tenho a nítida impressão de que quando o aniversário da gente se aproxima vamos ficando mais...

Post on 22-Apr-2015

102 Views

Category:

Documents

0 Downloads

Preview:

Click to see full reader

TRANSCRIPT

Tenho a nítida impressão de que quando o aniversário da gente

Se aproxima vamos ficando mais saudosistas, talvez seja uma

Estratégia cerebral para nos manter mais jovens.

Não, eu não estou levantando a bandeira de que já vivi os melhores momentos da minha vida, ou minha época foi melhor que a sua, até porque acredito que a melhor época sempre será a que estamos vivendo, mas o que quero dizer é que cada fase tem naturalmente um brilho especial.

Então, peço licença aos mais jovens e mais velhos para falar sobre um tempo e tanto que vivi, a década de 80.

Se você calçou Bamba e sonhava com um All star, já teve o batom de moranguinho, usou ombreira, calçou bota branca, sabe bem do que estou falando.

Nós fazíamos festas americanas, dançávamos de rosto colado, sonhávamos com o primeiro beijo e crescíamos junto com o rock brasileiro.

Nos recreios (na época ninguém chamava de intervalo, nem no 2

grau que virou médio) apostávamos para ver

quem cantava Faroeste Caboclo inteira, e

fazíamos isso trajadas com nossas saias plissadas que nos forneciam um ar

angelical.

Tínhamos esperança de mudança, nossa infância foi feita em meio ao fim da ditadura e às direitas já, mais tarde nos tornaríamos a geração cara pintada.

Andávamos em turma, não tínhamos celular, nem internet, tíanhamos cadernos de confidências, diários em agenda, escrevíamos cartas, nossa... Por um lado as coisas eram tão diferentes, por outro tão iguais.

A questão é que seja em qual década for, existe uma fase de nossas vidas que as risadas ocupam boa parte do dia, não existe o compromisso com as contas, ainda não entendemos um monte de coisas, mas achamos que já sabemos de tudo e isso faz parte do nosso crescimento, pode até parecer bobo ou difícil, mas é bom.

Aí você pergunta: Nossa, o que houve pra você escrever essa crônica? E eu respondo me lembrando do Lulu: “Meu bem, meu bem, será que você não vê não houve nada, só o passado tocando em minha porta feito alma penada...”

FORMATAÇÃO: Beto Kendy

IMAGENS: Da internet

TEXTO: Fabiana Pinto

top related