slides aulas - resÍduos sÓlidos

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Prof. Eduarda Frinhani

RESÍDUOS SÓLIDOS

Resíduos nos estados sólido e semi-sólido, que resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar,

comercial, agrícola, de serviços e de varrição.

Incluem nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água e de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas

particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso soluções técnica e economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia disponível (ABNT 10004,

2004).

PROCESSO DE CLASSIFICAÇÃO

A classificação de resíduos envolve a identificação do processo ou atividade que lhes

deu origem e de seus constituintes e características e a comparação destes

constituintes com listagens de resíduos e substâncias cujo impacto à saúde e ao meio

ambiente é conhecido.

CLASSIFICAÇÃO DE RESÍDUOS

• Para os efeitos da Norma ABNT 10.004 (2004), os resíduos são classificados em:

a) resíduos classe I - Perigosos;

b) resíduos classe II – Não perigosos;

– resíduos classe II A – Não inertes:

– resíduos classe II B – Inertes.

ABNT, 2004

Resíduo perigoso- classe 1

• Gerados principalmente nos processos produtivos, em unidades industriais e fontes específicas. No entanto, também estão presentes nos resíduos sólidos gerados principalmente nos domicílios e comércio.

– metais pesados;

– biológicos - infectantes.

Origem do resíduo e responsável pelo gerenciamento

Origem do lixo Responsável

Domiciliar Prefeitura

Comercial Prefeitura ou gerador*

Público Prefeitura

Serviços de Saúde Gerador (hospitais, laboratórios, etc.)

Industrial Gerador (indústrias)

Portos, aeroportos e terminais rodoviários e ferroviários

Gerador (porto, etc.)

Agrícola Gerador (agricultor)

Entulho Gerador

* Quantidade inferior a 50 Kg ou legislação municipal específica.

Política Nacional de Resíduos Sólidos

Reúne o conjunto de princípios, objetivos, instrumentos, diretrizes, metas e ações

adotados pelo governo Federal, isoladamente ou em regime de cooperação com estados,

Distrito Federal, municípios ou particulares, com vistas à gestão integrada e ao gerenciamento

ambientalmente adequado dos resíduos sólidos.

Lei 12.305 de agosto de 2010.

Política Nacional de Resíduos Sólidos

• Decreto 7404 de 2010, regulamenta a Lei 12.305.

• Integram a Política Nacional do Meio Ambiente.

• Articula-se com a Política Nacional de Educação Ambiental, regulada pela Lei no 9.795, de abril de 1999.

• Política Federal de Saneamento Básico, regulada pela Lei nº 11.445, de 2007 e Lei 11.107, de 2005.

Objetivos da PNRS

• Disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos;

• Racionalização do uso de recursos naturais (água, energia e insumos) no processo de produção de novos produtos;

• Aumento da reciclagem no país;

• Promoção da inclusão social.

Prioridade na gestão e gerenciamento de resíduos

Reduzir as matérias-primas na fonte, recuperar e reutilizar os resíduos sempre que possível,

utilizar matérias primas renováveis e optar por produtos com maior durabilidade e originados

em parte ou todo da reciclagem.

Reutilização

Processo de aproveitamento dos resíduos sólidos sem sua transformação biológica, física ou físico-química, observadas as condições e os

padrões estabelecidos pelos órgãos competentes do Sisnama (Sistema Nacional de Meio Ambiente) e, se couber, do SNVS (Sistema

Nacional de Vigilância Sanitária) e do Suasa (Sistema Único de Atenção à Sanidade

Agropecuária).

Reciclagem

Processo de transformação dos resíduos sólidos que envolve a alteração de suas propriedades

físicas, físico-químicas ou biológicas, com vistas à transformação em insumos ou novos

produtos, observadas as condições e os padrões estabelecidos pelos órgãos competentes do Sisnama e, se couber, do SNVS e do Suasa.

Reciclagem

Rejeitos

Resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação

por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra

possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada.

Metas para os planos municipais, estaduais e federais

• Diagnóstico da situação atual e identificação de áreas adequadas para a disposição;

• Eliminação e recuperação dos lixões até 2014;

• Reaproveitamento dos gases gerados nas unidades de disposição final;

Prazo quase esgotado!!!

Metas para os planos municipais, estaduais e federais

• Soluções consorciadas intermunicipais para a gestão dos resíduos sólidos;

• Implantação da coleta seletiva com a participação de cooperativas de catadores de materiais;

• Programas e ações de educação ambiental.

Maior prioridade em recursos da união!

Responsabilidade compartilhada

Importador e Distribuidor

Comerciante

Consumidor

Responsáveis limpeza

urbana e disposição resíduos

Fabricante

• Série de etapas que envolvem o desenvolvimento do produto, a obtenção de matérias-primas e insumos, o processo produtivo, o consumo e a disposição final.

Ciclo de vida do produto

Responsabilidade compartilhada

Conjunto de atribuições individualizadas e encadeadas visando minimizar o volume de

resíduos sólidos e rejeitos gerados, bem como para reduzir os impactos causados à saúde

humana e à qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos.

