teo do n t slide do dia 27 de janeiro

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Partindo da ótica dos fariseus eautoridades religiosas, Jesustransgredia a lei de Moisés. Mas naverdade, Jesus fazia umareinterpretação da lei, buscandorevelar a essência da mesma,libertando-a das tradiçõeshumanas.

A lei original de Deus é santa, justa e boa, Dt 4.8;é também, espiritual, Rm 7.14, perfeita, Sl 19.7, e pura,Sl 19.8, mas acrescida das tradições humanas, setornou inválida, pois ao invés de encarnar a essênciaespiritual da lei, vivenciando os seus princípiosmorais e espirituais, os israelitas não foram além deuma obediência formal, não entenderam que aperfeição não é tanto uma questão de fazer, mas deser. Portanto, somente Jesus incorporou na vida osprincípios da lei, tornando, desse modo, o homemperfeito objetivado pela lei.

Jesus consumou-a no sentido detorná-la efetiva, o que a lei preceituavacumpriu-se na vida e nos atos doSenhor. A lei tinha um alvo a atingir, eesse alvo é Jesus. Paulo disse: “Porqueo fim da lei é Cristo para justiça detodo aquele que crê”, Rm 10.4.

Jesus restaurou os valorespermanentes da lei, os quais estavamcomprometidos com as interpretaçõestendenciosas dos judeus, um exemplo éo acréscimo que fizeram aomandamento de honrar pai e mãe, Mc7.10-13.

A lei revelava um padrão divino etinha como propósito gerar atitudesespirituais demonstrados por umprocedimento santo, sendo pois,impossível ao homem atender essepreceito legal, objetivava então, levá-losa aceitar a manifestação da graça deDeus na pessoa do Senhor Jesus Cristo.

Os religiosos da Antiga Aliançaentendiam que o objetivo da lei erarestringir atos externos, Jesus denunciou oequívoco dos judeus, e interiorizou osprincípios legais, demonstrando que a leideve restringir as intenções e motivações detais atos. Enquanto para os judeus a leirestringia homicídios, para Jesus restringiao ódio, Mt 5.21-22

O Novo Testamento atribui a Jesusvários títulos, contudo há dois que sãorelevantes, os quais denominamosmessiânicos, os quais são: “Filho deDeus” e “Filho do Homem”. Para aformação de uma teologiagenuinamente bíblica, éimprescindível que compreendamos osentido escriturístico desses doistítulos.

Os israelitas, guardiões dosoráculos divinos, já estavamfamiliarizados com o título “Filho deDeus”, que no Velho Testamento temsignificados diversos, comoveremos a seguir:

APLICADO AOS CRENTES DA

ANTIGUIDADE

Em Gn 6.1,2 é uma referência aosdescendentes de Sete, e não aosanjos, como ensinam algumasseitas heréticas, conformeensinou Jesus, os anjos sãoassexuados, Mt 22.30.

APLICADO AOS JUIZES DE ISRAEL

Conforme inferimos do Salmo82.2,6,7

APLICADO À NAÇÃO DE ISRAEL

Conforme inferimos de Ex 4.22; Os1.10

APLICADO AO REI TEOCRÁTICO

Conforme inferimos do Salmo 2.6,7

1. Jesus referiu-se a Deus como Pai, Mt 11.27; Mc 14.362. Na parábola dos lavradores maus, Jesus se identifica com o

filho do Senhor da vinha, Mc 12.63. No julgamento, Jesus afirmou ser o Filho de Deus, Mc

14.61,624. O Evangelho de João foi escrito para que creiamos que Jesus

é o Filho de Deus, Jo 20.315. No batismo e na transfiguração, o próprio Pai disse que

Jesus é o seu Filho Amado, Mc 1.11; Lc 3.22; Mt 3.17; Mt 17.5; Mc9.7 e Lc 9.35.

6. Satanás se dirigiu a Jesus como Filho de Deus, Mt 4.37. Os próprios demônios também se dirigiram a Jesus como

Filho de Deus, Mt 8.298. Finalmente, o apóstolo Pedro, por divina revelação,

declarou: Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo, Mt 16.16

SENTIDO MESSIÂNICO Nos dias de Jesus

havia umentendimento de queo título “Filho de Deus”era uma referência aoMessias.

Declaração de Pedro, Mt 16.16-20

Declaração do próprio Senhor no julgamento, Mc 14.61

O próprio escárnio proferido pelo povo,

Mt 27.40; Mc 15.32

O reconhecimento do centurião e os que com

ele estavam, Mt 27.54

SENTIDO ÉTICOSENTIDO ÉTICO

O aspecto ético do títuloFilho de Deus ressalta que aqueleque faz jus a Ele é quem tem umarelação toda especial com Deus;quem tem Dele um profundoconhecimento e, por isso, participaíntima e intensamente de todos osseus propósitos e ideais, sendo-lhe em tudo obediente.

Como podemos explicar o fato doVerbo divino tomar a forma humanasem abrir mão da natureza divina?

Como o Verbo divino, como Sereterno, pode ser gerado?

Como entender o fato do Verbo divinoentrar no plano da temporalidade,morrer, ressuscitar e continuarsendo o Ser Eterno?

