sistema modular de usinas de compostagem
Post on 16-Apr-2017
40 Views
Preview:
TRANSCRIPT
SISTEMA MODULAR DE USINAS DE COMPOSTAGEM
Juciléia Costa Vieira1, Marcos Novaes de Souza2, Phelippe Fernandes do Carmo3, Rodrigo Pereira Prates dos Santos4, Hiram Jackson Ferreira Sartori (orientador)5
1 Pontíficia Universidade Católica de Minas Gerais, jucileia_cv@hotmail.com; 2 Pontíficia Universidade Católica de Minas Gerais, marcos.novaes@gmail.com; 3 Pontíficia Universidade Católica de Minas Gerais, phelippefernandes@hotmail.com; 4 Pontíficia Universidade Católica de Minas Gerais, rodrigoppsantos@hotmail.com; 5 Pontíficia Universidade Católica de Minas Gerais, hsartoriesam@gmail.com;
RESUMO
A gestão de resíduos, normalmente adotada pelas cidades brasileiras, é baseada prioritariamente na coleta e na disposição final do lixo urbano. Tal prática, além de onerosa para os governos municipais, provoca um intenso dano ao meio ambiente e à população em seu entorno. A coleta seletiva, em contrapartida, associada à reciclagem e à compostagem, faz parte do conjunto de medidas para o correto tratamento e disposição dos resíduos sólidos urbanos. No intuito de facilitar o processo de construção e a gestão, facilitando também a implantação das usinas de compostagem, dimensiona-se um sistema para tratamento de resíduos orgânicos, baseado em módulos. O sistema possui capacidade de processamento diário inicial de matéria orgânica nos totais de 1, 3, e 5 toneladas, com possibilidade de ampliação, a partir da combinação entre seus módulos principais.
Palavras chave: Gerenciamento de resíduos sólidos. Resíduos sólidos orgânicos. Usinas de compostagem.
INTRODUÇÃO
Cerca de 65% da produção de lixo urbano brasileira é composta por matéria orgânica (PEREIRA NETO, 1996), mas apenas um pequeno percentual possui disposição final que evite danos à saúde pública, à segurança e ao meio ambiente. Atualmente o modelo de gestão de resíduos adotado pelas cidades brasileiras é baseado prioritariamente na coleta e na disposição final do lixo urbano, ou seja, na disposição do resíduo em aterros de resíduos(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EMPRESAS DE LIMPEZA PÚBLICA E RESÍDUOS ESPECIAIS, 2013). Esse modelo, além de oneroso para os governos municipais (Organização das Nações Unidas citado por DIAS, 2012), provoca intensos danos ao meio ambiente e à população em seu entorno. Em face disso, são
necessárias medidas para a redução do lixo produzido pela população, e do volume de lixo a ser disposto. Uma destas medidas é a construção de usinas de compostagem, que promovam a decomposição da matéria orgânica dos resíduos sólidos urbanos, pela atuação de microorganismos, transformando-a em um material, com características fertilizantes para o solo. O sistema ora proposto, na forma de tecnologia apropriada, aproveita os tradicionais “conteineres de obras“, para a construção e implantação mais rápida e mais barata destas usinas, permitindo também ampliação ou mesmo desativiação, se necessárias, igualmente mais fáceis e menos onerosas.
METODOLOGIA O trabalho constou de levantamento de
dados, a partir de pesquisas referentes à gestão dos resíduos sólidos urbanos, bem como coleta de informações referentes às leis e às tecnologias disponíveis no Brasil, para tratamento da fração orgânica de tais resíduos. Visitas técnicas para verificação da situação das usinas existentes também foram realizadas. Todo o conhecimento compilado foi analisado para a identificação de parâmetros de dimensionamento do sistema modular de usina de compostagem.
RESULTADOS As usinas de compostagem serão compostas
por módulos combináveis e ajustáveis inicialmente ao tratamento de resíduo orgânico de populações de 2, 6 e 10 mil habitantes (respectivamente 1, 3 e 5 t/dia), podendo atender a outras quantidades, de forma centralizada ou descentralizada. Os módulos incluem os conteineres, para o setor administrativo (espaços de escritório, laboratório, vestiário e banheiro), e os pátios, para a compostagem e a maturação, respectivamente áreas descoberta e área coberta, para o tratamento do resíduo por meio do processo biológico. Sua implantação será facilitada já que a prefeitura deve fornecer apenas o espaço para construção do pátio. A empresa/cooperativa
responsável pelo tratamento do resíduo implantará o sistema, isto é, as instalações administrativas, nos conteineres metálicos. A cobertura metálica, construída como um galpão aberto, é facilmente montada e desmontada pela empresa responsável. Com isso fica a prefeitura desemcumbida de construir as instalações, podendo mais facilmente aumentar sua capacidade produtiva, ou mudar a usina de localização, ou mesmo desativá-la. As figuras 01 e 02 ilustram o sistema proposto.
Figura 1 – Usina de processamento para 1 t /dia.
Fonte: Elaborada pelos autores.
Figura 2 – Usina de processamento para 5 t /dia.
Fonte: Elaborada pelos autores.
CONCLUSÕES
Diante do cenário da gestão do lixo municipal atual, no qual as cidades encaminham o resíduo urbano para aterros sanitários sem separar os recicláveis e tratar a parte orgânica, o sistema modular de usinas de compostagem é uma alternativa para facilitar a implantação, a gestão e a logistica do tratamento da fração orgânica do lixo urbano. Este sistema portanto, promove maior versatilidade ao sistema existente pois permite que a usina seja aumentada, retraída ou transportada sem que hajam perdas de instalações físicas.
REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EMPRESAS DE LIMPEZA PÚBLICA E RESÍDUOS ESPECIAIS. ABRELPE. Panorama dos resíduos sólidos no Brasil. 2013. Disponível em: <http://www.abrelpe.org.br/Panorama/panorama2013.pdf>. Acesso em: 07 out. 2014. DIAS, Sylmara Gonçalves. O desafio da gestão de resíduos sólidos urbanos. 2012. Disponível em: http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/gvexecutivo/article/viewFile/22776/21542>. Acesso em: 09 abr. 2014. PEREIRA NETO, João Tinoco. Manual de compostagem: processo de baixo custo. Belo Horizonte: Unicef, 1996. 56 p.
top related