Responsabilidade compartilhada

• CONSUMIDORES: – Deverão acondicionar adequadamente e de forma

diferenciada os resíduos sólidos e disponibiliza-los adequadamente para fins de coleta seletiva e destinação.

– Dispor os demais tipos de resíduos de uso doméstico, a exemplo de geladeiras, celulares, baterias, lâmpadas entre outros nos Pontos de Entrega Voluntária instalados pelos responsáveis para acumulação temporária de resíduos com vistas à realização da Logística Reversa.

Responsabilidade compartilhada

Pontos de Entrega Voluntária

Sistema de logística reversa

Instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a

coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em

seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente

adequada.

Sistema de logística reversa

Retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço

público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos.

Recomenda-se a implementação da logística reversa em parceria com cooperativas e associações de catadores de materiais

recicláveis.

Sistema de logística reversa

Pneus

Pilhas e baterias

Embalagem

óleos

Lâmpadas Lixo

eletrônico

Embalagem agrotóxico

RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS (RSU)

Aqueles originários de atividades domésticas em residências urbanas e os resíduos de limpeza

urbana, quais sejam, os originários da varrição, limpeza de logradouros e vias públicas, bem como

de outros serviços de limpeza urbana.

• Resíduos classe II B – não perigosos e inertes

Fonte: Lei Federal nº 12.305/10 (Política Nacional de Resíduos Sólidos)

RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS (RSU)

RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

• POTENCIALMENTE PERIGOSOS:

– Material para pintura;

– Material para jardinagem e animais:

• Pesticidas, inseticidas, repelentes e herbicidas.

– Materiais automotivos:

• Óleos lubrificantes, fluido de freio, transmissão.

– Outros itens:

• Pilhas, frascos de aerossóis, lâmpadas fluorescentes.

Geração de RSU no Brasil

Fonte: ABRELPE, 2012

Fonte: ABRELPE, 2012

mas somente 3,8% tem unidade de

compostagem de resíduos sólidos

11,6%

tem unidade de triagem de resíduos

sólidos

Somente 0,6%

incineram seu lixo

MANEJO DOS RSU NOS MUNICIPIOS

INCINERADOR DE LIXO

• Processo mais antigo e o mais empregado no tratamento de RSU e RSS, sendo feita a temperatura de 800º C.

• Os gases de combustão devem-se manter a 1200º C por cerca de 2 segundos, com excesso de ar a fim de garantir a conversão total dos composto orgânicos a gás carbônico e água.

INCINERADOR DE LIXO

INCINERADOR DE LIXO

• Devido à presença no RSU e RSS de compostos normalmente não encontrados nos combustíveis convencionais, como metais pesados e compostos clorados, e que levam à formação de compostos poluentes mesmo com a adoção de boas técnicas de combustão, todo equipamento de incineração deve ser equipado com um sistema eficiente de limpeza de gases.

INCINERADOR DE LIXO

INCINERADOR DE LIXO

• DESVANTAGENS: – Custo elevado de instalação e operação, mas que

pode equivaler aos aterros em sanitários em grandes centros;

– Exigência de mão-de-obra-qualificada;

– Presença de materiais nos resíduos que geram compostos tóxicos e corrosivos, como pilhas e plásticos, etc., mas não podem ser eliminados por boas técnicas de combustão, exigindo instalação de sistema de limpeza de gases.

INCINERADOR DE LIXO

• VANTAGENS:

– Redução de 70 – 90% de massa e volume a ser descartado para os aterros;

– A energia liberada na queima pode ser convertida em energia elétrica ou vapor d’água.

– Esterilização de resíduos, sendo amplamente utilizada no tratamento de RSS;

– Desintoxicação: eliminação de resíduos industriais contendo produtos orgânicos tóxicos.

INCINERADOR DE LIXO

• VANTAGENS:

– Redução do impacto ambiental - se utilizado novas tecnologias de limpezas de gases de combustão – que produzem emissões de poluentes abaixo dos sistemas convencionais, e redução da emissão de gás metano e contaminação de lençóis freáticos observados em aterros.

COLETA SELETIVA

Coleta de resíduos sólidos previamente separados de acordo com a sua constituição e composição, devendo ser implementada por

municípios como forma de encaminhar as ações destinadas ao atendimento do principio da

hierarquia na gestão de resíduos.

Fonte: Lei Federal nº 12.305/2010 (Política Nacional de

Resíduos Sólidos)

TRIAGEM

• As usinas de triagem são usadas para a separação dos materiais recicláveis do lixo proveniente da coleta e transporte usual.

• Conjuntamente com a triagem é comum existir a compostagem da fração orgânica do lixo.

• A prática reduz em até 50% a quantidade de resíduos enviados aos aterros.

TRIAGEM

TRIAGEM

• VANTAGENS:

– Não requer alteração do sistema convencional de coleta, apenas mudança no destino do caminhão;

– Possibilita o aproveitamento da fração orgânica do lixo, pela compostagem;

– Mercado para a comercialização dos materiais separados, tanto orgânicos quanto inorgânicos.

