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11/06/2015
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METEOROLOGIA
Vinicius Oliveira
CAPÍTULO 9
Marés.
As marés são os movimentos regulares de subida e descida do nível do mar que se repetem normalmente duas vezes por dia (marés semidiurnas). As oscilações se devem à atração da LUA durante o seu movimento ao redor da TERRA, em menor medida a atração do SOL e também à força centrífuga do sistema LUA-TERRA.
TEORIA DAS MARÉS
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Terra gira cada dia em torno de seu eixo, de Oeste para Leste, completando uma rotação a cada 23h54min, o ponto da superfície da Terra que fica na direção da Lua muda e, teoricamente, cada ponto na Terra apresentaria duas preamares (PM) e duas baixa–mares (BM) no período de 24 horas.
TEORIA DAS MARÉS
Devido ao fato de 1 dia lunar ter aproximadamente 24h 50m, em oposição ao dia solar de 23h56min, as marés não ocorrem todos os dias à mesma hora num mesmo local.
TEORIA DAS MARÉS
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• Considerando o sistema Terra-Sol-Lua, temos 4 possibilidades de configuração: 2 configurações de alinhamentos (maré de sizígia / maré viva): Lua-Terra-Sol (Lua cheia) Terra-Lua-Sol (Lua nova)
TEORIA DAS MARÉS
• Considerando o sistema Terra-Sol-Lua, temos 4 possibilidades de configuração: 2 configurações de quadratura (maré de quadratura / maré morta): Lua 90o com Sol (quarto crescente) Lua 90o com Sol (quarto minguante)
TEORIA DAS MARÉS
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As forças de atração da Lua e do Sol se somam duas vezes em cada lunação (intervalo de tempo entre duas conjunções ou oposições da Lua, cujo valor, em dias médios, é 29,530588dias), por ocasião da Lua Nova e da Lua Cheia, produzindo marés de sizígia, com prea-mares (PM) muito altas e baixa-mares (BM) muito baixas.
TEORIA DAS MARÉS
As forças de atração do Sol e da Lua se opõem
duas vezes em cada lunação, por ocasião do
quarto crescente e quarto minguante da Lua,
produzindo marés de quadratura, com preamares
mais baixas e baixa–mares mais altas.
TEORIA DAS MARÉS
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TEORIA DAS MARÉS
Se, em um dado local, for observada a oscilação rítmica do nível das águas, durante um certo tempo, verifica-se que: O nível sobe durante algum tempo, período denominado de “enchente”; Atinge um nível máximo denominado “preamar”;
ELEMENTOS DA MARÉ
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Fica um certo tempo estacionado, período denominado de “estofo de enchente”; Baixa durante um certo tempo, período da “vazante”;
ELEMENTOS DA MARÉ
Fica estacionado algum tempo, novamente chamado de estofo, só que agora denominado “estofo de vazante”; e Recomeça a subir, iniciando a repetição do movimento de “enchente”.
ELEMENTOS DA MARÉ
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ELEMENTOS DA MARÉ
Nível de Referência das Marés – é o Nível de Redução (RN), referência para a medida das profundidades nas cartas náuticas e ao mesmo tempo referência para as medidas das alturas das marés. Nível Médio (NM) da maré – é o nível médio do mar entre a preamar e a baixamar, valor entorno do qual a maré oscila. NM é constante para um local.
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Amplitude – é a diferença de altura entre os instantes da Preamar e Baixa-mar. Semi-amplitude – é metade da amplitude, seu valor consta do cabeçalho de cada porto nas Tábuas das Marés. - Sua importância consiste em indicar a oscilação da maré em determinado porto com a simples multiplicação por 2.
TEORIA DAS MARÉS
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PREAMAR (PM): Maior altura que alcançam as águas
em uma oscilação; igual a h PM e acontece nos
instantes.
BAIXA-MAR (BM): Menor altura que alcançam as
águas em uma oscilação; igual a h BM e ocorre no
instante.
AMPLITUDE DA MARÉ: Distância vertical entre uma
PM e uma BM consecutivas.
NÍVEL MÉDIO (NM): Valor médio em torno do qual a
maré oscila.
ENCHENTE: Intervalo de tempo durante o qual o nível
do mar se eleva.
VAZANTE: Intervalo de tempo durante o qual o nível
do mar baixa. ESTOFO DA MARÉ: Período durante o qual o nível do
mar fica praticamente estacionado.
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CICLO DA MARÉ: Período de tempo entre uma PM e
a BM que se segue.
ALTURA DA MARÉ: Distância vertical entre o nível do
mar em um determinado instante e o nível de redução
(plano de referência que constitui a origem de
contagem das profundidades e das alturas da maré).
Planos de Referências
Nível de Redução (NR): nível a que são referidas
as alturas das marés e as sondagens
(profundidades representadas nas cartas náuticas).