NATUREZA DIVINA ESPÍRITO

SANTOPESSOA DO PAI

PESSOA DO

FILHO

NATUREZA HUMANA

LocalizadaAprendeLimitada

OnipotenteOnisciente

Onipresente

Ele age por meio de qualquer um das

naturezasNão dividindo a Pessoa

nem Confundindo as Naturezas

NATUREZA DIVINA

ESPÍRITO SANTO

PESSOA DO PAI

PESSOA DO

FILHONATUREZA HUMANA

TEMPORALIDADE

LocalizadaLocalizadaAprendeAprendeLimitadaLimitada

OnipotenteOnipotenteOniscienteOnisciente

OnipresenteOnipresente

NATUREZA HUMANAGLORIFICADA

GLORIFICOU A NATUREZA HUMANA

O termo “Kenosis” é de origem grega “kenós”,significa vazio, oco, sem coisa alguma. Termousado para explicar o esvaziamento da glóriade Cristo quando de sua encarnação. Ao fazer-se homem renunciou Ele temporariamente aglória da divindade, Fp 2.1-6. O capítulo 53 deIsaías é a passagem que melhor retrata akenósis de Cristo. Segundo vaticina o profeta,em Jesus não havia beleza nem formosura.Mas foi esta humilhação que Deus usou paraexaltar o ser humano.

Quando se trata da kenósis de Cristo, háde se tomar muito cuidado. É contra o espíritodo Novo Testamento, por exemplo, afirmar queo Senhor Jesus esvaziou-se de sua divindade.Ao encarnar-se esvaziou-se Ele apenas da suaglória. Pois em todo o seu ministério, agiucomo verdadeiro homem e verdadeiro Deus.

Na oração sacerdotal, Jesus passa areivindicar, junto ao Pai, a glória quedesfrutara desde a mais remota eternidade. Ecom a sua morte e ressurreição foi atendido.

A teologia kenótica é ummovimento surgido na Inglaterra noséculo 19, cujo o objetivo era enfatizara kenósis de Cristo. Em torno dessetema muitas questões foramsuscitadas, como veremos a seguir,conforme exposição do teólogo H.Wayne House, em seu livro TeologiaCristã:

Cristo esvaziou-se

da Consciência

Divina

O Filho de Deus pôs de ladoa sua participação naDeidade quando tornou-sehomem. Todos os atributosda sua divindadeliteralmente cessaramquando ocorreu aencarnação. O Logostornou-se uma alma queresidiu no Jesus humano.

Cristo esvaziou-se

da Forma Eterna de

Ser

O Logos trocou a sua formaexterna por uma formatemporal condicionadapela natureza humana.Nessa forma temporal,Cristo não mais possuíatodos os atributospertinentes à Deidade,embora pudesse exercerpoderes sobrenaturais.

Cristo esvaziou-se

dos atributos relativos da

Deidade

Esta noção faz umadistinção entreatributos essenciais,tais como verdade eamor, e aquelesrelacionados com ouniverso criado, taiscomo onipotência eonipresença.

Cristo esvaziou-se

da Integridade

da Existência Divina

Infinita

Na encarnação de Cristo, oLogos assumiu uma vidadupla. Um “centro vital”continuou a funcionarconscientemente naTrindade, ao passo que ooutro encarnou-se com anatureza humana,inconsciente das funçõescósmicas da Deidade.

Cristo esvaziou-se da Atividade

Divina

O Logos entregou ao Paitodas as suas funções eresponsabilidadesdivinas. O Logosencarnado estavainconsciente dosacontecimentosinternos da Trindade.

Cristo esvaziou-se do Exercício Efetivo das

Prerrogativas Divinas

O Logos removeu aatuação dos atributosdivinos do campo doreal para o potencial.Ele reteve suaconsciência divina masrenunciou àscondições dainfinidade e à suaforma.

Existe o pensamento de que Cristo operoumilagres, entretanto, os milagres não eram provasde sua divindade. Segundo esse entendimentoCristo operou como qualquer de nós hoje tambémpodemos operar. Contudo, é bom que se diga queEle operou devido a sua natureza divina, nós,porque Ele nos fez participante da sua natureza,leia II Pe 1.4. Outrossim, Jesus é Deus, e uma dascaracterísticas da natureza divina é aimutabilidade, Nm 23.19; I Sm 15.29; Jó 23.13; Sl33.11; 119.89,90; Ml 3.6. Portanto, o Verbo se fezcarne, sem que a sua divindade sofresse qualquermudança.

Cristo esvaziou-se do Uso dos

Atributos Divinos

O Logos possuía osatributos divinos,mas escolheu nãousá-los.

Cristo esvaziou-se do

Exercício Independente dos Atributos

Divinos

O Logos sempre possuiu epôde utilizar asprerrogativas da Deidade,mas sempre emsubmissão ao poder doPai e pelo poder Pai e doEspírito Santo. O Cristoencarnado nunca fez nadaindependentemente pormeio da sua própriadivindade.

Cristo esvaziou-se das Insígnias da Majestade, as Prerrogativas da

Divindade

O Logos esvaziou-seda forma exterior dadivindade. (Estanoção é vaga quantoao seu significadopreciso.)

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