TRIAGEM

• DESVANTAGENS:

– Investimento inicial em equipamentos que vão constituir a usina de triagem;

– Necessidade de técnicos capacitados;

– Qualidade dos materiais separados da “fração orgânica” e potencialmente recicláveis não é tão boa quanto da coleta seletiva, devido à contaminação por outros componentes do lixo.

COMPOSTAGEM

Processo biológico de decomposição da matéria orgânica contida em restos de origem animal ou

vegetal, – o composto orgânico – pode ser aplicado ao solo para melhorar suas

características, sem ocasionar dados ao meio ambiente.

COMPOSTAGEM

PROCESSO DE COMPOSTAGEM

• A compostagem é a decomposição aeróbia da matéria orgânica que ocorre por ação de agentes biológicos microbianos na presença de oxigênio e, portanto, precisa de condições físicas e químicas adequadas para levar à formação de um produto de boa qualidade.

• Dependendo do método utilizado, o tempo para que o processo se complete varia de dois a quatro meses.

PROCESSO DE COMPOSTAGEM

• A fração orgânica do lixo é levada para um pátio impermeabilizado e dotado de captação e drenagem de efluentes que deverão ser destinados a ETE.

• A fração orgânica é disposta em pilhas ou leiras cônicas, trapezoidais ou piramidais.

PROCESSO DE COMPOSTAGEM

• A aeração é conseguida por revolvimentos periódicos, com auxílio de equipamento apropriado.

• O processo pode ser acelerado, insuflando-se ar por meio de compressores e ou exaustores. Leira estática

PROCESSO DE COMPOSTAGEM

• FASE 1: microrganismos que apresentam uma fermentação ácida, pH baixo (4,5 a 5,5) e favorável à retenção de amônia.

• Inicia à temperatura ambiente, mas à medida que a ação microbiana se intensifica com a aeração apropriada, a temperatura se eleva até atingir valores acima de 55 – 60ºC – fase termófila – importante para eliminação de microrganismos patogênicos e sementes de ervas daninhas.

PROCESSO DE COMPOSTAGEM

• A relação carbono/nitrogênio (C/N) desejável para o inicio da compostagem deve ser de 30/1 e o teor de nitrogênio entre 1,2 e 1,5%.

• Ao longo do processo, parte do carbono é transformada em CO2 e parte é usada para crescimento microbiano.

• O nitrogênio fica retido no material como nitrogênio orgânico e inorgânico.

PROCESSO DE COMPOSTAGEM

• Segue uma faixa de abaixamento da temperatura (30 – 35ºC a 45 – 50ºC), onde se dá a bioestabilização da matéria orgânica com relação C/N próximo a 18/1.

• O composto encontra-se SEMICURADO ou tecnicamente bioestabilizado: indica que já pode ser empregado como fertilizante sem causar danos às plantas.

• Umidade em torno de 50%, para evitar formação de chorume devido a anaerobiose.

PROCESSO DE COMPOSTAGEM

• FASE 2: os ácidos são consumidos por outros agentes biológicos, elevando o pH.

• O composto orgânico deve ter pH > 6,0.

• Geralmente, o composto curado humificado apresenta pH entre 7,0 e 8,0.

• Relação C/N é inferior a 12/1.

• Temperaturas mesófilas:20 a 35-40º C.

GRAUS DE DECOMPOSIÇÃO

• O compostos encontra-se CURADO ou humificado, indicando que está completamente degradado e estabilizado.

• A cor final é preta; o odor, inicialmente acre (cheiro forte e penetrante), passa para o de terra mofada e a umidade é reduzida (40%).

DISPOSIÇÃO FINAL RSU

LIXÃO

• Forma inadequada de disposição final de resíduos sólidos, que se caracteriza pela simples descarga sobre o solo, sem medidas de proteção ao meio ambiente ou à saúde pública.

• O mesmo que descarga de resíduos a céu aberto ou vazadouro.

• IPT/CEMPRE, 2000.

LIXÃO

LIXÃO

• Proliferação de vetores de doenças (moscas, mosquitos, baratas, ratos, etc.);

• Geração de maus odores;

• Poluição do solo e das águas subterrânea e superficial – CHORUME!!

• Recebe resíduos de serviços de saúde e de indústrias;

• Criação de animais e presença de pessoas (catadores).

CHORUME

• Liquido de cor preta, mau cheiroso e de elevado potencial poluidor, produzido pela decomposição da matéria orgânica contida no lixo (ABNT, 2004).

ATERRO CONTROLADO

• Solução intermediária entre o lixão e o aterro sanitário.

• Nesta situação, há uma contenção do lixo que, depois de lançado no depósito, é coberto por uma camada de terra.

ATERRO CONTROLADO

• Este sistema minimiza o mau cheiro e o impacto visual, além de evitar a proliferação de insetos e animais.

• Porém, não há impermeabilização de base (o que evitaria que o material contamine o solo e o lençol d�’água), nem sistema de tratamento do chorume ou do biogás.

ATERRO SANITÁRIO

Forma de disposição final de resíduos sólidos no solo, mediante confinamento em camadas

cobertas com material inerte, geralmente solo, segundo normas operacionais especificas, de

modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e a segurança, minimizando os impactos

ambientais.

