamente sua vida até o momento presente. Poucas pessoas tinham conhecimento do ocorrido; dentre elas, um padre, o noivo e duas psicólogas. Temia que esse assunto, algum dia, viesse, a ser revelado à família, pois ninguém acreditaria nela e a acusariam de tê-los provocado.
Nunca havia tido envolvimento sexual com o noivo, seu primeiro namorado, com quem estava há cinco anos. Defendia o sexo só depois do casamento, devido a preceitos religiosos. Vale ressaltar que ela costumava usar camisas com imagens de santo e um terço envolto entre os dedos. Disse que sexo era algo importante para o casal quando vivido no casamento, que desejava casar-se e ter filhos com esse noivo e que não o via apenas para a reprodução.
Costumava namorar na praça; no entanto, quando estavam na casa dela, evitava aproximar-se dele, para evitar comentários moralistas da mãe.
Histórico Acadêmico e/ou Profissional: Concluiu o ensino médio. Não trabalhava durante o período que durou o atendimento, porém gostaria de ter um emprego para ajudar o noivo com o casamento e esperava que algum colega a indicasse para um trabalho. Não queria emprego relacionado à limpeza, pois havia avançado nos estudos e acreditava merecer algo melhor. Tinha experiências de trabalho em uma padaria e na cozinha de um grande supermercado. Em relação ao serviço no supermercado, atribuiu sua demissão ao fato de ter sido verdadeira com uma das chefes. A chefe fazia comentários maliciosos a respeito de Florinda com outros colegas pelo fato de ela ser virgem. Frente a essas provocações, a paciente, inicialmente, relatou partes da Bíblia para a chefe e, posteriormente, disse à mesma que ela não se valorizava, que não valia nada, apesar de ser bonita.
Após ter iniciado a terapia, deixou curriculos em uma empresa e fez inscrição em uni concurso público, com o auxílio financeiro do noivo para o pagamento da inscrição. Resistiu em aceitar a ajuda financeira do noivo, pois acreditava que não deveria aceitar dinheiro de homem (regra da mãe), principalmente: "se ele ainda não é seu marido, não deve decidir nada por você". Todavia o noivo insistiu, disse que não cobraria dela depois e a cliente acabou aceitando. Animou-se em fazer o concurso, pois teria prova prática de corrida e ela lembrou-se de ter corrido e caminhado no passado e que ainda gostava muito dessas atividades. No entanto, não estudou regularmente para o concurso e hesitou várias vezes em fazer as caminhadas, conforme havia se comprometido. Além disso, foi chamada para entrevistas de emprego e as recusou, afirmando estar atribulada com os preparativos para o casamento e que não sobraria tempo para fazer as duas coisas.
Histórico Médico-psicológico: A cliente realizava consultas semestrais com um psiquiatra da rede pública, o qual receitava antidepressivo, ansiolítico e estabilizador de humor, de forma conjugada. Foi diagnosticada pelo psiquiatra como tendo Transtorno Bipolar. Já havia passado por duas terapias anteriormente, de abordagens diversas. A última foi em uma instituição de Ensino Superior do Distrito Federal, na qual fez três triagens e 18 sessões, sendo que o atendimento foi interrompido, pois o local entrou em férias e a terapeuta se formou, não podendo dar continuidade à psicoterapia.
.
top related