O Nível de Redução normalmente corresponde ao
nível médio das baixa–mares de sizígia (MLWS)
nas cartas náuticas brasileiras. É um nível abaixo
do qual o mar não desce senão raramente.
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Nível Médio do Mar (NM): altura média da
superfície do mar em todos os estágios de
oscilação da maré, observados em um longo
período de tempo (maior que 18.6 anos). O Nível
Médio é normalmente adotado como plano de
referência para a medida das altitudes.
Planos de Referências
NM (MTL ou “MEAN TIDE LEVEL”): valor médio de
um certo número de PM e BM.
MHWS (“MEAN HIGH WATER SPRINGS”): média
das PM de sizígia ou altura da PM média de sizígia.
MHWN (“MEAN HIGH WATER NEAPS”) – média
das PM de quadratura ou altura da PM média de
quadratura.
MHW (“MEAN HIGH WATER”) – Média das PM ou
altura da PM média.
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MLWN (“MEAN LOW WATER NEAPS”) – média das
BM de quadratura ou altura da BM média de
quadratura.
MLW (“MEAN LOW WATER”) – média das baixa–
mares ou altura da BM média.
MLWS (“MEAN LOW WATER SPRINGS”) – média
das BM de sizígia ou altura da BM média de sizígia.
PREVISÃO DAS MARÉS
Para o navegante o conhecimento da maré e das
correntes de maré é importante porque lhe permitirá
decidir sobre:
Possibilidade de passar em locais de pouco fundo;
Datas, horários e velocidades convenientes para
navegar nestes locais;
Rumos na superfície para obter os rumos no fundo
desejados;
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PREVISÃO DAS MARÉS
Escolha do bordo de atracação, tipo de amarração e
folgas adequadas das espias; e
Necessidade de parar motores e máquinas
refrigeradas à água salgada, em determinados
períodos, para evitar que as tomadas d’água, por
ficarem no fundo do casco, aspirem lama ou areia.
PREVISÃO DAS MARÉS
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TÁBUAS DAS MARÉS
As “Tábuas das Marés” constituem uma publicação
editada anualmente pela DHN, contendo a previsão
para os 47 principais portos, terminais, barras, ilhas
oceânicas e fundeadouros brasileiros, relacionados
do Norte para o Sul, e oito portos estrangeiros da
América Latina.
TÁBUAS DAS MARÉS
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Calcule o período possível para um navio demandar o
porto de SUAPE, no dia 20/05/2014. Considere os
seguintes elementos: PM=1100h, BM=0500/1700h,
calado=5m, altura do NM=1,5, profundidade mínima
da carta=6m, leitura mínima do eco=3,5m. ?
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DETERMINAÇÃO DA ALTURA DA MARÉ EM UM INSTANTE QUALQUER
A Tabela I tem como elementos de entrada a duração
da maré (enchente ou vazante) e o intervalo de tempo
entre o instante considerado e a preamar ou baixa–mar
mais próxima.
A sua saída, denominada centésimo, é um dos
elementos de entrada para a Tabela II, onde o segundo
elemento de entrada será a amplitude da maré em
questão.
A saída da Tabela II é a correção a ser aplicada à
altura da baixa–mar ou preamar considerada, que
permitirá conhecer a altura da maré no instante
desejado.
Embora as Tábuas das Marés sejam anuais, as
Tabelas I e II são permanentes e podem ser utilizadas
em qualquer dia de qualquer ano.
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Nos portos onde a curva da maré não é sinusoidal
obtém-se resultado apenas aproximado.
Os navegantes, portanto, deverão tomar certa
precaução, dando margem de segurança igual a 10%
da amplitude.
Na costa do Brasil, as Tabelas Só devem ser usadas
nos portos de Vitória (ES) para o Norte, onde a maré é
predominantemente semidiurna.
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Qual a altura da maré prevista no fundeadouro de
Salinópolis, no dia 08/03/93, às 1000P?
Maré prevista para Salinópolis
BM 0143 0,1m
PM 0732 5,6m
BM 1358 0,0m
PM 1949 5,6m
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Para entrar na Tabela I:
Duração da vazante: 06h26m ± 06h20m
Intervalo de tempo (entre a PM de 0732 e 1000)
02 h28m ± 02 h30m
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Dado de saída da Tabela I: 34 (fração da amplitude)
Para entrar na tabela II:
Amplitude da maré no ciclo considerado: 5.6m ± 6m
Fração da amplitude (dada pela Tabela I): 34
Dado de saída da Tabela II: 2,0m (correção da altura)
Altura da maré em Salinópolis, dia 08/3/93, às 10:00
horas: 5,6 – 2,0 = 3,6 metros.
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Dado de saída da Tabela II: 2,0m (correção da altura)
Altura da maré em Salinópolis, dia 08/3/93, às 10:00
horas: 5,6 – 2,0 = 3,6 metros.
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