ATERRO SANITÁRIO

• ELEMENTOS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL: – sistema de impermeabilização de base e laterais;

– sistema de recobrimento diário e cobertura final;

– sistema de coleta e drenagem de líquidos percolados;

– sistema de coleta e tratamentos dos gases;

– sistema de drenagem superficial;

– sistema de tratamento de líquidos percolados;

– sistema de monitoramento.

Infraestrutura básica

• Guarita/portaria: local onde são realizados os trabalhos de recepção, inspeção e controle dos caminhões e veículos que chegam à área do aterro sanitário.

• Balança: local onde é realizada a pesagem dos veículos coletores para se ter controle dos volumes diários e mensais dispostos no aterro sanitário.

• Isolamento da área: fechamento com cerca e portão, que circunda completamente a área em operação, construída de forma a impedir o acesso de pessoas estranhas e animais.

• Cinturão verde: cerca viva com espécies arbóreas no perímetro da instalação.

Impermeabilização

• A camada de impermeabilização da base deve garantir a segura separação da disposição de resíduos do subsolo, impedindo a contaminação do lençol freático e do meio natural através de infiltrações de percolados e/ou substâncias tóxicas.

• Para desempenhar essa função de maneira eficiente, a camada de impermeabilização de materiais deve compor-se de solo argiloso de baixa permeabilidade (argila compactada) ou geomembrana sintética (manta sintética) com espessuras adequadas sob a camada de argila.

Impermeabilização

• Caso seja utilizada a manta sintética sob a camada de argila, deve-se tomar cuidado para não danificá-la durante a operação.

Disposição dos resíduos

• A área de disposição dos resíduos deve ser previamente delimitada por uma equipe técnica de topografia.

• No início de cada dia de trabalho, deverão ser demarcados - com estacas facilmente visualizadas pelo tratorista - os limites laterais, a altura projetada e o avanço previsto da frente de operação ao longo do dia.

Disposição dos resíduos

• O caminhão deve depositar o lixo em “pilhas” imediatamente a jusante da frente de operação demarcada, conforme definido pelo fiscal.

Compactação dos resíduos

• O desmonte dessas pilhas de resíduos deverá ser feito com o auxílio da lâmina do trator de esteira que, em seguida, procederá a seu espalhamento e compactação.

Compactação dos resíduos

Recobrimento dos resíduos

Obtida mediante cobertura do lixo (cobertura diária, intermediária e final), podendo-se utilizar o solo local (material excedente das operações

de cortes/escavações executadas na implantação das plataformas), ou importado de outras áreas, e mesmo, em nível emergencial, o lixo já estabilizado como material de cobertura.

Recobrimento diário

• Ao fim de cada jornada de trabalho, os resíduos compactados devem receber uma camada de terra, espalhada em movimentos de baixo para cima.

• Deve ser feita com uma camada de terra ou material inerte com espessura de 15 a 20cm, com o objetivo de impedir o arraste de materiais pela ação do vento e evitar a disseminação de odores desagradáveis e a proliferação de vetores como moscas, ratos, baratas e aves.

• No dia seguinte, antes do início da disposição dos resíduos, faz-se uma raspagem da camada de solo da face inclinada da frente de operação, para dar continuidade à formação do maciço de resíduos.

Cobertura final

• Uma vez esgotada a capacidade da plataforma do aterro, procede-se à sua cobertura final com uma camada de argila compactada com cerca de 60cm de espessura (ou de acordo com a espessura.

• definida no projeto técnico) sobre as superfícies que ficarão expostas permanentemente - bermas, taludes e platôs definitivos.

• Após recobrimento, deve-se, proceder ao plantio de gramíneas nos taludes definitivos e platôs, de forma a protegê-los contra a erosão.

Recobrimento dos resíduos

Drenagem Interna

• À medida que as camadas de lixo forem formando as células, será necessária a construção de drenos internos horizontais e verticais, os quais devem ser interligados para melhor eficiência na drenagem dos gases e chorume, gerados na decomposição do lixo.

Drenagem interna

Drenagem interna

• A drenagem de percolados (chorume) deve estar inserida entre os resíduos.

• As redes e as caixas de passagens que conduzem os percolados ao sistema de tratamento devem estar sempre desobstruídas, podendo ser interligada ao sistema de drenagem de gases.

Queima de gases

Os gases devem ser queimados

imediatamente após o início de sua produção, de forma a evitar que a sua

dispersão pelo aterro contamine a atmosfera e

cause danos à saúde.

O metano é o gás produzido em maior volume dentre os

gases liberados na decomposição do lixo, sendo explosivo e bastante volátil.

Drenagem superficial

• A drenagem ineficiente das águas de chuva pode provocar maior infiltração no maciço do aterro, aumentando o volume de chorume gerado e contribuindo para a instabilidade do maciço.

• As drenagens superficiais, previstas nos patamares (canaletas e caixas de drenagem) e nos taludes (descidas de água), são instaladas ao final de cada camada da célula.

Drenagem superficial

Drenagem superficial

Decomposição do lixo

• Ocorre em três fases:

– Aeróbia

– Acetogênica

– Metanogênica

Durantes essas fases, ocorre a lixiviação, carreamento de substâncias químicas pelo

liquido escoado do lixo, formando o CHORUME

Fase aeróbia

• Depende da presença de ar aprisionado no interior da célula confinada.

