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Tecnologia de Produtos de Origem Animal
Prof. Daniel M. Tapia T.
Eng. Agrônomo MSc.
2007
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA-UESBDA BAHIA-UESB
DEPARTAMENTO DE ENGNEHARIA DEPARTAMENTO DE ENGNEHARIA AGRICOLA E SOLOS- DEASAGRICOLA E SOLOS- DEAS
Tecnologia de Pescados
Produção
• Brasil apresenta grande potencial para a piscicultura
• Taxa de crescimento 30% ao ano (FAO 2000)
• 10° produtor mundial de pescados
• Produção - 204 mil toneladas em 2001
• 2,3% da produção mundial
Produção de pescados Produção de pescados
por segmento em 1997por segmento em 1997
• No Brasil:
• 90 % in natura
• 10 %
industrializado
Qualidade da matéria prima é
essencial
Segurança Alimentar
• Dos 1.586 surtos de doenças de origem alimentar relatados entre 1977 e 1984, os alimentos marinhos foram responsáveis por 24,8%.
– O pescado foi responsável por 59% do total dos alimentos marinhos;
– Moluscos foram responsáveis por 1/3 dos casos de alimentos marinhos.
Produtos industrializados de
pescados • filés e posta congelados
• enlatados (sardinha, atum)
• nuggets
• fishburguer
• steak
• peixe salgado
• peixe defumado
Processo de obtenção do pescadoProcesso de obtenção do pescado
• Alto marAlto mar
• Dulcícola• Aqüicultura• Amador
• composição químicacomposição química
• constituição frouxa dos tecidosconstituição frouxa dos tecidos
• camada de muco na pelecamada de muco na pele
• rápida entrada em rápida entrada em rigor mortisrigor mortis
• acidificação superficialacidificação superficial
PerecibilidadePerecibilidade
Composição Química do Pescado
• Os componentes normais do pescado nas suas variações são:
• Água 66 a 84%
• Proteínas 15 a 24%
• Lipídios(gorduras) 0,1 a 22%
• Sais minerais 0,8 a 2%
• Vitaminas
Camada de muco na pele
Como uma reação peculiar do organismo às condições desfavoráveis do meio que cerca os produtos marinhos
Algumas espécies pode chegar até 2,5% do peso do mesmo.
Muco
glucoproteína
odor
substrato para bactérias
Deterioração
• Rigor mortis
• Alterações
microbianas
Alterações Post Mortem
Os fatores que influem no “rigor mortis” são importantes na conservação do pescado, estando diretamente relacionado aos estágios iniciais de sua deterioração.
O início e duração do “rigor mortis” depende de uma série de fatores, tais como a espécie, a maneira de captura e a temperatura de estocagem após a captura.
RIGOR MORTISRIGOR MORTIS
Pouco se pode fazer quanto aos fatores como espécies e maneira de captura.
se o resfriamento for feito logo após a captura, o “rigor mortis” tarda mais a se iniciar, o que aumenta o tempo de conservação do produto,
• Antes e durante esse processo a ação de bactérias na deterioração da carne seja retardada.
• O “rigor mortis” pode ser retardado, mas acabará se instalando
• A partir desse ponto, a ação das bactérias passa a ter grande importância na conservação do pescado.
Autólise
• Animal vivo: membrana impermeável separa as enzimas autolíticas dos componentes da célula;
• Após a morte: pH < 7, a membrana torna-se permeável;
• Amolecimento dos músculos: catepsinas
• Quebra das proteínas e gorduras devido à ação das enzimas proteolíticas e lipídicas nos tecidos.
Autólise
tecidos dos produtos marinhos consistem basicamente de compostos protéicos
A autólise só produz alterações A autólise só produz alterações estruturais na carne de produtos estruturais na carne de produtos marinhos, mudando sua consistência marinhos, mudando sua consistência da carne, tornando-a amolecida. da carne, tornando-a amolecida.
Fatores que influenciam a decomposição
• Número inicial de bactérias;
• Condições de armazenagem (temperatura, umidade e atmosfera gasosa)
Uma vez fora d‘água, o peixe saiu de um meio onde estava em perfeito equilíbrio ecológico e passou a outro ambiente adverso ao seu "habitat" onde deverá ser transportado para ser distribuído comercialmente. Ao sair da água geralmente o peixe é deixado refrigerado em contacto com o gelo e é assim comercializado.
• Às vezes próximo aos rios a comercialização é feita "pescando" o peixe de tanques de cimento construídos pelos pescadores.
• Pelo fato de possuir bastante proteína , o pescado é fonte excelente para desenvolvimento microbiano. O alto teor de umidade disponível na carne (cerca de 70%) facilita a atuação desses microrganismos.
• Não só as bactérias e seus produtos de metabolismo são responsáveis pela deterioração da carne, mas também as reações enzimáticas nos músculos e nos intestinos.
• Às vezes é preferível guardar o peixe inteiro no gelo do que eviscerá-lo e lavarem água onde há efluentes de indústrias ou de rios poluídos,
• O peixe possui normalmente bactérias na sua superfície, nas guelras e no intestino que não são patogênicas para o peixe vivo, mas quando termina o "rigor mortis" e a acidez cai essas bactérias invadem os tecidos, inclusive de dentro para fora, nos peixes comercializados com vísceras.
• As bactérias anaeróbicas decompõem o óxido de trimetilamina em trimetilamina e amoníaco, altamente solúveis em água e que se distribuem rapidamente por todo tecido muscular.
É conveniente destacar a oxidação lipídica, o ranço, como uma deterioração muito comum dos peixes armazenados a baixas temperaturas e em presença de ar. Os peixes por possuírem muitos ácidos graxos poliinsaturados sofrem a auto oxidação dando derivados carbonílicos.
• Temperatura da água de captura do pescado
• Temperatura da água de captura do pescado
Diversos peixes e crustáceos são capturados em águas friasDiversos peixes e crustáceos são capturados em águas frias
Portanto a microbiota não é efetivamente inibida pela refrigeração como é a microbiota normal de animais de sangue quente)
Portanto a microbiota não é efetivamente inibida pela refrigeração como é a microbiota normal de animais de sangue quente)
Alterações MicrobianasMicrobiota natural
• Localização geográfica da captura (por exemplo, um pescado capturado em mar aberto contém menos bactérias e menor incidência de Salmonella do que um pescado capturado em uma baía de águas poluídas);
• Estação do ano (a incidência de Vibrio parahaemolyticus é maior nos meses de verão do que no inverno);
Table 5.4 Bacterial flora on fish caught in clean, unpolluted waters
A flora microbiana difere dependendo da temperatura da água. Águas mais frias os microrganismos dominantes são os gêneros psicrófilos como as Pseudomonas, Alteromonas, Moraxella, Acinetobacter e Vibrio.
Águas quentes, floras Gram positivas mesófilas, tais como Micrococcus e Bacillus.
• Local e método de processamento (a bordo do navio versus planta industrial).
FIM
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