tanatologia - university of são paulo

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TANATOLOGIA

Estuda a morte e seus fatores associados. Demonstra o que

acontece com o corpo humano após a morte

O que é vida?

Há funcionamento orgânico ideal, equilíbrio, homeostasia da funções vitais

Quando essas funções param, inicia-se o processo de morte

Definição de morte

É a parada de todos os fenômenos vitaisde modo definitivo, total e permanente

A morte não é um instante, um momento, mas um verdadeiro processo em que há um progressivo desmantelamento

Organismo – sistemas – órgãos – tecidos

até chegar ao nível celular

Critérios atuais para diagnóstico de morte

A morte atualmente é definida por critérios estabelecidos pelo Conselho Federal de Medicina(Resolução 1480/97) que a considera como sendo a parada total e irreversível das atividades encefálicas

Morte Encefálica

comprometimento de forma irreversível

Divisão didática de Morte

MORTE APARENTE

MORTE RELATIVA

MORTE ABSOLUTA

Formas de Morte

MORTE APARENTE: provocada por estados patológicos que simulam a morte

o indivíduo se mantém vivo por tênues ou débeis sinais de circulação

ocorre nas intoxicações graves produzidas por alguns produtos, soníferos, congelamentos, epilepsias

Formas de Morte

MORTE RELATIVA

é um estado temporário de morte

parada cárdio-respiratória

parada de outras funções vitais

Este estado pode ser modificado e o indivíduo ser recuperado por manobras artificiais

O cérebro pode sobreviver por até seis minutos após o coração parar de bater

Formas de Morte

MORTE REAL ou ABSOLUTA

é a verdadeira morte, ocorrendo paralisação total, definitiva, permanente e irreversívelde todos os fenômenos e atividades vitais

TANATOGNOSE

É o diagnóstico da morte

Momento da morte

Parada cárdio-respiratória irreversível

Morte cerebral ou encefálica1. Lei nº 8489/94 – Lei dos transplantes e retirada de

órgãos para fins terapêuticos ou científicos

2. Lei nº 9434/97 – art. 4º: caracterização do doador presumido

3. Lei nº 10.211/01 – Altera a Lei nº 9434/97 e condiciona a retirada de órgãos à autorização do cônjuge ou parente

Enfermeiros devem notificar a

existência de um potencial doador

Após concordância dos familiares, o médico realiza alguns exames para confirmar morte cerebral:

Avaliação do padrão pupilar (midríase)

Avaliação da ausência de reflexo córneo-palpebral

Avaliação da ausência de reflexo oculocefálico

Avaliação da ausência de resposta a prova óculo-vestibular

Avaliação da ausência de reflexo de tosse

Coma X morte cerebral

Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos e Tecidos (CNCDO)http://www.inca.gov.br

Enfermeiros devem notificar a

existência de um potencial doador

São precisos alguns exames neurológicos

e toxicológicos complementares

Eletroencefalograma Mede a voltagem do cérebro em microvolts

Estudo do fluxo sanguíneo cerebral Injeção de um isótopo radioativo fraco na corrente

sanguínea

Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos e Tecidos (CNCDO)http://www.inca.gov.br

Fluxo normal

Não há fluxo normal de sangue

Após confirmação do estado de morte encefálica é preciso manter-se

Padrão hemodinâmico

Padrão renal

Padrão ventilatório

Padrão metabólico

Padrão hematológico

Temperatura corporal

Enfermeiros devem auxiliar a manutenção

das condições fisiológicas dos órgãos

para transplantes

CRONOTANATOGNOSE

É o diagnóstico do tempo da morte pela observação de sinais não vitais positivos:

Sinais recentes

Sinais consecutivos

Sinais tardios

Destrutivos

Conservativos

SINAIS RECENTES OU IMEDIATOS

Aspecto do corpo: Fácies Hipocrática (cadavérica)Ausência de consciênciaAusência de sensibilidade

Imobilidade – perda do tônus muscular

ArreflexiaRelaxamento dos esfíncteres - eliminação de fezes e urina

Perda do reflexo a luz, olhos semi-abertos

Queda do maxilar inferior

Ausência de batimentos cardíacos e circulação

SINAIS RECENTES OU IMEDIATOS

Parada respiratória:Cessação da respiração

prova da vela, prova do espelho“Silêncio” de aparelhos:

eletrocardiogramaeletroencefalograma - cessação de atividade cerebral

Fenômenos oculares:Opacificação do cristalinoPálpebras semi-cerradasMidríase

FENÔMENOS OCULARES: midríase

SINAIS CONSECUTIVOS

1. Desidratação: Desidratação cutânea e do globo ocular

Diminuição do volume

Decréscimo de massa (peso)

Pergaminhamento da pele

Dessecamento das mucosas dos lábios

2. Esfriamento do corpo: Lento nas 3 primeiras horas (0,5ºC/ hora)

Rápido nas 6 horas seguintes (1ºC ou +/ hora)

Nas últimas horas volta a ser lento

Temperatura do ambiente

Desidratação e esfriamento

SINAIS CONSECUTIVOSRigidez cadavérica

A partir da 3ª hora (completa: 12 h) Inicia-se pela pálpebra e maxilar inferior, seguindo-se

a nuca e membros superiores e, por último, inferiores Pode durar de 1 a 2 dias para depois desaparecer na

mesma ordem em que apareceu

Explicação Bioquímica para a Rigidez Cadavérica

Ocorre devido a hidrólise do ATP no tecido

A miosina na ausência de ATP adere aos filamentos da actina formando um complexo actomiosina ocasionando a rigidez

A presença de cálcio livre no citoplasma (falência da bomba de cálcio dependente de ATP) mantém o complexo actomiosina e assim a rigidez permanece

Posteriormente há liberação das enzimas lisossomais

SINAIS CONSECUTIVOSHipóstases (manchas)

Cessadas as contrações cardíacas, o sangue do cadáver começa a se concentrar nas partes mais baixasInício: imediatoEvidente: 2 a 3 hFixação: 6 a 8 h

Algor mortis ou esfriamento cadavérico

Rigor mortis ou rigidez cadavérica

Livor mortis ou manchas de hipóstase ou livor cadavérico

(Tríade da Morte)

Resumo dosSINAIS CONSECUTIVOS

SINAIS TARDIOS

• Autólise – fenômenos anaeróbicos da célula

• Putrefação - decomposição fermentativa da

matéria orgânica por ação de diversos

microrganismos

- mancha verde abdominal

acúmulo de sulfametahemoglobina

- cadáver incha

- tecidos se liquefazem

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