• Em média, tem duração de 1 mês.

• Nessa fase, ocorre grande liberação de calor.

• O chorume produzido nesta fase apresentará elevadas concentrações de sais de alta solubilidade, como NaCl e sais metálicos: Pb+2, Ag+ e Hg+

Íons Possíveis fontes

Na+, K+ , Ca+2, Mg+2 Material orgânico, entulhos de construção e cascas de ovo

PO4-3, NO3

-, CO3-2 Material orgânico

Cu+2, Fe+2, Sn+2 Material eletrônico, latas e tampas de garrafas

Hg+2, Mn+2 Pilhas comuns e alcalinas e lâmpadas fluorescentes

Ni+2, Cd+2, Pb+2 Baterias recarregáveis (celular, telefone sem fio e automóveis)

Al+3 Latas descartáveis, utensílios domésticos, cosméticos e embalagens laminadas

Cl-, Br-, Ag+ Tubos de PVC, negativos de filmes e raio X

As+3, Sb+3, Cr+x Embalagens de tintas, vernizes e solventes orgânicos

IPT/CEMPRE, 2000

Fase aeróbia

• Nesta fase ocorre grande formação de gá carbônico (CO2) e hidrogênio, principalmente se a umidade no interior da massa de lixo for baixa.

Fase acetogênica

• Microrganismos anaeróbios facultativos – bactérias acetogênicas.

• HIDRÓLISE OU LIQUEFAÇÃO: conversão do material orgânico particulado (celulose e outros materiais putrescíveis) em compostos dissolvidos.

• FERMENTAÇÃO: processo bioquímico pelo qual as bactérias obtêm energia pela transformação da MO hidrolisada, contudo sem mineralizá-la.

Fase acetogênica

• Pode durar anos.

• Produz compostos orgânicos simples e de alta solubilidade (ácidos graxos voláteis – ácido acético) e também nitrogênio amoniacal.

• pH 4 – 6: ajuda na solubilização de materiais inorgânicos (Fe, Mn, Zn, Ca e Mg)

• Maus odores: gás sulfídrico (H2S) e amônia (NH3) e outros gases.

• Alta DBO (10.000 mg/L) e DQO (18.000 mg/L)

Fase metanogênica

• Os compostos orgânicos na fase anterior são degradados pelas bactérias metanogênicas, estritamente anaeróbias, e formam metano (CH4) e gás carbônico (CO2).

• pH 6,6 – 7,3

• Reduz a solubilização de compostos inorgânicos, diminuindo a condutividade do chorume.

Fase metanogênica

• DBO diminui.

• O chorume se torna menos biodegradável, devido ao acúmulo de substâncias como os ácido fúlvicos e húmicos, originários da decomposição de material vegetal.

• Os compostos formados contribuem para a coloração escura do chorume.

Decomposição do lixo

• Na prática, durante a vida útil do aterro, as fases não são tão bem delimitadas, uma vez que sempre há o aterramento de resíduos sólidos novos, causando uma grande variabilidade na idade do material disposto, não sendo difícil encontrar as três fases ocorrendo simultaneamente em um único aterro.

Composição chorume de aterros novos e consolidados

Parâmetros, mg/L Aterro novo Menos de 2 anos

Aterro consolidado Mais de 10 anos

DBO 2.000 – 30.000 100 – 200

COT 1.500 – 20.000 80 – 160

DQO 3.000 – 60.000 100 - 500

SST 200 – 2.000 100 – 400

Nitrogênio orgânico 10 - 800 80 – 120

Nitrogênio amoniacal 10 - 800 20 – 40

Nitrato 5 - 40 5 – 10

Fósforo total 5 -100 5 – 10

pH 4,5 – 7,5 6,6 - 7,5

Sulfato (SO4-2) 50 – 1.000 20 – 50

Cálcio (Ca+2) 200 – 3.000 100 – 400

Magnésio (Mg+2) 50 – 1.500 50 – 200

Potássio (K+) 200 – 1.000 50 – 400

Sódio (Na+) 200 – 2.500 100 – 200

IPT/CEMPRE, 2000

Tratamento do chorume

• A quantidade e qualidade do chorume, variam bastante de um aterro para outro, pois dependem de fatores como: – Composição do lixo;

– Quantidade de resíduos dispostos;

– Forma de disposição (grau de compactação, cobertura, etc.);

– Índices de precipitação/evapotranspiração;

– Extensão da área ocupada pelo lixo;

– Tempo decorrido do início de disposição.

Tratamento biológico

• As técnicas que se aplicam no tratamento do chorume se assemelham com as utilizadas no tratamento de esgotos: – lagoas anaeróbias e facultativas; – reatores ou digestores anaeróbios de fluxo

ascendente, lodos ativados, – lagoas de maturação, etc.

• Após o tempo em que fica retido na lagoa (tempo de detenção) o líquido deve estar em condições de ser lançado nos corpos d’água sem risco de contaminação.

