telejornalismo investigativo: o que acontece nas emissoras capixabas?

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Telejornalismo Investigativo:O que acontece nas emissoras

capixabas?

SIUMARA DE F. GONÇALVESJOSÉ CARLOS CORRÊA

Objetivo Geral Discutir a prática de jornalismo investigativo no estado do Espírito Santo, tendo como objeto de estudo as emissoras de TV aberta.

Mapear as emissoras capixabas que praticam o jornalismo investigativo;

Descrever sua prática (produção, equipe e recursos).

Objetivos Específicos

Metodologia • Pesquisa bibliográfica • Escolhas das fontes para entrevistas e a montagem do roteiro de perguntas • Transcrição das entrevistas • Análise dos dados coletados • Elaboração das conclusões

Televisão: o maior veículo de comunicação de massa 1950 - Chegada da televisão no Brasil 1960 - Avanços tecnológicos tornam a televisão o maior veículo de comunicação de massa

1961 - Primeira emissora capixaba

População capixaba - 78 municípios◦3.929.911 habitantes

População da Grande Vitória - 07 municípios◦1.910.101 habitantes (48,6% do total do estado)

97% dos lares brasileiros tem televisão em casa (Fontes: Portal Datasus 2015 e IBGE 2013)

O promotor de informação para a sociedade

“As sociedades industrializadas dependem do livre intercâmbio de informações. Por esse motivo, até mesmo informações que

podem ameaçar o sistema encontram espaço para serem veiculadas”.

(ENZEBSBERGER apud SANTOS, 2003, p. 106)

Telejornalismo Capixaba:O caso das emissoras do Espírito Santo

21% dos jornalistas brasileiros trabalham em televisão

56% trabalham eixo Rio-São Paulo 2% trabalham no Espírito Santo

(Fonte: Quem é o jornalista brasileiro? UFSC 2013)

Início de operação das emissoras capixabas 1961 - TV Vitória (Record) 1976 – TV Gazeta (Globo) 1985 – TV Tribuna (SBT) 1985 – TV Capixaba (Band) 2005 – Rede TV (Rede TV) 2013 – Record News (Record News)

Número de programas por emissora produzidos no Espírito Santo

Entrevistas realizadas “Remédio para má imprensa é mais imprensa. [...] No jornalismo investigativo é fato que você vai, o tempo todo, desagradar alguém. Aliás, a obrigação do jornalismo é desagradar, principalmente o governo. A pior parte disso é o excesso de relações, a malha de relacionamentos dos que estão no poder, tanto dos políticos como da população. [...] O jornalismo é caro, e o jornalismo investigativo é mais caro ainda”.

(Alex Cavalcante, TV Vitória)

Entrevistas realizadas “Quando uma equipe é designada para realizar uma reportagem investigativa na TV Gazeta, ela é bem reduzida, sendo formada por um cinegrafista, um repórter, o chefe de reportagem e, em alguns casos, um produtor. [...] A Rede Globo se tiver alguém de confiança na afiliada, não precisa mandar ninguém para fazer a matéria; ela aciona o repórter investigativo local. No estado não temos isso. Eles nos mandam um repórter, até porque, se se não tem muita prática, o repórter não tem visibilidade”. (André Falcão, TV Gazeta)

Entrevistas realizadas

“O jornalismo investigativo no Espírito Santo é muito fraco. Faltam profissionais, as redações são muito enxutas. Deixar uma pessoa por meses investigando um caso é para as grandes emissoras”.

(Jadna Duque, Record News)

Fatores que fazem com que a prática do jornalismo investigativo no ES seja pouco explorada•Relações interpessoais próximas, próprias de cidades de pequenas dimensões• Alto custo de produção• Redações enxutas• Falta de profissionais especializados• Desinteresse das emissoras• Instabilidade político-econômica

Considerações Finais•O jornalismo investigativo no Espírito Santo estagnou. Migrou seus mecanismos de produção para a cobertura diária sem deixar de aproveitar as oportunidades que surgem.• Mesmo com poucos estímulos e ganhos, os profissionais continuam a se dedicar a “expor ao público aquilo que está oculto” (HUNTER e HANSON 2003, p. 8).

“Em seu sentido mais amplo, o jornalismo investigativo questiona a base ortodoxa,

desafiando a narrativa da realidade que o poder desejaria que aceitássemos”.

(BURGH 2003, p. 19)

/goncalvessiumarasiumara_fg@hotmail.com

Obrigada!

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