Tratamento biológico chorume

Recirculação do chorume através do aterro sanitário

• O chorume percola através da massa de sólidos dispostas em camadas, reduzindo consideravelmente a demanda sobre as ETEs, pré-tratamento anaeróbio que reduz a DBO e DQO associado com a evaporação que ocorre a cada recirculação, se o chorume é irrigado na forma de spray.

• o processo favorece a formação de metano.

Recirculação do chorume através do aterro sanitário

• Favorece a redução de DQO, DBO, COT, ácido voláteis, fosfatos, nitrogênio amoniacal e sólidos totais dissolvidos.

• Capaz de reduzir a carga orgânica de 20.000 mg/L para 1.000 mg/L, após o período de 1 ano de recirculação.

• Baixa eficiência na redução de nitrogênio e fósforo.

Recirculação do chorume através do aterro sanitário

• VANTAGENS:

– Aceleração da estabilização do aterro;

– Redução de compostos orgânicos;

– Possível diminuição de volume devido à evapotranspiração;

– Redução nos custos envolvidos no tratamento do chorume.

Recirculação do chorume através do aterro sanitário

• DESVANTAGENS: – Risco de poluição do solo e da água subterrâneas pela

infiltração do excesso de chorume recirculado, no caso de existência ou dano da camada impermeabilizante;

– Múltiplos arrastes de substâncias ocorridos no líquido recirculado podem resultar em altas concentrações de sais e metais pesados no chorume;

– Custos elevados referentes à implantação e manutenção de sistemas de recirculação;

– Problemas relacionados com o odor.

Tratamento físico-químico

• Utilizado em combinação com o tratamento biológico, com a função de eliminar:

– particulados,

– componentes orgânicos refratários e

– outros compostos, como metais pesados.

DILUIÇÃO

– Age reduzindo as concentrações dos componentes do chorume, pela sua mistura com água.

– Íons como cloretos, nitratos, carbonatos e sulfatos são de difícil remoção e a diluição é necessária quando a concentração é muito alta.

FILTRAÇÃO

– Recomendado para diminuir a concentração de sólidos em suspensão;

– Utilizada como pré-tratamento de outros tratamentos mais caros e avançados.

– O leito filtrante pode ser formado por filtros ou membranas industrializadas ou por materiais como: argila, terra diatomácea, antracitos, etc.

– O filtro deve ser periodicamente trocado ou lavado em contrafluxo.

COAGULAÇÃO/FLOCULAÇÃO E

SEDIMENTAÇÃO: – Remove substâncias precipitáveis, como metais pesados e

compostos orgânicos em solução no chorume, além de partículas coloidais em suspensão.

– Processo semelhante ao que ocorre no tratamento de água nas ETAs.

ADSORÇÃO E ABSORÇÃO e TROCA IÔNICA

– Íons metálicos e compostos orgânicos são passíveis de serem adsorvidos ou absorvidos em matrizes sólidas como: carvão ativado, matrizes de biomassa microbiana ou vegetal;

– O chorume deve ser previamente tratado (filtração, sedimentação de particulados, ajuste de pH);

– A matriz, com o uso, fica saturada, devendo ser periodicamente trocada ou regenerada.

OSMOSE REVERSA E ULTRAFILTRAÇÃO

– Processo de desmineralização, onde o liquido, previamente condicionado, é permeado através de uma membrana especial (acetato de celulose ou poliamida), semipermeável, que permite a passagem de determinados íons e moléculas, como a água, em um processo regido pelo fenômeno da pressão osmótica.

– Métodos caros!

Monitoramento das águas superficiais

• Coleta de amostras em pontos a montante e a jusante do ponto onde é lançado o efluente da lagoa de estabilização numa frequência a ser definida pela licença ambiental do aterro.

• Devem ser analisados, no mínimo, os seguintes parâmetros: pH, Condutividade, Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) ou Demanda Química de Oxigênio (DQO), nitrato (NO3) e coliformes fecais, procurando atender às exigências do licenciamento ambiental.

Monitoramento do Lençol Freático

• O monitoramento do lençol freático será feito através da coleta de amostras nos poços (pelo menos dois) a serem instalados no aterro. Os parâmetros a serem estudados são os mesmos analisados para o monitoramento da águas superficiais podendo-se fazer, eventualmente, a análise para:

• Chumbo, Cádmio, Ferro e Manganês.

Monitoramento da Qualidade do

Chorume

• O controle e monitoramento tem como finalidade conhecer a composição e quantidade de efluentes de um aterro, para que se possa adotar os corretos reparos. Além disso, fornecerá dados sobre a eficiência ou não do sistema de tratamento.

• As amostras de chorume devem ser coletadas no vertedor triangular (entrada para tratamento), enquanto que o efluente tratado deve ter suas amostras coletadas junto à saída da lagoa de tratamento.

• As análises físico-químicas e bacteriológicas são as mesmas feitas para o monitoramento das águas superficiais devendo ser feita, eventualmente, a análise de concentração de metais pesados presentes no chorume como Chumbo, Cádmio, Ferro, Manganês, Cromo e Bário.

Monitoramento

• De acordo com a NBR 13896/1997 da ABNT, recomenda-se a construção de aterros com vida útil mínima de 10 anos.

• O seu monitoramento deve prolongar-se, no mínimo, por mais 10 anos após o seu encerramento.

RESÍDUOS SERVIÇOS DE SAÚDE

RESÍDUOS SERVIÇOS DE SAÚDE

• Provenientes de qualquer unidade que execute atividades de natureza médico-assistencial humana ou animal (hospitais, farmácias e drogarias, laboratórios

de análises clinicas, consultores médicos e odontológicos, clinicas e hospitais veterinários, bancos

de sangue e outros estabelecimentos similares), os provenientes de centros de pesquisa, desenvolvimento ou experimentação na área de farmacologia e saúde,

medicamentos e imunoterápicos vencidos ou deteriorados, aqueles provenientes de necrotérios,

funerárias e serviços de medicina legal e aqueles provenientes de barreiras sanitárias.

• CONAMA 283 de 2001.

Riscos associados aos RSS

• QUÍMICOS: – tóxicos, corrosivos, inflamáveis, reativos, – genotóxicos, mutagênicos; – produtos mantidos sob pressão - gases, – quimioterápicos, – pesticidas, – solventes, ácido crômico; limpeza de vidros de

laboratórios, – mercúrio de termômetros, substâncias para revelação

de radiografias, baterias usadas, – óleos, lubrificantes usados etc.

Riscos associados ao RSS

• BIOLÓGICOS:

– agentes patogênicos que possam causar doença;

• RADIOATIVOS:

– utilizados em procedimentos de diagnóstico e terapia,

– os que contêm materiais emissores de radiação ionizante.

Riscos associados aos RSS

• Para a saúde ocupacional de quem manipula esse tipo de resíduo, seja o pessoal ligado à assistência médica ou médico-veterinária, seja o pessoal ligado ao setor de limpeza e manutenção;

• acidentes que ocorrem devido às falhas no acondicionamento e segregação dos materiais perfuro-cortantes sem utilização de proteção mecânica, inclusive de catadores.

Riscos associados aos RSS

• Para o meio ambiente, potencial de contaminação do solo, das águas superficiais e subterrâneas pelo lançamento de RSS em lixões ou aterros controlados

• Contaminação do ar, dada quando os RSS são tratados pelo processo de incineração descontrolado que emite poluentes para a atmosfera contendo, por exemplo, dioxinas e furanos.

Gerenciamento de RSS

• Consiste em um conjunto de procedimentos planejados e implementados, a partir de bases científicas e técnicas, normativas e legais.

• Tem o objetivo de minimizar a geração de resíduos e proporcionar aos mesmos um manejo seguro, de forma eficiente, visando a proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde, dos recursos naturais e do meio ambiente (RDC ANVISA No. 306/04).

Classificação dos RSS

• GRUPO A: resíduos que apresentam risco potencial à saúde pública e ao meio ambiente devido à presença de agentes biológicos.

• sangue e hemoderivados; • animais usados em experimentação e animais mortos; • excreções e líquidos orgânicos; meios de cultura; tecidos, órgãos,

fetos e peças anatômicas; • filtros de gases aspirados de área contaminada; • resíduos advindos de área de isolamento; • resíduos de laboratórios de análises clínicas, unidades de

atendimento ambulatorial; r • resíduos de sanitários de unidade de internação e de enfermaria e.

Classificação dos RSS

• GRUPO B: resíduos que apresentam risco potencial à saúde pública e ao meio ambiente devido às suas características químicas.

• Enquadram-se neste grupo, dentre outros: – drogas quimioterápicas e produtos por ela contaminados;

– resíduos farmacêuticos (medicamentos vencidos, contaminados, interditados ou não utilizados);

– demais produtos considerados perigosos, conforme classificação da NBR 10.004 da ABNT (tóxicos, corrosivos, inflamáveis e reativos).

Classificação dos RSS

• GRUPO C: rejeitos radioativos.

• Enquadram-se neste Grupo os materiais radioativos ou contaminados com radionuclídeos, provenientes de laboratórios de análises clínicas, serviços de medicina nuclear e radioterapia, segundo Resolução da Comissão Nacional de Energia Nuclear, CNEN.

Classificação dos RSS

• GRUPO D: resíduos comuns

• São todos os demais que não se enquadram nos grupos descritos anteriormente.

Classificação dos RSS

• GRUPO E: objetos perfurantes ou

cortantes:

– lâminas de barbear, bisturi, agulhas, escalpes, vidros quebrados, etc., provenientes de estabelecimentos prestadores de serviços de saúde.

Acondicionamento dos RSS

• Consiste no ato de embalar os resíduos segregados, em sacos ou recipientes.

• A capacidade dos recipientes de acondicionamento deve ser compatível com a geração diária de cada tipo de resíduo.

Acondicionamento dos RSS

Os recipientes de acondicionamento

existentes nas salas de cirurgia e nas salas de

parto não necessitam de tampa para vedação, devendo os resíduos

serem recolhidos imediatamente após o

término dos procedimentos.

Acondicionamento dos RSS

• Os sacos de acondicionamento devem ser constituídos de material resistente a ruptura e vazamento, impermeável, respeitados os limites de peso de cada saco, sendo proibido o seu esvaziamento ou reaproveitamento.

• Os sacos devem estar contidos em recipientes de material lavável, resistente a punctura, ruptura e vazamento, com tampa provida de sistema de abertura sem contato manual, com cantos arredondados e ser resistentes ao tombamento.

Acondicionamento dos RSS

Devem ser acondicionados

separadamente, no local de sua geração,

imediatamente após o uso, em recipiente rígido,

estanque, resistente a punctura, ruptura e

vazamento, impermeável, com tampa, contendo a

simbologia.

Resíduos perfurocortantes ou escarificantes

grupo E

Coleta e transporte interno RSS

• Traslado dos resíduos dos pontos de geração até local destinado ao armazenamento temporário ou armazenamento externo, com a finalidade de disponibilização para a coleta.

É nesta fase que o processo se torna visível para o usuário e o público em geral, pois os resíduos são transportados nos equipamentos de

coleta (carros de coleta) em áreas comuns.

Coleta e transporte interno RSS

• A coleta e o transporte devem atender ao roteiro previamente definido e devem ser feitos em horários, sempre que factível, não coincidentes com a distribuição de roupas, alimentos e medicamentos, períodos de visita ou de maior fluxo de pessoas ou de atividades.

• A coleta deve ser feita separadamente, de acordo com o grupo de resíduos e em recipientes específicos a cada grupo de resíduos.

Armazenamento temporário RSS

• Consiste na guarda temporária dos recipientes contendo os resíduos já acondicionados, em local próximo aos pontos de geração, visando agilizar a

coleta dentro do estabelecimento e otimizar o deslocamento entre os pontos geradores e o

ponto destinado à disponibilização para coleta externa.

• O RSS pode ser encaminhado diretamente para o

armazenamento externo, dependendo da distância.

Armazenamento temporário RSS

Não poderá ser feito armazenamento temporário com

disposição direta dos

sacos sobre o piso ou sobrepiso, sendo

obrigatória a conservação dos sacos em recipientes

de acondicionamento.

Armazenamento temporário RSS

Os resíduos de fácil putrefação que venham a ser coletados por período superior a 24 horas de seu

armazenamento devem ser conservados sob refrigeração e, quando não for possível, ser

submetidos a outro método de conservação.

Armazenamento externo

O armazenamento temporário externo consiste no acondicionamento dos resíduos em abrigo,

em recipientes coletores adequados, em ambiente exclusivo e com acesso facilitado para os veículos coletores, no aguardo da realização

da etapa de coleta externa.

Armazenamento temporário RSS

Compartimento para armazenamento de resíduos classe A

Depósito externo divido em ambiente para armazenamento de resíduos tipos A e E e outro

para armazenamento de resíduos tipo D

Coleta e transporte externo RSS

Remoção dos RSS do abrigo de resíduos

(armazenamento externo) até a unidade de tratamento ou disposição final, pela utilização de técnicas que garantam a preservação das

condições de acondicionamento e a integridade dos trabalhadores, da população e do meio

ambiente.

Coleta e transporte externo RSS

• o veículo coletor deve sofrer limpeza e desinfecção simultânea, mediante o uso de jato de água, preferencialmente quente e sob pressão.

• Esses veículos não podem ser lavados em postos de abastecimento comuns.

Tratamento dos RSS

Quaisquer processos manuais, mecânicos, físicos, químicos ou biológicos que alterem as

características dos resíduos, visando a minimização do risco à saúde, a preservação da qualidade do meio ambiente, a segurança e a

saúde do trabalhador.

Desinfecção para tratamento dos resíduos do grupo A

• Principais tecnologias de desinfecção:

– autoclavagem,

– Microondas: os resíduos devem ser submetidos previamente a processo de trituração e umidificação;

– incineração.

• Após essas etapas os RSS permitem um encaminhamento dos resíduos tratados para o circuito normal de resíduos sólidos urbanos (RSU), sem qualquer risco para a saúde pública.

Disposição final dos RSS

• Aterro sanitário,

• aterro de resíduos perigosos classe I (para resíduos industriais).

REFERENCIAS

ABNT – NBR 10.004 – Resíduos Sólidos – Classificação. Rio de Janeiro: Associação Brasileira de Normas Técnicas. 2004. ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Manual de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. Brasília : Ministério da Saúde, 2006. BRASIL. Lei n. 12.305, de 2 de agosto de 2010. Política nacional de resíduos sólidos. 2. ed. Brasília : Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2012. 73 p. CONDER. Manual de Operação de Aterros Sanitários. Salvador: Companhia de desenvolvimento do Estado da Bahia. http://www.unipacvaledoaco.com.br/ArquivosDiversos/Cartilha%20Opera%C3%A7%C3%A3o%20Aterro%20Sanit%C3%A1rio%20CONDER.pdf FEAM. Orientações básicas para a operação de aterro sanitário. Belo Horizonte: Fundação Estadual do Meio Ambiente. FEAM, 2006. 36p. VILHENA, André, D'ALMEIDA, Maria Luiza Otero (Org.). Lixo municipal: manual de gerenciamento integrado. 2ed. São Paulo: IPT, 2000, 370p.

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